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DA ARQUIDIOCESE DE SOROCABA
Arquidiocese de Sorocaba
SUMÁRIO
PALAVRA DO ARCEBISPO
TRANSMISSÃO DA FÉ
OBJETIVOS DA CATEQUESE
DA ARQUIDIOCESE DE SOROCABA
FORMAÇÃO DO CATEQUISTA
6. Todo catequista tem como objetivo levar seu catequizando a encantar-se por
Jesus Cristo, tornando-o um discípulo apaixonado pelo Senhor, dedicando-lhe
assim toda a sua vida. Portanto, a catequese não é uma mera transmissão de
conhecimentos doutrinais, mas um testemunho da força transformadora que
proporciona o encontro pessoal com Jesus Cristo;
7. O catequista deve tornar o encontro de catequese agradável, dinâmico,
alegre, onde o catequizando sinta prazer e não obrigação de estar presente. O
catequista precisa proporcionar atividades diferentes e criativas, como por
exemplo: ver um filme com bom conteúdo para depois debater; ir a um parque
ou uma chácara; promover jogos e dinâmicas de grupo; proporcionar
momentos de partilha etc. Enfim, tudo que possa despertar amizade e
companheirismo entre os catequizandos, formando com o grupo uma pequena
comunidade fraterna;
8. O catequista deve dar testemunho de vida, pois o testemunho pessoal é o
centro de uma evangelização eficaz. Se isso não ocorrer, a catequese será
apenas apresentação de ensinamentos intelectualizados da doutrina cristã.
Como pode alguém que não teve um encontro pessoal e transformador com
Jesus Cristo dar testemunho da vida nova no Espírito? O testemunho deve
sempre terminar com uma explícita exortação: “Se Jesus fez em mim, pode
também fazer em ti. O Senhor quer também fazer em tua vida”;
9. Todo catequista participa da paternidade de Deus, pois gera a vida de Jesus
Cristo em seus catequizandos. Essa paternidade deve ser responsável, deve
zelar por aqueles que foram gerados na fé mesmo depois de eles receberem
os sacramentos. Como dizia São Paulo, “Tornemos a visitar os irmãos por
todas as cidades onde temos pregado a Palavra do Senhor, para ver como
estão passando” (At 15,36);
10. O catequista deve exercer seu ministério com humildade e espírito de
serviço, tendo a consciência de que ele é apenas um mediador da graça de
Deus; o Espírito Santo é que está operando no coração de cada catequizando
durante o encontro catequético. Como dizia o apóstolo Paulo à comunidade de
Corinto, “Eu plantei, Apolo regou, mas era Deus quem fazia crescer. Assim,
pois, aquele que planta nada é; aquele que rega nada é; mas importa somente
Deus, que dá o crescimento” (1Cor 3,6-7).
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Pré-Catecumenato
16 anos
(Retiro Querigmatico)
FASES
todas as fases da catequese. Além disso, boa parte de nossos catequistas são
pessoas simples, com profundo amor ao Evangelho e à Igreja, mas com
grande dificuldade de fazer por conta própria uma programação sistemática do
conteúdo a ser desenvolvido. Assim, nosso Diretório será de grande auxílio
especialmente a essas pessoas, e de modo algum vai levá-las à acomodação.
Pelo contrário, o conteúdo dos temas não esgota o assunto, e isso fará que os
catequistas continuem a estudar e aprofundar os temas teológicos e pastorais
a serem transmitidos.
Todo ano, antes de iniciar um curso, qualquer professor é obrigado a
verificar o número de aulas úteis (descontando os feriados) que dará naquele
ano e fazer, assim, a distribuição dos temas. Essa técnica é educativa e
pedagógica para todo professor, pois o ajuda a não se perder nem na
exposição, nem no tempo que terá para a transmissão da matéria a ser dada
naquela disciplina. Apesar de a catequese não ser aula e o catequista não
ser professor, é necessário que exista por parte dele um mínimo de
programação pedagógica e metodológica do conteúdo a ser dado durante
cada fase e de acordo com a idade psicológica dos seus catequizandos.
Fica estabelecido para toda a Arquidiocese que cada Fase da
Catequese terá em média, 35 encontros semanais, iniciando e sempre
terminando no Tempo Pascal. O catequista deve, portanto, distribuir os temas
de sua fase ao longo dos 35 encontros que terá com os catequizandos durante
o processo. Sem essa técnica, os encontros não terão sequência lógica e
harmoniosa, e o próprio catequista vai se sentir perdido nos encontros de
evangelização com seus catequizandos. Em todo o Brasil não há uniformidade
quanto à idade para cada fase ou ao período do ano em que se deve iniciar a
catequese, no entanto em nossas Assembleias de preparação para o Diretório
nossos catequistas expressaram o desejo de que todas as Paróquias da nossa
Igreja Particular de Sorocaba iniciassem o ano catequético no tempo Pascal, já
que está além de estar já implantada em 80 % das nossas comunidades, tem
sido muito positiva, pois possibilitou uma vivência maior do catequizando na
vida litúrgica da Igreja. As crianças e os adolescentes passaram a participar
ativamente do Advento e do Natal, pois quando a catequese terminava em
novembro os catequizandos também estavam no final do período das aulas
escolares, o que dava a impressão de que a recepção dos sacramentos,
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CATEQUESE BATISMAL
(Recém-nascidos até 5 anos)
Fundamento Teológico
2. A palavra Batismo
A expressão batismo vem do grego e significa mergulhar, imergir. Quem é
batizado é mergulhado na morte de Cristo e ressurge com Ele como criatura
nova (Rm 6,4). O Batismo é o Primeiro Sacramento de Iniciação Cristã. É o
Sacramento que abre a porta para a recepção de todos os outros Sacramentos
e possibilita à humanidade mergulhar nesse mistério de Jesus.
