Você está na página 1de 12

Índice páginas

Introdução..........................................................................................................................1
Objectivos..........................................................................................................................3
Objectivo geral..................................................................................................................3
Objectivo específico..........................................................................................................3
Metodologia.......................................................................................................................3
1. Historiografia da Antiga..........................................................................................4
2. Historiografia grega.................................................................................................5
3. A historiografia Romana.........................................................................................6
4. Moção sobre metodologia e epistemologia da história..........................................8
5. A historiografia judaica....................................................................................8
6. A historiografia cristã antiga..................................................................................9
Conclusão..........................................................................................................................9
Bibliografia......................................................................................................................12

1
Introdução

Neste presente trabalho de História irei falar sobre a historiografia grega, Romana,
Judaica e Crista. O termo historiografia também é utilizado para definir os estudos
críticos feitos sobre aquilo que foi escrito sobre a História. Um exemplo: se um
historiador faz um estudo crítico sobre o trabalho feito por Heródoto (historiador que
viveu na Grécia Antiga e escreveu sobre o período), então ele está produzindo um
trabalho de historiografia.

2
Objectivos

Objectivo geral
 Analisar o estudo da historiografia,

Objectivo específico

 Descrever a historiografia antiga, grega, Romana, Judaica e Crista,


 Conhecer a noção sobre metodologia e epistemologia da história.

Metodologia

Antes porém dizer que Entende-se por metodologias o conjunto de métodos, estratégias
e caminhos que serão seguidos para a elaboração trabalho de forma a trazer dados
fiáveis em relação ao tema em estudo; para o presente trabalho irá se basear-se no
Levantamento Bibliográfico.

3
1. Historiografia da Antiga

A historiografia da Antiguidade Oriental é uma historiografia mítica e Cosmogónica,


cujo objecto de estudo são factos políticos e militares das grandes personalidades,
deuses e as suas obras.

Fazia-se uma abordagem mítica e teocrática da evolução da humanidade. O objectivo da


história era os deuses e os homens importantes a quem se atribuía total responsabilidade
pela evolução da sociedade.

As informações, de origem mitológicas, não eram sujeitas a qualquer tipo de


investigação ou explicação casual. Era uma história que não se preocupava com a
verdade e com a objectividade.

A historiografia antiga oriental, contribuiu para o conhecimento da história do oriente


antigo, na medida em que foi neste processo importante de materiais sobre a história
daquela região, nomeadamente anais, listas de dinastias ou de soberanos, listas de
sacerdotes, inscrições comemorativas e biografias importantes.
Ibn Khaldun (1332-1406), cujo nome completo era Abu Zayd’Abd al-Rahman ibn
Khaldun, foi o mais destacado historiador medieval islâmico, também conhecido como
Abenkhaldun.

De família árabe espanhola, Ibn Khaldun ocupou cargos nas cortes da Tunísia, da
Argélia, do Marrocos e do reino nazari de Granada, do qual foi embaixador na corte de
Pedro I, o Cruel, rei de Castela.

É autor de uma História universal em seis volumes, guia valioso da história das
dinastias muçulmanas do norte da África e dos berberes, e de um volume introdutório a
essa obra, os Prolegómenos, onde expõe uma filosofia histórica e uma teoria social sem
precedentes, onde aparecem surpreendentemente traços da moderna sociologia. É
precursor da filosofia da história

4
Contribuiu para a historiografia através da sua investigação cruzada em História,
Economia, Demografia e Geografia, foi também o precursor no intercâmbio da história
com outras ciências. Ibn Khaldum escreveu a famosa obra Al-Muqaddimah
(introdução à História)

2. Historiografia grega

Entende-se aquela realizada na Grécia Antiga, do século V a.C. até o século IV d.C.,
de Heródoto até Zósimo, passando por Tucídides, Posidônio, Políbio, et cétera. Ao
todo, Jacoby, em Fragmente der griechischen Historiker, diferenciou 856 historiadores
gregos, incluídos os mitógrafos e cronistas locais.

