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Historiografia Grega
As idades Mitológicas
Até ao século V a.n.e., tal como em todo o oriente, também existiu na Grécia a abordagem
mítica e teocrática da história. Dos vários mitos destacou-se o Mito das Cinco Idades que
considerava que a humanidade tinha passado por cinco etapas de evolução nomeadamente
a idade do ouro, da prata, do bronze, dos heróis e do ferro.
A idade de ouro simbolizava a primeira raça dos homens. Para eles tudo era perfeito, não
eram miseráveis. A idade de prata correspondia a segunda raça dos homens diferente da
primeira: os filhos cresciam junto da mãe na sua casa cheio de sofrimento; a terceira
raça dos homens era simbolizada por bronze, era temível e forte, não comiam pão, de
bronze eram as suas armas, de bronze eram as suas casas, em bronze trabalhavam, pois
não havia o negro ferro, eram temíveis; a quarta raça sobre a terra fecunda, mais justa e
melhor é a raça divina de heróis e por fim a quinta que é a raça de ferro que nem cessa
de dia, de ter trabalhos e aflições, nem de noite de serem consumidos pelos duros cuidados
que lhes oferecem os deuses.
Portanto, este mito tem uma origem tecnológica, pois a história da humanidade está
associada ao emprego de metais. Permite também ter uma visão global da história da
humanidade marcada pela conquista do fogo pelos homens. fogo é o ponto da partida de
quase todas as indústrias, é o factor e símbolo do progresso. Este mito é o que mais se
aproxima das causas naturais da evolução histórica.
As idades de ouro e de prata tenham sobre tudo um carácter simbólico, as idades de bronze
e de ferro ajustam-se perfeitamente a nação que actualmente temos da evolução
tecnológica.
Características da Historiografia Grega
A historiografia Grega é uma história humanista (o seu objecto de estudo é o Homem),
científica (inicia-se neste caminho) e auto-reveladora (uma vez que procura não apenas
a projecção do presente para o futuro, mais principalmente ensinar aos homens o seu
passado e a relação entre o passado e o presente com o objectivo de revelar a acção
humana); a historiografia grega é também pragmática, pois procura obter do ocorrido
uma lição aproveitável para o futuro voltando-se para o passado; a sua finalidade é
sobretudo a verdade histórica.
Principais Historiadores
Heródoto pai da Historia, é com ele que, a história dá os primeiros passos para a sua
cientificação;
Tucidedes, cujo o grande contributo para a história foi o questionamento das fontes para
apurar a credibilidade e a verdadeira;
Outros historiadores gregos foram Xenofonte, Plutarco, Eforo, etc.

Limitações da historiografia grega


Foi limitado no tempo, o recurso documental restrito a tradição oral e os testemunhos
oculares limitou o âmbito cronológico da história grega; foi limitada no espaço, uma vez
que centrou a sua atenção na história regional; alargou-se a noção espácio-temporal da
história;
A Historiografia Romana
A obra historiográfica dos gregos teve seguimento no império romano, resultante da
conquista romana de vários estados na Europa, Ásia e norte da África.
A historiografia romana desenvolveu-se sob forte influência dos gregos (técnicas,
métodos de trabalhos, línguas, etc.); mais não se limitaram em fazer uma cópia da
historiografia grega, mas sim, serviram dos ensinamentos gregos para fazer uma história
tipicamente romana assente na íntima relação com o passado.
 Características

Para os romanos a história é, em geral, uma exaltação da cidade e do império, o que a


leva a assumir um carácter nacional e patriótico. É, portanto, uma história
apologética. Por outro lado é uma história pragmática. O carácter nacional da história
romana explica a predominância dos anais (anotações dos principais acontecimentos
políticos) nos escritos que lhe dão corpo.
Principais historiadores romanos

Políbio – a principal contribuição de Políbio foi a aplicação do modelo de ciclo à História,


conduzindo à concepção de que a história é o conhecimento do geral, daquilo que se
repete, que obedece a leis e por isso é susceptível de previsão.

Tito Lívio – Intelectual ao serviço da política imperial, tinha como principal preocupação
elevar bem alto o rei e o império romanos. Foi um típico historiador romano.

Outros autores romanos foram: Tácito, Flávio Josefo, Salústio, Plutarco, Suetónio, etc.

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