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ARQUIDIOCESE DE CURITIBA – PR

PARÓQUIA SANT’ANA

PLANO DE PASTORAL PAROQUIAL:


ORIENTAÇÕES E ROTEIRO
2023-2025

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Paróquia Sant’Ana – Arquidiocese de Curitiba – Região Sul –
Setor Capão Raso

Plano de Pastoral Paroquial: Orientações e Roteiro ......


Papa Francisco, sj
Arcebispo: Exmo. Sr. Dom José Antônio Peruzzo;
Bispo Auxiliar: Exmo. Sr. Dom Reginei José Modolo;

Pároco: Rev. Cônego José Carlos de Gois, ocrl;


Vigário: Rev. Cônego Sérgio Vinicius Dantas de Oliveira, ocrl;
Diácono Permanente: Rev. Leandro Geni Walber

Curitiba, PR - 2023.
91 f.; il. 15 cm

Inclui bibliografias e referências


CDD 000.01 -- 01 ed.

Sumário

INTRODUÇÃO 4

CAPÍTULO I 7
PARÓQUIA: MÃE DE TODOS 7

CAPÍTULO II 16
“FAZER PASTORAL”, MISSÃO DO CRISTÃO 16

CAPÍTULO III 18
A FORMAÇÃO PARA A INICIAÇÃO E ANIMAÇÃO DA VIDA CRISTÃ 18

CAPÍTULO IV 24
A EVANGELIZAÇÃO DA JUVENTUDE 24

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CAPÍTULO V 29
PROPOSIÇÕES PASTORAIS 29

CAPÍTULO VI 53
CULTO DO MISTÉRIO EUCARÍSTICO FORA DA MISSA 53
CAPÍTULO VII 56
CONSELHO DE PASTORAL PAROQUIAL (CPP): SEU PAPEL NA AÇÃO
EVANGELIZADORA DA COMUNIDADE 56
CAPÍTULO VIII 64
CONSELHO ECONÔMICO PAROQUIAL/ E DAS CAPELAS (CAEP)/
(CAEC): SEU PAPEL NA AÇÃO EVANGELIZADORA DA
COMUNIDADE 64
CONCLUSÕES 66
BIBLIOGRAFIA 89

INTRODUÇÃO

01. Prezado povo de Deus, caríssimos irmãos e irmãs, desejamos iniciar a


mensagem que queremos transmitir a todos vós com sentimento de
familiaridade, com espírito de harmonia que já nos instruíra o
Concílio Vaticano II, no desejo de que cada filho e filha, na
multiplicidade de dons e carismas, encontre a plena unidade em
Cristo. Agraciados no Espírito Santo, acreditamos que foi Ele quem
decidiu primeiramente, através de nosso pastor Dom José Antônio
Peruzzo, iniciar uma nova comunidade paroquial que terá como
patrono o Sagrado Coração de Jesus. Para caminharmos juntos foi-nos
indispensável revisar e retomar propostas pastorais já presentes em
nosso solo paroquial, que não nasce prematuramente, mas segundo a
vontade do Pai. Amados irmãos e irmãs, caminhamos muito enquanto
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Paróquia Sant’Ana, contudo, o Senhor da messe nos chama às águas
mais profundas, para firmarmos nossa identidade paroquial, que nos
une enquanto Arquidiocese de Curitiba, como filhos e filhas de Deus.

02. Este Plano de Pastoral está em comunhão com o espírito do Vaticano


II, o Diretório da Arquidiocese de Curitiba, o Documento de
Aparecida, a Evangelii Gaudium, as Diretrizes da Ação
Evangelizadora no Brasil 2019-2023 e o Relatório Final do Sínodo
dos Bispos 2021-2023. O compromisso exposto neste novo Plano de
Pastoral é inédito se tomado pela perspectiva do novo solo paroquial,
ademais, retoma consideravelmente o documento anterior (2018-
2020). Ao ser elaborado e rezado – e assim desde já esperamos que
esse seja um traço de nossas pastorais e movimentos, a vida de oração
– abraçaremos integralmente como Paróquia um objetivo geral e três
premissas que permeiam essa necessidade. Em linhas gerais,
queremos profetas e profetizas num novo tempo pastoral na
sinodalidade eclesial. Isto posto, compreende (1) uma proposta de
vida cristã, (2) uma espiritualidade e (3) um testemunho de comunhão.

03. O Plano de Pastoral, não é para ser novidade para as coordenações e


quiçá aos membros de pastorais e movimentos, ele é para se estudar,
conhecer, debater, escolher prioridades, realizar o cronograma de
atividades anuais nas comunidades e, em todas as ações que envolvem
nossa Igreja nos anos de 2023-2025. Queremos reavivar nosso
compromisso missionário, rumo “a Conversão Pastoral da Paróquia”
inspirando-nos no caminho traçado pelos nossos Bispos do Brasil,
explicitados no Relatório Final do Sínodo dos Bispos 2021-2023:
“Missão e Comunidade”, “Missão e Catequese”, “Missão e família” e
“Missão e Vida” para que nos ajudem a revigorar, reafirmar e viver
com alegria a nossa fé.

04. Sabemos que PASTORAL é toda atividade da comunidade como


Igreja. É a própria vida da Igreja quando age e se manifesta em cada
situação do mundo atual, edificando-se a si mesma pela graça do
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Espírito Santo. Trabalho pastoral, portanto, é toda tarefa vocacional
específica de serviço desenvolvida pela comunidade local, a fim de
contribuir no processo de evangelização, transformando os reinos
deste mundo, no Reino de nosso Senhor Jesus Cristo, em unidade com
a Igreja Particular e Universal.

05. Porém, entendemos, nenhuma tarefa pastoral específica pode ser


confundida com a totalidade da ação da Igreja, pois esta será sempre
composta de um conjunto de pastorais interligadas umas às outras.
Assim teremos ações voltadas para dentro e para fora da comunidade
já existente. Sendo a Igreja como prolongamento da ação de Cristo, no
tempo e na história, pode-se dizer: Fazer pastoral é continuar a missão
de Jesus. É serviço, é ação, trabalho desenvolvido a favor da vida. É
ação organizada da Igreja para atender uma determinada situação, uma
realidade específica, além da ajuda à salvação das almas.

06. Este Plano de Pastoral vem ajudar a cada leigo a perceber que pastoral
é o agir da Igreja no mundo! Similar a ação dos pastores, tem como
intenção “coordenar”, “animar”, “defender” e “alimentar” a
evangelização. O pastor nunca age sozinho, mas em unidade com a
Igreja de Cristo, povo de Deus; “na unidade do Pai e do Filho e do
Espírito Santo”. A pastoral é essencialmente comunitária. É toda a
Igreja, ministérios ordenados, religiosos e leigos, responsáveis pela
pastoral. Cada um, porém, conforme seus dons e carismas, isto é, na
medida em que participamos do serviço de nosso Cristo-Pastor.

07. Com certeza, o Sagrado Coração do amor, do encontro, da gratuidade


e do cuidado vai orientar a todos para cumprir com dedicação e
ousadia este Plano de Pastoral. Ele servirá para conscientizar,
envolver e treinar as pessoas ligadas ao problema ou a tarefa. Também
definirá com clareza a autoridade e a responsabilidade dos envolvidos
no processo evangelizador da Paróquia; Identificará a adequação dos
fiéis, dos materiais, dos ambientes de trabalho e monitorará resultados.
As sementes do bem, fecundada pela ação do Espírito Santo e pelos
gestos de amor vão gerar frutos de vida em abundância em nossas
comunidades e no meio do Povo de Deus.
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08. Para alcançar uma Pastoral Orgânica, há que se considerar a
sinodalidade manifestada nos gritos do povo, transformadora das
sementes do Reino, nela sempre participa o Pároco, seus Vigários
paroquiais, Religiosos, Coordenadores das Comunidades Eclesiais,
Equipes de coordenação dos diversos serviços na comunidade eclesial
local. O Deus da vida em plenitude abençoe a todos, nos cuide com a
sua Graça e nos fortaleça no amor do Sagrado Coração de Jesus, nosso
Excelso Padroeiro. Unidos aos nossos Bispos, trabalhando para que a
nossa Arquidiocese seja uma antecipação do Reino de Deus na vida de
nossa sociedade tão ferida pelo pecado.

CAPÍTULO I

PARÓQUIA: MÃE DE TODOS

9. Na Bíblia grega, aparecem três palavras ligadas à noção de paróquia: o


substantivo paroikía, significando estrangeiro, migrante; o verbo
paroikein, designando viver junto a, habitar nas proximidades, viver
em casa alheia (cf. Rt 2,1ss) ou em peregrinação e a palavra paroikós,
usada tanto como substantivo quanto adjetivo. O substantivo paroikía
pode ser traduzido por morada, habitação em pátria estrangeira. O
adjetivo paroikós equivale a vizinho, próximo, que habita junto.

10. Assim, a Igreja, comunidade de fiéis, é integrada por estrangeiros (cf.


Ef 2,19), pelos que estão de passagem (cf. 1Pd 1,7) ou, ainda, pelos
imigrantes (cf. 1Pd 2,11) ou peregrinos (cf. Hb 11,13), sempre
indicando que o cristão não está em sua pátria definitiva (cf. Hb
13,14), que deve se comportar como quem se encontra fora da pátria

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(cf. 1Pd 1,17). A paróquia, desse modo, é uma “estação” onde se vive
de forma provisória, pois o cristão é caminheiro. Ele segue o caminho
da salvação (cf. At 16,17).

11. O conceito de paróquia está ligado à acolhida daqueles que estão em


peregrinação. É uma hospedaria que acolhe os viajantes para a pátria
celeste. Ela não pode ser morada definitiva, pois distrairia seus
hóspedes do final da viagem. Mas ela não pode ser apenas um lugar de
passagem onde os viajantes não criam laços de fraternidade, amizade
e comunhão, pois perderia o sentido de existir como casa que prepara
aqueles que buscam uma comunhão plena. Ela é, portanto, referência,
lar, casa e, ao mesmo tempo, hospedaria, estação para os que
caminham guiados pela fé em Jesus Cristo.

12. O Catecismo da Igreja Católica ensina que a “Paróquia é uma


determinada comunidade de fiéis, constituída de maneira estável na
Igreja particular, e seu cuidado pastoral é confiado ao pároco, como a
seu próprio pastor, sob autoridade do bispo diocesano” (art. 2179). A
afirmação é retirada do Código de Direito Canônico de 1983, que
reflete a eclesiologia do Concílio Vaticano II e define a paróquia
como uma comunidade de fiéis, constituída de maneira estável e
confiada aos cuidados pastorais de um pároco, como seu próprio
pastor. Dois elementos merecem atenção: a comunidade de fiéis e a
comunhão com a Igreja Particular – a diocese. Essa unidade se
estabelece e deve ser garantida especialmente pela ação do pároco em
comunhão com o bispo.

13. Sobre a missão, o Catecismo destaca que a paróquia é o “lugar onde


todos os fiéis podem ser congregados pela celebração dominical da
Eucaristia. A paróquia inicia o povo cristão na expressão ordinária da
vida litúrgica, reúne-o nesta celebração, ensina a doutrina salvífica de
Cristo, pratica a caridade do Senhor nas obras boas e fraternas.”
Assim, retomam-se os elementos presentes nos Atos dos Apóstolos
(cf. At 2,42) ao caracterizar a comunidade como perseverante na
fração do pão, na comunhão fraterna, nas orações e no ensinamento

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dos apóstolos. Toda paróquia é uma comunidade cristã baseada nessas
quatro colunas. Só assim será missionária e atrairá outros para o
seguimento de Jesus Cristo. O caráter missionário entende a vida
litúrgica como fonte e ápice da vida da Igreja, entretanto não se limita
ao lugar celebrativo da missa, fomentando discípulos (as) missionários
(as) e onde se vive a sinodalidade (cf. a imagem da tenda de Is 54, 2 e
o DAp n. 178-180).

14. Pode-se traduzir, também, a missão da paróquia na integração de três


tarefas derivadas do tríplice múnus de Cristo: ser uma comunidade de
fé, de culto e de caridade, onde se reúnem os fiéis para celebrar a
Eucaristia e prestar o verdadeiro culto a Deus, onde se persevera na
doutrina dos apóstolos para alimentar a fé em Jesus Cristo e onde se
pratica o amor fraterno com todas as pessoas, expressão da caridade
de Cristo pela humanidade.

15. O Catecismo propõe superar a vivência individualista da fé: “Não


podes rezar em casa como na Igreja, onde se encontra o povo reunido,
onde o grito é lançado a Deus de um só coração. Há ali algo mais, a
união dos espíritos, a harmonia das almas, o vínculo da caridade, as
orações dos presbíteros” (art. 1910). Apresenta a clara distinção entre
oração privada e oração comunitária e destaca a comunhão dos fiéis
entre si, com seus ministros e com Deus.

A teologia da liderança

16. Apresentaremos pistas que iluminam nossos passos. Vejamos: “Amar


e servir com alegria”, esse deve ser o sentimento de todas as pessoas
que aceitam contribuir com seus dons para as mais diversas pastorais
da Igreja Católica que buscam através de suas ações, atenderem
determinadas situações em uma realidade específica, tendo como foco
principal difundir os ensinamentos deixados por Jesus nos evangelhos.
Neste trabalho é necessário o sentimento de pertença a uma Igreja
fundada por Jesus Cristo, continuada pelos apóstolos e o sentimento
de estar realizando o que o Mestre nos ensinou. Como membros desse

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corpo, que é Igreja, que tem Cristo como cabeça, leigos assumem com
alegria as pastorais, de acordo com os seus dons e com as
necessidades da Comunidade.

17. Ser membro de uma pastoral é ser obediente ao chamado de Deus. O


trabalho pastoral é realizado em nossas igrejas pelo chamado batismal
(Doc. Preparatório do Sínodo, p.2) e é orientado pelas exigências do
serviço, diálogo e anúncio do testemunho. São pequenos gestos
cotidianos ou projetos de promoção humana que buscam defender a
vida, promover a paz e alicerçar a sociedade na justiça. Obedientes
ao chamado de Deus contribuímos para a mudança na comunidade, a
tornando mais próxima das pessoas, na ajuda mútua, compreensão das
necessidades e espírito de equipe.

18 A maior motivação que o trabalho pastoral busca oferecer para as pessoas


que estão envolvidas é sentir que Deus chama cada um dos seus filhos
para que o seu Plano de Amor e Justiça aconteça no meio da nossa
sociedade. Sendo assim, podemos ser canais das bênçãos de Deus para
as pessoas, principalmente para aqueles que mais precisam, os pobres
e necessitados de nossa Paróquia.

Jesus o líder servidor

19. A coordenação é um serviço importantíssimo nas comunidades. A boa


coordenação, aberta a Deus e às pessoas, faz a comunidade prosperar
e o Reino de Deus acontecer. É um serviço que deve proporcionar
prazer e felicidade. Sim, a coordenação deve ser mais alegria que
sofrimento, porque a palavra “evangelho”, em si, é “boa notícia”, e
um coordenador estressado, desanimado ou acomodado, não consegue
anunciá-lo bem à comunidade. O grande modelo que temos e o
próprio Senhor Jesus, vejamos suas ações e procuremos imitá-lo:

1) São João 13, 1-9 (O lava-pés): Jesus amou seus coordenados


ensinando que a coordenação é um serviço à comunidade; o serviço
deve ser a marca da comunidade e não a dominação e a servidão.
Ensinou que todo trabalho é importante. Porém, antes de nos
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ocuparmos com as obras de Deus, nos ocupemos primeiro com o Deus
das obras.

2) São Marcos 4, 35-41 (A tempestade acalmada): Jesus vê que na outra


margem há gente que precisa dele. No barco, acalmou os discípulos
para depois ensinar que se ele está presente ninguém perece. Às vezes,
parece que Jesus dorme nos dias de hoje… O coordenador acalma,
transmite esperança e coragem; mantém o equilíbrio, sem apavorar-se
diante das dificuldades, pois Jesus está na barca.

Coordenação de pastoral adequada

20. Uma coordenação de pastoral adequada tem diversas exigências e


desafios, que requer um perfil muito peculiar de “leigos e leigas
construtores de um processo amadurecido e consciente de
discernimento e assimilação do caminho de renovação, e,
empreendido como fruto do Concílio Vaticano II”. É necessária uma
mística própria que lhe dê vida e dinamismo. Essa mística consiste na
“motivação proveniente da fé [...] que nos move por dentro,
misteriosamente, dinamizando nossa ação...” Quatro exigências ou
condições fundamentais:

a) A condução do Espírito: Também neste ministério o principal agente é o


Espírito Santo. Sem sua assistência não é possível exercer uma adequada
coordenação pastoral. Isto implica a exigência de uma permanente atitude de
escuta e de uma total disponibilidade para deixarse conduzir por ele. A missão
do coordenador de comunidade é bela e dinâmica! Não se faz um trabalho
sozinho, mas sempre compartilhado; b) União e conformidade com Jesus
Cristo: Sem esta união e conformidade com o único Mestre e Senhor
corremos o risco de roubar o seu lugar. Daí a necessidade de rezar muito, de
discernir, de indagar o que o Senhor faria em cada momento. Jesus mesmo
sem precisar, foi um homem de oração e intimidade com o Pai;
c) Eclesialidade: O ministério da coordenação não pode ser exercido por
iniciativa própria. É preciso receber esse encargo por meio da
mediação eclesial, conforme for o caso;

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d) Credibilidade: Para exercer a coordenação são necessárias a confiança
da comunidade e a força moral do testemunho. Isso compreende:

1) Incluir as pessoas. O coordenador cristão soma os dons que


todas as pastorais e movimentos possuem.

2) Animar e conduzir os grupos, nas turbulências (acalmando) e


na calmaria (provocando movimento), quando necessário.

3) Levar as pastorais e movimentos a atingir seus objetivos, ser


Igreja unida e indissolúvel à caminhada da Paróquia e da
Arquidiocese de Curitiba.

4) Se apresentar para ajudar a resolver os problemas, não ser ele


mesmo o problema para o andamento das Pastorais, se estas
estiverem de perfeito acordo com o Plano de Pastoral da
Paróquia.

5) Delegar responsabilidades, quando a Paróquia abraça um


projeto dentro do Plano Pastoral, facilitando para que as
tarefas sejam executadas, conforme foi acordado.

6) Juntamente com o Coordenador de cada Pastoral organiza as


pastorais da comunidade e cobra a participação em todas nas
reuniões mensais da comunidade e da Paróquia, não
interferindo na autonomia de nenhuma liderança, se esta está
em perfeito acordo com as diretrizes do Plano de Pastoral
Paroquial que nunca está fora do Plano Arquidiocesano de
Pastoral.

Orientações para o bem coordenar

a) Transitar pelos grupos, quando preciso e solicitado pelo Pároco–


manter diálogo com todos. Ser a voz do Pároco e seus colaboradores
no meio da comunidade.

