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Explicar a ausência do nome de quatro reis na genealogia de Cristo: Acazias, Joás,

Amazias e Jeoaquim.
Quando Mateus diz que Jorão gerou Uzias, ele estava utilizando “gerou” no sentido de
"foi antepassado de". É provável que tenha feito isso a fim de apresentar um sumário sistemático
de três períodos na história de Israel (A Monarquia, o Cativeiro e o Messias), cada um com
catorze gerações. O valor numérico das letras em hebraico para "Davi" é igual a catorze.

Explicar a presença dos nomes de: Tamar, Raabe, Rute e Bate Seba, na genealogia
de Cristo.
Lawrence Richards afirma que uma das possibilidades é o fato de que Mateus era um
publicano. Sabemos que os coletores eram odiados pelo povo, pois sempre cobravam além dos
encargos. Mateus se identificava com as mulheres e desejava mostrar que o Messias predito
pelos profetas veio ao mundo para salvar a todos. Ele escreveu para os crentes judeus e
certamente sabia como as mulheres eram vistas dentro do judaísmo, talvez, por isso, tenha
desejado revelar ao seu povo que agora, na nova aliança, todos eram alvos do amor do Salvador.

Explicar as diferenças na genealogia que consta em Lucas da que consta em


Mateus.
O Evangelho de Mateus começa com uma genealogia, ao passo que o de Lucas inícia-se
com o ministério público de Jesus. Os dois autores traçam a genealogia através de Davi, mas
Mateus retrocede até Abraão, interessado na relação de Jesus com a nação de Israel, ao passo que
Lucas retrocede até Adão. Ele apresenta Cristo não apenas como o Messias judeu prometido, o
Filho de Davi, mas como o Salvador do mundo e o Filho de Adão. Outro contraste entre os dois
relatos é o fato de que Mateus inicia a genealogia em Abraão e termina em Jesus, enquanto
Lucas inicia em Jesus e retrocede para terminar em Adão e Deus.
Além destas três diferenças, existe outra que é mais difícil de explicar: os nomes nas
duas listas diferem no período compreendido entre Davi e Cristo. Muitos estudiosos afirmam que
as duas listas fornecem a genealogia de José. Outros acreditam que a genealogia de Mateus
corresponde aos antepassados de José, ao passo que a de Lucas corresponde aos de Maria.
Explicar a diferença na genealogia em Mateus 1.15-16 em relação a Lucas 3.23.
Por fim, Maria tem genealogia em algum destes evangelhos? Provas.
Primeiro, temos que observar alguns costumes judaicos da época relacionados a
genealogias e a parentescos.
O antigo testamento está repleto de passagens onde avós ou bisavós são tidos como
“Pai”, e também netos e bisnetos tidos como “filhos”. Este costume era comum ao se relatar que
tal pessoa era descendente de outra. Assim, os judeus usavam os termos “pai ou filho”.
Outro costume muito comum, e que é encontrado até hoje, é o genro ser considerado
como filho do sogro e/ou o sogro como pai do genro. Isso ocorria no momento em que um
homem assumia uma mulher. Neste ato, o homem passava a ser também considerado como
“filho” do Sogro.
Na língua inglesa, a palavra Sogro é traduzida por “Father in Law” (Pai na Lei) e Genro
“Son in Law” (filho na Lei). De forma muito semelhante do que ocorria no primeiro século.
Um terceiro costume judaico da época era excluir mulheres de qualquer tipo de
contagem. Isto se estendia também às genealogias. Quando uma mulher aparecia na genealogia,
era apenas como ilustração ou informação adicional relacionada a um homem desta genealogia,
porém não eram peças importantes nestas. Vemos em diversas passagens que a contagem era
sempre feita aos homens. (mil e tantos homens e seus filhos, mulheres e animais). Ou seja, se
fossem, por exemplo, contados 500 mil homens, o total geral de pessoas podia ultrapassar os 2
milhões, contando mulheres e filhos.
Agora vamos analisar a genealogia de Lucas, a mais controversa.
Muitos teólogos e cristãos (e nós também) consideram a genealogia de Lucas como
sendo referida a Maria. Ou seja, na realidade, esta Genealogia é de Maria e não de José. Assim,
Eli é pai de Maria e não de José, como aparece na genealogia.
Referências Bibliográficas

CHAMPLIN, Russel N. O Novo Testamento interpretado versículo por versículo:


Mateus/Marcos. Vol. 1. São Paulo: Hagnos, 2002.

__________________. O Novo Testamento interpretado versículo por versículo:


Lucas/João. Vol. 2. São Paulo: Hagnos, 2002.

Comentário Bíblido Beacon. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus. 2006.

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico de Matthew Henry. Rio de Janeiro: Casa Publicadora
das Assembléias de Deus. 2008.

RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de


Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 2012.

http://www.dc.golgota.org/estudos/descendencia_de_jesus.html
Discente: Ana Eliza Nogueira Avelino de Souza
Kayse Chaves da Costa
Mikaele Cavalcanti do Nascimento

Disciplina: Vida de Cristo


Docente: Pr. Wellengton Souza

Genealogia de Cristo

Campina Grande, 2019

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