3. Primeiro Sacramento
O primeiro dos sacramentos de Iniciação Cristã é o Batismo, que Cristo instituiu
quando ordenou a seus discípulos: “Ide, por todo o mundo, proclamai o
Evangelho a toda criatura... batizando-a em nome do Pai e do Filho e do
Espírito Santo” (Mc 16,15 e Mt 28,19). Esse mandato missionário é confiado
por Cristo aos Apóstolos, aos seus sucessores. Todas as pessoas humanas
são chamadas à graça do Batismo, sacramento necessário para a salvação
(CIC nº 1.257) e, através do Batismo, passam a pertencer à Igreja de Jesus
Cristo.
4. O Batismo é o Sacramento da Fé
Muitos textos do Novo Testamento mostram a relação íntima entre fé e Batismo
(At 2,37-38; 8,37-38). A fé, que nasce da pregação da Palavra de Deus, é
condição para o Batismo. No Batismo de crianças, quem recebe o sacramento,
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6. Membros da Igreja
O Batismo é o sacramento de entrada na Igreja, que nos faz Igreja. Essa é a
dimensão essencial do Batismo: o ingresso na família de Deus - a Igreja - que
é a comunidade de Jesus Cristo. Pelo Batismo passamos a fazer parte da
família dos filhos de Deus. “O Batismo faz-nos membros do Corpo de Cristo.
‘Somos membros uns dos outros’” (Ef 4,25).
Catequese Batismal
6.13. A criança deve ser batizada, se possível, nas primeiras semanas de vida
(Cân. 867), conforme cronograma da Paróquia;
6.14. A mãe solteira poderá batizar o seu filho, se tiver uma vivência cristã;
6.15. O casal que vive junto, há vários anos, sem ser casado na Igreja e sem
impedimento para poder recebê-lo, poderá batizar os filhos, se tiver boa
vivência. Mas aproveite-se a oportunidade para uma catequização quanto ao
valor do sacramento do matrimônio, não deixando de convidá-los aos
sacramentos, mas sem colocar como condição para o batismo o casamento,
pois nesse caso o matrimônio poderia ser futuramente considerado nulo (feito
por coação e não por livre e espontânea vontade);
6.16. O local para Celebração do Batismo seja sempre realizado Igrejas da
Paróquia, exceto em caso de necessidade de extrema necessidade (CDC Cân
857). No entanto em caso de exceção por justa causa o batismo seja conferido
em casas particulares, hospitais etc (CDC c. 860). Mesmo assim o Pároco
deverá pedir autorização ao Arcebispo;
6.17. O Presente Diretório promulga que não há necessidade de solicitar
autorização ou transferência à Paróquia de origem; procure-se, entretanto
orientar os pais no sentido de participarem da vida de uma comunidade fixa;
6.18. Se a criança vier a falecer, sem receber o sacramento do Batismo, deve-
se confortar os pais, lembrando-lhes a bondade do Senhor, que quer que todos
os homens sejam salvos, (1Tm 2,4) e que, à semelhança do Batismo de
desejo, o fato da criança ser membro de uma família cristã, fazia dela de certa
forma um catecúmeno;
6.19. Fora do caso de necessidade, a água com a qual se administra o Batismo
deve ser benta de acordo com as normas litúrgicas pelo oficiante da
celebração. Os santos óleos utilizados na celebração do Batismo devem ser
recentes e conservados em lugar digno;
6.20. O Sacramento do Batismo seja celebrado preferencialmente no Domingo,
e em outro dia da semana, em caso de necessidade.
9. Acompanhamento pós-batismal
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PRÉ-CATEQUESE
(Catequese infantil - 5 anos a 8 anos)
20. A Igreja
• Levar as crianças para dentro da Igreja e explicar tudo que lá se encontra,
despertando nelas um profundo amor pela casa de Deus.
21. Fui batizado
• Quando criança, fomos batizados e o Espírito Santo veio morar em nosso
coração. Vamos agradecer nosso Batismo.
22. Sou católico
• Jesus fundou uma Igreja tão linda – a Santa Igreja Católica. A Igreja é
também nossa família. Como é linda nossa família! Levar uma foto do Papa.
23. Tenho um Anjo
• Ensinar as crianças a rezar ao Santo Anjo, bem como levar uma música que
fale dos Anjos.
24. A Bíblia
• Levar ao encontro uma Bíblia grande e bonita e depois ensinar cada criança a
reverenciá-la dado um beijo na Palavra de Deus.
25. A Santa Missa
• Explicar a importância de ir à Missa. Todo domingo Jesus espera-nos na
Celebração Eucarística para que possamos rezar e cantar com muito amor
para Ele.
26. As mais belas orações
• Ensinar às crianças a importância das orações e ensiná-las a rezar: Pai-
Nosso, a Ave-Maria e o Vinde Espírito Santo, e dinamizar o encontro com uma
música.
27. O padre é nosso amiguinho
• Marcar com o padre, se possível, pra nesse dia ir dar um abraço em todas as
crianças, ou irem elas até a igreja abraçá-lo.
28. Jesus está na Eucaristia
• O Menino Jesus, nosso melhor amiguinho, está de forma real presente
naquele “pãozinho branco” – a Hóstia – que todos recebem na Missa. Quando
crescermos, também vamos receber o Corpo de Jesus na Eucaristia.
29. A Eucaristia, nosso sol
• Como é bonita a Hóstia Consagrada no altar, parece um lindo sol. Levar as
crianças para visitar o Santíssimo Sacramento e pintar o desenho um lindo
ostensório.