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b) Ter uma caminhada comum dentro de uma pastoral ou movimento –
um bom tempo de participação, para saber o valor das conquistas e o
sofrimento dos erros cometidos que não ajudaram a pastoral ou a
comunidade a andar.

c) Conhecer bem o assunto que coordena e ter noções básicas de outras


matérias ligadas ao que coordena, sempre em unidade paroquial. Isto
aqui não é difícil quando o coordenador é presente na vida da
comunidade.

d) Saber decidir: pessoas indecisas transmitem insegurança. Após


examinar bem a realidade, ouvir os envolvidos e buscar o auxílio
necessário cabe ao coordenador a decisão sobre a maioria dos
assuntos. Os mais importantes, é claro, são decididos pelo grupo.

e) Ser equilibrado: não estar excessivamente animado ou desanimado;


hoje querendo tudo e amanhã nada; deve controlar seus impulsos para
manter-se na linha do objetivo traçado pelo grupo. A abertura para o
diálogo com o mundo começa pelo diálogo interior por meio da
oração.

f) Conhecer seus pontos fortes e fracos: ninguém é perfeito, mas o


coordenador será chamado a falar em público, escrever, dialogar,
negociar e organizar. Assim, ele deve desenvolver suas aptidões e
buscar auxílio para suprir suas limitações.

g) Observar, ouvir e falar com seus grupos: cada pessoa é importante,


cada fato deve ser trabalhado e estudado, como também a realidade
(particular e coletiva) nunca deve ser esquecida.

h) Fazer partilha com todos que trabalham nas pastorais: fomos


acostumados a resolvermos apenas os problemas do nosso grupo
imediato. O coordenador precisa articular-se com outros
coordenadores para resolver problemas comuns, sendo
verdadeiramente “Igreja de Cristo”.

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i) Assumir com responsabilidade a comunidade, sendo ajudado (a) por
cada coordenador de todas as pastorais e movimentos. Nunca se toma
NENHUMA decisão sozinho.

j) Fidelidade: afinal, o Reino que buscamos não é meu e nem seu, é de


Deus. Ter fé: crer em Deus, nas pessoas e ter uma visão generosa com
os irmãos que chegam na comunidade. Esta é a convicção principal do
coordenador, pois Deus é a cabeça como nos ensina Jesus Cristo: (Mt
18, 19-20).

Coordenar em equipe

21. A melhor maneira de coordenar se realiza em comunidade, em


EQUIPE. Um coordenador que fica no cargo por anos seguidos tende
a se desgastar por tanto trabalhar ou a acomodar-se em nada a fazer.

22. O primeiro foge quando pode e o segundo tende a se perpetuar no


“poder”. A solução é montar uma equipe partindo das necessidades do
grupo, criando assessorias (e preparando novos líderes): composto
pelo coordenador, vice-coordenador, secretário e
espiritualizador missionário.

23. É preciso dividir tarefas, responsabilidades e autonomia, formando


uma “família” que promova reuniões regulares e divida alegrias e
desafios. Fazendo uso da proposta sinodal de experimentar formas
participativas de exercer a responsabilidade. Esperamos que isto
aconteça a cada mês.

24. Se o Reino dos Céus é semelhante a um grão de mostarda, pequenino,


que se torna a maior das árvores, a coordenação deve ser simples, mas
com solidez e competência, criando raízes em Jesus Cristo na sua
Igreja. Coordenação: Reze, peça sabedoria, confesse, comungue, leia
muito, informe-se, cresça!

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25. Para melhor servir a Igreja, o mandato de toda coordenação, seja de
dois anos, podendo ser renovado por mais um. Isto assumimos como
propósito, exceto quando os regimentos próprios dos movimentos
reconhecidos pela Igreja o determinarem ao contrário. Porém, se o
Pároco ver por bem que todas as pastorais e movimentos devam seguir
esta orientação, assim será. Assim nos exorta São Boaventura: “Não
creais que te baste a leitura se a unção, a especulação sem a devoção, a
investigação sem a admiração, a atenção sem a alegria, a atividade
sem a piedade, a ciência sem a caridade, a inteligência sem a
humildade, estudo sem a graça divina, a pesquisa sem a sabedoria que
vem de Deus” (OT 16, n. 32).

CAPÍTULO II

“FAZER PASTORAL”, MISSÃO DO CRISTÃO

26. A palavra “PASTORAL” deriva de PASTOR. Seu significado está


estreitamente ligado ao sinal do “Bom Pastor”, Jesus intitulou-se
pastor das ovelhas; A pastoral, portanto, está diretamente ligada à
ação do pastor no cuidado das ovelhas. No quarto Evangelho ouvimos
Jesus dizer: “Eu vim para que as ovelhas tenham vida e para que a
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tenham em abundância. Eu sou o Bom Pastor” (Jo 10,10). Essa ação
pastoral é assumida pela comunidade como um todo, onde todos são
pastores uns dos outros.

Objetivos de qualquer pastoral

27. Evangelizar e ser evangelizada, proclamando o Evangelho de Jesus


Cristo, por meio do serviço, do diálogo, do anúncio e do testemunho
de comunhão, à luz da evangélica opção pelos pobres, promovendo a
dignidade da pessoa, renovando a comunidade, formando o povo de
Deus e participando da construção de uma sociedade justa e solidária.
Ser Igreja no mundo com o coração inquieto diante das realidades de
morte, transformando-a em vida.

28. A Igreja realiza a sua ação através de três funções pastorais:

⇒ Função litúrgica: refere-se à celebração dos sacramentos,


sobretudo da Eucaristia, centro de toda a vida litúrgica em
sentido eclesial e sacramental, bem como à oração e os
sacramentais;
⇒ Função profética: abrange as diversas formas do ministério
da Palavra de Deus (evangelização, catequese e homilia),
bem como a formação espiritual de todos;
⇒ Função real: diz respeito à promoção e orientação das
comunidades, à organização da caridade e à animação cristã
das realidades terrestres. Neste último aspecto, a ação da
Igreja engloba campos da sociedade como ética e moral,
juventude, solidariedade social e a educação.

29. Os agentes de pastoral são servidores de Cristo e trabalham para que


o projeto de Deus seja conhecido e vivido. Sendo assim, este Plano de
Pastoral é uma importante ferramenta no planejamento estratégico de
forma participativa e sinodal. É como um mapa que nos ajuda a
chegar no local desejado, é uma referência às decisões, permitindo
que seja feito o acompanhamento do desenvolvimento da gestão

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estratégica assumida por todos. Logo percebemos que tem tudo a ver
com organização e desempenho.

CAPÍTULO III

A FORMAÇÃO PARA A INICIAÇÃO E ANIMAÇÃO DA


VIDA CRISTÃ

30. Deus-Trindade, alteridade e gratuidade infinita, escolhe a cada um de


forma pessoal, doa a fé e oferece um caminho a seguir. O seguimento
apaixonado de Jesus Cristo. por meio do batismo, não é a algo, mas à
sua pessoa. Os discípulos são aprendizes do Mestre e seguidores de
seu caminho. O discipulado é possível numa relação de proximidade,
mística e experiência da pessoa de Jesus. Por causa desse encontro, o
discípulo segue a Jesus na caminhada histórica e de forma vivencial
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no mundo, a partir do que ‘viu’ e ‘ouviu’ do mestre (cf. 1 Jo 1,3). Este
vínculo convida a uma resposta livre, responsável e implica na missão
de anunciar, proclamar e testemunhar a pessoa de Jesus Cristo e a sua
mensagem na cultura atual.

31. Em outros momentos, a apresentação de Jesus Cristo se dava num


mundo cristão, em uma cultura social baseada nas preocupações
doutrinais, morais e com os sacramentos. A mudança de época, os
novos tempos culturais com as novas manifestações humanas, exige
que o anúncio de Jesus Cristo não seja mais pressuposto, mas
explicitado continuamente. Esta razão questiona o modo de educação
e experiência da fé dos cristãos atuais. A centralidade da missão é o
encontro pessoal com Jesus Cristo, conhecer a sua proposta, fascinarse
por Ele e optar continuamente para segui-lo em todo o processo da
vida. De fato, não se começa a ser cristão por uma decisão ética ou por
uma grande ideia, mas pelo encontro com um acontecimento, com
uma PESSOA, que dá um novo horizonte à vida e, com isso, uma
orientação decisiva.

32. Para concretizar o desafio dos discípulos missionários, o estado


permanente de missão, assumido por nossa Arquidiocese somente é
possível uma efetiva iniciação à vida cristã, isto é, de inspiração
catecumenal. “Vinculado à Iniciação à vida cristã, o atual momento da
ação evangelizadora convida o discípulo missionário a redescobrir o
contato pessoal e comunitário com a Palavra de Deus como lugar
privilegiado de encontro com Jesus Cristo”, assim como insiste o
nosso Arcebispo José Antônio Peruzzo. A iniciação à vida cristã,
animada pela Palavra de Deus, não se esgota na preparação aos
sacramentos, mas se refere à vivência mistagógica de adesão inicial e
permanente a Jesus Cristo, desde o batismo até a vida adulta.

33. A experiência catecumenal, que se refere a todos os batizados, exige


acolhida, diálogo, partilha, vida comunitária, a centralidade da Palavra
de Deus e a constante sensibilização para o cuidado com os outros e
com o meio ambiente. Há o desafio da formação processual e integral
dos catequistas, agentes evangelizadores, ministérios, missionários,
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acolhedores, visitadores, lideranças e das famílias. A formação vai
além dos cursos sistemáticos e integra todas as atividades eclesiais, as
diferentes pastorais, os espaços de capacitação, reuniões, conselhos,
assembleias e eventos da comunidade em geral.

34. A proclamação da Palavra de Deus é decisiva para a fé do batizado, a


vivência comunitária e a liturgia, “fonte e cume da vida cristã”.
Através do anúncio (querigma) é possível o encontro pessoal com
Jesus Cristo pela ação do Espírito Santo (1Cor 12, 3).

35. O processo de Iniciação à vida cristã é interligado à animação bíblica


da vida e da pastoral. Os cristãos, de modo pessoal e comunitário, têm
sede e necessidade que a Palavra de Deus seja anunciada novamente,
para poderem experimentar a força do Evangelho, para redescobrir o
contato profundo e vivencial com as Escrituras, condição para
encontrar a pessoa de Jesus Cristo e aderir ao Reino de Deus na Igreja.

36. Diante da realidade atual, a mudança cultural, dos valores éticos e


morais, do pluralismo religioso, das incertezas, do hedonismo,
marcado por ruídos de informações contraditórias e distorcidas, o
discípulo missionário encontra na Palavra de Deus, a fonte de
animação da fé, centralizada em Jesus Cristo e na vivência
comunitária. É Boa Notícia que gera encontro, gratuidade,
solidariedade, justiça, paz, reconciliação, defesa da Criação. Não é o
discípulo missionário que indica à Palavra o que ela deve dizer, antes
o discípulo missionário é um ouvinte e praticante dela (cf. Is 50, 5).
Ele a acolhe na gratuidade e na alteridade, deixando-se
apaixonadamente interpelar. O mistério da comunhão trinitária,
origem da vida e missão da Igreja, “tem seu ponto alto na Eucaristia,
que é princípio e projeto da missão do cristão”. Para crescer na vida
litúrgica e sacramental, a Paróquia vai otimizar as orientações comuns
para os sacramentos. Porém, não ficando presa a uma “pastoral
sacramental”.

37. Na evangelização é preciso estar atento às mudanças da realidade e às


novas configurações da família1. Os meios utilizados em outros
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momentos não possuem a mesma eficácia nos tempos atuais. A
família é importante como primeiro anúncio, mas não tem mais a
mesma capacidade de evangelização de outras épocas. Somos
convidados a acolher a diversidade das famílias2, oferecendo espaços
para os serviços, as missões, os ministérios e com uma liturgia bem
celebrada. A Igreja necessita encontrar os meios para evangelizar e
explicitar a pessoa de Jesus Cristo e a sua mensagem. A Iniciação à
Vida Cristã, animada pela Palavra de Deus, é fundamental na relação
e na evangelização da família.

Perspectivas de ação:

a) Assumir o projeto arquidiocesano da Iniciação à Vida Cristã de forma


articulada e integrada com todos os serviços, promovendo a
participação das famílias.
b) Oportunizar a formação permanente das lideranças comunitárias na
perspectiva da evangelização e da missão, para todos leigos nas regiões
dentro da Paróquia, onde forem contempladas.
c) Organizar equipes de Animação bíblica (com o uso do livro
Caminhando), envolvendo todas as pastorais e movimentos nos níveis
Paroquial e/ou comunidades (pequenos grupos de estudos).

1
No sentido de família fragilizada pela dor da separação. 2

Evangelii Gaudium.
d) Programar encontros e retiros a partir da leitura orante da Bíblia para
jovens, animadores das comunidades e nos diversos serviços pastorais,
em vista do discipulado missionário.
e) Dinamizar a formação dos Ministérios da Palavra, da Pastoral da
Família, do Batismo, Apostolado da Oração, RCC e outros ministérios,
conforme os Documentos da Igreja, em vista da missão permanente.
f) Capacitar nossas equipes litúrgicas, animadores de cantos sacros e
propiciar maior participação dos leigos e leigas.

38. A comunidade cristã é convidada a redescobrir a importância e o papel


dos batizados, tendo no testemunho o melhor anúncio. Em virtude do
19
enfraquecimento das instituições humanas e das tradições, cresce a
responsabilidade pessoal da fé cristã em comunhão com todos os
batizados. Nessas mudanças verificadas, a comunidade é convidada a
repensar as estruturas pastorais para fortalecer a ‘comum-unidade dos
discípulos missionários’. A missão da comunidade é ‘a comunidade’
ser missionária em todas as ações, planos e metas. A comunidade
eclesial deve perguntar-se ‘quais são os grupos humanos ou categorias
sociais que merecem atenção especial’ e priorizar, para estes, a
evangelização. As Santas Missões Populares, os Grupos de
Evangelização de Rua – GER formados por diversas frentes de
pastoral, as missões bíblicas, as capelinhas de Nossa Senhora, a
Infância e Adolescência Missionária, a visitação, a acolhida, a rede de
comunidades e os diferentes ministérios são meios eficazes para
prestar o serviço do anúncio e da pregação do Evangelho, “na
mudança de época” que estamos vivendo. A diversidade das
experiências comunitárias, as pastorais, as vocações, os carismas, e
espiritualidades, os movimentos, são convocados à vivência da
unidade na pluralidade e a se unirem em torno do Plano de Pastoral,
assumindo as urgências e os compromissos de forma integral e
planejada da Igreja.

Perspectivas de ação missionária:

a) Visitar, acolher e motivar as famílias e os migrantes (novos


moradores) para a participação e pertença à vida comunitária.
b) Favorecer a evangelização na cultura urbana, estimulando a
mentalidade da Pastoral Familiar a viver uma modalidade de encontro
que ultrapasse as mentalidades arcaicas, em rede de comunidades e
capacitando lideranças comunitárias para acolher e implantar em todas
as capelas esta pastoral que primeiramente é convidada a se reunir
para rezar, depois formar.
c) Articular e dinamizar Grupos de Famílias que vão onde ainda não
existe comunidades formadas, para ali criar um lugar de encontro,
celebração, leitura orante da Bíblia, reflexão de temas atuais, da
pastoral, da comunidade, da sociedade e da missão da Igreja.

20
d) Formar lideranças para animar os serviços pastorais e manter vivo e
articulado o Conselho de Pastoral da Paróquia e das Comunidades que
obrigatoriamente devem se reunir ao menos a cada dois meses. Tendo
como tema permanente em todas as reuniões a missão.
e) Propiciar experiências que favoreçam a mudança das estruturas da
administração, do dízimo, das festas, das equipes administrativas e do
sustento das comunidades. Tudo isto para melhor servir e dar
testemunho de unidade com a Igreja Particular de Curitiba que escuta
a voz de nossos Pastores.
f) Organizar os encontros mensais de pastorais que sejam itinerantes por
todas as comunidades ligadas ao território paroquial, fazendo destes
eventos, verdadeiros espaços de fortalecimento das lideranças, de
encontros de animação, reflexão e formação, construindo uma nova
paróquia.
g) Realizar Etapas na Missão Paroquial para mobilizar a comunidade,
celebrar a fé, visitar e acolher as famílias, valorizar os agentes de
pastoral e despertar novas lideranças, sendo “uma Igreja em Saída”.
h) Integrar e formar sempre mais pastorais, movimentos e as novas
comunidades, para se criar em nossa Paróquia uma Pastoral da
Caridade que vise a promoção humana, mostrando à comunidade que
toda celebração deve ser caritativa.
i) Avançar na construção de uma Igreja, “casa e escola de comunhão” no
cumprimento dos projetos em prol de uma nova mudança de
mentalidade espiritual que só Deus pode realizar.
j) Criar e dinamizar o Serviço de Animação Vocacional (SAV) na
paróquia através dos líderes vocacionais (PJV) a fim de colaborar no
discernimento vocacional, incluindo o valoroso trabalho das Irmãs
Beneditinas da Divina Providência nesta missão.

21
CAPÍTULO IV

A EVANGELIZAÇÃO DA JUVENTUDE

39. Cada geração tem suas luzes e sombras, desafios e esperanças. É


importante evitar comparações e supervalorização da juventude de
outras épocas. Nem tudo muda de uma época para a outra. A
juventude de hoje é tão idealista e generosa quanto à anterior. Basta
compreendêla e relacionar-se com ela. A questão é a metodologia de
22
trabalho e a paciência histórica para acompanhar os processos de
participação e educação na fé. O processo, hoje, exige um
investimento maior para penetrar as barreiras do individualismo, da
indiferença, do emocionalismo e do racionalismo. Para anunciar
outros valores da Boa Nova do Evangelho, como a vida, a
participação, a cooperação, a responsabilidade, a solidariedade, o
cuidado e a espiritualidade requer metodologia própria e adequada
para os jovens. Os documentos da Igreja orientam esse processo no
espírito da formação e vivência integral.

40. A ação evangelizadora de nossa paróquia deve ajudar o jovem a


buscar um equilíbrio entre o projeto individual, a vida comunitária e
social. Ajudá-lo a ter contato pessoal com Jesus Cristo, com a
realidade humana, através dos Evangelhos, das celebrações litúrgicas
e orações, na vida comunitária, no serviço aos mais necessitados,
sensíveis à pobreza e à desigualdade social, na sólida formação ética,
no alerta contra o perigo da prioridade dada às riquezas materiais, o
acúmulo de bens ou na adesão à violência social da discriminação.

41. As mudanças, os atrativos e a agitação do cotidiano desafiam a Igreja


a uma proposta de espiritualidade que dê sentido à vida da juventude.
A espiritualidade deve contemplar as características juvenis do tempo
de hoje: a vida, a alegria, a esperança, a dinâmica, o movimento, as
imagens, a expressão corporal, os teatros, a música, a simbologia, a
virtualidade, a amizade, a convivência, a espontaneidade e os gestos
de
partilha. O jovem participa quando se sente protagonista e não mero
espectador.

