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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO .................................................................................................. 3

NÃO NOS ESQUEÇAMOS DO PRINCIPAL ................................................ 4

EQUIPE SINODAL PAROQUIAL ..................................................................... 5

PASSO-A-PASSO SINODAL ................................................................................ 7

APRESENTAR .................................................................................. 9

PLANEJAR......................................................................................... 11

ENCONTRAR................................................................................... 13

ESCUTAR ........................................................................................... 17

DISCERNIR ....................................................................................... 23

SINTETIZAR ..................................................................................... 24

PARTILHAR ....................................................................................... 28

DE NOVO O ESSENCIAL .................................................................................. 29

CRONOGRAMA .................................................................................................... 30

NUNCA É DEMAIS RECORDAR ..................................................................... 32

 LOGOMARCA DO SÍNODO

Uma grande árvore majestosa, cheia de sabedoria e luz, atinge o céu. Sinal de
profunda vitalidade e esperança, exprime a cruz de Cristo. Traz a Eucaristia, que
brilha como o sol. Os ramos horizontais se abrem como mãos ou asas e sugerem,
ao mesmo tempo, o Espírito Santo.
O povo de Deus não é estático: está em movimento, em referência direta à
etimologia da palavra sínodo, que significa “caminhar junto”. As pessoas estão uni-
das pela mesma dinâmica e respiram da Árvore da Vida, a partir da qual iniciam sua
jornada.
Essas 15 silhuetas resumem toda a nossa humanidade em sua diversidade de
situações de vida, gerações e origens. Este aspecto é reforçado pela multiplicidade
de cores vivas que são, elas próprias, sinais de alegria. Não há hierarquia entre essas
pessoas que estão todas no mesmo nível: jovens, velhos, homens, mulheres, adoles-
centes, crianças, leigos, religiosos, pais, casais, solteiros, deficientes; o bispo e a freira
não estão a frente deles, mas entre eles.
Muito naturalmente, as crianças e depois os adolescentes abrem o caminho, refe-
rindo-se as palavras de Jesus no Evangelho: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da
terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e revelastes aos peque-
ninos” (Mt 11,25)
A linha de base horizontal: “Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e
missão”, vai da esquerda para a direita no sentido de uma marcha, sublinhando e
reforçando-a, terminando com o título “Sínodo 2021-2023”: o ponto culminante
que resume tudo.

2
 APRESENTAÇÃO

O Papa Francisco convocou o Sínodo sobre a “sinodalidade”. “Sínodo”? “Si-

nodalidade”? O que é isso? “Sínodo” é uma palavra grega que significa “caminhar
juntos”. “Sinodalidade” significa que todos os membros da Igreja “caminham jun-
tos”: pelo batismo TODOS possuem a mesma dignidade e a mesma missão. Ou
seja, Francisco convocou este evento para que TODOS possamos tomar consciên-
cia de que a missão da Igreja não é apenas tarefa do Papa, dos Bispos, dos Padres e
dos Religiosos. A missão da Igreja é responsabilidade de TODOS os batizados.

Este Sínodo acontecerá em Roma durante o mês de outubro de 2023, com a

participação de representantes da Igreja de todas as regiões do mundo. Porém, o
Sínodo já começa agora, porque o Papa deseja escutar a todos os membros da
Igreja, bem como aqueles que estão “fora” da estrutura eclesial visível. Escutar “o
quê”? Escutar “para quê”? Escutar o que o Povo de Deus tem a dizer sobre como
“caminhamos juntos” na Igreja:
· Nós caminhamos bem juntos?
· Nós caminhamos com dificuldades ou desafios?
· Todos se sentem responsáveis pela missão?
· Como podemos efetivamente caminhar juntos, impulsionando a mis-
são?

Todavia, mais importante do que escutar o que cada um tem a dizer é escutar o
que o Espírito Santo está dizendo por meio de cada um de nós e por meio de
nossas comunidades eclesiais. Ele é quem conduz a Igreja! Portanto, este Sínodo é mais
uma oportunidade para ouvirmos o que Ele quer realizar na Igreja. É por isso que
este GUIA é um material para subsidiar o trabalho das Equipes Sinodais Paroquiais,
que serão as grandes animadoras e coordenadoras do processo de escuta sinodal
em nossas comunidades. O autêntico protagonista do Sínodo é o Espírito de Deus:
sejamos nós instrumentos abertos e dóceis à sua ação!

Estejamos em unidade no propósito de realizarmos um processo sinodal efeti-

vo, inclusivo, participativo e aberto ao que o Espírito deseja nos dizer e realizar “na”
e “a partir” de nossa Diocese segundo o tema do Sínodo sobre a sinodalidade: “Por
uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”.

Comissão Sinodal Diocesana

3
NÃO NOS ESQUEÇAMOS DO PRINCIPAL

[
“Sejamos peregrinos enamorados do Evangelho,
abertos às surpresas do Espírito Santo.
Não percamos as ocasiões de graça do encontro,
da escuta recíproca, do discernimento.
Com a alegria de saber que, enquanto procuramos o Senhor,
é Ele quem primeiro vem ao nosso encontro com o seu amor”
(Papa Francisco,
Missa de Abertura do Sínodo sobre a Sinodalidade,
10 de outubro de 2021).

[
“Para ‘caminhar juntos’,
é necessário que nos deixemos educar pelo Espírito
para uma mentalidade verdadeiramente sinodal,
entrando com coragem e liberdade de coração
num processo de conversão”
(Documento Preparatório do Sínodo sobre a Sinodalidade 9).

“Caminhar juntos” (=“sínodo”)

[
não significa apenas “caminhar sem rumo”,
mas percorrer o caminho que já nos foi dado: Jesus Cristo.
Ele é “o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14,6).
Do mesmo modo, “escutar” não significa apenas ouvir queixas,
desgostos, boas ideias ou pontos de vista sobre a Igreja,
mas escutar em primeiro lugar o Espírito Santo,
escutar o que Ele diz às Igrejas (Ap 3,6).

4
 EQUIPE SINODAL PAROQUIAL (ESP)

Grupo de pessoas/lideranças responsável por

COORDENAR, ORGANIZAR, REALIZAR, ANIMAR
E SINTETIZAR o processo sinodal paroquial.

