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Universidade Federal de Santa Catarina

Centro de Filosofia e Ciências Humanas


Departamento de História
Disciplina: História da Antiguidade Ocidental (2018-1)
Docente: Fabio Augusto Morales

[fontes para os seminários]

[Fonte3b] B. G. Niebuhr, Lições sobre a História Antiga [Vorträge über alte


Geschichte], ministradas na Universidade de Bonn em 1826 e 1829-30.
A história alcançou atualmente uma extensão notável que tende a se ampliar
progressivamente: não somente pelo fato de que as populações atuais continuam a viver,
mas também porque a cada dia mais a erudição européia domina um número cada vez
maior de línguas, de modo a que assim se multiplicam as fontes históricas inteligíveis.
[...] O quanto nós hoje, por exemplo, podemos dispor da história da Idade Média! Ao
invés dos esquemas cronológicos e dos meros nomes, ao invés das insignificantes
genealogias dos imperadores do Oriente, dispomos de conceitos e de representações das
condições de vida dos povos, tão claras a estarem ao alcance de todos. Quanto mais a
história se estende, tanto mais é magistra vitae e se torna a disciplina a mais instrutiva.
Aprender a conhecê-la em toda sua amplitude torna-se um dever para quem quer que se
oriente em termos de uma formação cultural humanista. Mas para aqueles que a querem
elaborar cientificamente, a subdivisão da matéria se torna assim inevitavelmente
necessária. Por essa razão, a não ser por exceções particulares, o objeto de meu curso será
a história antiga. [...]
Creio que, assim como devemos ordenar de um ponto de vista subjetivo a história na sua
inteireza, cada um pode, entretanto, ordenar, sempre de um ponto de vista subjetivo,
também a história antiga. Se não quisermos narrar uma história coordenada dos povos,
pode haver dois tipos fundamentais de ordenação: o tipo teológico e o filológico.
O tipo de ordenação teológico, preferido por Bossuet, segue a ordem do Antigo
Testamento e coloca a história de todos os povos em relação com a história do povo
hebraico, associada à divina providência em sua educação até a encarnação do Cristo e à
constituição do Evangelho como Novo Testamento. A história dos povos não hebraicos
é narrada apenas na medida em que ela entra em contato com a história hebraica, sendo
assim tratada sempre na dependência desta. A obra de Bossuet mostra de que
artificialidades históricas este tipo de narração é capaz. Deste ponto de vista,
naturalmente, a narração do destino do povo hebraico ocupa amplo espaço, a que se
seguem os outros povos do Oriente, ao passo que os demais povos assumem uma posição
sempre mais marginal. Seria certamente bem conforme a seus propósitos se os teólogos
em suas lições subsumissem toda a história do mundo deste ponto de vista.
A ordenação que denomino filológica refere-se ao fato de que nós consideramos a história
antiga essencialmente como uma componente da filologia, como uma disciplina
filológica, como um meio de interpretação e de conhecimento filológico. Deste ponto de
vista as nações, cuja literatura é chamada de clássica, posicionam-se em primeiro plano e
constituem os termos de referência, ao passo que as outras se situam mais ao fundo e se
reportam àquelas. Dado que toda a vida fui filólogo, opto por este tipo de ordenação que
será útil a todos. Em conseqüência disto, poremos completamente de lado aqueles povos
que não têm qualquer relação com a Antigüidade clássica, como os chineses, os
japoneses, os indianos e os que estão para além do Ganges: o que quer que seja digno de
nota que tenha ocorrido]unto a estes povos, não será aqui considerado. O centro desta
exposição é a antigüidade grega e romana, e mesmo as histórias do povo hebraico e de
nossos antepassados germânicos aí comparecem apenas na medida em que puderem ser
relacionadas com a Antigüidade clássica. Essas, portanto, lhe devem ser subordinadas,
mas apenas baseado no ponto de vista escolhido, sem que sua importância resulte
diminuída por essa razão.
Neste ponto a história de toda a Antigüidade, na medida em que é competência da
filologia, poderia já se apresentar no seu todo, mas seu âmbito ainda por demasiado
extenso torna necessária uma subdivisão posterior. A história antiga neste sentido pode
ser novamente subdividida apenas por meio de termos de negação, ou seja, por meio da
contraposição entre história romana e história não romana. Esta subdivisão não é
absolutamente casual. Com efeito, a história romana em seus inícios primordiais aparece
apenas fragilmente ligada à história da Antigüidade não romana; estes vínculos se
reforçam depois até se tornarem raízes potentes no solo das outras nações, crescendo
finalmente até assumirem uma dimensão tal que nela terminam as histórias da
Antigüidade não romana: a história grega, a macedônia (na qual já haviam confluído a
história asiática e a egípcia) e a cartaginesa. A história romana recolhe em si a história
das origens de nossos antepassados germanos. Na história romana alcançam uma plena
relação com Roma, à época de seu declínio, no interior do Império romano. De fato, no
período imperial não há traços da história clássica que não estejam incluídos ou
dissolvidos dentro da história romana. Assim, a distinção entre história romana e história
não romana não é apenas uma relação disjuntiva; ela põe sim em evidência de um ponto
de vista filológico a outra metade da história antiga.
A outra metade – a não romana – inclui, com efeito, tudo o que se referia aos gregos. A
história deste povo constitui sua componente mais nobre. Mas não inclui somente isto,
mas também todas as relações exploradas pelos gregos. Aqui se apresenta tudo o que se
relaciona com os gregos, assim também as fases precedentes às condições de vida
daqueles povos que compareceram na história grega. Tal é o caso dos babilônios, dos
assírios, dos medos, dos egípcios e dos citas, povos estes todos que tiveram relações com
os persas; assim como todos os povos que não tiveram relação imediata com o mundo
romano. Falaremos, por exemplo, dos gauleses e dos celtas, naquelas ocasiões em que de
fato parece terem emigrado para a Macedônia e Grécia, mas já discorri mais extensamente
sobre eles na História Romana, da qual participam mais.
[Fonte6b] Plantas baixas dos complexos de Karnak, Malia e Tirinto.
(Imagens: http://www.charlesmiller.co.uk/fla/templans/temple_plans.htm).

