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ESCOLA DE LÍDERES
Agosto 2016
Sumário
Introdução............................................................................................................................3
Propósito deste Treinamento.....................................................................................4
Espírito Santo......................................................................................11
Compaixão..........................................................................................
Introdução
No dizer de Spurgeon:
"Aquele que converte uma alma tira água de uma fonte; mas o que prepara um ganhador de
almas, está cavando um poço do qual milhares podem beber a água da Vida Eterna. Por isso
cremos que a nossa obra entre os estudantes é a maior responsabilidade de todas aquelas nas
quais pusemos as mãos...".
Algumas pessoas tornam-se líderes porque possuem qualidades inatas de liderança. Outros,
que não as possuem, serão excelentes líderes mediante treinamento específico. Contudo, mesmo
os líderes natos precisam de aperfeiçoamento, pois ninguém nasce totalmente preparado para
tal incumbência.
Deus nos chama para o ministério, todavia não é da noite para o dia que nos encontramos
preparados para assumir uma posição de liderança.
Para chegarmos ao topo de uma liderança, esta não ocorre em semanas, quando pensamos
que estamos prontos, chegamos a conclusão que ainda não estamos. O problema é que os frutos
do Espírito precisam ser visíveis em nossas vidas e em nosso caráter.
Um líder precisa demonstrar possuir estabilidade, fidelidade, alegria, amor, bondade,
gentileza e mansidão.
O líder não pode pensar somente em si próprio, em seus desejos pessoais, porque ele
precisa ter em mente que deve estar pronto a servir, a liderança eficaz é aquela que se baseia
numa liderança servidora.
Existe um grande número de pessoas talentosas que possuem a semente da liderança,
todavia encontram-se ociosas, sem fazer absolutamente nada, e lhe dou congratulações por não
só estar folheando estas páginas, como também ter dado os primeiros passos em direção ao seu
preparo.
Talvez você, estudante da Escola de Líderes, seja uma delas. Nesse caso, afirmamos que o
fato de Deus usá-lo ou não depende de muitos outros fatores além dos dons e talentos que ELE
lhe deu. O fato de sermos instrumentos nas mãos de Deus ou não está relacionado ao nosso
caráter, à nossa conduta e à atitude do nosso coração.
É importante salientar; quando mencionamos o coração da pessoa, estamos nos referindo à
maneira como ela se relaciona com Deus, com os outros e com as circunstâncias; podemos
substituir até a palavra coração por atitude. Deus nem sempre convoca as pessoas mais
talentosas, contudo aquelas que possuem a melhor atitude interior, isto é, que têm um coração
reto para com ELE.
Há uma multidão de pessoas tentando ser líderes, outrossim jamais passarão pelo processo
de treinamento; porque não amadureceram e se quer desenvolveram o caráter e ainda possuem
uma atitude, um desejo equivocado em seu coração. Caso assim permaneçam jamais chegarão a
ser os líderes que Deus almeja que sejam.
Um Líder Forte, precisa ter vivência, experiências pessoais que todos nós precisamos passar,
ao mesmo tempo deve adquirir uma atitude correta em seu coração, estas experiências e
vivências, traz ao líder a plenitude de seu potencial.
Alguns almejam desenvolver o seu potencial, porém não sabem por onde iniciar. Outros até
o sabem, mas não sabem como avançar em direção a linha de chegada. Caso você se enquadre
em uma dessas premissas acima, este pequeno manual o ensinará a alcançar seus alvos e a
cumprir os bons planos de Deus para você.
Desejamos também que suas habilidade como um Líder Eficaz fique notório, você já tem
servido ao Senhor Jesus com primazia neste ministério, e sabemos que você fará ainda melhor,
serás um Líder em que todos verão os frutos do Espírito refletir através de seu ministério,
parabéns por ter ouvido e atendido seu chamado, e estar aqui neste momento se preparando
ainda mais.
Ainda que tenhamos que seguir todos os passos e processos que ELE experimentou para
transformar homens pecadores em pescadores de homens, vale à pena todo esforço! Juntos,
com a ajuda DELE, também produziremos o fruto que permanece para eternidade.
Desejamos que os princípios e instruções aqui contidos ajudem cada líder de GPA, cada
supervisor, cada pastor a formar bem os seus líderes de GPA. Lembrando que, treinamento real,
segundo os parâmetros do Novo Testamento, é convivência, é investimento direto e pessoal.