COORDENAR

A ESP será a instância responsável por todo o processo sinodal paroquial;

Todas as demais lideranças, pastorais, movimentos e grupos paroquiais deverão
se reportar à ESP sobre sua participação ou dúvidas pertinentes à escuta sinodal;
A ESP deverá estar em comunhão de entendimento sobre o processo sinodal
com o Pároco, Conselho Paroquial (CMPP) e Conselhos das Comunidades
(CMPC’s).

ORGANIZAR

A ESP deverá planejar todo o processo sinodal paroquial, do início ao fim;

Deverá apresentar a proposta ao Pároco e Conselhos;
Deverá organizar o cronograma paroquial dos encontros sinodais;
Deverá prever a confecção da síntese sinodal paroquial.

REALIZAR

Os membros da ESP serão os responsáveis pela execução do planejamento

realizado;
Deverão moderar os encontros sinodais paroquiais;
Deverão sintetizar a escuta e o discernimento realizados nos encontros;
Deverão viabilizar o apoio de outras lideranças parceiras para a realização dos
encontros;
Deverão convocar, orientar e acompanhar tais lideranças parceiras.

5 5
ANIMAR

A ESP deverá animar todos os paroquianos e lideranças a participar do pro-

cesso sinodal;
Deverá também animar outros interlocutores à participação: batizados “afas-
tados” da comunidade, não-católicos e não cristãos, pessoas em situação de
vulnerabilidade pessoal e social, representantes de setores da sociedade civil,
etc;
“Animar” significa explicar, conscientizar e motivar acerca da importância do
Sínodo para gerar um efeito multiplicador entre as lideranças e demais mem-
bros das comunidades.

SINTETIZAR

A ESP deverá confeccionar a síntese final do processo sinodal paroquial;

Há um modelo padrão disponibilizado para tal síntese;
Esta síntese não deverá ultrapassar 10 páginas;
Deverá ser enviada à Comissão Sinodal Diocesana até a data prevista;
A síntese também deverá ser apresentada e partilhada com toda a comunida-
de paroquial.

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PASSO-A-PASSO SINODAL

77
88
 APRESENTAR

AGENDAMENTO

A ESP e o Pároco deverão agendar um encontro/reunião na qual será apresen-

tada a proposta sinodal paroquial;
Deverão se fazer presentes neste encontro:
- Pároco;
- Membros do Conselho Missionário Pastoral Paroquial (CMPP);
- Membros dos Conselhos Missionários Pastorais das Comunidades (CMPC);
A ESP, o Pároco e o Coordenador do CMPP deverão elaborar uma carta de
convocação a ser enviada a todas as lideranças acima indicadas.

ROTEIRO

A ESP deverá preparar com antecedência este encontro;

O roteiro sugerido é o que segue:
- Chegada / Integração;
- Acolhida por parte do Pároco e do CMPP;
- Leitura orante da Palavra;
- Apresentação dos membros da ESP;
- Apresentação do processo sinodal paroquial;
- Breve exercício de escuta (se possível);
- Indicação de lideranças parceiras para a escuta em cada Comunidade ou seg-
mento;
- Tira-dúvidas dos participantes.

9 9
LIDERANÇAS PARCEIRAS

Dificilmente a ESP conseguirá realizar presencialmente todos os encontros paro-

quiais;
A viabilização de outras lideranças para apoio nesse processo é fundamental;
Estas lideranças tornarão possível a escuta de um número maior de pessoas;
A ESP deverá apresentar esta necessidade no encontro acima descrito;
A ESP deverá solicitar a disponibilidade de algumas lideranças para este trabalho
de apoio;
No entanto, deve ficar claro que estes parceiros não substituirão os membros da
ESP e nem devem estar na “linha de frente” da escuta paroquial;
Preferencialmente, estas lideranças parceiras podem ser solicitadas para escutas
específicas: pessoas ou grupos que dificilmente a ESP conseguiria acessar;
A ESP deverá orientar e acompanhar tais parceiros em todo o processo.

10
 PLANEJAR

ENCONTRO DA ESP
Sugere-se que a ESP agende um encontro presencial entre seus membros;
Neste encontro será planejado todo o processo sinodal paroquial;
É importante que todas as possíveis dúvidas sejam esclarecidas neste encontro;
É igualmente importante que neste encontro a ESP realize o “seu” encontro
sinodal paroquial, com escuta, discernimento e síntese, como uma espécie de
“exercício”;
Ao final do encontro será confeccionado o cronograma sinodal paroquial.

CRONOGRAMA SINODAL PAROQUIAL

Há um modelo disponibilizado para este cronograma;
Atenção especial deve ser dada a 4 pontos do cronograma:
Públicos / Interlocutores: quem serão as pessoas que participarão de cada en-
contro;
- Temas prioritários: não será possível abordar os 10 temas sinodais; por isso, é
indispensável a definição prévia de quais serão os temas abordados em cada
encontro;
- Moderador: quem será o membro da ESP a conduzir o encontro;
- Síntese: quem será o membro da ESP a registrar e sintetizar o encontro;
Este cronograma deverá ser finalizado e partilhado com todos os membros da
ESP, Pároco, Coordenador do CMPP e Coordenadores dos CMPC’s para ciên-
cia.

11 11
 TEMAS
DATA HORÁRIO LOCAL INTERLOCUTORES MODERADOR SÍNTESE
PRIORITÁRIOS

XX/XX XXh XXXXXX XXXXXX - Tema 1 Nome da Pessoa Nome da Pessoa

- Tema 2
PARÓQUIA: Nome da Paróquia

12
EQUIPE SINODAL PAROQUIAL: Nomes dos Membros da Equipe
MODELO DE CRONOGRAMA SINODAL PAROQUIAL
 ENCONTRAR

CONVIDAR

Segundo o cronograma elaborado, a ESP deverá convidar os respectivos públi-

cos/interlocutores para cada encontro;
O convite deverá ser feito mediante uma carta-convite formal;
Há um modelo disponibilizado para esta carta-convite (a ser adaptado por cada
ESP);
Esta carta deverá ser enviada com antecedência mínima de 15 dias;
É importante garantir que a carta-convite seja entregue a todos: utilizar diversos
meios (cópia impressa, e-mail, WhatsApp, etc);
Para esta garantia de entrega a ESP deverá contar com o apoio dos coordenado-
res de pastorais, movimentos, grupos, etc;
Na carta-convite haverá duas “tarefas de casa” preparatórias para cada partici-
pante:
- leitura orante, já com a indicação de um texto bíblico (à escolha da ESP);
- perguntas centrais do Sínodo, para que o participante já as responda pessoal-
mente e possa levar ao encontro as respostas previamente refletidas.

