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NOVO LINHAS DA HISTÓRIA 11

2. Triunfo dos Estados e dinâmicas económicas no século XVII e XVIII


FICHA 4 A política económica do Antigo Regime: as práticas mercantilistas

ATIVIDADE DIFERENCIADA: SISTEMATIZAR INFORMAÇÃO DE FORMA ORIENTADA A PARTIR DE FONTES HISTÓRICAS

DOC. 1 | OS MEIOS PARA OBTER OS METAIS PRECIOSOS


No século XVI, os métodos de financiamento do governo [...] em construir reservas abundantes de ouro e prata
persistiu. [...] Uma vez que alguns países europeus possuíam minas que produziam ouro e prata [e aqueles que as
detinham, principalmente na Europa Central, foram obrigados a encerrá-las devido ao afluxo da riqueza espanhola
em meados do século XVI], a aquisição de colónias que as possuíssem era um objetivo fundamental da exploração
e colonização. [...] No entanto, as colónias de França, de Inglaterra e da Holanda produziam pouco ouro ou prata, 5
pelo que o único caminho para esses países obterem suprimentos de metais preciosos [...] foi através do comércio.
[...] Idealmente [...] um país só deve vender e não deve comprar nada no exterior. No entanto, em termos práticos,
isso era manifestamente impossível, e surgiu uma interrogação: O que deveria ser exportado e o que devia ser
importado? [...] Para incentivar a produção doméstica, os fabricantes estrangeiros foram excluídos ou sujeitos a
elevadas tarifas protecionistas, embora estas também fossem uma fonte de receitas. Os produtores nacionais 10
também foram encorajados por concessões de monopólios e por subsídios [...] às exportações. Se as matérias-
primas não estivessem disponíveis no mercado interno, por vezes eram importadas [...] isentas das taxas habituais,
em contradição com a política geral de desencorajar as importações. [...]
Larry Neal, Rondo Cameron, História Económica do Mundo – do Paleolítico ao Presente, Escolar Editora, Lisboa, 2019, pp. 195

1. Complete o quadro seguinte com base nas informações do documento 1 e na consulta do manual (pp. 87 a 101).

Problemas/dificuldades
dos Estados europeus,
nos finais do século XVI e Consequências Medidas Objetivos
início do século XVII

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– –

Elabore um texto explicativo, abordando os tópicos de orientação assinalados com os números 1, 2 e 3. Para cada
um dos tópicos, utilize os excertos adequados que selecionou.

TÓPICOS
1. Problemas/dificuldades dos Estados europeus nos finais do século XVI e início do século XVII

2. Medidas adotadas

3. Objetivos visados

DOC. 2 | O COLBERTISMO
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O objetivo de Colbert era tornar todo o país superior a qualquer outro em opulência, abundante em bens, não
precisando de nada, e fornecedor de todas as coisas a outros Estados. Por conseguinte, não esquece nada, de modo
a adaptar em França as melhores indústrias de outros países e impede através de várias medidas a introdução dos
seus produtos em França. Tentou que as peles de boi fossem curtidas no estilo inglês para que servissem os
mesmos propósitos que os couros ingleses e as substituíssem. Da Holanda, imitou a sua maneira de fazer lençóis.
5
Na Alemanha, aprendeu o fabrico de chapéus e de latoaria. Estão a tentar selecionar o melhor que o mundo inteiro
produz. O melhor de todas as partes do mundo está agora a ser fabricado em França; e tal é a voga dos seus
produtos que de todas as partes afluem encomendas para se abastecerem.
Relatório de Marc-Antoine Giustanini, embaixador de Veneza em Paris, entre 1665-1668.

2. Explicite duas práticas económicas defendidas por Colbert que expressam ideias mercantilistas.
Os dois aspetos devem conter excertos relevantes do documento 2.

3. Transcreva um excerto do documento 2 que confirme que o mercantilismo era uma forma de nacionalismo
económico.

ATIVIDADE DIFERENCIADA: UTILIZAR A CAPACIDADE DE MEMORIZAÇÃO ASSOCIANDO-A À COMPREENSÃO

4. Associe os excertos do documento 3, presentes na coluna A, aos princípios do mercantilismo que constam na
coluna B. Todos os princípios da coluna B devem ser utilizados. Cada princípio só pode ser associado a um
excerto da coluna A.

COLUNA A COLUNA B
(A) “O objetivo de Colbert era tornar todo o país superior a qualquer outro em
opulência […]”, por isso estava a promover a ideia de…
(B) “[…] abundante em bens, não precisando de nada; fornecedor de todas as (1) … de medidas protecionistas
coisas a outros Estados” significava que defendia… (2) … nacionalismo económico
(C) “[…] de modo a adaptar em França as melhores indústrias de outros países” , (3) … a autarcia ou
traduziu-se no… autossuficiência
(D) “ […] e impede, através de várias medidas, a introdução dos seus produtos (4) … desenvolvimento
em França” o que implica a prática… manufatureiro
(E) “[…] que de todas as partes afluem encomendas para se abastecerem.” [de (5) … a balança comercial
produtos franceses] “o que possibilitava atrair a entrada de … favorável
(F) “O melhor de todas as partes do mundo está agora a ser fabricado em (6) … a saída de dinheiro
França; […]” o que revela a necessidade de… (7) … moeda ou metais
(G) “[…] e tal é a voga dos seus produtos, que de todas as partes afluem preciosos
encomendas para se abastecerem”, o que permitiria manter… (8) … criação de manufaturas
(H) “[…] e impede, através de várias medidas, a introdução dos seus produtos
em França”, a fim de evitar…

