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1ª Edição
2023
Dedicatória
Nota da autora
Sinopse
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Epílogo
Agradecimentos
Outras obras
Sobre a autora
Onde me encontrar
Dedico esta história a todos aqueles que erraram,
mas que se arrependeram e fizeram ou farão
o possível para corrigir seus erros.
Hey lindezas!
Eu vejo essa linda garota na minha festa, ela está usando amarelo
Fico toda tímida pela forma sensual com que ele pronuncia as
palavras, me arrancando suspiros e fazendo com que eu precise, a todo
momento, lembrar minha mente de que somos amigos e estamos dançando,
apenas isso.
Em poucos instantes a música acaba, então desço dos seus pés e o
encaro, sem saber exatamente o que dizer, mas ele sorri e novamente coloca
uma mecha de cabelo atrás da minha orelha.
— Muito obrigada por essa noite, Olliver, eu me diverti muito —
agradeço, pronta para ir embora.
— Foi um prazer, Girassol, mas… cadê meu apelido? — indaga,
cruzando os braços.
— Que apelido? — Faço-me de desentendida.
— Ah, qual é, Maddie? Somos amigos e amigos se tratam por
apelidos carinhosos — justifica e aperta o meu nariz com carinho, como se
eu fosse um bebê e ele, uma daquelas tias sem noção.
— Foi muito bom ter vindo, Princeso.
— Agora sim. — Ele sorri. — Nos vemos amanhã na aula?
— Eu vou ser aquela de touca — brinco.
Ele me dá uma piscadinha e se aproxima, mas um barulho alto
desvia nossa atenção, então, sem pensar duas vezes, ele agarra minha mão e
nos conduz apressados até a origem do som, e quando chegamos no quintal
dos fundos, Edward está estático perto da piscina, com cara de choque,
enquanto Vick está parada aos seus pés, com as calças do pobre garoto
abaixadas. É a cara da loira fazer isso.
Olho para Olliver, tentando imaginar como ele vai salvar o irmão
desse constrangimento, já que muitas pessoas ao redor estão rindo, gritando
e algumas até vaiando. E, chocando um total de zero pessoas, o quarterback
simplesmente se aproxima de Ed e abaixa as próprias calças, deixando à
mostra uma sunga cor-de-rosa que brilha sob as luzes coloridas espalhadas
ali, na mesma cor de parte dos copos que estão nas mãos da maioria dos
convidados. O pessoal vai ao delírio e os gritos e assovios ficam ainda mais
altos.
Não resisto e sorrio, mas tampo a boca com a mão, olhando ao
redor para conferir se ninguém está prestando atenção em mim, e assim, ao
ver todos distraídos, saio à francesa, com a certeza de que guardarei muitas
boas memórias dessa festa e de Olliver Durand, que, provavelmente, vai
povoar meus pensamentos por alguns dias, com seu jeito imprevisível e
irreverente, muito diferente de tudo o que eu imaginava a seu respeito.
Assim que abro meus olhos e tento me espreguiçar, sinto minhas
costas doerem e ao olhar para o lado e encontrar o olhar julgador do
Kakarotto, percebo que dormi no sofá. O sofá dele, a propósito, já que se
acha dono dos móveis e da casa. Levo as mãos aos olhos, esfregando-os
para despertar, então chamo meu gato, que ainda me olha com desdém e
mia em reclamação.
— Vem cá, amigão! Vamos conversar. — Mexo os dedos em sua
direção e, como o bom debochado que é, ele simplesmente se espreguiça,
vira de barriga pra cima e me olha. — Você gostou de rever a Maddie, não
é, seu espertinho? — Como se me entendesse, ele mia em resposta. —
Também fiquei feliz por ela ter vindo. Sabia que agora somos amigos? —
Sei que é impossível, mas parece até que o safado revirou os olhos pra mim.
— Você está com inveja que eu sei, por isso nem vou deixar essa sua cara
cínica me afetar — digo e me levanto, pegando o travesseiro e indo para o
quarto.
Encontro com Vick e meu irmão nas escadas, acabei cedendo o
meu quarto para a loira ontem, que estava mais pra lá do que pra cá de
bebida e cansaço, mas estou tão quebrado que tudo o que faço é
cumprimentá-los e correr para a cama, louco por um colchão macio e
dormir até o dia de amanhã.