42. A Paróquia deve continuar avançando no apoio e incentivo à presença


e a atuação dos jovens cristãos na comunidade. É importante
considerar que “a juventude mora no coração da Igreja”. Trata-se de
fazer uma opção afetiva e efetiva pelos jovens, considerando suas
potencialidades. Para isto, é importante garantir espaços adequados
para eles na paróquia, com atividades, metodologias e linguagem
próprias, assegurando a participação e o engajamento comunitário.
23
Também se dê atenção aos jovens que vivem em situação de risco e
exclusão social, vamos ao encontro deles!

43. Geralmente, os jovens apreciam participar de campanhas de


solidariedade, voluntariado e atividades da comunidade. Têm seu jeito
próprio de ser e se expressar e, por isso mesmo, são a riqueza de uma
comunidade. Eles têm ousadia e destemor para vencer a comodidade e
dar testemunho da vivência cristã numa sociedade de contrastes.
Adultos e idosos podem aprender muito com a juventude e sua
inquietude diante da realidade. Que lamentável é a existência de uma
comunidade que não atrai os jovens! “Sem o rosto jovem a Igreja se
apresentaria desfigurada”, disse o Papa Francisco.

44. Buscar novos meios de comunicação, especialmente as redes sociais


para cativar os jovens, é uma tarefa que depende muito da nossa
atenção. Eles interagem facilmente nas ambiências digitais e
conhecem espaços virtuais que desafiam a missão evangelizadora.

45. Aos jovens cristãos cabe escutar as palavras do Papa Francisco que
lhes sugere vencer as tentações da cultura do provisório e do
relativismo, que apregoa apenas “curtir” o momento. O Papa pede que
os jovens se rebelem contra essa cultura do provisório. Ele confia e
reza para que tenham a coragem de ir contra a corrente, para serem
realmente felizes.

Perspectivas de ação:

46. A Paróquia Sagrado Coração de Jesus buscará viver à luz das


reflexões do sínodo sobre a juventude, o ardor missionário que a leve
a reencontrar-se pelo projeto de santidade.

47. Seguindo as Diretrizes da Igreja no Brasil, cuidemos para que nenhum


jovem ligado aos Grupos de Jovens de nossa Paróquia fique sem os
sacramentos de iniciação à vida cristã.

24
48. Trabalhemos pela unidade de todos os Grupos de Jovens, a fim de que
todos se ajudem e se sintam irmãos, filhos de uma mesma Paróquia.

49. Esta Paróquia está sob a responsabilidade dos Cônegos Regulares


Lateraneses, confiada pelo nosso Arcebispo, por isso, devemos
incentivar e apoiar o trabalho da juventude, dando sempre a ele um
cunho vocacional. Para isso, elegemos a última semana de agosto
como a SEMANA AGOSTINIANA E PAROQUIAL
PELAS
VOCAÇÕES.

50. Fomentamos a união de todos os GRUPOS DE JOVENS na


preparação e participação da VIGÍLIA DE PENTECOSTES da
Paróquia, da participação da Solenidade de Corpus Christi dentro da
Semana
Eucarística.

Parágrafo único - Contudo, tendo em vista a organicidade das


pastorais e movimentos, cabe não somente a juventude preparar a
Vigília de Pentecostes, mas em conjunto com outras pastorais e
movimentos, como: a pastoral de liturgia, a catequese, a RCC, o TLC,
enfim, de todos, É O DIA DA IGREJA!

ESPIRITUALIDADE JUVENIL AGOSTINIANA

51. Os cônegos têm como CARISMA: vida em comum sem nada de


próprio, tendo um coração e uma só alma voltados para Deus. Essa
identidade está alicerçada sobre três eixos norteadores, três pilares:
Interioridade, vida em comunidade e serviço à Igreja. Valores
equivalentes: silêncio, meditação, ouvir o coração e ouvir-se, voltar
para dentro de si mesmo, busca da verdade. Isto é um programa de
vida!

52. Santo Agostinho é conhecido como alguém que buscou constante e


profundamente a verdade, esta busca durou toda sua vida e foi feita

25
por muitos lugares e de muitas formas. Até que, em um determinado
momento, ele conclui que essa verdade que tanto buscava não estava
longe, mas perto, porque estava dentro dele mesmo. A experiência
humana e espiritual de Santo Agostinho pode ser sintetizada da
seguinte forma: busca intensa da Verdade, de Deus; e, tendo-o
encontrado, a ele dedicar-se inteiramente em comunhão com os
irmãos. A busca de Deus é o motivo-guia, o fio condutor da
espiritualidade de Agostinho emanada da Regra vivida pelos Cônegos.
E busca de Deus, para Agostinho, identifica-se com busca da Verdade.
Mas não diz respeito somente a quem busca verdades sobre as coisas,
ou a quem ainda não tem fé, nem a quem ainda não encontrou em
Cristo a verdade de sua existência. Também não se trata unicamente
de atividade do pensamento. Trata-se de uma atitude de fé em
constante busca de Deus; é uma realidade existencial; envolve mente e
coração; o ser em sua totalidade em empenho constante de busca.

53. Trabalhemos para implantar a espiritualidade agostiniana no coração


dos jovens que estejam dispostos a abraçar estes valores equivalentes:
amizade, fraternidade, solidariedade, interesse e respeito pelo outro.
Assim disse Agostinho: “Em primeiro lugar – já que com este fim vos
haveis congregado em comunidade – vivei unânimes em casa e tende
uma só alma e um só coração orientados para Deus”. Àqueles que
querem participar de sua experiência de busca de Deus, Agostinho
propõe o exemplo da Primitiva Comunidade cristã de Jerusalém,
descrito nos Atos dos Apóstolos (2, 4): “formavam um só coração e
uma só alma, tudo era comum entre eles e a cada um dava-se
conforme suas necessidades”.

54. Pois, é nessa proposta agostiniana, onde encontramos as maiores


contradições com a vida moderna. A vida em comunidade contrapõe
ao individualismo, à intolerância, ao preconceito nas suas mais
variadas e repugnantes faces. A vida em comunidade tem a sua
tradução no mundo de hoje quando nos preocupamos de forma
incondicional e irrestrita com o bem-estar do outro e da criação de
Deus, pois sem o outro e sem a nossa terra ninguém pode
‘sobreviver’, não podemos viver sobre e as custas do outro, mais sim
26
por e com o outro, que é meu semelhante, digno do mesmo respeito e
direitos.

CAPÍTULO V

PROPOSIÇÕES PASTORAIS

55. Antes de apresentar algumas pistas de ação para a conversão pastoral


da “Paróquia: Comunidade de comunidades”, é preciso superar a
27
tentação de uma postura pastoral, que pretende contar apenas com os
esforços humanos para evangelizar: Há uma tentação que sempre
insídia qualquer caminho espiritual e também a ação pastoral: pensar
que os resultados dependem da nossa capacidade de agir e programar.
É certo que Deus nos pede uma real colaboração com a sua graça, mas
ai de nós se esquecermos que, ‘sem Cristo nada podemos fazer’ (cf. Jo
15,5).

56. É preciso recuperar o primado de Deus e o lugar do Espírito Santo em


nossa ação evangelizadora, pois “nunca será possível haver
evangelização sem a ação do Espírito Santo”.

57. A comunidade paroquial não desconhece a possibilidade de tensões e


dissensões e, por isso, pede e concede o perdão: “Lembra-te, Senhor,
de tua Igreja, para livrá-la de todo o mal e aperfeiçoá-la com teu
amor.” Assim, as pessoas acolhem e oferecem o perdão, porque sabem
que a comunidade é o lugar da reconciliação. A conversão pastoral
supõe rever as relações que existem entre as pessoas. Quando a inveja,
a fofoca e os interesses pessoais ferem a unidade da comunidade, a
comunhão fica comprometida. Há quem comungue o Cristo na
Eucaristia e despreze seu irmão de comunidade com palavras, gestos e
omissões. Desta forma, não se vive a comunhão, pois “quem diz que
ama a Deus que não vê e odeia a seu irmão que vê, é mentiroso” (cf.
1Jo 4,20). A vida comunitária não está baseada em assumir cargos ou
atuar em serviços na paróquia; trata-se de ser autêntico discipulado de
Jesus Cristo.

58. A missão que se impõe às comunidades paroquiais é rever o


relacionamento humano que nelas se estabelece. A alegria, o perdão, o
amor mútuo, o diálogo e a correção fraterna são apenas alguns
indicativos para essa revisão. Não será possível acolher os afastados
se aqueles que estão na comunidade vivem se desencontrando. Aliás,
algumas comunidades não conseguem ser missionárias justamente
porque vivem de forma tão apática ou conflituosa em suas relações
que mais afastam do que atraem novos membros.

28
Perspectivas de ação:

59. Sejamos audaciosos e dinâmicos, conforme as orientações dadas pelo


próprio Evangelho! Não esperemos mais para nos fazermos presentes
e estabelecer dentro de nosso território paroquial, pequenos grupos de
reflexão e oração em grandes ou pequenos edifícios ou condomínios,
tendo como meta a setorização de nossas comunidades.

60. Não sejamos nós mesmos a dificuldade de formar os grupos de


evangelização. Geralmente, quem menos se conhece é o vizinho de
porta. A frequência dos encontros pode ser semanal, quinzenal ou
mensal. Depende da situação das pessoas. A agitação de centros
urbanos espaça mais o tempo; em regiões rurais, o ritmo da vida
poderá permitir encontros mais frequentes. O importante é garantir
encontros regulares e uma comunicação entre os membros da
comunidade, de modo que traduza interesse e compromisso de
amizade e fraternidade, da unidade paroquial e do amor pela missão
da Igreja.

61. Saiamos dos muros que cercam nossas igrejas e vamos aonde a Igreja
ainda não chegou dentro de nossas próprias comunidades.

62. Escolhemos e elegemos a TODAS AS PASTORAIS E


MOVIMENTOS para que entrem na dinâmica da missão, indo aos
areópagos dos bairros, onde a Igreja não chegou para implantar as
estruturas materiais de encontros celebrativos.

63. O material que nos ajudará na missão de visitas já temos, e, que cada
agente de pastoral tenha um exemplar em mãos: a Bíblia e O
Caminhando da Arquidiocese.

PASTORAL DA CATEQUESE

64. Para que as comunidades sejam renovadas, devem ser casa de Iniciação
à vida cristã, onde a catequese há de ser uma prioridade. Um novo
29
olhar permitirá uma nova prática. A catequese, como iniciação à vida
cristã, ainda é desconhecida em muitos lugares. Um dos grandes
desafios da pastoral paroquial é fazer com que os membros das
comunidades cristãs percebam o estreito vínculo que há entre Batismo,
Confirmação e
Eucaristia.

65. Pretende-se passar da catequese como “mera instrução” e adotar a


metodologia ou processo catecumenal, conforme a orientação do Ritual
de Iniciação Cristã de Adultos e do Diretório Nacional da Catequese.
Nesse sentido, padres, catequistas e a própria comunidade precisam de
uma conversão pastoral para rever a catequese de adultos, jovens,
adolescentes e crianças. É indispensável seguir os tempos e etapas do
catecumenato e propor, mesmo para os membros da comunidade, uma
formação catecumenal que percorra os processos da iniciação, desde o
querigma e conversão, até o discipulado, a comunhão e a missão.

66. É obrigação de todos os catequistas abraçar o Plano de Pastoral


(especialmente os nn. 31-39), e juntos consolidarmos a caminhada que
já iniciamos na catequese, para que a doutrinação de nossos
catequizandos seja eficiente. Isto só acontecerá quando todos os
catequistas forem catequizados, pois só podemos oferecer aquilo que
temos.

67. Só haverá revitalização das comunidades com uma catequese centrada


na Palavra de Deus, expressão maior da animação bíblica da pastoral.
A catequese tem de ser impregnada e embebida de pensamento, espírito
e atitudes bíblicas e evangélicas, mediante um contato assíduo com os
próprios textos sagrados. Que nenhum encontro de catequese aconteça
sem ser ao redor da Sagrada Escritura, fonte e inspiração da Igreja.

68. Fomentam-se a PARTICIPAÇÃO de TODOS os catequistas na Escola


da Fé e Formação Permanente proporcionada pela Paróquia e pela
Arquidiocese.

69. A REUNIÃO e formação mensal, juntamente com a SEMANA


30
BÍBLICA encontre um lugar especial no coração dos catequistas.

70. Durante o ano, realize-se um encontrão e um retiro para Catequistas,


com um tema reflexivo, segundo a necessidade da Paróquia.

71. Fomentem-se a continuidade da Catequese Familiar, proporcionando a


preparação de um encontro acolhedor, formador, dinâmico e
envolvendo a participação de nossos catequizandos.

72. Crie-se na Pastoral da Catequese a dimensão missionária, favorecendo


um envolvimento paroquial no mês da Bíblia, tendo dentro da Semana
Bíblica a participação de todos os catequizandos nas feiras bíblicas,
quer seja de cada comunidade ou paroquial.

73. A festa de nosso Padroeiro, o Sagrado Coração de Jesus, deve ser a


maior festa patronal. Sendo assim, devemos preparar todos os
catequizandos para participarem, inclusive com um gesto concreto, do
novenário e das atividades sociais promovidas pela Paróquia.

74. A catequese de adultos recebeu apoio e continuará recebendo tudo o


que for necessário para a ação evangelizadora com eles na Paróquia.

PÓS-CRISMA (EASCJ)

75. O Encontro de Adolescentes com o Sagrado Coração de Jesus -


EASCJ é um movimento da Igreja Católica que visa promover o
encontro pessoal do adolescente com o Sagrado Coração de Jesus
Cristo, através do Seu anúncio, do despertar para o amadurecimento
da fé, levando-o a uma ação missionária e profética no seio da Igreja e
da sociedade. É uma porta de entrada e de acolhida do adolescente na
Igreja para que, descobrindo seus dons e vocações, possa procurar
engajamento em
alguma das pastorais ou movimentos oferecidos no âmbito paroquial,
fazendo do encontro com Cristo vivência e testemunho, contribuindo
para a construção de uma comunidade de fé.

31
A dinâmica:

76. Todos os passos no EASCJ são dados em prol dos adolescentes, que
contam com o fundamental acompanhamento de seus pais, sendo,
portanto, um movimento da Igreja com alcance familiar.

77. O EASCJ tem uma dinâmica cuja prática tem se mostrado válida,
tanto nos horários quanto na sequência e ordenação lógica das
palestras, peças, diversões, orações, estudos de grupo, lanches e outras
atividades. Tem seu roteiro programado para um final de semana, com
início na manhã do sábado e encerramento no domingo, com a Santa
Missa, ao final da tarde.

78. A caminhada pós-retiro do EASCJ tem duração de dois anos e


acontece em encontros quinzenais, em local e horário comum a todos
os grupos, devendo evitar encontros em residência própria, salvo em
casos de confraternizações ou momentos de lazer. As atividades
encerram fazendo-se a entrega dos adolescentes aos GRUPOS DE
JOVENS.

79. Para seu serviço conta com a disponibilidade de catequistas e outros


agentes pastorais da Paróquia, em especial resgatando os mais
afastados.

Os fundamentos:

O espírito do EASCJ está alicerçado em cinco fundamentos:


Doação: É a oferta do serviço, dos bens materiais na partilha, mas,
sobretudo, da oferta de si a Deus e aos irmãos. "Dê a cada um,
conforme o impulso do seu coração, sem tristeza nem
constrangimento. Deus ama quem dá com alegria.” (2 Cor. 9, 7).

Pobreza: É a consciência do nosso valor e também das nossas


limitações. Atitude que vai se traduzir num estilo simples, espontâneo
e autêntico no relacionamento com os outros, no modo de se
comportar, de se apresentar. Deve-se eliminar, portanto, tudo o que
32
seja supérfluo, sofisticação e ostentação. “Vós conheceis a bondade de
nosso Senhor Jesus Cristo. Sendo rico, se fez pobre por vós, a fim de
vos enriquecer por sua pobreza.” (2 Cor. 8, 9).

Simplicidade: É a humildade diante de Deus e dos irmãos, na forma


de se enxergar e de enxergar os outros. Humilde é aquele que confia
mais na ação de Deus do que no perfeccionismo de seus planos e de
suas técnicas humanas. “Tende para com o Senhor sentimentos
perfeitos, e procurai-o na simplicidade do coração.” (Sab. 1, 1).

Alegria: É a comunicação da paz interior, experimentada no


Encontro, com a partilha, em comunhão com os outros e, sobretudo,
com Deus. É a alegria que provém da fonte espiritual. “Alegrai-vos
sempre no Senhor; eu repito, alegrai-vos! Que a vossa bondade seja
reconhecida de todos os homens!” (Fil. 4, 4-5).

Oração: É estar com Deus e comunicar-se com Ele, é identificar-se


com Sua vontade, mantendo uma disponibilidade sempre renovada
aos Seus desígnios. “Orai em toda circunstância, pelo Espírito, no qual
perseverais em intensa vigília de súplica por todos os cristãos.” (Ef. 6,
18).

80. OBJETIVOS:

a. Objetivo Geral

Continuar o serviço de evangelização iniciado na catequese de


Primeira Eucaristia e Crisma, despertando no adolescente o
sentimento de pertença à Paróquia, de serviço pastoral e de agente
evangelizador/transformador da sua família. Deve-se assumir, ainda,
um carisma missionário, levando o adolescente a refletir e agir pela
construção de uma sociedade justa e solidária; a serviço da vida e da
esperança de um mundo melhor, aproximando-os da realidade
Paroquial e social, colocando-se como protagonista do cuidado com a
Casa Comum e, consequentemente, com o próximo.

33
b) Objetivos Específicos

O Encontro de Adolescentes visa, ainda, de maneira específica:


- Evitar a dispersão dos adolescentes que concluíram sua caminhada
na catequese de Primeira Eucaristia;
- Despertar os adolescentes para a vida com Cristo, a partir de uma
experiência pessoal, compreendendo a necessidade de
compartilhar o que foi vivido, principalmente no seio familiar;
- Incentivar a participação na Comunidade, nas missas e pastorais,
bem como ressaltar a importância dos Sacramentos, dando
destaque à caminhada para os grupos de jovens, que é o passo que
se segue à caminhada do EASCJ;
- Procurar os adolescentes que, por algum motivo, estão afastados
da Igreja e abrir-lhes um caminho para engajamento;
- Ser eminentemente apostólico e missionário, procurando realizar,
além das atividades pastorais e catequéticas, também trabalhos
sociais junto à Comunidade, com olhar especial à própria
Paróquia.

PASTORAL DA LITURGIA

81. Após o Concílio Vaticano II, nas celebrações litúrgicas se buscou


maior participação da assembleia. Entretanto, algumas experiências
têm mostrado que às vezes se fala demais e se reza pouco. Corre-se o
risco de algumas celebrações serem realizadas sem a espiritualidade
devida. Tanto os ministros ordenados quanto as equipes de liturgia
precisam vivenciar o que celebram. De outra forma, algumas
celebrações não remetem ao Mistério e reduzem a liturgia ao encontro
das pessoas entre si. Comentários infindáveis, cânticos desalinhados
com a Palavra, homilias sem preparo devido e a ausência de
momentos de silêncio são alguns dos aspectos que merecem revisão.