Contudo, um treinamento objetivo e sistemático como este ajudará toda igreja a cumprir melhor
o seu papel. Ajudará a transformar não crentes em discípulos, discípulos em lideres, e líderes em
multiplicadores de mais líderes.
Definição
O GPA é um grupo de cinco (05) a dez (10) pessoas, que se reúnem uma vez por semana
com o objetivo de crescimento e multiplicação.
Cada GPA deve ter no mínimo 3 pessoas e não é ideal que ela ultrapasse o limite de 12. Os
grupos de Moisés eram constituídos de 10 (Ex.18:21) e Jesus liderou doze. Dez ou doze pessoas
são o número ideal de membros de um GPA. Quando atingir o limite de dez pessoas, o GPA deve
multiplicar-se.
Ele estava na casa de Pedro quando curou a sua sogra (Mateus 8:14).
Ele visitava a casa das pessoas para curar os doentes (Mateus 8:14).
Entrava nos lares para discipular aqueles que criam Nele (Marta e Maria:
Lucas 10:38-42).
Quando Jesus enviou os doze (Mateus 10, Marcos 6) e mais tarde quando
Ele enviou os setenta e dois para ministrar (Lucas 10), Ele os enviou para as
casas. Eles foram mandados de dois em dois para ministrarem num contexto de
pequenos grupos, de células.
Mesmo dentro daquele grupo Jesus tinha um grupo ainda menor de três
discípulos (Pedro, Tiago e João), que eram parte de um relacionamento mais
chegado (Mateus 17:1 e 26:37).
11
Os ensinos de Jesus foram dados de uma forma mais completa a esse grupo de
doze, e as revelações mais profundas a esse grupo de três.
Os doze receberam Dele bem mais do que qualquer outra plateia. Eles ficaram
encarregados, portanto, de passar adiante todas as coisas que Jesus ordenou.
Entendemos, assim, que o que faz da casa uma igreja não é apenas o
seu uso para as reuniões de GPA, mas também o seu cotidiano.
At 5:42 E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar
Jesus, o Cristo.
Rm 16:3-5 (3) Saúdem Priscila e Áqüila, meus colaboradores em Cristo Jesus. (4) Arriscaram a
vida por mim. Sou grato a eles; não apenas eu, mas todas as igrejas dos gentios. (5) Saúdem
também a igreja que se reúne na casa deles. Saúdem meu amado irmão Epêneto, que foi o
primeiro convertido a Cristo na província da Ásia.
1Tm 3:14-15 (14) Escrevo-lhe estas coisas embora espere ir vê-lo em breve; (15) mas, se eu
demorar, saiba como as pessoas devem comportar-se na casa de Deus, que é a igreja do Deus
vivo, coluna e fundamento da verdade.
Rm 16:1-16 (1) Recomendo-vos a nossa irmã Febe, que está servindo à igreja de Cencréia, (2) para
que a recebais no Senhor como convém aos santos e a ajudeis em tudo que de vós vier a
precisar; porque tem sido protetora de muitos e de mim inclusive. (3) Saudai Priscila e
Áqüila, meus cooperadores em Cristo Jesus, (4) os quais pela minha vida arriscaram a sua
própria cabeça; e isto lhes agradeço, não somente eu, mas também todas as igrejas dos
gentios; (5) saudai igualmente a igreja que se reúne na casa deles. Saudai meu querido
Epêneto, primícias da Ásia para Cristo. (6) Saudai Maria, que muito trabalhou por vós. (7)
Saudai Andrônico e Júnias, meus parentes e companheiros de prisão, os quais são notáveis
entre os apóstolos e estavam em Cristo antes de mim. (8) Saudai Amplíato, meu dileto
amigo no Senhor. (9) Saudai Urbano, que é nosso cooperador em Cristo, e também meu
amado Estáquis. (10) Saudai Apeles, aprovado em Cristo. Saudai os da casa de Aristóbulo.
(11) Saudai meu parente Herodião. Saudai os da casa de Narciso, que estão no Senhor. (12)
Saudai Trifena e Trifosa, as quais trabalhavam no Senhor. Saudai a estimada Pérside, que
também muito trabalhou no Senhor. (13) Saudai Rufo, eleito no Senhor, e igualmente a sua
mãe, que também tem sido mãe para mim. (14) Saudai Asíncrito, Flegonte, Hermes,
Pátrobas, Hermas e os irmãos que se reúnem com eles. (15) Saudai Filólogo, Júlia, Nereu e
sua irmã, Olimpas e todos os santos que se reúnem com eles. (16) Saudai-vos uns aos outros
com ósculo santo. Todas as igrejas de Cristo vos saúdam.
