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DIRETÓRIO DA CATEQUESE

DA ARQUIDIOCESE DE SOROCABA

“Na alegria de crer e comunicar a fé!”


Arquidiocese de Sorocaba - 2015
DIRETÓRIO DA CATEQUESE
DA ARQUIDIOCESE DE SOROCABA

Promulgado pelo Arcebispo Metropolitano

Dom Eduardo Benes de Sales Rodrigues

Por ocasião da realização dos 50 anos do Concílio Vaticano II

Arquidiocese de Sorocaba
SUMÁRIO

PALAVRA DO ARCEBISPO ............................................................................. 3


PALAVRA DO SECRETÁRIO GERAL .............................................................. 4
ELABORAÇÃO DO PRESENTE DIRETÓRIO .................................................. 6
TRANSMISSÃO DA FÉ ..................................................................................... 8
OBJETIVOS DA CATEQUESE ...................................................................... 10
FORMAÇÃO DO CATEQUISTA...................................................................... 12
10 DIRETRIZES PARA SER UM BOM CATEQUISTA ................................... 14
NÍVEIS DA CATEQUESE ............................................................................... 16
RITOS E SINAIS .............................................................................................. 18
METODOLOGIA DO DIRETÓRIO ................................................................... 20
CATEQUESE BATISMAL................................................................................ 25
PRÉ-CATEQUESE .......................................................................................... 39
CATEQUESE PARA A EUCARISTIA ............................................................. 44
1ª FASE DA EUCARISTIA .............................................................................. 50
2ª FASE DA EUCARISTIA ............................................................................... 54
3ª FASE DA EUCARISTIA ............................................................................... 57
CATEQUESE PARA A CRISMA ..................................................................... 61
1ª FASE DA CRISMA (PERSEVERANÇA) ..................................................... 69
2ª FASE DA CRISMA....................................................................................... 73
3ª FASE DA CRISMA....................................................................................... 77
CATEQUESE PARA A CATEQUESE DE ADULTOS ..................................... 81
CATEQUESE DE ADULTOS CATECUMENATO ........................................... 92
NORMAS E ATRIBUIÇÕES DOS CATEQUISTAS ........................................ 96
CONCLUSÃO ................................................................................................ 103
3

PALAVRA DO ARCEBISPO

Dom Eduardo Benes de Sales Rodrigues


Arcebispo Metropolitano

Sorocaba, 08 de Dezembro de 2015


Festa da Imaculada Conceição, Jubileu de Ouro do Concílio
Vaticano II e início do Ano Jubilar da Misericórdia Divina
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PALAVRA DO SECRETÁRIO GERAL DA ELABORAÇÃO


DO DIRETÓRIO DA CATEQUESE

Após a realização do Sínodo da catequese de 2013, propus ao nosso


Arcebispo Dom Eduardo e a todos os presbíteros que realizássemos um
Diretório da Catequese para toda nossa Arquidiocese, já que o Sínodo
expressou esse desejo por parte dos milhares de evangelizadores que
possuímos. Diante dessa proposta e atendendo às inspirações do Espírito
Santo que sempre renova a sua Igreja (Ap 2,7), Dom Eduardo expressou
profunda alegria e real necessidade de termos uma linha norteadora para toda
ação evangelizadora de nossa Igreja Particular de Sorocaba.
O presente planejamento catequético foi elaborado com fundamento no
Catecismo da Igreja Católica e de acordo com as orientações do Diretório
Nacional de Catequese, do Documento 26 da CNBB (Catequese renovada), do
Documento da Conferência de Aparecida e das atuais Diretrizes gerais da ação
evangelizadora da Igreja do Brasil, visando, assim, a uma catequese mais
Querigmática e Mistagógica que forme discípulos missionários. Nosso dever é
proclamar ao mundo aquilo em que cremos, a saber, “a impenetrável riqueza
de Cristo” (Ef 3,8). Dessa forma, Jesus Cristo está no centro da catequese.
Tudo o mais é ensinado com referência a Ele. Na verdade, Ele está acima de
todos os que ensinam, pois Ele é o grande catequista do Pai. Assim, todo
catequista deve saber dizer as misteriosas palavras de Jesus: “O meu
ensinamento não vem de mim, mas Daquele que me enviou” (Jo 7,16). Nós,
que fomos chamados a ensinar Cristo, precisamos conhecê-lo e amá-lo.
Somente assim, inspirados por esse conhecimento amoroso, faremos que
outros creiam em Jesus Cristo e tornem-se discípulos missionários.
O catequista deve sempre utilizar nos seus encontros a Sagrada
Escritura e o Catecismo da Igreja Católica (CIC), que são ferramentas
imprescindíveis na formação catequética. Antecede a essa preparação
teológica o seu encontro pessoal com Jesus, pois o catequista só conseguirá
ter um apostolado eficaz se estiver mergulhado no mistério do amor de Deus.
5

Caso contrário, será um mero transmissor de conhecimentos teóricos e os


ouvintes não se tornarão fascinados, enamorados por Jesus Cristo. Todo
conteúdo aqui apresentado é apenas um subsídio de apoio para os catequistas
e em nada tira as variadas realidades sociais, geográficas, culturais das nossas
paróquias.
A catequese não é uma ação facultativa na vida eclesial, mas sim uma
ação basilar, fundamental para a construção, tanto da personalidade do
discípulo de Jesus, quanto da comunidade cristã. Sem ela a ação missionária
não teria continuidade e seria estéril; a ação pastoral não teria raízes, seria
superficial e confusa. O crescimento interior da Igreja, a sua correspondência
aos desígnios de Deus, dependem essencialmente da catequese. “Neste
sentido a catequese deve ser considerada momento prioritário na
evangelização” (DGC n. 64).
O presente Documento expressa integralmente as necessidades e os
desafios dos fiéis leigos em seu apostolado evangelizador em nossa
Arquidiocesse. O Diretório agora entregue aos Presbíteros, Diáconos,
Religiosos(as) e fiéis leigos(as) é ponto de partida para uma nova vitalidade na
transmissão da fé em toda nossa amada Igreja Particular de Sorocaba.
Este Diretório não terá um prazo determinado para a sua realização,
pois envolve uma conversão pessoal e pastoral, como também transformação
de estruturas eclesiais muito acima das nossas categorias temporais e
previsões limitadas.
Agradeço a Deus por ter tido a oportunidade de servi-lo como secretário
desse Diretório que entra na história de nossa Arquidiocese de Sorocaba. Não
tenho dúvidas que todo esse trabalho foi obra do Espírito Santo, que age
quando renunciamos às nossas vontades e gostos e deixamos que Ele faça o
que deseja para a sua Igreja.

Pe. Flávio Jorge Miguel Júnior


Coordenador da Comissão para
Animação Bíblico-Catequética
da Arquidiocese de Sorocaba
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COMO FOI ELABORADO O PRESENTE DIRETÓRIO

Assistimos em nossos dias um verdadeiro florescer do ímpeto


evangelizador, ainda mais depois da intuição do saudoso São João Paulo II,
que desembocou o Projeto Rumo ao Novo Milênio. Percebe-se em toda Igreja
uma sensibilidade mais forte na necessidade do anúncio da Palavra de Deus.
Jornadas de evangelização, encontros de evangelização, técnicas de
evangelização, Seminários de Vida no Espírito, Novas Comunidades, o Sínodo
dos Bispos… Essa rica inspiração só pode ser um mover do Espírito em sua
Igreja nos dias atuais e isso justamente quando o cristão olha perplexo para o
mundo e percebe que ele não está mais em regime de cristandade e vê crescer
de forma galopante a secularização da sociedade.
É no contexto apontado acima e sob a inspiração do Espírito que a
Arquidiocese de Sorocaba viu a necessidade de elaborar o seu próprio
Diretório de Catequese. Este pretende ser um esforço de adaptação à
realidade da nossa Igreja Particular, tendo como base os Diretórios de
Catequese já existentes, tanto o da CNBB como o da Santa Sé.
O Documento presente propõe orientações para a catequese em toda
Arquidiocese de Sorocaba, não visando uma uniformização, mas criando sim
uma comunhão de todas as Paróquias com seus respectivos pastores em sua
ação evangelizadora, criando comunhão e uma espiritualidade de
diocesaniedade. O Diretório também não é um Manual para ser estudado com
os catequizandos, mas tem a função de apresentar a natureza e finalidade da
catequese, traçar os critérios de ação evangelizadora, orientar, coordenar e
estimular a atividade catequética em nossas diversas regiões pastorais.
O Diretório agora apresentado será importante por ser um órgão de
sintonia para todo trabalho catequético da Igreja, um direcionamento que visa
progresso na ação catequética de milhares de leigos(as) que gratuitamente se
doam nesta linda ação evangelizadora e merecem diretrizes mínimas para não
se sentirem perdidos e confusos.
Para a elaboração deste Diretório tivemos como critério ouvir as bases
da nossa catequese arquidiocesana, ou seja, ouvir atenciosamente os mais de
7

3.000 catequistas em suas mais diversas realidades culturais, sociais e


eclesiais. Para concretizar a consulta do povo de Deus, assumi como
coordenador geral visitar no ano de 2014 as nossas 57 Paróquias. Foram
momentos maravilhosos, pois eu mesmo pude constatar a profundidade e a
beleza, bem como das dores e angústias de centenas de evangelizadores que
temos em nossa Arquidiocese! Quanto amor a Cristo e a sua Igreja! Quanta
disponibilidade em servir a Jesus e seu Evangelho!
Após a visita, realizada ao longo de 2014, partimos para o segundo
momento no ano início de 2015 com a realização mensal de um grande
número de eventos preparatórios para o nosso Diretório envolvendo milhares
de evangelizadores do Batismo, Crisma, Eucaristia e de Adultos.
O nosso Diretório da Catequese nasceu a partir do testemunho dos
nossos catequistas, à luz do Magistério dos Bispos e do Direito Canônico, e
não por um grupo de especialistas em ciências humanas e teológicas. Portanto
o presente Documento não é “imposto” de cima para baixo, nem
elaborado por uma “elite” de coordenação, mas nasce agora como fruto
de uma Igreja toda ministerial, onde todo povo de Deus pode ser ouvido e
consultado.
O Diretório agora apresentado também é fruto da resposta das partilhas
feitas nas reuniões gerais do Presbitério. Sim, todos os presbíteros, bem como
os diáconos e nossas religiosas tiveram a oportunidade de trazer suas
experiências, partilhas e angústias no âmbito da transmissão da fé, seja em
assembleias ou em cartas recebidas com os questionários sobre a
evangelização, suas conquistas e desafios. Diante deste quadro, as pistas
apresentadas nesse Diretório são fruto do trabalho de muita gente de boa
vontade, mas principalmente das inspirações dadas pelo Espírito Santo, que
nos conduziu com Sua unção e graça.
Que a Virgem Maria, Senhora da Ponte, a cuja intercessão confiamos
este Diretório da Catequese de nossa amada Arquidiocese de Sorocaba, ajude
a todos a compreender as suas disposições e a realizar todo o esforço para a
sua fiel aplicação, em vista de uma mais ampla fecundidade apostólica.
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TRANSMISSÃO DA FÉ

“Conhecer Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa possa


receber; tê-lo encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vidas, e
fazê-lo conhecido com nossa palavra e obras é nossa alegria” (Ap 29).

Os principais desafios que a Catequese tem pela frente hoje são as


mudanças culturais. Partindo do ponto que a doutrina da Igreja é imutável,
perene e infalível, a transmissão do conteúdo da fé deve se adequar aos
desafios da cultura presente e ter uma linguagem que atinja melhor nossas
crianças, jovens e adultos na catequese e nas mais variadas formas de
evangelização em nossas pastorais e movimentos. Não se pode transmitir a fé
em nossos dias como se fazia na década de 50, nem como se fazia nos anos
80 ou 90 do século passado. O mundo mudou e os desafios pastorais são
outros, apesar de guardarmos a Sagrada Tradição da Igreja – Depósito
precioso da Fé.
Neste sentido, a Igreja tem que usar meios novos para que o Evangelho
atinja o coração das pessoas nesse conturbado mundo moderno. Como
exemplo, podemos citar a sugestão que temos dado aos catequistas de
criarem com seus catequizandos comunidades virtuais onde eles possam
interagir reciprocamente, fora dos preciosos momentos de encontros
catequéticos. Assim também cada pastoral e movimento devem anunciar o
Evangelho de uma forma que as pessoas compreendam e se encantem com a
mensagem de Jesus, e usar também novos métodos na transmissão da fé.
Acima mostramos que é necessária uma nova linguagem e uma nova
inculturação do Evangelho. Porém não nos esqueçamos de que a santidade
de vida do evangelizador supera qualquer tipo de tecnologia moderna. A
transmissão da fé se torna eficaz quando o evangelizador está repleto do
Espírito Santo e o seu coração se encontra repleto de amor pelo Senhor.
Quem não tem uma experiência pessoal com Jesus Vivo na unção do
Espírito, qual testemunho pode dar aos outros? Sua evangelização será
fraca, feita apenas de ensinamentos intelectualizados e que não
transmitem entusiasmo e convicção aos outros.
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O cristianismo não é um mero conjunto de conceitos doutrinais ou uma


filosofia de vida; o cristianismo é uma pessoa: Jesus Cristo, o Filho do Deus
Vivo. Quando lemos o Livro dos Atos dos Apóstolos vemos que os discípulos e
as discípulas dão testemunho de Jesus não apenas porque têm ideias bonitas
sobre Ele, mas porque “viram o Senhor”, estiveram com Ele. O evangelizador
tem que estar com Jesus para melhor conhecê-Lo e só assim os outros
também desejarão conhecê-Lo, segui-Lo e amá-Lo. O que não toca o coração
não motiva, nem empolga, nem contagia. Aqui, nós católicos, temos uma
grande riqueza em nossas comunidades - a Santíssima Eucaristia. É aos pés
de Jesus Eucarístico em adoração íntima com Nosso Senhor, que teremos a
graça e a unção para poder transmitir a fé com eficácia e assim poder dizer
como São Paulo: “O meu viver é Cristo” (Fil 1,21) e ainda: “Já não sou eu que
vivo, é Cristo que vive em mim!” (Gal 2,20).
O Papa Bento XVI insistiu muito, em seus últimos anos de Pontificado,
que a Igreja não cresce por imposição de sua fé, mas pela atração das coisas
bonitas e elevadas que ela tem para anunciar às pessoas. Nesse ponto as
nossas celebrações litúrgicas devem ser o lugar privilegiado para que isso
ocorra no coração dos fiéis. É, neste sentido, que os Bispos têm falado muito
em nossos dias da chamada catequese mistagógica. Mistagogia é uma palavra
grega que pode ser traduzida como conduzir para dentro do mistério. Deus é
mistério, portanto ninguém consegue explicar Deus somente com conceitos
racionais. Precisamos ser iniciados no Mistério não só com palavras, mas
principalmente através da Sagrada Liturgia, com seus símbolos, ritos, sinais,
gestos e principalmente com a Palavra de Deus que nos faz mergulhar no
mistério do amor de Deus. Os catequistas e todos os evangelizadores são
verdadeiros mistagogos, que têm a missão bonita de conduzir os outros a
Jesus. A participação na vida litúrgica da Igreja será a consequência natural de
uma boa Evangelização.
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OBJETIVOS DA CATEQUESE
DA ARQUIDIOCESE DE SOROCABA

1. Evangelizar, a partir de Jesus Cristo e na força do Espírito Santo, como


Igreja discípula, missionária e profética, alimentada pela Palavra de Deus e
pela Santíssima Eucaristia, à luz da evangélica opção preferencial pelos
pobres;
2. Ultrapassar o modelo catequético do tempo da Cristandade, no qual a fé era
passada de pai para filho de forma tradicional, acentuando somente a
dimensão doutrinal. É necessário termos a consciência que a sociedade
moderna se tornou descristianizada e, portanto, temos que evangelizar os
batizados com novo ardor missionário na força do Querigma;
3. Fazer com que todos os agentes leigos das diversas pastorais e movimentos
tomem consciência de que também são pelo batismo catequistas,
transmissores da fé. A catequese deve portanto, integrar e envolver todos os
ministérios e espiritualidades existentes em sua comunidade eclesial;
4. Superar o clericalismo e despertar em todos os(as) leigos(as) o desejo de
assumirem sua vocação batismal de serem testemunhas de Nosso Senhor
Jesus Cristo. O Documento de Aparecida citando São João Paulo II afirma: “A
evangelização do Continente, não pode realizar-se hoje sem a
colaboração dos fiéis leigos” (n 213);
5. Despertar nos catequizandos o amor em participar dos mistérios pascais nos
sacramentos e, particularmente, no Sacrifício Eucarístico é: fonte e cume de
toda a vida cristã (cf. LG, 11);
6. Criar oportunidades de formação permanente para catequistas;
7. Tornar a catequese aberta ao dinamismo missionário. Ela se esforça por
habilitar os discípulos de Jesus a se fazerem presentes, como cristãos, na
sociedade e na vida profissional, cultural e social;
8. Iniciar um processo de iniciação na vida cristã dos não batizados e dos
batizados, mas não evangelizados, adotando a inspiração catecumenal do
Ritual da Iniciação Cristã de Adultos (RICA);
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9. Formar os catequistas e os agentes evangelizadores de nossa Arquidiocese


como discípulos missionários de Jesus Cristo;
10. Colocar a Sagrada Escritura no centro da catequese, fazendo da Bíblia o
livro por excelência, bem como o Catecismo da Igreja Católica;
11. Passar de uma catequese com mentalidade escolar (sala de aula,
catequista/professor, catequizando/aluno, férias, crachás, etc.) para uma
catequese celebrativa, que acompanhe principalmente o Ano Litúrgico,
adaptando, inclusive, os espaços da catequese;
12. Valorizar a catequese familiar, de modo que as famílias inseridas na vida
da comunidade se tornem agentes evangelizadores, tornando os pais
verdadeiros catequistas (introdutores) de seus filhos, e assim a família se torne
uma “Igreja doméstica”, a “primeira escola da fé” (DAp, nn. 302-303), onde a
Palavra de Deus é acolhida, anunciada, celebrada e vivida.
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FORMAÇÃO DO CATEQUISTA

“Tu, porém, permanece firme naquilo que aprendeste e creste!”


2Timóteo 3,14

Será impossível transmitir aos catequizandos a sã doutrina da salvação


se os catequistas não tiverem uma boa formação teológica e bíblica. O
Diretório geral para a catequese, Sagrada Congregação para o Clero, de 1997
(DGC), diz: “Qualquer atividade pastoral que não conte, para sua
realização, com pessoas realmente formadas e preparadas coloca em
risco sua qualidade” (n. 234). Portanto, o catequista deve estar preparado
para anunciar o Evangelho àqueles que desejam entregar-se a Jesus Cristo. A
finalidade da formação requer que o catequista se torne o mais capacitado
possível para realizar sua missão.
O catequista precisa estar em contínua formação humana e teológica.
Por isso, não bastam os Encontros de Formação em nível Arquidiocesano
dados no início do ano. Estes são muito mais momentos de sensibilização para
o trabalho catequético que indicadores de que, ao participar desses encontros,
o catequista esteja em condições de realizar bem a tarefa pastoral. Como a
catequese é um processo permanente de educação da fé, também a formação
do catequista deve ser permanente, pois o catequista terá sempre coisas para
aprender em toda a sua vida. “Além de testemunha, o catequista deve ser
mestre que ensina a fé. Uma formação bíblico-teológica vai fornecer-lhe
um conhecimento orgânico da mensagem cristã articulada a partir do
mistério central da fé, que é Jesus Cristo” (DGC 240).
Por esse motivo, é necessário que toda Paróquia proporcione a seus
catequistas uma boa formação teológica, ao menos uma vez por mês, com no
mínimo uma hora de duração. Esses encontros formativos poderão abordar
temas da doutrina e da moral que sejam mais difíceis e desafiadores nos
encontros catequéticos.
É verdade que nem todas as Paróquias possuem pessoas formadas em
Teologia, mas com certeza existem seminaristas, religiosas e leigos(as) com
profundo conteúdo bíblico e teológico que podem ministrar a Formação
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Permanente. Por outro lado o Pároco é o primeiro responsável e deve zelar


pela formação humana, espiritual e teológica dos que dão catequese para suas
ovelhas. O papa João Paulo II, quando esteve pela primeira vez no Brasil,
disse: “A catequese é uma urgência. Só posso admirar os pastores
zelosos que em suas Igrejas procuram responder concretamente a essa
urgência, fazendo da catequese uma prioridade” (Encontro com os bispos
em Fortaleza, 10 jul. 1980).
Infelizmente, em muitas comunidades, pessoas de boa vontade com o
desejo de servir a Deus acabam por almejar ser catequistas e não passam por
nenhuma seleção ou formação. É fundamental colocar critérios para que
alguém seja catequista. Primeiramente, deve-se saber se essa pessoa já foi
realmente evangelizada, ou seja, se já recebeu o “primeiro anúncio” (querigma)
e teve seu encontro pessoal com Cristo, pois não se pode crescer na fé se
antes não se nasceu para ela. Em um segundo momento, é preciso constatar
se essa pessoa tem suficiente conhecimento da doutrina e da moral da Igreja,
para transmitir fielmente aos catequizandos a sã doutrina da salvação. Por ser
considerado um modelo pelas crianças e pelos jovens, o catequista deve dar
testemunho daquilo que prega e viver o que anuncia. O catequista também
dever ter equilíbrio psicológico, boa comunicação, um mínimo de liderança,
criatividade e capacidade de diálogo para poder trabalhar em equipe.
Se as pessoas que já dão catequese ou que queiram dar não têm
disponibilidade para a formação ou até mesmo se negam a tê-la, por questão
de caridade devem ser impedidas de exercer esse ministério na Igreja, pois o
que está em jogo é a evangelização e a salvação das almas.
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10 DIRETRIZES PARA SER UM BOM CATEQUISTA