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Pedagogia e Metodologia
Material a ser utilizado: caderno simples e caderno de desenho. Usar
bastante criatividade e dinâmica. Qualquer problema, conversar sempre com
franqueza e respeito, entendendo que a criança que se comporta mal pode
estar passando por problemas em casa. Em casos difíceis, é recomendável
chamar alguém da família para conversar e oferecer ajuda.
Ensinar cantos religiosos infantis e promover, após cada tema, uma
pintura no caderno de desenho sobre a reflexão feita naquele dia. Realizar
continuamente, nos encontros, brincadeiras e trabalhos querigmáticos, para
que a mensagem seja melhor assimilada pela criança.
1. Introdução
1.1. Levando-se em conta a importância e a centralidade da Eucaristia na vida
da Igreja, da comunidade paroquial e de todos os cristãos, a preparação para a
Primeira Comunhão deve ser um momento de forte catequese para crianças e
adolescentes que desejem receber esse Augusto Sacramento;
1.2. Sendo a celebração Eucarística a Ceia Pascal, onde na noite em que foi
entregue, nosso Salvador instituiu o Sacrifício Eucarístico de seu Corpo e
Sangue. Por ele, perpetua pelos séculos, até que volte, o sacrifício da cruz,
confiando destarte à Igreja, sua dileta esposa, o memorial de sua morte e
ressurreição: sacramento da piedade, sinal da unidade, vínculo da caridade,
banquete pascal em que Cristo é recebido como alimento, o espírito é
cumulado de graça e nos é dado o penhor da glória futura. (CIC nº 1323);
1.3. Convém que, segundo a ordem do Senhor, o seu Corpo e Sangue sejam
sempre dignamente recebidos como alimento espiritual pelos fiéis que tenham
sido preparados conscientemente para o importante ato;
1.4. A Eucaristia é “fonte e ápice de toda a vida cristã” (LG,11). “Os demais
sacramentos, assim como todos os ministérios eclesiásticos e tarefas
apostólicas, se ligam à sagrada Eucaristia e a ela se ordenam. Pois a
Santíssima Eucaristia contém todo o bem espiritual da Igreja, a saber, o próprio
Cristo, nossa Páscoa.” (PO,5);
1.5. O Concílio de Trento resume a fé católica ao declarar: “Por ter Cristo,
nosso Redentor, dito que aquilo que oferecia sob a espécie do pão era
verdadeiramente seu Corpo, sempre se teve na Igreja esta convicção, que o
santo Concílio declara novamente: pela consagração do pão e do vinho opera-
se a mudança de toda substância do pão na substância do Corpo de Cristo
Nosso Senhor e de toda substância do vinho na substância do seu Sangue;
esta mudança, a Igreja Católica denominou-a com acerto e exatidão de
transubstanciação.” (DS 1642). Tal verdade é Dogma de fé e deve estar bem
presente na mente e no coração daqueles que dão Catequese de Eucaristia as
crianças e adolescentes;
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4. Normas
4.1. Para ser admitida à Eucaristia, a Criança ou Adolescente deve preencher
estas exigências:
a) estar inscritos na caminhada da Educação da Fé;
b) participar na Celebração Eucarística Dominical, estar de preferência na
própria Comunidade onde faz a Catequese;
c) manifestar conhecimento e maturidade suficiente para comungar o Corpo e o
Sangue de Cristo.
4.2. Os pais ou responsáveis devem acompanhar a caminhada da Educação
na Fé das Crianças e Adolescentes. Por isso, os catequistas programem
Encontros Querigmáticos para eles ao menos uma vez ao ano. Estes
momentos serão uma oportunidade ímpar de evangelizados e de introduzi-los
no Mistério do Senhor. A acolhida nesses encontros de oração deve ter caráter
primordial. Deve-se evitar também o termo: “reunião dos pais dos
catequizandos”, ou montar um esquema semelhante das reuniões entre pais e
professores nas escolas;
4.3. Se pais ou responsáveis não o/a acompanham, mas a criança ou
adolescente pede para ser admitido à Eucaristia, a Comunidade deve acolhê-
la, apoiá-la e acompanhá-la na caminhada da Educação na Fé;
4.4. A catequese infantil na Paróquia deverá ser uma complementação ao
trabalho dos pais, jamais podendo substituí-los, já que eles são, por dever e
por direito, os primeiros catequistas dos filhos. Os catequistas procurarão,
através de visitas e encontros, num trabalho conjunto com a Pastoral Familiar,
despertar e incentivar nos pais a consciência de sua responsabilidade na
educação da fé de seus filhos;
4.5. Na medida do possível (e de forma integrada com a catequese de adultos),
deve-se oferecer aos pais uma formação concomitante (em linguagem adulta)
nos mesmos conteúdos que a criança está recebendo. Em conjunto com a
Pastoral Familiar, a catequese organizará eventos, festas, visitas, tudo o que
possa ajudar os pais a se envolverem e participarem do processo catequético;
4.6. As famílias que se encontrem em situação irregular e/ou de conflito
deverão receber atenção especial. Dentro das possibilidades, essas famílias
devem ser encaminhadas à santificação do matrimônio, num trabalho conjunto
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5. Primeira Comunhão
5.1. A celebração da primeira Comunhão constitui-se num dos momentos
privilegiados de inserção do fiel na Comunidade Católica;
5.2. Sugere-se que a renovação dos compromissos do Batismo (ascender a
vela no Círio Pascal e professar o Credo) seja feita na medida do possível, com
destaque, na semana anterior da Primeira Comunhão Eucarística, na presença
dos seus pais ou tutores;
5.3. Deve se dar à Missa de Primeira Comunhão Eucarística toda a solenidade
possível, delas participando os pais, responsáveis e parentes. Permita-se
também que esta também seja em horário especial, sempre no Tempo Pascal;
5.4. Deve se dar na Celebração Eucarística da primeira Comunhão toda a
solenidade possível. Seja preparada com uma profunda e verdadeira
mistagogia, dos que se alimentarão do Corpo santo do Senhor;
5.5. O traje a ser usado pelas crianças, na celebração da 1ª Eucaristia, deverá
ser definido em comum acordo pelo pároco, os catequistas e os pais, devendo
prevalecer sempre a simplicidade, o sentido comunitário e a dignidade;
5.6. Durante a preparação para a Primeira Comunhão, as crianças sejam
tratadas com respeito e dignidade para que sua formação, de acordo com sua
idade, proporcione o adequado crescimento da fé, sendo instruída, inclusive,
para a vivência de uma sólida devoção a Mãe de Jesus;
5.7. A Catequese de Primeira Comunhão proporcione o crescimento do
catequizando na fé, ajudando-o a criar um itinerário de vida espiritual no
contato e familiaridade com a Palavra de Deus;
5.8. Os catequistas empenhem-se em envolver os catequizandos nas
Celebrações Eucarísticas e demais eventos da Comunidade, a fim de que
todos sejam acolhidos e nelas encontrem o seu lugar;
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1ª FASE DA EUCARISTIA
(9 anos)
Batismo (2 Encontros)