1Co 16:19 As igrejas da Ásia vos saúdam. No Senhor, muito vos saúdam Áqüila e Priscila e,
bem assim, a igreja que está na casa deles. JFA(RA)+
Cl 4:15 Saúdem os irmãos de Laodicéia, bem como Ninfa e a igreja que se reúne em sua casa.
Fm 1:2 à irmã Áfia, a Arquipo, nosso companheiro de lutas, e à igreja que se reúne com você
em sua casa.
Onde o GPA se reúne?
A maioria dos GPAs se reúnem em residências. Parece que a casa, o lar, a habitação da família,
tenha mais afinidade com a idéia de igreja do lar do Novo Testamento.
Apesar de preferirmos residências, um GPA pode se reunir também em empresas (na hora do
almoço), em escolas, em salões de festas (de condomínios) e em qualquer lugar onde haja um mínimo de
silêncio e privacidade. Só não recomendamos reuniões em bares ou lugar semelhantes. Quando o GPA
não se reunir numa casa, o anfitrião ali será o líder ou a pessoa que serve como referência.
" E aconteceu que, naqueles dias, subiu ao monte a fim de orar e passou a noite
orando a Deus" (Lc 6.12)
O relacionamento com Deus é uma necessidade. ELE criou você. ELE o conhece
muito bem, ELE lê cada frase em sua mente, antes mesmo que você pense.
Deus requer honestidade, assim como santidade. Todo milagre é precedido pela
dor e a agonia da necessidade.
Jesus, em sua missão terrena, necessitou orar; e desta maneira não podemos nos
eximir de valorizar o poderoso recurso da oração para cumprirmos nossa missão.
Em Mateus 6.5-13:
“Quando orardes, não sereis como os hipócritas (v.5): Como podemos saber
quando a nossa oração é realmente hipocrisia? A resposta é: Quando é para ser vista
pelos homens.
Um líder deve buscar o poder da oração, a fim de ser eficaz em seu ministério. A Bíblia
nos diz para orarmos sem cessar. Charles Spurgeon acreditava muito na necessidade da
oração: Ele instou os pastores a:
"Faça o máximo de oração. A oração é o instrumento que nos torna mais sábios se a
usarmos com mais frequência e propósitos específicos".
Wagner escreve:
Neemias aproxima-se de Deus e fala: “Deus, quero que o Senhor faça alguma coisa em
Jerusalém”. O versículo 5 diz: “Senhor, Deus dos céus, Deus grande e temível, fiel à aliança e
misericordioso com os que te amam e obedecem aos teus mandamentos”.
A primeira coisa que Neemias fez foi reconhecer quem Deus é. Isto é adoração.
Reconhecer quem Deus é e sua grandeza. Ele já começa com a perspectiva correta. Para
começar a ter orações respondidas, diga: “Deus, quero que responda por causa de quem o
Senhor é. O Senhor nos deu todas estas coisas, estas promessas. O Senhor é Deus fiel, Deus de
amor e misericórdia” – todas estas coisas a Bíblia nos diz que Deus é. Baseie seus pedidos no
caráter de Deus.
2. Confesse o pecado em sua vida.
Depois que baseou sua oração em quem Deus é, Neemias confessou seus pecados. Ele
disse: “Nós pecamos”. Observe quantas vezes ele usa a palavra “eu” e “nós”. Ele fala: “Eu
confesso… eu mesmo… a casa de meu pai… agimos com maldade… nós não obedecemos”.
Não foi culpa de Neemias eles terem ido parar em cativeiro. Ele nem mesmo havia nascido
quando isso aconteceu há 70 anos atrás. Ele, provavelmente, nasceu no cativeiro. E mesmo
assim, ele está se incluindo nos pecados nacionais. Ele disse: “Eu sou parte do problema”.
Há a confissão pessoal e a confissão nacional. Quando foi a última vez que você
confessou os pecados da nação? Ou os pecados de sua família? Ou da sua igreja? Ou dos seus
amigos? Ou a sociedade nos ensinou apenas a sermos responsáveis por nós mesmos? E isto
simplesmente não é verdade! Você é mantenedor do seu irmão. Estamos todos juntos nisso.
Os líderes aceitam a culpa, mas os perdedores passam o bastão. Se você quer ser líder,
terá que aceitar a culpa e compartilhar os créditos. Perdedores são sempre acusadores e
cheios de desculpas. Eles estão sempre arrumando desculpas do por que as coisas não
aconteceram ou não puderam acontecer. A culpa é sempre de outra pessoa. Os líderes
aceitam a culpa.