1. O catequista deve fazer uma boa preparação para os encontros catequéticos


(teológica e espiritual) e contar sempre com a assistência do Espírito Santo,
pois Ele é o principal agente da evangelização. O catequista deve ser para
seus catequizandos um mestre cheio do Espírito Santo. Deve expressar
também seu zelo e seu respeito pelos evangelizandos, iniciando e encerrando
seus encontros pontualmente;
2. O catequista deve ter amor ao Evangelho e ao evangelizando. O
catequizando deve se sentir amado, valorizado, querido por aquele que lhe
transmite a fé. O papa Paulo VI dizia: “A obra da evangelização pressupõe no
evangelizador um amor fraterno, sempre crescente, para com aqueles a quem
ele evangeliza” (EN, n. 79);
3. Um bom catequista deve participar dos encontros de formação e reuniões
com os catequistas, tanto em nível paroquial como diocesano. A falta em uma
reunião é sinal de indiferença e irresponsabilidade. É necessário que o
catequista tenha consciência eclesial comunitária e não se isole dos outros
catequistas ou até mesmo do próprio sacerdote da comunidade;
4. Todo catequista deve ter fidelidade aos ensinamentos da Sagrada Escritura,
da Sagrada Tradição e do Sagrado Magistério da Igreja, para isto o catequista
nunca deve esquecer-se de utilizar, nos encontros e nas preparações, a Bíblia
e o Catecismo da Igreja Católica (CIC), que são ferramentas imprescindíveis na
formação.Caso haja em seu coração dúvidas ou até mesmo negação da
doutrina ou da moral da Igreja, ele dever ser impedido e afastado de dar a
catequese. Essa atitude não é repressiva, mas uma questão de caridade com
os catequizandos, que têm o direito de aprender a Verdade;
5. O catequista deve ter consciência de que catequese não é aula e catequista
não é professor, portanto deve-se evitar qualquer tipo de esquema escolar na
catequese. O encontro catequético deve ser um grupo que semanalmente se
reúne para ter uma experiência viva de Jesus Cristo, bem como o
aprofundamento da doutrina da fé, culminando, por fim, com a celebração dos
santos mistérios na Sagrada Liturgia;
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6. Todo catequista tem como objetivo levar seu catequizando a encantar-se por
Jesus Cristo, tornando-o um discípulo apaixonado pelo Senhor, dedicando-lhe
assim toda a sua vida. Portanto, a catequese não é uma mera transmissão de
conhecimentos doutrinais, mas um testemunho da força transformadora que
proporciona o encontro pessoal com Jesus Cristo;
7. O catequista deve tornar o encontro de catequese agradável, dinâmico,
alegre, onde o catequizando sinta prazer e não obrigação de estar presente. O
catequista precisa proporcionar atividades diferentes e criativas, como por
exemplo: ver um filme com bom conteúdo para depois debater; ir a um parque
ou uma chácara; promover jogos e dinâmicas de grupo; proporcionar
momentos de partilha etc. Enfim, tudo que possa despertar amizade e
companheirismo entre os catequizandos, formando com o grupo uma pequena
comunidade fraterna;
8. O catequista deve dar testemunho de vida, pois o testemunho pessoal é o
centro de uma evangelização eficaz. Se isso não ocorrer, a catequese será
apenas apresentação de ensinamentos intelectualizados da doutrina cristã.
Como pode alguém que não teve um encontro pessoal e transformador com
Jesus Cristo dar testemunho da vida nova no Espírito? O testemunho deve
sempre terminar com uma explícita exortação: “Se Jesus fez em mim, pode
também fazer em ti. O Senhor quer também fazer em tua vida”;
9. Todo catequista participa da paternidade de Deus, pois gera a vida de Jesus
Cristo em seus catequizandos. Essa paternidade deve ser responsável, deve
zelar por aqueles que foram gerados na fé mesmo depois de eles receberem
os sacramentos. Como dizia São Paulo, “Tornemos a visitar os irmãos por
todas as cidades onde temos pregado a Palavra do Senhor, para ver como
estão passando” (At 15,36);
10. O catequista deve exercer seu ministério com humildade e espírito de
serviço, tendo a consciência de que ele é apenas um mediador da graça de
Deus; o Espírito Santo é que está operando no coração de cada catequizando
durante o encontro catequético. Como dizia o apóstolo Paulo à comunidade de
Corinto, “Eu plantei, Apolo regou, mas era Deus quem fazia crescer. Assim,
pois, aquele que planta nada é; aquele que rega nada é; mas importa somente
Deus, que dá o crescimento” (1Cor 3,6-7).
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TODOS OS NÍVEIS DA CATEQUESE


COM INSPIRAÇÃO CATECUMENAL

A Igreja tem orientado, em seus Documentos, para a necessidade de


uma retomada a Iniciação à vida Cristã, a uma formação permanente e de uma
catequese querigmática e mistagógica (introduzir os fiéis na plena vivência do
mistério cristão pela participação na Sagrada Liturgia), devendo-se, assim,
superar uma catequese em que se tenha como única meta a recepção dos
sacramentos. Aliás, nas etapas da catequese abaixo fica bem explícito a
necessidade de uma formação que não acaba com o recebimento dos
sacramentos, mas se estende ao longo de toda a vida.
Quanto à idade, indicamos um cronograma que tem sido frutuoso em
muitas Igrejas Particulares, especialmente iniciando quanto antes a catequese
infantil e recebendo a Crisma entre 14 e 15 anos. É lógico que a distribuição de
idade por Fases, como se segue logo abaixo, é meramente pedagógica para
ajudar a catequese na esfera prática da vida eclesial. Devem existir, nas
comunidades, flexibilidade e adaptação a cada realidade, a respeito de quando
uma criança ou um jovem deve iniciar seu processo de evangelização, se ele,
por exemplo, deve começar a catequese no semestre que aniversaria ou no
posterior etc.
Por fim não nos esqueçamos de que todo tipo de padronização e
uniformidade pode sufocar a ação do Espírito Santo. Aqui vale a orientação de
São Paulo: “É para a liberdade que Cristo nos libertou. Permanecei firmes,
portanto, e não vos deixeis prender de novo pelo jugo da escravidão” (Gl 5,1).
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IDADE ETAPA DA CATEQUESE

Recém-nascidos até 5 anos Batismo


Acompanhamento Familiar

5 anos a 8 anos Pré-Catequese

9 anos 1a fase da Eucaristia

10 anos 2ª fase da Eucaristia

11 anos 3ª fase da Eucaristia


(Primeira Comunhão)

12 anos 1a fase da Crisma


(Perseverança)

13 anos 2a fase da Crisma

14 anos a 15 anos 3a fase da Crisma – No final desta


fase, há o recebimento da Crisma

Pré-Catecumenato
16 anos
(Retiro Querigmatico)

A partir de 17 anos Catecumenato

Adulto na fé, tendo já recebido todos Curso de Teologia para leigos


os sacramentos de Iniciação Cristã Formação Permanente
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RITOS E SINAIS MARCANTES NO PROCESSO CATEQUÉTICO

Para que haja uma Catequese Mistagógica é necessário que os


catequizandos sejam iniciados no Mistério não só com palavras, mas
principalmente pela celebração litúrgica, com seus símbolos, ritos, sinais e
gestos. Sugerimos então, em cada fase da catequese, a recepção por parte
dos catequizandos de um símbolo durante a Celebração Eucarística, para que
seja marcante seu crescimento na fé.
O RICA, Ritual de Iniciação Cristã de Adultos, disciplina os ritos da
Iniciação cristã e os sacramentos que fazem parte dela: batismo, crisma e
eucaristia. E tem também, para se adequar à realidade de hoje na Igreja, um
capítulo destinado à iniciação de crianças em idade de catequese. Estes ritos
fazem parte da catequese mistagógica. Mas, não é só isso que faz uma
catequese mistagógica. A catequese mistagógica pede que se volte a
"conduzir" os catequizandos ao mistério da fé. Mistério este que prescinde de
simbologia, ritos e sim uma volta ao sentido do "Sagrado". Para isso
encontramos várias orientações de celebrações catequéticas, que podem ser
feitos nos encontros de catequese e não só na Celebração Eucarística com a
comunidade.
Tomemos consciência que a Liturgia não é feita, produzida por nós! Ela
é instituição do próprio Senhor, portanto o espaço litúrgico não é primeiramente
antropológico, mas teológico: a Sagrada Liturgia é o espaço privilegiado para a
manifestação salvífica de Deus em Jesus Cristo no Espírito Santo. Os Ritos
Litúrgicos nos conduzem ao Sagrado, no entanto possuem uma função
mediadora; não é fim, é meio, instrumento, portanto, nem todos os "ritos" e
"entregas" da catequese, "cabem" nela.
Caberá então às equipes de liturgia, com a coordenação da catequese
em cada Paróquia organizar esses momentos mistagógicos de forma solene e
piedosa, tendo sempre à frente a orientação do Pároco.
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FASES

Pré-catequese – Rebimento do Escapulário de Nossa Senhora


5 anos a 8 anos

1ª fase da Eucaristia – Recebimento da Bíblia


9 anos

2ª fase da Eucaristia – Celebração: Sacramento da Penitência


(Primeira Confissão)
10 anos

3ª fase da Eucaristia – Celebração: Primeira Comunhão


11 anos

1a fase da Crisma – Celebração: Recebimento do Crucifixo


12 anos

2a fase da Crisma – Recebimento da Vela e do Credo Apostólico


13 anos

3a fase da Crisma – Celebração: Sacramento da Crisma


14 anos a 15 anos

Catecumenato / Catequese de Adultos - Sacramentos


da Iniciação Cristã na Vigília Pascal
acima de 17 anos
20

METODOLOGIA A SER USADA NESTE DIRETÓRIO

O presente Diretório da Catequese não pretende uniformizar os diversos


processos e métodos de trabalho existentes, já que os rostos na catequese da
nossa Arquidiocese são múltiplos e variados. Cada comunidade tem sua
própria história, com seus desafios e experiências que deram ou estão dando
certo. Em primeiro lugar creio que este Diretório pode enriquecer o que já
existe e servir de subsídio para a edificação do Corpo Místico de Cristo. Em
segundo lugar é importante lembrar que cada Paróquia não é uma ilha ou
feudo sem ligação com todas as outras comunidades expressões de fé
(pastorais, movimentos, novas comunidades etc) que compõem a Igreja
Particular de Sorocaba, é necessário redescobriremos de forma efetiva e
afetiva a beleza da Diocesaniedade da comunhão entre todos os membros da
nossa Arquidiocese, tendo como cabeça o Bispo, fonte de unidade da Igreja
Particular. Portanto o Diretório pretende ser um órgão de sintonia para todo
trabalho catequético da nossa Arquidiocese para uma evangelização mais
eficaz.
Em sua exortação apostólica Catechesi tradendae (n. 21), o Papa João
Paulo II, seguindo a mesma linha de Paulo VI, insistia na necessidade de uma
catequese sistemática: “há necessidade de se ter uma catequese bem
estruturada e coerente, com um ensino sistemático; não algo
improvisado, mas que siga um programa que lhe permita alcançar um fim
determinado”. Justamente por isso nosso Diretório estabelece uma catequese
sistemática, pois em muitos lugares os catequistas não possuem uma
programação lógica e sistematizada do conteúdo programático que deve ser
passado para o catequizando em cada fase, da Eucaristia até a Crisma. Isso
ocorreu principalmente porque se tinha a ideia de que o catequista era quem
devia preparar, por conta, o encontro catequético à luz da Palavra de Deus, e o
uso de um livro iria torná-lo “preguiçoso”, por liberá-lo de preparar os
encontros. Por um lado, isso pode parecer muito bonito e edificante, mas, por
outro, em muitos lugares tal prática foi desastrosa, pois se caiu numa
catequese de improviso, quando não de repetição dos mesmos temas em
21

todas as fases da catequese. Além disso, boa parte de nossos catequistas são
pessoas simples, com profundo amor ao Evangelho e à Igreja, mas com
grande dificuldade de fazer por conta própria uma programação sistemática do
conteúdo a ser desenvolvido. Assim, nosso Diretório será de grande auxílio
especialmente a essas pessoas, e de modo algum vai levá-las à acomodação.
Pelo contrário, o conteúdo dos temas não esgota o assunto, e isso fará que os
catequistas continuem a estudar e aprofundar os temas teológicos e pastorais
a serem transmitidos.
Todo ano, antes de iniciar um curso, qualquer professor é obrigado a
verificar o número de aulas úteis (descontando os feriados) que dará naquele
ano e fazer, assim, a distribuição dos temas. Essa técnica é educativa e
pedagógica para todo professor, pois o ajuda a não se perder nem na
exposição, nem no tempo que terá para a transmissão da matéria a ser dada
naquela disciplina. Apesar de a catequese não ser aula e o catequista não
ser professor, é necessário que exista por parte dele um mínimo de
programação pedagógica e metodológica do conteúdo a ser dado durante
cada fase e de acordo com a idade psicológica dos seus catequizandos.
Fica estabelecido para toda a Arquidiocese que cada Fase da
Catequese terá em média, 35 encontros semanais, iniciando e sempre
terminando no Tempo Pascal. O catequista deve, portanto, distribuir os temas
de sua fase ao longo dos 35 encontros que terá com os catequizandos durante
o processo. Sem essa técnica, os encontros não terão sequência lógica e
harmoniosa, e o próprio catequista vai se sentir perdido nos encontros de
evangelização com seus catequizandos. Em todo o Brasil não há uniformidade
quanto à idade para cada fase ou ao período do ano em que se deve iniciar a
catequese, no entanto em nossas Assembleias de preparação para o Diretório
nossos catequistas expressaram o desejo de que todas as Paróquias da nossa
Igreja Particular de Sorocaba iniciassem o ano catequético no tempo Pascal, já
que está além de estar já implantada em 80 % das nossas comunidades, tem
sido muito positiva, pois possibilitou uma vivência maior do catequizando na
vida litúrgica da Igreja. As crianças e os adolescentes passaram a participar
ativamente do Advento e do Natal, pois quando a catequese terminava em
novembro os catequizandos também estavam no final do período das aulas
escolares, o que dava a impressão de que a recepção dos sacramentos,
22

especialmente a primeira Eucaristia, se assemelhava a uma formatura.


Infelizmente, esta era, para muitos, a primeira e a última comunhão. Outra
vantagem que pudemos verificar é que, quando a catequese se inicia e termina
no período Pascal, não há intervalo de dois meses (janeiro e dezembro) de
uma fase para outra, mas uma continuidade, e isso tem sido muito edificante,
tirando da catequese o aspecto de Curso para transformá-la em um grupo de
vivência da fé.
Cada fase da catequese precisa ter uma determinada linha de conteúdo
a ser abordado, de modo que a vivência e o aprofundamento da fé aconteçam
de forma gradativa. Se todo catequista seguir a Programação abaixo saberá o
que foi dado na fase anterior e proporcionará uma sequência lógica na
transmissão da fé aos seus catequizandos. O presente Diretório desenvolve
esse tipo de método porque uma das grandes inquietações de muitas crianças
e jovens, é que ao longo dos anos, na catequese, se ouve muitas vezes o
mesmo assunto, enquanto alguns dados da fé nunca foram abordados, tais
como: a Santíssima Trindade, a existência dos Santos Anjos, questões de
escatologia (Céu, Inferno, Purgatório, Juízo Final) etc. Tudo isso cria nos
catequizandos lacunas que poderão comprometer futuramente sua
compreensão e sua vivência da fé católica.
Em cada Fase da Catequese, o Diretório apresentado aos catequistas
terão os objetivos a serem desenvolvidos em dada etapa, bem como a
pedagogia e a metodologia de acordo com a idade psicológica do
catequizando.
Gostaria de salientar que, em raros casos, alguns temas são abordados
duas vezes ao longo de todo o processo catequético. Por exemplo, a
introdução à Sagrada Escritura é dada na primeira fase da Eucaristia (9 anos) e
depois esse mesmo tema é abordado novamente na segunda fase da Crisma
(13 anos), pois, como já se passaram quatro anos, se torna necessário
reforçar o tema anterior, para um maior aprofundamento da fé e até mesmo
porque a maturidade do catequizando é outra.
O novo Diretório também estabelece que a Primeira Confissão seja
celebrada na segunda fase da Eucaristia e não na terceira, por dois motivos.
Primeiro, a Igreja orienta que se faça a primeira confissão a partir do momento
que a criança atinja a idade da razão (Cân. 989), ou seja, por volta dos 7 anos,
23

quando ela já terá pleno discernimento do que é certo ou errado. Na segunda


fase da Eucaristia, a criança tem entre 9 e 10 anos, tendo, portanto, já possui
uma consciência moral e responsabilidade por seus atos. Segundo, na maioria
das Paróquias se faz a primeira confissão às vésperas da primeira Comunhão,
o que pode dar a impressão equivocada de que o Sacramento da
Reconciliação é apenas um “passaporte” para a Comunhão Eucarística.
Acreditamos ser muito mais educativo, na fé, uma Celebração penitencial bem
preparada e serena (leituras bíblicas, cantos penitenciais etc.), com um
pequeno grupo (distribuir as diversas turmas dessa fase ao longo de um mês
ou dois), em que, depois dessa paraliturgia, o padre, individualmente, ouça a
confissão auricular de cada criança, sem pressa e de forma Celebrativa e
marcante. Na terceira fase da Eucaristia, uma ou duas semanas antes de
receber a primeira Comunhão, as crianças devem fazer novamente sua
confissão para receber Jesus Eucarístico com o coração bem puro. O
diferencial será que elas não só estarão menos tensas e temerosas como
poderão fazer uma contrição mais perfeita para receber dignamente o Corpo
Santo do Senhor.
O Diretório orienta que o número ideal por turma deverá ser de 15
catequizandos no máximo, para que os catequistas possam conhecê-los bem e
acompanhá-los de perto. Em caso de transferência da criança para outra
Paróquia, haja apresentação da ficha padrão de transferência, devidamente
preenchida e assinada pelo Pároco e pelo catequista ou coordenador da
catequese paroquial. O modelo da ficha de transferência será único na
arquidiocese e fornecido pela equipe Arquidiocesana de Catequese. Também
para a inscrição na Catequese deverá ser utilizado um modelo único de ficha,
definido pela Coordenação Diocesana, na qual deverão constar todos os dados
do catequizando e todas as etapas na caminhada da catequese, de forma que,
ao chegar, por exemplo, à catequese crismal, o catequista ou o pároco possam
certificar-se de que o crismando foi batizado na Igreja Católica e recebeu a
Primeira Eucaristia. A inscrição na catequese será efetuada mediante
apresentação da Certidão de Batismo.
Por fim constatamos que muitos leigos(as) e até sacerdotes se sentem
angustiados na pastoral, pois gostariam de uma única prática de transmissão
da fé e que esta fosse 100% eficaz. Na verdade não existe uma receita
24

mágica ou infalível na Evangelização. O que existe são experiências


positivas que devem ser seguidas e experiências pastorais que têm sido
negativas e devem, portanto, ser revistas. As realidades de cada comunidade
variam muito, mesmo dentro de uma mesma cidade e, desta forma, nem
sempre o que dá certo em uma Paróquia dá certo em outra. Além das questões
culturais e sociológicas, existe uma unção própria do Espírito para cada
sacerdote e para cada fiel. Por tudo isso já dizia o Papa Paulo VI: “Nunca será
possível haver evangelização sem a ação do Espírito Santo. As técnicas
da evangelização são boas, obviamente; mas ainda as mais aperfeiçoadas
não poderiam substituir a ação discreta do Espírito Santo” (Evangelii
nuntiandi, n. 75).
Seguem, nas próximas folhas, as fases da catequese em toda
Arquidiocese de Sorocaba, bem como a idade, objetivos e conteúdos
programáticos a serem desenvolvidos.
25

CATEQUESE BATISMAL
(Recém-nascidos até 5 anos)

Fundamento Teológico

1. Definição do Catecismo da Igreja Católica:


“O Santo Batismo é o fundamento de toda a vida cristã, a porta da vida no
Espírito e a porta que abre o acesso aos demais sacramentos. Pelo Batismo
somos libertados do pecado e regenerados como filhos de Deus, tornando-nos
membros de Cristo, somos incorporados à Igreja e feitos participantes de sua
missão” (CIC 1213).

2. A palavra Batismo
A expressão batismo vem do grego e significa mergulhar, imergir. Quem é
batizado é mergulhado na morte de Cristo e ressurge com Ele como criatura
nova (Rm 6,4). O Batismo é o Primeiro Sacramento de Iniciação Cristã. É o
Sacramento que abre a porta para a recepção de todos os outros Sacramentos
e possibilita à humanidade mergulhar nesse mistério de Jesus.

3. Primeiro Sacramento
O primeiro dos sacramentos de Iniciação Cristã é o Batismo, que Cristo instituiu
quando ordenou a seus discípulos: “Ide, por todo o mundo, proclamai o
Evangelho a toda criatura... batizando-a em nome do Pai e do Filho e do
Espírito Santo” (Mc 16,15 e Mt 28,19). Esse mandato missionário é confiado
por Cristo aos Apóstolos, aos seus sucessores. Todas as pessoas humanas
são chamadas à graça do Batismo, sacramento necessário para a salvação
(CIC nº 1.257) e, através do Batismo, passam a pertencer à Igreja de Jesus
Cristo.

4. O Batismo é o Sacramento da Fé
Muitos textos do Novo Testamento mostram a relação íntima entre fé e Batismo
(At 2,37-38; 8,37-38). A fé, que nasce da pregação da Palavra de Deus, é
condição para o Batismo. No Batismo de crianças, quem recebe o sacramento,
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antes do uso da razão, não pode acolher pessoalmente a Palavra de Deus,


nem fazer um ato de fé. Em lugar delas, são os pais e os padrinhos que
professam a fé, por isso é imprescindível a ajuda dos mesmos para que a
graça do Batismo possa desabrochar e produzir frutos. Os pais e padrinhos
devem estar comprometidos com Jesus e sua Igreja, e prontos a orientar o
novo batizado, criança ou adulto, em sua caminhada na vida cristã. A
comunidade também tem uma parcela de responsabilidade no
desenvolvimento e na conservação da graça recebida no Batismo. Quando os
pais não têm fé para transmitir aos filhos pequenos, deve-se deixar o Batismo
para o momento da catequese.

5. O Batismo torna-nos Filhos de Deus


Recebemos a estupenda graça da filiação divina. Deus, nosso Criador e Pai,
nos faz seus filhos; podemos rezar o Pai Nosso, a oração dos discípulos de
Cristo. Tornamo-nos divinos no Filho encarnado e nos tornamos repletos do
Espírito Santo.

6. Membros da Igreja
O Batismo é o sacramento de entrada na Igreja, que nos faz Igreja. Essa é a
dimensão essencial do Batismo: o ingresso na família de Deus - a Igreja - que
é a comunidade de Jesus Cristo. Pelo Batismo passamos a fazer parte da
família dos filhos de Deus. “O Batismo faz-nos membros do Corpo de Cristo.
‘Somos membros uns dos outros’” (Ef 4,25).

7. O Batismo lava-nos do Pecado


O próprio uso da água já nos diz que o Batismo lava-nos, purifica-nos, liberta-
nos dos pecados e da escravidão do mal (1Cor 6,9-11; Ef 5,26-27; Hb 10,22;
Rm 6,3-7). O sacramento do Batismo apaga o pecado original. O Novo
Testamento dá testemunho dessa fé no Batismo “para a remissão dos
pecados.” (At 2,38; 22,16; Ef 5,26).

8. Pelo caráter do Batismo, participamos da Missão Profética Sacerdotal e


Régia de Cristo
27

Pelo Batismo, tornamo-nos participantes da missão profética, sacerdotal e


régia de Cristo. (1Pd 2,4-10; Ap 1,5-6; Rm 12,1; 1Jo 3,16; Mt 13,57; Mc 6,4; Lc
13,33).

