Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DEISY MONTEIRO
O LÍVRE
ARBÍTRIO
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
COPIRRAITE ©
2016
DEISY MONTEIRO
Coordenação Editorial
Editora Erga Omnes
Revisão
João Garcia
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
Dedicatória
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
madrugada
Os da minha futura assombração
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
Prólogo
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
pena”.
Levantou-se e olhou pela janela, o
sol mal despontava no horizonte,
“muito cedo para mim”, pensou.
Arrumou-se maquinalmente, saiu para
as ruas, fazia frio numa manhã bonita.
Elizabeth caminhou por algumas
quadras, seu corpo de dezessete anos
aconchegava-se mais à pele falsa do
casaco de frio. Seus olhos azuis
passeavam de rosto em rosto, vagando
em pensamentos, perdidos,
implorando ajuda.
Parou em frente a um semáforo e
preparava-se para atravessar. O sinal
lhe ordenava. Vermelho... Amarelo...
Verde.
Caminhou por um espaço de
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
aquilo.
— Vamos lá me fale um pouquinho
de você.
Ele inclinou-se um pouco sobre a
mesa, e disse:
— Bem, sou Júlio, advogado, tenho
na verdade trinta e oito anos, e não
tenho namorada ou esposa.
Ela o interrompeu.
— Ah, isso já sei, me fale coisas
que eu não saiba.
— Que espécie de coisas?
— Fale, por exemplo, de como é
ter trinta e oito anos, ou ainda, fale-me
sobre medos, receios e alegrias. Por
que nunca se casou?
— Isso é assunto privado – falou
depois de engolir em seco – Veja, Eu
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
muito?
— Sim – foi sua resposta.
— Espere – ele disse enquanto
tirava o paletó, e num jeito meio
desengonçado, pediu-lhe que subisse
em suas costas, funcionou, ela sorriu:
— Júlio, você não consegue, nós
vamos cair.
— Duvidas? – ele perguntou –
segure-se cowgirl vamos, segure-se.
Elizabeth subiu nas costas de Júlio,
risonha. Júlio entrou no prédio, não
sem ser surpreendido pelo olhar do
porteiro. Sorriu e acenou para ele com
a mão que segurava a pasta e o paletó.
O elevador correu, eles chegaram ao
apartamento de Júlio, ele a colocou
com cuidado no chão e ele entrou:
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
O fantasma que
bailava no escuro
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
Triste Partida
seletas amigas.
De todas as pessoas que conheci e
que passaram em minha vida
deixando, ou não, rastros de sua alma
na minha lida, estas duas amigas que
me foram preferidas: as Camilas,
como eu chamava. Não, não era
apelido, eram seus nomes, Camila
Patrizia e Camila Viana, ambas
parecidas um pouco fisicamente.
Enquanto Camila Patrizia estava
preparando o seu casamento com um
rapaz que ela amava, a Viana estava
enrolada com um rapaz casado, de
esposa ciumenta, enfim, não estou
aqui para julgar, mas vocês devem
bem saber qual das duas eu ajudava a
conquistar um rapaz que conhecemos
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
minha situação.
Esperei que chegasse a hora de
jantar, nos encontraríamos as três com
Peter e mais dois amigos. Chamei-o
em particular discretamente,
questionei timidamente, pressentindo
a resposta:
— Posso te perguntar algo?
— Claro – disse-me.
Tentei formular a perguntar do
modo menos inquisitório e possessivo
possível.
— Se eu pedisse para que você a
deixasse e ficasse só comigo, você
ficaria?
Peter me olhou por segundos
cruciais antes de responder, hesitante.
— Ah, flor – tocou-me no rosto
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
provocava.
— Alô?
— Oi, como esta a viagem?
— Boa. E você, como está?
— Ótimo, só liguei para avisar que
te busco, em dois dias, ok?
— Ok.
— Te amo
— Também te amo.
Era o meu marido, que ligava
avisando que iria me buscar em dois
dias. Só mais dois dias. Corri por todo
o navio, procurando por Peter. Queria-
o uma ultima vez, uma ultima chance,
uma ultima noite para que eu pudesse
senti-lo. Procurei-o por toda parte, não
o encontrava, só faltava um lugar – o
convés.
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
para você?
— Tudo bem, então, mas só até a
sexta, entendeu? Um dia a mais e só.
— Ok, eu te amo.
— Te amo mais.
Desliguei, voltei para o quarto.
Abri a porta o mais silenciosamente
possível, mas não consegui, a madeira
rangeu e acordou Peter. Ele estava
inteiramente nu, envolto nos lençóis
brancos da cama.