DOC. 3 | A POLÍTICA ECONÓMICA NA FRANÇA DE LUÍS XIV


O exemplo [...] do nacionalismo económico foi a França de Luís XIV. Este constituía o símbolo – e o poder –, mas a
responsabilidade pela elaboração e implementação de políticas foi transferida para o seu principal ministro [...], Jean-
Baptiste Colbert. A influência de Colbert foi tal que os Franceses cunharam o termo Colbertismo, mais ou menos sinónimo
de mercantilismo [...]. Colbert tentou sistematizar e racionalizar o aparelho de controlo estatal sobre a economia [...], mas
nunca o conseguiu [...]. O principal motivo desse fracasso foi a incapacidade de obter receitas suficientes da economia 5
para financiar as guerras de Luís XIV e as extravagâncias da sua corte. [...]
Além das tentativas de reformar e aumentar os recursos [...], Colbert [...] e os seus sucessores tentaram aumentar a
eficiência e a produtividade da economia francesa [...]. Emitiram inúmeros pedidos e decretos em relação às
características técnicas dos produtos manufaturados [...]. Fomentaram a multiplicação de grémios* com a intenção
deliberada de melhorar os controlos de qualidade, ainda que o seu objetivo real fosse obter mais receitas. 10
Subsidiaram manufaturas tanto para fornecer os seus senhores com bens de luxo quanto para estabelecer novas
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indústrias. Para garantir uma balança comercial “favorável”, criaram um sistema de proibições e elevadas tarifas
protecionistas. [...]
Um dos principais objetivos de Colbert era tornar a França economicamente autossuficiente. Com este objetivo, promulgou
em 1664 um sistema abrangente de tarifas protetoras; não tendo conseguido melhorar a balança comercial, recorreu em
1667 a taxas ainda mais elevadas e virtualmente proibitivas. [...] Colbert emitiu instruções detalhadas sobre cada etapa no 15
fabrico de [...] centenas de produtos. Em si, esta prática não era nova, mas Colbert também criou corpos de inspetores e
juízes para fazer cumprir os regulamentos, o que aumentou consideravelmente os custos de produção. [...] Com parte do
seu grande projeto, Colbert também procurou criar um império no exterior. [...] Criou [...] sociedades anónimas
monopolistas para realizar negócios com as Índias Orientais e Ocidentais [...].
Larry Neal, Rondo Cameron, História Económica do Mundo – do Paleolítico ao Presente, Escolar Editora, Lisboa, 2019, pp. 217-

* Corporação formada por indivíduos que desenvolvem a mesma atvidade.

DOC.4 | A FROTA DE GUERRA FRANCESA E A DOS SEUS RIVAIS NO TEMPO DE COLBERT

5. Transcreva um excerto do documento 3 que evidencie a importância de Colbert no mercantilismo em França.

6. Explicite duas práticas adotadas em França para garantir a “eficiência e a produtividade da economia francesa”
(Doc. 3, l. 8).
Uma das práticas devem ser fundamentadas com excertos relevantes do documento 3 e outra prática com
informações relevantes do documento 4.

7. No documento 3, o autor constata o falhanço do mercantilismo em França. Apresente dois argumentos que,
segundo o autor, justificam o fracasso desta política em França.
Fundamente a sua resposta com excertos relevantes do documento.

DOC. 5 | AS MEDIDAS DOS ATOS DE NAVEGAÇÃO


Para o progresso da marinha e da navegação […] nenhuma mercadoria será importada ou exportada dos países,
ilhas, plantações ou territórios pertencentes a Sua Majestade ou na posse de S. M. na Ásia, América e África senão
em barcos que, sem fraude, pertençam a súbditos ingleses, irlandeses ou galeses ou então por habitantes destes
países, ilhas, plantações e territórios que sejam comandados por um capitão inglês e em que a tripulação tenha três
5
quartos de ingleses. […]

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Nenhum açúcar, tabaco, gengibre, índigo ou outras madeiras tintureiras, produzidos ou fabricados nas plantações
inglesas será exportado para outro lugar que não outras colónias inglesas ou para Inglaterra, Irlanda e País de
Gales.
Ato de Navegação, 1660.

8. Nomeie a política comercial subjacente às medidas apresentadas no Ato de Navegação.

9. Identifique a rota utilizada na circulação dos produtos entre a Inglaterra, a África e as colónias inglesas da
América.

10. Identifique o tipo de economia implementada nas plantações inglesas que asseguravam a produção de açúcar e
tabaco.

DOC. 6 | O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA COLONIAL E A INTENSIFICAÇÃO DO TRÁFICO NEGREIRO


Desafiando o domínio ibérico das Américas, Ingleses, Franceses e Holandeses [...] vão-se instalando nas ilhas
desabitadas do arquipélago das Antilhas e na zona continental a norte do Amazonas, onde se dedicam à produção
intensiva de açúcar e de tabaco. Isto vai criar grandes necessidades de mão de obra que serão satisfeitas
maioritariamente com trabalhadores escravos, absorvendo a região caribenha*, no século XVIII, mais de metade do
total de Africanos transportados para as Américas. Por sua vez, o Brasil, onde a agricultura de plantação se juntou, 5
na viragem do século XVII, a mineração do ouro e das pedras preciosas, receberia, por si só, cerca de um terço do
total referido. A esta intensa procura de mão de obra escrava e à disponibilidade económica para pagá-la
corresponderam os intermediários africanos alimentando o tráfico com um fluxo de escravos mais intenso e a
preços cada vez mais elevados, numa espiral de crescimento que vai atravessar todo o século.
Arlindo Manuel Caldeira, Escravos e Traficantes no Império Português, A Esfera dos Livros, Lisboa, 2013, p. 31.