Catequese Batismal

1. Agentes da Pastoral do Batismo (Catequese Batismal)


1.1. É um apostolado de apoio, incentivo e colaboração que a Comunidade
Paroquial oferece aos pais, na sua missão de primeiros e principais
educadores de seus filhos;
1.2. Os agentes da Catequese Batismal (Pastoral do batismo) tem objetivo
primordial promover a devida Preparação para pais e padrinhos, para assim ter
uma frutuosa recepção, celebração e vivência do sacramento do Batismo;
1.3. Constitua-se, em todas as Paróquias, agentes leigos da Catequese
Batismal, sob a responsabilidade maior do Pároco, seja no convite deste com
sua formação teológica-pastoral. Confie-se essa Equipe a um(a)
coordenador(a);
1.4. Os agentes da Pastoral do Batismo preparem a inserção destes novos
membros na vida eclesial. Portanto, os agentes da Catequese Batismal, devem
estar devidamente preparados por uma contínua formação teológica e
espiritual, podendo assim acolher e ajudar de forma mais eficaz a formação
cristã das famílias dos batizandos;

2. Acolhimento para os que procuram o batismo


2.1. Os presbíteros, diáconos, secretárias paroquiais e agentes da Catequese
Batismal devem acolher, com simpatia e fraternidade, pais ou responsáveis,
quando os procurarem para solicitar o Batismo de seus filhos;
2.2. Oferecer acolhimento diferenciado, mas igualmente cordial, para cada
caso: alegres e tristes, membros da comunidade e afastados, os que
preenchem as condições canônicas e aqueles que se encontram com
irregularidades;
2.3. Cultivar gestos de cordialidade: cumprimentar, sorrir, mostrar interesse, ser
amável, ouvir primeiro e falar depois, atender aos que chegam primeiro, não
28

fazer distinção de pessoas, ter calma, ter postura acolhedora, atender em pé e


estar trajado decentemente;
2.4. Evitar comportamento contra a cordialidade como gargalhadas, falar alto e
de modo arrogante, usar gírias, fumar ou mastigar chicletes enquanto atende,
criar intimidades faltando com mesura (você, querido, lindo, etc);
2.5. Não colocar a culpa de eventuais situações em outros funcionários, padres
e agentes de pastoral;
2.6. Não emitir opiniões pessoais para se livrar de algum embaraço;
2.7. Atender uma pessoa por vez;
2.8. Entregar informações gerais por escrito;
2.9. Responder à
s críticas com ponderação e suportar por amor a Jesus as pequenas injustiças
que cometem contra nós.

3. Encontro com Cristo de pais e padrinhos para o batismo


3.1. Deve-se abolir o uso do termo: “Curso de Batismo” de nossas Paróquias.
O Diretório pede que se use em toda a Arquidiocese: “Encontro com Cristo de
pais e padrinhos para o batismo”;
3.2. Os Encontros de preparação para a Celebração do Batismo, encargo dos
Agentes da Catequese Batismal, devem ser feitos em lugar adequado.
Procure-se estimular a pertença à comunidade favorecendo, assim, uma
experiência significativa da celebração do Batismo;
3.3. Recomenda-se que se favoreça a participação dos pais e padrinhos
nesses Encontros de preparação disponibilizando um espaço físico agradável e
que proporcione o Encontro com Cristo;
3.4. Na medida do possível e de acordo com a realidade de cada Paróquia,
sugerimos que além dos Encontros de preparação para o Batismo realizados
na Igreja, os agentes do Batismo também visitem às famílias dos batizandos,
facilitando o surgimento de laços de bom relacionamento tendo em vista a
continuidade;
3.5. É oportuno que, no decurso dos Encontros de preparação, as famílias dos
batizandos sejam apresentadas à comunidade por ocasião da Celebração da
Santa Missa. Nessa ocasião, o celebrante fará especial referência à presença
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das famílias dos batizandos e convidará a assembleia para participar da


celebração do Batismo;
3.6. Em casos excepcionais, na impossibilidade física dos pais de cumprirem o
horário normal previsto para os Encontros de preparação, os agentes do
Batismo procurem criar uma oportunidade a fim de que não lhes falte a devida
preparação para o Batismo de seus filhos;
3.7. Os pais, que comprovem adequada formação doutrinal por seu
engajamento pastoral em determinada comunidade eclesial, não se eximam
dos encontros de preparação, antes procurem colaborar com os agentes do
Batismo com seus testemunhos e assim possam motivar os pais a seguirem o
mesmo caminho de vivência cristã e de participação efetiva na própria
comunidade paroquial;
3.8. Concluído o Encontro de preparação, aos pais seja conferido um atestado
de efetiva participação, assinado pelo Pároco. Dessa forma, os pais, que
preferirem o Batismo de seus filhos noutra comunidade paroquial, terão como
comprovar a habilitação exigida por este Diretório;
3.9. A Equipe preparação para o Batismo, ou alguns de seus integrantes,
deverá comparecer no dia do batizado, auxiliando a Equipe de Liturgia na
organização da Celebração, esta pode ser feita durante o hora da Missa;
3.10. A Preparação será válida para os pais e padrinhos por um (1) ano;
sugere-se, entretanto, que pais e padrinhos sempre tenham consciência que
este dia de Encontro não é um Cursinho, mas uma oportunidade maravilhosa
de estar novamente ouvindo a Palavra de Deus e experimentando a graça do
Senhor ao preparar o Batismo do novo filho ou afilhado;
3.11. Apesar do presente Diretório não traçar um único modo de Preparação,
ele recomenda ao menos os seguintes procedimentos pastorais:
a) seja feita durante meio período ou em no mínimo em quatro horas, podendo
ser no modelo de visitação ou de encontros na comunidade;
b) cuide-se para que tais Encontros de preparação sejam acolhedores e
prazerosos;
c) nunca sejam deixados de dar os seguintes Temas:
• O amor de Deus Pai e a salvação em Jesus Cristo (Querigma)
• O que é o Batismo?
• Batismo por quê?
30

• O rito e os símbolos da liturgia batismal


• O compromisso de vida com a comunidade
d) A Equipe de preparação para o Batismo, ou alguns de seus integrantes,
deverá comparecer no dia do batizado, auxiliando a Equipe de Liturgia na
organização da Celebração, esta pode ser feita durante ou fora da Missa;
e) A Preparação será válida para os pais e padrinhos por um (1) ano; sugere-
se, entretanto, que pais e padrinhos sempre tenham consciência que este dia
de Encontro não é um Cursinho, mas uma oportunidade maravilhosa de estar
novamente ouvindo a Palavra de Deus e experimentando a graça do Senhor ao
preparar o Batismo do novo filho ou afilhado.

4. Inscrição para o batismo


4.1. A acolhida aos pais, que pedem o Batismo para seus filhos, deve ser vista
pelo Pároco e sua comunidade paroquial como um momento de rara
importância pastoral. Devem ser recebidos, portanto, com a alegria própria de
todo cristão. Haja para isso um local adequado, com dia e hora determinados,
para esse momento;
4.2. No caso dos pais que, por razões justas, não podem inscrever seus filhos
para o Batismo no dia e hora determinados pela paróquia, os mesmos devem
ser acolhidos, noutro momento, pelos agentes da Pastoral do Batismo;
4.3. Recomenda-se a preparação de um folheto a ser entregue aos pais com
todas as orientações sobre os passos que se devem dar neste processo de
preparação batismal, contendo as seguintes orientações: o sentido e a
natureza do batismo, critérios para a escolha dos padrinhos, e horário da
preparação e do Batismo, etc;
4.4. Estando a paróquia dividida em pequenas comunidades, a inscrição para o
Batismo poderá ser feita na própria comunidade. Isso servirá para valorizar
ainda mais as famílias nas suas comunidades de origem;
4.5. No caso de pais em situação matrimonial irregular e mães solteiras,
compete ao Pároco receber o batismo ou um casal por ele delegado. Este
último deve ser uma pessoa com “carisma de atendimento”, capacidade de
escuta e bem preparada para responder às dúvidas à
do presente Diretório. Também as pessoas que os atendem na secretaria da
Igreja, os agentes do Batismo e coordenadores de Comunidade, devem ser
31

devidamente preparadas para esse momento de fundamental importância a


cordialidade e a atenção no acolhimento dos pais;
4.6. No ato da inscrição para o Batismo, os pais devem apresentar a certidão
de nascimento da criança, a fim de que não haja discordância quanto à data e
local do seu nascimento, do seu nome e do nome dos pais. Recomenda-se
anotar o endereço dos pais da criança e os nomes e endereços dos padrinhos,
para possibilitar o futuro acompanhamento;
4.7. Os pais devem ser nessa ocasião, informados do dia, local e hora dos
Encontros de Preparação e da importância de suas presenças;
4.8. Para a inscrição do batizando, que deve ser feita com antecedência,
exigem-se:
a) Certidão de nascimento do batizando (filho legítimo);
b) Certidão de adoção ou guarda do batizando (filho adotivo);
c) Comprovação da participação do Encontro de preparação de pais e
padrinhos;
d) Inscrição para o Batismo, com antecedência, conforme cronograma da
Paróquia;
e) a certidão de casamento religioso dos pais (se forem casados) para
conscientizá-los do valor do sacramento do matrimônio;
f) uma espórtula no valor de 1% a 2% do salário mínimo do estado de São
Paulo, para a realização desse serviço sacramental. Mas leve-se em
consideração a situação dos pobres para que se peça valor simbólico ou
mesmo nada. Que isto não seja motivo de não se Celebrar ou de passar uma
imagem equivocada da pastoral católica (Simonia).

5. Normas para os padrinhos de batismo


5.1. Para que alguém seja admitido a assumir o encargo de padrinho/madrinha
é necessário que:
a) Seja designado pelo próprio batizando, por seu pais ou por quem lhe faz as
vezes, ou, na falta deles, pelo próprio pároco ou ministro, e tenha aptidão e
intenção de cumprir esse encargo;
b) Devem ter recebido os sacramentos do Batismo, da Eucaristia, da Crisma e
completado (16) dezesseis anos de idade. (Cân. 874). Em caso de exceção por
justa causa, o Pároco, mesmo assim deverá pedir autorização ao Arcebispo;
32

c) O não católico pode ser em nenhuma hipótese padrinho de batismo, mas se


pertencer “a uma comunidade eclesial não-católica, pode ser apenas
testemunha do Batismo, nesse caso, estará junto com um padrinho católico”
(Cân. 874);
d) Pessoas que vivem em estado público de pecado mortal e que cause
simultaneamente escândalo para a Comunidade eclesial (pessoa rancorosa
que não perdoa; divisão; vida promíscua; vícios; aqueles que causam injustiças
sociais e opressões etc), não podem ser padrinhos de batismo;
e) Que no Encontro de Noivos de cada Paróquia, como nos meios de
comunicação das novas tecnologias e avisos no final das Missas, seja
apresentado aos fiéis as condições necessárias para alguém ser padrinho:
casados na Igreja ou pessoas solteiras, idade mínima etc;
f) Casais que vivem em segunda união ou amigados, no entanto em caso de
exceção por justa causa (não há escândalo, percebe-se que o matrimônio do
passado foi nulo, vivem com piedade a fé católica etc) o Pároco, mesmo assim
deverá pedir autorização ao Arcebispo;
g) Devem ter recebido os sacramentos do Batismo, da Eucaristia, da Crisma e
completado (16) dezesseis anos de idade. (Cân. 874);
h) Segundo o Direito, pode-se, se for desejo dos pais admitir apenas um só
padrinho ou uma só madrinha. (Cânon 873);
i) Os padrinhos podem ser casais ou pessoas solteiras, não podendo nunca ser
dois homens ou duas mulheres;
j) Cabe aos padrinhos apresentar o batizando junto com os pais (Cân 872);
k) Os sacerdotes normalmente não devem ser padrinhos, a não ser de
parentes próximos ( sobrinhos, por exemplo ), pois, como sacerdotes, são
responsáveis por todos os batizados;
l) Não convém que o pai ou mãe seja padrinho ou madrinha do filho(a), nem
tampouco, namorados e noivos.

6. Normas para o batismo


6.1. Para que uma criança seja licitamente batizada é necessário que:
a) Os pais ou, ao menos, um deles ou quem legitimamente faz as suas vezes,
consintam (Cân 868 § 1);
33

b) Haja fundada esperança de que será educada na religião católica, mas se


essa esperança faltar de todo, o batismo seja adiado segundo as prescrições
do direito particular, avisando-se aos pais sobre o motivo (Cân 868 § 2), a fim
de conscientizá-los das suas responsabilidades de pais cristãos.
6.2. A Celebração do Batismo deve ser devidamente “preparada" (Cân 851);
6.3. Os pais ou cuidadores (avós etc) e os padrinhos sejam devidamente
preparados para assumir as obrigações decorrentes deste augusto sacramento
(Cân 851);
6.4. Evite-se o Batismo antes que a criança seja registrada em cartório;
6.5. Em caso de risco de morte, o direito ao Batismo não depende dos pais ou
responsáveis perante a lei. Qualquer pessoa, mesmo não cristã, pode e deve
batizar se, em consciência, houver a intenção de fazer o que a Igreja faz;
6.6. Quando um dos pais não é católico, é indispensável que a parte católica,
apoiada pela comunidade, ofereça garantias reais da educação católica da
criança;
6.7. A Paróquia deve entregar Certificado de Batismo aos pais da criança;
6.8. Quando o batizado for realizado fora da Missa Dominical, recomenda-se
que, no sábado ou domingo anterior ou posterior, a criança seja apresentada à
comunidade pelos pais, para acolhimento e integração à vida da Igreja;
6.9. Tendo alguma criança ou adulto sido batizado “in extremis” - correndo risco
de morte, sejam posteriormente concluídos os ritos batismais e feitas as
devidas anotações no livro de assentamentos de Batismo;
6.10. São ministros ordinários do Batismo os bispos, os presbíteros e os
diáconos da Igreja. Na Arquidiocese de Sorocaba, o número de diáconos
permanentes é suficiente para assistir a comunidade, assim este Diretório não
vê necessidade de estabelecer critérios para indicar ministros extraordinários
do Batismo;
6.11. Os batizados podem ser realizados por imersão, desde que as Igrejas
tenham condições para tanto;
6.12. Os presbíteros ou diáconos que administram o Batismo devem ater-se ao
Rito de Batismo, em vigor, aprovado pela Igreja, acrescentando breves
comentários e cânticos que o valorizem, tornando a cerimônia momento de
evangelização para todos os fiéis;
34

6.13. A criança deve ser batizada, se possível, nas primeiras semanas de vida
(Cân. 867), conforme cronograma da Paróquia;
6.14. A mãe solteira poderá batizar o seu filho, se tiver uma vivência cristã;
6.15. O casal que vive junto, há vários anos, sem ser casado na Igreja e sem
impedimento para poder recebê-lo, poderá batizar os filhos, se tiver boa
vivência. Mas aproveite-se a oportunidade para uma catequização quanto ao
valor do sacramento do matrimônio, não deixando de convidá-los aos
sacramentos, mas sem colocar como condição para o batismo o casamento,
pois nesse caso o matrimônio poderia ser futuramente considerado nulo (feito
por coação e não por livre e espontânea vontade);
6.16. O local para Celebração do Batismo seja sempre realizado Igrejas da
Paróquia, exceto em caso de necessidade de extrema necessidade (CDC Cân
857). No entanto em caso de exceção por justa causa o batismo seja conferido
em casas particulares, hospitais etc (CDC c. 860). Mesmo assim o Pároco
deverá pedir autorização ao Arcebispo;
6.17. O Presente Diretório promulga que não há necessidade de solicitar
autorização ou transferência à Paróquia de origem; procure-se, entretanto
orientar os pais no sentido de participarem da vida de uma comunidade fixa;
6.18. Se a criança vier a falecer, sem receber o sacramento do Batismo, deve-
se confortar os pais, lembrando-lhes a bondade do Senhor, que quer que todos
os homens sejam salvos, (1Tm 2,4) e que, à semelhança do Batismo de
desejo, o fato da criança ser membro de uma família cristã, fazia dela de certa
forma um catecúmeno;
6.19. Fora do caso de necessidade, a água com a qual se administra o Batismo
deve ser benta de acordo com as normas litúrgicas pelo oficiante da
celebração. Os santos óleos utilizados na celebração do Batismo devem ser
recentes e conservados em lugar digno;
6.20. O Sacramento do Batismo seja celebrado preferencialmente no Domingo,
e em outro dia da semana, em caso de necessidade.

7. A prova e o registro do Batismo conferido


7.1. O sacramento do Batismo não constitui apenas um rito sacramental da
graça, mas comporta também efeitos jurídicos importantes na vida do cristão.
Daí a necessidade do Pároco zelar para que todos os batizados sejam
35

anotados em dois Livros de assentamentos de Batismo, o da Paróquia e outro


para o Arquivo da Cúria;
7.2. O registro de cada batizado deve ser feito o mais brevemente possível e
nele deve constar o nome do batizado, do Ministro celebrante, dos pais e
padrinhos, do local e data da celebração do Batismo e do nascimento do
batizado;
7.3. Para evitar possíveis e graves inconvenientes, posto que se trata de prova
documental, o registro do Batismo não pode ser feito, apenas, no computador
ou qualquer outro meio eletrônico;
7.4. Na falta de um atestado autêntico, quando por descuido não se fez o
registro do Batismo ou, por alguma causa externa, o Livro de Assentamento de
Batizados se tenha extraviado, a fim de não se causar prejuízo algum, basta
uma declaração de uma só testemunha, acima de qualquer suspeita, ou o
juramento do próprio batizado, se este recebeu o santo Batismo em idade
adulta. O estado de jurisdição do batismo deve ser registrado em um livro
próprio;
7.5. O atestado do Batismo, que deve ser obrigatoriamente assinado pelo
pároco ou por seu vigário paroquial, não pode sofrer qualquer modificação nem
por parte do pároco, nem por solicitação dos pais, sem a expressa autorização
do Arcebispo. A autorização deve ser anotada na própria certidão e arquivada.

8. Batismo válidos e inválidos nas outras igrejas


8.1. Nenhum Batismo é reconhecido quando administrado: sem a intenção de
fazer o que Cristo fez; sem a água natural; sem a fórmula sacramental: “NN...,
eu te batizo em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”. São reconhecidos
os Batismos de imersão e de infusão;

8.2. Havendo sérias dúvidas quanto à validade ou à recepção ou não do


sacramento, em outras Igrejas, que não a Católica, o Batismo deverá ser
administrado condicionalmente: “N..., se não és batizado eu te batizo...”;

8.3. Batizam validamente, portanto não se deve ministrar o Batismo:


• As Igrejas Orientais separadas;
• A Igreja dos Vétero-Católicos (“Igreja Apostólica”);
36

• A Igreja Episcopal do Brasil (Anglicanos);


• A Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil - IECLB;
• A Igreja Evangélica Luterana do Brasil - IELB;
• As Igrejas Presbiterianas;
• A Igreja Metodista do Brasil.

8.4. O Batismo é válido quando há garantias de que a pessoa foi batizada


segundo o Rito prescrito por essas Igrejas. Caso não haja garantias, o
Batismo deve ser feito “sob condição”. São elas:
• As Igrejas Batistas;
• As Igrejas Congregacionalistas;
• As Igrejas Pentecostais.

8.5. Normalmente deve ser feito o Batismo “sob condição”, quando a


pessoa foi batizada nestas Igrejas:
• Igrejas Pentecostais;
• As Igrejas Adventistas;
• A “Igreja Católica Apostólica Brasileira”;
• Novas Igrejas Brasileiras.

8.6. Batizam invalidamente, então deve ser feito o Batismo,


• As Testemunhas de Jeová;
• Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (“Mórmons);
• Centros Espíritas, bem como os do baixo Espiritismo (umbanda, candomblé
etc);
• Messiânica ou da Unificação do Reverendo Moon;
• Cientologia e outros menos conhecidos.

8.7. Não têm Batismo:


• A Ciência Cristã;
• O Exército da Salvação;
• Gnósticas.

9. Acompanhamento pós-batismal
37

9.1. Tendo em vista a importância do sacramento do Batismo para a vida cristã,


os agentes da catequese batismal devem tomar consciência que seu ministério
na Igreja não se encerra no dia do batizado das crianças, mas ao longo de todo
o crescimento da criança, até entrar na Pré-Catequese (5 a 8 anos) ou na
Primeira fase da Eucaristia (9 anos). Para tanto recomenda-se na medida do
possível a visita às casas das crianças que um dia foram batizadas,
semestralmente, ou ao menos uma carta ou telefonema, a fim de que as
mesmas não percam de vista os compromissos assumidos em nome de seus
filhos e, assim, possam consolidá-los com uma vivência maior de sua fé cristã
católica;
9.2. Este acompanhamento das famílias deve ser feito por toda a comunidade
paroquial, mas especialmente pela Pastoral Familiar, coadjuvada pelos
Movimentos (especialmente o ECC), Pastorais e Associações religiosas
presentes na Paróquia;
9.3. Recomenda-se que o cadastramento das famílias dos batizados,
organizado no momento da inscrição para o Batismo, seja aproveitado para
permitir que as mesmas possam ser visitadas, sempre que possível, pelos
grupos de evangelizadores paroquiais, os quais empregarão o melhor de seu
zelo pastoral para incentivá-las na perseverança da vivência de sua fé cristã
católica;
9.4. As famílias em situação matrimonial irregular devem merecer da Pastoral
Familiar uma atenção toda especial, ajudando-as no sentido de levá-las a uma
vida condizente com a fé cristã e de buscar os meios postos pela Igreja, que
permitam uma possível regularização.