Somos chamados a tornar-nos peritos na arte do encontro; peritos, não na organização

de eventos ou na proposta duma reflexão teórica sobre os problemas, mas, antes de mais
nada, na reserva dum tempo para encontrar o Senhor e favorecer o encontro entre nós: um
tempo para dar espaço à oração, à adoração – uma oração que tanto transcuramos: adorar,
dar espaço à adoração –, àquilo que o Espírito quer dizer à Igreja; para fixar-se no rosto e na
palavra do outro, encontrar-nos face a face, deixar-se tocar pelas perguntas das irmãs e dos
irmãos, ajudar-nos a fim de que a diversidade de carismas, vocações e ministérios nos
enriqueça.
(Papa Francisco, Missa de Abertura do Sínodo sobre a Sinodalidade, 10.10.2021).

13 13
 Sugestão de Carta-Convite para os
encontros sinodais paroquiais
Cidade, Data

Estimado irmão(ã) (a saudação depende do destinatário do convite)

O Papa Francisco convocou para o mês de outubro de 2023 o Sínodo sobre a

“sinodalidade”. “Sínodo”? “Sinodalidade”? O que é isso? A palavra “sinodo” quer
dizer “caminhar juntos”. O sinodo, então, é uma “reunião” para a qual os convoca-
dos se reúnem com o propósito de caminhar juntos rumo a um determinado obje-
tivo. “Sinodalidade” significa que todos os membros da Igreja “caminham juntos”,
ou seja, pelo batismo todos possuem a mesma dignidade e a mesma missão: evan-
gelizar.
Sendo assim, o Papa Francisco convocou um evento para que TODOS possa-
mos tomar consciência de que a missão da Igreja não é apenas tarefa do Papa, dos
Bispos, dos Padres e dos Religiosos. A missão da Igreja é responsabilidade de TO-
DOS.
Este Sínodo acontecerá em Roma durante o mês de outubro de 2023 com
representantes da Igreja de todas as regiões do mundo. Porém, o Sínodo já começa
agora, porque o Papa deseja ESCUTAR A TODOS OS MEMBROS DA IGRE-
JA. Escutar o quê? Escutar para quê? Todas as pessoas devem ter a oportunidade de
serem consultadas e ouvidas sobre os caminhos que a Igreja precisa trilhar, inspirada
pela ação do Espirito Santo, a fim de revelar o que Deus espera da humanidade
enquanto Igreja-Povo de Deus. O Sínodo se destina a inspirar as pessoas a sonhar
com uma Igreja que somos chamados a ser, fortalecer a esperança, estimular a con-
fiança, construir pontes, tecer relações novas e mais profundas, iluminar mentes,
aquecer corações e dar força as nossas mãos para uma missão comum. Escutar o
que o Povo de Deus tem a dizer sobre como “caminhamos juntos” na Igreja: cami-
nhamos bem juntos? Caminhamos com dificuldades ou desafios? Todos se sentem
responsáveis pela missão? A Igreja ainda precisa de um novo impulso para a mis-
são?
Enfim, o Papa quer consultar a todos, para que o Sínodo recolha tudo que o
Povo de Deus tem a dizer sobre a Igreja e sobre si mesmo. Como o tema é CO-
MUNHÃO, PARTICIPAÇÃO E MISSÃO, todos e todas são convidados a parti-
cipar e contribuir com a Igreja a tomar decisões pastorais que correspondam o mais
possível a vontade de Deus. Quando se fala em “todos” significa assegurar a parti-
cipação do maior número possível de pessoas, independentemente do lugar onde

14
moram: se nos grandes centros urbanos, no campo, nas periferias geográficas, inde-
pendentemente do idioma, do grau de instrução, da condição social e econômica,
da idade, etc. Esse “todos” inclui os católicos afastados da Igreja, os cristãos de
outras Igrejas e os que professam outra crença, os marginalizados e excluídos, os
que sofrem as consequências do racismo, os que se encontram em estado de pobre-
za material e espiritual, os dependentes químicos, os ateus, etc.
Porém, mais importante do que escutar o que cada um tem a dizer é ESCUTAR
O QUE O ESPÍRITO SANTO ESTÁ DIZENDO POR MEIO DE CADA UM
DE NÓS. Ele é quem conduz a Igreja! Este Sínodo é mais uma oportunidade de
ouvirmos o que Ele quer realizar na Igreja!
Por isso, você está sendo convidado a participar desse processo de escuta e
discernimento, fazendo-se presente num encontro sinodal paroquial a ser realizado
no dia XX, às XXh, no LOCAL.
Para tanto, pedimos a gentileza de uma preparação prévia de sua parte para este
encontro, a fim de que estejamos todos unidos no mesmo propósito de escutar e
discernir o que o Espírito nos inspira a realizar para caminharmos juntos como
Igreja:
1) Realizar a leitura orante da Palavra de Deus (indicar o texto sugerido e
os passos breves)
2) Responder as seguintes perguntas: uma Igreja Sinodal, ao anunciar o Evan-
gelho, “caminha em conjunto”? Como e que este “caminhar juntos” aconte-
ce na sua comunidade? Que passos concretos o Espirito Santo nos convida
a dar para crescermos no nosso “caminhar juntos”?
Por favor, responda com sinceridade e abertura de coração, pois as suas respos-
tas vão contribuir para uma Igreja cada vez mais evangelizadora e testemunha de
Jesus Cristo para que todos os homens e mulheres sejam alcançadas pelo Senhor!

Desde já agradecemos sua colaboração e sua participação nesse processo!

Equipe Sinodal da Paróquia XXXXX

O núcleo da experiência sinodal é a escuta de Deus através da escuta recípro-

ca, inspirada pela Palavra de Deus. Escutamo-nos uns aos outros para melhor
ouvirmos a voz do Espírito Santo a falar no nosso mundo de hoje. Isto pode
ter lugar ao longo de um encontro, mas encorajamos fortemente a realizar vári-
os encontros, para permitir uma atmosfera mais interativa de partilha à medida
que as pessoas se conhecem, confiam umas nas outras e sentem que podem falar
com maior liberdade, fazendo assim uma verdadeira experiência sinodal de ca-
minharem juntas.
(Vademecum para o Sínodo sobre a sinodalidade).

