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Paróquia Imaculado Coração

de Maria
Henrique Jorge
Fortaleza – Ceará Prof. Gledson de Albuquerque com
adaptação de Wellington Silva
• O Papa está propondo
um grande exercício
para a Igreja: abertura
ao Espírito Santo e ao
povo de Deus, ou seja,
viver aquilo que já
estava delineado em
Atos 2, 42-44: “eles
estavam no caminho,
juntos e unânimes na
oração, na fração do
pão e na caridade
fraterna”.
SÍNODO: significa
fazer o caminho
juntos. Refletir
como Igreja e para
a Igreja, na sua
caminhada, na sua
missão. Não se trata
de um esquema ou
de um processo
democrático de
escolhas. Mas um
caminhar juntos.
• O Sínodo faz parte do ser
próprio da Igreja. O Santo Padre
nos convoca a todos para fazer
essa experiência de seguirmos no
caminho, revendo percursos e
estratégias de caminhada.

• A Igreja vive a sinodalidade


desde sempre. Ela não é
acidental, mas ESSENCIAL. Já em
Atos 15 temos uma primeira
experiência dessa sinodalidade:
com Pedro e sobre Pedro.
Esse caminho não se trata de um lugar, mas de
uma Pessoa: JESUS, Caminho, Verdade e Vida – Jo
14,6.
- É caminho para o Pai: o que Jesus traz do Pai, Ele
o comunica para os seus discípulos;
- É do ser da Igreja a missão: caminhando junto,
transformando mentes e corações;
- As três pessoas divinas são reflexos dessa
missão e emanação da graça necessária para o
caminhar;
- O SÍNODO, portanto, é um discernimento do
Espírito, no Espírito para a Igreja. Já dizia São
João XXIII, por ocasião da abertura do Concílio
Vaticano II:
“A Igreja quer repensar sua missão na mente de
Cristo”,
ou seja,
RECEBER TUDO DE CRISTO PARA DAR TUDO À
HUMANIDADE!
 TUDO parte do Batismo e o respectivo “sensus fidei” que daí deriva –
Lumen Gentium 12.

 Não se chega ao Sínodo com nada pronto. O Sínodo reconhece a


necessidade de se percorrer um caminho que agora nos é aberto: aberto
para o diálogo, em toda a Igreja, para formulação desse Caminho do
Senhor.

 O Espírito Santo é o vinculante de TODOS os fiéis. Daí que o Sínodo é o


reconhecimento desse Espírito em todos os membros da Igreja.

 Pensar nessa sinodalidade é pensar nesse agir de Deus que nunca está
sozinho, mas age nesse Espírito de Comunidade Trinitária.

Como fazer o Caminho?


- Tudo está impresso na palavra
COMUNHÃO.

- Mt 16,18 – Se estão unidos, então


ligam o céu à Terra.

- Com o coração ÚNICO: ter na


mente e coração que é o mesmo
Espírito que atua em todos e através
de TODOS. É a PLURALIDADE na
UNIDADE. Diversidade na
Unidade.
PORTANTO, O SÍNODO É:
1. Período propício de abertura de coração
à humanidade para expressar seus anseios;
2. Ouvir as expressões da fé das pessoas;
3. Após esse ouvir o que o Espírito Santo
diz, discernir o que Ele quer;
4. Não se trata de um parlamento universal,
mas acolher a iluminação de Deus e
exercitar, na fé e na caridade, aquilo que
Ele prometeu: a unidade da fé.
5. Chegar a voz de todo o povo de Deus
até o Papa daquilo que o Espírito Santo
suscita em nós;
6. É CAMINHO – ENCONTRO –
DISCERNIMENTO;
7. É COMUNHÃO – PARTICIPAÇÃO –
MISSÃO;
8. É POVO – PEREGRINO – TENDA.
O Sínodo é um percurso de efetivo
discernimento espiritual, que não
empreendemos para dar uma bela
imagem de nós mesmos, mas a fim
de colaborar melhor para a obra de
Deus na história. Assim, quando
falamos de uma Igreja sinodal, não
podemos contentar-nos com a
forma, mas temos necessidade
também de substância, instrumentos
e estruturas que favoreçam o
diálogo e a interação no Povo de
Deus, sobretudo entre sacerdotes e
leigos.
Papa Francisco
❖ O Sínodo corre três riscos:

1)O primeiro é o risco do formalismo, de reduzir um Sínodo a um evento


extraordinário, mas de fachada. Como se alguém ficasse olhando a bela
fachada de uma igreja sem nunca entrar nela.