10. Batismo de Adultos


10.1. As crianças, entre seis e catorze anos, ainda não batizadas, devem ser
preparadas para o Batismo pela Pastoral Catequética. O Batismo destas
crianças deve ser conferido conforme o rito de Batismo de criança em estado
de catequese;
10.2. O Batismo de quem já completou catorze anos deve obedecer às
diversas etapas previstas no Rito da Iniciação Cristã de Adultos;
10.3. A preparação dos adultos para o Batismo compreende o período do
Catecumenato com duração mínima de 1 ano. Nessa Preparação, eles devem
38

receber uma adequada formação e participar dos atos litúrgicos previstos no


Rito de Iniciação Cristã de Adultos;
10.4. É recomendável que a administração do Batismo dos adultos se dê
somente por ocasião da Celebração da Vigília Pascal, quando, em uma única
Celebração Litúrgica, se realiza a plenitude da Iniciação Cristã, recebendo
também o novo cristão o sacramento da Confirmação e da Eucaristia.
10.5. Para ser batizado, o adulto deve manifestar a sua vontade em receber
este sacramento; ser suficientemente instruído sobre as verdades da fé e as
obrigações do cristão; ser exortado ao arrependimento dos próprios pecados e
a decisão radical de aceitar Jesus Cristo como seu único Senhor e Salvador.
39

PRÉ-CATEQUESE
(Catequese infantil - 5 anos a 8 anos)

Objetivo: Levar a criança a compreender que além de nós existe o Criador de


todas as coisas, que é Deus, e que esse Deus é um Pai cheio de amor. Deus
ama todas as pessoas, independentemente de raça, religião, cultura ou
condição social. O catequista também deverá despertar na criança profundo
amor à Igreja Católica, aos sacerdotes, aos santos e as outras crianças,
especialmente as mais doentes e pobres. Trazer, aos encontros, temas que
levem as crianças a ter uma imagem bonita e positiva de Deus (essa imagem a
acompanhará por toda a vida). Levar sempre que possível as crianças para
diante do Santíssimo Sacramento e da Virgem Maria, depois dos encontros
catequéticos.
Como são 35 encontros durante o ciclo anual, seguem abaixo os temas
que podem ser abordados nessa fase:

1. Deus é um Pai cheio de amor por nós


• Levar, se possível, uma gravura com a figura de Deus Pai para as crianças
pintarem.
2. A obra da criação
• Ler com as crianças: Gen 1,1- 25.
3. A natureza, obra - prima de Deus, deve ser protegida por nós
• Devemos cuidar dessa obra-prima, defendendo a natureza (ecologia).Levar
ao encontro um vaso florido, comentando com as crianças a beleza de Deus na
criação.
4. A história de Adão e Eva
• Ler com as crianças: Gen 2,4-25.
5. Todos são amados por Deus
• Fazer uma dinâmica com as crianças para despertar nelas o sentido de
companheirismo e de o senso de que o próximo é seu irmão.
6. Obrigado, Senhor, por meu corpo!
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• Falar de cada parte do corpo a criança como sinal da maravilha de Deus e


ensinar alguma música infantil que fale dos membros do corpo.
7. O pecado de não repartir
• Ler a Parábola do Pobre Lázaro: Lc 16,19-31.
8. O respeito pelas pessoas mais velhas
• Contar alguma historinha sobre crianças malcriadas com os mais velhos,
trazendo ao final uma mensagem positiva e que não gere culpa na criança.
9. O pecado do racismo e do preconceito
• Ler para as crianças: Lc 8,40-56.
10. O Menino Jesus
• Este tema pode ser dado na época de preparação para o Natal e pode ser
possível montar com as crianças um lindo presépio.
11. A Sagrada Família
• Despertar na criança amor à Sagrada Família. Levar uma imagem dela e
ascender uma vela ao lado, terminando com uma oração.
12. Maria, a Mãe de Jesus
• Levar uma imagem bonita de Nossa Senhora e colocá-la em destaque
durante o encontro. Terminar o encontro cantando uma música que fale de
Nossa Senhora.
13. Jesus, nosso melhor amigo
• Pintar uma gravura de Jesus e falar do Seu amor pessoal por todas as
crianças.
14. Jesus ama todas as crianças
• Ler com as crianças: Lc 18,15-17.
15. A parábola do filho pródigo
• Ler com as crianças a parábola do filho pródigo: Lc 15,11-32.
16. A parábola do bom samaritano
• Ler com as crianças a parábola do Bom Samaritano: Lc 10,25-37.
17. A parábola da ovelha perdida
• Ler com as crianças a parábola da ovelha perdida: Lc 15,1-7.
18. Jesus obedece a seus pais
• Ler com as crianças Jesus obediente a seus pais: Lc 2,41-52.
19. Os pastores adoram o Menino Jesus
• Ler com as crianças: Lc 2,8-20.
41

20. A Igreja
• Levar as crianças para dentro da Igreja e explicar tudo que lá se encontra,
despertando nelas um profundo amor pela casa de Deus.
21. Fui batizado
• Quando criança, fomos batizados e o Espírito Santo veio morar em nosso
coração. Vamos agradecer nosso Batismo.
22. Sou católico
• Jesus fundou uma Igreja tão linda – a Santa Igreja Católica. A Igreja é
também nossa família. Como é linda nossa família! Levar uma foto do Papa.
23. Tenho um Anjo
• Ensinar as crianças a rezar ao Santo Anjo, bem como levar uma música que
fale dos Anjos.
24. A Bíblia
• Levar ao encontro uma Bíblia grande e bonita e depois ensinar cada criança a
reverenciá-la dado um beijo na Palavra de Deus.
25. A Santa Missa
• Explicar a importância de ir à Missa. Todo domingo Jesus espera-nos na
Celebração Eucarística para que possamos rezar e cantar com muito amor
para Ele.
26. As mais belas orações
• Ensinar às crianças a importância das orações e ensiná-las a rezar: Pai-
Nosso, a Ave-Maria e o Vinde Espírito Santo, e dinamizar o encontro com uma
música.
27. O padre é nosso amiguinho
• Marcar com o padre, se possível, pra nesse dia ir dar um abraço em todas as
crianças, ou irem elas até a igreja abraçá-lo.
28. Jesus está na Eucaristia
• O Menino Jesus, nosso melhor amiguinho, está de forma real presente
naquele “pãozinho branco” – a Hóstia – que todos recebem na Missa. Quando
crescermos, também vamos receber o Corpo de Jesus na Eucaristia.
29. A Eucaristia, nosso sol
• Como é bonita a Hóstia Consagrada no altar, parece um lindo sol. Levar as
crianças para visitar o Santíssimo Sacramento e pintar o desenho um lindo
ostensório.
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30. Jesus ama especialmente os mais pobres


• Deus tem um carinho especial pelas pessoas mais pobres. Ler com as
crianças a Parábola dos pobres: Lc 14,12-14.
31. Jesus deu Sua vida por nós na Cruz
• Levar um crucifixo e despertar nas crianças, durante o encontro, veneração
pela Cruz do Senhor e beijá-lo com carinho e amor.
32. Jesus está Vivo!
• Pintar um desenho que tenha a figura da ressurreição ou pedir para as
crianças desenharem a manhã da Páscoa. Ler: Jo 20,1-18.
33. Jesus subiu ao Céu
• Ler para as crianças: At 1,4-11. Se possível, pintar uma gravura da Ascensão.
34. Jesus mandou o Espírito Santo
• Ler para as crianças: At 2,1-4 e cantar uma música que fale do Espírito Santo.
35. Eu amo minha Igreja!
• Mostrar como é bonito fazermos parte de nossa comunidade.

Pedagogia e Metodologia
Material a ser utilizado: caderno simples e caderno de desenho. Usar
bastante criatividade e dinâmica. Qualquer problema, conversar sempre com
franqueza e respeito, entendendo que a criança que se comporta mal pode
estar passando por problemas em casa. Em casos difíceis, é recomendável
chamar alguém da família para conversar e oferecer ajuda.
Ensinar cantos religiosos infantis e promover, após cada tema, uma
pintura no caderno de desenho sobre a reflexão feita naquele dia. Realizar
continuamente, nos encontros, brincadeiras e trabalhos querigmáticos, para
que a mensagem seja melhor assimilada pela criança.

Psicopedagogia dessa idade (5 anos a 8 anos)


A criança, nessa idade, possui grande criatividade e fantasia e muita
facilidade para abrir-se para Deus. Já consegue, portanto, amar Jesus e
cultivar na pureza de seu coração um encanto pelo sagrado.
Nessa fase, também, a criança torna-se bastante egocêntrica, querendo
ser o centro de todas as atenções.
43

A moral está em processo de amadurecimento e formação, daí a


necessidade de já mostrar, aos poucos, a realidade do pecado e daquilo que é
certo ou errado.
A criança está descobrindo o mundo e encantando-se com ele, há,
portanto, um grande encantamento com a natureza. Justamente por isso é que
a catequese infantil deve trabalhar a questão da criação e da natureza nos
encontros.
Crianças dessa idade têm necessidade de atenção e afeto, portanto o
catequista dessa fase deve ser uma pessoa que goste muito de trabalhar com
criança e seja aberta a dar amor a seus catequizandos.
44

CATEQUESE DE PREPARAÇÃO PARA A EUCARISTIA

1. Introdução
1.1. Levando-se em conta a importância e a centralidade da Eucaristia na vida
da Igreja, da comunidade paroquial e de todos os cristãos, a preparação para a
Primeira Comunhão deve ser um momento de forte catequese para crianças e
adolescentes que desejem receber esse Augusto Sacramento;
1.2. Sendo a celebração Eucarística a Ceia Pascal, onde na noite em que foi
entregue, nosso Salvador instituiu o Sacrifício Eucarístico de seu Corpo e
Sangue. Por ele, perpetua pelos séculos, até que volte, o sacrifício da cruz,
confiando destarte à Igreja, sua dileta esposa, o memorial de sua morte e
ressurreição: sacramento da piedade, sinal da unidade, vínculo da caridade,
banquete pascal em que Cristo é recebido como alimento, o espírito é
cumulado de graça e nos é dado o penhor da glória futura. (CIC nº 1323);
1.3. Convém que, segundo a ordem do Senhor, o seu Corpo e Sangue sejam
sempre dignamente recebidos como alimento espiritual pelos fiéis que tenham
sido preparados conscientemente para o importante ato;
1.4. A Eucaristia é “fonte e ápice de toda a vida cristã” (LG,11). “Os demais
sacramentos, assim como todos os ministérios eclesiásticos e tarefas
apostólicas, se ligam à sagrada Eucaristia e a ela se ordenam. Pois a
Santíssima Eucaristia contém todo o bem espiritual da Igreja, a saber, o próprio
Cristo, nossa Páscoa.” (PO,5);
1.5. O Concílio de Trento resume a fé católica ao declarar: “Por ter Cristo,
nosso Redentor, dito que aquilo que oferecia sob a espécie do pão era
verdadeiramente seu Corpo, sempre se teve na Igreja esta convicção, que o
santo Concílio declara novamente: pela consagração do pão e do vinho opera-
se a mudança de toda substância do pão na substância do Corpo de Cristo
Nosso Senhor e de toda substância do vinho na substância do seu Sangue;
esta mudança, a Igreja Católica denominou-a com acerto e exatidão de
transubstanciação.” (DS 1642). Tal verdade é Dogma de fé e deve estar bem
presente na mente e no coração daqueles que dão Catequese de Eucaristia as
crianças e adolescentes;
45

1.6. É dever, primeiramente, dos pais ou de quem faz as suas vezes, do


Pároco e da comunidade, cuidar que as crianças que atingiram o uso da razão
sejam preparadas convenientemente para serem nutridas com esse divino
alimento, recebendo também a absolvição sacramental. Compete à
comunidade, na figura do pároco e de seus catequistas, velar para que não se
aproximem do Sagrado Banquete, as crianças que ainda não atingiram o uso
da razão ou aquelas que ele julgar não estarem suficientemente dispostas.

2. Requisitos para participar da Catequese de Eucaristia


2.1. Para se inscrever a criança deverá ter 9 anos completos a partir da data de
início dos encontros, sem limite de escolaridade mínima. Lembre-se que
somente é possível aceitar inscrições até o 2º Encontro de catequese;
2.2. Os documentos para inscrição são: 1 foto 3x4, Cópia do RG ou Certidão
de Nascimento, Xerox do Comprovante de BATISMO;
2.3. Aquelas que serão batizadas deverão apresentar além dos documentos
pessoais (os mesmos apresentados quando da inscrição na catequese), cópia
do RG ou certidão de nascimento dos padrinhos, além de Comprovante de
Crisma, se os padrinhos forem casados, comprovante de casamento no
religioso. Lembre se que no caso de batismo de adultos convém que o
padrinho seja um só e não um casal. Porém, não é que seja terminantemente
proibido escolher um casal para serem padrinhos de batismo. Só não faz muito
sentido, porque quando do batismo de crianças, escolhe-se um casal porque
ambos assumem o compromisso de educar na fé a criança batizada.

3. Frequência e avaliação dos catequizandos


3.1. Para receber os sacramentos o catequizando não poderá ter mais que 05
(cinco) faltas sem justificativas, durante todo o período de preparação,
contando inclusive retiros que forem programadas pela Pastoral Catequética;
3.2. Escrutínio: a criança antes de receber a Primeira Comunhão também
deverá demonstrar crescimento espiritual e maturidade para receber os
sacramentos, além de declarar sua vontade com gestos e atitudes cristãs
concretas.
46

4. Normas
4.1. Para ser admitida à Eucaristia, a Criança ou Adolescente deve preencher
estas exigências:
a) estar inscritos na caminhada da Educação da Fé;
b) participar na Celebração Eucarística Dominical, estar de preferência na
própria Comunidade onde faz a Catequese;
c) manifestar conhecimento e maturidade suficiente para comungar o Corpo e o
Sangue de Cristo.
4.2. Os pais ou responsáveis devem acompanhar a caminhada da Educação
na Fé das Crianças e Adolescentes. Por isso, os catequistas programem
Encontros Querigmáticos para eles ao menos uma vez ao ano. Estes
momentos serão uma oportunidade ímpar de evangelizados e de introduzi-los
no Mistério do Senhor. A acolhida nesses encontros de oração deve ter caráter
primordial. Deve-se evitar também o termo: “reunião dos pais dos
catequizandos”, ou montar um esquema semelhante das reuniões entre pais e
professores nas escolas;
4.3. Se pais ou responsáveis não o/a acompanham, mas a criança ou
adolescente pede para ser admitido à Eucaristia, a Comunidade deve acolhê-
la, apoiá-la e acompanhá-la na caminhada da Educação na Fé;
4.4. A catequese infantil na Paróquia deverá ser uma complementação ao
trabalho dos pais, jamais podendo substituí-los, já que eles são, por dever e
por direito, os primeiros catequistas dos filhos. Os catequistas procurarão,
através de visitas e encontros, num trabalho conjunto com a Pastoral Familiar,
despertar e incentivar nos pais a consciência de sua responsabilidade na
educação da fé de seus filhos;
4.5. Na medida do possível (e de forma integrada com a catequese de adultos),
deve-se oferecer aos pais uma formação concomitante (em linguagem adulta)
nos mesmos conteúdos que a criança está recebendo. Em conjunto com a
Pastoral Familiar, a catequese organizará eventos, festas, visitas, tudo o que
possa ajudar os pais a se envolverem e participarem do processo catequético;
4.6. As famílias que se encontrem em situação irregular e/ou de conflito
deverão receber atenção especial. Dentro das possibilidades, essas famílias
devem ser encaminhadas à santificação do matrimônio, num trabalho conjunto
47

com a Pastoral Familiar, sem esquecer o trabalho preventivo com a Pastoral


dos Namorados, dos Noivos, do Batismo e demais formas de formação na fé
para adultos;
4.7. O catequizando deve compreender que a Primeira Eucaristia não é um
acontecimento isolado e completo em si mesmo, mas sim o compromisso com
uma caminhada que deve continuar. É preciso que haja a perseverança das
crianças nesse processo de formação permanente já iniciado, e a continuidade
da vida eucarística, o que supõe a inserção do catequizando na vida da
comunidade;
4.8. A programação dos encontros catequéticos deverá incluir a introdução da
criança no contexto dos momentos litúrgicos vividos pela Igreja: Advento –
Natal – Quaresma – Páscoa – Pentecostes – Santíssima Trindade – Tempo
Comum – Mês das Vocações, da Bíblia e das Missões – Festa do Padroeiro e
outros;
4.9. Durante sua preparação, a criança será apresentada ao mistério da graça
e da misericórdia do Senhor, como resposta ao pecado. Ela deve
compreender, por um lado, a tendência ao pecado presente na natureza
humana, e, por outro lado, a sua responsabilidade pessoal (com o auxílio da
graça) na superação desse grande obstáculo ao amor e à comunhão com Deus
e com os irmãos. Cada criança seja ouvida em particular pelo confessor, se
possível duas vezes: a primeira na 2ª Fase da Eucaristia (10 anos), e a
segunda pouco antes da primeira Eucaristia. Esse primeiro contato dos
catequizandos com a Misericórdia de Deus é muito importante, pois marcará
religiosa e psicologicamente toda a sua vivência penitencial posterior;
4.10. É preciso desenvolver, entre padres e crianças (como também entre
padres e catequistas), uma relação de confiança e amizade, para evitar
experiências negativas que possam gerar medos, bloqueios e preconceitos
difíceis de superar;
4.11. No ano em que a criança for receber o Cristo eucarístico pela 1ª vez, a
catequese deverá ser enriquecida com dias de formação, explicação da Missa
parte por parte (incluindo símbolos litúrgicos, cores, paramentos, etc.), além de
encontros de preparação ao rito penitencial das crianças;
4.12. O Diretório estabelece que o Batismo da criança que faz catequese de
eucaristia, ocorra na segunda fase, portanto aos 10 anos e se possível na
48

Festa do Batismo do Senhor e nunca na Vigília Pascal (pois se recebesse


nesta Vigília deveria pela Tradição Milenar receber na mesma celebração
Crisma e Eucaristia);
4.13. As crianças ainda não batizadas deverão participar de dois encontros
adicionais referentes ao batismo, e os pais e padrinhos participarão da
preparação normal (Encontro com cristo de pais e padrinhos do batismo)
oferecida pela Paróquia.

5. Primeira Comunhão
5.1. A celebração da primeira Comunhão constitui-se num dos momentos
privilegiados de inserção do fiel na Comunidade Católica;
5.2. Sugere-se que a renovação dos compromissos do Batismo (ascender a
vela no Círio Pascal e professar o Credo) seja feita na medida do possível, com
destaque, na semana anterior da Primeira Comunhão Eucarística, na presença
dos seus pais ou tutores;
5.3. Deve se dar à Missa de Primeira Comunhão Eucarística toda a solenidade
possível, delas participando os pais, responsáveis e parentes. Permita-se
também que esta também seja em horário especial, sempre no Tempo Pascal;
5.4. Deve se dar na Celebração Eucarística da primeira Comunhão toda a
solenidade possível. Seja preparada com uma profunda e verdadeira
mistagogia, dos que se alimentarão do Corpo santo do Senhor;
5.5. O traje a ser usado pelas crianças, na celebração da 1ª Eucaristia, deverá
ser definido em comum acordo pelo pároco, os catequistas e os pais, devendo
prevalecer sempre a simplicidade, o sentido comunitário e a dignidade;
5.6. Durante a preparação para a Primeira Comunhão, as crianças sejam
tratadas com respeito e dignidade para que sua formação, de acordo com sua
idade, proporcione o adequado crescimento da fé, sendo instruída, inclusive,
para a vivência de uma sólida devoção a Mãe de Jesus;
5.7. A Catequese de Primeira Comunhão proporcione o crescimento do
catequizando na fé, ajudando-o a criar um itinerário de vida espiritual no
contato e familiaridade com a Palavra de Deus;
5.8. Os catequistas empenhem-se em envolver os catequizandos nas
Celebrações Eucarísticas e demais eventos da Comunidade, a fim de que
todos sejam acolhidos e nelas encontrem o seu lugar;
49

5.9. Na Arquidiocese de Sorocaba fica definido o período de Preparação para a


Primeira Comunhão de crianças em três anos e que se uniformize o termo
“Fase” em toda Arquidiocese, por uma questão meramente prática.

6. Catequese e Primeira Comunhão para Pessoas com Deficiência


6.1. Em todas as Paróquias, procurem-se os meios para uma catequese
eficiente das pessoas com deficiência e que exigem cuidados especiais. Cuide-
se de integrá-las nos grupos normais de catequizandos, de modo que não se
sintam diferentes. Para surdos deve haver catequistas que se comuniquem por
LIBRAS;
6.2. Pessoas com maior dificuldade de aprendizagem (síndrome de Down, por
exemplo) merecem uma atenção toda especial. Na medida em que forem
capazes de entendimento suficiente devem e têm o direito de serem
preparados para a Primeira Comunhão Eucarística com as limitações de cada
caso;
6.3. Para a eficácia de um bom acolhimento, as crianças portadoras de
deficiência deverão ter à sua disposição todos os recursos necessários para
uma catequese, bem como uma estrutura de respeito as suas limitações;
50

1ª FASE DA EUCARISTIA
(9 anos)

Objetivo: Levar os catequizandos a ter profunda experiência do Amor


de Deus, tirando qualquer imagem de um Deus carrasco e castigador e
evitando que as crianças tenham visão deturpada de Deus. Nessa fase,
portanto, faz-se o primeiro anúncio: “Deus é um Pai cheio de amor!”.
Na primeira fase da Eucaristia, é importante trabalhar bem a Primeira
Pessoa da Santíssima Trindade - o Pai Eterno. Nessa fase o catequizando
receberá na Missa a Bíblia das mãos do sacerdote e, por isso, o grande desafio
do catequista será conseguir despertar na criança um profundo amor pela
Sagrada Escritura, pela obra da criação e pelos Santos Anjos. Também
trabalhará para que as crianças entendam e celebrem de forma orante os
mistérios da fé, como o Sinal da Cruz e a oração do Pai-Nosso.
Como são 35 Encontros durante o ciclo anual, seguem abaixo os temas
que devem ser abordados.

Deus é amor (CIC 218-221) - 9 Encontros de Catequese


1. O amor de Deus por nós é:
a) Pessoal: Ele conhece-nos pelo nome (Is 43,1-4);
b) Eterno: Ele nunca nos deixará de amar (Jer 31,3);
c) Incondicional: Ele não coloca condições para amar-nos (1Jo 4,19).
2. Quem é Deus? (CIC 200-274);
3. Deus é a verdade (Jo 18,37);
4. Ele é o único Deus (Is 45,5);
5. Deus é ternura e compaixão (Ex 34,5-6);
6. Deus é eterno (Sl 101,26-28);
7. Deus é onipotente (Is 45,5);
8. Deus é onipresente (Hb 4,13);
9. Deus é onisciente (Sl 139,7-10).
51

O Mistério da Criação (CIC 279-301) - 3 Encontros de Catequese


10. A criação pode ser entendida pela razão (Rm 1,20);
11. Por que Deus criou o mundo?
a) Deus cria por sabedoria e por amor;
b) Deus cria “do nada”;
c) Deus cria um mundo ordenado e bom;
d) Deus mantém e sustenta a criação;
e) A catequese sobre a criação.
12. A Criação é obra da Santíssima Trindade (Gn 1,1).

O mundo invisível (CIC 328-336) - 2 Encontros de Catequese


13. Os Santos Anjos e sua função (Cl 1,16);
14. O Anjo da Guarda (CIC 336).

O mundo visível (CIC 337-379) - 2 Encontros de Catequese


15. Criação do homem e da mulher (Gn 1,26 -27);
16. Santidade original ( fomos criados puros e santos) (Gn 2,8-15).

A Bíblia é a Palavra de Deus - 9 Encontros de Catequese


17. A Bíblia é inspirada por Deus (2Pd 1,20-21 e 2Tm 3,14-17);
18. Deus é o autor da Sagrada Escritura (1Tm 6,14; Tt 2,13);
19. A Igreja Católica obedece e segue a Sagrada Escritura;
20. O Antigo Testamento e o Novo Testamento (1Cor 10,11; Pd 1,10; Hb 1,2);
21. Em que língua foi escrita a Bíblia (Antigo Testamento em hebraico e em
grego no Novo Testamento);
22. O Espírito Santo faz-nos amar e compreender a Bíblia;
23. O Papa e os bispos são os intérpretes da Sagrada Escritura (2Pd 1,20);
24. Como ler as citações bíblicas;
25. Importância da leitura bíblica.

Sinal da Cruz (2 Encontros)


26. Qual o significado do Sinal da Cruz (o amor de Deus por nós). O que é e
como se faz o Sinal da Cruz;
28. Por que a Igreja Católica usa a Cruz? Ler: 1Cor 1, 18-23
52

Deus é Pai (5 Encontros)


29. Jesus nos ensina a chamar Deus de Pai (Mt 11,25-27; Jo 17,1-26);
30. Deus é um Pai cheio de amor (Romanos 8,38-39; 1 João 4,9-11);
31. Parábola do Filho Pródigo (Lc 15, 1-32);
32. Deus é Pai de todos (Mt 5, 43-48);
33. A Oração do Pai-Nosso (CIC 2761-2856).

Batismo (2 Encontros)
34. Definição de Batismo e sua importância (Mt 28,19);
35. A graça recebida no Batismo e seus frutos (CIC 1262-1263).

Pedagogia e metodologia
Material a ser utilizado: caderno de desenho, caderno de estudo e Bíblia
Sagrada.
Mostrar-se bem amigo da criança, dialogar e dar muito amor. Usar
criatividade na catequese, que deve ser um encontro participativo e alegre,
com cantos religiosos infantis, brincadeiras e dinâmicas de grupo.
Mais do que falar do Amor de Deus, é necessário que o catequista leve
a criança a ter uma experiência desse amor. Para isso, seria interessante levar
um dia as crianças na Capela ou em um ambiente silencioso e aconchegante
e, no momento de oração, levá-las a ter uma experiência do Amor de Deus
(com canto suave e leituras bíblicas que proporcionem isto).
Ajudar a criança a manusear a Bíblia, criando assim um costume na vida
do catequizando.

