Você está na página 1de 8

Trabalho de Introdução a Teologia

Prof.: Jozineide Marinho

Aluno: Jackson Canuto Alves

APOSTILA DE ESTUDOS BIBLICOS:

DANIEL

1
DANIEL

Antes de entrarmos no assunto das profecias propriamente dito, vamos conhecer de forma
geral o livro de Daniel e sua divisão:
- Foi escrito em: por volta do 6º século a.C.
- Autor: Daniel (heb. Deus é meu Juiz). Daniel era da tribo de Judá e provavelmente pertencia à
família real (cap. 1: 1-6). Quando ainda muito jovem, foi levado cativo à no 3º ano do reinado do rei
Jeoaquim (2º Rs. 24:12-15; 2º Cro. 36:4-7), e oito anos antes de Ezequiel. Juntamente com outros
três jovens, foi colocado na corte de Nabucodonosor a fim de obter uma preparação especial na
educação dos caldeus. Ali chegou a um dos postos mais altos do reino Babilônico, posição esta que
perdurou ao governo Persa. Profetizou durante todo o cativeiro, sendo proferida sua ultima profecia
no reinado de Ciro, dois anos antes do regresso dos judeus a palestina. Sua vida integra em meio à
corrupção de uma corte oriental, leva Ezequiel a mencioná-lo como um dos exemplos notáveis de
justiça (Ez. 14:14, 20). E o mesmo Ezequiel dá testemunho de sua sabedoria (Ez. 28:3).
- Divisão do livro:
1. Começo da vida de Daniel na corte da Babilônia (cap. 1)
2. Visão da estatua de Nabucodonosor (cap. 2)
3. Livramento dos três jovens hebreus na fornalha ardente (cap. 3)
4. Visão e humilhação de Nabucodonosor (cap. 4)
5. Experiências de Daniel sob o reinado de Belsazar e Dario (cap. 5 e 6)
6. Visão de Daniel e os quatro animais (cap. 7)
7. Profecia da derrota dos persas pelos gregos e a profanação do templo (cap. 8)
8. A oração de Daniel e a profecia das setenta semanas (cap. 9)
9. Ultima visão de Daniel (cap. 10-12)
Após termos visto de maneira geral um pouco do autor e divisão do livro, vamos analisar
com mais cuidado as profecias escritas nele. O livro de Daniel tem um aspecto todo especial, pois o
mesmo trás ao Velho Testamento profecias que descrevem os tempos futuros, inclusive os finais
dos tempos, por esse motivo Daniel é considerado o “Apocalipse” do Velho Testamento.

CAPITULO 2 – A ESTATUA DE NABUCODONOSOR

- A Cabeça: feita de ouro representa o império Babilônico, governado por Nabucodonosor (606 –
538 a.C.). O poder de Nabucodonosor era absoluto devido à unidade do governo concentrado em
suas mãos.

- O Peito e os Braços: feitos de prata representam o império Medo-Persa (538 – 330 a.C.). Este
reino era inferior ao primeiro no sentido de seu monarca precisava do apoio dos nobres, ele
diferente de Nabucodonosor, não podia fazer nada sem antes consultá-los, você pode comprovar
isto em Dn. 6:12-16, mas, Nabucodonosor não precisava consultar ninguém.

- O Ventre e as Coxas: representa o império inferior em valor, da Grécia (330 a.C.). “O governo de
Alexandre foi uma monarquia apoiada pela aristocracia militar tão fraca quanto às ambições de seus
chefes”. Este império foi mais tarde dividido em quatro partes após a morte de Alexandre (7:6; 8:8).

- As Pernas de Ferro; os Pés e os Dedos, de ferro e barro: representa o império Romano (ano 30
a.C. até o regresso de Cristo). Aqui está representando mais uma forma inferior de governo. Este
império está dividido em duas partes (duas pernas), o poder militar (cesares) e o poder legislativo
(senado). Mas ao passar do tempo este material vai se deteriorando a ponto de estar misturado com
outros materiais (povos), enfraquecendo o poder através das alianças com os outros povos. Os dez
dedos (são dez reinos), que hoje nós estamos vivendo no tempo destes dez dedos, pois em 1974 na
Europa foi formado as uma organização mundial composta de dez grandes blocos, chamados
2
também de supernações, que formam a OMC (Organização de Comercio Mundial). A OMC
(Organização de Comercio Mundial) tem sua sede em Bruxelas capital da Bélgica, e são elas as
seguintes:
- América do Norte
- Europa Ocidental
- Japão
- Austrália
- África do Sul
- Europa Oriental, incluindo Rússia.
- América Latina
- África do Norte e Oriente Médio
- África Tropical
- China e Sudeste da Ásia
E tem mais, o Anticristo já está atuando em uma dessas supernações esperando só o
arrebatamento da igreja para entrar em plena atuação (e eu não quer o está aqui para ver), então
busquemos a face do Senhor mais e mais a cada dia, pois, “... quem é justo, faça justiça ainda; e
quem é santo, santifique-se ainda” Ap. 22:11.