34
82. Na celebração eucarística, a comunidade renova sua vida em Cristo. A
Eucaristia é escola de vida cristã! A adoração ao Santíssimo
Sacramento, prolongamento da celebração eucarística, educa a
comunidade para permanecer unida em Cristo. É necessário evitar a
separação entre culto e misericórdia, liturgia e ética, celebração e
serviço aos irmãos. O Cristo reconhecido na Eucaristia remete ao
encontro e serviço aos pobres.

83. A verdadeira celebração e a oração exigem conversão e não criam


fugas intimistas da realidade, ao contrário, remetem à solidariedade e
à alteridade. Infelizmente, muitas experiências de oração se
desenvolvem sem essa dimensão. Pela oração superam-se o desânimo
e o cansaço diante da missão.

84. A Pastoral da Liturgia deve trabalhar constantemente para entender o


significado teológico (histórico) de cada parte da Santa Missa;
reconstruir à luz da Instrução Geral do Missal Romano, o verdadeiro
valor da Missa; Criar em cada um de nós um sentimento de profunda
gratidão pela doação do tesouro material e espiritual que a Sagrada
Liturgia nos entrega.

85. Cuidemos para que a celebração se faça de tal forma que ajude aos
irmãos da comunidade a chegar a uma participação mais respeitosa e
profunda.

86. Corrigir alguns desvios ou costumes menos convenientes que


chegaram a nós pela má interpretação do Concílio Vaticano II,
levando o perigo de desvirtuar o significado mais profundo da
Eucaristia. Entender que o próprio Rito da Missa já é dinâmico.

87. Se intensifique os estudos da Instrução Geral do Missal Romano e a


Introdução ao Lecionário, para que falemos a mesma língua em
questões litúrgicas. Também trabalhemos para o conhecimento do
Culto divino, dos sacramentos em geral e dos sacramentais.

35
88. Fomentem-se as preparações das Solenidades do Ano Litúrgico
juntos. Todas as reuniões de Pastoral são importantes, mas duas
devem ocupar o coração da comunidade: LITURGIA e
CATEQUESE, sem esquecer as do Conselho de Pastoral e
Administrativo.

89. Dentro da pastoral litúrgica deve ter uma prioridade a formação


permanente dos ministérios de música. Isto acontecerá por meio de
Encontrões de Estudo e Espiritualidade de, no mínimo dois (2) ao ano.

90. Tomamos como iniciativa permanente a UNIÃO das coordenações de


Ministros Extraordinários, Acólitos/ Coroinhas e Pastoral Litúrgica
em todas as coordenadas dentro da liturgia, para que sempre falemos a
mesma língua, seguindo sempre as orientações da Igreja presentes nos
Documentos e Orientações da Arquidiocese.

91. À luz das Visitas que a Coordenação Paroquial de Liturgia realizou


em todas as igrejas que compõe nossa Paróquia, chega-se a uma
conclusão de que precisamos:

a) Nenhuma equipe de animação litúrgica não deve adaptar os hinos,


preces e “comentários” conforme a diferença de presidentes das
celebrações, mas seguir as orientações da Igreja contidas na IGMR n.
24: “Tais adaptações consistem, muitas vezes, na escolha de certos
ritos e textos, como são os cantos, as leituras, as orações, as
admonições e os gestos, de forma a corresponderem melhor às
necessidades, à preparação e à capacidade dos participantes; elas
são da responsabilidade do sacerdote celebrante. Lembre-se,
contudo, o sacerdote que ele próprio é servidor da sagrada Liturgia,
e que não lhe é permitido, por sua livre iniciativa, acrescentar,
suprimir ou mudar seja o que for na celebração da Missa”.

b) Intensificar a unidade no falar e agir por parte dos presidentes das


celebrações, pois assim evitará a confusão na hora em que os ritos
estiverem sendo executados. Todos nós devemos intensificar o estudo

36
para o conhecimento da liturgia, sabendo o que cada um tem que fazer
no culto cristão.

c) Intensifique-se a conscientização dos ministérios de música para a


importância do uso da voz que deve sobrepor os instrumentos sempre.
Mostrou-se que o mais importante sempre foi o uso harmonioso da
voz, silêncio também faz parte da liturgia e que o Diretório de Liturgia
que estarão em nossas sacristias, devem ser consultados sempre.

d) A necessidade de todos os ministérios se reunirem a cada mês para


estudarem, prepararem e avaliarem as celebrações vividas por cada
comunidade. Todas as capelas devem ter sua reunião mensal de
liturgia, contendo duas partes: formativa e informativa.

FESTAS DOS PADROEIROS E CELEBRAÇÕES


PAROQUIAIS

92. É importante valorizar a religiosidade popular como lugar de


encontro com Cristo, pois a participação na sagrada liturgia não
abarca toda experiência espiritual que se manifesta em diversas
devoções e práticas religiosas. A piedade popular, porém, precisa ser
impregnada pela Palavra de Deus e conduzida ao centro da vida
litúrgica, isto é, à celebração o mistério pascal.

93. Valorizar as festas de nossos padroeiros, dando a maior importância a


SOLENIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS, padroeiro
de nossa Paróquia. Fomentamos a integração de todas as pastorais e
movimentos, de todas as Capelas em todas as comunidades onde
acontecerão as festas de nossos santos protetores. Para isto, deve-se
criar comissões organizadoras, tendo as seguintes frentes:

a) Comissão organizadora: esta é integrada de fiéis leigos que sempre a


três meses antes começam a contatar os irmãos da comunidade, para

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que de bom coração façam suas ofertas generosas à festa que se
aproxima. Isto requer o uso de criatividade, utilizando a “tradicional
carta convite” às pessoas que a receberem se sintam valorizadas em
colaborar com o evento. Faltando pouco antes de um mês para a festa,
esta equipe já se ocupa de recolher as ofertas generosas do povo de
Deus, a fim de preparar bem o evento e ajudar as outras comissões nos
trabalhos. Para esta comissão, todas as lideranças são convidadas,
inclusive os liderados: ministros, mensageiros (as) etc..

b) Todas as Pastorais e Movimentos (e Comunidades – quando se tratar


da Festa do Padroeiro da Paróquia) devem dar as mãos para a
organização, estrutura, arrecadação, espiritualidade, gestos concretos e
celebrações. Caso ocorra ao contrário, na caridade façamos a devida
correção e conscientização.

c) Comissão administrativa: esta é integrada com a coordenação da


comunidade onde irá acontecer a festa, juntamente com o Pároco e
demais padres, que juntos coordenarão a parte burocrática: Ofícios
(enviados à Secretaria de Cultura da Prefeitura, Guarda Municipal
etc.), responsabilizar e organizar a ambientação da festa.

d) Comissão litúrgica: Esta envolve todas as pastorais e movimentos.


Juntos preparam o tema reflexivo da festa, convida sacerdotes,
convida padrinhos para o altar e para o andor, sempre nomeando os
convidados um ano antes da festa, para que os convidados se
organizem e façam bem feito sua participação neste momento
especial.

94. Todas estas comissões trabalharão juntas, no mesmo tempo e período,


para prepararem os materiais de divulgação e publicarem não menos
de um mês de antecedência para a festa que se celebrará.

95. É de extrema importância que se dê destaque nas programações o


Nome da Comunidade, da Paróquia e da Arquidiocese de Curitiba.
Mostre sempre a foto dos Padroeiros como figuras principais das
divulgações, e nos eduquemos para o uso evangélico da doação: “Tu,
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porém, quando deres uma esmola ou ajuda, não deixes tua mão
esquerda saber o que
faz a direita” (Mt 6, 3). Isto não exime de que se tenham os nomes
dos patrocinadores nas propagandas, mas que ninguém saiba o que foi
doado pelo doador, porém deve-se agradecer ao doador que
generosamente se colocou a serviço da comunidade.

PASTORAL DO DÍZIMO

96. Pastoral do Dízimo é um serviço realizado na Igreja e tem como papel


principal de conscientizar cada participante da comunidade da sua
responsabilidade com a sua Igreja e com a sua Comunidade, levando-a
a refletir e organizar as contribuições. Tornar o cristão responsável
comunitariamente. O dízimo é uma expressão de gratidão a Deus por
tudo o que recebemos. É uma devolução voluntária, regular, periódica
e proporcional aos rendimentos recebidos, que todo batizado deve
assumir como sua obrigação em relação à manutenção da vida da
Igreja. Apesar de termos várias citações bíblicas sobre o dízimo, a
Igreja Católica não obriga os seus fiéis a serem dizimistas; portanto, o
dízimo não é obrigatório, mas é sinal de amor, de fé, de partilha e de
comprometimento com a sua Comunidade.

97. Se o dízimo não é obrigatório, por que devo ser dizimista? Porque
todo cristão, vivendo como família do povo de Deus, sendo dizimista,
demonstra sua corresponsabilidade pela vida e pela manutenção da
Igreja. Embora a Igreja necessite do trabalho voluntário em diversos
serviços, grupos, pastorais e movimentos, o voluntariado não substitui
o dízimo.

98. Para que serve o dízimo? O dízimo é aplicado em quatro dimensões:


a) Dimensão Religiosa: manter a dignidade do Culto, o sustento do
clero, e as estruturas do templo.
b) Dimensão Caritativa: ajuda aos mais necessitados.

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c) Dimensão Eclesial: oferece condições às paróquias e
comunidades de contribuírem de modo sistemático com a Igreja
Particular, mantendo vivo o sentido de pertença a ela.
d) Dimensão Missionária: despesas com a Evangelização, por meio
de sustento de todas as pastorais e movimentos que formam
nossas comunidades.

99. Fomentar a conscientização do povo de Deus na participação desta


pastoral, preparar bem as celebrações de ação de graça pelo dom da
vida dos dizimistas. Cuide-se para que ninguém que não seja de vida
ativa e permanente dentro da comunidade participe na administração
desta pastoral.

100. Fomentar os estudos sobre a teologia do dízimo e capacitar os agentes


da pastoral, tendo presente os documentos da Igreja, especialmente o
Doc. 106 da CNBB.

101. Na implantação do dízimo, os fiéis têm a oportunidade de conhecê-lo


bem para assumi-lo com motivações corretas. Saber bem o que ele é,
os seus fundamentos e as suas finalidades.

102. Cuidar bem do modo de apresentar o dízimo, evitando confusões.


Começar a implantação onde não tem com um período de
sensibilização, de conscientização e formação de agentes para a
Pastoral.

103. Organizar uma campanha que inclua equipe de coordenação, tema,


testemunhos dos dizimistas, prazos, planejamento, agentes etc..

104. A Pastoral do Dízimo deve envolver todas as pastorais da paróquia, os


movimentos, os serviços e as novas comunidades. Ter amplo diálogo
para aprofundar as convicções de todos os agentes, sejam ministros
ordenados e os diversos colaboradores. Os resultados vão depender de
um amplo processo participativo.

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105. Utilizar sempre da linguagem do agradecimento nas celebrações e
encontros da paróquia, rezar pelos dizimistas e pedir a Deus que nunca
falte mãos generosas que ajudem o serviço de evangelização da Igreja.

106. É importante realizar Assembleias Pastorais para promover o diálogo,


a participação e a corresponsabilidade de todos os cristãos.

107. Fomentar a participação também das crianças no gesto de devolução


do dízimo. Pois, o dízimo deve ser uma forma habitual de
contribuição, que nasce da formação da consciência fundamentada na
gratuidade de Deus.

PASTORAL DO BATISMO

108. A Pastoral de PREPARAÇÃO PARA O SACRAMENTO DO


BATISMO, formada por cristãos católicos leigos, em apoio aos
trabalhos dos vigários da Paróquia, objetiva informar, instruir e
conscientizar os pais e padrinhos para este ato sacramental, visando a
condução gradativa dos batizados às atividades cristãs católicas e nas
celebrações da Igreja.

109. O encontro de preparação para o batismo tem inspiração catecumenal,


e não se limita a formação e informação, ademais molda uma
caminhada personalizada, de encontro conjunto e não de mero apoio.

110. Fomentamos à Pastoral do Batismo um trabalho de conjunto com a


Pastoral Familiar, onde todas as famílias que participaram da
celebração do Sacramento do Batismo de seus filhos e afilhados,
participem de um encontro de ação de graças com a Pastoral da
Família e de uma missa de ação de graças preparada em conjunto,
sempre nas proximidades de final de ano.

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111. Fomentamos que todos os Agentes da Pastoral do Batismo não
deixem de ler e se formar nos materiais preparados pela Paróquia:
Livro de Encontros e Diretório Paroquial para o Batismo.

112. A nova modalidade de trabalho conjunto entre a Pastoral do Batismo e


a Pastoral da Família se manifestará da seguinte forma:

a) Segundo a metodologia da Pastoral do Batismo, os agentes celebrarão


duas celebrações propostas no “Livro de Encontros”, já formando os
pais e padrinhos para o último encontro que não se dará no dia do
Batizado dos catecúmenos, mas em um encontro especial preparado
pela Pastoral da Família que trabalhará o tema da perseverança.
b) A Pastoral da Família receberá mensalmente o número da quantidade
exata de pais e padrinhos que participaram da celebração do Batismo e
preparará este encontro, sempre em comunhão com a Pastoral do
Batismo.

PASTORAL DA FAMÍLIA

112. A Pastoral Familiar surgiu da necessidade de atuação da Igreja junto


às famílias devido às amplas, profundas e rápidas transformações da
sociedade e da cultura, pondo em questão esta instituição que constitui
o cerne da sociedade. A família sempre foi de grande importância para
a Igreja, pois através dela que o homem começa sua vida, formou sua
base. A Pastoral Familiar tem como missão ser misericordiosa,
acolhedora, integrada, defensora da vida e dos valores cristãos,
valorizadora do sacramento do matrimônio e formadora de igrejas
domésticas e comunidades de amor. Deste modo, deve-se observar as
propostas sinodais para a inclusão familiar de casais de segunda união,
casais com disparidade de culto, homossexuais e etc.

113. A Pastoral familiar destina-se a todos os tipos de pessoas e famílias


para ajudá-las e servi-las – famílias bem constituídas, desestruturadas,
futuras famílias, famílias em situação de miséria, distanciadas da vida
da Igreja, discriminadas, de migrantes, mães e pais solteiros, pessoas
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sem família, divorciadas, viúvos – toda situação familiar que necessite
de ajuda e acolhimento. Para melhor atuação, a Pastoral Familiar
divide-se em três setores: Pré-matrimonial, Pós-matrimonial e casos
especiais.

114. “A família deve ser a vossa grande prioridade pastoral! Sem uma
família respeitável e estável não pode haver organismo social sadio,
sem ela não pode haver uma verdadeira comunidade eclesial”, assim
dizia São João Paulo II. Conforme apresentamos, escolhemos a
SEMANA NACIONAL DA FAMÍLIA para que seja um tempo forte
dentro da Paróquia para refletir e celebrar sobre o dom da família.

115. Seguindo as Diretrizes da Arquidiocese de Curitiba, priorizaremos o


acompanhamento, a reestruturação e a implantação da Pastoral
Familiar em toda a nossa paróquia. Cuidando para que ela não seja um
grupo de pessoas que se reúnem para “formar casais que querem se
casar na Igreja”, mas vá muito além disso, sendo uma Pastoral que se
encontre para rezar, se formar, trocar experiências, visitar, trabalhar e
consagrar a família ao coração eucarístico de Jesus. Não nos
esqueçamos também dos casais de segunda união (os recasados),
oferecendo a eles um acompanhamento espiritual, celebrativo e
integrador dentro da comunidade cristã. Mostraremos a estes casais a
importância da Comunhão Espiritual e de seu trabalho dentro da vida
da Igreja.

116. A Pastoral Familiar possui quatro metas principais e estas


valorizaremos nesta Paróquia:

a) Fazer da família uma comunidade cristã;


b) Fazer com que a família seja santuário da vida;
c) Resgatar para a família seu justo valor de célula primeira e vital
da sociedade;
d) Tornar a família missionária e Igreja doméstica.

117. Nossos objetivos:

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a) Formar agentes qualificados;
b) Acolher toda família a partir da realidade em que se encontra;
c) Santificar os laços familiares;
d) Valorizar os tempos litúrgicos e datas civis;
e) Estabelecer articulações também com forças externas à Igreja;
f) Articular o trabalho em conjunto com as outras pastorais e
movimentos eclesiais;

118. A composição da Equipe de Pastoral Familiar, à semelhança da


Comissão Diocesana, e consideradas as características peculiares da
realidade paroquial, deve-se ter uma estrutura como a seguinte:

a) Uma Coordenação exercida por um casal;


b) Uma vice coordenação também sob a responsabilidade de um casal;
c) Um Assistente ou Assessor que pode ser o próprio pároco;
d) Uma Secretaria, sob a responsabilidade de um casal ou de pessoa
habilitada e designada para a tarefa;
e) Um Setor de Pastoral Pré-Matrimonial, a cargo de um casal e que
poderá ser subdividido em dois, para a preparação próxima ao
matrimônio (encontros de noivos e o da preparação remota, através de
direções de educação para o amor);
f) Um Setor de Pastoral Pós-Matrimonial, sob a responsabilidade de um
casal. Este, sim, poderia ser desdobrado em equipe de pastoral para
recém-casados; equipe de pastoral dirigida aos pais de crianças e
adolescentes que estão se preparando para a primeira eucaristia e
crisma e equipe de pastoral direcionada aos pais com filhos em
escolas;
g) Um Setor de Pastoral para os casos difíceis, a cargo de um casal. Para
isto, a nossa Arquidiocese, seguindo as orientações dos nossos Bispos,
implantará dentro da pastoral da Família o setor que acompanhará
casais que precisarão usar o Tribunal Eclesiástico da Arquidiocese.

MOVIMENTO DAS CAPELINHAS

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119. O Movimento das Capelinhas propõe-se: Unir as famílias pela oração,
pois “a família que reza unida permanece unida”. Aprofundar e
esclarecer a fé pela leitura e meditação da Bíblia, principalmente na
ocasião da visita. Unir as famílias pelo mesmo ideal para formar
verdadeiras comunidades, onde todos se conheçam, se amem e se
ajudem. Rezar, promover e amparar espiritual e materialmente as
vocações sacerdotais e religiosas.

120. Para seu funcionamento se propõe:

a) Trabalhe-se para manter as visitações de cada Capelinha, tendo


sempre a tradicional organização de que cada oratório deverá visitar
no máximo, 30 famílias, tendo um dia fixo para cada uma delas,
permanecendo um dia (24h) em cada casa. Sendo assim, deve-se
mostrar a responsabilidade de que cada família reze o terço e entregue
a capelinha no dia combinado em que a outra família vai receber.

b) A récita do santo terço em família.

c) Todas as famílias devem saber o dia da visita da capelinha e ser


pontuais em levá-la na hora e dia marcados à família seguinte.

d) Cada Capelinha terá o(a) seu(sua) zelador(a) aprovado (a) pelo Pároco
da Paróquia.

e) Se eventualmente se têm dentro do território paroquial alguma


capelinha de devoção particular que não seja reconhecida pelo Pároco,
deverão informar para se obter a aprovação do mesmo.

f) Fomente-se a preparação e participação do mês de maio, mês mariano,


onde em todas as comunidades aconteçam manifestações de fé à
Virgem Maria por meio da récita comunitária do rosário e outras
atividades mais. Porém, o tempo mariano por excelência é o Tempo
do Advento, nele todos nós devemos meditar sobre a escolha de Deus
por Nossa Senhora.