34. Definição de Batismo e sua importância (Mt 28,19);
35. A graça recebida no Batismo e seus frutos (CIC 1262-1263).
Pedagogia e metodologia
Material a ser utilizado: caderno de desenho, caderno de estudo e Bíblia
Sagrada.
Mostrar-se bem amigo da criança, dialogar e dar muito amor. Usar
criatividade na catequese, que deve ser um encontro participativo e alegre,
com cantos religiosos infantis, brincadeiras e dinâmicas de grupo.
Mais do que falar do Amor de Deus, é necessário que o catequista leve
a criança a ter uma experiência desse amor. Para isso, seria interessante levar
um dia as crianças na Capela ou em um ambiente silencioso e aconchegante
e, no momento de oração, levá-las a ter uma experiência do Amor de Deus
(com canto suave e leituras bíblicas que proporcionem isto).
Ajudar a criança a manusear a Bíblia, criando assim um costume na vida
do catequizando.
2ª FASE DA EUCARISTIA
(10 anos)
Pedagogia e metodologia
Material a ser utilizado: caderno e Bíblia Sagrada.
Recomenda-se criar um clima de descontração (dinâmicas) no início dos
encontros e promover amizade no grupo. Nessa idade (fim da infância), eles
gostam muito de brincadeiras e festas. Pode-se fazer, por exemplo, um bolo
uma vez por mês para comemorar os aniversários etc.
Sempre iniciar a catequese com momentos fortes de oração. Utilizar
material da Biblioteca Catequética.
Nesta fase, a criança fará sua primeira confissão, então o catequista
deve, com muita pedagogia, falar da beleza da confissão para afastar da
criança todo medo e vergonha desse sacramento.
3ª FASE DA EUCARISTIA
(11 anos)
Pedagogia e metodologia
Material a ser utilizado: caderno, Bíblia Sagrada e Catecismo da Igreja
Católica.
É importante criar um clima fraterno, especialmente com momentos de
descontração (dinâmicas) no início do encontro, assim como promover a
amizade no grupo. Como sugestão, pode-se ir um dia tomar lanche juntos etc.
Sempre iniciar a catequese com um profundo momento de oração.
Utilizar material da Biblioteca Catequética.
1. Introdução
1.1. O Catecismo da Igreja assim define o Sacramento da Crisma: “Juntamente
com o Batismo e a Eucaristia, o sacramento da Confirmação constitui o
conjunto dos ‘sacramentos da Iniciação Cristã’, cuja unidade deve ser
salvaguardada. Por isso, é preciso explicar aos fiéis que a recepção desse
sacramento é necessária à consumação da graça batismal. Com efeito, pelo
sacramento da Confirmação os fiéis são vinculados mais perfeitamente à
Igreja, enriquecidos de força especial do Espírito Santo, e assim mais
estritamente obrigados à fé que, como verdadeiras testemunhas de Cristo,
devem difundir e defender tanto por palavras como por obras” (CIC 1285);
1.2. Hoje a teologia encontra dificuldade para justificar a especificidade do
Sacramento da Confirmação, dado que ele foi deslocado para o final do
processo da etapa inicial à vida cristã por um motivo histórico. Em todo caso,
juntamente com o Batismo e a Eucaristia, o Sacramento da Confirmação
constitui o conjunto dos Sacramentos da Iniciação Cristã (SC, 71a). Tal
Sacramento confirma no cristão a força do Batismo, reforçando nele a sua
condição de fiel testemunha de Jesus Cristo. Por isso, a recepção deste
Sacramento é necessária à consumação da graça batismal. De fato, nos
ensina o Concílio Vaticano II que, pelo Sacramento da Confirmação, os fiéis
“são vinculados mais perfeitamente à Igreja, enriquecidos de força especial do
Espírito Santo, e assim mais estritamente obrigados à fé que, como
verdadeiras testemunhas de Cristo, devem difundir e defender tanto por
palavras como por obras” (LG, n. 11a);
1.3. Assim, é no dia do Batismo que o cristão se torna morada do Pai e do Filho
(cf. Jo 14, 23) e templo do Espírito Santo (cf. 1Cor 3,16). Porém, adulto na fé
pelo Sacramento da Confirmação, o crismado deverá colocar à disposição da
Igreja os próprios dons, talentos e carismas, evangelizando pelo exemplo de
sua vida, por sua palavra e ação, e levar, nos mais variados ambientes da
sociedade, o perfume suave de Cristo;
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4. Catequese especial
4.1. Caso o adolescente tenha mais de 13 anos, este deverá ser enviado a
uma Catequese especial, com duração mínima de 2 anos e seguindo os
mesmos temas da Catequese de Adultos. Caso esses adolescentes, depois de
2 anos de preparação, por volta dos 15 aos 16 anos, estejam preparados na fé
deverão receber os Sacramentos na Vigília Pascal com os adultos.