- A Pedra cortada sem auxilio de mãos: Este é o nosso Rei JESUS CRISTO (Jo. 21:30), pois não
foi o homem que tirou sua vida (arrancou a pedra), mas, Ele próprio a entregou, e no fim dos
tempos esta pedra (Is. 28:16), que foi arrancada do meio dos viventes virá contra os pés da estatua e
esmiuçará (triturará, destroçará) não apenas os pés, mas, todos os materiais da estatua fazendo-os
virar pó. Logo após será estabelecido o seu reino (uma grande montanha que encherá a terra a partir
da pedra), e este será eterno (fim do parêntese do tempo e continuação da eternidade).

CAPITULO 7 - VISÃO DOS QUATRO ANIMAIS

3
Voltamos ao estudo dos quatros impérios gentios, representados nesta seção na forma de
quatro animais. Esse cap. termina com a destruição do pequeno chifre, que será o personagem que
terá todo o poder do último gentio nos dias finais da presente dispensação (período de tempo).

– A VISÃO DOS QUATRO ANIMAIS: Os capítulos 2 e 7 de Daniel são paralelos. Mostram um


período chamado tempos dos gentios.
O cap. 2 apresenta os acontecimentos vistos a partir da perspectiva humana, e o cap. 7, os
mesmo eventos a partir da perspectiva divina. Nabucodonosor viu os impérios gentios como algo
grande, algo maravilhoso, mas Deus os contempla como animais. A revelação bíblica é progressiva,
desse modo o cap. 7 proporciona maiores detalhes que o Cap. 2.
O Mar Grande pode referir-se ao mar Mediterrâneo. Todos os paises dessa profecia
encontram-se ao redor do mar Mediterrâneo. É também possível que fale das massas populares em
estado de tumulto. (Is. 60:5; Mt 13:47; Lc 21:20-24; Ap. 13:1, 17:15).

- O PRIMEIRO ANIMAL: Representa o Império Babilônico e o rei Nabucodonosor. A identificação


deste animal é paralela à experiência do re Nabucodonosor, quando ele foi humilhado por Deus e
andou como um animal. (Dn. 2:38b/ 7:4/ 4).

- O SEGUNDO ANIMAL: Representa o reinado do Império Medo-Persa. O qual se levantou de um


lado indica que o Império Persa seria mais proeminente. As três costelas na boca do urso falam da
por este império dos reinos da Lídia (não Líbia), Egito e Babilônia. (Dn. 7:5/2:39a).

- O TERCEIRO ANIMAL: Representa o Império Grego-Macedônico, estabelecido por Alexandre


Magno no ano 331 a.C.. Aquele animal possuía quatro cabeças. E estas quatro cabeças simbolizam
as quatro divisões do império feitas por seus quatro generais, quando Alexandre morre. (Dn.
7:6/2:39b).

- O QUARTO ANIMAL: Representa o Império Romano. O chifre pequeno é uma pessoa. Uma boca
que falava com vanglória adverte que o personagem do chifre pequeno fará promessas e
declarações extraordinárias, que assombrarão a humanidade. Também falará coisas portentosas
contra Deus. Este chifre pequeno é o próprio anticristo
O quarto animal voltará a apresentar-se no final do presente século. O espírito do anticristo
já está em ação. (Dn. 7:7-8/2: 40/11: 36; Ap. 13:5-6; 2 Ts. 2:7).