*Caraíbas, Antilhas ou Índias Ocidentais, abrangendo diversos territórios insulares.

DOC. 7 | A VIOLÊNCIA DO TRÁFICO DE ESCRAVOS


[...] Durante a viagem para S. Tomé, que durou dez dias, morreram 60 escravos, alguns dos quais foram encontrados tão
esfolados [com certeza contra a estrutura do navio] que não se conseguia identificar as marcas de propriedade. Catorze
dos mortos só foram descobertos por ocasião do desembarque, o que mostra como os escravos vinham, positivamente,
empilhados. Seis cativos preferiram a morte atirando-se ao mar, na esperança de chegar a terra [...]. Davam de beber aos
escravos apenas uma vez por dia, depois da refeição do meio-dia, a refeição principal: cada um mergulhava a cabeça 5
numa selha e bebia tanto quanto podia de uma vez só [...]. Outro fator, desgraçadamente mais habitual, tinha um nome:
desonestidade. A alimentação dos escravos a bordo podia ser diretamente da responsabilidade dos “carregadores” e
seus representantes ou ser assumida pelos armadores do navio. Neste caso, os mestres encarregavam-se das
compras antes dos embarques e, não raro, metiam ao bolso uma parte do que devia ser gasto com os mantimentos
para os Africanos embarcados. Salvo essas situações, [...] os proprietários e os seus representantes a bordo 10
procuravam que fosse fornecido aos escravos a alimentação suficiente para a sua sobrevivência.
Arlindo Manuel Caldeira, Escravos e Traficantes no Império Português, A Esfera dos Livros, Lisboa, 2013, pp. 129; 132-133.

DOC. 8 | OS NÚMEROS E OS AGENTES DO TRÁFICO NEGREIRO

As viagens negreiras
realizadas por navios
portugueses e
brasileiros de África
para o Brasil.
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11. Explicite dois fatores que contribuíram para a intensificação das viagens de navios negreiros representadas no
mapa.
Um dos fatores dever ser articulado com informações do documento 6 e o outro fator deve conter dados relevantes
do documento 8.

12. Refira duas características das condições em que o tráfico de escravos era realizado.
As duas características devem conter excertos relevantes do documento 7.

13. Nomeie a rota em que se integrava o tráfico de escravos representado no documento 8.

DOC. 9 | A CONCORRÊNCIA ESTRANGEIRA NA ORIGEM DO DESEQUILÍBRIO DA BALANÇA COMERCIAL


A falta do consumo dos nossos açucares não procede da carestia deles somente, mas das fábricas que os Ingleses,
Holandeses, e Franceses, têm nas Ilhas da América, [...]. Sendo o seu [açúcar inglês, francês e holandês] inferior, e
custoso, e por essa razão ouvi muitos Estrangeiros, que por facilitarem o gosto dos seus açucares, os misturavam
com os nossos.
Os Ingleses só em três gêneros, baetas, panos, e meias de seda, e de lã, deixando outros de menos conta, metem 5
no Reino uma soma inestimável. O que tirão do Reino são azeites, que também levam de Itália, e sal, suposto que
de França se servem para o uso das cozinhas, e mesas: fruta de espinho, açúcar, ainda que com pouca conta, pelo
muito que fabricam nas suas Colonias da América: tabacos, com a mesma pouca conta, porque o cultivam nas
mesmas Colonias: pau Brasil, e outras cousas de menos consideração. Dizem que tudo o que tiram, lhes não paga
duas partes do valor que metem; e daqui se segue, que não sai nau Inglesa do Porto de Lisboa, sem levar grande 10
soma de dinheiro.
Duarte Ribeiro de Macedo, Obras Inéditas. Lisboa, Impressão Régia, 1817, p. 8.

DOC. 10 | A LEI PRAGMÁTICA DE 1686


D. Pedro II, por graça de Deus Rei de Portugal e dos Algarves, etc., faço saber aos que esta minha lei virem que a
experiência mostra não serem bastantes até agora as pragmáticas que mandei publicar, a pedido de meus vassalos,
juntos em Cortes, nos anos de 1668 e 1677, para moderar as despesas que se tinham introduzido no uso dos
vestidos e adorno das famílias, casas, coches, seges e liteiras; e que, antes, se têm aumentado com maior excesso,
pela grande variedade com que cada dia se alteram os trajes [...]. 5

Determinei, assim, fazer nova pragmática a que inalteravelmente se haja de obedecer, e em que se proíba o uso das
coisas seguintes: todo o género de telas e sedas que levarem prata ou ouro e toda a guarnição de ouro ou prata, em
qualquer género de utensílios ou de vestidos; [...] todo o género de chapéus que não forem fabricados neste Reino;
[...] todas as rendas que se chamam bordadas ou de ponto de Veneza; e todos os adereços de vidros e pedras
10
falsas, quer venham de fora do Reino, quer se façam dentro dele [...].
E porque tenho mandado renovar as fábricas do Reino, para com elas se suprir o que for necessário a meus
vassalos, proíbo que se possa usar qualquer género de panos negros, ou de cor, não sendo fabricados dentro do
Reino.
Collecção Chronologica de Leis Extravagantes, posteriores à nova compilação das ordenações do reino, publicadas em 1603: desde este anno até o
de 1761, Tomo II, Coimbra, Real Imprensa da Universidade, 1819, pp. 163-167, in https://bdlb.bn.gov.br/acervo/handle/123456789/274979