5. Normas
5.1. A catequese de preparação para o Sacramento da Crisma será de três
anos, sendo que a Primeira Fase de Crisma poderá ser extraordinariamente
também chamada Crisma 1 de Perseverança ou ainda Crisma 1 de Vivência
Comunitária;
5.2. Não podem ser considerados como catequese específica para a Crisma os
conteúdos passados pelos movimentos, grupos de jovens e outros existentes,
embora a formação que oferecem seja de grande importância para a
maturação da fé de seus membros;
5.3. A catequese Crismal deverá apresentar um aprofundamento do Querigma
recebido na catequese da Eucaristia e das principais verdades da fé, em
perspectiva vocacional, abordando de forma significativa as vocações na Igreja;
tenham-se sempre em conta as principais questões da fase de
desenvolvimento da adolescência tais como: relacionamento com os pais,
amizade, namoro, afetividade, sexualidade, estudo, vocação, profissão, lazer, e
outros;
5.4. Os encontros semanais devem ser motivadores, levando os catequizandos
a participarem ativamente dos mesmos, valorizando-se o debate e o canto,
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6. A Celebração
6.1. Sendo o Bispo o Ministro do sacramento da Crisma, oportunamente, o
Pároco combine com ele a data, local e outros pormenores da Confirmação;
6.2. Sendo impossível ao Bispo Crismar todos os grupos de Crismandos, em
suas respectivas comunidades, reúnam-se todos nas igrejas matrizes de cada
paróquia. Somente havendo número significativamente grande de Crismandos,
será marcada uma segunda Crisma na mesma paróquia, matriz ou capela;
6.3. O Crismando deve preparar-se para receber a Crisma, mediante a
celebração individual do sacramento da Reconciliação ou Penitência (CIC
1310). Aconselhem-se os pais e padrinhos a participar em igualmente do
sacramento da Confissão, para que possam vivenciar mais plenamente os
frutos desse sacramento;
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7. Pais e padrinhos
7.1. Os pais devem ser conscientizados sobre a sua missão e
responsabilidade, no sentido de serem as primeiras testemunhas da fé, da
participação na vida comunitária e do processo de formação de seus próprios
filhos na vida cristã;
7.2. Os padrinhos devem pertencer à Igreja Católica, professar a integridade da
fé e ser capazes e prontos a ajudar o novo Crismado (adolescente ou adulto),
em sua caminhada pela vida cristã (CIC 1255); devem também ter recebido os
sacramentos do Batismo e da Eucaristia, e ter completado 16 (dezesseis) anos
de idade. (Cân 874). Em caso de exceção por justa causa, o Pároco, mesmo
assim deverá pedir autorização ao Arcebispo;
7.3. Pode-se admitir apenas um só padrinho ou uma só madrinha (Cân. 892),
de preferência, o mesmo do Batismo. (Cân 893§ 2);
7.4. Aconselha-se que seja pessoa da própria comunidade, para ter condições
de assumir direta e ativamente a sua missão junto ao afilhado ou afilhada;
7.5. Que não seja pai ou mãe do crismando, esposo ou esposa do crismando;
7.6. O não católico, não pode ser em nenhuma hipótese padrinho de crisma;
7.7. Os sacerdotes normalmente não devem ser padrinhos, a não ser de
parentes próximos (ex: sobrinhos), pois, como sacerdotes, são responsáveis
por todos os jovens da Comunidade;
7.8. Para evitar futuros constrangimentos, já no início de cada fase da Crisma,
os catequistas deverão colocar em carta para os adolescentes bem, como para
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os pais, os critérios que devem ser usados na escolha dos futuros padrinhos ou
madrinhas;