O conceito de historiografia nasceu na Grécia Antiga,[1] embora seja aceitável que


anteriormente já existia uma concepção histórica no Oriente, um desejo de permanência
de todo o realizado. Contudo, essa concepção histórica primitiva é uma mera
transmissão de dados históricos que, como as listas reais do Antigo Egito, careciam de
análise histórica, pelo qual não se tratava de historiografia, sem negar por isso o seu
valor documental.

Heródoto é considerado o primeiro historiador, tanto atualmente como na antiguidade.


[2]
Tucídides estabeleceu posteriormente a base racional e metodológica de uma
historiografia nascida como reação frente do irracional da mitologia grega. Previamente,
já Hecateu de Mileto atenuara o sobrenatural, ainda que a separação total não fosse até
Tucídides. Heródoto concebeu a sua História como um meio de evitar o esquecimento
de aquilo que devia ser recordado. Na Grécia Antiga via-se também a história como
meio de mostrar exemplos, embora não modelos de acontecimentos futuros. Assim,
mesmo de Heródoto os historiadores realizam um exame crítico do passado e dos fatos
supostamente acontecidos. O pai da historiografia, Heródoto, assim o expressa [3]:
"realmente, ignoro se isto é verdade, simplesmente consigno o que relatam".[4]

5
Quanto às fontes, existia uma preponderância das fontes orais sobre as escritas.[5] Nas
origens da historiografia eram quase obrigadas o uso de fontes orais, pois os gregos
antigos não dispunham de suficiente material de arquivo ou bibliográfico. Contudo,
quando já foi possível trabalhar com os fundos das bibliotecas, os historiadores
continuaram preferindo a tradição oral; e até mesmo criticaram os que apenas
trabalhavam com fontes escritas como, por exemplo, Timeu. Adicionalmente, se tem de
levar em conta que os gregos não costumavam conhecer línguas bárbaras, portanto,
Heródoto não podia entender por si mesmo as crônicas orientais, embora também não
mostrasse interesse por conhecê-las. A escolha da tradição oral implicava a necessidade
das primeiras reflexões quanto ao método histórico, como é a crítica das fontes, a sua
relação e graduação segundo o valor dos testemunhos recolhidos. Daí, por exemplo, o
seu empenho em mostrar todas as versões reconhecidas, embora considerasse algumas
errôneas. Assim mesmo, a tradição oral obrigava a estabelecer uma cronologia que
ordenasse os fatos isolados após a sua recopilação. As fontes escritas ficaram relegadas
aos arqueólogos ou antiquaria, ou seja, para o estudo dos tempos remotos.

3. A historiografia Romana

Os romanos desde cedo tiveram a preocupação de escrever os seus principais feitos


históricos, sobretudo as vitorias no campo de batalha. As principais fontes da
historiografia Romana produzida pelo poder são, por isso, documentos de índole
laudatórios e militar, como anais e crónicas. São exemplo disso os escritos do Júlio
Cessar (100 a.n.e. – 44 a.n.e.) De Bello Galico e De Bello Civili (comentários sobre a
Guerra Civil, respectivamente).

Na historiografia Romana registou-se a tendência de seguir a evolução do pensamento


histórico grego. Mas com algumas diferenças.

Os maiores expoentes da historiografia romana foram: Polibio, Titolivio e Tacito.

6
Polibio (204-122 a.n.e)

Políbio (203?-120? a.C.), historiador grego. Foi um dos 1000 aqueus nobres enviados a
Roma como reféns, depois da conquista da Macedónia. Foi tutor e amigo de Público
Cornélio Cipião e seguiu-o em suas campanhas. Escreveu Histórias, que cobre o período
entre 220 e 146 a.C. Como historiador, não apenas procurou enumerar fatos e
acontecimentos, mas descobrir as causas subjacentes.

Obreiro da ideia da história cíclica, veicula uma história pragmática e quase


determinista; procura para as civilizações ciclos de evolução semelhantes ao da vida
humana; por exemplo, as sociedades como0 os indivíduos, nascem, passam pela
juventude, amadurecem e envelhecem.