15
IR AO ENCONTRO

É essencial a escuta daqueles que não estão inseridos diretamente na dinâmica

paroquial;
Que outras pessoas e/ou grupos devemos escutar?
- pessoas que participam das Missas e Celebrações da Palavra;
- batizados que se encontram afastados da comunidade eclesial;
- irmãos e irmãs não-católicos ou não-cristãos;
- irmãos e irmãs pobres, migrantes, em situação de vulnerabilidade pessoal e
social, etc;
- pessoas que atuam nos setores da educação, da saúde, da administração públi-
ca, etc;
Cada realidade apresenta suas próprias demandas;
Usemos de nossa criatividade para identificar e dar voz a estes irmãos e irmãs;
Nestes casos, é evidente que não se realizarão encontros sinodais “formais”;
Esta escuta se dará muito mais na informalidade, no diálogo livre e na partilha;
Aqui será muito importante contar com o apoio das lideranças parceiras já indi-
cadas;
Outra possibilidade será a de contar com pessoas já vinculadas a estes públicos:
professores, agentes de saúde, pastoral social, movimentos eclesiais, etc;
Para “encontrar” estes públicos não há uma “receita”, mas a necessidade de
buscarmos formas criativas e ousadas de ouvi-los acerca do que pensam sobre a
Igreja.

ORGANIZAR

Os públicos/interlocutores que participarão dos encontros devem ser organiza-

dos;
Devem ser “divididos” de modo que em cada encontro não haja uma “superlo-
tação”;
A presença de muitas pessoas num único encontro dificultará a escuta;
Não há um número estabelecido, mas a prática sugere que uma escuta qualificada
supõe grupos de, no máximo, 10 pessoas;
Exemplo: se forem convidadas 50 pessoas para um único encontro, estas pesso-
as precisarão ser organizadas em 5 grupos de 10 pessoas;
Isso já deve estar contemplado no cronograma sinodal paroquial.

16
 ESCUTAR

PREPARAR O ENCONTRO SINODAL PAROQUIAL

Cada encontro sinodal paroquial deverá ser preparado com antecedência;

Sugere-se o roteiro a seguir para o encontro:
- Chegada / Integração / Acolhida;
- Apresentação do objetivo do encontro (10 minutos);
- Leitura orante – há textos bíblicos sugeridos (15 minutos);
- Primeiro movimento: escuta (40 minutos);
- Segundo movimento: discernimento (30 minutos);
- Terceiro movimento: síntese (10 minutos);
- Agradecimento (5 minutos);
- Oração final (5 minutos);
- Despedida.

Roteiro para os encontros sinodais paroquiais

PARÓQUIA: Nome da Paróquia
MODERADOR: Nome da Pessoa da ESP
SÍNTESE: Nome da(s) Pessoa(s) da ESP
DATA: Inserir
HORÁRIO: Inserir
LOCAL: Inserir
PÚBLICO/INTERLOCUTORES: Inserir
TEMAS PRIORITÁRIOS: Inserir

17 17
 ATIVIDADE TEMPO ENCAMINHAMENTOS RESPONSÁVEL

Chegada / Integração /
Acolhida ____ ____ ____

Apresentação do objetivo Retomar os principais tópicos da

do encontro 10 min Carta-Convite (resumo) Moderador

Leitura orante da Palavra 15 min Escolher o texto previamente Moderador

- Se necessário, organizar previamen-

Primeiro movimento 40 min te os pequenos grupos- Responder Moderador /
ESCUTA as perguntas centrais- Responder Síntese
2 temas prioritários

Segundo movimento - Observar as questões propostas no Moderador/

DISCERNIMENTO 30 min Guia da ESP Síntese

Terceiro movimento - Apresentar resumidamente os prin-

SÍNTESE 10 min cipais pontos (não é a síntese defi- Síntese
nitiva do encontro)

Agradecimento 5 min - Palavra final Moderador

Oração final 5 min - Pode haver algum canto, se oportu- Moderador

no

Depedida ____ ____ ____

O Espírito pede para nos colocarmos à escuta das perguntas, preocupações,

esperanças de cada Igreja, de cada povo e nação; e também à escuta do mundo,
dos desafios e das mudanças que o mesmo nos coloca. Não insonorizemos o
coração, não nos blindemos nas nossas certezas. Muitas vezes as certezas fe-
cham-nos em nós mesmos. Escutemo-nos.
(Papa Francisco, Missa de Abertura do Sínodo sobre a Sinodalidade, 10.10.2021).

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 Sugestão de textos bíblicos para leitura orante
NOVO TESTAMENTO Jo 14,1-6 – eu sou o caminho a verdade e
Mt 5, 13-16 – Sal e luz do mundo a vida
Mt 15,21-28 – ouviu o lamento da mu- Jo 14,25-26 – o Esp. Sto vos recordará a
lher cananéia missão
Mt 28, 16-20 – ide e fazei discípulos meus Jo 15 – Permanecei unidos a mim...
todos os povos At 2 – comunidade ideal
Mc 3,31-35 – minha família é quem faz a At 3,1-10 – tudo o que eu tenho vos
vontade de Deus dou...
Mc 6,7-12 – missão dos doze Rm 8,28-37 – quem nos separará do amor
Mc 10,46-52 – cego Bartimeu de Deus...
Lc 6,17ss – sermão da planície 1 Cor 12, 4-31 – diversos carismas
Lc 10,21-24 – felizes os olhos que veem... Gl 6,1-10 – ajuda mútua...
Lc 10,25-37 – e quem é meu próximo... 1Ts 5,12-28 – examinai tudo e ficai com o
Lc 10,38-41- marta e Maria que é bom
Lc 19,1-10 - Zaqueu
Lc 24,13ss - Emaús
ANTIGO TESTAMENTO
Jo 4,1-42 - samaritana
Ex 3,1-9 – tira as sandálias pois este solo
em que pisas é santo...

PASSOS PARA A LEITURA ORANTE

Colocar-se à luz do Espírito de Deus.

1º – LEITURA - O que o texto diz?