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DOC. 11 | A DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DAS INDÚSTRIAS


MANUFATUREIRAS NO FINAL DO SÉCULO XVII

14. Desenvolva o tema A adoção das práticas


mercantilistas em Portugal, no contexto da
afirmação da economia nacional face à
concorrência, articulando os dois tópicos de
orientação seguintes:
– os problemas da economia nacional e as rivalidades
económicas nacionais;
– as medidas adotadas no quadro da política
mercantilista.
Na sua resposta,
– apresente três elementos para cada tópico de
orientação, evidenciando a relação entre os elementos
dos dois tópicos;
– integre, pelo menos, uma informação relevante de
cada um dos documentos 9, 10 e 11.

DOC. 12 | AS EXPEDIÇÕES DE EXPLORAÇÃO DO INTERIOR DO BRASIL – OBJETIVOS E CONSEQUÊNCIAS


No Brasil, o objetivo principal [das incursões] era a captura de índios – homens, mulheres e crianças – para fornecer
mão de obra aos colonos brancos. Este processo foi particularmente bem estudado em relação aos colonos da
região de São Paulo, mas verificou-se efetivamente nas fronteiras da maior parte do Brasil português. Em São Paulo,
cerca de 1580, com a maioria da população nativa já eliminada ou absorvida pela sociedade colonial, os colonos, em
busca de mão de obra, passaram a recorrer cada vez mais aos habitantes de regiões mais distantes e ainda não 5
subjugadas. Foram repetidamente lançadas expedições até às profundezas do Interior em busca de cativos. As
vítimas mais procuradas eram os Guaranis, relativamente numerosos, particularmente apreciados por praticarem a
agricultura. Bandos de colonos conhecidos por “bandeirantes”, juntamente com os seus aliados e dependentes
nativos, bateram a vasta área a sul e sudoeste de São Paulo, atacando e arrasando aldeias, fazendo cativos e, entre
1628 e 1641, destruindo efetivamente as missões jesuítas recém-fundadas em Guairá e noutros locais, na indefinida 10
fronteira com o Peru espanhol.
Francisco Bettencourt; Diogo Ramada Curto (Dir.), A Expansão marítima portuguesa, 1400-1800, Edições 70, Lisboa, 2020, p. 30.

15. Transcreva um excerto do documento 12 que evidencie o objetivo das “incursões” (l. 1) no Brasil.

16. Transcreva um excerto do documento 12 que demonstre uma consequência das incursões.

17. Transcreva um excerto do documento 12 que justifique a captura de índios.

18. Nomeie a designação atribuída àqueles que realizavam as incursões.

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DOC. 13 | CONSELHOS DE D. LUÍS DA CUNHA AO FUTURO REI D. JOSÉ


[As] obrigações de rei são mostrar que Vossa Alteza [V. A.] é o único senhor, e que todos, sem exceção de pessoa,
são seus vassalos e dependentes unicamente das suas reais resoluções. [...] Deus não pôs os ceptros nas mãos dos
príncipes para que descansem, senão para que trabalhem no bom governo dos seus reinos [...].
V. A. achará certas e boas povoações quase desertas [...] e destruídas as suas manufaturas. A causa [...] vem a ser a
Inquisição, prendendo uns por crime de judaísmo e fazendo fugir outros para fora do reino com as suas riquezas, por 5
temerem que lhas confiscassem se fossem presos; tais manufaturas caíram porque os chamados cristãos-novos as
sustentavam, e os seus trabalhadores [...] foram viver em outras partes [...].
A segunda parte da causa [...] foi a permissão que o senhor rei D. Pedro deu aos ingleses para meterem em Portugal os
seus lanifícios, principalmente os panos, quando antes os tinha proibido, [...] se por equivalente desta permissão a
Inglaterra se obrigasse a que os vinhos de Portugal pagassem, de direitos, a terça parte menos que os de França; e isto 10
bastou para que o tratado se concluísse e para que as nossas fabricas se perdessem. [...]
Deixo à consideração dos nossos ministros fazer renovar a pragmática do senhor rei D. Pedro, proibindo a entrada
de todos os produtos que contribuíam para o luxo, e que em Lisboa não rodem coches, nem seges, que não sejam
feitos no país [...].
Não há dúvida que há muitos géneros de que não podemos ter manufaturas, e é necessário comprá-los aos 15
estrangeiros. Mas quem nos impede de ter manufaturas de lãs e sedas, que são o grosso das importações, pois que
já as tivemos e se arruinaram [...]? Bem entendido que não as teremos nem em Lisboa, nem no Porto, senão no
interior do reino, para que os ingleses e outros estrangeiros não busquem meios para as não deixar prosperar, como
fizeram em Lisboa, comprando e destruindo todos os teares de fitas, meias, etc. [...].
Alguém poderá arguir que, se se diminuir em Portugal o consumo dos géneros de Inglaterra, também se diminuirá a 20
saída dos nossos vinhos; ao que respondo que, neste caso, tornarão as vinhas a ser terras de pão, como dantes
eram, e teremos menos necessidade de que os celeiros estejam cheios de grão importado, que tira a venda ao da
terra.
D. Luís da Cunha, Testamento Político ou Carta de conselhos ao Senhor D. José sendo Príncipe, ed. crítica de Abílio Diniz Silva, Lisboa,
Biblioteca Nacional de Portugal, 2013, pp. 82-128 [adaptado].

