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Período Helenístico
O Período Helenístico (ou Helenismo) foi uma época da
história compreendida entre os séculos III e II a.C. no qual os
gregos estiveram sob o domínio do Império Macedônico.
O Período Helenístico (ou Helenismo) foi uma época
da história compreendida entre os séculos III e II a.C.
no qual os gregos estiveram sob o domínio do Império
Macedônico.
Foi tão grande a influência grega que, após a queda do
Império, a cultura helenística continuou
predominando em todos os territórios anteriormente
por eles dominados.
Entre os séculos II e I a.C., os reinos helenísticos
foram aos poucos sendo conquistados pelos romanos.
A Civilização Helenística
A civilização helenística foi o resultado da fusão de diversas sociedades, principalmente grega,
persa e egípcia.
O movimento expansionista promovido por Alexandre foi responsável pela difusão da cultura
grega pelo Oriente, fundando cidades (várias vezes batizadas com o nome de Alexandria) que
se tornaram verdadeiros centros de difusão da cultura grega no Oriente.
Cultura Helenística
Nesse contexto, elementos gregos acabaram-se fundindo com as
culturas locais. Esse processo foi chamado de Helenismo e a
cultura grega mesclada a elementos orientais deu origem
à Cultura Helenística, numa referência ao nome como os gregos
chamavam a si mesmos – Helenos.
Os Helenos desenvolveram a pintura e a escultura, onde
retratavam com perfeição a natureza e o movimento dos corpos.
Um exemplo é a escultura de mármore, "Laocoonte e seus filhos".
No Oriente Médio, os principais centros de cultura helenística
foram Alexandria (no Egito), Pérgamo (Ásia Menor) e a ilha de
Rodes, no mar Egeu, com seus grandes palácios de mármore, ruas
amplas, escolas, bibliotecas, teatros, academias, museus e até um
Instituto de Pesquisas.
Sua arquitetura impressiona pela riqueza e pelo porte, como o altar
de Zeus em Pérgamo (180 a.C.), que foi reconstituído e encontra-
Laocoonte e seus filhos se no Museu de Berlim.
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HELENISMO
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PROFESSOR MARCOS VINÍCIUS DE SOUZA
Filosofia Helenística
O pensamento filosófico helenístico era dominado por duas correntes:
▪ Estoicismo: que acentuava a firmeza do espírito, a indiferença à dor, a submissão à ordem natural das
coisas e a independência em relação aos bens materiais;
▪ Cinismo: que tinha total desprezo aos bens materiais e ao prazer;
▪ Epicurismo: que aconselhava a busca do prazer.
▪ Ceticismo que aconselhava a tudo duvidar
Estoicismo
O Estoicismo ou Escola Estoica é uma doutrina filosófica fundamentada nas leis da natureza, que surgiu na
Grécia no século IV a.C. (por volta do ano 300), durante o período denominado helenístico (III e II a.C.).
Foi fundada pelo filósofo grego Zênon de Cítion (333 a.C.- 263 a.C.), e
vigorou durante séculos (até III d. C.) tanto na Grécia, quanto em Roma. O
termo “Estoicismo” surge da palavra grega “stoá”, que significa pórtico,
locais de ensinamentos filosóficos.
O estoicismo, corrente que enfatizava a paz de espírito e considerava a
autossuficiência seu maior objetivo, baseou-se na filosofia de influência
platônica (referente aos ideais do filósofo grego Platão) e no “Cinismo”.
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Fases do Estoicismo
O estoicismo está dividido em três períodos, a saber:
• Estoicismo Antigo (stoá antiga): período mais focado na doutrina ética. Os maiores
representantes do período foram os filósofos Zênon de Cítion, Cleantes de Assos e Crisipo de Soli.
• Estoicismo Helenístico Romano (stoá média): período mais eclético, donde se destacaram os
filósofos Panécio de Rodes, Posidônio de Apameia e Cícero.
• Estoicismo Imperial Romano (stoá nova): de cunho mais religioso, sendo seus principais
representantes os filósofos Sêneca, Epicteto e Marco Aurélio.
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Epicurismo
De modo geral, Epicuro não atribuía grande importância nem a vida política nem à social. Considerava o
Estado como uma mera conveniência e aconselhava o homem bem avisado a que não participasse da vida
pública.
Diversamente do Cinismo, não propunha ao homem o abandono da civilização e o retorno à natureza. Sua
concepção da mais feliz das existências era essencialmente passiva e indiferente.
Por fim, para os epicuristas o homem sábio perceberá que não pode extirpar os males do mundo, por mais
exaustivos e sagazes que sejam seus esforços.
Por isso, devem “cultivar seu jardim”, estudar filosofia e gozar da convivência de seus poucos amigos, do
mesmo temperamento.
Dessa forma, para os estoicos, a felicidade era encontrada na dominação do homem ante suas paixões
(considerada um vício da alma) em detrimento da razão. Em outros termos, os estoicos cultivavam sobretudo,
a perfeição moral e intelectual inspirada no conceito de “Apathea”, que significa a indiferença em relação a
tudo que é externo ao ser.
Por sua vez, o Epicurismo, fundado pelo filósofo grego Epicuro (341 a.C.-270 a.C.) possui uma vertente
relacionada ao Hedonismo, portanto à busca dos prazeres terrenos, desde a amizade, o amor, o sexo e os bens
materiais. Para os epicuristas, diferente dos estoicos, os homens eram movidos por interesses individuais e o
dever de cada um estava em buscar nos prazeres refinados, a felicidade que preencherão a vida na terra.
Para os estoicos, a alma deveria ser cultivada, enquanto os epicuristas não acreditavam na reencarnação. Por
fim, para os estoicos a virtude representava o único bem do homem, o mais importante, enquanto o epicurismo
estava apoiado nos prazeres.