Ler na Bíblia, reler, tornar a ler, cada vez mais, conhecer bem o que está escrito,
até assimilar o próprio texto; respeitar o texto tal como ele é, sem interpretações
precipitadas, sem achar que já conhece esse texto. Pois a Palavra de Deus é sempre
nova e atual.
Ao ler o texto da Escritura, fazê-lo com o respeito de quem se encontra pela
primeira vez. Estar atento para as palavras, as repetições, o jeito como está escrito,
quem aparece no texto, em que lugar, o que fazem, o que falam…
Muitas vezes precisaremos lançar mão de algum subsídio que ajude a entender o
texto e o seu contexto histórico/social; usar estudos, dicionários bíblicos, livros, a
ciência, a teologia e outros meios. Aqui descobrimos o que o texto diz em si
mesmo.

19 19
2º – MEDITAÇÃO - O que Deus está me falando?
Depois de ouvir e ler a Sagrada Escritura, de assimilá-la criativa e ativamente,
vamos usar a imaginação, palavras, a repetição mental ou oral de uma palavra, uma
frase, um versículo.
Vamos ruminar até que, da boca e da cabeça, passe para o coração. Já não é mais
só o que o texto diz, mas o que esta palavra está dizendo hoje, o que me diz concre-
tamente dentro da realidade em que estamos vivendo.
O que Deus falou no passado e o que está falando hoje, através deste texto?
É uma forma simples de meditação, um jeito de saborear o texto com cores e
cheiros de hoje, da nossa realidade.
Questionamentos: O que o texto me diz? (Ruminar, trazer o texto para a
própria vida e a realidade pessoal e social.)

3º – ORAÇÃO - O que o texto me faz dizer a Deus?

Entramos em diálogo, em comunhão amorosa com Deus.
Respondemos a Deus, pedimos que nos ajude a praticar o que a sua Palavra nos
pede. O texto bíblico e a realidade de hoje nos motivam a rezar. Uma oração
pessoal que pode desabrochar em oração comunitária, expressão espontânea de
nossas convicções e sentimentos mais profundos.
(Rezar – suplicar, louvar, dialogar com Deus, orar com um salmo…)

4º – CONTEMPLAÇÃO - Qual o meu novo olhar? A partir da Palavra.

É o transbordamento do coração em ação transformadora. Contemplar não é
algo intelectual, que se passa na cabeça, mas é um agir novo que envolve todo nosso
ser. A Leitura Orante se torna uma atitude continuada no dia a dia por uma ação
transformadora – pessoal, comunitária, social, mundial.

Concluir com a oração que o Senhor nos ensinou.

PRIMEIRO MOVIMENTO: ESCUTA

Este movimento é fundamental e central;

Trata-se de escutar o que cada um tem a dizer sobre as perguntas centrais do
Sínodo;
Eis as perguntas centrais:
- Anunciando o Evangelho, uma Igreja sinodal “caminha em conjunto”;
- Como e que este “caminhar juntos” se realiza hoje em nossa comunidade?
- Que passos o Espírito nos convida a dar para crescermos no nosso “caminhar
juntos”?

20
 O moderador do encontro motivará os participantes para expressarem suas
respostas;
A pessoa responsável pela síntese estará atenta para registrar o que for dito;
Faz-se importante explicar previamente aos participantes alguns pontos:
- falar com objetividade (“direto ao ponto”);
- falar com clareza (liberdade para expressar o que pensa e sente);
- falar com pertinência (não “desviar” a resposta para outros assuntos);
As experiências cotidianas pessoais são importantes, mas elas não devem ocupar
o centro da escuta.

10 TEMAS SINODAIS
Além das perguntas centrais do Sínodo, há 10 temas propostos para a escuta;
Não será possível escutar a todos sobre todos os temas em questão;
O cronograma sinodal paroquial já deverá contemplar os temas prioritários para
a escuta em cada encontro, além das perguntas centrais;
Sugere-se a escolha de, no máximo, 2 temas prioritários para cada encontro, de
acordo com o público;
Exemplo: se estarão presentes no encontro os membros das equipes de celebra-
ção, é pertinente ouvi-los sobre o tema sinodal “celebração”;
A escuta destes temas deverá acontecer no mesmo momento da escuta relativa
às perguntas centrais;
Novamente aqui são essenciais a objetividade, a clareza e a pertinência.

Ao responder a estas questões, é útil recordar que “caminhar juntos” ocorre

de duas formas profundamente interligadas. Primeiro, caminhamos uns com os
outros como Povo de Deus. Depois, caminhamos juntos como o Povo de
Deus juntamente com toda a família humana. Estas duas perspetivas enrique-
cem-se mutuamente e são úteis para o nosso discernimento comum no sentido
de uma comunhão mais profunda e de uma missão mais frutuosa.
(Vademecum para o Sínodo sobre a sinodalidade).