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g) Fomente-se o estudo e a espiritualidade mariana para todo(as) o(a)s
mensageiro(a)s, dando grande importância às suas participações no
serviço missionário, integrado com os Ministros Extraordinários,
Agentes da Pastoral do Batismo e Pastoral da Família. Abrindo-se também a
uma pastoral de conjunto em todas as comunidades onde estão implantadas as
Capelinhas de Nossa Senhora.

121. O(a)s Mensageiro(a)s devem somar forças para um trabalho


evangelizador e social, dentro da Festa de Sant’Ana nossa Padroeira.

MOVIMENTO DA RENOVAÇÃO CARISMÁTICA CATÓLICA

122. A Renovação Carismática Católica (RCC) é um movimento que


surgiu nos Estados Unidos em meados da década de 1960. Ele é
voltado para a experiência pessoal com Deus, particularmente através
do Espírito Santo e dos seus dons. Esse movimento busca dar uma
nova abordagem às formas de doutrinação e renovar práticas
tradicionais da mística católica.

123. O Grupo de Oração age como instrumento de inserção dos membros


da RCC na caminhada da vida pastoral da comunidade, sem esquecer-
se da prioridade da vida litúrgica, em especial o sacramento da
Eucaristia, fonte e ápice, intensificando a conscientização da
dignidade sacramental.

124. Objetivos permanentes:

a) Fomentar a graça do Batismo e a prática dos carismas, inclusive


como forma de melhorar a qualidade e aumentar a quantidade de
Grupos de Oração. Estudar o Catecismo e a participação na
Escola da Fé;
b) Priorizar o Grupo de Oração como espaço privilegiado para
evangelização;
46
c) Promover o Grupo de Oração como um meio eficaz de levar o
Evangelho a todos os ambientes, tais como: famílias, escolas,
universidades, locais de trabalho, presídios, hospitais, ruas;
d) Formar missionários para evangelizar crianças,
jovens,
Universitários, profissionais e famílias.
e) Utilizar como estratégia de formação ao leigo os Grupos de
Oração Paroquiais, os quais são subordinados ao Pároco e a
Coordenação local do Grupo de Oração. A Coordenação local
insere-se na hierarquia Nacional, onde se encontram por ordem
decrescente o Coordenador da Diocese, Estadual, Regional e
Nacional. Cada Coordenação possui seu núcleo ou Conselho
Administrativo.

APOSTOLADO DA ORAÇÃO

124. O Apostolado da Oração (AO) é um caminho espiritual que a Igreja


propõe a todos os cristãos para os ajudarem a ser amigos e apóstolos
de Jesus Ressuscitado na vida diária. A intimidade com Jesus,
alimentada na oração quotidiana, faz com que a pessoa se torne
interiormente disponível para a missão de Cristo, desejando colaborar
com Ele na redenção do mundo. O Apostolado da Oração é também
uma rede mundial de oração a serviço dos desafios da humanidade e
da missão da Igreja, expressos nas intenções mensais de oração do
Papa. Esta rede mundial de oração conta com mais de 35 milhões de
pessoas, presentes em 90 países.

125. A missão do Apostolado da Oração nesta paróquia é muito fecunda, e


assim continuará por meio da propagação da devoção ao Coração de
Jesus e Maria. Isto acontecerá no investimento da missionariedade dos
associados. Deverão visitar as famílias, principalmente as mais
necessitadas.
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126. Todos os meses cada centro introduzirá o Quadro do Sagrado Coração
de Jesus nas famílias, seguindo a tradição já vivenciada na paróquia.
E, para ajudar ainda mais na missão do Apostolado, incentivamos a
popularização do livro paroquial “Amor e Louvor” e da visita do
oratório do Sagrado Coração de Jesus, seguindo o ritual que no livro
está contemplado.

127. Fomentem-se e perseverem na participação mensal da Hora Santa do


Apostolado. Este momento de adoração seja pelas vocações religiosas
e sacerdotais. Seja este momento de oração mantido, preservado e que
não aconteça conflito dentro da Paróquia pelo simples fato do
Apostolado se encontrar para rezar.

128. Seja preservada a devoção das primeiras sextas-feiras de cada mês


com a celebração da Santa Missa e das Confissões individuais dos
futuros consagrados.

129. O Apostolado da Oração tem um sistema próprio de colaboração entre


si que serve para o sustento das atividades do movimento, na
aquisição de material para a divulgação da Devoção ao Coração de
Jesus e para a compra de objetos religiosos que possam favorecer a
dignidade do culto. Seja esta ação mantida e fomentada entre eles!
Não pode e nem deve haver conflito entre este movimento e outras
pastorais dentro da paróquia. A espiritualidade do Coração de Jesus é
uma fábrica de santos.

MOVIMENTO EUCARÍSTICO JOVEM (MEJ)

130. O MEJ estende-se como o braço jovem da Rede Mundial de Oração


pelo Papa (RMOP), ou popularmente conhecido como Apostolado da
Oração. Esse Movimento Internacional é de formação cristã para
adolescentes e jovens, de ambos os sexos, de 10 a 25 anos, aos quais
se deseja propor viver ao estilo de Jesus. Guiando-os a uma relação
amorosa com o Sagrado Coração de Jesus.

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131. Sua fundação parte da antiga Cruzada Eucarística, que teve grande
êxito em muitos países em meados do século XX. Sua renovação teve
início na França em 1962, ano que recebeu esse novo nome, que com
o passar do tempo foi adotado em demais países, chegando hoje a
mais de 59 países.

132. Tanto o MEJ quanto a RMOP (ou Apostolado da Oração) encontram


uma espiritualidade eucarística que convida seus membros a
configurar a própria vida a vida e ao Coração de Jesus, orientada pelo
desejo de um agir missionário na realidade cotidiana e pelo serviço à
Igreja. Por isso, entendemos o MEJ como parte da Rede Mundial de
Oração do Papa.

133. A tarefa específica do Movimento nesse âmbito é a de educar


adolescentes e jovens sobre o sentido de pertença e permanência na
Igreja. Acolhendo-os em uma etapa transitória, a de sua adolescência e
juventude, inculca-lhes hábitos e lhes propõe experiências de vida
eucarística, assim como os prepara para seu compromisso eclesial
adulto.

134. A espiritualidade está nutrida dos Exercícios Espirituais de Santo


Inácio de Loyola, conduzindo ao conhecimento interior de Jesus e de
sua Palavra, formando-os para encontrar o Senhor em todas as
dimensões diárias da vida. O movimento é, essencialmente, eclesial:
em, por e para a Igreja. Essa unidade eclesial se sustenta em três
pilares:

a) Evangelho: Contemplar para viver ao “estilo de Jesus”.


b) Eucaristia: Alimentar-se e ser moldado pela vida de Jesus.
c) Missão: Colaborar com a missão de Cristo a serviço das
necessidades e desafios da humanidade.

135. Por fim, o MEJ tem como padroeiros São Francisco Xavier e Santa
Teresinha do Menino Jesus, nos inspiram em seu amor a Cristo e no
serviço à Igreja. Ademais, a Virgem Maria está presente e acompanha

49
esse itinerário espiritual. Ela, como ninguém, encarnou os ideais de
disponibilidade à vontade do Pai.

PASTORAL DA ACOLHIDA

136. A Pastoral da Acolhida é um serviço da Igreja que se destina a


“receber bem” e “ir ao encontro” das pessoas, com o objetivo de
integrá-las, ajudá-las ou orientá-las na comunidade, na paróquia ou na
diocese, para que sejam membros vivos e atuantes do povo de Deus,
através de uma vivência de comunhão e participação, em vista da
missão. “Nossos fiéis procuram comunidades cristãs, onde sejam
acolhidos fraternalmente e se sintam valorizados, visíveis e
eclesialmente incluídos. É necessário que nossos fiéis se sintam
realmente membros de uma comunidade eclesial e corresponsáveis em
seu desenvolvimento. Isso permitirá maior compromisso e entrega na
e pela Igreja.” (Doc.de Aparecida -226).

137. Espiritualidade - Muito bem nos recorda a CNBB: “Hoje a religião é


mais acolhida do que herdada. O espaço que a Igreja pode ocupar na
vida das pessoas depende da qualidade do acolhimento e do
testemunho, e não mais do prestígio da instituição” (CNBB, Estudos
73, nn. 25 e 28). “A pessoa precisa ser acolhida na Comunidade com
abertura e sensibilidade para os diversos aspectos e dimensões de sua
identidade e existência”. (CNBB, Documento 45, n. 80).

PASTORAL DA AÇÃO SOCIAL

138. A Pastoral da Ação Social, ou Pastoral Social, promove a


aproximação da Igreja Católica com as pessoas excluídas socialmente,
por meio da formação humana, religiosa e profissional. Suas ações se
concretizam no trabalho voltado aos diferentes grupos da exclusão
social que estão em situação de desigualdade social, buscando sempre
servir a Deus e ao próximo com alegria.

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139. O agente de pastoral é aquele que acolhe a pessoa em suas
necessidades; sabe escutar a voz de Deus que se faz ouvir nas pessoas
e nos acontecimentos da vida; sabe amar as outras pessoas sem
preconceitos, acolhendo-as do modo como elas se apresentam; coloca-
se a serviço da vida, assumindo efetivamente seu compromisso
cristão, defendendo, promovendo, cultivando e celebrando os valores
presentes na vida dos empobrecidos.

140. A Pastoral da Ação Social está no coração da identidade e da missão


da
Igreja. Procuram continuar a missão de Cristo, expressa claramente no
capítulo quatro do Evangelho de Lucas (Lc 4,18-19 – O Espírito do
Senhor está sobre mim…). Elas reagrupam discípulos de Cristo das
classes populares que procuram traduzir sua mensagem de paz e
justiça nas estruturas da sociedade.

141. A urgência do auxílio social está não somente na ajuda material aos
famintos, mas, essencialmente, na fome de Verdade que todos temos,
a sede da água viva (Cf. Jo 7, 37-38) como ensina a Doutrina Social
da Igreja. A pastoral nunca deve ser assistencialismo, ela é um
chamado fidedigno a vestir o nu, dar de comer ao que tem fome, de
beber ao que tem sede, cuidar do enfermo, visitar o prisioneiro e
acolher o estrangeiro (Mt, 25, 35-36). A missão pastoral aqui
assumida por nossa paróquia é especialmente com as realidades de
exclusão em nosso território paroquial, como a situação das
ocupações, desempregados, moradores de rua, etc.

TERÇO DAS MULHERES

142. O terço das mulheres para muitos pode soar como uma novidade, mas
já temos sua semente plantada em nosso solo paroquial. Por que um
terço das mulheres? Valorizando a figura da mulher, segundo aponta o
Papa Francisco, que ela por vezes é vista de modo funcional, como a
que pode fazer isso ou aquilo, contudo sua característica primeira é

51
criar harmonia. Sem as mulheres o mundo não seria o mesmo, a
mulher nos ensina a acariciar, amar com ternura.

143. Maria Santíssima, como terna mãe, compartilha de todas as


experiências das mulheres, Maria é esposa cuidadosa, é virgem Santa
e humilde, é mãe carinhosa e atenta, mulher fiel, corajosa, forte e
lutadora. Desde os primórdios da Igreja ela foi modelo e sustento para
inspirar e encorajar as mulheres em suas escolhas, lutas e desafios.

144. A meditação dos mistérios tem um olhar mais feminino, valorizando


os pensamentos e sentimentos de Maria, mãe e esposa, diante dos
acontecimentos na vida de Jesus. O terço das mulheres tem esse
objetivo: estreitar os laços de pertença a Deus e a Nossa Senhora
através da oração.

TERÇO DOS HOMENS

145. O Terço dos Homens deseja resgatar, para o seio da Igreja de Cristo,
os homens de todas as idades, classes e culturas, pois é notória a sua
presença em todas as atividades humanas, mas com visível ausência
nas fileiras da Igreja. Entretanto, o Terço dos Homens não se prende
apenas à presença masculina.

146. Ele quer atingir toda a família dos participantes, colaborando com a
formação de lares verdadeiramente cristãos, de convivência harmônica
e verdadeiras expressões da fé católica. Dessa forma, busca-se no
exemplo da Sagrada Família o referencial para uma vida feliz e
serena, onde todos, pai, mãe e filhos, se sintam cumpridores dos seus
deveres, da vontade de Deus e da busca incessante da face do
Altíssimo.

147. A comunidade está cercada em sua maioria pela presença feminina.


Em muitos lares elas são as que sustentam e testemunham a vida de fé
e oração, porém a Igreja não se esquece de nenhum dos seus filhos e
deseja ardentemente que também os homens, como pilar familiar,
dêem seu testemunho e agreguem a comunidade eclesial.
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148. O homem que reza contribui tanto para as boas relações e superação
das dificuldades em família, bem como cria vínculo com outros
homens que possuem o mesmo objetivo que o seu, uma vida de
oração. Resultando em um novo olhar para a vida, seja no trabalho,
em casa ou no lazer, pois é isso que a oração faz, ensina homens e
mulheres a verem e ouvirem a voz de Deus no cotidiano.

MÃES QUE ORAM PELOS FILHOS (MOP)

149. O Movimento das Mães que Oram Pelos Filhos (MOP) ou Mães
Mônica, partilham do mesmo desejo, o chamado para orar pelos filhos
pode ter motivações diferentes, mas todas as mães na realidade
querem
que eles sejam felizes. Porém temos Maria, um modelo de mãe, no
silêncio e na oração venceu todos os momentos de dores e soube
rejubilar nas alegrias.

150. O grupo de mãe para conseguir atingir seus objetivos precisa seguir os
passos de Maria: buscar os sacramentos, a oração, obedecer aos
mandamentos e vivenciar a vida fraterna. Os ensinamentos nos
ensinam a gerar Deus em nós e na vida fraterna encontrar sentido de
pertença a Igreja e a comunhão com as outras mães.

151. Este movimento possui duas padroeiras: Nossa Senhora de La Salete e


Santa Mônica. A primeira relata a aparição da Virgem Maria que
como mãe, chora como último recurso de amor. Ela conversa, chama a
atenção, adverte, dá uma palmada, pede, insiste e só quando se
esgotam todos os recursos, todas as formas, todas as maneiras... Ela
chora. Foi assim em Salette, quando Maria tentou de várias formas
avisar sobre o pecado.

152. Santa Mônica, a co-padroeira, é modelo de mãe que se dedicou


piedosamente em rogar pela conversão de seu filho. Embora não fora
uma missão fácil, contudo não somente seu filho se converteu, bem
como seus amigos, Alípio e Possídio. Quando uma mãe se ajoelha, um
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filho se levanta. O MOP não se baseia apenas na recitação do terço,
mas compreende também outros momentos de espiritualidade e
formação, reunindo-se uma vez por semana. Intercedendo pelos filhos
e promovendo a intimidade com Deus para as mães.

PASTORAL DA PESSOA IDOSA (PPI)

153. A Pastoral da Pessoa Idosa (PPI) objetiva (1) acompanhar pessoas


idosas no domicílio, mensalmente, de preferência as mais fragilizadas,
levando os afetos e a ternura de Deus; (2) ser ponte entre as famílias e
os serviços de apoio à pessoa idosa na comunidade; (3) contribuir na
construção da Rede de solidariedade na comunidade e da Rede de
Serviços de apoio às pessoas que envelhecem.

154. A principal ação da PPI é o acompanhamento de idosos à domicílio,


principalmente aos mais vulnerabilizados. É fundamental que nas
visitas o agente da PPI tenha sempre um olhar misericordioso tanto
para a pessoa idosa como para seu cuidador (a). Essa atitude fortalece
a família e serve de estímulo para que continue cuidando com todo
carinho e paciência que esta bela missão exige.

155. A missão desta pastoral exige ser ponte entre a pessoa idosa e sua
família com os serviços de apoio e atendimento que existem no
município. É preciso encaminhar caso a pessoa idosa fragilizada,
caso não tenha família, aos órgãos competentes: Secretaria de
Assistência Social, CRAS, Conselho de Direitos da Pessoa Idosa e
Promotoria Pública. Construir uma rede de apoio quando necessário
para sensibilizar-se ao idoso, seja com grupo de vizinhos, comunidade
ou serviços públicos, e, acompanhar em média de 8 a 10 idosos por
membro da pastoral, preferencialmente as mais vulneráveis, seja pela
pobreza, pela solidão, isolamento, abandono, maus tratos, ou por
limitações físicas.

156. Em linhas gerais, a metodologia da PPI inspira-se no texto bíblico de


Marcos 6, 34-44. Através deste texto que apresenta a dos pães e
peixes, é possível descobrir um método simples, prático e eficaz
54
utilizado por Jesus. Seguindo o texto podemos descobrir nele os
passos:
ver/julgar(iluminar)/agir/ avaliar/celebrar.

CAPÍTULO VI

CULTO DO MISTÉRIO EUCARÍSTICO FORA DA MISSA

157. A celebração da Eucaristia é o centro de toda a vida cristã, tanto para


a Igreja universal como para as comunidades locais da mesma Igreja.
Com efeito, os outros sacramentos, como todos os ministérios
eclesiásticos e as obras de apostolado, estão ligados à santíssima
Eucaristia e a ela se ordenam. Efetivamente, na santíssima Eucaristia
está contido todo o bem espiritual da Igreja, que é o próprio Cristo,
nossa Páscoa e pão vivo, que, pela sua carne vivificada e
vivificadora sob a ação do Espírito Santo, dá a vida aos homens, os
quais são assim convidados e levados a oferecerem-se juntamente
com Ele, a si mesmos, os seus trabalhos e toda a criação.

158. Além disso, a celebração da Eucaristia no sacrifício da Missa é


verdadeiramente a origem e o fim do culto que à mesma Eucaristia
se presta fora da Missa. De fato, Cristo nosso Senhor, que «é
imolado no sacrifício da Missa quando começa a estar presente
sacramentalmente como alimento espiritual dos fiéis sob as espécies
do pão e do vinho», também, «depois de oferecido o sacrifício,
enquanto se conserva a Eucaristia nas igrejas ou oratórios, é

55
verdadeiro Emanuel», isto é, «Deus conosco». Com efeito, de dia e
de noite Ele está no meio de nós e habita em nós «cheio de graça e
de verdade.

159. A ninguém, portanto, é permitido duvidar «que todos os cristãos


devem prestar com veneração a este santíssimo Sacramento o culto
de latria que é devido ao verdadeiro Deus, segundo o costume desde
sempre recebido na Igreja Católica». Pois não deve ser menos
adorado pelo fato de o Senhor Jesus Cristo o ter instituído com o fim
de ser recebido em nossa boca. Para orientar e alimentar
corretamente a piedade para com o santíssimo Sacramento da
Eucaristia, deve considerar-se o mistério eucarístico em toda a sua
plenitude, tanto na celebração da Missa como no culto das sagradas
espécies, que se conservam depois da Missa para prolongar a graça
do sacrifício.