*Diplomata e figura importante da política portuguesa, nos reinados de D. Pedro II e de D. João V.

DOC. 14 | A AÇÃO DE POMBAL A NÍVEL ECONÓMICO E SOCIAL, NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XVIII
Na década que iniciou a segunda metade do século XVIII houve iniciativas em diversos domínios da administração
do Estado [...]. A nível económico e social, Pombal concebeu um plano ambicioso para restabelecer o domínio
nacional sobre as riquezas das possessões ultramarinas que aportavam a Lisboa. Para o pôr em prática adotou às
particularidades da situação portuguesa muitas das técnicas que tinha visto serem aplicadas
noutras partes da Europa, em especial na Grã-Bretanha [...]. 5
As companhias monopolistas do Norte e do Nordeste do Brasil tiveram importância significativa nas respetivas zonas
de influência. [...] No Pará e no Maranhão, o capital da Coroa, juntamente com o dos investidores privados, forneceu
os meios financeiros necessários para a importação de mão de obra de escravos africanos e de bens europeus. [...]
A exportação de novos produtos não foi menos significativa. [...] A produção de algodão depressa excedeu as
necessidades da Metrópole e passou a proporcionar bons lucros com a reexportação para Roterdão, Hamburgo, 10
Génova, Ruão, Marselha e Londres. [...]
O Governo português fomentou o processamento dos produtos da colónia e as manufaturas locais, um procedimento
que não era habitual numa época de política mercantilista. [...]
Mas o Erário Régio, criado em 1761, representou o culminar dos esforços de Pombal para racionalizar e centralizar a
administração do Estado. Todos os impostos recebidos pela Coroa passaram a ser concentrados e registados pelo 15
mesmo organismo. [...]
Kenneth Maxwell, O Marquês de Pombal, Editorial Presença, Lisboa, 2001, pp. 111-115.

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DOC. 15 | OS NOVOS PRINCÍPIOS NA CONCEÇÃO DA SOCIEDADE


Garantir direitos de nobreza a comerciantes e ao procurar cobrar impostos “sem quaisquer diferenças ou privilégios”, 5

Pombal também facilitou a mobilidade social. Como o seu mentor, D. Luís da Cunha*, o marquês de Pombal
acreditava que a expulsão dos judeus e a discriminação contra os cristãos-novos tinham impedido o desenvolvimento
do empresariado português. Os estatutos das companhias de comércio usaram o engodo do título de nobreza para
captar investimentos. Os estatutos das companhias não se limitavam a oferecer aos súbditos comuns certas
isenções e privilégios que eram prerrogativas da nobreza e da magistratura, também lhes davam acesso às ordens
militares. [...]
Pombal usou a tentativa de assassínio de D. José I para esmagar tanto a alta aristocracia como os jesuítas. [...]
Kenneth Maxwell, O Marquês de Pombal, Editorial Presença, Lisboa, 2001, pp. 101; 107.

*Diplomata e figura importante da política portuguesa, nos reinados de D. Pedro II e de D. João V.

19. Complete os textos seguintes, selecionando a opção adequada para cada espaço.
A. “[A] permissão que o senhor rei D. Pedro deu aos ingleses para meterem em Portugal os seus lanifícios,
principalmente os panos”, concretizada no …a)…, “quando antes os tinha proibido”, através da promulgação de …
b)…, permitiu que a “Inglaterra se obrigasse a que os vinhos de Portugal pagassem, de direitos, a terça parte
menos que os de França”, isto é, que dispusessem de uma …c)…. Isto foi, na opinião de D. Luís da Cunha, o que
provocou a ruína do …d)…, na medida em que os têxteis ingleses eram melhores e mais baratos.

a) b) c) d)
1. Tratado de Methuen 1. leis gerais 1. prioridade 1. setor metalúrgico
2. Tratado de Alcanises 2. lei das almotaçarias 2. desvantagem 2. setor manufatureiro
3. Tratado de Tordesilhas 3. leis pragmáticas 3. concorrência desleal 3. setor vidreiro
4. Tratado de Alcáçovas 4. leis de desamortização 4. concorrência vantajosa 4. setor conserveiro

B. A afirmação do historiador de que havia participação do “capital da Coroa, juntamente com o dos investidores
privados” (Doc. 14, l. 6), revela a participação do Estado no …a)…, numa dinâmica própria do …b)…, que
necessitava dos “meios financeiros necessários” (Doc. 14, l. 6) para a compra e transporte das mercadorias.
Participou também do lucrativo …c)…,cada vez mais intenso e que consistia na “importação de mão de obra de
escravos africanos e de bens europeus.“ (Doc. 14, ll. 7-8) , através da …d)….

a) b) c) d)
1. comércio local 1. capitalismo rural 1. tráfico africano 1. rota triangular
2. comércio nacional 2. capitalismo financeiro 2. tráfico negreiro 2. rota do Cabo
3. comércio interno 3. capitalismo comercial 3. tráfico asiático 3. rota americana
4. comércio colonial 4. capitalismo industrial 4. tráfico colonial 4. rota da Índia
20. “O Governo português fomentou o processamento dos produtos da colónia e as manufaturas locais, um
procedimento que não era habitual numa época de política mercantilista” (Doc. 14, ll. 11-12). Nomeie o princípio
que impedia que as colónias dispusessem de atividades transformadoras das matérias-primas.