O ESPÍRITO SANTO
(Lucas 1.35); (1 Coríntios 2.4,5,9-15)
35
E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do
Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de
nascer, será chamado Filho de Deus. (Lucas 1.35)
A Doutrina do Espírito Santo, a julgar pelo lugar que ocupa nas Escrituras
Sagradas, encontra-se em primeiro lugar entre as verdades redentoras. Com exceção
das Epístolas 2 e 3 de João, todos os livros do Novo Testamento contêm referências á
obra do Espírito; todos os evangelhos começam com uma promessa do derramamento
do Espírito Santo. No entanto, é reconhecida como a doutrina mais negligenciada.
Vivemos hoje a proclamada dispensação do Espírito Santo (2Co 3.8). Suas
multiformes operações mantém a igreja de Cristo viva, dinâmica e atuante.
Entretanto, ao longo dos séculos, essa doutrina vem sofrendo grandes distorções
gerando incredulidade em alguns, e fanatizando outros. Um dos grandes equívocos a
respeito do Espírito Santo é tratá-lo de modo impessoal, como se ELE fosse uma coisa
qualquer, um poder, uma energia, ou simples energia, ou influência.
Naturalmente, este fato resultou em decadência espiritual, pois não pode haver
um Cristianismo vivo sem o Espírito Santo. Somente ele pode fazer real o que a obra
de Cristo possibilitou.
A Personalidade do Espírito Santo
1 - O ESPÍRITO SANTO tem sobre si Poder Eficaz, é do Espírito Santo que flui a vida,
bem como o poder de Deus (Sl 104.30; Ef 3.16; At 1.8,; At 2.37,38; At 10.44; At 8.6,7;
LC 11.20; At 3.6-8 e Rom 16.19). Esta é uma evidência da deidade do Espírito Santo,
pois ELE possui autoridade e poder.
8 - Espírito da Vida. O Espírito Santo é aquela Pessoa da Divindade cujo ofício especial
é a criação e a preservação da vida natural e espiritual. (Rom. 8:2; Apoc. 11:11).
9 - Espírito de Adoção. Quando a pessoa é salva, não somente lhe é dado o nome de
filho de D"US, e adotada na família divina, mas também recebe dentro de sua alma o
conhecimento de que participa da natureza divina. Assim escreveu o Bispo Andrews:
"Com Cristo é nossa testemunha no céu, assim aqui na terra o Espírito testifica com
nosso espírito que somos filhos de D"US." ( Rom.8:15)
3) Na esfera da vontade -O Espírito Santo desperta o desejo da decisão por Cristo (Jo
16.8-10).
3.1) a)Convence do pecado ; b)da Justiça (Rom 3.21-25); c)do juízo (Is 53.4,5; Ap
20.11-15).
(Mc 4.37-40).
Querido Líder, qual é a sua atitude diante das adversidades da vida? As Escrituras Sagradas
assevera-nos que os discípulos ficaram apavorados, mas, em contrapartida, Yeshua (Jesus) estava
dormindo sobre o travesseiro. O que isso nos ensina: O líder cheio do Espírito Santo, não se
desespera diante das circunstâncias adversas da vida, ele tem a paz de Cristo que excede todo o
entendimento.
O líder cheio do Espírito Santo, usa a sua autoridade e aplica a palavra de fé: “ Acalma-
te, emudece! O vento se aquietou, e fez-se grande bonança” (v.39).
Amado líder, aplique a palavra de fé no seu GPA, diga que ele vai crescer, vai multiplicar, os
GPAs vão romper, vão fluir nos dons. Vamos ganhar a cidade.
Queridos líderes, o Senhor Jesus nos convocou, para sermos verdadeiros discípulos, que
fazem da renúncia um estilo de vida, com o único objetivo de obedecer e agradar a Deus (Lc
14.33). No contexto deste fato, Jesus acabara de ensinar seus discípulos sobre o Reino de Deus e
logo a seguir partiu com seus discípulos para vivenciá-lo (Mc 4.30-32). Assim são os líderes cheios
do Espírito Santo, eles vivem o que pregam (Atos 1.1).
Jesus disse que faríamos obras maiores (Jo 14.12); Paulo escreveu que aquele que se une ao
Senhor é um espírito com Ele. Portanto, nós podemos amar como Ele nos amou (Jo 13.34-35). O
apóstolo Pedro escreveu que Jesus nos deixou o exemplo para que sigamos os seus passos, e este
é o nosso desafio (1 Pe 2.21). Naquela ocasião os discípulos aprenderam a lição e imitaram o
Mestre (Mc 6.7,12-13).