– O JULGAMENTO E O ANCIÃO DE DIAS: Daniel viu troncos colocados em forma de tribunal,


prontos para um julgamento. Ancião de Dias faz referência a Deus ou Pai como Juiz eterno. A
descrição de suas vestes e de seu cabelo fala de pureza, verdade e santidade. O trono de fogo é
símbolo do julgamento de Deus. Rodas de fogo ardente referem-se à mobilidade e ao caráter
universal do julgamento. O fogo também representa a glória e a justiça de Deus.
E abriram-se os livros diz respeito aos livros que Deus deu par a humanidade, a santa
Bíblia. Os homens serão julgados segundo as suas obras (a lei escrita em seus corações)
comparando-as com as normas escritas por Deus em sua Palavra e no livro da vida. (Dn. 7:22-27;
Ap.20:12-13; 1 Co. 6:2-3; Hb. 12:29; Dn. 7:10b; Ap. 20:12; Rm. 2:14-16; Hb. 4:12).
O chifre é o anticristo, representando o Império Romano, que será renovado nos últimos
dias. O quarto animal da visão que foi morto faz referência ao julgamento que acontecerá no final
da grande tribulação, na gloriosa vinda do Senhor Jesus Cristo.
A pedra cortada sem auxílio de mãos, que feriu nos pés a estátua que Nabucodonosor viu,
corresponde à destruição do último animal pelo Senhor Jesus Cristo em sua segunda vinda. (Dn.
7:11; Ap. 19:17-21; Zc. 14:1-4; Dn. 2:34/ 7:11)

- A SEGUNDA VINDA DE CRISTO EM VISÃO: O termo filho do homem refere-se ao próprio


Messias. Em vários lugares esta mesma expressão é usada em alusão à segunda vinda de Cristo.
4
Contemplamos a apresentação de Cristo perante o ancião de dias. Daniel teve o privilégio de
estar presente na entrada do domínio, glória e reino a Jesus. (Mt. 24:27, 37-44/ 25:31; Mc. 8:38; Lc.
17:30).

– A INTERPRETAÇÃO DA VISÃO: O mensageiro celestial identifica os quatro animais com quatro


reis que se levantarão na terra. O reino do Messias sucederá ao último e os santos reinarão com o
Senhor.
O quarto animal descrito no livro de Daniel refere-se ao Império Romano, enquanto que o
primeiro animal, descrito em Apocalipse, fala do pequeno chifre (anticristo) de Daniel. É notório o
paralelo que existem entre os dois.
O chifre pequeno é também o primeiro animal do Apocalipse, é o anticristo, ordenará uma
perseguição dos santos como nunca houve na história. (Dn. 7:21; Ap. 13:7).
Chegará o momento em que, da cabeça do quarto animal (Roma), descrita no livro de
Daniel, sairão dez chifres (reis). Dos dez sairá o pequeno chifre (anticristo), o primeiro animal de
Apocalipse, que derrubará três dos dez reinos em sua ascensão ao poder. (Dn. 7:20b, 24).
O pequeno chifre blasfemará contra Deus abertamente. A condição atual do mundo indica
que estamos perto da apresentação do perverso anticristo. (Dn. 7:20b; Ap. 13:6; 2 Ts. 2:3-4).
O período de poder máximo do anticristo é de um tempo, e tempos, e metade de um tempo,
o que significa os três anos e meio do Apocalipse. (Dn. 7:25; Ap. 11:2-3/ 12:6-14/ 13:5).