21. A afirmação “Garantir direitos de nobreza a comerciantes” (Doc. 15, l. 1) significa que Pombal…
(A) obrigou a nobreza a praticar o comércio. (C) criou escolas para a burguesia.
(B) declarou o comércio atividade nobre. (D) criou escolas para a nobreza.
22. Transcreva um excerto do documento 15 que evidencie a causa do atraso do reino.
23. Transcreva um excerto do documento 15 que evidencie que a política pombalina procurou dinamizar o comércio.
24. Com vista a dinamizar o comércio, o marquês de Pombal eliminou a distinção entre…
(A) cristãos-novos e cristãos-velhos. (C) cristãos-velhos e nobreza de corte.
(B) cristãos-novos e nobreza de toga. (D) burgueses e cristãos-velhos.

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PROPOSTA DE RESOLUÇÃO
1.
Problemas/dificuldades dos
Estados europeus, nos finais do Consequências Medidas Objetivos
século XVI e início do século XVII

– “alguns países europeus – esgotamento das minas de – “concessões de monopólios e – aumentar os metais
possuíam minas que produziam prata da Europa Central; […] subsídios às exportações”; preciosos nos cofres
ouro e prata [e aqueles que as – surgimento de rivalidades – “os fabricantes estrangeiros através da venda de
detinham, principalmente na coloniais para alcançar foram excluídos ou sujeitos a produtos;
Europa Central, foram obrigados a novas minas de ouro; elevadas tarifas protecionistas”; – acumular metais
encerrá-las devido ao afluxo da – pirataria e ataques de – aumento das taxas preciosos para aumentar
riqueza espanhola [...]”; corsários às frotas de ouro alfandegárias sobre os produtos a riqueza e o poder do
– “as colónias de França, de da América; estrangeiros; Estado e do rei;
Inglaterra e da Holanda produziam – aumento da concorrência – controlo da saída de produtos e – promover as
pouco ouro ou prata, pelo que o comercial para dominar de metais preciosos; exportações:
único caminho para esses países mercados e obter moeda – aplicação de medidas com vista “a aquisição de colónias
obterem suprimentos de metais através do comércio; a estimular a produção; que as possuíssem era
preciosos [...] foi através do – desenvolvimento e – desenvolvimento da atividade um objetivo fundamental
comércio. [...]”; proteção da marinha mercantil e das frotas mercantis; da exploração e
– “Idealmente, [...] um país só deve nacional; – adoção de medidas colonização [...]”;
vender e não deve comprar nada no – desejo de alcançar uma protecionistas para eliminar a – conquistar colónias
exterior. No entanto, em termos balança comercial favorável; concorrência estrangeira; para explorar os recursos
práticos, isso era manifestamente – desejo de ganhar a – desenvolvimento das atividades e promover a
impossível, e surgiu uma concorrência com os produtivas, nomeadamente colonização;
interrogação: O que deveria ser produtos que podiam manufaturas de produtos de luxo, – desenvolver o
exportado e o que devia ser produzir ou obter nas suas para exportar e para reduzir as comércio;
importado?”. colónias. importações e a saída de moedas – desenvolver as
preciosas para pagar os produtos. manufaturas;
– obter uma balança
comercial favorável.