2) O segundo risco é o do intelectualismo: Transformar o Sínodo numa


espécie de grupo de estudo, com intervenções cultas, mas alheias aos
problemas da Igreja e aos males do mundo; uma espécie de «falar por falar»,
onde se pensa de maneira superficial e mundana, alheando-se da realidade do
santo Povo de Deus, da vida concreta das comunidades espalhadas pelo
mundo.

3) O último risco é o da tentação do imobilismo. Dado que «se fez sempre


assim» é melhor não mudar. Quem se move neste horizonte, mesmo sem se
dar conta, cai no erro de não levar a sério o tempo que vivemos. O risco é que,
no fim, se adotem soluções velhas para problemas novos.
Como em qualquer viagem,
precisamos de estar
conscientes das armadilhas
que podem vir a dificultar o
nosso progresso durante este
tempo de sinodalidade.
Apresentamos, em seguida,
VÁRIAS ARMADILHAS que é
preciso evitar, para
promover a vitalidade e a
fecundidade do Processo
Sinodal.
1)A tentação de querermos ser o guia de nós mesmos em vez de nos
deixarmos guiar por Deus. A sinodalidade não é um exercício estratégico
corporativo. É, antes, um processo espiritual conduzido pelo Espírito Santo.
Podemos sentir a tentação de esquecermos a nossa identidade de peregrinos e
servos no caminho que Deus traçou para nós. Os nossos humildes esforços de
organização e coordenação estão ao serviço de Deus que nos guia pelo
caminho. Somos barro nas mãos do divino oleiro (Is 64,8).

2)A tentação de nos concentrarmos em nós próprios e nas nossas


preocupações imediatas. O Processo Sinodal é uma oportunidade para nos
abrirmos, para olharmos à nossa volta, para vermos as coisas a partir de outros
pontos de vista e para sairmos em perspectiva missionária em direção às
periferias. Isto implica que pensemos a longo prazo. Significa também alargar as
nossas perspectivas à escala da dimensão de toda a Igreja e questionar-nos:
Qual o projeto de Deus para a Igreja aqui e agora? Como podemos implementar
o sonho de Deus para a Igreja a nível local?
3)A tentação de ver apenas “problemas”. Os desafios, as dificuldades e as
complicações que o nosso mundo e a nossa Igreja enfrentam são muitos. No
entanto, fixar-nos apenas nos problemas é um caminho com uma única saída:
sentir-nos esmagados, desencorajados e cínicos. Se nos concentrarmos apenas
na escuridão, podemos deixar de ver a luz. Em vez de nos concentrarmos apenas
no que não está a correr bem, vamos apreciar os lugares onde o Espírito Santo já
está a gerar vida e ver como podemos deixar que Deus trabalhe mais
plenamente.

4)A tentação de nos concentrarmos apenas nas estruturas. O Processo


Sinodal exigirá naturalmente uma renovação das estruturas a vários níveis da
Igreja, a fim de fomentar uma comunhão mais profunda, uma participação mais
plena, e uma missão mais frutuosa. Ao mesmo tempo, a experiência da
sinodalidade não devia concentrar-se antes de mais nas estruturas, mas na
experiência de caminhar juntos para discernir o caminho a seguir, inspirados pelo
Espírito Santo. A conversão e a renovação das estruturas só serão possíveis
através da conversão e renovação permanentes de todos os membros do Corpo
de Cristo.
5)A tentação de um olhar que não ultrapassa os limites visíveis da Igreja.
Dando expressão ao Evangelho nas nossas vidas, as leigas e os leigos atuam como
fermento no mundo em que vivemos e trabalhamos. Um Processo Sinodal é um
tempo de diálogo com pessoas do mundo da economia e da ciência, da política e da
cultura, das artes e do desporto, dos meios de comunicação e das iniciativas sociais.
Será um tempo para refletir sobre a ecologia e a paz, sobre várias questões da vida e
sobre as migrações. É preciso ter horizontes bem alargados com o objetivo de
cumprirmos a nossa missão no mundo. O Processo Sinodal é também uma
oportunidade para aprofundar o caminho ecuménico com as outras confissões cristãs,
bem como o nosso diálogo com outras tradições de fé.