CAPITULO 8 – VISÃO DO CARNEIRO E DO BODE

- O Carneiro e o Bode: na visão do carneiro ele tinha dois chifres, descritos por Daniel um cresce
mais que o outro. Isto representa os reis da Mesopotâmia da Pérsia. A Pérsia destacou-se mais que
a Mesopotâmia e desta maneira cumpriu-se à visão de Daniel. (Dn. 8: 3 4,20).
A visão do bode simboliza o império Grego. Sabemos isto graças à interpretação divina.
(Dn. 8: 5, 21).
O chifre notável na cabeça do bode representa Alexandre Magno, que conquistou com
grande velocidade (sem tocar no chão) o mundo conhecido em seus dias, também, o leopardo com
quatro asas, representa o mesmo império Grego e a velocidade com que conquistava os povos. (Dn.
8:5/ 7:6).
Com relação ao grande chifre, Daniel diz que foi quebrado, e do seu lugar saíram quatro
chifres. Neste particular Daniel fala profeticamente da morte prematura de Alexandre Magno, em
Babilônia, no ano de 323 a. C. Ao encontrar-se no auge de sua carreira militar, sua vida foi cortada
com idade de somente trinta e dois anos, depois de degradantes bebedeiras e orgias. Sendo estes os
sucessores de Alexandre, os seus quatros generais. Esta profecia de ascensão e queda de Alexandre
Magno cumpriu-se literalmente duzentos anos depois de ser profetizada através de Daniel.
O “chifre pequeno” desse animal se cumpriu no período de 171-165 a. C., com o histórico
Antíoco Epifânio, que veio da Síria (um dos quatro notáveis reinos dos vs. 8 e 22), e perseguiu os
judeus e profanou o templo de Jerusalém. Não deve ser confundido com o “outro pequeno” chifre
de 7:8, que ainda esta par vir no período de tribulação. O “outro pequeno” chifre de 7:8 se levantará
dos dez chifres no qual o quarto império (Romanos) será dividido, enquanto este “chifre pequeno”
do cap. 8 saiu dos quatro chifres (vs. 9, 22) no qual o terceiro império (grego) foi dividido depois da
morte Alexandre (vs. 21-22) no período final dos quatro reinos dos generais de Alexandre (v. 23).
Ambos os “pequenos chifres” são violentos em seu ódio contra os judeus e contra Deus e em sua
profanação do Templo de Jerusalém (comp. 7:25 e 8:10-12).
(8:13) Sete vezes na desolação de Daniel fala-se: 1º) do santuário (8:13), que se cumpriu
com Antíoco Epifânio, 171-165 a. C.; 2º) do santuário (9:17), aludido à sua condição no tempo de
Daniel: quando os judeus estavam no exílio; 3º) generalizadamente, da terra (9:18), também se
5
referindo ao tempo de Daniel; 4º) do santuário (9:26), se cumpriu no ano 70 a. D., na destruição da
cidade e do templo depois da morte do Messias (Lc. 21:20); e 5º), 6º) e 7º) do santuário, pela besta,
9:27; 11:31; 12; 11. Comp. Mt. 24:15; Mc. 13:14; 2 Ts. 2:3, 8-12; Ap. 13:14-15.

CAPITULO 9 – SETENTAS SEMANAS DE DANIEL

Cap. 9:2 os livros (rolos) eram as obras de Jeremias (Jr. 25:11; 29:10).
Cap. 9:3 nos vs. 4-19 está registrado a oração de Daniel, que surgiu do estudo da Escritura
profética (v.2; comp. Jr. 25) e foi um cumprimento da porção profética da Oração de Salomão (I
Reis 8:33-36). Aqui nós temos adoração (v.4), confissão (vs.5-15), e petição (vs. 16-19). O estudo
profético tem a intenção de despertar uma vida espiritual mais profunda.
Cap. 9:24 a profecia das setenta semanas de Daniel (vs.24-27) fornece o quadro cronológico
da predição messiânica de Daniel para o estabelecimento do reino sobre a terra e também uma
chave para a interpretação. Seus aspectos principais são os seguintes:
1. Toda profecia relaciona-se principalmente com o “povo” de Daniel e sua “cidade
santa” – isto é, Israel e Jerusalém.

2. Dois príncipes são mencionados; o primeiro chama-se “o Ungido (Messias, E.R.C.).


o Príncipe”(v.25); o segundo é descrito como “um príncipe, que há de vir” (v.26),
uma referência ao “pequeno chifre” do cap. 7:8, cujo “povo” destruiria a Jerusalém
reconstruída depois da norte do Príncipe Ungido (v.26).

3. As “setenta semanas” da profecia são semanas de anos, uma importante medida de


tempo sabática do calendário judeu. A transgressão da ordem de se guardar o ano
inteiro trouxe o juízo do cativeiro babilônico e determinou sua duração de setenta
anos. Comp. Lv. 25:1-22; 26:33-35; II Cr. 36:19-21; Dn. 9:2. Compare também Gn.
29:26-28 quanto ao uso de “semana” indicando sete anos.

4. Estes 490 anos proféticos têm cada um 360 dias. Isto fica comprovado pelas
referências bíblicas à septuagésima semana de sete anos, que está dividida em duas
metades (v.27), a última designada diferentemente de “tempo, dois tempos e metade
dum tempo” (Dn. 7:25; comp. Ap. 12:14); quarenta e dois meses (Ap. 11:2; 13:5); ou
1260 dias (Ap. 12:6, 13:3). Com relação a isto é preciso lembrar que, no largo
escopo (alvo) da profecia, o tempo profético é invariavelmente tão próximo que pede
advertência perfeita, tão indeterminado que não satisfaz à mera curiosidade (comp.
Mt. 24:36; At. 1:7).

