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O desenvolvimento da Paleontologia mostrou que algumas das espécies fósseis

encontradas não tinham correspondência com as espécies actuais


Por outro lado os fósseis presentes em determinados estratos rochosos
apresentavam características diferentes das características dos fósseis
que surgiam noutras camadas
Estas evidências contrariavam a ideia fundamental do Fixismo,
isto é, a imutabilidade das espécies
No final do século XVII iniciou-se um extenso trabalho de levantamento e
classificação dos seres vivos. Lineu considerado o pai da Sistemática, apesar de
ter sido um criacionista, os seus trabalhos contribuíram para o desenvolvimento
das ideias evolucionistas
Na tentativa de conciliar os dados revelados pelos estudos
paleontológicos com as ideias fixistas, George Cuvier
propôs a Teoria do Catastrofismo

Esta teoria, apresentada em 1799, defendia que uma sucessão de catástrofes


tinha ocorrido no decurso da história da Terra. Fenómenos como dilúvios ou
glaciações, teriam ocorrido em certos locais da Terra, conduzindo à destruição
de seres vivos que migravam de outros locais

Desta forma, o Catastrofismo explicava o surgimento de determinadas


formas fósseis em alguns estratos, sem que houvesse continuidade
dessas formas de vida nos estratos mais recentes
Transformismo – processo que conduziu à
implantação do evolucionismo
Buffon admitia que as espécies derivavam umas das outras por
degeneração e que esta transformação era lenta e progressiva,
existindo espécies intermédias até às formas actuais.
Admitia que circunstâncias ambientais, como o clima e o alimento,
eram a razão desta transformação por degeneração

Maupertuis defendia que os seres vivos resultavam de uma selecção provocada


pelo ambiente. As variações espontâneas teriam produzido “a infinita variedade
de animais que hoje vemos”.

Contudo estas ideias não tiveram aceitação na época


No final do século XVIII o desenvolvimento da Geologia permitiu
ter uma noção mais clara sobre os fenómenos do nosso planeta

O geólogo James Hutton defendia que o planeta era, e tinha sido sempre,
dominado por forças terrestres, como ventos, chuva, geada, responsáveis
por vários fenómenos geológicos. Em suma, defendia que os fenómenos
geológicos existentes na actualidade são idênticos aos que ocorreram no
passado. Teoria do Uniformitarismo

A obra de Hutton foi desenvolvida por Charles Lyell que conclui:


☼ as leis naturais são constantes no espaço e no tempo;
☼ o acontecimentos do passado devem ser explicados a partir dos mesmos
processos naturais que se observam na actualidade, dado que as causas que
provocaram determinados fenómenos no passado são idênticas às que provocam
os mesmos fenómenos actualmente;
☼ a maioria das alterações geológicas ocorrem de forma lenta e gradual.
Lamarck considerava que o ambiente e as necessidades dos indivíduos são as
causas responsáveis pela evolução dos seres vivos. Lamarck defendia que os
seres vivos têm um impulso interior, que lhes permite adaptarem-se ao meio
quando pressionados por alguma necessidade imposta pelo ambiente.

A necessidade de se adaptarem às condições ambientais ditaria um uso ou


um desuso de determinados órgãos, o que conduziria ao seu desenvolvimento
ou à sua atrofia, respectivamente – lei do uso e do desuso

Estas modificações permitiam aos indivíduos uma melhor adaptação ao meio,


sendo transmitidas à descendência – lei da transmissão dos caracteres
adquiridos.
Conceções de Lamarck

Modificações Novas Novos


ambientais necessidades comportamentos

Transmissão de
Modificações do características
organismo adquiridas aos
descendentes

Adaptação da espécie ao longo


das gerações

Os novos comportamentos levam ao uso e desuso dos órgãos


Principais críticas apontadas ao Lamarckismo

Admitir que a A lei da transmissão dos


matéria viva caracteres adquiridos não
teria uma ambição é válida. A atrofia ou
natural de se hipertrofia de um órgão
tornar melhor não é transmitida à
de forma a que descendência
cada ser vivo
tenha um
desenvolvimento A lei do uso e do
mais elevado desuso não
explicava todas
as modificações
O objectivo principal da expedição era cartografar pormenorizadamente a
costa sul-americana
Dois locais que marcaram profundamente Darwin foram o arquipélago de Cabo Verde, ao
longo da costa africana, e as ilhas Galápagos, ao longo da costa sul americana

Darwin verificou que as espécies existentes em Cabo Verde assemelhavam-se mais com
as da costa africana e muito pouco com as das ilhas Galápagos. Viria a interpretar este
facto como resultado de uma descendência comum. As aves de Cabo Verde e as da
costa africana eram mais semelhantes porque partilhavam um ancestral comum mais
recente
À semelhança do que acontecia com a Terra, também os seres vivos poderiam experimentar
modificações lentas e graduais que conduziriam à modificação das características das
espécies.
Defendia que a população humana tende a crescer de forma geométrica, enquanto
que os recursos alimentares são produzidos segundo uma progressão aritmética
Darwin considerou que a manutenção, mais ou menos
constante, do número de Indivíduos ficaria a dever-se a:

 Nem todos os animais de uma população se reproduzem

 A falta de alimento e as condições ambientais condicionam o


desenvolvimento, a reprodução e a sobrevivência dos animais.

 Um grande número de indivíduos morre na luta pela sobrevivência, devido


à competição, parasitismo e predação.

 As doenças são responsáveis pela morte de um número significativo


de seres vivos.
Darwin sabia que era possível, recorrendo a cruzamentos controlados, seleccionar
um conjunto de características desejadas. E que ao fim de algumas gerações, as
populações que tinham sido sujeitas a selecção artificial, apresentavam
características diferentes das características presentes nas populações originais
Princípios fundamentais
do evolucionismo de
Darwin

Os indivíduos de uma espécie apresentam variabilidade das suas características

As populações crescem segundo uma progressão geométrica, produzindo


mais descendentes do que aqueles que acabam por sobreviver

Entre os indivíduos de uma dada população estabelece-se uma luta pela sobrevivência

A natureza seleciona os indivíduos melhor adaptados às condições


ambientais, ocorrendo a sobrevivência dos mais aptos

A reprodução diferencial permite uma lenta acumulação


de determinadas características que ao fim de várias
gerações, conduz ao aparecimento de novas espécies

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