Tito Livio ( 59 a.n.e -16 n.e) – Escreveu a Historia Romana, onde procura estudar o
passado; a sua grande preocupação é moralizar; a historia para os romanos é uma
exaltação da cidade e do Império; é uma história a apologética; servidor da ideologia
dominante, o fabricante de uma história heróica, justificativa e ética.

Tacito ( 55-120 n.e)

Tácito, Público Cornélio (55?-depois de 117), historiador romano. Ocupou diversos


cargos políticos. Suas obras curtas são: Diálogo dos oradores, Vida de Agrícola e
Germânia. Seus dois trabalhos principais são: Histórias, a história do Império Romano;
e Anais, a história dos imperadores da dinastia Júlia-Cláudia de Tibério a Nero. Seu
grande poder como historiador reside em sua perspicácia psicológica e no brilho de seus
retratos de personagens.

7
Autor de uma vasta obra histórica; por vezes, confundia a história e a literatura; escritor
precioso e sintético, valorizava o passado e um dos pensamentos mais notáveis seus foi:
“todas as coisas que hoje consideramos antiquíssimas foram novas um dia”.

4. Noção sobre metodologia e epistemologia da história

Durante o século XX, o campo de conhecimento histórico sentiu os efeitos de três crises
teóricas: a do clássico paradigma físico-matemático, a do idealismo filosófico e a do
historicismo. A discussão deslocou-se da metodologia, típica do século XIX, para a
epistemologia. Neste contexto, a epistemologia da história se revela como um setor
pleno de virtualidades, distinto da metodologia, assegurando a constante revisão de
questões clássicas do conhecimento histórico: a oposição entre objetividade/objetivação;
a "natureza" do processo e da explicação; a construção conceitual e a elaboração da
problemática, seja na pesquisa pura, seja em seu "terreno empírico", a história da
historiografia.

5. A historiografia judaica

Um dos exemplos da historiografia oriental antiga é-nos dado pela historiografia


judaica. A historiografia judaica antiga baseia-se no Velho Testamento, a primeira parte
da Bíblia Sagrada. A Bíblia é composta por vários livros, de diversos gêneros literários,
aglutinando, portanto, quase toda a produção literária judaica da época. Como tal, a
Bíblia constitui literatura nacional do povo judeu e, portanto, uma importante fonte de
informação da história judaica e dos povos com quem os judeus estavam em contacto.

Tendo sido escrita e conservada pelos sacerdotes, a Bíblia constitui para os judeus um
instrumento de unidade, que era posto em causa pelo contacto com os outros povos
Existiam duas formas de poder entre os judeus: o poder espiritual, dos sacerdotes, e o
poder temporal, dos reis, sempre em aliança, em rivalidade ou em luta.

O desentendimento entre os dois poderes resultava do facto de os sacerdotes


pretenderem a unidade do povo judaico, recusando, por isso, o contacto com outros

8
povos, enquanto os reis davam prioridade ao alargamento do território integrando as
populações vencidas, o que significava a junção dos deuses dos vencidos com os dos
judeus.

A Bíblia funcionou, portanto, como instrumento dos objectivos da classe sacerdotal, em


especial a defesa da tradição judaica e o ataque a tudo o que lhe fosse estranho.
Tendo como base a Bíblia, a historiografia judaica teve como principal característica a
incapacidade de aceder a uma concepção universalista do Homem, ou seja, a limitação
do homem ao homem judeu
Assim, para os judeus, a História da humanidade confundia-se com a História judaica
contada na Bíblia. Os outros povos apenas eram referenciados na medida em que
tivessem algum relacionamento com os judeus.

Como livro sagrado dos cristãos, a Bíblia teve credibilidade quase universal
constituindo, até ao século XIX, a única fonte da História dos judeus e dos povos do
Médio Oriente, com quem estiveram em contacto.

Sé no século XIX, com a decifração dos escritos egípcios e sumérios surgiu uma
alternativa para as fontes da História judaica. A Bíblia passaria a ocupar um lugar
secundário como fonte histórica.