7.9. Que não seja pai ou mãe do crismando, esposo ou esposa do crismando.
8. Outras normas
8.1. Adultos já batizados, que estiveram afastados da vida eclesial, quando a
retornam pela confissão sacramental, sejam preparados para a Crisma com o
mesmo cuidado oferecido aos adolescentes. Não se crismem apressadamente
noivos que se preparam para o matrimônio. É preferível dar o sacramento da
Crisma depois de terem se casado a Crismar para, só depois, oferecer a
catequese Crismal. Compete ao Pároco discernir o melhor caminho nesse
caso;
8.2. Em situações de risco de vida, todos os presbíteros com uso de ordens no
território da Arquidiocese de Sorocaba estão autorizados a administrar o
Sacramento da Crisma;
8.3. No caso de adultos, catecúmenos no sentido estrito, o Pároco, ao batizá-
los, deverá também conferir-lhes a Crisma, o que deve ser feito na celebração
da Vigília Pascal;
8.4. As anotações da Celebração do Sacramento da Confirmação devem ser
enviadas à Cúria Arquidiocesana juntamente com as espórtulas respectivas,
que foram oferecidas, o mais rapidamente possível. Uma outra cópia das
mesmas anotações deverá ser conservada na Secretaria da Paróquia em Livro
Próprio. As anotações devem conter: Nome do crismado, data de nascimento
do crismado, data de Batismo do crismado, filiação do crismado, padrinho ou
madrinha do crismado, data da Crisma e Celebrante da mesma(Cân. 895);
8.5. É necessário que haja um acompanhamento aos novos crismados, através
de contatos periódicos, ajudando-os na sua vivência cristã e propiciando-lhes
ocasião de viver a sua vocação e missão no apostolado, segundo o carisma de
cada um deles;
8.6. Para provar a recepção do Batismo, se não advém prejuízo para ninguém,
é suficiente a declaração de uma só testemunha, acima de qualquer suspeita
,ou o juramento do próprio batizado, se tiver recebido o Batismo em idade
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adulta (Cân. 876), para assim poder receber a Crisma. Se persistir dúvida real
sobre o Batismo, batize-se sob condição;
8.7. Depois dos 15 anos de idade, a pessoa que não tiver sido ainda admitida
ao Batismo ou à Eucaristia deverá se inscrever na caminhada da Iniciação
Cristã de Adultos;
8.8. Para os jovens que ainda não iniciaram a vida eucarística, deve haver uma
preparação complementar de, no mínimo, 16 encontros, referentes ao sentido e
importância da Eucaristia. Trata-se de uma situação atípica que não deve ser
incentivada, pois o ideal é que a criança seja preparada para receber a
Eucaristia no devido tempo;
8.9. Em todas as Paróquias, procurem-se os meios para uma catequese
eficiente das pessoas com deficiência e que exigem cuidados especiais. Cuide-
se de integrá-las nos grupos normais de catequizandos, de modo que não se
sintam diferentes. Para surdos deve haver catequistas que se comuniquem por
LIBRAS;
8.10. Pessoas com maior dificuldade de aprendizagem (síndrome de Down, por
exemplo) merecem uma atenção toda especial. Na medida em que forem
capazes de entendimento suficiente devem e têm o direito de ser preparadas
para a Primeira Comunhão Eucarística com as limitações de cada caso.
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1ª FASE DA CRISMA
(PERSEVERANÇA)
(12 anos)
9. Relacionamento humano:
a) Relacionamento consigo próprio (autoconhecimento);
b) Aceitar e trabalhar nossos sentimentos;
c) Relacionamento familiar;
d) Relacionamento com os amigos.
10. A consciência moral (CIC 1776-1794):
a) A função da consciência moral;
b) O que é a consciência moral? ;
c) Consciência à luz da caridade cristã (1Cor 8,4-13).
11. Liberdade do homem (CIC 1730-1742);
12. Responsabilidade de nossos atos (1Sm 16,7);
13. O que é a verdadeira liberdade? (Jo 8,34);
14. Deus criou-nos para amar e ser amados;
15. Como posso trabalhar as emoções e os sentimentos (Pr 24,10; Fl 4,8);
16. Sexualidade humana (CIC 2337- 2391);
17. A beleza da sexualidade humana. Valores femininos e masculinos
impressos no ser humano pelo criador;
18. Pecados contra a castidade (CIC 2351-2359);
19. Namoro um tempo de conhecimento (CIC 2520);
20. Casamento e realização humana (CIC 1603-1608);
21. Ofensas ao Matrimônio (CIC 2380-2391) (Mt 19,3-9);
22. O pecado do aborto (CIC 2270-2275) (Didaqué 2,2);
23. O suicídio (CIC 2280 a 2283);
24. A prática da eutanásia (CIC 2276-2279);
25. O respeito à saúde (CIC 2288-2291);
26. Vida de Oração (CIC 2558-2751):
a) Jesus, Homem de profunda oração (Lc 5,15-16; Jo 17,1-26);
b) O que é oração? ;
c) As três parábolas que Jesus ensinou sobre a oração:
• O amigo que acaba cedendo (Lc 11,5-8);
• O juiz que é importunado (Lc 18,1-8);
• O fariseu e o cobrador de impostos (Lc 18,9-14).
27. Vocação (Ef 1,3-14):
a) Vocação à santidade (Lv 19,2; Mt 5,48);
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Pedagogia e metodologia
Material a ser utilizado: caderno, Bíblia Sagrada e Catecismo da Igreja
Católica.
Interagir na medida do possível o grupo catequético com o grupo de
jovens e adolescentes da Comunidade. O próprio grupo catequético pode ser
organizado nos moldes de um grupo de jovens. Caso o número de
catequizandos seja muito grande, poderão ser feitos até dois grupos. Creio que
seja improdutivo fazer, nesta fase, pequenos grupos, pois os adolescentes
gostam de fazer parte de um “grupo de pertença”, com que eles possam se
identificar. Creio que um grupo muito pequeno poderia também causar
constrangimento na participação dos adolescentes em alguns temas.
Inseri-los na Missa, em alguma pastoral, como canto, liturgia, acolhida,
alfaias, leitores etc. Chamar a alguns encontros catequéticos algumas pastorais
e movimentos para explicarem seu trabalho na comunidade.
Fazer atividades fora da Igreja, por exemplo, visitas a hospitais, asilos
etc. Sugiro sempre iniciar a catequese diante de Jesus Sacramentado na
Capela. Fazer também retiros, encontros de convivência e passeios de
interação entre os adolescentes.
Importante nesta fase é utilizar muita dinâmica, para que os encontros
sejam atrativos e agradáveis.
Utilizar o material da Biblioteca Catequética.
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2ª FASE DA CRISMA
(13 anos)
Pedagogia e metodologia
Material a ser utilizado: caderno, Bíblia Sagrada, Catecismo da Igreja
Católica.