160. O fim primário e primitivo da Reserva eucarística fora da Missa é a


administração do Viático; os fins secundários são a distribuição da
comunhão e a adoração de Nosso Senhor Jesus Cristo presente no
Santíssimo Sacramento. Com efeito, a conservação das sagradas
espécies para os enfermos deu origem ao louvável costume de adorar
este alimento do céu que se guarda nos nossos templos. E este culto
de adoração funda-se numa razão válida e segura, sobretudo porque
a fé na presença real do Senhor leva naturalmente à manifestação
externa e pública dessa mesma fé.

161. Na celebração da Missa, os modos principais da presença de Cristo


na Igreja manifestam-se gradualmente: primeiro, enquanto está
presente na própria comunidade dos fiéis reunidos em seu nome;
depois, na sua palavra, quando na igreja se lê e se explica a
Escritura; igualmente na pessoa do ministro; e por fim e de modo
eminente, debaixo das espécies eucarísticas. Com efeito, no
Sacramento da Eucaristia está presente, de maneira absolutamente
singular, Cristo todo inteiro, Deus e homem, substancialmente e sem
interrupção. Esta presença de Cristo debaixo das espécies «chama-se

56
real por excelência, não por exclusão, como se as outras não fossem
também reais».

162. Seja verdadeiramente digno o lugar destinado à santíssima


Eucaristia. É muito de recomendar que seja ao mesmo tempo apto
para a adoração e oração privada, de tal modo que os fiéis, mesmo
no culto particular, possam, facilmente e com fruto, honrar o Senhor
presente no Sacramento.

163. Pedimos que todos os fiéis da Paróquia, especialmente os membros


de alguma pastoral, procurem estar com Jesus na Hóstia Santa, pelo
menos uma vez por semana. Não podemos viver longe da força que
dimana da Eucaristia!

164. Fomentem-se as Horas Santas em todas as comunidades e na própria


igreja Matriz. Crie-se a cultura eucarística, instituindo TODA
QUINTA-FEIRA como dia de adoração ao Santíssimo Sacramento.

165. Fomentem-se a devoção ao Santíssimo Sacramento.


Não necessariamente tem que ter um roteiro para adoração. Caso
tenha um ministro ordenado, pode-se expor o Santíssimo e adorá-lo,
quem sabe até no mais íntimo silêncio da comunidade.

166. Elegemos e trabalharemos para que a semana em que cai a


Solenidade de Corpus Christi seja para toda Paróquia a SEMANA
EUCARÍSTICA. Nela apresentem-se as riquezas e o poder da
Eucaristia por meio de catequeses, celebrações e fomentações para a
conscientização e participação de todos na procissão com o
Santíssimo em nossa igreja Catedral de Curitiba, celebrando assim,
em união com os nossos Bispos, uma grande festa da unidade.

57
CAPÍTULO VII

CONSELHO DE PASTORAL PAROQUIAL (CPP): SEU PAPEL


NA AÇÃO EVANGELIZADORA DA COMUNIDADE
*As mesmas regras são válidas para os Conselhos Comunitários de Pastoral das Comunidades, tendo
alguns acréscimos que faremos em itálico.

167. Vendo a necessidade de fazer chegar a todos o conhecimento sobre o


que é o Conselho de Pastoral e quem deve fazer parte, apresentamos,
em fidelidade ao Regimento dos Conselhos de Assuntos Econômicos
Paroquiais e das Capelas da Mitra da Arquidiocese de Curitiba, uma
definição que ajudará a todos na redefinição dos Conselhos de
Pastorais e Econômicos de todas as comunidades. Por orientação da
Igreja, faz parte do Conselho de Pastoral Paroquial, todos os
coordenadores de Pastoral e Movimentos da Paróquia, juntamente
com o coordenador(a) de cada comunidade do território paroquial.

58
Quem faz parte do Conselho de Pastoral Paroquial

168. O(a) coordenador(a) da comunidade deve pertencer a uma pastoral


específica dentro da própria Matriz ou Capela e ser um sinal de
presença constante no meio da comunidade. Estes, juntamente com os
coordenadores de Pastorais Paroquial formará o Conselho Pastoral
Paroquial (CPP): o coordenador paroquial de cada ministério.
Seguindo estas orientações, torna-se o CPP um organismo criado para
gerar representatividade e participação na ação evangelizadora da
Paróquia, em suas várias comunidades, pastorais e movimentos, tendo
como o Presidente o Reverendíssimo Pároco.

169. Resumindo: CPP é o organismo representativo de toda a Paróquia,


constituída por comunidades eclesiais (matriz e “capelas”),
ministérios, pastorais, movimentos eclesiais etc.. É sinal e instrumento
de comunhão eclesial, lugar de encontro e de convergência, de diálogo
e de irradiação pastoral.

Objetivo do CPP

170. Seu objetivo é ser um instrumento de comunhão eclesial, de


convergência dos objetivos evangelizadores e lugar para estabelecer
uma conexão e diálogo pastoral entre Padres e fiéis, capaz de irradiar
o anúncio da Boa Nova na região onde este povo é chamado a
evangelizar e ser evangelizado.

A missão do CPP

171. O CPP tem a missão de garantir a vida de comunhão na paróquia. Por


isso, é responsável pela organização e articulação das pastorais, e pela
espiritualidade e formação dos fiéis. Ao CPP cabe rezar, refletir,
planejar, decidir, animar e revisar toda a ação pastoral da paróquia.
Ele deve preparar, organizar e realizar a Assembleia Paroquial de
Pastoral, que é a instância mais importante da caminhada pastoral da
59
paróquia. Ele encaminha a realização do Planejamento Paroquial de
Pastoral. A ele cabe conhecer a realidade e seus desafios, julgá-la com
os olhos dos fatos e da Palavra de Deus, e estimular ações
transformadoras que a tornem sinal do Reino de Deus.

Por que o CPP?

172. Desde o Concílio Vaticano II (1962-1965), a Igreja Católica assumiu


um rosto novo, definido como Povo de Deus. Insiste-se mais na
dimensão da Igreja-comunhão. É o novo jeito de ser Igreja-família,
Igreja-participação, Igreja-comunidade, Igreja-povo. Nela, todos os
fiéis são corresponsáveis pela vida cristã e pela missão
evangelizadora. Todos os batizados têm carismas ou dons, para serem
postos a serviço da comunidade. O CPP é a expressão organizacional
da Igreja, que pretende ser mais participativa e comunitária. Quanto
mais conselhos houver na Igreja, mais ela será participativa.

Para que o CPP?

173. O CPP tem como finalidade garantir a presença de todas as forças


vivas na animação da ação pastoral da paróquia. É, sobretudo, uma
garantia da presença e da atuação do laicato, com o fim de superar as
práticas autoritárias e clericais ainda presentes entre nós. Além disso,
o CPP serve para garantir a continuidade pastoral da paróquia. Hoje é
muito comum haver transferência de pároco. Bem mais comum do
que antigamente, quando um pároco ficava décadas numa só paróquia.
O CPP garante que, com a mudança do pároco, a paróquia não sofra
quebra de continuidade de sua ação pastoral. A função principal é a de
ser um lugar de participação, reflexão, decisão, execução e avaliação
pastoral. O CPP é um instrumento de representação da comunidade e
de articulação pastoral, um espaço e instrumento de comunhão, de
cidadania e democracia na Igreja.

Como deve está organizado o CPP?


60
174. Como em todos os níveis da Igreja, também o CPP se organiza
segundo os princípios de unidade e diversidade. Na Igreja, o Papa é
responsável pela unidade, enquanto os bispos do mundo inteiro
representam a diversidade. Na diocese, o Bispo é responsável pela
unidade, enquanto os padres, diáconos e lideranças leigas representam
a diversidade de paróquias, pastorais, movimentos, tendências
espirituais e teológicas. Na paróquia, o Pároco é responsável pela
unidade, enquanto os vigários paroquiais, os diáconos, as lideranças
leigas e os coordenadores representam as forças vivas existentes na
paróquia.

Objetivos específicos do CPP

175. O CPP tem como objetivo específico executar as decisões das


assembleias Ordinárias e Extraordinárias; articular e animar toda a
vida pastoral da paróquia; aprovar investimentos para a formação de
lideranças; propor iniciativas pastorais; opinar e decidir sobre as
finanças e o patrimônio (despesas, compras e vendas, reformas etc.);
resolver questões do dia-a-dia; ouvir a comunidade e encaminhar as
soluções dos problemas, manter a Paróquia em comunhão com o Setor
pastoral e com a Arquidiocese.

O que é necessário para o CPP funcionar bem

176. Para que o CPP possa funcionar bem, deve-se escolher pessoas única e
exclusivamente ligadas à vida pastoral da comunidade, seguindo as
orientações dadas em um dos parágrafos anteriores aqui. É
expressamente aconselhável que não se permita a participação tanto
do Conselho de Pastoral ou Econômico, pessoas que não caminham
com a realidade pastoral da comunidade paroquial, mesmo que seja
assídua frequentadora das celebrações da comunidade (gosta de vir a
missa).

177. Nenhum cargo (coordenação ou administração) dentro da comunidade


deve-se ser transferido sem o consentimento de todos os membros da
61
pastoral em que necessita de mudança ou de algum conselho
econômico da comunidade.

178. Somente o Pároco, ouvindo o seu Conselho ou a comunidade


interessada, pode aprovar a eleição realizada de forma extraordinária
de qualquer pastoral, movimento, equipe administrativa
ou da comunidade.

179. Os requisitos necessários para a escolha de qualquer liderança ou


composição de equipe de pastoral administrativa, deve passar pelo
rigor da caminhada evangélica que dê testemunho de vida; sejam
abertas à pastoral e engajadas na comunidade; tenham visão de Igreja
e queiram doar-se no serviço aos irmãos.

180. É preciso, também, constituir comissões de trabalho e ter cronograma


de atividades. Abrir-se às mudanças e estudar temas de interesse
comum, que ajudem a conhecer e enfrentar os desafios. Preparar bem
as reuniões. Fazer de cada reunião uma oportunidade de auto
evangelização. Ter espiritualidade para superar as dificuldades. Fazer
passeios, retiros e estudos em comum. Avaliar as reuniões. Usar de
criatividade nas reuniões. Garantir a continuidade da caminhada.
Evitar a rotatividade das pessoas.

Quem preside o CPP?

181. Quem preside o CPP é o pároco ou o vigário outorgado pelo pároco.


Ele deve estar presente em todas as reuniões, pôr na pauta os grandes
desafios e compromissos da paróquia, oferecer os grandes eixos
doutrinais e pastorais, afim de iluminar os participantes a tomar as
decisões que forem necessárias. Para que isto aconteça, estabelecemos
um calendário com o dia fixo na semana do mês, para que em todas
reuniões participe o padre.

182. Sem a presença do pároco ou vigário as determinações assumidas em


reunião não têm peso ou caráter de orientação ou lei a ser seguida em
questões pastorais, quando a decisão é tomada de forma particularista.
62
Coordenador(a) e secretário(a):

183. Além do pároco, que preside o conselho, haverá também um(a)


coordenador(a), que será responsável pela articulação, organização,
agenda das reuniões etc. Esse coordenador deve atuar em sintonia e
unidade com o pároco. É necessário que se tenha um(a) secretário(a)
que tome nota dos principais discursos e determinações, recolha
assinatura dos participantes e leia sempre a Ata no início das próximas
reuniões.

Qual é o tempo de mandato dos membros do CPP?

184. Os membros do CPP têm um mandato de dois anos, podendo ser


reconduzidos. Deve-se evitar que as mesmas pessoas se perpetuem no
cargo e não deem espaço para novas lideranças. Evite a rotatividade
pura e simples, a fim de garantir a continuidade da caminhada
pastoral. O ideal é que, na escolha de representantes, haja um
equilíbrio entre membros novos e outros que tenham experiência da
vida paroquial.

Qual a frequência das reuniões do CPP?

185. O CPP deve reunir-se uma vez por mês, ou, no mínimo,
bimestralmente, e toda vez que se fizer necessário. Todas as reuniões
sejam registradas no Livro de Atas. Deve-se ter em conta que em cada
reunião não podem faltar quatro coisas:

a) Aprender algo novo;


b) Acolher e valorizar cada pessoa;
c) Crescer na amizade e no relacionamento;
d) Aprofundar-se na vida espiritual.

63
186. Uma vez dado por encerrado o registro nas páginas do Livro Ata, este
deve ser levado à secretaria da paróquia para ser arquivado.

Ações do CPP

187. Vejamos algumas das principais ações de um CPP:

a) Envolver e organizar os fiéis na vivência evangelizadora da Igreja,


segundo o Plano Arquidiocesano ou Paroquial de Pastoral;
b) Promover e manter a unidade entre os irmãos da Comunidade;
c) Incentivar e promover a vivência dos que se dispõem a exercer
alguma atividade ministerial nas comunidades, trabalhando para que
haja uma estreita união e sintonia com o Plano de Pastoral Paroquial;
d) Organizar, zelar e motivar a vivência litúrgica na comunidade
paroquial, seguindo as orientações gerais da Igreja descritas nos
diversos Documentos para o Culto divino;
e) Promover e organizar a devoção em honra aos padroeiros;
f) Promover e participar dos momentos fortes de espiritualidade das
Pastorais e Movimentos da Paróquia ou da Arquidiocese;
g) Zelar pela vivência da comunhão de bens por meio do dízimo e de
outras ações que geram a captação de recursos financeiros,
conduzindo
essas com espírito cristão, seguindo sempre as orientações de nossos
Bispos;
h) Ser protagonista na reflexão e na definição do uso dos recursos
materiais disponíveis, estudando e propondo prioridades;
i) Propor, analisar e aprovar projetos de construção, reforma, compra,
vendas e outros que diz respeito à Paróquia, em estreita união com as
Diretrizes da Arquidiocese para o Departamento Econômico;
j) Executar e avaliar as prioridades pastorais, fazendo crescer o número
de pessoas engajadas na vida da Igreja;
k) Planejar, executar e avaliar as assembleias paroquiais;
l) Apreciar e aprovar os balanços financeiros
m) Fazer acontecer o Plano Pastoral Paroquial em todas as Comunidades
ligadas à Paróquia;
64
n) Dar testemunho da vivência fraterna, atualizando a vivência dos
primeiros cristãos.

Conselho Comunitário de Pastoral CCP

188. É um grupo de pessoas que coordena, orienta, anima e auxilia os


trabalhos pastorais e administrativos da comunidade, tendo em vista a
evangelização. Ele trabalha o entrosamento entre pessoas e grupos da
comunidade e desta com a paróquia:

a) Assessora promoções;
b) Convoca e coordena assembleias comunitárias;
c) Aprova a prestação de contas.

189. É bom que façam parte do Conselho Comunitário de Pastoral as


pessoas que coordenam os grupos organizados na comunidade, como
catequese, liturgia, pastorais, dízimo e movimentos. Entre os seus
membros deve ser eleito um coordenador(a) que garantirá a ligação
com o Conselho Paroquial de Pastoral. Por menor e mais simples que
seja, toda comunidade deve ter o seu Conselho Comunitário de
Pastoral.

190. Este conselho deve se reunir, quanto possível, mensalmente para


avaliar a vida e o trabalho da comunidade, aprofundar algum tema de
estudo e propor ações para o dia a dia da Igreja naquele lugar.

65
CAPÍTULO VIII

CONSELHO ECONÔMICO PAROQUIAL/ E DAS CAPELAS


(CAEP)/ (CAEC): SEU PAPEL NA AÇÃO EVANGELIZADORA
DA
COMUNIDADE

191. O CAEP (ou CAEC) é o órgão representativo da comunidade


paroquial, que sob a presidência do pároco, colabora na administração
dos bens da paróquia, atendendo as necessidades pastorais definidas
pelo pároco, junto com o Conselho Pastoral Paroquial (CPP). Uma vez
assumido o compromisso em comum sobre qualquer gasto de
interesse no CPP, o CAEP obrigatoriamente executa a ação desejada.
Sendo assim, o CAEP (CAEC) será sempre subordinado ao CPP,
conforme as normas da Arquidiocese de Curitiba.
66
O CAEP (CAEC) que é?

192. Um grupo que deve ser constituído por fiéis, membros ativos dentro
das Pastorais e Movimentos da comunidade, dignos, honestos,
conscientes de seu papel, disponíveis e capazes no campo
administrativo; escolhidos de acordo com as diretrizes
arquidiocesanas, votados e aceitos pelo CPP que auxilia o pároco na
administração dos bens da paróquia e na promoção da pastoral
paroquial.

Objetivo do CAEP (CAEC)

193. Ajudar o pároco na administração econômica da igreja, otimizar os


recursos financeiros da Paróquia e zelar pelo patrimônio da mesma.

194. É expressamente proibido a escolha de pessoas para compor o CAEP


(CAEC) que não participam da vida da comunidade, que não tenha um
espírito comunitário e, que não se sinta dono ou administrador privado
das reservas que a comunidade com muita dificuldade, amparada pela
generosidade dos fiéis, têm adquirido em sua caminhada pastoral.

195. Fica expressamente proibido a transmissão de “cargo” dentro do


CAEP (CAEC) feita pelos próprios membros do conselho, sem a
devida apreciação do CPP e a aprovação do Pároco.

196. O pároco, mesmo com a votação e a aprovação do CPP, se


eventualmente, tendo as provas necessárias para a revogação da
escolha, pode indeferir a nomeação.

197. O mandato dos membros do CAEP (CAEC) será de três anos,


podendo ser renovado por mais um mandato, não mais que isto,
segundo o Diretório Arquidiocesano.

198. Fica expressamente proibido o rodízio de cargos dentro do mesmo


conselho, caso aconteça o término do segundo mandato de governo do
67
CAEP (CAEC). É necessário que aconteça uma renovação total a cada
quatro anos.

199. O CAEP (CAEC) será constituído por: Presidente (sempre o Pároco);


Presidente Executivo, Vice-Presidente Executivo, 1º Tesoureiro, 2º
Tesoureiro, 1º Secretário e 2º Secretário. Reafirmamos que NENHUM
membro deste conselho seja alguém que não participe da vida pastoral
da comunidade, pois todos devem conhecer a realidade e a
necessidade pastoral e paroquial como um todo.

200. Ao CAEP (CAEC) fica expressamente proibido a revogação de


qualquer determinação tomada pelo CPP. Por isto, se tem como
presidente de ambos os Conselhos o próprio pároco.

CONCLUSÕES

A missão do leigo na vida da Igreja

201. Até aqui vimos um protagonismo bonito e sadio da vida laical em


praticamente todos os capítulos deste Plano de Pastoral. Nesta
conclusão, nos voltamos com mais atenção a eles, partindo do grande
exemplo que temos, a nossa própria Padroeira Sant’Ana, mulher
leiga a serviço de Deus. “Eu sou a verdadeira videira... Vós sois os
ramos” (Jo 15,1-8). A vitalidade dos ramos depende de sua ligação à
videira, que é Jesus Cristo: “quem permanece em mim e eu nele, dá
muito fruto, porque sem mim não podeis fazer nada” (Jo 15,5)”. A
renovação eclesiológica conciliar compreendeu o cristão leigo

68
plenamente como membro efetivo da Igreja e não como um fiel de
pertença menor ou inferior, a quem faltasse algo da comum
dignidade cristã (LG, cap. 4).

