O documento descreve as principais diferenças entre o rito romano tradicional (de São Pio V) e o rito romano reformado (de Paulo VI), incluindo mudanças no calendário litúrgico, na estrutura da missa e do ofício divino, e na linguagem e posição do celebrante. Permanecem as características básicas do rito romano, embora alguns critiquem que o novo rito seja quase outro rito fabricado. Links são fornecidos para comparações e informações adicionais.
O documento descreve as principais diferenças entre o rito romano tradicional (de São Pio V) e o rito romano reformado (de Paulo VI), incluindo mudanças no calendário litúrgico, na estrutura da missa e do ofício divino, e na linguagem e posição do celebrante. Permanecem as características básicas do rito romano, embora alguns critiquem que o novo rito seja quase outro rito fabricado. Links são fornecidos para comparações e informações adicionais.
O documento descreve as principais diferenças entre o rito romano tradicional (de São Pio V) e o rito romano reformado (de Paulo VI), incluindo mudanças no calendário litúrgico, na estrutura da missa e do ofício divino, e na linguagem e posição do celebrante. Permanecem as características básicas do rito romano, embora alguns critiquem que o novo rito seja quase outro rito fabricado. Links são fornecidos para comparações e informações adicionais.
O rito romano é um só. Há duas formas de celebrá-lo: a tradicional (ou
tridentina, ou clássica, ou “de São Pio V”) e a reformada (ou nova, ou renovada, ou “de Paulo VI”). Claro que podemos chamar de rito tradicional e de rito novo, por extensão, mas, tecnicamente, ambos são formas de um mesmo rito, o romano. Aliás, esse rito romano admite um outro tipo particular, qual seja o chamado Uso Anglicano, oriundo da provisão pastoral dada pelo Papa às paróquias de ex-anglicanos que retornaram à comunhão com Roma nos Estados Unidos e na Inglaterra. É uma mescla do rito romano tradicional com elementos da liturgia celta, aproximando-se bastante da estrutura litúrgica anglicana. Além disso, existem variações particulares do rito romano para certos grupos: o uso cartusiano (dos cartuxos), o uso dominicano, o uso beneditino (com uma Liturgia das Horas estruturada de outra forma) e mesmo as peculiaridades litúrgicas do Caminho Neocatecumenal, aprovadas ad experimentum pela Santa Sé. Dito isto, vejamos algumas diferenças entre o rito romano anterior à reforma de Paulo VI e o atualmente em vigor: O calendário litúrgico é distinto em ambas as formas, com mudanças de data na comemoração de alguns santos. Embora a estrutura siga o esquema da divisão em Próprio do Tempo e Próprio dos Santos, há pequenas modificações no modo de se fazer a combinação entre ambos. Mesmo no Próprio do Tempo, em que se mantém a divisão clássica dos tempos litúrgicos, há variações: o antigo “Tempo depois de Pentecostes” e o “Tempo depois da Epifania” são hoje o chamado “Tempo Comum”. Algumas festividades foram mudadas de seu dia também. Não só isso, mesmo a graduação das festas mudou, sendo hoje a divisão bem mais simples, o que é um ponto positivo da reforma litúrgica. O modo de se combinar certos rito com a Missa foi modificado igualmente. E também o Ofício Divino mudou: suprimiu-se a hora de Prima, e as Matinas passaram a se chamar Ofício das Leituras, podendo ser recitado a qualquer hora. A distribuição dos salmos no Saltério seguiu um esquema de quatro semanas, e vários textos do Ordinário foram mudados, em que pese a essência permanecer a mesma. Uma grande riqueza foi acrescentada no Próprio, notadamente no Ofício das Leituras, com farta citação patrística. Tanto é assim que, no rito antigo, era um só breviário e, no rito novo, agora são quatro volumes! Já na Missa mesmo, algumas distinções: a) no rito antigo, a celebração começava com as orações ao pé do altar, logo após a procissão de entrada, seguindo-se o Confiteor, o Introitus, o Kyrie e o Gloria; já no rito novo, não há as orações ao pé do altar, havendo, após a procissão, o Introitus (se não foi cantado durante a procissão), o Confiteor, o Kyrie e o Gloria, mudando, então a ordem; b) o próprio Confiteor era dito de uma outra forma, um pouco mais longa, e sempre duas vezes, uma pelo sacerdote, outra pelo povo; hoje é só uma; c) após a absolvição que se seguia ao Confiteor, o sacerdote recitava uma outra fórmula, pela reforma suprimida, em que clamava o perdão e a indulgência dos pecados, durante a qual os fiéis se persignavam; d) havia