Interagir os catequizandos com o grupo de adolescentes ou de jovens da
comunidade. Promover atividades fora da Igreja, como visitas a hospitais,
asilos etc. Inserir o catequizandos nas Missas em alguma pastoral litúrgica,
como canto, acólitos, acolhida, leitores etc.
Seria muito interessante passar os vídeos com as histórias de santos da
nossa Igreja. Nos temas mais polêmicos, provocar debates, pois é importante
que o adolescente discuta o assunto de forma participativa. Chamar em alguns
encontros pessoas capacitadas para falar de temas delicados, como sexo e
drogas.
Sempre iniciar a catequese diante de Jesus Sacramentado na Capela.
3ª FASE DA CRISMA
(14 anos)
Pedagogia e metodologia
Material a ser utilizado: caderno, Bíblia Sagrada e o Catecismo da Igreja
Católica.
Como é nessa fase que os catequizandos receberão o sacramento da
Crisma, o catequista terá o desafio, juntamente com o sacerdote, de criar,
durante o processo catequético, um grupo de jovens, caso este ainda não
exista na comunidade, com aqueles que receberão a Crisma. O próprio
encontro catequético deverá ser realizado como um grupo de jovens. Se isto
ocorrer, os crismandos não desaparecerão da comunidade após a recepção do
sacramento.
Deve-se incentivar os catequizandos a fazer retiros ao longo do ano em
diversos movimentos com perfil querigmático: Emaús, Experiência de Oração,
Retiro dos Focolares etc.
Os jovens, nessa etapa, gostam muito de se sentir valorizados. Então,
para que a participação na celebração eucarística seja mais frutuosa, a
catequese deve procurar inseri-los em alguma pastoral litúrgica, como canto,
acólitos, leitores, acolhida etc.
Seria muito interessante passar os vídeos do Encontro Mundial do Papa
com a Juventude, de forma alternada, ao longo do ano catequético, mostrando
assim toda a jovialidade da Igreja Católica.
Deve haver uma boa preparação para a celebração do Sacramento da
Crisma, seja com um bom retiro querigmático, ou também, com uma boa
confissão.
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CATEQUESE DE ADULTOS
Catecumenato
1. Introdução
1.1. As Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil estão a pedir um
renovado empenho, no sentido de retomar a iniciação à vida cristã, tendo no
querigma seu fio condutor, para introduzir os fiéis na plena vivência do mistério
cristão, pela participação na liturgia e pela integração plena na vida da Igreja;
1.2. Resgatar, a partir do RICA, o que era considerado fundamental no
catecumenato da Igreja primitiva: a interação fé e vida, a partir de uma
formação que consiste na instrução e no aprofundamento doutrinal
(catequese), unida à experiência litúrgica, a partir da vivência dos tempos e
processos da Iniciação Cristã: Pré-Catecumenato (querigma), Catecumenato
(catequese), Iluminação e Purificação (Domingos da Quaresma), celebração
dos Sacramentos e Mistagogia;
1.3. O Querigma é o tempo da evangelização em que, com firmeza, vigor e
confiança se anuncia a Pessoa de Jesus Cristo, Redentor e Salvador da
humanidade, do Reino e da Igreja. Este anúncio, guiado pela Palavra de Deus,
faz aderir Jesus Cristo como seu único Senhor e Salvador, levando “à
conversão, ao seguimento em uma comunidade eclesial e a um
amadurecimento de fé na prática dos sacramentos, do serviço e da missão”
(DAp, n. 289). Anúncio da Pessoa de Jesus Cristo a partir do Evangelho;
1.4. A catequese com adultos deve levar seus catequizandos ao encontro com
o Senhor. Também é necessário recuperar a experiência da Igreja dos
primeiros séculos e o RICA é a fonte mais apropriada para essa releitura
catequética: “o catecumenato é o tempo da evangelização em que, com
firmeza e confiança se anuncia o Deus vivo em Jesus Cristo, enviado por Ele
para a salvação de todos, a fim de que os não cristãos, cujo coração é aberto
pelo Espírito Santo, creiam e se convertam livremente ao Senhor, aderindo,
lealmente, àquele que, sendo o caminho, a verdade e a vida, satisfaz e até
supera infinitamente a todas as suas expectativas espirituais” (RICA, n. 9);
1.5. Objetivo Geral da Catequese de Adultos na Arquidiocese de Sorocaba:
82
6. Padrinhos de adultos
6.1. Para ser padrinho de um adulto, requerem-se 16 anos completos, ser
crismado, ter vida espiritual ativa; se casado, a pessoa deve ter sido casada no
religioso também;
6.2. Não convém que marido seja padrinho da mulher ou vice-versa;
6.3. Também, não convém que o pai ou mãe seja padrinho ou madrinha do
filho(a), nem tampouco namorados e noivos;
6.4. O CDC dispõe que seria ideal que o padrinho de Batismo fosse o mesmo
da Crisma, porém não obriga.
9. Normas
9.1. Os adultos são os interlocutores primeiros da mensagem cristã. Deles
depende a formação de novas gerações cristãs, através do testemunho na
família, na comunidade, no mundo sócio-político, no exercício da profissão,
através da educação na escola e dos meios de comunicação social. “É na
direção dos adultos que a evangelização e a catequese devem orientar
seus melhores agentes; a família é chamada a dar os primeiros passos na
educação da fé dos filhos; pois os pais são os primeiros catequistas”.