21 21
 Temas sinodais prioritários e suas respectivas perguntas
TEMA MOTIVAÇÃO
ACOMPANHANTES Na Igreja e na sociedade,
NO CAMINHO estamos lado a lado na
mesma estrada
Escutar é o primeiro
ESCUTAR passo, mas precisa de uma
mente e de um
coraçãoabertos, sem
preconceitos
Todos são convidados a
falar com coragem e
FALAR parrésia, ou seja, em
liberdade, verdade e
caridade
Só é possível “caminha
juntos” se assumirmos como
CELEBRAÇÃO
base a escuta comunitária da
Palavra e a celebração da
Eucaristia
PARTILHAR A A sinodalidade está ao
RESPONSABILIDADE serviço da missão da
PELA NOSSA Igreja, na qual todos os
MISSÃO COMUM membro são chamados a
participar
O diálogo exige
perseverança e paciência,
DIÁLOGO NA
IGREJA E NA mas também permite a
compreensão mútua
SOCIEDADE
O diálogo entre cristãos de
diferentes igrejas, unidos pelo
ECUMENISMO únicobatismo, tem lugar
especial no Sínodo
AUTORIDADE E Uma Igreja sinodal
PARTICIPAÇÃO é uma Igreja
participativa e corresponsável
Num estilo sinodal
tomamos decisões através
DISCERNIMENTO do discernimento do queo
E DECISÃO Espírito Santo está a dizer-
nos através de toda a nossa
comunidade
A sinodalidade implica
FORMAR-NOS NA receptividade à mudança,
SINODALIDADE formação e aprendizagem
permanente
PERGUNTAS
- Na nossa comunidade, quem “caminha junto”?
- Quem são aqueles que parecem mais afastados?
- Como somos chamados a crescer como companheiros?
- Como Deus nos fala por meio de vozes que ignoramos?
- Como ouvir os leigos: mulheres, jovens, etc?
- O que facilita ou inibe a nossa escuta?
- Como ouvimos os que se encontram nas periferias?
- Como temos escutado os que têm opiniões diferentes das nossas?
- Que espaço existe para a voz das minorias: pobres, marginalizados,
excluídos?
- O que facilita ou dificulta que se fale com coragem, franqueza e
responsabilidade na Igreja?
- Como funciona a relação com os meios de comunicação locais
(não só com os meios de comunicação católicos)?
- Quem fala em nome da comunidade cristã e como são escolhidas
essas pessoas?
- Como a oração e as celebrações litúrgicas inspiram e guiam real-
mente a vida e a missão na comunidade?
- Como elas inspiram nossas decisões mais importantes?
- Como promovemos a participação ativa de todos os fiéis na litur-
gia?
- Como cada batizado é chamado a participar na missão da Igreja?
- O que impede os batizados de serem ativos na missão?
- Que áreas da missão estamos a negligenciar?
- Como a comunidade apoia os seus membros que servem a socieda-
de de várias formas (política, ciência, educação, justiça social, direi-
tos humanos, ambiente, etc)?
- Como e por quem é feito o discernimento sobre as escolhas missi-
onárias?
- As diferentes pessoas da nossa comunidade se reúnem para o diá-
logo? Como isso se realiza?
- Como colaboramos com dioceses vizinhas, comunidades religio-
sas, associações e movimentos laicais, etc?
- Como a Igreja dialoga e aprende com outros setores da sociedade?
- Que relações nossa comunidade estabelece com membros de ou-
tras igrejas cristãs?
- O que partilhamos e como caminhamos juntos?
- Quais as dificuldades para caminharmos juntos?
- Como nossa comunidade identifica os objetivos a prosseguir, a
forma de os alcançar e os passos a dar?
- Como colocamos em prática o trabalho de equipe e a correspon-
sabilidade?
- Como e por quem são orientadas as avaliações pastorais?
- Como se têm promovido os ministérios laicais e a responsabilidade
dos leigos?
- Como funcionam os órgãos sinodais: conselhos, etc?
- Que métodos e processos utilizamos na tomada de decisões? Todo
o Povo de Deus é ouvido e participa?
- Que instrumentos e procedimentos utilizamos para promover a
transparência e a responsabilidade?
- Como podemos crescer no discernimento espiritual comunitário?
- Como nossa comunidade forma pessoas mais capazes de “cami-
nharem juntas” na missão e no diálogo?
- Que formação é promovida para fomentar o discernimento e o
exercício da autoridade sinodal?
22
 DISCERNIR

SEGUNDO MOVIMENTO: DISCERNIMENTO

Ao final da escuta, realiza-se um tempo de silêncio (de 2 a 4 minutos);

Em espírito de oração, cada um pode assimilar, elaborar e perceber o que o
Espírito está dizendo a partir das respostas ditas e ouvidas (trata-se de um pro-
cesso orante);
Algumas perguntas podem auxiliar nesse processo de discernimento:
- o que ouvimos nos leva a tomar que atitudes?
- o que ouvimos está em consonância com a Palavra de Deus?
- o que ouvimos nos leva a reconhecer o que Deus quer de nós, como
Igreja, hoje?
- o que ouvimos gera em nós que sentimentos diante do atual cenário da
Igreja?
O mais importante aqui não são as respostas “prontas” e “definitivas”, mas
discernir os caminhos da Igreja segundo a Palavra, segundo a Tradição, segundo
o Magistério e segundo a realidade que vivemos.

PARTILHA DO DISCERNIMENTO

Após este tempo de silêncio, novamente cada um poderá fazer uso da palavra;
Cada um expressa aos demais algum elemento do discernimento que realizou;
Novamente: objetividade, clareza e pertinência;
É do mesmo modo importante serenidade para “partilhar” e não “impor” um
pretenso discernimento pessoal como uma “receita” para a Igreja ou para a
comunidade;
Este discernimento partilhado vai motivando os participantes a uma conversão
sinodal, porque o Espírito é a “alma” do Corpo de Cristo que é a Igreja;
O responsável pela síntese deverá igualmente registrar em tópicos os elementos
de discernimento apresentados.

23 23
 SINTETIZAR

SÍNTESE PRELIMINAR

Ao final do movimento de discernimento, o responsável pela síntese do grupo

ou do encontro toma a palavra e partilha com os irmãos e irmãs os tópicos
registrados;
Atenção: a intenção desta partilha não é a de realizar a síntese definitiva do encon-
tro, mas apenas apresentar os pontos recorrentes, mais pertinentes à realidade da
comunidade, mais desconhecidos ou mesmo mais “polêmicos”;
Trata-se de uma primeira “devolução” aos participantes do “resultado” da escu-
ta e do discernimento;
Pode ocorrer que algum participante questione a inexistência de alguma ideia ou
ainda queira complementar algum tópico;
Estejamos abertos a esse processo, mas sempre explicitando que não se trata de
uma síntese “definitiva”, mas o resultado da escuta dos irmãos e irmãs e da
escuta do Espírito;
Se houver pequenos grupos esta partilha deverá ocorrer nos pequenos grupos
apenas.

SÍNTESE FINAL DO ENCONTRO

A síntese do encontro sinodal paroquial não será finalizada no próprio encontro;

Então, cada ESP deverá designar uma ou duas pessoas para se dedicar ao traba-
lho de sistematizar as sínteses dos encontros sinodais paroquiais;
Esta(s) pessoa(s) terá(ão) a função de coletar todas as sínteses escritas de todos os
encontros e organizá-las segundo cada encontro;
Exemplo: se num encontro com 50 pessoas houve 5 grupos de 10 pessoas, logo,
haverá 5 sínteses (=5 grupos). Estas 5 sínteses deverão ser sistematizadas numa
única síntese, que será a síntese daquele encontro específico;

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 Portanto, a síntese de cada encontro sinodal paroquial não será finalizada no
próprio encontro, mas num momento posterior, não comprometendo o teor
da escuta e do discernimento, mas seguindo a lógica do “dizer o máximo com o
mínimo de palavras”.