um só modo de recitar o ato penitencial, qual seja o Confiteor, e hoje há três: o Confiteor, o “Tende misericórdia” e um Kyrie seguido de tropários; e) como o ato penitencial era sempre o Confiteor, o Kyrie sempre se dizia, mas hoje ele é dito salvo quando houver, no ato penitencial, a fórmula com o Kyrie e seus tropários; f) o Kyrie continha nove invocações e hoje tem seis, salvo quando, cantado em gregoriano, a melodia obriga às nove; g) o Gloria era sempre dito, exceto na Quaresma, Advento e Missas pelos defuntos; hoje só em Domingos, Solenidades, festas e quando há alguma ocasião especial (formaturas, ação de graças), sendo, igualmente, suprimido naqueles tempos; h) como o calendário litúrgico é distinto em ambas as formas, as leituras nem sempre coincidem; i) aliás, havia sempre uma só leitura, o salmo (gradual), o aleluia e o Evangelho, e hoje só é assim nos dias feriais, nas festas e memórias, dado que nos Domingos e Solenidades, há mais uma leitura, o que é uma grande riqueza; j) as leituras eram distribuídas em um lecionário de um ano apenas, e hoje, no rito novo, o lecionário dominical é trienal e o ferial bienal, aumentando, consideravelmente, as leituras bíblicas; k) no rito antigo não havia as preces dos fiéis, sendo tal prática restaurada pelo rito novo; l) o Credo era sempre o Niceno, e hoje pode-se usar tanto o Niceno quanto o Apostólico; m) o Ofertório era maior, com as orações ditas em voz baixa; a antífona do Ofertório era obrigatória; hoje, o Ofertório é mais simples, e a antífona é apenas uma opção, podendo ser cantado algum hino ou mesmo ser dito o Ofertório em voz alta; as preces para o Lavabo são distintas, mas o “De coração contrito” é o mesmo em ambas as formas; n) a Oração Eucarística era apenas o Cânon Romano e hoje temos, além dele, mais três que constam do Missal Romano, sem contar as duas para diversas necessidades, aquelas próprias para Missas com Crianças e outras que foram anexadas (são 11 fórmulas ao todos, sendo que algumas se desdobram o que perfaria 14 fórmulas); o) o Pai Nosso era dito pelo sacerdote, e o povo apenas repetia a última frase; hoje é dito por todos; p) a Comunhão era dada obrigatoriamente na boca e estando o fiel de joelhos; se bem que essa é a forma mais correta e mais louvável de se comungar, resta lícita a prática da Comunhão na mão ou, ainda que na boca, de joelhos; q) a concelebração só existia na Missa do Crisma e nas Ordenações; hoje pode-se sempre concelebrar; r) era obrigatório o uso do manípulo; hoje esse paramento é facultativo; s) a bênção era dada após o “Ite, Missa est”, e hoje a ordem se inverteu; t) após os ritos finais, o sacerdote lia o Último Evangelho, i.e., o Prólogo do Evangelho de São João, cerimônia que foi suprimida no rito novo; u) não só o Ordinário da Missa (a parte fixa, isso que até agora comentamos) foi modificado, com cerimônias alteradas, outras suprimidas e ainda algumas outras acrescentadas; também o Próprio da Missa (a parte variável) sofreu alterações: a Coleta, a Oração sobre as Oferendas, a Pós Comunhão, o Prefácio e as Antífonas foram aumentadas, outras alteradas, resgatando-se textos medievais e patrísticos riquíssimos; v) muitos formulários de Missa foram acrescentados: Missas para diversas necessidades, Missas votivas, Missas rituais, Próprios de Santos, Comuns de Santos etc; w) o rito antigo era obrigatório em latim, exceto a Liturgia da Palavra – que pode ser feita em vernáculo -, e o novo pode ser todo em latim ou em vernáculo; x) a posição do sacerdote no rito antigo era “versus Deum”, e no rito novo pode ser “versus Deum”, “versus populum” (a mais comum) ou mesmo um misto entre ambas (“versus Deum” na Liturgia Eucarística e “versus populum” na Liturgia da Palavra); y) o incenso estava reservado apenas para as Missas Cantadas e para as Missas Solenes, e hoje qualquer Missa pode ter incenso. Enfim, os livros litúrgicos mudaram, permanecendo, entretanto, as características básicas. Para alguns críticos, trata-se de um outro rito, fabricado, mas há uma certa continuidade, sim. Poderia melhorar nesse ponto, com mais naturalidade no desenvolvimento do rito, veja artigo que está em: http://www.veritatis.com.br/article/4108 Para uma comparação entre os dois ritos, veja o seguinte documento: http://www.salve-regina.com/Liturgie/Synopsis_Ritus_Romanus.pdf. Também recomendo o site: http://www.catholicliturgy.com. Nele há os Ordinários para as duas formas do rito romano. Espero ter auxiliado.