5. O começo das setenta semanas está fixado como “a saída da ordem para restaurar e
para edificar Jerusalém“ e seus muros (v.25). O único decreto nas Escrituras
autorizando a reconstrução da cidade e seus muros encontram-se em Neemias 2;
datada do “mês de nisã (março – abril, no nosso calendário), no ano vigésimo do rei
Artaxerxes” (isto é, 445 A.C.), está bem autenticada na história antiga. Partindo desta
data, as primeiras sessenta e nove semanas chegam até o “Príncipe Ungido”.

6. Mais tarde, “Depois das sessenta e duas semanas” que se seguem as primeiras “sete
semanas” (isto é, após sessenta e nove semanas), duas coisas importantes
acontecerão: 1-o Messias será “morto” e não terá nenhum dos Seus direitos reais (“e
já não estará”). E 2-a cidade reconstruída e o santuário serão novamente destruídos,
desta vez pelo “povo” de um outro “príncipe” que ainda está para vir. De maneira
6
geral há concordância sobre estes dois últimos acontecimentos que se cumpriram
com a morte de Cristo (29 A.D.) e a destruição de Jerusalém por Roma ao 70 A.D.
Os dois acontecimentos foram colocados antes da septuagésima semana do v. 27.
Portanto, um período de pelo menos quarenta e um anos entre a morte de Cristo e a
destruição de Jerusalém deve intervir entre a sexagésima semanas.

7. Os acontecimentos mais importantes da última “semana” (v. 27) são os seguintes: 1)


Há uma “aliança” de sete anos do futuro príncipe romano (o “pequeno chifre” de 7:8)
com os judeus. 2) No meio da semana há uma interrupção violenta no ritual do culto
judeu pelo príncipe romano que introduz “abominações” que tornam o santuário
“desolado”. 3) Ao mesmo tempo ele inicia uma perseguição contra os judeus. E o 4)
o fim da septuagésima semana produz juízo contra o desolador e também produz
“justiça eterna” (v.24- isto é, as bênçãos do reino messiânico).

A prova de que esta semana final ainda não se cumpriu está no fato de Cristo explicitamente
relacionado seus principais acontecimentos com a Sua segunda vinda (Mt. 24:6, 15). Portanto,
durante o período entre a sexagésima nona e a septuagésima semana deve intervir todo o período da
Igreja apresentado no NT., mas não revela no VT. A interpretação que atribui à última das setenta
semanas ao fim dos tempos é dos Pais da Igreja. Quando esta septuagésima semana era mencionada
durante os dois primeiros séculos e meio da Igreja Cristã, quase sempre era atribuída ao fim dos
tempos. Irineu coloca o aparecimento do Anticristo no fim dos tempos na última semana: na
verdade, ele assegura que o período da tirania do Anticristo vai durar exatamente meia semana, três
anos e seis meses. Assim da mesma maneira, Hipólito declara que Daniel “indica o aparecimento
dos sete anos que serão os últimos tempos”.