6. A historiografia cristã antiga

O cristianismo surgiu na Palestina no momento da conquista daquele território pelos


romanos. Da Palestina, o cristianismo propagou-se para as restantes partes do mundo, o
que foi facilitado pelo facto de transportar uma mensagem social e ecuménica
condenando a escravatura.
O cristianismo surge no contexto da ocupação romana à Palestina. Este resultou do
problema de ordem institucional endémico, isto é, do confronto entre o poder espiritual
e temporal. Para superar este problema foi enviado o Messias quem tinha a missão de
purificar o cristianismo.

9
Segundo Correia (1944), Cristo disse que não vinha para anular Moisés e os profetas
nem para destruir a Lei, mas para consumá-la em perfeição. Dando um enorme passo do
gentilismo ao ecumenismo cristão que derrubava todas as fronteiras desde às da raça , às
da nacionalidade e às da própria condição social, diferentemente do salto grego
(helénico) e romano que eram marcadamente abertas as relações económicas e culturais.
A abertura cristã acabou pondo em risco as instituições judaicas e romanas, que
defendiam as desigualdades sociais, económicas e culturais. Com este carácter de
contestação de barreiras sociais entre ricos e pobres, entre senhores e escravos, entre
poderosos e humildes, o cristianismo encontrou terreno mais favorável para a sua
propagação no império romano, ao se identificar-se com a bandeira do antiesclavagismo
substituindo a escravatura por uma rede de novos vínculos

Na verdade num tempo de grandes desigualdades sociais, de opressão e de escravidão,


Jesus defendia um mundo mais justo e fraterno, de igualdades entre todos, ricos e
pobres, senhores e escravos. Assim esta doutrina de amor e tolerância atraiu crescentes
e entusiastes multidões de fiéis. Ele atacava as hipocrisias das autoridades religiosas
judaicas fortemente comprometidas com os invasores romanos. Foi neste ambiente que
o povo viu nele as qualidades do Messias predito pelos profetas dos séculos anteriores.

Fontes da historiografia crista

Relativamente às fontes, a historiografia cristã baseava-se em fontes doutrinárias e


fontes históricas. Esta historiografia inicia o seu trabalho a partir de uma selecção prévia
de informação a utilizar. Caracterizava-se por ser uma historiografia apologética
construindo assim a sua versão da história humana e providencialista na medida em que
coloca por cima da livre vontade dos homens a vontade de Deus e o seu designo sobre o
mundo.

Conclusão

10
Para os efeitos conclusivos viu-se que e importante falar da historiografia. Se a História
é uma ciência (cujo objecto é o homem no tempo), tem que submeter-se, como toda a
ciência, ao método científico. Ainda que este não possa ser integralmente aplicado a
todos os campos das ciências experimentais, pode-se fazê-lo a um nível equiparável ao
das chamadas Ciências Sociais (ver: Método histórico, Metodologia e Metodologia nas
ciências sociais).

Bibliografia

11
BOMBASSARO, Luiz Carlos. As fronteiras da Epistemologia. 3a. ed.
Petrópolis: Vozes, 1993.
DESCARTES, René.
Discurso do método
Memórias
GRAYLING, A. C.. "Epistemology", in BUNNIN, NICHOLAS & TSUI-JAMES, E.
P. (eds.) The Blackwell companion to philosophy. 2nd ed. Oxford: Blackwell,
2003.
JAPIASSU, Hilton F. O mito da neutralidade científica. Rio, Imago, 1975 (Série
Logoteca), 188 p.
KANT, Emanuel. Crítica da Razão Pura
MANNHEIM, Karl. Ideologia e Utopia
Consulta no Diccionario de la Real Academia Española acessível em :[1]. Entrada de
'historiografia': [2]
↑ ORTEGA Y GASSET, José (1928): La "Filosofia de la Historia" de Hegel y la Historiologia,
in Obras Completas. Vol. IV, Madrid: Taurus, 2005. ISBN 84-306-0592-4.
↑ De fato, há bibliografia sobre o tema: ver BOLITO, Harold. Japón Meiji. Madrid: Akal, 1991.

12

Você também pode gostar