Psicopedagogia dessa idade (9 anos)


Nessa idade a criança já tem interesse em conhecer e entender melhor
as coisas de Deus e seu coraçãozinho está ainda muito aberto à experiência
do Amor de Deus, daí a importância de se trabalhar o primeiro tema do
querigma e a Primeira Pessoa da Santíssima Trindade.
Nessa fase, a criança ainda está fortemente ligada aos pais, daí a
sugestão de se criarem espaços de orientações e proximidade com os pais,
53

pois isto ajudará o catequista a compreender melhor o comportamento dos


catequizandos.
A criança dessa faixa etária gosta muito da natureza, por isso é muito
proveitoso trabalhar a obra da criação. Quem sabe um passeio a um jardim ou
para contemplar as criaturas do Senhor.
A criança pode projetar em seu relacionamento com Deus a figura
materna ou paterna, por isso o catequista deve ficar atento à reação da
criança, especialmente quando se fala que Deus é Pai.
54

2ª FASE DA EUCARISTIA
(10 anos)

Objetivo: Relembrar nos primeiros encontros o que foi dado na 1a fase,


“O amor de Deus” e anunciar agora o segundo tema do querigma: “O pecado e
suas consequências”.
O Pecado de nossos primeiros pais (pecado original) destruiu a
harmonia na qual estava estabelecido o ser humano, já que este se encontrava
em graça de santidade original. Com o pecado vieram suas consequências: a
doença, a morte, a fome, as guerras etc. O catequista terá o desafio de
transmitir de forma bem pedagógica a doutrina católica, que vê Satanás como
o autor e o princípio do pecado. O mundo do jeito que está não é a vontade de
Deus, mas fruto do pecado, da desobediência de Adão e Eva e de nossos
atuais pecados pessoais e sociais. Para ensinar corretamente esse tema, é
necessário estudar bem o ensinamento do Catecismo Católico do n. 385 ao n.
412.
Nesta fase é que as crianças farão sua primeira confissão portanto, é
bem oportuno trabalhar aqui o tema do pecado e suas consequências à luz dos
Dez Mandamentos, despertando na criança a contrição e a busca de
santidade. Como na primeira fase da Eucaristia elas já tiveram uma introdução
básica sobre a Sagrada Escritura, agora aprofundaremos o estudo bíblico,
vendo a história do Povo de Israel no Antigo Testamento.
Como são 35 Encontros durante o ciclo anual, seguem abaixo os temas
que devem ser abordados.
1. A história das origens (CIC 355-412);
2. Graça original:
a) Imortalidade: o homem jamais morreria;
b) Impassibilidade: ausência de qualquer tipo de dor e sofrimento;
c) Integridade: estaria livre da tendência ao pecado, ou seja, seus instintos
estavam submissos à razão e à fé;
d) Ciência moral infusa: conheciam a vontade de Deus e estavam, portanto,
aptos para assumir suas responsabilidades perante o Senhor.
55

3. O mistério do mal (CIC 2851 e 393 / Ap 12,4-10; Sb 2,23-24);


4. O Pecado Original (CIC 386 a 400 / Gn 3,1-24; Rm 5,12);
5. Por que Deus permitiu que nossos primeiros pais pecassem? (CIC 395 e
412);
6. Caim e Abel (Gn 4,1-16);
7. O Dilúvio (Gn 6,5-22; 7,1-24; 8,1-22; 9,1-17);
8. Torre de Babel (Gn 11,1-9);
9. Deus chama Abraão - sua história e vocação (Gn 12,1-6);
10. Abraão, homem de fé (Hb 11,8-19);
11. Isaac, filho de Abraão, seu nascimento e sacrifício (Gn 21,1-8; 22,1-19);
12. Os filhos de Isaac: Esaú e Jacó (Gn 25,19-33);
13. A história de José (Gn 37,1-11);
14. A ida de José para o Egito – escravidão, prisão e glória (Gn 37-46);
15. Os hebreus tornam-se escravos (Ex 1,1-22).
16. Moisés, vida e vocação (Ex 2,1-25; 3,1-6).
17. Os sinais de Moisés diante do faraó para a libertação do seu povo (Ex 4-7);
18. O povo de Israel sai do Egito (Ex 12,1-28);
19. A passagem pelo Mar Vermelho (Ex 14,1-31);
20. A tentação do Sinai (Ex 32,1-35);
21. O Decálogo (Ex 20,1-21; Dt 5,1-27);
22. A conquista da Terra Prometida (Js 1- 12);
23. A missão dos juízes do povo de Israel (Js 2,16-19);
24. Os reis do povo de Israel: Saul, Davi, Salomão (1Sm 9,1-27; 2Sm 1,1-27;
5,1-25; 1Rs 1,1-53);
25. O pecado de Salomão e a divisão do reino após sua morte (1Rs 11-12);
26. O que é um profeta e seu chamado (Is 6,1-10);
27. Os profetas antes do exílio (Is 1-36; Jr 1-24; Am 1-9; Os 1-14);
28. O fim do reino de Israel e a ida ao exílio (2Rs 17,13-23);
29. A volta do exílio e a esperança de um Messias (Is 40-55);
30. Os profetas depois do exílio (Is 56-66; Jr 25-52; Ez 1-48);
31. Os dez mandamentos da Lei de Deus (CIC 2052-2074);
32. Os sete pecados capitais (CIC 1866);
33. Os Mandamentos da Igreja (CIC 2041-2043);
56

34. O sacramento da Penitência ou Reconciliação (CIC 1440-1470);


35. Como fazer uma boa confissão diante do sacerdote e a gravidade dos
pecados (CIC 1854-1863).

Pedagogia e metodologia
Material a ser utilizado: caderno e Bíblia Sagrada.
Recomenda-se criar um clima de descontração (dinâmicas) no início dos
encontros e promover amizade no grupo. Nessa idade (fim da infância), eles
gostam muito de brincadeiras e festas. Pode-se fazer, por exemplo, um bolo
uma vez por mês para comemorar os aniversários etc.
Sempre iniciar a catequese com momentos fortes de oração. Utilizar
material da Biblioteca Catequética.
Nesta fase, a criança fará sua primeira confissão, então o catequista
deve, com muita pedagogia, falar da beleza da confissão para afastar da
criança todo medo e vergonha desse sacramento.

Psicopedagogia dessa idade (10 anos)


A criança, nessa fase, já possui uma capacidade crítica mais elaborada
e, portanto, é mais realista, tendo maior capacidade de aplicar suas ideias em
sua vida e na dos outros.
Nessa idade, o senso de justiça e o do bem comum também já fazem
parte do seu entendimento, daí a possibilidade de se trabalharem as questões
de amor ao próximo, especialmente no Decálogo.
A criança dessa idade é mais prática e não muito teórica, então o
catequista deve sempre mesclar os encontros com atividades sobre o tema que
está sendo abordado, para que a criança não fique distante da catequese ou
tendo somente uma presença física no encontro.
Aos 10 anos, a criança já tem pleno uso da razão e, portanto, do que é
certo ou errado. Tem, assim, consciência moral e responsabilidade por seus
atos. Justamente por isso é que é muito oportuno celebrar, nessa fase, o
sacramento da Reconciliação, evitando, por outro lado, a ideia equivocada que
ele possa ser celebrado às pressas, nas vésperas da Primeira Comunhão.
57

3ª FASE DA EUCARISTIA
(11 anos)

Objetivo: Relembrar nos primeiros encontros o que foi dado na 1a Fase


– O amor de Deus – e o que foi dado na 2a Fase – O pecado. Nesta terceira
fase, o tema querigmático é Jesus Salvador e Senhor. A grande missão do
catequista nessa fase é o anúncio de Jesus Cristo, Sua encarnação, vida,
paixão, morte e ressurreição.
Se na Segunda fase o catequizando assimilou os Dez Mandamentos,
agora é necessária a assimilação do Credo Apostólico. Como é no final desta
fase que os catequizandos farão a primeira Comunhão, deve-se abordar
profundamente o tema da Santíssima Eucaristia, fundamentado na Palavra de
Deus e no Catecismo da Igreja.
Como são 35 Encontros durante o ciclo anual, seguem abaixo os temas
que devem ser abordados nos créditos.

Deus envia Seu Filho, Jesus Cristo (CIC 456-478) - (4 Encontros)


1. O mistério da encarnação (Jo 1,1-18);
2. Quem é Jesus (Mt 16,13-17);
3. Quem vê o Filho, vê o Pai (Jo 14,8-11);
4. Jesus é verdadeiro Deus e verdadeiro Homem.

A missão de Jesus Cristo (CIC 535-560) - (9 Encontros)


5. Batismo de Jesus (Mt 3,13-17);
6. A missão de Jesus (Lc 4,14-22);
7. Jesus prega e anuncia o Reino de Deus Mt (4,12-17);
8. A transfiguração de Jesus (Mt 17,1-8);
9. Jesus cura os doentes (Mc1,32-39);
10. Jesus expulsa os demônios (Mt 8,28-34);
11. Jesus, amigo dos pobres e excluídos (Lc 7,18-22);
12. Jesus e as crianças (Lc 9,46-48);
13. Sermão da Montanha (Mt 5,1-12);
58

Milagres de Jesus (CIC 547-550) - (1 Encontro)


14. Os principais milagres de Jesus
• Transforma água em vinho (Jo 2,1-11);
• Anda sobre as águas (Jo 6,15-21);
• Ressuscita Lázaro (Jo 11,1-44);
• Multiplica os pães (Jo 6,1-14);
• Cura o cego de nascença (Jo 9,1-41).

Parábolas de Jesus (CIC 546) - (1 Encontro)


15. As principais parábolas de Jesus
• O semeador (Mt 13,18-28);
• A semente que cresce sozinha (Mc 4,26-29);
• O grão de mostarda (Mc 4,30-32);
• O bom samaritano (Lc 10,30-37);
• O rico insensato (Lc 12,16-21);
• A porta estreita (Mt 7,13-14);
• A ovelha perdida (Mt 18,12-14);
• O rico e Lázaro (Lc 16,19-31);
• A viúva insistente (Lc 18, 2-8);
• O fariseu e o publicano (Lc 18,10-14);
• O filho pródigo (Lc 15,11-32);
• Os trabalhadores na vinha (Mt 20,1-16);
• O joio e o trigo (Mt 13,24-30).

Jesus realiza Sua missão e faz discípulos (CIC 765) - (3 Encontros)


16. Jesus chama seus discípulos (CIC 787-788) (Lc 10,1-2)
17. A missão dos apóstolos (CIC 858-860) (Mt 10,5-15)
18. O que é ser discípulo de Jesus (CIC 1816) (Mt 10,37-39)

A salvação (CIC 2011) - (1 Encontro)


19. Jesus nos salvou:
a) Por Sua encarnação (CIC 456-457 / Lc 1,26-38; Jo 1,1-14);
b) Por Sua paixão e morte na Cruz (CIC 599-618 / Col 2,8-15);
59

c) Por Sua ressurreição (CIC 638-655 / 1Cor 15,14).

Credo (CIC 185-1050) - (1 Encontro)


20. Profissão de fé – Creio

Maria, mãe de Jesus e nossa mãe (CIC 487-507 e 963-972) - (5 Encontros)


21. A Anunciação (Lc 1, 26-38);
22. Maria é mãe de Deus (Lc 1,43);
23. A virgindade perpétua de Maria (CIC 501);
24. O dogma da Imaculada Conceição (CIC 490-491);
25. O dogma da Assunção de Maria ao Céu (CIC 2674 / Ap 12,1-17).

O sacramento da Santíssima Eucaristia (CIC 1322-1405) - (9 Encontros)


26. O que é Eucaristia (Concílio Vaticano II, na SC n. 47);
27. O significado do pão e do vinho (Ex 16);
28. Promessa da Eucaristia (Jo 6,30-66);
29. A instituição da Eucaristia na Última Ceia (Lc 22,7-23);
30. A presença real de Jesus na Santíssima Eucaristia (CIC 1335);
31. A Santa Missa é verdadeiramente um sacrifício (CIC, 1367);
32. O banquete pascal (CIC 1382);
33. A Eucaristia leva-nos a repartir o pão com os mais pobres;
34. Frutos e efeitos da Comunhão Eucarística ( CIC 1391 – 1401).

35 Liturgia – Ano Litúrgico - (1 Encontro)


A Missa parte por parte
a) Ritos Iniciais
b) Liturgia da Palavra
c) Liturgia Eucarística
d) Ritos finais
60

Pedagogia e metodologia
Material a ser utilizado: caderno, Bíblia Sagrada e Catecismo da Igreja
Católica.
É importante criar um clima fraterno, especialmente com momentos de
descontração (dinâmicas) no início do encontro, assim como promover a
amizade no grupo. Como sugestão, pode-se ir um dia tomar lanche juntos etc.
Sempre iniciar a catequese com um profundo momento de oração.
Utilizar material da Biblioteca Catequética.

Psicopedagogia dessa idade (11 anos)


A partir dessa idade começa o processo de ruptura e da rejeição infantil,
O catequista deve, então, tratar os catequizandos nem de forma extremamente
infantil, nem de forma extremamente adulta.
Nessa fase a criança, já entrando na adolescência, tem desejos de
saber mais profundamente as coisas de Deus, portanto, o catequista deve
passar segurança ao transmitir as verdades da fé. Caso não saiba responder a
uma questão, deve dizer ao catequizando, com humildade, que vai estudar o
assunto perguntado e responder no encontro seguinte.
Nessa idade, a criança tem profundo respeito e admiração por Nosso
Senhor e gosta de ouvir falar da Salvação realizada por Jesus. Justamente por
isso é nessa fase que abordamos o terceiro tema do querigma e que a criança
faz sua Primeira Comunhão. Como a criança já fez sua primeira confissão no
ano anterior, ela deve ser convidada a repetir, agora de forma mais profunda,
sua confissão sacramental, para receber Jesus com mais amor.
As crianças dessa idade gostam muito da vivência em grupinhos e da
prática religiosa. Por isso, sugiro que a catequese promova grande participação
na ação litúrgica das crianças dessa fase. Elas corresponderão favoravelmente
a essa proposta.
61

CATEQUESE DE PREPARAÇÃO PARA A CRISMA

1. Introdução
1.1. O Catecismo da Igreja assim define o Sacramento da Crisma: “Juntamente
com o Batismo e a Eucaristia, o sacramento da Confirmação constitui o
conjunto dos ‘sacramentos da Iniciação Cristã’, cuja unidade deve ser
salvaguardada. Por isso, é preciso explicar aos fiéis que a recepção desse
sacramento é necessária à consumação da graça batismal. Com efeito, pelo
sacramento da Confirmação os fiéis são vinculados mais perfeitamente à
Igreja, enriquecidos de força especial do Espírito Santo, e assim mais
estritamente obrigados à fé que, como verdadeiras testemunhas de Cristo,
devem difundir e defender tanto por palavras como por obras” (CIC 1285);
1.2. Hoje a teologia encontra dificuldade para justificar a especificidade do
Sacramento da Confirmação, dado que ele foi deslocado para o final do
processo da etapa inicial à vida cristã por um motivo histórico. Em todo caso,
juntamente com o Batismo e a Eucaristia, o Sacramento da Confirmação
constitui o conjunto dos Sacramentos da Iniciação Cristã (SC, 71a). Tal
Sacramento confirma no cristão a força do Batismo, reforçando nele a sua
condição de fiel testemunha de Jesus Cristo. Por isso, a recepção deste
Sacramento é necessária à consumação da graça batismal. De fato, nos
ensina o Concílio Vaticano II que, pelo Sacramento da Confirmação, os fiéis
“são vinculados mais perfeitamente à Igreja, enriquecidos de força especial do
Espírito Santo, e assim mais estritamente obrigados à fé que, como
verdadeiras testemunhas de Cristo, devem difundir e defender tanto por
palavras como por obras” (LG, n. 11a);
1.3. Assim, é no dia do Batismo que o cristão se torna morada do Pai e do Filho
(cf. Jo 14, 23) e templo do Espírito Santo (cf. 1Cor 3,16). Porém, adulto na fé
pelo Sacramento da Confirmação, o crismado deverá colocar à disposição da
Igreja os próprios dons, talentos e carismas, evangelizando pelo exemplo de
sua vida, por sua palavra e ação, e levar, nos mais variados ambientes da
sociedade, o perfume suave de Cristo;
62

1.4. Pela graça do Batismo e da Confirmação, todos se tornam discípulos


missionários de Jesus Cristo e corresponsáveis pelo anúncio do Evangelho
através do próprio testemunho de vida e palavra. Se pelo Batismo passamos a
existir em Cristo, pela Confirmação passamos a viver n’Ele;
1.5. O ministro ordinário para a Crisma é o Bispo. Nisso, aparece a relação
com a primeira efusão do Espírito Santo em Pentecostes. O Bispo é o sucessor
dos Apóstolos, e o fato de o(a) Crismando(a) receber o Espírito Santo pelo
ministério episcopal manifesta o forte vínculo que une o(a) Crismando(a) à
Igreja, e explicita o mandato de ser testemunha de Cristo. O Ministro
extraordinário ou com poder derivado é o Presbítero, que goza dessa faculdade
pelo próprio direito, quando batiza um adulto, em caso de emergência por risco
de morte (CIC 1314), e por delegação do bispo diocesano.

2. Requisitos para participar da Catequese de Crisma


2.1. “Todo batizado, ainda não confirmado, pode e deve receber o sacramento
da Confirmação. Pelo fato de o Batismo, a Confirmação e a Eucaristia
formarem uma unidade, segue-se que os fiéis têm a obrigação de receber
tempestivamente esse sacramento, pois, sem a Confirmação e a Eucaristia, o
sacramento do Batismo é sem dúvida válido e eficaz, mas a iniciação cristã
permanece inacabada.” (CIC 1306);
2.2. No ato da inscrição, deve-se trazer: 1 foto 3x4, Cópia da RG ou Certidão
de Nascimento, Xerox do Comprovante de Batismo, Xerox do Comprovante de
1ª Eucaristia. Caso o adolescente acima de 15 anos que ainda não recebeu
algum dos sacramentos de Iniciação cristã deve ser encaminhado ao Pré-
Catecumenato e, aos 17 anos, ingressar no Catecumenato;
2.3. A inscrição deverá ser realizada pelos pais ou pelo próprio catequizando,
mediante a apresentação de documento de identidade e da Certidão de
Batismo;
2.4. Deve-se considerar a idade mínima de 12 anos e no máximo 13 anos para
o início da preparação ao sacramento da Confirmação.
63

3. Frequência e avaliação dos catequizandos


3.1. Para receber os sacramentos o catequizando não poderá ter mais que 05
(cinco) faltas sem justificativas, durante todo o período de preparação,
contando inclusive retiros que forem programadas pela Pastoral Catequética.
3.2. Escrutínio: O Adolescente, antes de ser crismado, também deverá
demonstrar crescimento espiritual e maturidade para receber os sacramentos,
além de declarar sua vontade com gestos e atitudes cristãs concretas.

4. Catequese especial
4.1. Caso o adolescente tenha mais de 13 anos, este deverá ser enviado a
uma Catequese especial, com duração mínima de 2 anos e seguindo os
mesmos temas da Catequese de Adultos. Caso esses adolescentes, depois de
2 anos de preparação, por volta dos 15 aos 16 anos, estejam preparados na fé
deverão receber os Sacramentos na Vigília Pascal com os adultos.

5. Normas
5.1. A catequese de preparação para o Sacramento da Crisma será de três
anos, sendo que a Primeira Fase de Crisma poderá ser extraordinariamente
também chamada Crisma 1 de Perseverança ou ainda Crisma 1 de Vivência
Comunitária;
5.2. Não podem ser considerados como catequese específica para a Crisma os
conteúdos passados pelos movimentos, grupos de jovens e outros existentes,
embora a formação que oferecem seja de grande importância para a
maturação da fé de seus membros;
5.3. A catequese Crismal deverá apresentar um aprofundamento do Querigma
recebido na catequese da Eucaristia e das principais verdades da fé, em
perspectiva vocacional, abordando de forma significativa as vocações na Igreja;
tenham-se sempre em conta as principais questões da fase de
desenvolvimento da adolescência tais como: relacionamento com os pais,
amizade, namoro, afetividade, sexualidade, estudo, vocação, profissão, lazer, e
outros;
5.4. Os encontros semanais devem ser motivadores, levando os catequizandos
a participarem ativamente dos mesmos, valorizando-se o debate e o canto,
64

utilizando-se dos modernos recursos audiovisuais catequéticos, sem esquecer


que o diálogo é a melhor dinâmica da catequese;
5.5. Os Crismandos devem ser orientados, já antes da recepção da Crisma, a
participar do grupo de adolescentes ou de jovens, ou assumir compromissos na
comunidade nas diversas pastorais e movimentos;
5.6. Além dos Encontros semanais de catequese, haja, quando possível,
Retiros de formação e espiritualidade com perfil querigmático, proporcionando
aos Crismandos uma experiência pessoal com o Espírito Santo, na vida
eclesial;
5.7. Todos os crismandos na 3 Fase do Crisma deverão participar do
Rebanhão Arquidiocesano,onde poderão ter um contato com milhares de
jovens de toda a Arquidiocese e com o Bispo que os ungirá no dia da Crisma;
5.8. Devem ser celebrados Ritos Penitenciais Comunitários bem preparados,
seguindo-se as confissões com o sacerdote, com a respectiva absolvição,
durante a catequese Crismal e uma semana antes de receber o Sacramento da
Crisma;
5.9. A catequese rural deve aplicar a metodologia e os conteúdos adequados,
de acordo com a orientação deste documento, levando-se em conta a realidade
de cada comunidade.