— Ah, você saiu? Onde estava?
— Saí para atender o celular, não
quis te acordar.
— Não conseguiu – disse ele
sorrindo.
O riso dele foi uma apunhalada em
meu coração.
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
Segredos da Ordem
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
— Sim.
Guilherme observou-a com
cuidado, encarando toda potencia
daqueles olhos azuis. E retirou a
mascara para beijá-la. Ela gemia com
um simples beijo.
— Você não é virgem é?
— Sim – disse – a maioria o é.
— E por que se submete a isso?
— Eu sou sua, sou seu presente e
sou sortuda. Não terei a mesma sorte
das oferendas. Poderei ser sua
enquanto me quiser. Estarei aqui para
você, e ficarei feliz quando me fizer
despertar para seus desejos.
Guilherme a beijou. Sofridamente,
ela respondia às carícias. Possuiu-a
então, nunca possuíra alguém como
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
uma vez.
Nenhuma devolução Guilherme
percebeu. Enquanto sua jovem
encolhia-se mais aos seus pés. Houve
um ultimo momento de silencio. A
senhora prosseguiu:
— Como não há mais nenhuma
oferta, as oferendas serão devolvidas,
quanto aos presentes, a partir de hoje
estarão sob a responsabilidade dos
seus respectivos senhores, que lhes
deverão cuidar da sobrevivência,
alimentação e moradia. Quanto aos
novos membros, poderão ter quantos
itens quiserem desde que possam
pagar por eles. Quanto às demais
oferendas, rejeitadas, será prosseguido
o seu abate.
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
Ao Sr. Garcia.
O senhor esta convidado a
comparecer ao endereço citado no
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
Vampiros nunca te
machucarão
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
saída?
Infelizmente era verdade, não havia
saída, não havia antes e não haveria
agora, não agora que por trás de mim
uma pequena brisa transformou-se
num vento tempestuoso que carregava
consigo o barulho das correntes e do
chicote de um cocheiro em uma
carruagem, me virei de súbito, por
instinto meu braço arrepiou-se
novamente, era um predador que
chegava, tomando-me o corpo com
força para si. Ele, o vampiro, disse:
— Não resista, eu sei que você quer
isso, para que resistir?
Eu só tive tempo de sussurrar para
John:
— Vá embora, agora...
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
— Vá embora agora!
— O que você se tornou? – John
perguntou confuso.
Eu lhe implorei para ir embora
mais uma vez, desta vez os olhos
constrangidos e suplicantes, cheios de
dor, não mais exibiam o prazer de
outrora.
— Vá embora! – desta vez gritei.
Edward largou meu seio que agora
mostrava dois orifícios que ardiam
como fogo em minha pele. Ele lambeu
a marca da ferida, depois a beijou com
seus lábios frios, olhando para cima.
Um olhar incrivelmente sedutor. John
arrancava lentamente a máscara, esta
escorreu por entre seus dedos indo
descansar no chão. John resistia
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
Víbora
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
Vivian
do Canadá.
Vivian o viu ou ele a viu primeiro?
Caminhava pelas ruas de Moscou,
envolto num largo e grosso casaco
verde-musgo que o protegia
escassamente do frio. Viu-a então,
encostada num poste, o casaco dela,
como o dele, parecia não protegê-la
suficientemente do frio que a neve
carregava.
Era uma noite sofrivelmente fria,
Igor pensou em desviar para o outro
lado da rua, mas foi aí que ela o
encarou, Igor poderia ter fingido não
vê-la, mas a força imperiosa de
atração que emanava dela arrastou-o
cego e cativo para a lama.
Igor aproximou-se, ela fumava,
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
impacientava-se:
— Está tudo bem?
— Sim, só um minuto – respondeu
– estou saindo.
Vivian saiu do banho. Sob a luz
branca do apartamento ela parecia
mais pálida, os cabelos molhados
agora soltos, revelavam-se longos e
marrons, cheirando ao xampu que
Dana escolheu para o quarto de
hospedes. “Frutas silvestres, o que
acha Igor?” perguntou estendendo o
pulso para que Igor sentisse a
fragrância que exalava dali, na outra
mão Dana tinha um vidro delicado.
O cheiro, porém, ficava muito
melhor em Vivian, com a toalha
enrolada no corpo, ela aproximou-se
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
juro!
No entanto, cego de ódio e movido
pela excitação que as súplicas de
Vivian lhe causavam, ele não parou
até machucá-la a ponto de sangrar.