(Imagem: http://backscreenpass.blogspot.com.br/2014/04/the-archaeology-of-minoan-crete-
maps.html)
(Imagem: http://www.studyblue.com/notes/note/n/chapter-4-art-120/deck/8003828)

[Fonte7b] Hesíodo, Os trabalhos e os dias, vv. 106-201 (trad. Alessandro Rolim de


Moura), séc. VII a.C.
Mas se queres te farei em resumo outro relato, / bem e habilmente narrado, e tu coloca-o
no teu espírito: / como nasceram da mesma fonte os deuses e os humanos perecíveis. /
Primeira de todas entre os humanos de fala articulada, / fizeram os imortais que têm
moradas olímpias uma raça de ouro. (110) / Eles existiram no tempo de Crono, quando
este reinava no céu; / como deuses viviam, o coração sem cuidados, / sem contato com
sofrimento e miséria. Em nada a débil / velhice estava presente, mas, sempre iguais
quanto aos pés e às mãos, / alegravam-se em festins, fora de todos os males, (115) / e
morriam como que vencidos pelo sono. Tudo o que é bom / possuíam: a terra fecunda
produzia seu fruto / espontaneamente, muito e de bom grado. Eles, voluntária / e
tranquilamente repartiam os trabalhos, tendo bens abundantes. / {Ricos em rebanhos,
eram queridos dos deuses (120) / bem-aventurados.} / Mas desde que a terra encobriu
essa raça, / eles são divindades pela vontade de Zeus grande, / nobres, terrestres,
guardiões dos humanos perecíveis; / {eles vigiam as sentenças e as cruéis ações, / vestidos
de bruma, vagando por toda a terra,} (125) / distribuidores de riquezas: obtiveram esse
privilégio de reis. / Então uma segunda raça, e muito pior, depois / fizeram os que têm
moradas olímpias, a de prata, / que não se assemelhava à de ouro nem em corpo nem em
pensamento. / Mas o filho junto à mãe querida por cem anos (130) / era nutrido, um
grande tolo brincando em sua casa. / Mas quando tornavam-se adolescentes e alcançavam
a flor da idade, / viviam por pouco tempo, padecendo dores / com sua insensatez, pois
não podiam conter uma presunçosa insolência / uns para com os outros, nem queriam
servir aos imortais (135) / nem sacrificar nos santos altares dos bem-aventurados, / como
é justo para os humanos, conforme os costumes. Depois / Zeus filho de Crono,
encolerizado, escondeu-os, porque não honravam / os deuses bem-aventurados que
habitam o Olimpo. / Mas desde que a terra encobriu também essa raça, (140) /eles são
chamados bem-aventurados mortais subterrâneos, / secundários, mas de qualquer modo
também acompanhados de honra. / E Zeus pai uma outra raça de humanos de fala
articulada, a terceira, / de bronze fez, em nada igual à de prata, / mas nascida de freixos,
terrível e vigorosa; (145) / eles se ocupavam dos funestos trabalhos de Ares / e de
violências, e trigo não / comiam, mas tinham um coração impetuoso, de aço. / Eram
toscos; grande força física e braços invencíveis / cresciam de seus ombros sobre um corpo
robusto. / Suas armas eram de bronze, de bronze suas casas, (150) / trabalhavam com
bronze: negro ferro não existia. / Vencidos por suas próprias mãos, / desceram à mansão
bolorenta do gélido Hades, / anônimos: também a eles, embora espantosos, a morte /