SÍNTESE SINODAL PAROQUIAL

Ao final de todo o processo, a ESP confeccionará a síntese sinodal paroquial;

Esta síntese não deverá ultrapassar 10 páginas;
Ela será realizada em tópicos mediante modelo disponibilizado;
Atenção: é importante já realizar as sínteses dos encontros sinodais paroquiais no
mesmo modelo da síntese paroquial, a fim de facilitar o que vem a seguir;
Para realizar a síntese paroquial, a ESP deverá agendar um encontro (orante e de
partilha);
A síntese deverá ser o “retrato” mais fiel possível da escuta paroquial;
Todos os membros da ESP devem se envolver na sua redação e revisão;
É essencial que o teor desta síntese paroquial não seja resultado da percepção de
uma única pessoa, mas do discernimento conjunto de todos os membros da
ESP que participaram ativamente das escutas ao longo de todo o processo.

O feedback recebido ao longo do processo de escuta deve ser reunido numa

“síntese”. O objetivo da síntese, não é produzir um resumo genérico de tudo o
que foi dito ou realizar um exercício académico. Pelo contrário, a síntese é um
ato de discernimento para escolher e escrever o que pode contribuir para a fase
seguinte do Processo Sinodal. Neste sentido, a síntese não relata apenas tendên-
cias e pontos comuns de convergência, mas destaca também os pontos que
chegam a ser um acorde, que inspiram um ponto de vista original ou abrem um
novo horizonte. A síntese deve prestar especial atenção às vozes daqueles que,
muitas vezes, não são ouvidos e integrar aquilo a que poderíamos chamar o
“relatório minoritário”. O feedback não deve sublinhar apenas experiências
positivas, mas deve trazer à luz também experiências desafiantes e negativas, a
fim de refletir a realidade do que se escutou. No feedback, é preciso transmitir
algo da experiência do encontro local: atitudes dos participantes, alegrias e desa-
fios de estarem envolvidos em conjunto no discernimento
(Vademecum para o Sínodo sobre a sinodalidade).

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 Modelo de síntese para os
encontros sinodais paroquiais
PARÓQUIA: Nome da Paróquia
MODERADOR: Nome da Pessoa da ESP
SÍNTESE: Nome da(s) Pessoa(s) da ESP
DATA: Inserir
HORÁRIO: Inserir
LOCAL: Inserir
PÚBLICO/INTERLOCUTORES: Inserir
TEMAS PRIORITÁRIOS: Inserir
ESCUTA
PERGUNTAS / TEMAS RESPOSTAS (em tópicos)
Como e que este “caminhar - Tópico 1
juntos” se realiza hoje - Tópico 2
em nossa comunidade? - Tópico 3
Que passos o Espírito nos convida a dar - Tópico 1
para crescermos no nosso “caminhar - Tópico 2
juntos”? - Tópico 3
- Tópico 1
Tema prioritário 1 - Tópico 2
- Tópico 3
- Tópico 1
Tema prioritário 2 - Tópico 2
- Tópico 3

DISCERNIMENTOS
PERGUNTAS RESPOSTAS (em tópicos)
O que ouvimos nos leva - Tópico 1
a tomar que atitudes? - Tópico 2
- Tópico 3
O que ouvimos está em consonância com - Tópico 1
a Palavra de Deus? - Tópico 2
- Tópico 3
Que sentimentos temos diante - Tópico 1
do atual cenário da Igreja? - Tópico 2
- Tópico 3
O que Deus quer de nós - Tópico 1
como Igreja hoje? - Tópico 2
- Tópico 3
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 Modelo para a síntese sinodal paroquial

PARÓQUIA: Nome da Paróquia

MEMBROS DA ESP: Nomes dos Membros da ESP
NÚMERO DE ENCONTROS SINODAIS PAROQUIAIS REALIZA-
DOS: Inserir
NÚMERO DE PESSOAS ESCUTADAS: Inserir
PÚBLICOS/INTERLOCUTORES ESCUTADOS: Inserir

SÍNTESE SINODAL PAROQUIAL (máximo – 10 páginas)

SÍNTESE – mesclar a escuta com
PERGUNTAS / TEMAS / QUESTÕES
o discernimento, em tópicos
COMO E QUE ESTE “CAMINHAR - Tópico 1
JUNTOS” SE REALIZA HOJE EM - Tópico 2
NOSSA COMUNIDADE? - Tópico 3
QUE PASSOS O ESPÍRITO NOS
CONVIDA A DAR PARA
CRESCERMOS NO NOSSO
“CAMINHAR JUNTOS”?

ACOMPANHANTES NO CAMINHO

ESCUTAR

FALAR

CELEBRAÇÃO

PARTILHAR A RESPONSABILIDADE
PELA NOSSA MISSÃO COMUM

DIÁLOGO NA IGREJA E NA
SOCIEDADE

ECUMENISMO

AUTORIDADE E PARTICIPAÇÃO

DISCERNIMENTO E DECISÃO

FORMAR-NOS NA SINODALIDADE

27 27
 PARTILHAR

PARTILHAR COM A COMUNIDADE PAROQUIAL

Já com a síntese sinodal paroquial finalizada, a ESP deverá agendar um novo

encontro com o Pároco e com o Coordenador do CMPP para apresentar o
documento;
Este não será um encontro para revisar a síntese paroquial, mas para apresentá-la;
Nesse mesmo encontro deve ser planejada a atividade do dia 04 de junho de
2022, data na qual a síntese sinodal paroquial será apresentada a toda a comuni-
dade paroquial;
Valorize-se a criatividade e um modo significativo de apresentar a síntese, pois
ela servirá para o caminho pastoral futuro de toda a paróquia.

ENVIAR PARA A COMISSÃO SINODAL DIOCESANA

Ao mesmo tempo, a ESP deverá enviar a síntese sinodal paroquial à Comissão

Sinodal Diocesana, que dará prosseguimento ao processo de sistematização de
todas as sínteses paroquiais recebidas que, posteriormente, serão enviadas à Con-
ferência Nacional dos Bispos do Brasil.

Guiados pelo Espírito Santo, nós somos as pedras vivas com as quais Deus
edifica a Igreja que deseja para o terceiro milénio (1Pd 2,5). Que a Santíssima
Virgem Maria, Rainha dos Apóstolos e Mãe da Igreja, interceda por nós, ao
percorrermos juntos este caminho que Deus nos propõe. Que os seus cuidados
maternais e a sua intercessão nos acompanhem, como no Cenáculo de Pente-
costes, na construção da nossa comunhão uns com os outros e na realização da
nossa missão no mundo. Com ela, dizemos juntos como o Povo de Deus:
“Faça-se em mim segundo a tua palavra!” (Lc 1,38).
(Vademecum para o Sínodo sobre a sinodalidade).