202. Notamos que o laicato como um todo é um “verdadeiro sujeito


eclesial” (DAp, n. 497a). Cada cristão leigo é chamado a ser sujeito
eclesial para atuar na Igreja e no mundo. Temos firme esperança de
que continuarão dando grande contribuição à renovação da Igreja de
Cristo e sua atuação no meio dos homens.

203. A nossa Paróquia, unida à caminhada arquidiocesana, não difere e


nem pode divergir da peregrinação da Igreja do Brasil quando olha
para o horizonte e reafirma: “Os leigos também são chamados a
participar na ação pastoral da Igreja” (DAp, n. 211). Porém, assim
como o leigo não pode substituir o pastor, o pastor não pode
substituir os leigos naquilo que lhes compete por vocação e missão.
Além disso, a ação dos cristãos leigos não se limita à suplência em
situação de emergência e de necessidades crônicas da pastoral e da
vida da Igreja.
É uma ação específica da “responsabilidade laical que nasce do
Batismo e da Crisma” (EG, n. 102).

204. Devido as decepções vivenciadas nestes últimos tempos aqui no


Brasil, percebemos que os cristãos leigos diminuíram seus passos na
discussão
sobre os problemas sociais ou ainda são omissos na atuação das
estruturas e realidades do mundo: nos areópagos da universidade, da
comunicação, da empresa, do trabalho, da política, da cultura, da
medicina, do judiciário e outros.

205. Lutemos para mudar esta realidade, pois isto tende a considerar os
leigos quase exclusivamente ao serviço do interior da Igreja, fugindo
assim da missão própria do leigo no mundo.

69
206. Extirpemos do nosso pensamento a ideia da pretensão de ver o leigo
como aquele que aspira a intenção “de dominar os espaços da
igreja”, esquecendo de que é fora dela que o Senhor nos quer em
missão. Caso não tenhamos essa consciência, nossa comunidade
sofrerá da carência de unidade - guerras entre os leigos ou então
surgirão propostas místicas desprovidas de compromisso social.

207. Para nos ajudar a refletir dizem os Bispos: “Queremos reconhecer os


diferentes rostos dos cristãos leigos e leigas, irmãos e
corresponsáveis na evangelização. São para nós motivo de alegria e
de ânimo na vivência do ministério ordenado”. E Santo Agostinho
reconhecendo o peso do ministério pastoral, alegra-se com a
companhia dos seus fiéis nos ajuda a entender esta mensagem
dizendo: “Atemoriza-me o que sou para vós; consola-me o que sou
convosco. Pois para vós sou bispo; convosco, sou cristão. Aquele é o
nome do ofício recebido; este, da graça; aquele, do perigo; este, da
salvação”.

208. Nos empenhamos em ser dóceis à ação do Espírito Santo que nos
ajuda a identificar as tentações da missão que podem ferir a ação
evangelizadora da Igreja, partindo desde da ideologização da
mensagem evangélica, passando pela fé que se torna meio e
instrumento de exclusão; Reducionismo socializante; Reduz a
Palavra de Deus a partir da ótica puramente social; criando um
psicologismo que afasta a Igreja da missão; cria um funcionalismo
sem amor pela causa do Reino; A evangelização se transforma em
função burocrática (dando prioridade a um grupo determinado para
as visitas, excluindo todos os outros que tem o DEVER DE IR AO
ENCONTRO DOS AFASTADOS); Forma um clericalismo, onde
tudo se espera pelos padres; outro extremos é ver se criar no padre
um reduto centralizador, onde tudo está em seu poder pessoal,
clericalizando os leigos que também buscam clericalização; crescerá
o individualismo, surgindo assim uma organização (a igreja) a partir
de experiências espirituais intimistas e individualizantes,
comunitarismo sectário.

70
209. O Documento 105 da CNBB convida a Igreja a reconhecer seu papel
no mundo: Comunidade de discípulos de Jesus Cristo; Escola de
vivência cristã onde o projeto do Reino encontra os meios de sua
realização e um sinal de contradição para o que não condiz com o
plano de Deus; Organização comunitária; Comunidade inserida no
mundo; Povo de Deus com os sinais do Reino no mundo;
Comunidade que se abre permanentemente para as urgências do
mundo; Comunidade de ajuda e serviço mútuo; Igreja “em saída”, de
portas abertas para a missão.

210. Uma das compreensões centrais da Igreja na tradição bíblico-eclesial


e desenvolvida de maneira privilegiada no Vaticano II é a de Povo de
Deus. Esta noção sugere a importância de todos os membros da
Igreja. A noção da Igreja como povo de Deus lembra que a salvação,
embora pessoal, não considera as pessoas de maneira individualista,
mas como inter-relacionadas e interdependentes. A noção de povo de
Deus chama a atenção para a totalidade dos batizados: todos fazem
parte do povo sacerdotal, profético e real.

211. A Igreja é chamada a ser mostrada como Corpo de Cristo na


História. A imagem do Corpo de Cristo implica num forte
compromisso ético de cuidado e solidariedade dos membros uns para
com os outros, especialmente para com os mais fracos (1Cor
12,1227). Apesar do crescimento da consciência da identidade e da
missão dos cristãos leigos e leigas na Igreja e no mundo, ainda há
longo caminho a percorrer: “A tomada de consciência desta
responsabilidade laical, que nasce do Batismo e da Confirmação, não
se manifesta de igual modo em toda a parte; em alguns casos, porque
não se formaram para assumir responsabilidades importantes, em
outros por não encontrarem espaço
nas suas Igrejas particulares para poderem exprimir-se e agir, por
causa de um excessivo clericalismo que os mantém à margem das
decisões” (EG, n. 102).

Vocação Universal à Santidade

71
212. A reflexão sobre o perfil mariano da Igreja abre muitos horizontes e
oferece luzes para maior e melhor compreensão do ser e da missão dos
leigos e leigas no seio do povo de Deus. Os cristãos leigos e leigas se
santificam de forma peculiar na sua inserção nas realidades temporais,
na sua participação nas atividades terrenas. Esta santidade pode ser
fortalecida nos âmbitos de comunhão eclesial e atuação do leigo como
sujeito: na Família, Paróquia e comunidades eclesiais; nos Conselhos
de pastorais e os Conselhos de assuntos econômicos e nas
Assembleias.
213. Trabalhemos tendo sempre em mente os critérios de Eclesialidade: A
primazia dada à vocação de cada cristão à santidade; A
responsabilidade em professar a fé católica no seu conteúdo integral;
O testemunho de uma comunhão sólida com o Papa e com os bispos;
A conformidade e a participação na finalidade apostólica da Igreja e
no empenho de uma presença na sociedade.

ANEXO

72
REGIMENTO DOS CONSELHOS DE ASSUNTOS
ECONÔMICOS PAROQUIAIS E DAS CAPELAS
(CAEP-CAEC) DA MITRA DA ARQUIDIOCESE DE
CURITIBA - PR

CAPÍTULO I
DA INSTITUIÇÃO E DA DENOMINAÇÃO

Art. 1 ° - O Conselho de Assuntos Econômicos Paroquiais e o


Conselho de Assuntos Econômicos das Capelas, adiante denominados
CAEP e CAEC, respectivamente, serão constituídos por um grupo de fiéis,
escolhidos de acordo com o Direito Universal e as Normas que se seguem,
que tem por objetivo auxiliar o pároco na administração dos bens da
paróquia e na promoção da Pastoral Paroquial (Cân. 537; 1280 do Código
de Direito Canônico - CDC).

Art. 2° - O CAEP e o CAEC são obrigatórios (Cân. 537; 1280) e


devem existir em todas paróquias e capelas.

Art. 3° - A finalidade primordial do CAEP e do CAEC é estar a


serviço do Conselho Paroquial Pastoral (CPP) e do Conselho Comunitário
Pastoral (CCP) e prover as suas necessidades de ordem econômica.

Art. 4°. - Os membros que compõem o CAEP e o CAEC são


voluntários e suas atividades são exercidas gratuitamente, ficando vedada a
distribuição de lucros, bonificações ou vantagens, sob qualquer forma ou
pretexto.

Art. 5° - O CAEP e o CAEC têm personalidade própria e seus


membros não respondem, nem mesmo subsidiariamente, pelas obrigações
contraídas em nome da paróquia ou capela.

73
CAPÍTULO II
DA SEDE E DO FORO

Art. 6° - A sede do CAEP e do CAEC é a sede da Paróquia, e o foro,


para efeitos canônicos, ora a própria paróquia, ora a Mitra da Arquidiocese
de Curitiba, segundo as leis da Igreja, e, para efeitos civis, a sede da
comarca a que pertence a paróquia, segundo as leis civis vigentes.

CAPÍTULO III
DO PATRIMÔNIO PAROQUIAL

Art. 7° - Nenhuma paróquia poderá subsistir sem ter a sua renda. O


CAEP e o CAEC deverão empenhar-se no sentido de angariar e organizar
a renda, tendo em vista a formação e manutenção de um patrimônio (Cân.
1254;1259ss).

Art. 8° - O patrimônio paroquial é constituído por bens móveis e


imóveis que possua ou venha a possuir, bem como pela renda de títulos,
legados, donativos, auxílios, arrecadações, coletas e demais bens e direitos
(Cân. 1255).

Art. 9° - O patrimônio paroquial destina-se à manutenção da


paróquia, das capelas, casas e salões paroquiais, bem como, à provisão das
despesas do culto, das pastorais paroquiais e de outros serviços (Cân. 1254
§ 2).

Art. 10 - O patrimônio lotado para usufruto da paróquia ou capela é


administrado, em nome da Autoridade Arquidiocesana, pelo CAEP e
CAEC.

74
§1° - Todos os bens imóveis adquiridos pela paróquia devem ser
escriturados e registrados em nome da Mitra da Arquidiocese de Curitiba
sob a assessoria do Setor de Patrimônio da mesma.

§2° - Para dispor dos bens patrimoniais paroquiais (vender, trocar, doar,
hipotecar) será necessário adotar o procedimento definido pela Autoridade
Arquidiocesana (Cân. 1291), orientado pelo Setor de Patrimônio da Mitra.

Art. 11 - Os contratos de aluguéis e comodatos devem ser feitos,


conforme as leis vigentes, pela Mitra da Arquidiocese de Curitiba, bem
como qualquer contrato que onere o patrimônio paroquial, mediante a
consulta prévia ao Setor de Patrimônio da Mitra.

Art.12 - Toda a igreja ou oratório público somente poderá ser


construído com licença da Autoridade Arquidiocesana (Cân. 1215; 1224)
que orienta e apoia, através do Setor de Patrimônio da Mitra, quanto a
tramitação dos ofícios e guias para licenças, alvarás e recolhimentos
devidos à órgãos públicos:

§ 1 ° - A autorização para construir só será concedida mediante a


escrituração do respectivo terreno à Mitra da Arquidiocese de Curitiba ou
com a garantia de contratos de comodato válidos para construção.

§2° - Deve ser apresentada planta para aprovação da Autoridade


Arquidiocesana para obra nova, reforma, ampliação, demolição, através do
Setor de Patrimônio da Mitra.

Art. 13 - Todos os veículos de propriedade da paróquia ou capela


somente sejam adquiridos após consultados o CAEP·, o CAEC e a Mitra.
Os veículos devem ser registrados em nome da Mitra da Arquidiocese de
Curitiba, com o CNPJ da paróquia, com assessoria do Setor de Patrimônio
da Mitra e devidamente contabilizados.
§1° - Cópia do Certificado de Registro e o documento original do
Certificado de Transferêncía.do Veículo devem ser enviados ao Setor de
Patrimônio da Mitra, imediatamente após a aquisição do veículo.

75
§2° - A venda ou transferência dos veículos obedece idêntica rotina
administrativa. O Certificado de Registro de Veículo para transferência
somente pode ser assinado pelos procuradores da Mitra, cujo instrumento
público de procuração deve ser apresentado ao Detran.
§3° - Todos os veículos da Mitra tenham cobertura de seguro total.
Privilegia-se, no cálculo do valor da apólice, o "quantum" devido
para cobertura de danos a terceiros.

CAPÍTULO IV
DA ADMINISTRAÇÃO

Art. 14 - Os membros que compõem, necessariamente, o CAEP são


os seguintes:
I - Presidente - sempre o pároco;
II - Presidente executivo;
III - Vice-presidente executivo;
IV - Primeiro secretário;
V - Segundo secretário;
VI- Primeiro tesoureiro; VII-
segundo tesoureiro.
§1° - Nas capelas, o CAEC deverá ser integrado por, no mínimo, quatro
membros:
I - Presidente - sempre o pároco;
II - Presidente executivo; III - Secretário; IV -
Tesoureiro.
§2° - O coordenador e o primeiro tesoureiro do CAEP são membros natos
do CPP. O mesmo princípio aplica-se às capelas para o CCP.

Art.15 - O presidente do CAEP e do CAEC será sempre o pároco, os


demais membros serão indicados pela comunidade e com referendo do
pároco, para um mandato de 3 (três) anos, podendo ser nomeados por uma
segunda vez, no mesmo cargo (Cân. 532; 1279 § 2°)
§1°- Para o CAEP e o CAEC podem ser indicadas pessoas de ambos
os sexos, maiores, preferencialmente residentes na área da paróquia,
honradas, honestas, interessadas e participantes na promoção pastoral e
76
material da comunidade e que estejam de acordo com os critérios ditados
pelo presente Regimento.
§2°. Não devem ser nomeados para o CAEP e CAEC funcionários
paroquiais.

Art. 16 - A nomeação dos membros que compõem o CAEP e o


CAEC deverá ser requerida ao Arcebispo que, através da Cúria, imitirá
provisão aos referidos membros. (Cân. 1279 § 2)
§ 1°. Na Arquidiocese de Curitiba, o mandato e a posse serão dados pelo
pároco, ou administrador paroquial, que receberá o juramento dos
membros que compõem o CAEP e o CAEC, preparando-os, junto à Mitra,
para os seus encargos, tanto por um suficiente treinamento específico,
como pelo conhecimento deste Regimento.
§2°. A provisão e o termo de posse do CAEP deverão constar no livro do
tombo da paróquia, e do CAEC, no livro de atas, da capela.
§3°. O mandato dos membros que compõem o CAEP e o CAEC, a juízo
do pároco juntamente com o Arcebispo, poderá ser abreviado.
§4°. Os membros do CAEP e do CAEC poderão ser substituídos, devendo
os atos correspondentes constarem nos competentes livros.

Art. 17 - Antes que os administradores, membros do CAEP e do


CAEC, iniciem o desempenho de seus cargos, devem (Cân. 1283):
I - Prometer, com juramento diante do Arcebispo ou de seu Delegado que
administrarão exata e fielmente;

Fórmula de juramento:
"Juro cumprir bem e fielmente os deveres do meu cargo, zelando
pelos interesses da Igreja Católica Apostólica Romana, da minha
paróquia, e da minha Arquidiocese.
Assim me ajudem Deus e estes Santos Evangelhos que toco com
minhas mãos".

II - Levantar um inventário exato e particularizado, assinado por eles, dos


bens imóveis, móveis preciosos ou de certo valor artístico ou cultural, e de
outros, com a devida descrição e avaliação, sob a orientação do Setor de
Patrimônio da Mitra;
77
III- providenciar a revisão e atualização do inventário já existente,
inclusive, encaminhando cópia à Mitra;

IV - Conservar um exemplar desse inventário no arquivo da paróquia e


outro na Mitra, anote-se em ambos qualquer mudança que afete o
patrimônio;

V - Participar de treinamentos promovidos pela Mitra da


Arquidiocese de Curitiba;

VI - Obedecer às normas da contabilidade centralizada e se sujeitar às


regras de controle e fiscalização financeiras correspondentes.

Art. 18 - Os membros do CAEP e do CAEC são obrigados a cumprir


o seu encargo com a diligência de um bom pai de família (Cân. 1284), por
isso devem (Cân. 1284; 1286; 1287; 1288):

I - Zelar para que os bens confiados a seus cuidados não venham, de modo
algum, a perecer ou sofrer danos, fazendo para esse fim contratos de
seguro para os imóveis, móveis e utensílios de toda natureza;

II - Cuidar para que a propriedade dos bens eclesiásticos seja garantida de


modo civilmente válido;

III - Organizar e arquivar conveniente e adequadamente os documentos dos


bens patrimoniais da paróquia ou capela, na sede da mesma, em
conformidade com as orientações do Setor de Patrimônio da Mitra;

IV - Aplicar vantajosa e seguramente o dinheiro remanescente de despesas,


com o consentimento da Autoridade Arquidiocesana, ficando vedado o
empréstimo de dinheiro da paróquia ou das capelas a pessoas ou famílias
particulares;

V - Pagar nos prazos estabelecidos juros devidos por empréstimos ou


hipotecas, e providenciar oportunamente a restituição do capital;
78
VI- Manter atualizada, mensalmente, a contabilidade junto à Mitra
mantendo-se no arquivo paroquial cópias dos relatórios de registros de
entradas e saídas (entende-se por contabilidade da paróquia o registro das
movimentações financeiras da matriz somada às das capelas, para tanto,
devem as capelas manter atualizada mensalmente a contabilidade junto à
paróquia);

VII - A contabilidade deverá ser feita de acordo com a legislação nacional e


com as orientações da Mitra, de forma centralizada;

VIII - Preparar, ao final de cada ano, a prestação de contas da administração e a


previsão orçamentária para o exercício seguinte;

IX - Observar, exatamente, nas relações de trabalho, as leis relativas ao


mesmo, e à vida social, de acordo com os princípios ensinados pela Igreja;

X - Introduzir ou contestar alguma lide de tribunal civil, em nome da Mitra


da Arquidiocese de Curitiba, paróquia ou capela, somente depois de obtida
a licença oficial escrita pelo próprio Arcebispo;

XI - Prestem aos fiéis conta dos bens por estes oferecidos à paróquia ou
capela.

Art. 19 - Os membros do CAEP e do CAEC reunir-se-ão:

I - Ordinariamente, ao menos uma vez por semestre, juntamente com


o CPP ou CPP para a prestação de contas do período e elaborar a previsão
orçamentária para o período seguinte;

II Extraordinariamente, sempre que for necessário ou útil para o


bom andamento da administração (mensal, bimensal etc.);

III - de modo obrigatório sempre que se tratar de despesas


extraordinárias ao orçamento.