6. A Celebração
6.1. Sendo o Bispo o Ministro do sacramento da Crisma, oportunamente, o
Pároco combine com ele a data, local e outros pormenores da Confirmação;
6.2. Sendo impossível ao Bispo Crismar todos os grupos de Crismandos, em
suas respectivas comunidades, reúnam-se todos nas igrejas matrizes de cada
paróquia. Somente havendo número significativamente grande de Crismandos,
será marcada uma segunda Crisma na mesma paróquia, matriz ou capela;
6.3. O Crismando deve preparar-se para receber a Crisma, mediante a
celebração individual do sacramento da Reconciliação ou Penitência (CIC
1310). Aconselhem-se os pais e padrinhos a participar em igualmente do
sacramento da Confissão, para que possam vivenciar mais plenamente os
frutos desse sacramento;
65

6.4. “É conveniente que o sacramento da Confirmação seja celebrado na Igreja


e dentro da Celebração Eucarística; por causa justa e razoável, pode ser
celebrado fora da Missa e em qualquer lugar digno” (Cân. 881);
6.5. O sacramento da Crisma é sacramento pascal. Seja o quanto possível
Celebrado no Período Pascal; caso contrário, observem-se as normas do
tempo litúrgico mais adequado;
6.6. Quando um presbítero confere a Crisma, o óleo deve ser o consagrado
pelo Bispo na Missa do Santo Crisma da Quinta-feira Santa (Cân 880, § 2);
6.7. Deve ser exigida, com antecedência, a apresentação do Crismando ao
Pároco para a celebração da Crisma, quando o catequizando pertencer a outra
paróquia;
6.8. Que a espórtula, de acordo com a tabela de Emolumentos, seja a
expressão de gratidão ao Senhor pelo Sacramento recebido e seja entendida
como colaboração para a formação dos futuros presbíteros;
6.9. Que seja cuidadosamente preparado o rito da Crisma, quanto aos
cânticos, leituras, preces e movimentação dos Crismandos, padrinhos e
madrinhas, durante a Celebração Eucarística;
6.10. Convém que as Missas de Crismas, quando forem numerosos os
Crismandos, sejam em horários não coincidentes com os horários normais das
Missas de preceito, preferencialmente aos sábados à tarde, domingos ou dias
santos de guarda;
6.11. São essenciais o rito da imposição das mãos e a unção da fronte do
Crismando; seja o rito da Crisma, enriquecido com a procissão de entrada do
Círio Pascal e do Óleo do Crisma. Os Crismandos não devem ser integrados
na procissão de entrada, mas já devem estar posicionados em seus lugares.
Devidamente preparados, os Crismandos que fazem, também, a sua Primeira
Comunhão Eucarística, poderão recebê-la sob as duas espécies. A comunhão
sob duas espécies poderá ser ministrada a todos os Crismandos, quando o
grupo for pequeno, sempre a critério de quem preside a Celebração;
6.12. Durante a unção com o Óleo do Crisma, os cânticos devem ser
executados suavemente em honra ao Espírito Santo, como música de fundo,
pois convém que os Crismandos ouçam a fórmula da unção. Não se usem,
nesse momento, instrumento de caráter forte e nem instrumento de percussão
(bateria, tambor, etc);
66

6.13. Lembranças e/ou certificados não devem ser entregues durante a


Celebração Eucarística. Os Crismandos devem ser convidados a um
reencontro com seus catequistas, no sábado ou domingo seguinte, ocasião em
que poderá ser entregue o Certificado da Crisma, a fim de que os novos
Crismados sejam incentivados a continuar a participar do grupo de
adolescentes ou de jovens da Comunidade;
6.14. Os fotógrafos e filmadores sejam previamente advertidos, com delicadeza
e firmeza, para que colaborem com a celebração, sem concorrer para a
dispersão da atenção dos crismandos e da assembleia. O bom senso deverá
definir os momentos em que tais fotografias poderão ser feitas.

7. Pais e padrinhos
7.1. Os pais devem ser conscientizados sobre a sua missão e
responsabilidade, no sentido de serem as primeiras testemunhas da fé, da
participação na vida comunitária e do processo de formação de seus próprios
filhos na vida cristã;
7.2. Os padrinhos devem pertencer à Igreja Católica, professar a integridade da
fé e ser capazes e prontos a ajudar o novo Crismado (adolescente ou adulto),
em sua caminhada pela vida cristã (CIC 1255); devem também ter recebido os
sacramentos do Batismo e da Eucaristia, e ter completado 16 (dezesseis) anos
de idade. (Cân 874). Em caso de exceção por justa causa, o Pároco, mesmo
assim deverá pedir autorização ao Arcebispo;
7.3. Pode-se admitir apenas um só padrinho ou uma só madrinha (Cân. 892),
de preferência, o mesmo do Batismo. (Cân 893§ 2);
7.4. Aconselha-se que seja pessoa da própria comunidade, para ter condições
de assumir direta e ativamente a sua missão junto ao afilhado ou afilhada;
7.5. Que não seja pai ou mãe do crismando, esposo ou esposa do crismando;
7.6. O não católico, não pode ser em nenhuma hipótese padrinho de crisma;
7.7. Os sacerdotes normalmente não devem ser padrinhos, a não ser de
parentes próximos (ex: sobrinhos), pois, como sacerdotes, são responsáveis
por todos os jovens da Comunidade;
7.8. Para evitar futuros constrangimentos, já no início de cada fase da Crisma,
os catequistas deverão colocar em carta para os adolescentes bem, como para
67

os pais, os critérios que devem ser usados na escolha dos futuros padrinhos ou
madrinhas;
7.9. Que não seja pai ou mãe do crismando, esposo ou esposa do crismando.

8. Outras normas
8.1. Adultos já batizados, que estiveram afastados da vida eclesial, quando a
retornam pela confissão sacramental, sejam preparados para a Crisma com o
mesmo cuidado oferecido aos adolescentes. Não se crismem apressadamente
noivos que se preparam para o matrimônio. É preferível dar o sacramento da
Crisma depois de terem se casado a Crismar para, só depois, oferecer a
catequese Crismal. Compete ao Pároco discernir o melhor caminho nesse
caso;
8.2. Em situações de risco de vida, todos os presbíteros com uso de ordens no
território da Arquidiocese de Sorocaba estão autorizados a administrar o
Sacramento da Crisma;
8.3. No caso de adultos, catecúmenos no sentido estrito, o Pároco, ao batizá-
los, deverá também conferir-lhes a Crisma, o que deve ser feito na celebração
da Vigília Pascal;
8.4. As anotações da Celebração do Sacramento da Confirmação devem ser
enviadas à Cúria Arquidiocesana juntamente com as espórtulas respectivas,
que foram oferecidas, o mais rapidamente possível. Uma outra cópia das
mesmas anotações deverá ser conservada na Secretaria da Paróquia em Livro
Próprio. As anotações devem conter: Nome do crismado, data de nascimento
do crismado, data de Batismo do crismado, filiação do crismado, padrinho ou
madrinha do crismado, data da Crisma e Celebrante da mesma(Cân. 895);
8.5. É necessário que haja um acompanhamento aos novos crismados, através
de contatos periódicos, ajudando-os na sua vivência cristã e propiciando-lhes
ocasião de viver a sua vocação e missão no apostolado, segundo o carisma de
cada um deles;
8.6. Para provar a recepção do Batismo, se não advém prejuízo para ninguém,
é suficiente a declaração de uma só testemunha, acima de qualquer suspeita
,ou o juramento do próprio batizado, se tiver recebido o Batismo em idade
68

adulta (Cân. 876), para assim poder receber a Crisma. Se persistir dúvida real
sobre o Batismo, batize-se sob condição;
8.7. Depois dos 15 anos de idade, a pessoa que não tiver sido ainda admitida
ao Batismo ou à Eucaristia deverá se inscrever na caminhada da Iniciação
Cristã de Adultos;
8.8. Para os jovens que ainda não iniciaram a vida eucarística, deve haver uma
preparação complementar de, no mínimo, 16 encontros, referentes ao sentido e
importância da Eucaristia. Trata-se de uma situação atípica que não deve ser
incentivada, pois o ideal é que a criança seja preparada para receber a
Eucaristia no devido tempo;
8.9. Em todas as Paróquias, procurem-se os meios para uma catequese
eficiente das pessoas com deficiência e que exigem cuidados especiais. Cuide-
se de integrá-las nos grupos normais de catequizandos, de modo que não se
sintam diferentes. Para surdos deve haver catequistas que se comuniquem por
LIBRAS;
8.10. Pessoas com maior dificuldade de aprendizagem (síndrome de Down, por
exemplo) merecem uma atenção toda especial. Na medida em que forem
capazes de entendimento suficiente devem e têm o direito de ser preparadas
para a Primeira Comunhão Eucarística com as limitações de cada caso.
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1ª FASE DA CRISMA
(PERSEVERANÇA)
(12 anos)

Objetivo: Levar os catequizandos dessa fase a ter uma vivência


comunitária e sacramental, aprendendo, assim, a conhecer os diversos
trabalhos das pastorais e movimentos de sua comunidade. Encorajar esses
jovens a participar em ativamente da liturgia, como na acolhida, nas leituras
etc., e interagir com a vida da comunidade. Fazer retiros, encontros de
convivência e passeios de interação. É importante nesta fase utilizar bastante
as dinâmicas de grupo e dar abertura para que os adolescentes exprimam suas
ideias, para que os encontros sejam atrativos e agradáveis. Poderia também
haver uma interação de todo o grupo no mundo virtual, como em um grupo de
email, MSN, Twitter ou Facebook.
A catequese dessa fase pode ser organizada nos moldes de um
“grupão” de jovens. Por isso, seria muito interessante se as diversas turmas da
fase anterior se unissem em um único grupo, ou no máximo dois, de acordo
com a realidade.
Os temas a ser tratados são ligados especificamente a esta fase e
sempre despertam reflexão e debate. Daí a importância de serem ministrados
por catequistas que possuam carisma de trabalhar com adolescentes e sejam
dinâmicos e alegres.
Como são 35 Encontros durante o ciclo anual, seguem abaixo os temas
que devem ser abordados:
1. Cultura atual: individualismo, subjetivismo e o relativismo (CIC 2525-2527);
2. Abordar o tema da cidadania (CIC 1877-1889) - respeito e tolerância;
3. O bem comum (CIC 1906-1917);
4. A violência e a discriminação (CIC 1931-1940);
5. O problema das drogas (CIC 2211);
6. A Doutrina Social da Igreja (CIC 2419-2442);
7. O amor aos pobres (CIC 2443-2449);
8. Justiça social (CIC 1928-1942);
70

9. Relacionamento humano:
a) Relacionamento consigo próprio (autoconhecimento);
b) Aceitar e trabalhar nossos sentimentos;
c) Relacionamento familiar;
d) Relacionamento com os amigos.
10. A consciência moral (CIC 1776-1794):
a) A função da consciência moral;
b) O que é a consciência moral? ;
c) Consciência à luz da caridade cristã (1Cor 8,4-13).
11. Liberdade do homem (CIC 1730-1742);
12. Responsabilidade de nossos atos (1Sm 16,7);
13. O que é a verdadeira liberdade? (Jo 8,34);
14. Deus criou-nos para amar e ser amados;
15. Como posso trabalhar as emoções e os sentimentos (Pr 24,10; Fl 4,8);
16. Sexualidade humana (CIC 2337- 2391);
17. A beleza da sexualidade humana. Valores femininos e masculinos
impressos no ser humano pelo criador;
18. Pecados contra a castidade (CIC 2351-2359);
19. Namoro um tempo de conhecimento (CIC 2520);
20. Casamento e realização humana (CIC 1603-1608);
21. Ofensas ao Matrimônio (CIC 2380-2391) (Mt 19,3-9);
22. O pecado do aborto (CIC 2270-2275) (Didaqué 2,2);
23. O suicídio (CIC 2280 a 2283);
24. A prática da eutanásia (CIC 2276-2279);
25. O respeito à saúde (CIC 2288-2291);
26. Vida de Oração (CIC 2558-2751):
a) Jesus, Homem de profunda oração (Lc 5,15-16; Jo 17,1-26);
b) O que é oração? ;
c) As três parábolas que Jesus ensinou sobre a oração:
• O amigo que acaba cedendo (Lc 11,5-8);
• O juiz que é importunado (Lc 18,1-8);
• O fariseu e o cobrador de impostos (Lc 18,9-14).
27. Vocação (Ef 1,3-14):
a) Vocação à santidade (Lv 19,2; Mt 5,48);
71

b) A vocação humana - profissão;


c) A vocação para servir a Jesus.
28. A vida em comunidade. As primeiras comunidades (At 2,42- 47; At 4,32-35)
29. A importância da vida em comunidade (Jo 10,11). Compromisso eclesial;
30. As pastorais e os movimentos de Igreja (1Cor 12,4-7);
31. A liturgia da Igreja (CIC 1136-1186);
32. A missão de Jesus Cristo (Lc 4,14-21);
33. Todo batizado é um missionário (At 1,7-8);
34. Uma Igreja toda missionária e evangelizadora (Mt 28,19-20);
35. Discípulos e missionários de Jesus Cristo (1Cor 9,16) (Mt 7,21) (DA 386).

Pedagogia e metodologia
Material a ser utilizado: caderno, Bíblia Sagrada e Catecismo da Igreja
Católica.
Interagir na medida do possível o grupo catequético com o grupo de
jovens e adolescentes da Comunidade. O próprio grupo catequético pode ser
organizado nos moldes de um grupo de jovens. Caso o número de
catequizandos seja muito grande, poderão ser feitos até dois grupos. Creio que
seja improdutivo fazer, nesta fase, pequenos grupos, pois os adolescentes
gostam de fazer parte de um “grupo de pertença”, com que eles possam se
identificar. Creio que um grupo muito pequeno poderia também causar
constrangimento na participação dos adolescentes em alguns temas.
Inseri-los na Missa, em alguma pastoral, como canto, liturgia, acolhida,
alfaias, leitores etc. Chamar a alguns encontros catequéticos algumas pastorais
e movimentos para explicarem seu trabalho na comunidade.
Fazer atividades fora da Igreja, por exemplo, visitas a hospitais, asilos
etc. Sugiro sempre iniciar a catequese diante de Jesus Sacramentado na
Capela. Fazer também retiros, encontros de convivência e passeios de
interação entre os adolescentes.
Importante nesta fase é utilizar muita dinâmica, para que os encontros
sejam atrativos e agradáveis.
Utilizar o material da Biblioteca Catequética.
72

Psicopedagogia dessa idade (12 anos)


Nesta fase, os catequizandos estão em plena adolescência e, por isso,
não gostam de ser tratados de forma infantil. Daí a necessidade de orientação
pedagógica para que os catequistas saibam atingir bem essa faixa etária. O
catequista precisa ser bem amigo dos adolescentes e ter a linguagem deles,
numa verdadeira inculturação, quer de palavras, quer de atos.
Nesta fase a descoberta da sexualidade está muito presente na vida dos
adolescentes. Justamente por isso é que colocamos vários temas sobre
sexualidade, afetividade e genitalidade. O catequizando tem que ter uma boa
formação da moral católica, mas deve-se tomar cuidado em não ter um
discurso moralista, pois isso traria sentimento de culpa na sexualidade.
O adolescente gosta muito de “curtir” suas amizades, então podemos
aproveitar essa característica da idade para formar uma comunidade fraterna
de jovens.
Na adolescência, os jovens começam a querer descobrir quem
realmente são e que opções desejam fazer, portanto, é natural a rebeldia ou a
teimosia e até uma certa chatice nessa fase. O catequista tem que ter
percepção dessa realidade psicológica de seus catequizandos.
73

2ª FASE DA CRISMA
(13 anos)

Objetivo: Trazer para a catequese a realidade do adolescente no


mundo de hoje e orientá-lo para o verdadeiro sentido da vida. São inúmeras as
seduções apresentadas a nossos jovens pelo mundo moderno, portanto, o
grande desafio do catequista é levar o jovem a refletir que somente em Jesus
Cristo ele encontrará alegria plena e profunda realização humana.
Outra tarefa a ser desempenhada nesse processo será a de levar os
jovens a entrar no grupo de adolescentes da comunidade e despertar neles o
gosto por participar de alguma pastoral ou movimento.
Nesta fase, vão ser ensinadas ao catequizando noções mais dogmáticas
da fé católica, a saber: Eclesiologia (Igreja), Sacramentologia (7 sacramentos),
Escatologia (vida pós-morte), Santíssima Trindade e Angeologia (Anjos). O
estudo da Sagrada Escritura foi passado no início da 1 a fase da Eucaristia,
quando eles tinham 9 anos. Como já se passaram quatro anos e agora estão
mais maduros na fé, é necessário dar novamente esse tema, de forma mais
sistematizada, para que possam ter um profundo amor e conhecimento da
Palavra de Deus.
Como são 35 Encontros durante o ciclo anual, seguem abaixo os temas
que devem ser abordados:
1. Quem é Deus? (CIC 200-274);
2. A Sagrada Escritura:
a) A Bíblia é inspirada por Deus (2Pd 1,20-21 e 2Tm 3,14-17);
b) Deus é o autor da Sagrada Escritura (1Tm 6,14; Tt 2,13);
c) O Antigo Testamento e o Novo Testamento (1Cor 10,11; Pd 1,10; Hb 1,2);
d) Em que língua foi escrita a Bíblia (Antigo Testamento em hebraico e em
grego no Novo Testamento);
e) O Papa e os bispos são os intérpretes da Sagrada Escritura (2Pd 1,20).
3. A Igreja comunidade de irmãos (CIC 751-865 / At 19,39; Ef 5,25-32);
4. Símbolos bíblicos da Igreja (CIC 753-757);
5. O nascimento da Igreja (CIC 758-769 / At 2,1-13);
6. Jesus Cristo quis e fundou a Igreja (Mt 16,13-19; Ef 5,25-32);
74

7. A verdadeira Igreja de Cristo é una, santa, católica e apostólica (CIC 811-


848);
8. A Missão da Igreja (CIC 849-856 / Mt 28,18-20);
9. A Igreja e o Reino de Deus (Mt 13,31-32);
10. O que são os Sacramentos (CIC 1114-1130);
11. O Sacramento do Batismo (CIC 1213-1274);
12. O sacramento da Crisma ou Confirmação (CIC 1285-1314);
13. O sacramento da Eucaristia (CIC1322-1405);
14. O Sacramento da Penitência (CIC 1422-1484);
15. O Sacramento da Unção dos Enfermos (CIC 1499-1525);
16. O Sacramento da Ordem (CIC 1536-1589);
17. Sacramento do Matrimônio (CIC 1601-1658);
18. Os sacramentais (CIC 1667-1676);
19. Santíssima Trindade (CIC 232-260);
20. A vida após a morte. Corpo e a alma estão unidos em nós (CIC 365-366);
21. O que é a morte (CIC 1005-1014);
22. Juízo particular (CIC 1021-1022);
23. Céu (CIC 1023-1029);
24. Purgatório (CIC 1030-1031);
25. Inferno (CIC 1033-1037);
26. Juízo Final e a ressurreição da carne (CIC 1038-1041);
27. A prática do ocultismo entre os jovens (CIC 2116-2117);
28. Os Santos Anjos (CIC 328-336);
29. Satanás e os Anjos decaídos (CIC 391-395 e 2850-2854);
30. As Indulgências (CIC 1471-1479);
31. A comunhão dos Santos (CIC 946-959);
32. A Irreligião (CIC 2118-2121);
33. O Ateísmo (CIC 2123-2126);
34. O agnosticismo (CIC 2127-2128);
35. A Idolatria (CIC 2129-2132);
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Pedagogia e metodologia
Material a ser utilizado: caderno, Bíblia Sagrada, Catecismo da Igreja
Católica.
Interagir os catequizandos com o grupo de adolescentes ou de jovens da
comunidade. Promover atividades fora da Igreja, como visitas a hospitais,
asilos etc. Inserir o catequizandos nas Missas em alguma pastoral litúrgica,
como canto, acólitos, acolhida, leitores etc.
Seria muito interessante passar os vídeos com as histórias de santos da
nossa Igreja. Nos temas mais polêmicos, provocar debates, pois é importante
que o adolescente discuta o assunto de forma participativa. Chamar em alguns
encontros pessoas capacitadas para falar de temas delicados, como sexo e
drogas.
Sempre iniciar a catequese diante de Jesus Sacramentado na Capela.

Psicopedagogia dessa idade (13 anos a 14 anos)


É importante nessa fase utilizar bastante dinâmica de grupo e dar
abertura a que os adolescentes exprimam suas ideias, para que os encontros
sejam atrativos e agradáveis.
Nessa fase os catequizandos estão em plena adolescência, por isso,
não gostam de ser tratados de forma infantil. Daí a necessidade de orientação
pedagógica para que os catequistas saibam atingir bem essa faixa etária.
O catequista dessa fase precisa ser uma pessoa que tenha carisma de
lidar com adolescentes, tendo também uma linguagem própria para que a
mensagem do Evangelho atinja mais eficazmente seus corações.
O adolescente tem muito forte o sentimento de pertença a um grupo,
isso ocorre por ele estar procurando construir o “seu eu”. Portanto, é uma
grande oportunidade para que “o grupo de iguais” seja o grupo catequético.
Para isso, deve-se evitar uma catequese que se assemelhe a uma sala de
aula, o grupo é chamado a ser uma pequena comunidade fraterna. Então, que
o catequista motive o grupo a desenvolver atividades extraeclesiais para que
os laços entre eles se aprofundem. Isto pode ser feito com uma ida ao cinema,
a barzinhos, a uma chácara etc. Poderia também haver uma interação de todo
o grupo no mundo virtual, como em um grupo de email, MSN ou Facebook.
76

Na adolescência, como já foi dito acima, os jovens começam a querer


descobrir quem realmente são e que opções desejam fazer. Portanto, é natural
a rebeldia ou a teimosia e até certa “chatice” nessa faixa etária. O catequista
tem que ter percepção dessa realidade psicológica de seus catequizandos.
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3ª FASE DA CRISMA
(14 anos)

Objetivo: Nesta última fase da Crisma, o catequista terá como grande


missão trabalhar a doutrina sobre o Espírito Santo e Sua ação na Igreja e no
mundo. Com aprofundamento doutrinário e vivencial, o catequista deverá
orientar o catequizando a fazer uma opção definitiva por Jesus Cristo e por Sua
Igreja, tornando-o, assim, um discípulo missionário do Evangelho. O catequista
trabalhará com seus catequizandos as virtudes cardeais e teologais e receberá
instrução apologética, ou seja, instrução de defesa de sua fé. Será, também, de
grande proveito, trabalhar e celebrar todo o ano litúrgico durante todo processo
catequético, aprofundando, assim, nos catequizandos, sua experiência
litúrgico-comunitária na vida da Igreja.
Como são 35 Encontros durante o ciclo anual, seguem abaixo os temas
que devem ser abordados:

1. O amor de Deus (CIC 218-221):


a) Pessoal: Ele conhece-nos pelo nome (Is 43,1-4);
b) Eterno: Ele nunca nos deixará de amar (Jer 31,3);
c) Incondicional: Ele não coloca condições para amar-nos (1Jo 4,19).
2. O Mistério da Criação (CIC 279-301);
3. A criação pode ser entendida pela razão (Rm 1,20);
4. Por que Deus criou o mundo?
a) Deus cria por sabedoria e por amor;
b) Deus cria “do nada”;
c) Deus cria um mundo ordenado e bom;
d) Deus mantém e sustenta a criação;
e) A Criação é obra da Santíssima Trindade (Gn 1,1).
3. O pecado original(CIC 379-400 / Gn 3,1-24);
4. Os dez mandamentos da Lei de Deus (CIC 2052-2074);
5. A salvação (CIC 2011). Jesus Cristo nos salvou:
a) Por Sua encarnação(CIC 456-457 / Lc 1,26-38; Jo 1,1-14);
b) Por Sua paixão e morte na Cruz (CIC 599-618);
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c) Por Sua ressurreição(CIC 638-655).