Revoltada com o que ele lhe fizera,
Vivian ameaçou.
— Veja o que você me fez – e
passava a mão no ventre
ensanguentado – eu vou contar sim,
maldito, miserável!
— Não, você não vai – respondeu
ele.
Pegando o fio de ouro branco
camuflado na pele alva de Vivian, ela
não o vendera como disse, ele puxou.
Forçando-o de uma vez. Sabia o
ângulo certo, aprendera no violento
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
Flores fúnebres
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
— Mikaela, Mikaela...
— O que você está fazendo aqui? –
perguntou abalada.
Uma voz masculina vinda dos
fundos da loja perguntou:
— Está tudo bem?
— Sim está – Mikaela respondeu,
não a tempo de impedir que Hans
Heithbauer aparecesse, limpando as
mãos sujas de barro numa flanela
imunda.
— Tem certeza que está tudo bem
querida? – perguntou enquanto olhava
para aquele homem caído aos pés da
sua esposa.
— Claro amor, é que o cliente
emocionou-se ao olhar estas petúnias,
é um conhecido, tranquilize-se.
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
O que é o céu,
meu Deus?
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
— Um momento, senhorita.
Aguardei um pouco e logo
reconheci a voz da minha amiga,
nestes sete anos, creio que é a quinta
vez que nos falamos.
— Sônia, como vai? Eu estava
mesmo pensando em ligar-te.
— Não há problemas, eu liguei
primeiro. Queria desejar uma ótima
noite a vossa família, e a ti. Pedir que
não se esqueça de mim.
— Deixa de bobagens, não vê que
sempre será minha querida? Sempre.
— Agora preciso ir, mamãe me deu
um tempo contado, tenho que voltar.
— Tudo bem, só me prometa que
terá cuidado.
— Por quê?
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
sumiria.
— E o que fizestes? – perguntava-
me desolado – procurei tanto, por
tantos lugares, por que me
abandonaste? – sua voz tinha
modulações celestes, sublimes.
— Tive medo...
— Medo? – uma confusão adorável
em seus olhos.
— Sim, medo quando tornaste tuas
asas em negro.
— Perdoe-me, nunca intentei
assustá-la, perdoe-me.
O anjo pela primeira vez tocou-me
as mãos, e como a sede de um ébrio
que desponta perante o primeiro
aroma dos vinhos, ele as beijou. O
simples toque de seus lábios em
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
respondeu tristemente.
— Teu nome?
— Haveria outra coisa, se não esta,
a dizer-te?
— Estás me negando isto? – e foi
como se cada palavra fosse envolta
num involucro de maldade. Eu o
tentava, ainda que temesse as
consequências.
— Nunca negarei qualquer coisa
que me peças – falou quase inaudível.
— E então, como te chamas?
— Morte.
Eu não sabia, nem nunca soube até
hoje, distinguir, na mistura de
sensações em mim, os nomes dos
sentimentos que valsaram em meu
peito naquele momento para lista-los.
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
após a verdade.
O ano é 2015, eu não sou mais
aquela menina escondida sob os
lençóis, também não sou mais aquela
jovenzinha perdida de amores sobre
uma cama. É a primeira vez, desde o
natal de 1977 que uma noite de natal
terá lua cheia. Espero que não seja
uma mera coincidência.
— Ah! Morte vem! Eu te espero,
leva-me contigo. Ah! Meu querido,
Morte... Eu te amo.
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
A loucura do rei
― Que lindo!
Exclamava a multidão exaltada,
maravilhada com a dançarina do rei. A
beleza dela era fascinante, sua dança
prendia a atenção de todos que
estavam no grande salão de festas do
palácio. As cores vermelhas nas
roupas da dançarina cigana seduziam,
e seu corpo quase à mostra sob os
véus transparentes feitos de tecidos
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
O livre arbítrio
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
— Não, não.
Eu a beijei à força. Meu cansaço
transformou-se em ímpeto e eu
dominei-a, forçando-a demais,
violentando-a, até ela não resistir e
entregar-se ao prazer, no chão do
quarto.
Na manhã seguinte, ela não
entendeu meu atraso, tentei explicar-
lhe que aquele seria meu novo horário
de chegada, ela não entendeu, e
sempre que eu voltava para casa, nesta
e nas outras vezes, ela já estava
furiosa. Eu conseguia vencê-la
seduzindo-a com meu corpo jovem e
feminino, um modo de pedir desculpas
pelo meu atraso não proposital.
— Eu estou cansada disso – falou-
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
me finalmente.
— Cansada de quê?