79
SEÇÃO I
DO PRESIDENTE

Art. 20 - Compete ao presidente:

I - Representar o CAEP e o CAEC ativa e passivamente junto à Mitra


(Cân. 532; 1279);

II - Zelar pelo correto exercício dos mandatos dos membros que compõem o
CAEP e o CAEC;

III - Responder perante à Mitra, quando convocado;

IV - Convocar e presidir as reuniões ordinárias e extraordinárias do CAEP e


do CAEC;

V - Supervisionar o cumprimento das finalidades do CAEP e do


CAEC;

VI - Fazer transações, adquirir, onerar, alienar nos termos facultados pelo


presente regimento em conformidade com G) §2 do art. 10 deste
Regimento;

VII - Providenciar para que o inventário dos bens e documentos contábeis


sejam enviados, em tempo hábil, à Mitra da Arquidiocese de Curitiba, até
o dia 10 (dez) do mês subsequente;

VIII - Promover a composição de departamentos e a divisão de serviços em


geral, acompanhando os seus funcionamentos, e zelar pela regularidade e
fiel execução de suas incumbências;

IX - Responsabilizar-se pessoal e diretamente pela integridade do patrimônio


paroquial e pela preservação das obras históricas e artísticas;

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X - Providenciar a abertura, controle e movimentação de conta corrente e/ou
poupança para paróquias e capelas, conjuntamente com o coordenador
e/ou tesoureiro do CAEP ou CAEC.

Art. 21 - O presidente pode substabelecer direitos e deveres que são


seus nas pessoas do coordenador e dos demais membros que compõem o
CAEP e o CAEC, bem como poderá substabelecer o vigário paroquial para
a presidência do CAEC.

SEÇÃO II
DOS DEMAIS MEMBROS

Art. 22 - Cabe ao presidente executivo do CAEP ou do CAEC


coordenar as atividades e praticar os atos inerentes ao seu cargo, em
sintonia com presidente e com o presente regimento:

I. Apoiar as pastorais da paróquia ou da capela, juntamente com o


CPP ou CCP;

II. Liberar verbas para fins pastorais;

III. Conduzir a rotina administrativa da paróquia ou capela;

IV. Organizar as rendas;

V. Reformar, conservar, ampliar os bens imóveis e adquirir e conservar os


bens móveis;

VI. Conduzir a administração econômico-financeira em geral;

VII. Cuidar para que, no devido tempo definido pela Mitra, sejam feitas as
apresentações de relatórios e as prestações de contas;

VIII. Proceder, juntamente, com o presidente, as movimentações bancárias e


de aplicações;

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IX. Prestar contas periodicamente de suas atividades ao presidente.

Art. 23 - O vice-presidente executivo substituirá o presidente executivo nas


suas faltas ou impedimentos.

Art. 24 - Cabe ao secretário:

I. redigir as atas das reuniões do CAEP ou do CAEC submetendo-as à


aprovação e registrar os fatos mais importantes da paróquia ou capela;

II. manter em boa guarda e segurança os documentos e livros que estiverem


sob seus cuidados;

III. auxiliar na administração geral, juntamente com os demais componentes


do CAEP ou do CAEC.

Art. 25 - Compete ao tesoureiro:

I. providenciar os pagamentos de rotina e os demais pagamentos aprovados


pelo CAEP ou CAEC;

II. elaborar, com os demais membros do CAEP ou do CAEC e com o CPP ou


CCP, a previsão orçamentária das receitas e despesas;

III. apresentar mensalmente, ou nos prazos determinados pela Autoridade


Arquidiocesana, cada capela à paróquia e a paróquia à Mitra os
documentos contábeis;

IV. proceder, juntamente com o presidente, as movimentações bancárias e de


aplicações.

Parágrafo Único: O presidente executivo ou o tesoureiro só poderão


assinar cheques e ordens de pagamento conjuntamente com o presidente.

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Art. 26 - O segundo secretário e o segundo tesoureiro não tem mera
função subsidiária, mas são tidos também como conselheiros.

CAPÍTULO V
DAS NORMAS ADMINISTRATIVAS GERAIS

Art. 27 - As festas e promoções de cunho religioso, que visam lucros


materiais, devem ser condizentes com o espírito cristão do povo.

Art. 28 - Evitem-se nomear familiares do pároco para encargos na


paróquia, caso aconteça, sejam registrados como funcionários.

Art. 29 - Fora da rotina administrativa, o CAEP e o CAEC não


poderão fazer despesas ou aplicar dinheiro sem a prévia realização da
reunião extraordinária, especialmente convocada conforme o art. 19 deste
Regimento.

§1º. Por rotina administrativa entende-se:

a) Tudo o que se relaciona com o normal funcionamento da paróquia ou


capela; conservação dos prédios, conservação e limpeza das sacristias, dos
objetos de culto, dos cemitérios, compra de material para o culto etc.;

b) Arrecadação de coletas e cobranças do dízimo, sempre relatando ao pároco


os valores arrecadados no dia;

c) Pagamento das contribuições à paróquia e à Mitra;

d) Cumprimento dos encargos sociais trabalhistas conforme o Manual de


Orientações e Procedimentos para Recursos Humanos de modo a evitar
demandas na Justiça do Trabalho.

§2°. O ano financeiro coincidirá com o ano civil.

83
Art. 30 - As contas bancárias da paróquia e das capelas devem ser
abertas em nome da Mitra da Arquidiocese de Curitiba, com o CNPJ da
Paróquia, e movimentadas por meio de procuração emitida pela Assessoria
Jurídica da Mitra.

Parágrafo único: Os depósitos feitos para a Arquidiocese deverão ser


informados ao Setor Financeiro da Mitra logo após a efetivação.

Art. 31 - Estão prescritas as seguintes coletas que deverão ser


entregues ao Setor Financeiro da Mitra logo após o recolhimento:

§1°. Para a Santa Sé:

a) Óbolo de São Pedro (no domingo entre 28 de junho e 4 de julho);

b) Lugares Santos, (na sexta-feira Santa);

c) Missões, (no penúltimo domingo de outubro).

§ 2°. Para a Igreja Particular e CNBB (Regional e Nacional):

a) Coleta para a evangelização (no 3°. Domingo do advento);

b) Campanha da Fraternidade;

c) Seminários - No último domingo de agosto. As paróquias diocesanas


devem entregar 100% à Mitra e às paróquias servidas por congregação
devem entregar 50% à Mitra e destinar 50% aos seminários da sua
congregação;

d) Por ocasião da Crisma, às comunidades contribuam com a taxa


estabelecida pela CNBB Regional Sul 2 para auxiliar os seminários
arquidiocesanos. Esta contribuição deve ser entregue ao Arcebispo, Bispo
Auxiliar, Vigário Episcopal ou à Mitra.

84
Art. 32 - Mensalmente, todas as paróquias e capelas deverão enviar
10% de todas as suas entradas à Mitra. Para as paróquias servidas por
congregações religiosas, o pároco e o CAEP devem entrar em acordo para
contribuir à congregação com, no máximo, cinco das entradas, sem alterar
o cálculo da contribuição devida à Mitra.

§ 1°. Entende-se por entradas das paróquias as espórtulas de batismo,


espórtulas de casamento, espórtulas de intenção de missa, dízimo
paroquial, coletas comuns, aluguéis de prédios, salões, canchas e outros,
renda líquida das promoções (festas, bingos, rifas, etc.) doações e rendas
de cemitério.

§2°. Nenhuma paróquia se considere isenta desta contribuição.

CAPÍTULO VI
DO DÌZIMO

Art. 33 - O dízimo deve fazer parte da vida cristã servindo às


paróquias e, com ele, se deve suprir as despesas ordinárias, materiais e
pastorais (Cân. 222 § 1°; 1262), contemplando as três dimensões básicas:

a) Religiosa: manutenção da Igreja (luz, limpeza, material, água, telefone,


folhetos) catequese, liturgia e tudo o que diz respeito ao culto a Deus. O
dízimo deve manter a casa paroquial, os padres, funcionários e as
necessidades pastorais da paróquia e da arquidiocese;

b) Social: deve servir também para ajudar os mais pobres;

c) Missionária: o dízimo deve ajudar o anúncio da Palavra de Deus. Manter


pessoas para isso e sustentar a atividade missionária.

Art. 34 - Cada paróquia e capela deverá ter uma equipe paroquial do


dízimo.

85
Art. 35 - As equipes devem animar, conscientizar, organizar,
registrar as entradas e entregar ao CAEP ou ao CAEC que, por sua vez,
apresentará a prestação de contas mensalmente e encaminhará ao CPP, que
informará a comunidade. A comissão 10 - Comissão da Dimensão
Econômica e Dízimo (Animação do Dízimo, Administração, Patrimônio e
Secretaria Paroquial) encontra-se à disposição de todos para orientações,
palestras etc.

Art. 36 - Cada fiel deve contribuir com o dízimo conforme a sua


consciência. A contribuição poderá aumentar gradativamente, conforme a
caminhada de fé e as orientações da Igreja.

Art.37 - O dízimo seja familiar. Cada família se reúna para ver o


quanto pode oferecer. Membros da família que tenham seu próprio
sustento deverão contribuir individualmente com o dízimo.

Art.38 - Em caso de despesas extraordinárias, permite-se a realização


de outras promoções enquanto o dízimo não for suficiente.

CAPÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 39 –A Autoridade Arquidiocesana reserva-se o direito de


interpretar as dúvidas e resolver os casos omissos no presente regimento,
bem como os conflitos que possam surgir na sua execução.

Art. 40 - Diante do exposto no presente regimento, os atos atinentes


à matéria, praticados fora do mesmo podem não ter efeito, podendo ser
contestados, conforme Código Civil Brasileiro, uma vez que o Código de
Direito Canônico é reconhecido como regimento interno.

ANEXO I:
TRANSCRIÇÃO DOS CÂNONES DO CÓDIGO DE DIREITO
CANÔNICO CITADOS NESTE TRABALHO

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Cân. 222 - §1. Os fiéis têm obrigação de socorrer às necessidades da
Igreja, a fim de que ela possa dispor de tudo que é necessário para o culto
divino, para as obras de apostolado e de caridade e para o honesto sustento
dos ministros.

Cân. 532 - Em todos os negócios jurídicos, o pároco representa a


paróquia, de acordo com o direito: cuide que os bens da paróquia sejam
administrados de acordo com os cânones 1281 -1288.

Cân. 537 - Em cada paróquia, haja o conselho econômico, que se


rege pelo direito universal e pelas normas dadas pelo Bispo Diocesano;
nele os fiéis, escolhidos de acordo com essas normas, ajudem o pároco na
administração dos bens da paróquia, salva a prescrição do cân. 532.

Cân. 1215 - §1. Não se edifique nenhuma igreja sem o


consentimento expresso e escrito do Bispo Diocesano.

§2. O Bispo não dê o consentimento, a não ser que, ouvido o


conselho presbiteral e os reitores das igrejas vizinhas, julgue que a nova
igreja possa servir para o bem das almas, e que não faltarão os meios
necessários para a construção da igreja e para o culto divino.

§3. Mesmo os institutos religiosos, embora tenham recebido a


permissão do Bispo diocesano para estabelecer uma nova casa numa
diocese ou cidade, devem obter sua licença antes de construir uma igreja
em lugar certo e determinado.

Cân. 1224 -§1. O Ordinário não conceda licença pedida para se


construir um oratório, a não ser depois de o ter visitado pessoalmente ou
por outrem, e de o ter encontrado decentemente preparado.

§2. Entretanto, uma vez dada a licença, o oratório não pode ser
destinado a usos profanos sem autorização desse Ordinário.

87
Cân. 1254 - §1. A Igreja católica, por direito nativo,
independentemente do poder civil, pode adquirir, possuir, administrar e
alienar bens temporais, para a consecução de seus fins próprios,

§2. Seus principais fins próprios são: organizar o culto divino, cuidar
do conveniente sustento do clero e dos demais ministros, praticar obras de
sagrado ·apostolado e de caridade, principalmente em favor dos pobres.

Cân. 1255 -A Igreja universal e a Sé Apostólica, as igrejas


particulares e qualquer outra pessoa jurídica, pública ou privada, têm
capacidade jurídica de adquirir, possuir, administrar e alienar bens
temporais, de acordo com o direito.

Cân. 1259 - A igreja pode adquirir bens temporais por todos os


modos legítimos de direito natural e positivo e que sejam lícitos aos outros.

Cân. 1262 - Os fiéis concorram para as necessidades da Igreja com


as contribuições que lhes forem solicitadas e segundo as normas fixadas
pela Conferência dos Bispos.

Cân. 1279 - § 1. A administração dos bens eclesiásticos compete


aquele que governa imediatamente a pessoa a quem esses bens pertencem,
salvo determinação contrária, do direito particular, dos estatutos ou de
algum legítimo costume, e salvo o direito do Ordinário de intervir em caso
de negligência do administrador.

§2. Na administração dos bens de uma pessoa jurídica pública que,


pelo direito, pelo documento de fundação ou pelos próprios estatutos, não
tenha administradores próprios, o Ordinário, a quem está sujeita, designe,
por um triênio, pessoas idôneas; estas podem ser nomeadas pelo Ordinário
uma segunda vez.

Cân. 1280 - Toda pessoa jurídica tenha seu conselho econômico ou


pelo menos dois conselheiros que ajudem o administrador no desempenho
de suas funções, segundo os estatutos.

88
Cân. 1281 - §1. Salvas as prescrições dos estatutos, os
administradores praticam invalidamente atos que excedam os limites e o
modo da administração ordinária, a não ser que previamente tenham
obtido, por escrito, a autorização do Ordinário.

§2. Sejam determinados nos estatutos os atos que excedem o limite e


o modo da administração ordinária; no entanto, se os estatutos silenciam a
respeito, compete ao Bispo diocesano, ouvido o conselho econômico,
determinar tais atos para as pessoas que lhe estão sujeitas.

§3. A pessoa jurídica não é obrigada a responder por atos praticados


invalidamente por administradores, a não ser quando e enquanto lhe tenha
advindo vantagem; mas responde por atos praticados por administradores,
ilegítima porém validamente, salvos, de sua parte, ação ou recurso contra
os administradores que lhe tiverem dado prejuízo.

Cân. 1283 -Antes que os administradores iniciem o desempenho de


seu encargo:
1°. Devem prometer, com juramento diante do Ordinário ou de seu
delegado, que administrarão exata e fielmente;

2°. Deve-se redigir um inventário exato e particularizado, assinado


por eles, das coisas imóveis, móveis preciosos ou de certo valor cultural, e
das outras, com respectiva descrição e avaliação; o inventário já redigido
seja revisto;

3°. Conserve-se um exemplar desse inventário no arquivo da


administração e outro no arquivo da cúria; anote-se em ambos qualquer
mudança que afete o patrimônio.

Cân. 1284 - §1. Todos os administradores são obrigados a cumprir


seu encargo com a diligência de um bom pai de família.

§ 2. Devem, portanto:

89
1°. Velar para que os bens confiados a seu cuidado não venham, de
algum modo, a perecer ou sofrer danos, fazendo para este fim contratos de
seguro, quando necessário;

2°. cuidar que a propriedade dos bens eclesiásticos seja garantida de


modo civilmente válido;

3°. observar as prescrições do direito canônico e do direito civil, ou


impostas pelo fundador, pelo doador ou pela legítima autoridade, e
principalmente cuidar que a Igreja não sofra danos pela inobservância das
leis civis;

4°. exigir cuidadosamente no tempo devido os réditos e proventos


dos bens, conservá-los com segurança e empregá-los segundo a intenção
do fundador ou segundo as normas legítimas;

5°. pagar, nos prazos estabelecidos, juros devidos por empréstimos


ou hipotecas e providenciar oportunamente restituição do capital;

6°. aplicar, para os fins da pessoa jurídica, com o consentimento do


Ordinário, o dinheiro remanescente das despesas que possa ser investido
vantajosamente;

7°. terem boa ordem os livros das entradas e saídas;

8°. preparar, no final de cada ano, a prestação de contas da


administração;

9°. organizar devidamente e arquivar conveniente e adequadamente


os documentos e instrumentos em que se fundam os direitos da Igreja ou
instituto, no que se refere aos bens; guardar cópias autênticas no arquivo
da cúria, onde seja possível fazê-lo comodamente.

§3. Recomenda-se insistentemente aos administradores que preparem


cada ano a previsão orçamentária das entradas e saídas; o direito particular

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pode prescrevê-la e determinar mais exatamente o modo como deve ser
apresentada.

Cân. 1286 - Os administradores de bens:


1°. observem exatamente, nos contratos de trabalho, as leis civis
relativas ao trabalho e à vida social;

2°. deem a justa e honesta retribuição aos que prestam trabalho por
contrato, de modo que lhes seja possível prover convenientemente às
necessidades próprias e de seus familiares.

Cân. 1287 - §1. Reprovado o costume contrário, os administradores,


tanto clérigos quanto leigos, de quaisquer bens eclesiásticos que não
estejam legitimamente subtraídos ao poder de regime do Bispo diocesano,
são obrigados, por ofício, a prestar contas anualmente ao Ordinário local,
que as confie para exame ao conselho econômico.

§2. Os administradores prestem aos fiéis conta dos bens por estes
oferecidos à igreja, de acordo com normas a serem estabelecidas pelo
direito particular.

Cân. 1288 - Os administradores não introduzam nem contestem


nenhuma lide diante de tribunal civil, em nome da pessoa jurídica pública,
sem ter obtido a licença escrita do próprio Ordinário.

Cân. 1291 - Para alienar validamente bens que por legítima


destinação constituem patrimônio estável de uma pessoa jurídica pública, e
cujo valor supera a soma definida pelo direito, requer-se a licença da
autoridade juridicamente competente.

91
BIBLIOGRAFIA

ARQUIDIOCESE DE CURITIBA. Diretório Arquidiocesano. Curitiba:


Editora de Curitiba, 2013.

Conselhos de Assuntos Econômicos Paroquiais e das Capelas


(CAEPCAEC). Curitiba: 2007.

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA. 9ª. ed. Petrópolis: Vozes; São


Paulo: Loyola; Paulinas; Ave-Maria; Paulus; 1998.

CONFERÊNCIA EPISCOPAL PORTUGUESA. Sagrada comunhão e


culto do mistério eucarístico fora da missa. Braga: Gráfica, 2014.

CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL. 22º Plano


do Secretariado Geral 2016-2019. Brasília: CNBB, 2016.

CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL.


Comunidade de Comunidades: Uma nova paróquia; Documento 100.
São Paulo: Paulinas, 2014.

CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL. Cristãos


Leigos e Leigas na Igreja e na sociedade: sal da terra e luz do mundo;
Documento de estudo 105. Brasília: CNBB, 2016.

92
CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL. Cristãos
Leigos e Leigas na Igreja e na sociedade: sal da terra e luz do mundo;
Documento 107. Brasília: CNBB, 2016.

CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL. Iniciação à


vida cristã: itinerário para formar discípulos missionários; Documento
107. 2ª ed. Brasília: CNBB, 2017.

INSTRUÇÃO GERAL SOBRE O MISSAL ROMANO/ Comentário de


J. Aldazábal. São Paulo: Paulinas, 2007.

MITRA DA ARQUIDIOCESE DE CURITIBA. Regimento dos

PARÓQUIA SANT’ANA. Planejamento paroquial de pastoral:


orientações e roteiro. Curitiba: 2016.

PARÓQUIA SANT’ANA. Planejamento paroquial de pastoral:


orientações e roteiro (2018-2020). Curitiba: 2018.

RELATÓRIO FINAL DO SÍNODO DOS BISPOS 2021-2023. Por uma


Igreja sinodal: comunhão, participação e missão. Curitiba: 2023.

93

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