6. Fé e Conversão - Aceitar Jesus (Mt 4,17; Mc 1,15-17; At 2,38-40):
a) Coragem de abandonar o homem velho(Ef 4,17-32);
b) Sair das trevas para a luz (Ef 5,8-14);
c) Reconhecer-se pecador e pedir perdão aos pés da Cruz (1Jo 1,8-10);
d) Aceitar Jesus como único Senhor e Salvador(Rm 3,23; Rm 10,9-13).
7. O Espírito Santo(CIC 687-741);
8. A promessa do Espírito Santo no Antigo Testamento (CIC 702 / Jl 3,1-5);
9. Quem é o Espírito Santo? Terceira Pessoa da Trindade;
10.Os símbolos do Espírito Santo na Sagrada Escritura;
11. Jesus promete o Espírito Santo (CIC 728-729);
12. Pentecostes - cumprimento da Promessa(At 2,1-4);
13. Como se relacionam as missões de Cristo e do Espírito Santo?(CIC 689-
690);
14.O Espírito Santo convence-nos do pecado (Jo 16,8);
15. O Espírito Santo santificador (2Ts 2,13; Lv 11,44);
16. O Espírito Santo faz-nos descobrir Jesus como único Senhor (1Cor 12,3; Jo
15,26);
17. Os frutos do Espírito Santo (Gl 5,16-25);
18. O Espírito Santo, alma da Igreja;
19. Atos dos Apóstolos – O Evangelho do Espírito Santo(At 2,1-41 / At 1,8);
20. O Espírito Santo e a Igreja (1Cor 12,4-6);
21. Os dons do Espírito Santo (CIC 1830-1831);
22. Os dons naturais, talentos humanos;
23. Os sete dons de santidade;
24. Os dons carismáticos e extraordinários (CIC 799-801 / 1Cor 12,7-11);
25. Virtudes (CIC 1803-1829);
26. Virtudes cardeais;
27. Virtudes teologais (1Cor 13,1-13);
28. O Sacramento da Santíssima Eucaristia (CIC 1322-1405):
a) O que é Eucaristia (Concílio Vaticano II, na SC n. 47);
b) O significado do pão e do vinho (Ex 16);
c) Promessa da Eucaristia (Jo 6,30-66).
29. A instituição da Eucaristia na Última Ceia (Lc 22,7-23);
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30. A presença real de Jesus na Santíssima Eucaristia (CIC 1335);


31. Liturgia - Ano Litúrgico e a Missa parte por parte:
a) Ritos iniciais;
b) Liturgia da Palavra;
c) Liturgia Eucarística;
d) Ritos finais.
32. O Sacramento da Crisma (CIC 1285-1314);
33. Como é celebrado o Sacramento da Crisma (Rito);
34. Os efeitos e frutos da Confirmação;
35. Encontro com o Pároco.

Pedagogia e metodologia
Material a ser utilizado: caderno, Bíblia Sagrada e o Catecismo da Igreja
Católica.
Como é nessa fase que os catequizandos receberão o sacramento da
Crisma, o catequista terá o desafio, juntamente com o sacerdote, de criar,
durante o processo catequético, um grupo de jovens, caso este ainda não
exista na comunidade, com aqueles que receberão a Crisma. O próprio
encontro catequético deverá ser realizado como um grupo de jovens. Se isto
ocorrer, os crismandos não desaparecerão da comunidade após a recepção do
sacramento.
Deve-se incentivar os catequizandos a fazer retiros ao longo do ano em
diversos movimentos com perfil querigmático: Emaús, Experiência de Oração,
Retiro dos Focolares etc.
Os jovens, nessa etapa, gostam muito de se sentir valorizados. Então,
para que a participação na celebração eucarística seja mais frutuosa, a
catequese deve procurar inseri-los em alguma pastoral litúrgica, como canto,
acólitos, leitores, acolhida etc.
Seria muito interessante passar os vídeos do Encontro Mundial do Papa
com a Juventude, de forma alternada, ao longo do ano catequético, mostrando
assim toda a jovialidade da Igreja Católica.
Deve haver uma boa preparação para a celebração do Sacramento da
Crisma, seja com um bom retiro querigmático, ou também, com uma boa
confissão.
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Sempre iniciar a catequese diante de Jesus Sacramentado na Capela do


Santíssimo Sacramento, com uso de violão e orações, que proporcionem ao
catequizando a experiência de Deus.
Utilizar material da Biblioteca Catequética.

Psicopedagogia dessa idade (14 anos a 15 anos)


É importante, nesta fase, utilizar dinâmicas de grupo e dar abertura a
que os adolescentes exprimam suas ideias, para que os encontros sejam
atrativos e agradáveis.
Nesta fase, os catequizandos estão começando a sair da adolescência e
dando os primeiros passos rumo à juventude. Portanto, o catequista desta
etapa precisa ser uma pessoa que tenha carisma para lidar com adolescentes,
tendo também uma linguagem própria, para que a mensagem do Evangelho
atinja mais eficazmente seus corações.
Os jovens gostam muito de sair e de fazer passeios. A catequese
poderia motivá-los a organizarem-se para essas atividades, criando assim
laços mais profundos entre seus membros. Poderia, também, haver uma
interação de todo o grupo no mundo virtual, como em um grupo de e-mail, MSN
ou Facebook.
81

CATEQUESE DE ADULTOS
Catecumenato

1. Introdução
1.1. As Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil estão a pedir um
renovado empenho, no sentido de retomar a iniciação à vida cristã, tendo no
querigma seu fio condutor, para introduzir os fiéis na plena vivência do mistério
cristão, pela participação na liturgia e pela integração plena na vida da Igreja;
1.2. Resgatar, a partir do RICA, o que era considerado fundamental no
catecumenato da Igreja primitiva: a interação fé e vida, a partir de uma
formação que consiste na instrução e no aprofundamento doutrinal
(catequese), unida à experiência litúrgica, a partir da vivência dos tempos e
processos da Iniciação Cristã: Pré-Catecumenato (querigma), Catecumenato
(catequese), Iluminação e Purificação (Domingos da Quaresma), celebração
dos Sacramentos e Mistagogia;
1.3. O Querigma é o tempo da evangelização em que, com firmeza, vigor e
confiança se anuncia a Pessoa de Jesus Cristo, Redentor e Salvador da
humanidade, do Reino e da Igreja. Este anúncio, guiado pela Palavra de Deus,
faz aderir Jesus Cristo como seu único Senhor e Salvador, levando “à
conversão, ao seguimento em uma comunidade eclesial e a um
amadurecimento de fé na prática dos sacramentos, do serviço e da missão”
(DAp, n. 289). Anúncio da Pessoa de Jesus Cristo a partir do Evangelho;
1.4. A catequese com adultos deve levar seus catequizandos ao encontro com
o Senhor. Também é necessário recuperar a experiência da Igreja dos
primeiros séculos e o RICA é a fonte mais apropriada para essa releitura
catequética: “o catecumenato é o tempo da evangelização em que, com
firmeza e confiança se anuncia o Deus vivo em Jesus Cristo, enviado por Ele
para a salvação de todos, a fim de que os não cristãos, cujo coração é aberto
pelo Espírito Santo, creiam e se convertam livremente ao Senhor, aderindo,
lealmente, àquele que, sendo o caminho, a verdade e a vida, satisfaz e até
supera infinitamente a todas as suas expectativas espirituais” (RICA, n. 9);
1.5. Objetivo Geral da Catequese de Adultos na Arquidiocese de Sorocaba:
82

Tornar a Igreja Particular de Sorocaba: “Casa da Iniciação à Vida Cristã”, a fim


de que, a partir do encontro pessoal e profundo com Jesus Cristo, nossas
comunidades acolham e acompanhem os que desejam percorrer o itinerário
permanente de sua formação cristã: o querigma, a conversão, o discipulado, a
comunhão e a missão (DAp, n. 278).

2. Proposta de Metas na Catequese de Adultos na Arquidiocese de


Sorocaba
2.1. Iniciar um processo de iniciação na vida cristã dos não batizados e dos
batizados, mas não evangelizados, a partir de uma catequese com inspiração
catecumenal (DAp, n 286-294);
2.2. Realizar a catequese, no processo da iniciação à vida cristã, adotando a
inspiração catecumenal do Ritual da Iniciação Cristã de Adultos (RICA);
2.3. Suscitar uma conversão pastoral e a renovação missionária das
comunidades (DAp, n. 365-372);
2.4. Formar os catequistas e os agentes evangelizadores de nossa
Arquidiocese como discípulos missionários de Jesus Cristo;
2.5. Integrar a liturgia, a vida comunitária e a prática da caridade nesta
formação catecumenal integral.
Porém, para chegar a ser discípulo missionário de Jesus Cristo, o iniciado
precisa passar por todas as etapas da Iniciação Cristã, que o farão apto para
anunciar ao mundo que n’Ele todos tenham vida “e a tenham em abundância”
(Jo 10,10). Estas etapas encontram-se presentes no Documento de Aparecida
(n. 278), quando os Bispos tratam dos aspectos do processo de formação dos
discípulos missionários, destacando cinco aspectos essenciais:
2.5.1.O Encontro com Jesus Cristo, que no querigma (o primeiro e
decisivo anúncio da Pessoa de Jesus Cristo) manifesta a sua força, já
que só a partir desse anúncio explícito e transformador de Jesus Vivo e
Ressuscitado acontece a possibilidade de uma iniciação cristã
verdadeira (DAp, n. 279; EG, n 164); “O encontro pessoal com o amor
de Jesus que nos salva” (EG, n 264);
2.5.2. A Conversão, como resposta inicial de quem escutou o Senhor e
está decidido a ir após Ele, transformando a sua forma de pensar e
viver;
83

2.5.3. O Discipulado, que visa ao seguimento a Jesus Cristo e


amadurece essa vivência por uma catequese permanente e uma
inserção na vida sacramental, permitindo que os discípulos missionários
perseverem na vida cristã;
2.5.4. A Comunhão entre os discípulos missionários de Jesus Cristo, já
que não existe vida em Cristo fora da comunidade;
2.5.5. A Missão, pois quanto mais se conhece e ama o Senhor mais se
sente necessidade de compartilhá-lo com os outros que ainda não
experimentaram este encontro vivificante com o Senhor (EG.n. 271).

3. Valorização do Ritual da Iniciação Cristã de Adultos (RICA)


Resgatar, a partir do RICA, o que era considerado fundamental no
catecumenato da Igreja primitiva: a interação fé e vida, a partir de uma
formação que consiste na instrução e no aprofundamento doutrinal
(catequese), unida à experiência litúrgica, a partir da vivência dos tempos e
processos da Iniciação Cristã: querigma, catecumenato (catequese),
iluminação e purificação (Domingos da Quaresma), celebração dos
Sacramentos e sua Mistagogia.
1) QUERIGMA: é o tempo da evangelização em que, com firmeza, vigor e
confiança se anuncia a Pessoa de Jesus Cristo, Redentor e Salvador da
humanidade, do Reino e da Igreja. Este anúncio, guiado pela Palavra de Deus,
faz experimentar Jesus Cristo “como plenitude da humanidade”, levando “à
conversão, ao seguimento em uma comunidade eclesial e a um
amadurecimento de fé na prática dos sacramentos, do serviço e da missão”
(DAp, n. 289). Anúncio da Pessoa de Jesus Cristo a partir do Evangelho;
2) CATEQUESE: é o tempo da educação da fé dos catequizandos, que
compreende a transmissão e o aprofundamento da doutrina cristã, dados em
geral de maneira orgânica e sistemática, a fim de iniciá-los na plenitude da vida
cristã. É a explicitação da fé cristã suscitada pelo Querigma. Formação
sistemática e completa da fé;
3) PURIFICAÇÃO E ILUMINAÇÃO: “O tempo da purificação e iluminação dos
catecúmenos é, normalmente, a Quaresma. De fato, na liturgia e na catequese,
pela comemoração ou pela preparação do Batismo e pela Penitência, a
Quaresma renova a comunidade dos fiéis juntamente com os catecúmenos e
84

os dispõe para a celebração do mistério pascal, ao qual os sacramentos da


iniciação associam cada um” (RICA, n. 21, p. 23). É um tempo “consagrado a
preparar mais intensamente o espírito e o coração” (n. 22, p. 23). Preparação
mais intensa para a festa da Páscoa e para a vivência da novidade da vida
cristã;
4) CELEBRAÇÃO DOS SACRAMENTOS E SUA MISTAGOGIA
Tempo em que o catequizando através da:
• meditação do Evangelho;
• pela participação da Eucaristia;
• e pela prática da caridade, vai progredindo no conhecimento mais profundo
do mistério pascal e na sua vivência cada vez maior (cf. RICA, n. 37, p. 26).
“Introdução” no significado dos ritos e sinais litúrgicos, visando uma
maior comunhão com Deus e com a comunidade eclesial (cf. EG, n. 166;
DGAE, n. 41);

4. Requisitos para participar da catequese de adultos


4.1. Para se inscrever na catequese catecumenal de adultos, o jovem deverá
ter 16 anos completos, para o Pré Catecumenato (Retiros e vivência
querigmáticas) e 17 anos completos, para o Catecumenato, a partir da data de
início dos encontros, sem limite de idade e escolaridade mínima;
4.2. As pessoas de segunda união ou que não estão casadas deverão ser
acolhidas com amor, mas não poderão receber os sacramentos da Eucaristia e
da Crisma;
4.3. Para evitar futuros constrangimentos, no início da catequese de adultos, é
tarefa informar os catequizandos, em carta, os critérios que devem atender
para receber os Sacramentos da Eucaristia e Crisma, bem como os critérios
para a escolha de padrinhos. O batismo está fora desse critério, baseado no
critério paulino;
4.4. Lembre-se que somente é possível aceitar inscrições até o 2º Encontro de
catequese;
85

5. Os documentos para inscrição


Os documentos para inscrição são: 1 foto 3x4, Cópia da RG, Certidão de
Nascimento, Xerox do Comprovante de Batismo (se não for catecúmeno),
Xerox do Comprovante de 1ª Eucaristia (caso o preparo seja somente para ser
crismado).

6. Padrinhos de adultos
6.1. Para ser padrinho de um adulto, requerem-se 16 anos completos, ser
crismado, ter vida espiritual ativa; se casado, a pessoa deve ter sido casada no
religioso também;
6.2. Não convém que marido seja padrinho da mulher ou vice-versa;
6.3. Também, não convém que o pai ou mãe seja padrinho ou madrinha do
filho(a), nem tampouco namorados e noivos;
6.4. O CDC dispõe que seria ideal que o padrinho de Batismo fosse o mesmo
da Crisma, porém não obriga.

7. Frequência e avaliação dos catequizandos


7.1. Para receber os sacramentos, o catequizando não poderá ter mais que 05
(cinco) faltas s/justificativas, durante todo o período de preparação, contando,
inclusive, os retiros que forem programados pela Pastoral Catequética.
7.2. Escrutínio: O adolescente, antes de ser crismado, deverá demonstrar
crescimento espiritual e maturidade para receber os sacramentos, além de
declarar sua vontade com gestos e atitudes cristãs concretas. Para tanto, o
catequista deverá contar - para auxiliar nesta função de avaliar o catequizando
- com os introdutores, que irão à última reunião, que antecede o período de
purificação e iluminação, declarar o comprometimento e amadurecimento do
catequizando, através de entrevista individual.

8. Ritos e Sinais litúrgicos


8.1. Durante o tempo do catecumenato (Catequese), o RICA prevê algumas
entregas de símbolos:
- NA ADESÃO (passagem do pré-catecumenato ao catecumenato): entrega da
Palavra (Bíblia). No rito da acolhida (descrito também no RICA), pode ser
entregue uma cruz ao candidatos;
86

- NO CATECUMENATO: entrega do SÍMBOLO (Credo), entrega da ORAÇÃO


DO SENHOR (Pai Nosso), precedidos de uma catequese adequada sobre isso.
8.2. Existem vários RITOS que podem ser feitos: Rito do Éfeta, Rito da Unção,
Exorcismos (orações), Bênçãos, rito penitencial, Escrutínios (são feitos três a
partir do 3º domingo da Quaresma);
8.3.Vale uma orientação para que todos procurem o RICA para conhecer a
beleza dos ritos de iniciação cristã de nossa Igreja. Lembrando sempre que o
RICA é um Livro Litúrgico de apoio à catequese de Iniciação à Vida Cristã, com
orientações preciosas de catequese, mas não disciplina o que é a catequese. E
não se pode seguir um "ritual" sem que se faça catequese antes, nem se pode
"inventar" entregas de símbolos nas Celebrações Eucarísticas;
8.4. A comunidade precisa sentir o quão especial são os ritos e entregas e não
pensar que é um ritualismo desnecessário e "demorado", que algum catequista
"inventou". Infelizmente, muitos fiéis participam da Missa com o tempo
"cronometrado" no relógio. A nós, cabe fazer com que eles se "apaixonem"
pela nossa Igreja e queiram voltar sempre, sem se aborrecerem e se
inquietarem com a demora da celebração.

9. Normas
9.1. Os adultos são os interlocutores primeiros da mensagem cristã. Deles
depende a formação de novas gerações cristãs, através do testemunho na
família, na comunidade, no mundo sócio-político, no exercício da profissão,
através da educação na escola e dos meios de comunicação social. “É na
direção dos adultos que a evangelização e a catequese devem orientar
seus melhores agentes; a família é chamada a dar os primeiros passos na
educação da fé dos filhos; pois os pais são os primeiros catequistas”.
Com os adultos que procuram a catequese para os sacramentos propõe-se a
catequese de iniciação à vida cristã com inspiração catecumenal. Terá a
duração mínima de 9 meses a 1 ano, em que desenvolverá o conteúdo básico
proposto neste Diretório, até a Vigília Pascal;
9.2. A catequese de Adultos deve ter a preparação mínima de 9 meses em
toda a Arquidiocese de Sorocaba. Recomendamos que tenha início após
Pentecostes e se conclua na Vigília Pascal, em que os adultos receberão os
Sacramentos de Iniciação Cristã;
87

9.3. Não podem ser considerados catequese específica para adultos os


conteúdos passados pelos movimentos, grupos de jovens e outros existentes,
embora a formação que oferecem seja de grande importância para a
maturação da fé de seus membros;
9.4. Os encontros semanais devem ser motivadores, levando os catequizandos
a participarem, ativamente, dos mesmos, valorizando-se o debate e o canto,
utilizando-se dos modernos recursos audiovisuais catequéticos, sem esquecer
que o diálogo é a melhor dinâmica da catequese;
9.5. Além dos Encontros semanais de catequese, haja, quando possível,
Retiros de formação e espiritualidade, com perfil querigmático, proporcionando
aos adultos uma experiência pessoal com o Espírito Santo, na vida eclesial;
9.6. Devem ser celebrados Ritos Penitenciais Comunitários bem preparados,
seguindo-se as confissões com o sacerdote, com a respectiva absolvição,
durante a Quaresma. Só estão proibidos de se confessar aqueles que serão
batizados, já que o Batismo é a porta de todos os Sacramentos e perdoa todos
os pecados;
9.7. A catequese rural deve aplicar a metodologia e os conteúdos adequados,
de acordo com a orientação deste Diretório, levando-se em conta a realidade
de cada comunidade.

10. A Celebração
10.1. O presente Diretório pede que todos os adultos recebam os Sacramentos
de Iniciação Cristã na noite da Vigília Pascal;
10.2. Convém que, quando forem numerosos os adultos que receberão os
sacramentos na noite da Vigília Pascal, sejam retiradas algumas leituras desta
noite santa, conforme previstas no Missal Romano;
10.3. Os adultos não devem ser integrados na procissão de entrada e, sim,
estar posicionados em seus lugares. Devidamente preparados. Os que forem
fazer a sua Primeira Comunhão Eucarística, recomenda-se que esta seja
recebida sob as duas espécies;
10.4. Durante a unção com o Óleo do Crisma, os cânticos devem ser
executados, suavemente, em honra ao Espírito Santo, como música de fundo,
pois convém que os adultos ouçam a fórmula da unção. Não utilizar, nesse
88

momento, instrumento de caráter forte, nem instrumento de percussão (bateria,


tambor, etc.);
10.5. Lembranças e/ou certificados não devem ser entregues durante a
Celebração Eucarística. Convidar os adultos para um reencontro com seus
catequistas, no sábado ou domingo seguinte, ocasião em que poderão ser
entregues os Certificados de Batismo e/ou Crisma;
10.6. Os fotógrafos e filmadores sejam, previamente, advertidos, com
delicadeza e firmeza, para que colaborem com a celebração, sem concorrer
para a dispersão da atenção dos adultos e da assembleia. O bom senso
deverá definir os momentos em que tais fotografias poderão ser feitas.

11. Pais e Padrinhos


11.1. Os pais, se ainda vivos, devem ser conscientizados sobre a sua missão e
responsabilidade, no sentido de serem as primeiras testemunhas da fé, da
participação na vida comunitária e do processo de formação de seus próprios
filhos na vida cristã;
11.2. Os padrinhos devem pertencer à Igreja Católica, professar a integridade
da fé e ser capazes e prontos a ajudar o adulto em sua caminhada pela vida
cristã (CIC 1255); devem também ter recebido os sacramentos do Batismo e da
Eucaristia e ter completado 16 (dezesseis) anos de idade. (Cân 874);
11.3. Admita-se apenas um só padrinho ou uma só madrinha (Cân. 892) e de
preferência, o mesmo do Batismo. (Cân 893§ 2);
11.4. Aconselha-se que seja pessoa da própria comunidade, para ter condições
de assumir direta e ativamente a sua missão junto ao afilhado ou afilhada;
11.5. Que não seja pai ou mãe do crismando, esposo ou esposa do
catecúmeno;
11.6. O não católico não pode ser, em nenhuma hipótese, padrinho dos
catecúmenos;
11.7. Os sacerdotes, normalmente, não devem ser padrinhos, a não ser de
parentes próximos (ex: sobrinhos), pois como sacerdotes, são responsáveis
por todos da Comunidade.