negra os conquistou, e deixaram a esplendente luz do sol. (155) / Mas quando a terra
encobriu também essa raça, / de novo ainda outra, a quarta sobre a terra que muitos
nutre, / Zeus filho de Crono fez, mais justa e valorosa, / a raça divina dos homens heróis,
que são chamados / semideuses, a geração anterior à nossa na terra imensurável. (160) /
Esses, destruíram-nos a guerra má e o combate medonho, / uns sob as muralhas de Tebas
de sete portas, terra de Cadmo, / quando lutavam pelos rebanhos de Édipo; / outros,
levando-os em naus sobre o grande abismo do mar, / para Troia, por causa de Helena de
coma adorável. (165) / Lá o termo da morte envolveu, sim, alguns deles; / a outros,
conferindo-lhes vida e moradia à parte dos humanos, / Zeus pai, filho de Crono,
estabeleceu-os nos limites da terra. / E eles, o coração sem cuidados, habitam / as ilhas
dos bem-aventurados, junto ao Oceano de fundos redemoinhos, (170) / afortunados
heróis, para quem um fruto doce como o mel, / que floresce três vezes ao ano, a terra
fecunda traz. / Longe dos imortais sobre eles reina Crono. / {Pois o próprio] pai de deuses
e [homens] libertou[-o, / e agora, já] com eles, tem honra, como [convém. / Então Zeus]
fez outra raça [de humanos de fala articulada, / a daqueles que hoje] têm nascido sobre [a
terra que muitos nutre.} / Que eu não mais fizesse parte então da quinta raça / de homens,
mas tivesse morrido antes ou nascido depois. (175) / Pois a raça agora é bem a de ferro.
Nem de dia / terão pausa da fadiga e da miséria, nem à noite deixarão / de se consumir:
os deuses lhes darão duras preocupações. / Mas mesmo para tais homens hão de se
misturar bens aos males. / Zeus destruirá também essa raça de humanos de fala articulada,
(180) / quando acabarem nascendo já com as têmporas grisalhas. / Nem o pai será
concorde com os filhos, nem os filhos com o pai, / nem hóspede com anfitrião, nem
companheiro com companheiro; / nem um irmão será querido, tal como era antes. /
Desprezarão os pais logo que envelheçam, (185) / e vão repreendê-los proferindo duras
palavras, / os cruéis, ignorando a vingança divina; e nem mesmo / dariam aos velhos pais
retorno pelo alimento que tiveram na infância. / O direito da força: um saqueará do outro
a cidade. / Nenhum apreço haverá por quem é fiel aos juramentos, pelo justo (190) / ou
pelo bom: antes o malfeitor e o homem-violência (190) / honrarão. A sentença estará na
força; reverência / não existirá. O cobarde fará mal ao homem de maior valor / com
discursos tortuosos, e a seguir dirá “juro”. / A inveja todos os humanos miseráveis (195)
/ acompanhará, voz dissonante, face odiosa, comprazendo-se no mal. / Será então que, da
terra de largos caminhos, partindo para o Olimpo, / a bela tez a cobrir com véus brancos, /
irão ter com a tribo dos imortais, deixando os humanos, / Reverência e Indignação. E
ficarão para trás dores amargas (200) / para os humanos perecíveis: não haverá defesa
contra o mal.
[Fonte9b] Santuário de Pyrgi (planta, fragmentos de frontão, lâminas votivas), séc.
V a.C.