COMPAIXÃO
Salmo 86:15 - Mas tu, Senhor, és Deus compassivo e misericordioso, muito paciente, rico em amor e em fidelidade.
"Assim diz o Senhor dos Exércitos: ‘Administrem a verdadeira justiça, mostrem misericórdia e compaixão uns para
com os outros. Não oprimam a viúva e o órfão, nem o estrangeiro e o necessitado. Nem tramem maldades uns
contra os outros’. (...)
Colossenses 3:12 - Portanto, como povo escolhido de Deus, santo e amado, revistam-se de profunda compaixão,
bondade, humildade, mansidão e paciência.
Existem muitas palavras que podem ser utilizados para descrever 'compaixão'. Simpatia,
misericórdia e empatia são muitas vezes consideradas para descrever aspectos da compaixão.
Compaixão pode talvez ser melhor descrita como "uma compreensão e preocupação com o
sofrimento dos outros e um desejo de fazer algo sobre isto".
No Antigo Testamento, vemos a compaixão de Deus para com o Seu povo. A Bíblia nos diz
que Deus é eterno, santo, justo, bom, sábio, poderoso e amoroso. Em seu amor significa que Ele
também é compassivo; a compaixão de Deus é visto em particular para os fracos, os indefesos e
os oprimidos.
A palavra misericórdia aparece na Bíblia cerca de cento e sessenta e seis vezes, mais vinte e
sete no plural; misericórdias, com dezenove vezes misericordioso e quatro misericordiosos,
perfazendo um total de duzentas e dezesseis vezes, isso na língua portuguêsa. É interessante
notar que a maioria das referencias Bíblicas é atribuída a misericórdia de Deus para com a
humanidade, logo percebemos o quanto o ser humano é carente de Deus.
Misericórdia sf. Compaixão suscitada pela miséria, pela dor alheia, (logo encontramos o vocábulo
compaixão).
Compaixão sf. Pesar que nos desperta a desgraça, a dor de outrem; dó, comiseração, piedade.
( minidicionário Aurélio ).
Misericordioso, adj. Que tem misericórdia; compassivo, compaixão, sf. Piedade, dó, comiseração,
pena, sentimento de humanidade. (dicionário Silveira Bueno – e.d.p.).
3 – O significado no Grego:
A – Substantivos:
1. Eleos; presume necessidade por parte de quem a recebe, e recursos adequados para
satisfazer a necessidade daquele que a mostra. (1) Deus, rico em misericórdia (Ef 2.4). proveu
salvação para toda a humanidade (Tt 3.5) para Judeus(Lc 1.72), para gentios (Rm 15.9) aos que o
temem(Lc 1.50). oração em busca de misericórdia (Hb 4.16). (2) A busca de misericórdia de uns
para com os outros (Gl 6.16; 1Tm 1.2; Mt 9.13;12.7;23.23; lc 10.37; Tg 2.13).
Misericórdia é o ato de Deus, paz é a experiência resultante no coração do homem. Graça
descreve a atitude de Deus para com o transgressor da lei, o rebelde. Misericórdia é a Sua atitude
para com os que estão em angustia.
2. Oiktirmos: “piedade, compaixão pelas adversidades dos outros” usado cerca de Deus ‘pai
das misericordias’(2 Co 1.3); no culto racional, as ‘Suas misericordias’ são a base para apresentar
os corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. (Rm 12.1).
Romanos 5:6-8 “De fato, no devido tempo, quando ainda éramos fracos. Cristo morreu pelos ímpios.
Dificilmente haverá alguém que morra por um justo, embora pelo homem bom talvez alguém tenha
coragem de morrer. Mas Deus demonstrou seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda
éramos pecadores.”
Romanos 6:23 “Pois o salário do pecado e a morte, mas o dom gratuito de Deus e a vida eterna em Cristo
Jesus, nosso Senhor.”
Romanos 10: 9-10 “Se você confessar com a sua boca que Jesus e Senhor e crer em seu coração que Deus
o ressuscitou dentre os mortos, será salvo. Pois com o coração se crê para justica, e com a boca se
confessa para salvação.”
Vê nossas lutas;
João 1:14 “Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do
Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e verdade.”
João 3:16 “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho Unigênito, para que todo o que
Nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.”