12. Outras Normas


89

12.1. Adultos já batizados, que estiveram afastados da vida eclesial, quando


retornam pela confissão sacramental, sejam preparados para a Crisma com o
mesmo cuidado oferecido aos adolescentes. Não sejam crismados,
apressadamente, noivos que se preparam para o matrimônio. É preferível dar o
sacramento da Crisma depois de terem se casado, que Crismar, para só
depois oferecer a catequese Crismal. Compete ao Pároco discernir o melhor
caminho nesse caso;
12.2. Em situações de risco de vida, todos os presbíteros com uso de ordens
no território da Arquidiocese de Sorocaba estão autorizados a administrar o
Sacramento da Crisma;
12.3. No caso de adultos, catecúmenos no sentido estrito, o Pároco, ao batizá-
los, deverá também conferir-lhes a Crisma, o que deve ser feito na celebração
da Vigília Pascal;
12.4. As anotações da Celebração do Sacramento do Batismo e da
Confirmação devem ser enviadas à Cúria Arquidiocesana, o mais rapidamente
possível. Outra cópia dessas anotações deverá ser conservada na Secretaria
da Paróquia, em Livro Próprio, para cada Sacramento. Os registros devem
conter: Nome; data de nascimento; data de batismo do crismando, se não for
catecúmeno; filiação; nome do padrinho ou madrinha do batizado e do crisma,
data e nome do Celebrante (Cân. 895);
12.5. É necessário que haja um acompanhamento aos novos cristãos, por meio
de contatos periódicos, ajudando-os na sua vivência cristã e propiciando-lhes
ocasião de viver a sua vocação e missão no apostolado, segundo o carisma de
cada um deles;
12.6. Para provar a recepção do Batismo, se não advém prejuízo para
ninguém, é suficiente a declaração de uma só testemunha, acima de qualquer
suspeita, ou o juramento do próprio batizado, se tiver recebido o Batismo em
idade adulta (Cân. 876), para assim poder receber a Crisma. Se persistir
dúvida real sobre o Batismo, batize-se sob condição;
12.7. Em todas as Paróquias, procurem-se os meios para uma catequese
eficiente das pessoas com deficiência e que exigem cuidados especiais. Cuide-
se de integrá-las nos grupos normais de catequizandos, de modo que não se
sintam diferentes. Para surdos deve haver catequistas que se comuniquem por
LIBRAS;
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12.8. Pessoas com maior dificuldade de aprendizagem (síndrome de Down, por


exemplo) merecem uma atenção toda especial. Na medida em que forem
capazes de entendimento suficiente, devem e têm o direito de ser preparados
para a Primeira Comunhão Eucarística com as limitações de cada caso;
12.9. O presente Diretório sugere um Retiro anual com todos os adultos da
Catequese de nossa Arquidiocese de Sorocaba, no tempo da Quaresma e com
a presença do Arcebispo Metropolitano;
12.10. O Diretório prevê exceções para uma catequese de adultos mais rápida
ou diferenciada, no caso de idosos, doentes ou portadores de deficiência. Essa
exceção não se encaixa para aqueles que pretendem se casar e precisam de
um dos sacramentos, a não ser que os noivos já estejam engajados na
catequese de adultos;
12.11. Os catecúmenos devem ser apresentados no 4º domingo da Quaresma,
para toda a comunidade, na Celebração Eucarística. Também, seria edificante
se dois deles fossem escolhidos para receber das mãos do Arcebispo os
santos óleos na Missa Crismal;
12.12. Caso exista grande diferença de idade entre o grupo da catequese,
recomenda-se que se crie um novo grupo, para um crescimento pedagógico
mais expressivo na catequese;
12.13.Havendo grave necessidade de se realizar o Batismo de um ou mais
adultos fora da Vigília Pascal, o Pároco, deverá pedir autorização ao Arcebispo.
O Batismo deverá ser feito em Missa da comunidade, de modo que todos
participem da plena inserção do catecúmeno na Igreja de Cristo. Neste caso, o
Batismo é sempre realizado pelo sacerdote que, pelo direito, deve também
ministrar a Confirmação e a Eucaristia;
12.14. Se algum adulto, em preparação para a Eucaristia e/ou Crisma, estiver
vivendo, maritalmente, e não estiver casado/a na Igreja, antes se recomende
regularizar a sua situação matrimonial, se não houver impedimentos, mas isto
sem ameaça ou condição para a recepção dos sacramentos, pois neste caso
se poria em jogo a validade do matrimônio.
91
92

CATEQUESE DE ADULTOS
CATECUMENATO

Objetivo: A catequese de adultos é um dos grandes desafios da Igreja


nos dias de hoje. É notável o crescimento do número de adultos que não
receberam os sacramentos de iniciação cristã. Os catequistas que ministram
encontros para a catequese de adultos, devem estudar bastante para transmitir
com segurança a sã doutrina da salvação e proporcionar aos catecúmenos o
encontro pessoal com Cristo. Durante todo o processo de evangelização, os
catequistas devem, também, dar a base do conteúdo da fé católica, pois muitos
adultos desconhecem as coisas mais elementares do Evangelho de Jesus e de
Sua Igreja.
Além da transmissão do “depósito da fé”, os catequistas dessa fase
terão como missão despertar o compromisso dos catecúmenos com o
Evangelho no mundo do trabalho (testemunho), a comunidade eclesial
(participação nas pastorais e movimentos) e a missão (discípulos missionários).
Deve-se evitar qualquer tipo de mentalidade sacramentalista nos
catecúmenos, ou seja, eliminar a ideia de que o importante é receber o
sacramento, como se o Catecumenato fosse um simples cursinho a ser
realizado. Será, também, de grande proveito, trabalhar e celebrar todo o ano
litúrgico com os catecúmenos, em todo o processo catequético.
Quanto ao querigma, este deve permear todo o processo, mas deve ser
dado, especialmente, no retiro que os catecúmenos farão no 5º domingo da
Quaresma. Esse retiro terá, como objetivo maior, proporcionar o encontro
pessoal com Jesus Cristo.
Como são 37 Encontros durante o ciclo anual, seguem abaixo os temas
a serem abordados:
1. Graça original, história das origens(CIC 355-412):
a) Imortalidade: o homem jamais morreria;
b) Impassibilidade: ausência de qualquer tipo de dor e sofrimento;
c) Integridade: estaria livre da tendência ao pecado, ou seja, seus instintos
estavam submissos à razão e à fé;
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d) Ciência moral infusa: conheciam a vontade de Deus e estavam, portanto,


aptos para assumir suas responsabilidades perante o Senhor.
2. O Pecado Original (CIC 386 a 412 / Gn 3,1-24; Rm 5,12);
3. Os Patriarcas:
a) Abraão, homem de fé (Hb 11,8-19);
b) Isaac, filho de Abraão, seu nascimento e sacrifício (Gn 21,1-8; 22,1-19);
c) Os filhos de Isaac, Esaú e Jacó (Gn 25,19-33);
d) A história de José (Gn 37,1-11);
e) A ida de José para o Egito – escravidão, prisão e glória (Gn 37-46).
4. O Êxodo:
a) Os hebreus tornam-se escravos (Ex 1,1-22);
b) Moisés, vida e vocação (Ex 2,1-25; 3,1-6);
c) O povo de Israel sai do Egito (Ex 12,1-28);
d) A passagem pelo Mar Vermelho (Ex 14,1-31);
e) A tentação do Sinai (Ex 32,1-35).
5. A conquista da Terra Prometida (Js 1- 12) e a missão dos juízes na história
de Israel (Js 2,16-19) ;
6. A Monarquia: Saul, Davi, Salomão (1Sm 9,1-27; 2Sm 1,1-27; 5,1-25; 1Rs
1,1-53);
7. Os Profetas (Is 6,1-10):
a) Os profetas antes do exílio (Is 1-36; Jr 1-24; Am 1-9; Os 1-14);
b) O fim do reino de Israel e a ida ao exílio (2Rs 17,13-23);
c) A volta do exílio e a esperança de um Messias (Is 40-55);
d) Os profetas depois do exílio (Is 56-66; Jr 25-52; Ez 1-48).
8. Os dez mandamentos da Lei de Deus (CIC 2052-2074);
9. Os sete pecados capitais (CIC 1866) e os Mandamentos da Igreja (CIC
2041-2043);
10. O sacramento da Penitência ou Reconciliação (CIC 1440-1470);
11.Como fazer uma boa confissão diante do sacerdote e a gravidade dos
pecados (CIC 1854-1863);
12. Deus envia Seu Filho, Jesus Cristo (CIC 456-478):
a) O mistério da encarnação (Jo 1,1-18);
b) Quem é Jesus (Mt 16,13-17);
c) Quem vê o Filho, vê o Pai (Jo 14,8-11);
94

d) Jesus é verdadeiro Deus e verdadeiro Homem.


13. A missão de Jesus Cristo (CIC 535-560) e seu Batismo (Mt 3,13-17);
14. Jesus prega e anuncia o Reino de Deus Mt (4,12-17), cura os doentes
(Mc1,32-39), expulsa os demônios (Mt 8,28-34), amigo dos pobres e excluídos
(Lc 7,18-22);
15. Jesus nos salvou:
a) Por Sua encarnação (CIC 456-457 / Lc 1,26-38; Jo 1,1-14);
b) Por Sua paixão e morte na Cruz (CIC 599-618 / Col 2,8-15);
c) Por Sua ressurreição(CIC 638-655 / 1Cor 15,14).
16. Jesus promete o Espírito Santo (CIC 728-729);
17. Pentecostes: cumprimento da Promessa (At 2,1-4);
18. Quem é o Espírito Santo (CIC 687-741);
19. A obra do Espírito Santo:
a) convence-nos do pecado (Jo 16,8);
b) nos santifica (2Ts 2,13);
c) nos faz descobrir Jesus como único Senhor (1Cor 12,3; Jo 15,26).
20. Os dons do Espírito Santo (CIC 1830-1831);
21. A Igreja: comunidade de irmãos (CIC 751-865 /At 19,39; Ef 5,25-32);
22. Símbolos bíblicos da Igreja (CIC 753-757);
23. Jesus Cristo quis e fundou a Igreja (Mt 16,13-19; Ef 5,25-32). O nascimento
da Igreja (CIC 758-769) (At 2,1-13);
24. A verdadeira Igreja de Cristo é una, santa, católica e apostólica (CIC 811-
848);
25. A Missão da Igreja (CIC 849-856) (Mt 28,18-20);
26. A Sagrada Escritura:
a) a Bíblia é inspirada por Deus (2Pd 1,20-21 e 2Tm 3,14-17);
b) Deus é o autor da Sagrada Escritura (1Tm 6,14; Tt 2,13);
c) O Antigo Testamento e o Novo Testamento (1Cor 10,11; Pd 1,10; Hb 1,2);
d) Em que língua foi escrita a Bíblia (Antigo Testamento em hebraico e, em
grego, no Novo Testamento);
e) O Papa e os bispos são os intérpretes da Sagrada Escritura (2Pd 1,20).
27. O que são os Sacramentos (CIC 1114-1130);
28. O Sacramento do Batismo (CIC 1213-1274);
29. O Sacramento da Crisma ou Confirmação (CIC 1285-1314);
95

30. O Sacramento da Eucaristia que é (CIC1322-1405) e o significado do pão e


do vinho (Ex 16);
31. Promessa da Eucaristia (Jo 6,30-66) e sua instituição na última Ceia (Lc
22,7-23);
32. A presença real de Jesus na Santíssima Eucaristia (CIC 1335);
33. A Santa Missa é um sacrifício (CIC, 1367) e um banquete pascal (CIC
1382);
34. Liturgia – Ano Litúrgico
A Missa parte por parte:
a) Ritos Iniciais;
b) Liturgia da Palavra;
c) Liturgia Eucarística;
d) Ritos finais.
35. Santíssima Trindade (CIC 232-260);
36. Juízo particular (CIC 1021-10037): Céu, Purgatório e Inferno e Juízo
Universal (CIC 1038-1041);
37. Maria, mãe de Jesus e nossa mãe (CIC 487-507 e 963-972).

Pedagogia e metodologia
Material a ser utilizado: caderno, Bíblia Sagrada e Catecismo da Igreja
Católica.
Interagir o grupo de catecúmenos com as diversas pastorais da
comunidade, tendo como objetivo a participação efetiva deles em uma das
pastorais.
Sempre iniciar a catequese diante de Jesus Sacramentado, na Capela
da Adoração Perpétua.
Promover o Retiro Espiritual Querigmático no 5º domingo da Quaresma,
antes da recepção dos sacramentos na Vigília Pascal.
Utilizar material da Biblioteca Catequética.
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NORMAS E ATRIBUIÇÕES DOS CATEQUISTAS


DA ARQUIDIOCESE DE SOROCABA

1. Normas
1.1. O serviço de Coordenar, missão de Pastor que conduz, orienta e encoraja
e que brota da vocação batismal, requer um trabalho em equipe, revestido de
uma mística do Bom Pastor;
1.2. A função da Coordenação não é meramente estratégica, mas possui uma
dimensão teológica, pois a ação evangelizadora visa a unidade da fé (Diretório
Geral para a Catequese, nº 272). “Exercer o ministério da coordenação na
catequese é gerar vida e criar relações fraternas. É promover o
crescimento da pessoa, abrindo espaço para o diálogo, a partilha de vida,
a ajuda aos que necessitam de presença, de incentivo e compreensão.
Esse ministério se alimenta na fonte de espiritualidade que decorre do
seguimento de Jesus Cristo. Não é uma função, mas uma missão que
brota da vocação batismal de servir, de animar, de coordenar.” (Diretório
Nacional de Catequese, nº 355);
1.3. A Coordenação de Catequese deve inspirar-se em Jesus, que não
assumiu a missão sozinho, mas fez-se cercar de um grupo. A exemplo de
Cristo-Pastor, a coordenação “conduz, orienta, encoraja catequistas e
catequizandos para a comunhão e participação, para a solidariedade e para a
transformação da realidade social. Coordenar requer um trabalho em equipe,
pois é um serviço “representativo” da comunidade, dos catequistas e das
famílias. Reveste-se de uma mística do exercício da função de Cristo cabeça
da comunidade, servidor de todos.” (Diretório Nacional de Catequese, nº 354);
1.4. Na Arquidiocese de Sorocaba, a Coordenação Diocesana de Catequese
será composta:
- pelo Senhor Bispo, como responsável por toda a Pastoral da arquidiocese;
- por um padre Coordenador, indicado pela Equipe Arquidiocesana de
Catequese e pelo Arcebispo, podendo este ouvir todo Presbitério;
- por Coordenadores Paroquiais da Catequese, compondo assim a Equipe
Arquidiocesana de Catequese;
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- por uma secretária;


- por um leigo que represente a Catequese na Comissão Arquidiocesana de
Pastoral;
- por um leigo que represente a Catequese da Arquidiocese de Sorocaba na
Província;
- por um leigo responsável pela Catequese Batismal;
- por um leigo responsável pela Catequese de Eucaristia;
- por um leigo responsável pela catequese de Crisma;
- por um leigo responsável pela Catequese de Adultos;
- por um leigo responsável pela Formação de novos catequistas;
- por oito leigos representantes das Regiões e Áreas Pastorais da Arquidiocese
de Sorocaba
1.5. Os Coordenadores das Regiões Pastorais da Pastoral Bíblico-Catequética
serão indicados em reunião dos Conselhos das Regiões, segundo as paróquias
que compõem cada Região Pastoral. Já as demais Coordenações da equipe
Arquidiocesana serão nomeadas pelo Padre Coordenador;
1.6. Tanto o Coordenador Geral, quanto todas as outras coordenações
paroquiais, regionais e setoriais, bem como os ministérios da equipe
Arquidiocesana serão eleitos ou nomeados por um período de 3 anos, podendo
ser reeleitos uma única vez;
1.7. A coordenação de catequese deve procurar ser missionária, inserida na
comunidade, formadora de atitudes evangélicas, comprometida com a
caminhada da catequese e com as linhas orientadoras da Arquidiocese (DNC
315, 316);
1.8. Organização e exercício da responsabilidade: A missão catequética não se
improvisa, mas precisa de uma organização apropriada para responder a
situações e realidades diversificadas das comunidades, onde ela acontece e
ser integrada na pastoral de conjunto, em nível paroquial e arquidiocesano
(DNC 320 e 322);
1.9. Em nível arquidiocesano, a Equipe Arquidiocesana deverá buscar uma
visão clara da realidade da Igreja particular e planejar, com objetivos claros e
ações concretas, integrada com a pastoral de toda Igreja Particular;
1.10. A Coordenação Arquidiocesana deverá:
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a) promover uma aprimorada formação dos catequistas, sobretudo das


coordenações paroquiais, envolvendo-os em jornadas, reuniões, encontros,
escolas catequéticas com maior atenção à formação bíblica, litúrgica,
metodológica e doutrinal;
b) apoiar as coordenações paroquiais e promover intercâmbio com a
coordenação arquidiocesana;
c) Participar de reuniões efetivadas, em nível regional;
d) Utilizar os meios de comunicação e a internet, para possibilitar um
intercâmbio e maior aprofundamento.

2. Das atribuições
2.1. Do Bispo Diocesano:
Os Bispos são “os primeiros responsáveis pela catequese, os catequistas por
excelência” (CT 63 b). Tal responsabilidade implica, entre outras coisas:
- Assegurar à sua Igreja a efetiva prioridade de uma catequese ativa e eficaz,
suscitando e alimentando uma verdadeira paixão pela catequese;
- Empenhar nesta atividade as pessoas, os meios, os instrumentos e, também,
os recursos financeiros necessários;
- Zelar sobre a autenticidade da confissão da fé e sobre a qualidade dos textos
e instrumentos utilizados;
- Empenhar-se na preparação adequada dos catequistas;
- Estabelecer, na Arquidiocese, um projeto global de catequese, articulado e
coerente com a realidade do meio e com as orientações da Conferência
Episcopal;
- Zelar pela formação catequética nos seminários e pela formação permanente
dos presbíteros.

2.2. Do Coordenador Arquidiocesano:


- Ser elemento de ligação com os organismos regionais e nacionais de
catequese;
- Trabalhar em estreita união com o Assessor e os Coordenadores das Regiões
Pastorais e das Paroquiais, para que as orientações das Diretrizes da Pastoral
Bíblico-Catequética sejam postas em prática;
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- Colaborar na integração da Catequese com as demais pastorais


arquidiocesanas;
- Preparar e coordenar as reuniões, os encontros e outras atividades de âmbito
arquidiocesano;
- Contribuir para a elaboração de textos, subsídios, materiais de estudo, para a
formação permanente dos catequistas;
- Criar uma rede de comunicação, facilitando a integração, o intercâmbio e a
troca de experiências com outros responsáveis;
- Conhecer, estudar e divulgar os documentos oficiais sobre a catequese;
- Apoiar e incentivar as coordenações regionais de catequese no exercício de
suas funções.

2.3. Dos Coordenadores de Região Pastoral e coordenações das Fases de


Catequese existentes
- Ser corresponsável pela organização e pela realização da Catequese em sua
região;
- Ser elemento de ligação entre a Coordenação Diocesana e os Coordenadores
Paroquiais, garantindo a articulação das paróquias de cada região com a
Diocese;
- Criar uma rede de comunicação com os coordenadores paroquiais, de modo
que facilite o intercâmbio e a troca de informações;
- Organizar e dirigir as reuniões e encontros regionais, bem como manter um
arquivo de tudo o que for referente à catequese em sua região;
- Estudar e divulgar os documentos oficiais, livros, revistas, publicações e
colaborar na confecção de textos e subsídios catequéticos.

2.4. Do Pároco
Todo presbítero é um educador da fé, por isso, é o primeiro responsável pela
realização da catequese na paróquia, sendo sua missão:
- Estimular a vocação e orientar o exercício da missão dos catequistas;
- Orientar, acompanhar e dar o suporte necessário, inclusive o financeiro, para
o exercício da catequese;
- Conscientizar a comunidade paroquial de que toda ela é responsável pela
educação na fé;
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- Garantir, na paróquia, a formação dos catequistas;


- Participar das reuniões com os pais/responsáveis de catequizandos;
- Garantir que as orientações diocesanas, referentes à catequese, sejam
observadas na paróquia;
- Zelar e promover a mística do ministério catequético.

2.5. Dos Coordenadores Paroquiais de Catequese


- O ideal é que a equipe de coordenação seja constituída por, no mínimo, seis
pessoas;
- Ser elemento de ligação das paróquias com a Coordenação da Região
Pastoral e com a Coordenação Diocesana;
- Organizar, orientar e coordenar as atividades da catequese paroquial em
estreita unidade com o pároco e catequistas sob sua coordenação;
- Organizar e coordenar as reuniões paroquiais de catequistas e de pais;
- Representar a catequese no CPP e integrá-la com as demais pastorais;
- Empenhar-se para que a catequese caminhe sempre em sintonia com as
diretrizes pastorais da Diocese;
- Estimular a participação dos catequistas nos encontros de formação;
- Atenuar os conflitos e ajudar para que os catequistas estejam sempre abertos
ao diferente e tratem, adequadamente, o pluralismo e as resistências;
- Incentivar os/as catequistas a manter constante ligação com a família dos
catequizandos;
- Providenciar o material necessário ao bom andamento dos encontros da
catequese;
- Fazer um fichário contendo o nome, endereço, data de aniversário e outros
dados dos/as catequistas;
- Visitar as famílias dos/as catequistas iniciantes e conhecer sua história
pessoal;
- Responsabilizar-se, juntamente com o padre responsável, pela escolha,
convite, acolhida e preparação dos novos catequistas e auxiliares, observando,
entre outros, os seguintes critérios:
• Que tenha ao menos 18 anos o/a catequista participante da coordenação
(evitando-se pessoas muito jovens ou muito idosas);
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• Que tenham recebido os Sacramentos da Iniciação Cristã e, se casados, o


Sacramento do Matrimônio;
• Não sejam recém-engajados na comunidade;
• Que tenham condições de desempenhar as atribuições próprias do
catequista;
• Preferencialmente, começando como auxiliares de catequistas mais
experientes.

2.6. Dos Catequistas


- Esforçar-se para ser verdadeiro discípulo de Jesus Cristo, membro engajado
na comunidade e comprometido em colaborar na construção do Reino de
Deus;
- Dedicar-se à oração, à meditação da Palavra de Deus e à frequência aos
Sacramentos, sobretudo da Reconciliação e da Eucaristia, em vista de uma
crescente maturidade de fé e vida cristã;
- Empenhar-se por uma melhor formação bíblica, doutrinal e didático-
pedagógica;
- Comunicar e transmitir os ensinamentos, segundo a fé da Igreja, com
convicção e coerência de vida;
- Ter firmeza na fé, clareza na doutrina e saber aplicar a mensagem evangélica
às culturas, às idades e às situações;
- Engajar-se na comunidade eclesial e ter uma profunda sensibilidade à
problemática social, contribuindo na busca de soluções;
- Preparar bem os encontros catequéticos lembrando que a vida cristã
daqueles que lhes são confiados, dependerá, em grande parte, da formação
que receberem.

3. Método da catequese
O método da catequese é o caminho do seguimento de Jesus,
assumindo o princípio metodológico da interação fé e vida. Na catequese
realiza-se a interação entre a experiência de vida e a formulação da fé. A
catequese deve usar o método ver, julgar, agir, mas substitui julgar por iluminar
e acrescenta celebrar e rever. Também, o método da Leitura Orante, como
instrumento para aprofundar os catequizandos no conhecimento e amor à
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Palavra de Deus. Não são passos estanques, nem sequência de operações,


mas trata-se de um processo dinâmico na educação da fé. Todo agir
catequético deve aplicar uma metodologia dinâmica e participativa.
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CONCLUSÃO
“Sem Mim não podeis fazer nada” (Jo 15, 5).

O presente Diretório da Catequese, em certo sentido, não termina. As


normas e diretrizes aqui presentes são, agora, básicas para um novo período.
O Diretório não existe para si mesmo, mas para servir os evangelizadores de
nossa Arquidiocese. Há, neste Documento, indicações práticas bem precisas
para os passos que queremos dar juntos, para uma catequese mais evangélica
e eficaz. Há muitas coisas a serem construídas, reconstruídas, modificadas ou
ampliadas. Já nos Encontros preparatórios descobrimos a necessidade de uma
verdadeira Conversão Pastoral, que envolve tanto os ministros ordenados,
como todos os demais fiéis leigos(as) em suas mais variadas expressões
eclesiais pastorais.
O Diretório nos pede para revisar nossas estruturas, às vezes antigas e
ultrapassadas e incentivar a prática assídua das Diretrizes da Ação
Evangelizadora da Igreja no Brasil, sempre em consonância com o Magistério
do Sucessor de Pedro e, especialmente, com o Documento de Aparecida.
Queridos irmãos e irmãs: tenho plena certeza de que os frutos deste
Diretório da Catequese dependerão, primeiramente, da ação misteriosa e
extraordinária da graça de Deus, mas dependerão, também, da maneira como
os principais responsáveis deste Diretório (ministros ordenados, catequistas e
agentes de pastoral) vão se integrar “de bom grado na pastoral orgânica da
nossa Igreja particular” (EG, n. 29). Por isto “a todos exorto a aplicarem, com
generosidade e coragem, as orientações deste documento, sem
impedimentos nem receios. Importante é não caminhar sozinho, mas ter
sempre em conta os irmãos e, de modo especial, a guia do Bispo, num
discernimento pastoral sábio e realista” (EG, n. 33).

“Tuus totus ego sum, et omnia mea tua sunt, Mariae”


“Eu sou todo teu, e tudo o que é meu te pertence, Maria!”

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