TÓPICOS
1. Problemas/dificuldades dos Estados europeus e consequências nas orientações da politica económica
Os países europeus viram-se confrontados com a diminuição de metal precioso uma vez que “[...] foram obrigados a encerrá-las [as
minas que produziam ouro e prata] devido ao afluxo da riqueza espanhola [...]”. Além do mais, países como a França e a Holanda
não produziam ouro e prata. Neste sentido, foi necessário desenvolver o comércio “[...] o único caminho para esses países obterem
suprimentos de metais preciosos [...]”, na medida em que se considerava que a posse de metais preciosos era entendida como
fundamental para a grandeza dos Estados. Uma vez que era impossível que “um país só [devia] vender e não [...] comprar nada no
exterior” acreditou-se que as exportações deviam ser superiores às importações para garantir o equilíbrio da balança comercial.
2. Medidas de carácter mercantilista
De modo a resolver os problemas com que os países se confrontaram, os Estados adotaram medidas para estimular a produção
nacional como a atribuição “de monopólios[...]” ou apostar no aumento das “exportações”. O desenvolvimento do comércio foi
considerado como fundamental para adquirir “metais preciosos” e adotaram-se medidas protecionistas para proteger as economias
nacionais da concorrência estrangeira pelo que “os fabricantes estrangeiros foram excluídos ou sujeitos a elevadas tarifas
protecionistas”.
3. Objetivos exterior”, promovendo-se a para garantir a supremacia
A adoção do mercantilismo acumulação de “metais preciosos [...] económicas dos países.
caracterizou as práticas económicas através do comércio”. Conquistaram 2. Tópicos de resposta:
de vários países europeus durante o colónias para “exploração e – as medidas adotadas em França
Antigo Regime, na medida em que colonização”, uma vez que os seus procuraram aumentar a riqueza do reino
“Idealmente [...] um país só deve recursos naturais eram fundamentais e garantir as suas necessidades “O
vender e não deve comprar nada no objetivo de Colbert era tornar todo o
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país superior a qualquer outro em – conquistou áreas coloniais produção intensiva de açúcar e de
opulência, abundante em bens, não fundamentais para a exploração de tabaco” (Doc. 6);
precisando de nada”; recursos naturais ou matérias-primas: – a intensificação da colonização do
– promoveu a criação de manufaturas “Colbert também procurou criar um Brasil, associada à exploração dos
ou “melhores indústrias” para império no exterior” (Doc. 3); recursos, favoreceu o aumento da
aumentar as exportações e tornar o – criou companhias comerciais procura de mão de obra escrava: “o
reino “fornecedor de todas as coisas a monopolistas para desenvolver o Brasil, onde à agricultura de plantação
outros Estados”; comércio em determinadas áreas se juntou, na viragem do século XVII,
– adotou medidas protecionistas ao proibir geográficas: “Criou [...] sociedades à mineração do ouro e das pedras
“a introdução dos seus produtos [de anónimas monopolistas para realizar preciosas, receberia, por si só, cerca
outros países] em França”; negócios com as Índias Orientais e de um terço do total referido [dos
– apostou na produção nacional, pelo Ocidentais [...]” (Doc. 3); Africanos transportados para a
que “O melhor de todas as partes do – desenvolveu a marinha de guerra, América]” ou “grandes necessidades
mundo está agora a ser fabricado em necessária à conquista ou controlo de de mão de obra que serão satisfeitas
França; e tal é a voga destes determinadas áreas geográficas entre maioritariamente com trabalhadores
produtos, que de todas as partes 1661 e 1690 (Doc. 4). escravos, absorvendo a região
afluem encomendas para se 7. Tópicos de resposta: caribenha, no século XVIII, mais de
abastecerem”. – procurou garantir o controlo da metade do total de Africanos
3. Afirmação: economia através do Estado mas não transportados para as Américas”
– “O objetivo de Colbert era tornar conseguiu receitas suficientes para as (Doc. 6);
todo o país superior a qualquer outro despesas de guerra e da corte: – a intensificação do comércio de
em opulência, abundante em bens, “Colbert tentou sistematizar e escravos para o Brasil em navios
não precisando de nada, e fornecedor racionalizar o aparelho de controlo negreiros (Doc. 8) significou que “[o
de todas as coisas a outros Estados.” estatal sobre a economia [...], mas Brasil] receberia, por si só, cerca de
4. (A) – (2); (B) - (3); (C) – (4); (D) – nunca o conseguiu [...]”; um terço do total referido” (Doc. 6);
(1); (E) – (7); (F) - (8); (G) – (5); (H) – – não conseguiu equilibrar a balança – o aumento do número de viagens
(6) comercial apesar de ter protegido a fez-se sentir e quase quadruplicou
5. Afirmação: economia da concorrência estrangeira: entre o final do século XVII (inferior a
– “a responsabilidade pela elaboração “promulgou em 1664 um sistema “500 viagens” para “2000 viagens” na
e implementação de políticas foi abrangente de tarifas protetoras; não primeira metade do século XVIII)
transferida para o seu principal tendo conseguido melhorar a balança (Doc. 8);
ministro [...], Jean-Baptiste Colbert”; comercial”; – as viagens ligadas ao tráfico negreiro
– “A influência de Colbert foi tal que – o controlo sobre a produção atingiram o máximo no século XIX, o
os Franceses cunharam o termo favoreceu o aumento dos custos de que revela o grande interesse por esta
Colbertismo, mais ou menos sinónimo produção: “emitiu instruções atividade que, apesar das enormes
de mercantilismo [...]”. detalhadas sobre cada etapa no perdas humanas, se revelava lucrativa:
6. Tópicos de resposta: fabrico de [...] centenas de produtos. “A esta intensa procura de mão de obra
– regulamentação da produção: [...] também criou corpos de escrava e à disponibilidade económica
“Emitiram inúmeros pedidos e inspetores e juízes para fazer cumprir para pagá-la corresponderam os
decretos em relação às os regulamentos, o que aumentou intermediários africanos, alimentando o
características técnicas dos produtos consideravelmente os custos de tráfico com um fluxo de escravos mais
manufaturados [...]” (Doc. 3); produção [...]”. intenso e a preços cada vez mais
– controlo da qualidade dos produtos: 8. Protecionismo ou proteção do elevados” (Doc. 6);
“Fomentaram a multiplicação de comércio inglês da concorrência – o tráfico de escravos provocou a
grémios com a intenção deliberada de estrangeira ou protecionismo da intensificação da prática da