(Imagem: HAYNES, Etruscan Civilization, a Cultural History, 2000, p. 175)


(Imagem:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Altorilievo_del_frontone_posteriore_del_tempio_A_d
i_pyrgi,_con_scene_della_saga_tebana,_470-460_ac._ca.,_01.jpg).

(Imagem: https://en.wikipedia.org/wiki/Pyrgi_Tablets#/media/File:EtruscanLanguage2.JPG)

[inscrição fenícia] Para a Senhora, para Astarte é este lugar sagrado o qual Thefarie
Velunas, rei sobre os Kaysrye, fez, e o qual ele pôs no templo no Mtn, mês dos sacrifícios
solares. E ele construiu uma câmara porque Astarte solicitou isto dele, no terceiro ano de
seu reinado, no mês de KRR, no dia do enterro da deusa. E que os anos daquele que faz
uma oferenda para a deusa no templo, sejam como as estrelas. (trad. Philip Schmitz,
JAOS, 115, 1995, p. 559-575)
[inscrição etrusca A] Este é o templo e este é o lugar da estátua a qual ele foi dedicado à
deusa Uni-Astarte, o senhor do povo, Thefarie Veliana, sal cluvenias (?), ele o ofereceu,
este mesmo lugar (?); desde que por um lado ela o criou por três anos, deste modo,
churvar tesiameitale (?) e desde que, por outro lado, ele foi protegido, aqui está a estátua;
e que sejam os anos tantos quantos as pulumchva (estrelas?)
[inscrição etrusca B] Assim aqui Thefarie Veliuna estabeleceu; a oferta do etan no mês
de masan ele ofereceu; para a purificação anual do templo ele fez ritos celestiais (ou
numerosos). (trad. Bonfanti e Bonfanti, The Etruscan Language, 2002, p. 67-8)

[Fonte10b] Pártenon: planta e escultura arquitetônica, séc. V a.C.

(Imagem: https://warwick.ac.uk/fac/arts/classics/students/modules/greekreligion/database/clumca)
(Imagem: http://www.ysma.gr/en/parthenon)

(Imagem: https://en.wikipedia.org/wiki/Parthenon)
(Imagens: WikiCommons)

[Fonte12b] Grande Altar de Pérgamo e cena da gigantomaquia, séc. II a.C.