6)A tentação de perder de vista os objetivos do Processo Sinodal. À medida que


avançamos no itinerário do Sínodo, temos de ter cuidado para que, apesar da
abrangência das nossas discussões, o Processo Sinodal mantenha o objetivo de
discernir a forma como Deus nos chama a caminhar juntos. Nenhum Processo Sinodal
vai resolver todas as nossas preocupações e problemas. A sinodalidade é uma atitude
e uma abordagem que permitem um progresso corresponsável e aberto a acolher
juntos os frutos de Deus ao longo do tempo.
7)A tentação do conflito e da divisão. “Que todos sejam um só” (Jo 17,21).
Esta é a oração ardente de Jesus ao Pai, pedindo a unidade entre os seus
discípulos. O Espírito Santo leva-nos mais profundamente à comunhão com
Deus e uns com os outros. As sementes da divisão não dão frutos. É inútil
tentar impor as nossas ideias a todo o Corpo através da pressão ou desacreditar
quem sente as coisas de maneira diferente de nós.

8)A tentação de tratar o Sínodo como uma espécie de parlamento. Isto


confunde a sinodalidade com uma “batalha política” em que, para governar, um
lado tem de derrotar o outro. Antagonizar os outros ou encorajar conflitos
divisionistas, que ameaçam a unidade e comunhão da Igreja, é contrário ao
espírito de sinodalidade.

9)A tentação de escutar apenas aqueles que já estão envolvidos nas


atividades da Igreja. Esta pode ser a abordagem mais fácil de gerir, mas
acaba por ignorar uma proporção significativa do Povo de Deus.
✠ Para combater esses riscos é preciso sempre ter na mente e no coração que o SÍNODO
é:

ENCONTRO – ESCUTA – DISCERNIMENTO


Principais palavras para o Sínodo
E mais: buscar ter:
1) Tempo para partilhar;
2) Coragem de falar;
3) Sermos conduzidos à novidade;
4) Abertura à conversão e a mudança;
5) Deixar para trás preconceitos e estereótipos;
6) Vencer o clericalismo;
7) Curar-se da autossuficiência;
8) Derrotar ideologias;
9) Dar origem à esperança.
DATAS DA ARQUIDIOCESE
- 28/11/2021 a 31/01/2022 – Estudo dos documentos de preparação
para o Sínodo nas Paróquias e Organismos;
- 9 e 16/12/2021 – 19h30 às 21h30 – Live formativa para as
Coordenações das Regiões Episcopais e Conselhos de Pastoral
Paroquial;
- 11, 18 e 25/01/2022 – 19h30 às 21h30 – Livre Formativa para os
Moderadores dos Grupos de Escuta;
- 26/01 a 15/02/2022 – horário a combinar – Formação presencial para
os Moderadores dos Grupos de Escuta nas Regiões Episcopais;
- 5 e 6/02/2022 – Deve acontecer a Missa de abertura paroquial da
Fase de Escuta e se deve rezar a oração do Sínodo na Oração dos
Fiéis;
- 1 a 15/02/2022 – Organização e divulgação do período de Escuta
(estabelecer datas e horários);
- 16/02/2022 – Envio do cronograma dos encontros de Escuta e do
material de estudo para os membros dos grupos de Escuta;
- 17 a 28/02/2022 – Leitura pessoal do material para os grupos de Escuta;
- 01/03 a 29/04/2022 – Realização dos encontros dos grupos de Escuta;
- 30/04/2022 – Entrega da síntese nas Regiões Episcopais e dos Organismos
eclesiais;
- 1 a 15/05/2022 – Elaboração da síntese nas Regiões Episcopais;
- 16/05 a 30/05/2022 – Reunião dos conselhos das Regiões e dos Organismos
eclesiais para apresentação da síntese e avaliação do processo sinodal até o
momento;
- 31/05/2022 – Entrega das sínteses das regiões episcopais e dos Organismos
no Secretariado de Pastoral;
- 18/06 a 25/06/2022 – 8h às 12h – Reunião pré-sinodal Arquidiocesana;
- 26/06 a 30/07/2022 – Revisão e aprovação da síntese pelo Arcebispo;
- 31/07/2022 –Envio da síntese para CNBB.

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