Os filhos de D"US devem sentir e demonstrar compaixão uns pelos outros (Fp 2.1; Cl 3.12;
nas duas passagens a palavra é precedida de “estranháveis afetos”, na primeira e “estranhas”, na
última), ou conforme algumas versões, é citada a palavra profunda compaixão.
O Novo Testamento registra que Jesus, em suas andanças “por todas as cidades e
povoados”, ao ver as multidões, tinha compaixão delas “porque estavam aflitas e desamparadas,
como ovelhas sem pastor” (Mt 9.35-38). Pouco adiante, Mateus volta a registrar: “Quando Jesus
saiu do barco e viu tão grande multidão, teve compaixão deles e curou os seus doentes” (Mt
14.14). Jesus mesmo expressa verbalmente esse sentimento por ocasião da segunda
multiplicação de pães e peixes: “Tenho compaixão desta multidão” (Mt 15.32).
Porque Jesus não só enxergava, mas também se compadecia do sofrimento alheio, muitos
clamavam e gritavam diante dele: “Filho de Davi, tem misericórdia de nós”. É o caso dos dois
cegos (Mt 9.27), da mulher cananéia cuja filha estava endemoninhada e sofrendo muito (Mt
15.22), do homem cujo filho também estava endemoninhado e era jogado ora no fogo ora na
água para ser morto (Mc 9.22), do cego Bartimeu, que pedia esmola numa rua de Jericó (Mc
10.47).
A compaixão de Jesus pelo sofrimento alheio ia muito além do mero sentimento. Ele se
entregava ao ministério de aliviar os outros de suas dores. O povo lhe trazia “todos os que
estavam padecendo vários males e tormentos: endemoninhados, epiléticos e paralíticos” e ele os
curava (Mt 4.23-25).
As pessoas sofridas iam a Jesus em busca de alívio por iniciativa própria: a mulher por 12
anos hemorrágica (Lc 8.43-48), os dez leprosos (Lc 17.11-19), o cego de Jericó (Lc 18.35-42). As
pessoas sofridas eram levadas a Jesus por parentes e amigos: o paralítico de Cafarnaum (Mc 2.1-
12), a filha da mulher cananéia (Mt 15.21-28), a sogra de Pedro (Lc 4.38-40), o servo do centurião
(Lc 7.1-10), a filha de Jairo (Lc 8.40-56), o menino endemoninhado (Lc 9.37-45). As pessoas
sofridas eram enxergadas pelo próprio Jesus, que tomava a iniciativa de aliviá-las: o homem da
mão atrofiada (Lc 6.6-11), a viúva de Naim (Lc 7.11-17), o endemoninhado de Gerasa (Lc 8.26-39),
a mulher encurvada (Lc 13.10-17), o servo do sumo sacerdote (Lc 22.51), o paralítico de Betesda
(Jo 5.1-15), o cego de nascença (Jo 9.1-12).
Jesus era compassivo para com os espiritualmente necessitados. Vemos Sua agonia quando
Ele chora sobre Jerusalém. Através de Seus ensinamentos, vemos seu desejo de que as pessoas o
conheçam a fim de terem uma vida plena com ele. Jesus foi motivado por compaixão. E nós,
como cristãos, e nós líderes devemos sermos movidos com o mesmo sentimento, carecemos de
seguir o exemplo de compaixão de Yeshua. Mas estamos realmente realizando atitudes
compassivas em nossas vidas diárias?
Ter compaixão significa agir. Tiago 2:15-17 deixa claro que a fé deve resultar em uma
resposta. E 1 João 3: 17-18 tem uma mensagem similar: "Não amemos de palavra, nem de língua,
mas por obra e em verdade". "Sentimento" de compaixão não é suficiente. Compaixão bíblica nos
chama a agir!
Peçamos a Deus que nos dê Sua compaixão para compartilhar com um mundo necessitado
e ferido. Ela fará a diferença!
Leitura
Ele perdoou prostitutas (Lucas 7: 36-50); Ele teve compaixão para o filho da viúva (Lc
07:13).
Reflexão
Qual área e/ou qual dessas pessoas supracitadas que vivem à margem da sua própria
comunidade, como os sem-teto, viciados, os imigrantes, etc. ; você tem sentido intima
compaixão a fim de externar a compaixão de Cristo Jesus através de sua vida.
você tem se esforçado para demonstrar e viver este sentimento de compaixão que Cristo
nos ensinou de forma expressa e concreta?
O que você necessita mudar dentro de si, com o auxílio de Deus para que você seja
movido pelo sentimento de compaixão pelo próximo?