Com os adultos que procuram a catequese para os sacramentos propõe-se a
catequese de iniciação à vida cristã com inspiração catecumenal. Terá a
duração mínima de 9 meses a 1 ano, em que desenvolverá o conteúdo básico
proposto neste Diretório, até a Vigília Pascal;
9.2. A catequese de Adultos deve ter a preparação mínima de 9 meses em
toda a Arquidiocese de Sorocaba. Recomendamos que tenha início após
Pentecostes e se conclua na Vigília Pascal, em que os adultos receberão os
Sacramentos de Iniciação Cristã;
87
10. A Celebração
10.1. O presente Diretório pede que todos os adultos recebam os Sacramentos
de Iniciação Cristã na noite da Vigília Pascal;
10.2. Convém que, quando forem numerosos os adultos que receberão os
sacramentos na noite da Vigília Pascal, sejam retiradas algumas leituras desta
noite santa, conforme previstas no Missal Romano;
10.3. Os adultos não devem ser integrados na procissão de entrada e, sim,
estar posicionados em seus lugares. Devidamente preparados. Os que forem
fazer a sua Primeira Comunhão Eucarística, recomenda-se que esta seja
recebida sob as duas espécies;
10.4. Durante a unção com o Óleo do Crisma, os cânticos devem ser
executados, suavemente, em honra ao Espírito Santo, como música de fundo,
pois convém que os adultos ouçam a fórmula da unção. Não utilizar, nesse
88
CATEQUESE DE ADULTOS
CATECUMENATO
Pedagogia e metodologia
Material a ser utilizado: caderno, Bíblia Sagrada e Catecismo da Igreja
Católica.
Interagir o grupo de catecúmenos com as diversas pastorais da
comunidade, tendo como objetivo a participação efetiva deles em uma das
pastorais.
Sempre iniciar a catequese diante de Jesus Sacramentado, na Capela
da Adoração Perpétua.
Promover o Retiro Espiritual Querigmático no 5º domingo da Quaresma,
antes da recepção dos sacramentos na Vigília Pascal.
Utilizar material da Biblioteca Catequética.
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1. Normas
1.1. O serviço de Coordenar, missão de Pastor que conduz, orienta e encoraja
e que brota da vocação batismal, requer um trabalho em equipe, revestido de
uma mística do Bom Pastor;
1.2. A função da Coordenação não é meramente estratégica, mas possui uma
dimensão teológica, pois a ação evangelizadora visa a unidade da fé (Diretório
Geral para a Catequese, nº 272). “Exercer o ministério da coordenação na
catequese é gerar vida e criar relações fraternas. É promover o
crescimento da pessoa, abrindo espaço para o diálogo, a partilha de vida,
a ajuda aos que necessitam de presença, de incentivo e compreensão.
Esse ministério se alimenta na fonte de espiritualidade que decorre do
seguimento de Jesus Cristo. Não é uma função, mas uma missão que
brota da vocação batismal de servir, de animar, de coordenar.” (Diretório
Nacional de Catequese, nº 355);
1.3. A Coordenação de Catequese deve inspirar-se em Jesus, que não
assumiu a missão sozinho, mas fez-se cercar de um grupo. A exemplo de
Cristo-Pastor, a coordenação “conduz, orienta, encoraja catequistas e
catequizandos para a comunhão e participação, para a solidariedade e para a
transformação da realidade social. Coordenar requer um trabalho em equipe,
pois é um serviço “representativo” da comunidade, dos catequistas e das
famílias. Reveste-se de uma mística do exercício da função de Cristo cabeça
da comunidade, servidor de todos.” (Diretório Nacional de Catequese, nº 354);
1.4. Na Arquidiocese de Sorocaba, a Coordenação Diocesana de Catequese
será composta:
- pelo Senhor Bispo, como responsável por toda a Pastoral da arquidiocese;
- por um padre Coordenador, indicado pela Equipe Arquidiocesana de
Catequese e pelo Arcebispo, podendo este ouvir todo Presbitério;
- por Coordenadores Paroquiais da Catequese, compondo assim a Equipe
Arquidiocesana de Catequese;
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2. Das atribuições
2.1. Do Bispo Diocesano:
Os Bispos são “os primeiros responsáveis pela catequese, os catequistas por
excelência” (CT 63 b). Tal responsabilidade implica, entre outras coisas:
- Assegurar à sua Igreja a efetiva prioridade de uma catequese ativa e eficaz,
suscitando e alimentando uma verdadeira paixão pela catequese;
- Empenhar nesta atividade as pessoas, os meios, os instrumentos e, também,
os recursos financeiros necessários;
- Zelar sobre a autenticidade da confissão da fé e sobre a qualidade dos textos
e instrumentos utilizados;
- Empenhar-se na preparação adequada dos catequistas;
- Estabelecer, na Arquidiocese, um projeto global de catequese, articulado e
coerente com a realidade do meio e com as orientações da Conferência
Episcopal;
- Zelar pela formação catequética nos seminários e pela formação permanente
dos presbíteros.
2.4. Do Pároco
Todo presbítero é um educador da fé, por isso, é o primeiro responsável pela
realização da catequese na paróquia, sendo sua missão:
- Estimular a vocação e orientar o exercício da missão dos catequistas;
- Orientar, acompanhar e dar o suporte necessário, inclusive o financeiro, para
o exercício da catequese;
- Conscientizar a comunidade paroquial de que toda ela é responsável pela
educação na fé;
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3. Método da catequese
O método da catequese é o caminho do seguimento de Jesus,
assumindo o princípio metodológico da interação fé e vida. Na catequese
realiza-se a interação entre a experiência de vida e a formulação da fé. A
catequese deve usar o método ver, julgar, agir, mas substitui julgar por iluminar
e acrescenta celebrar e rever. Também, o método da Leitura Orante, como
instrumento para aprofundar os catequizandos no conhecimento e amor à
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CONCLUSÃO
“Sem Mim não podeis fazer nada” (Jo 15, 5).