CAPITULO 11 DE DANIEL

(11:2) O espírito da profecia retorna aqui ao que preocupava Daniel e seus senhores reais
mais imediatamente – o futuro próximo do império no qual ele era um personagem tão importante.
Quatro reis ainda reinariam na Medo-Pérsia. Então viria Alexandre, o “rei poderoso” da Grécia
(V.3) A divisão do império de Alexandre em quatro partes (v.4), como já fora predito (8:22) é o que
está sendo profetizado. A divisão turbulenta dos negócios do desintegrado império alexandrino em
duas partes, a Síria e o Egito, está traçada até o v. 20. Aqui Antíoco Epifânio, o “pequeno chifre” do
cap. 8, ocupa a visão até o v. 36. Sua profanação do santuário é novamente mencionada. Veja 8:9,
nota. Do v.36 em diante, a interpretação é do rei que “fará segundo a sua vontade” e de suas
atividades no final dos tempos. Veja Dn. 11:36, nota.
Os três reis da Pérsia são provavelmente Ciro II (550-530 A.C.) mencionado em Esdras 1:1
e II Cr. 36:22-23; Cambises, 529-522 A.C., não mencionado no V.T.; e Dario I Histaspes, 521-486
A.C. (Esdras 5,6). O quarto rei é Xerxes I, 486-465 A.C. (Esdras 4:6) ou Artaxerxes I, 465-424
A.C. (Esdras 7:11-26).
(11:3) O “rei poderoso” é Alexandre, o Grande, que morreu em 323 A.C. mais ou menos.
Ele também é mencionado em 7:6, 8:5-8, 21-22.
(11:4) Depois da morte de Alexandre o império foi dividido entre quatro dos seus generais:
Casandro, que reinou na Macedônia; Lisímaco, que reinou na Trácia e na Ásia Menor; Ptolomeu I,
que reinou no Egito, cujos sucessores, os Ptolomeus, reinaram de 323 a 330 A.C.; e o Seleuco, que
reinou na Síria e o restante do Oriente Próximo, cujos sucessores, conhecidos como os Selêucidas,
governaram até mais ou menos 65 A.C.
(11:5) O “rei do Sul” aqui é Ptolomeu I Soter, 323-285 A.C., e o “mais forte” é Seleuco I
Nicator, 312-281, o mais poderoso de todos aqueles que reinaram no antes unido império de
7
Alexandre. A profecia de Daniel passa aqui pelo segundo rei selêucida, Antíoco I Soter, 281-261
A.C., embora fale de uma união destas duas linhagens reais pelo casamento.
(11:6) Este rei “do Sul” é Ptolomeu II Filadelfo, 285-246 A.C. A filha dele foi Berenice.
(11:7) A referência nos vs. 7-9 é a Ptolomeu III Evergetes, 246-222 A.C. No v. 11, o “rei do
Sul” é Ptolomeu IV Filopator, 222-203 A.C.
(11:10) Os dois governantes da Síria são Seleuco III Ceraunus (às vezes chamado de Soter),
226-223 A.C., e Antíoco III, o Grande, 223-187 A.C., cujas atividades continuam até o v. 19.
(11:14) Este “rei do Sul” é Ptolomeu V Epifânio, 20-181 A.C., cujas atividades continuam
até o v. 24.
(11:15) O “rei do Norte” é Seleuco IV Filopator, 287-175 A.C.
(11:21) Este rei do Norte (vs. 21-35) não é outro de não Antíoco IV Epifânio, 175-164 A.C.,
o grande perseguidor dos judeus e tipo do Anticristo.
(11:25) Os versículos 25-28 registram a primeira campanha de Antíoco Epifânio contra o
Egito.
(11:31) Os versículos 31-35 registram a desolação do templo de Jerusalém por Antíoco
Epifânio.
(11:36) Aqui a previsão profética, tendo traçado (vs. 3-20) as duas partes do império de
Alexandre (síria e Egito) que se relacionava com a palestina e os judeus até o período de Antíoco
Epifânio e tendo descrito sua carreira (vs. 21-35), passa por cima da Dispensação da Igreja e os
séculos até o “tempo do fim” (v. 35). A profecia neste ponto não se preocupa com a historia como
tal, mas apenas no que se ela afeta Israel e a Terra Santa. Antíoco Epifânio foi insignificante
comparado com muitos personagens históricos que a bíblia não menciona, mas ele flagelou o povo
de Deus e profanou o Seu santo altar oferecendo uma porca sobre o mesmo. Sua atitude e suas
ações para com Israel colocaram-no na luz profética.
A identidade do “rei que fará segundo a sua vontade” é interpretada de diversas maneiras.
Alguns expositores consideram-no como sendo o “pequeno chifre” do capitulo 7 e a cabeça do
Império Romano ressuscitado. Ele desprezará todos os deuses pagãos (“deuses de seus pais”) e a
esperança messiânica, e dará ao deus da guerra (“o deus das fortalezas”). Ele está identificado como
um governador supremo, que “sobre tudo se engrandecerá”.
Outro ponto de vista considera-o como um judeu não regenerado na Terra Santa em aliança
com a besta romana (7:8 e segs.), que é um gentio incrédulo em Roma (Ap. 17:9 e segs.). O “rei que
fará segundo a sua vontade” despreza o Deus de Israel (“o Deus dos deuses”); não se importa com a
esperança do Messias (“o desejo das mulheres (judias)”) e honra a besta romana (“o deus das
fortalezas”), Ap. 13:11-18.
O fim do “rei que fará segundo a sua vontade” ocorrerá na segunda vinda de Cristo (v. 45)

BIBLIOGRAFIA:

 BIBLIA SCOFIELD;
 Manual de escatologia/ J. Dwight Pentecost/ ED. VIDA.

Você também pode gostar