— Cansei-me de viver nesta
situação, quando te escolhi havia uma
regra que não te disse, se um dia eu
me machucasse deveria ver o mundo
pelos seus olhos.
— Como assim?
— É a hora – disse ela – é a hora de
ver o mundo pelos seus próprios
olhos, e finalmente te ver.
Ela me prendeu com força numa
parede. A mão me sufocava pelo
pescoço. Com esforço, escapei, no
entanto não sei que força descomunal
a possuiu, ela conseguiu alcançar-me
as pernas.
— Espere amor, aonde vais? –
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
você...
— Mas eu ainda estou aqui...
— Você mentiu!
— Não! – eu consegui gritar.
Ela saltou rápida encima de mim,
desferiu-me um soco, cortou-me o
lábio inferior.
— Mentiu sim!
— Não... – eu só consegui
sussurrar, chorando com a dor – tome
tudo se quiser. É disso que precisa
para saber que a amo.
— Por que mesmo quando eu sinto
raiva de você ainda continuo a te
amar? – continuou – você continua
irresistível.
Beijou-me, cravando os dentes em
meus lábios, senti cada gota de sangue
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
Les Marseilles
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
lo.
– Certo, está tudo certo. Acho que
você está dispensada por hoje para sair
e se divertir – acenou-me um gesto
grosseiro, após dois passos
cambaleantes.
– Senhor, caso não se importe,
gostaria de saber onde irei dormir, não
saio durante a noite... – Fui
interrompida.
– Eu sei, eu sei. Acompanhe–me.
Para me mostrar o caminho, ele
precisou passar perto de mim. Percebi
que ele cheirava a álcool, não que o
seu comportamento não me mostrasse
que estava embriagado. Apoiando–se
à parede com uma das mãos guiou-me
até uma pequena área de dormir. Eu
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
perguntei.
– Vai para onde? – quando dei por
mim já tinha perguntado.
– Passarei o dia na piscina, no resto
do dia estarei ocupado, voltarei a
ponto de irmos todos para o jantar do
capitão – respondeu apesar de
surpreso.
– Tudo bem, então – falei num tom
meio autoritário.
Mathias riu, e meu Deus! Que
sorriso lindo ele tinha, foi estranho
admito para mim, não sabia se quem
me sorria era ele mesmo ou um anjo.
O tempo foi passando rápido, já
passava das catorze horas, as crianças
foram à recreação e eu teria um bom
tempo livre para ir com Lena, minha
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
assistindo Backyardigans na
tevê.
Mathias me chamou ao quarto dele.
Não estranhei o pedido, nem tinha
percebido que ele já tinha chegado.
Enquanto eu sentava em uma poltrona,
a convite dele, eu o observava. De
costas para mim, enquanto ele dava
um nó complicado na gravata
borboleta, observei melhor seu reflexo
no espelho onde ele mesmo se
admirava. Sério, muito sério. Os olhos
eram quentes e frios ao mesmo tempo.
Capazes de aquecer uma mulher em
um só instante, e de fazê-la recuar no
mesmo pedaço de tempo. Continuava
divagando sobre suas feições até que
Mathias surpreendeu meu olhar,
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
Por favor?
– Não posso agora – foi seco.
– Eu realmente preciso falar com
você, por favor! – insisti.
– Agora não posso... – sequer me
olhava aos olhos.
– Mas, senhor, preciso muito de
você agora – Mathias parou
finalmente, abaixou–se à altura dos
filhos e ordenou–lhes.
– Esperem o papai no corredor,
preciso conversar com a babá de vocês
Emily correu para o corredor, mas
Eric correu em minha direção e me
abraçou.
– Tia, por favor, não vai embora –
voltou para o corredor, obedecendo a
seu pai.
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
displicentemente organizados me
davam um ar dramático. Depois a
maquiagem, um batom cor de
escarlate e um sombreado marrom nos
olhos, que acentuava a tez branca.
Agradeci–a e segui para o salão de
festa. Entrei disfarçando minha
procura, e ao longe o percebi. Notei
também que ele me observava
enquanto eu passeava por entre as
mesas, distribuindo sorrisos para os
velhacos ricos que se apresentavam a
mim. Queria provocar ciúmes em
Mathias, por isso fui gentil com todos,
afinal, sou paga pra isso, para servir
aos outros, bem como Mathias me
disse há pouco.
Lena cumpriu sua palavra e
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
SOBRE A AUTORA
BIOGRAFIA
NACIONAIS - ACHERON
PERIGOSAS
NACIONAIS - ACHERON