melhorar os controlos de qualidade” atividade naval e do comércio colonial escravização: “A esta intensa procura
(Doc. 3); inglês. de mão de obra escrava e à
– criação de manufaturas com a 9. Rota triangular ou comércio disponibilidade económica para pagá-
concessão de privilégios: triangular. la corresponderam os intermediários
“Subsidiaram manufaturas [...] para 10. Economia de plantação africanos, alimentando o tráfico com
estabelecer novas indústrias” (Doc. 3); esclavagista ou economia um fluxo de escravos mais intenso e a
– desenvolveu a produção de bens de esclavagista. preços cada vez mais elevados” (Doc.
luxo: “Subsidiaram manufaturas [...] 11. Tópicos de resposta: 6).
para fornecer os seus senhores com – o desenvolvimento da economia de 12. Tópicos de resposta:
bens de luxo” (Doc. 3); plantação nas colónias das novas – a mortalidade dos escravos
– adotou medidas protecionistas: “Para potências coloniais: “[...] Ingleses, transportados nos navios negreiros
garantir uma balança comercial Franceses e Holandeses [...] vão-se era elevada devido às doenças e más
‘favorável‘, criaram um sistema de instalando nas ilhas desabitadas do condições de transporte: “Durante a
proibições e elevadas tarifas arquipélago do arquipélago das viagem [...] morreram 60 escravos,
protecionistas [...]” (Doc. 3); Antilhas e na zona continental a norte alguns dos quais foram encontrados
do Amazonas, onde se dedicam à tão esfolados [...] que não se
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conseguia identificar as marcas de carestia deles somente, mas das – “cerca de 1580, com a maioria da
propriedade”; fábricas que os Ingleses, Holandeses população nativa já eliminada ou
– as condições no barco eram e Franceses, têm nas ilhas da absorvida pela sociedade colonial”;
desumanas: “Seis cativos preferiram a América [...]” (Doc. 9) ou “Sendo o – “os colonos [...] passaram a recorrer
morte atirando-se ao mar, na seu [açúcar] inferior, e custoso, e por cada vez mais aos habitantes de
esperança de chegar a terra [...]”; essa razão ouvi muitos Estrangeiros, regiões mais distantes e ainda não
– a prática do tráfico eram marcada pela que por facilitarem o gosto dos seus subjugadas”;
ambição do lucro: “[...] os mestres açúcares, os misturavam com os – “atacando e arrasando aldeias,
encarregavam-se das compras antes nossos” (Doc. 9); fazendo cativos e, entre 1628 e 1641,
dos embarques e, não raro, metiam ao – as exportações de vinho e sal destruindo efetivamente as missões
bolso uma parte do que devia ser gasto diminuíram ou adoção de práticas jesuítas”.
com os mantimentos para os Africanos mercantilistas traduziu-se na 17. Afirmação:
embarcados”; diminuição das exportações; – “para fornecer mão de obra aos
– os negociantes e envolvidos no tráfico – aumento das despesas com a colonos brancos”;
asseguravam as condições mínimas de guerra ou rivalidades europeias – “As vítimas mais procuradas eram
sobrevivência: “[...] os proprietários e os relacionadas com o domínio de os Guaranis, relativamente
seus representantes a bordo colónias traduziu-se no reforço das numerosos, particularmente
procuravam que fosse fornecido aos relações diplomáticas com a apreciados por praticarem a
escravos a alimentação suficiente para Inglaterra; agricultura”.
a sua sobrevivência”; – ataques de corsários colocaram 18. Bandeirantes.
– os escravos eram mal alimentados: problemas à navegação nacional; 19. A. (a)➝(1) (b)➝(3) (c)➝(4)
“Davam de beber aos escravos apenas – desvalorização da moeda causou a (d)➝(2)
uma vez por dia, depois da refeição do subida da inflação, que agravou a B. (a)➝(4) (b)➝(3) (c)➝(2) (d)➝(1)
meio-dia, a refeição principal: cada um perda do poder de compra e 20. Exclusivo colonial.
mergulhava a cabeça numa selha e deteriorou as condições de vida. 21. (B)
bebia tanto quanto podia de uma vez As medidas adotadas no quadro da 22. Afirmação:
só” ou “procuravam que fosse fornecido política mercantilista – “o marquês de Pombal acreditava
aos escravos a alimentação suficiente – promulgação de leis pragmáticas que a expulsão dos judeus e a
para a sua sobrevivência.”; que proibiam a importação e o uso de discriminação contra os cristãos-
– os escravos eram considerados bens de luxo com vista a diminuir as novos tinham impedido o
uma mercadoria para ser importações e “[...] moderar as desenvolvimento do empresariado
transacionada no local de destino e despesas que se tinham introduzido português”.
eram transportados como tal: “os no uso dos vestidos e adornos [...]” 23. Afirmação:
escravos vinham [...] empilhados”. (Doc. 10), de modo a conseguir – “Garantir direitos de nobreza a
13. Rota triangular ou comércio equilibrar a balança comercial: comerciantes”;
triangular. “Determinei [...] que se proibia o uso – “Os estatutos das companhias de
14. Tópicos de resposta: das coisas seguintes [...] que não comércio usaram o engodo do título
Os problemas da economia forem fabricados neste Reino [...]” de nobreza para captar
nacional e as rivalidades (Doc. 10); investimentos”.
económicas nacionais – reorganização e criação de 24. (A)
– a atividade comercial sobrepunha- manufaturas, como se observa no
se à atividade produtiva, o que foi documento 11, com vista a
responsável por fragilidades ou desenvolver a produção nacional
Portugal estava na dependência dos através da concessão de privilégios a
mercados externos ou dependia da particulares ou contratação de
importação de cereais, o que se artífices estrangeiros especializados
traduziu na existência de uma balança para introduzirem no reino as
comercial deficitária: “Dizem que tudo melhores técnicas de produção e
o que tiram, lhes não paga duas desenvolver o setor manufatureiro
partes do valor que metem [...]” (Doc. (Doc. 11);
9); – criação de companhias comerciais
– aumento da concorrência dos monopolistas destinadas a controlar o
Holandeses, Franceses e Ingleses no comércio em determinadas regiões e
Oriente ou Antilhas, onde se enfrentar a concorrência internacional.
dedicaram à produção de tabaco e 15. Afirmação:
açúcar, provocou a diminuição do – “o objetivo principal [das incursões]
preço e a queda dos lucros do era a captura de índios – homens,
comércio ou Portugal perdeu mulheres e crianças – para fornecer
mercados de colocação de açúcar e mão de obra aos colonos brancos”.
tabaco: “A falta de consumo dos 16. Afirmação:
nossos açúcares não procede da
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