[Fonte13b] Políbio, História pragmática (trad. Breno B. Sebastiani), séc. II a.C.
[1.1] Se os que relataram feitos antes de nós houvessem deixado de elogiar a própria
história, talvez fosse preciso encorajar todos a aceitar e a apreciar tais obras, pois os
homens não dispõem de corretivo mais à mão do que a ciência dos fatos passados. [2]
Mas como não só alguns, nem de modo restrito, mas todos, por assim dizer, fizeram disso
princípio e fim, afirmando que o conhecimento da história é a educação e o treinamento
mais verdadeiros para a prática política; e que a recordação das peripécias alheias é mestra
única e a mais eficaz para se poder suportar nobremente as oscilações do acaso, [3] é
óbvio que a ninguém conviria o que foi dito belamente por muitos, e menos ainda a nós.
[4] O caráter surpreendente das ações que escolhemos relatar basta para atrair e incitar
todos, jovens ou velhos, à leitura da obra. [5] Quem é tão simplório ou leviano que não
desejaria conhecer como, e devido a que gênero de Estado, quase todo o mundo habitado
foi submetido, em menos de 53 anos [219-168 a.C.], por um único poderio, o dos
romanos, algo nunca dantes ocorrido? [6] E quem é tão apaixonado por outro espetáculo
ou ciência que os tomaria por mais úteis que esse conhecimento?
[3.1] É o começo de nossa obra, quanto à época, a centésima quadragésima olimpíada
[220-217 a.C.] [...]. [3] Antes dessa época, os eventos do mundo estavam, por assim dizer,
desconexos, pois cada fato era distinto por seu início, conclusão e localização. [4] A partir
de então, porém, a História se tornou como que um corpo único: os fatos da Itália e da
África se coligaram aos da Ásia e da Grécia, e todos convergiram para um único fim. [...]
[4.1] O que é peculiar à nossa obra e espantoso em nossa época é isto: assim como o acaso
fez convergir quase todos os acontecimentos do mundo habitado para um único centro e
fez com que tudo se voltasse para um único e mesmo objetivo, do mesmo modo é preciso
levar aos leitores, pela história e sob uma única visão sinóptica, a manobra de que o acaso
se serviu para realizar a interação dos fatos. [2] Foi sobretudo isso o que nos desafiou e
nos incitou para o projeto da história, bem como o fato de que ninguém, em nossa época,
empreendeu tratar desses fatos por completo; se o tivesse, muito menor seria minha
ambição nesse sentido. [3] Ora, vendo que muitos se dedicam a guerras específicas e a
alguns fatos concomitantes, mas que ninguém se pôs a examinar, ao que sabemos, a
ordenação geral dos eventos – quando e onde começaram, e como terminaram –, [4]
considerei absolutamente necessário não negligenciar nem deixar que passasse sem
estudo a mais bela e proveitosa empresa do acaso. [5] Pois ele, frequentemente inovador
e continuamente jogando com a vida humana, jamais realizou, em uma palavra, tal
façanha, nem disputou um jogo como em nossa época. [6] Assim, dos escritores de
histórias parciais não é possível obter uma visão de conjunto, senão qualquer pessoa
suporia compreender imediatamente a configuração de todo o mundo habitado, bem como
seu ordenamento e disposições gerais, depois de percorrer uma a uma as cidades mais
ilustres ou, por Zeus, depois de vê-las destacadas em um mapa, algo de modo algum
verossímil. [7] Parece-me que padece de algo semelhante quem acredita que por meio de
uma história parcial terá adequada visão de conjunto, como se, ao ver desmembradas as
partes de um corpo antes vivo e belo, pensasse ter se tornado efetivamente testemunha da
vitalidade e da beleza de um ser vivo. [8] Se alguém recompusesse e reconstituísse o
mesmo ser dando-lhe a forma e a aparência de um que vive, e em seguida novamente o
mostrasse àquele indivíduo, penso concordaria rapidamente que antes se afastava muito
da verdade e se portava como quem sonhava. [9] Pelas partes é possível ter noção do todo,
mas não ciência e juízos sólidos. [10] Por isso deve-se considerar a história parcial
totalmente superficial se comparada ao conhecimento e credibilidade derivados da
História Universal. [11] Apenas pela coesão e justaposição de todos os elementos em
relação uns aos outros, e ainda por sua semelhança e diferença, é possível apreender a
utilidade e o prazer da história após uma visão geral.
[Fonte15b] Augusto de Prima Porta, séc. I a.C.
[Fonte16b] Sarcófago de Junio Basso, séc. IV d.C.

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