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 DE NOVO O ESSENCIAL

[
“Sejamos peregrinos enamorados do Evangelho,
abertos às surpresas do Espírito Santo.
Não percamos as ocasiões de graça do encontro,
da escuta recíproca, do discernimento.
Com a alegria de saber que, enquanto procuramos o Senhor,
é Ele quem primeiro vem ao nosso encontro com o seu amor”
(Papa Francisco,
Missa de Abertura do Sínodo sobre a Sinodalidade,
10 de outubro de 2021).

[
“Para ‘caminhar juntos’,
é necessário que nos deixemos educar pelo Espírito
para uma mentalidade verdadeiramente sinodal,
entrando com coragem e liberdade de coração
num processo de conversão”
(Documento Preparatório do Sínodo sobre a Sinodalidade 9).

“Caminhar juntos” (=“sínodo”)

[
não significa apenas “caminhar sem rumo”,
mas percorrer o caminho que já nos foi dado: Jesus Cristo.
Ele é “o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14,6).
Do mesmo modo, “escutar” não significa apenas ouvir queixas,
desgostos, boas ideias ou pontos de vista sobre a Igreja,
mas escutar em primeiro lugar o Espírito Santo,
escutar o que Ele diz às Igrejas (Ap 3,6).

29 29
 CRONOGRAMA SINODAL DIOCESANO

DEZEMBRO 2021
01 a 31 - Equipes Sinodais Paroquiais realizam as etapas (APRESENTAR e PLANEJAR)

FEVEREIRO 2022
01 a 28 - Realização dos encontros sinodais paroquiais (ESCUTAR e DISCERNIR)

MARÇO 2022
01 a 31 - Realização dos encontros sinodais paroquiais (ESCUTAR e DISCERNIR)
19 – Encontro de escuta sinodal presencial nos subsetores (com as ESP’s)

ABRIL 2022
01 a 30 - Realização dos encontros sinodais paroquiais (ESCUTAR e DISCERNIR)

MAIO 2022
01 a 15 – Equipe Sinodal Paroquial elabora a síntese sinodal paroquial (SINTETIZAR)
15 a 25 – Finalização da síntese sinodal paroquial
31 – Prazo para envio da síntese sinodal paroquial à Comissão Sinodal Diocesana

JUNHO 2022
04 - Encontro paroquial de apresentação da síntese sinodal paroquial (encontro de 2 a 3 horas
e a Missa com a comunidade - será disponibilizado roteiro do encontro e da Missa)

JULHO 2022
16 - Encontro Pré-Sinodal Diocesano (apresentação da síntese diocesana)
31- Prazo para envio da síntese sinodal diocesana para a CNBB

30
 DIOCESE DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS
Bispo Diocesano:
Dom Celso Antônio Marchiori

Coordenação da Ação Evangelizadora:

Pe. João Maria Rodrigues Stech

Grupo de Reflexão Pastoral Comissão Sinodal Diocesana

Pe. Aleixo Wardzinski de Souza
Pe. André Marmilicz, CM
Pe. Celmo Suchek de Lima
Pe. Gilmar de Lima
Pe. João Maria Rodrigues Stech
Pe. Jônathan Luis Antunes
Pe. Marcio Adriano Krefer
Pe. Paulo Henrique Sgarabotto
Pe. Rafael Fuchs
Pe. Simão Valenga, CM
Pe. Thiago Zella Hoffmann
Léo Marcelo Plantes Machado
Pe. João Maria Rodrigues Stech
Pe. Rafael Fuchs
Pe. André Marmilicz
Diac. Silvio Cezar da Costa
Ir. Narcisa Maria Pasetto
Adélia Terezinha de Abreu
Diogo Marangon Pessotto
Kevin de Mattos Ganz
Léo Marcelo Plantes Machado
Zilda de Fatima Muliki dos Santos

Diagramação:
Aldemir Batista - Editora Exceuni Ltda - www.exceuni.com.br

Impressão:
Nova Gráfica Editora Ltda. - comercial@novagrafica.com.br
(41) 98826-1283 - www.novagrafica.com.br

31
31
 NUNCA É DEMAIS RECORDAR

[
“Sejamos peregrinos enamorados do Evangelho,
abertos às surpresas do Espírito Santo.
Não percamos as ocasiões de graça do encontro,
da escuta recíproca, do discernimento.
Com a alegria de saber que, enquanto procuramos o Senhor,
é Ele quem primeiro vem ao nosso encontro com o seu amor”
(Papa Francisco,
Missa de Abertura do Sínodo sobre a Sinodalidade,
10 de outubro de 2021).

[
“Para ‘caminhar juntos’,
é necessário que nos deixemos educar pelo Espírito
para uma mentalidade verdadeiramente sinodal,
entrando com coragem e liberdade de coração
num processo de conversão”
(Documento Preparatório do Sínodo sobre a Sinodalidade 9).

“Caminhar juntos” (=“sínodo”)

[
não significa apenas “caminhar sem rumo”,
mas percorrer o caminho que já nos foi dado: Jesus Cristo.
Ele é “o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14,6).
Do mesmo modo, “escutar” não significa apenas ouvir queixas,
desgostos, boas ideias ou pontos de vista sobre a Igreja,
mas escutar em primeiro lugar o Espírito Santo,
escutar o que Ele diz às Igrejas (Ap 3,6).

32
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 Aqui estamos, diante de Vós, Espírito Santo:
estamos todos reunidos no vosso nome.
Vinde a nós,
assisti-nos,
descei aos nossos corações.
Ensinai-nos o que devemos fazer,
mostrai-nos o caminho a seguir, todos juntos.
Não permitais que a justiça seja lesada por nós
pecadores,

[
que a ignorância nos desvie do caminho,
nem as simpatias humanas nos tornem parciais,
para que sejamos um em Vós
e nunca nos separemos da verdade.
Nós Vo-lo pedimos
a Vós que, sempre e em toda a parte,
agis em comunhão com o Pai e o Filho
pelos séculos dos séculos.
Amém.