Eu: Vdd.
Pode me passar o contato da Penélope, por favor?
Olliver PERIGO Durand: Até quando tenta ser brava, vc é fofa, Girassol.
Girassol: Ok!
Sua resposta curta me espanta, mas só entendo o motivo quando
ela abre a porta do carona e se senta no banco. Maddison está pálida, como
se pudesse desmaiar a qualquer momento.
— Ei, ruivinha! O que foi? — pergunto, segurando seu rosto com
minhas mãos.
— A Peny… — balbucia, com os olhos marejados.
— O que houve com ela? Está tudo bem?
— Ela… ela… tá doente — diz e uma lágrima escorre por sua
bochecha e a seco com meu dedo.
— Fica calma. É algo grave? Precisa que a levemos ao médico?
— Não, ela só tá vomitando muito. Foi algo que comeu e fez mal.
Já dei os remédios, suco, agora ela está dormindo.
— E porque você está assim, Girassol? Ela vai ficar bem.
Podemos subir e ficar com ela, se te deixar mais tranquila.
— Aí que está o problema, Olliver. A gente não pode! Temos a
cena para apresentar e a personagem principal não vai. Você entende a
gravidade disso? A gente vai se dar muito mal… — Leva as mãos ao rosto
e percebo que ela está chorando, como a pessoa sensível que já percebi que
ela é.
— Calma, linda — a abraço meio sem jeito devido a posição que
estamos dentro do veículo —, a gente fala com a professora, explica a
situação e pede mais prazo. Fica tranquila, vai dar tudo certo.
— Você promete?
— Prometo — digo, mesmo sem ter certeza se conseguiremos
uma segunda chance com a professora. — Podemos ir? — pergunto,
secando o restante de suas lágrimas e deixando um beijo em sua testa. Vê-la
dessa forma acaba comigo, pois o que sinto se torna mais forte a cada dia e
tudo o que mais quero é ver o seu sorriso. Não suporto mais estar tão perto
e, ao mesmo tempo, tão longe.
Ela assente com a cabeça e coloca o cinto de segurança, apoiando
a cabeça no vidro. Vejo que segura com força seu material e a bolsa de
girassol em seu colo. Só agora paro para observá-la com atenção e percebo
que está sem a touca, com seus cabelos lisos e as pontas cacheadas do jeito
que a deixam maravilhosa; ela usa um vestido até os joelhos, em um tom de
azul-escuro com flores brancas minúsculas, embaixo de uma jaqueta de
couro marsala.
— E os figurinos? — pergunto, puxando assunto, pois uma ideia
surgiu em minha mente.
— Já estão na universidade, deixei guardados na sexta-feira.
— Você já tomou café da manhã?
— Uhum, comi barrinha de cereal — explica, sem me olhar,
observando a rua.
— Você sabe que elas são bombas calóricas, né? Podem te fazer
mal a longo prazo.
Ela apenas dá de ombros e sei que não adianta insistir. Maddie
precisa de um tempo para se acalmar e darei isso a ela.
Dirijo calmamente, pois estamos bem adiantados e quando
chegamos ao campus, noto que ela está cochilando. Levo a minha mão até
seus cabelos que caíram sobre o rosto e os afasto, observando seus olhos
fechados, os cílios grandes descansando sobre as bochechas que são
cobertas de pequenas sardas que dão um charme gritante a ela e realçam
ainda mas sua beleza. Minha ruiva é perfeita!
Esfrego as costas dos dedos pela sua pele e chamo baixinho
próximo ao seu ouvido:
— Girassol… nós já chegamos! — Ela permanece de olhos
fechados. — Linda, chegamos, precisamos ir para a aula — aviso e suas
pálpebras tremulam conforme ela desperta.
— Nossa, acabei dormindo, me desculpe — pede, envergonhada.
— É só limpar a baba do vidro e tá tudo certo — digo e aponto
para uma mancha inexiste, enquanto ela arregala os olhos, ficando toda
vermelhinha.
— É brincadeira, Girassol.
— Bobo! — resmunga, dando um soquinho no meu braço.
Desço do veículo e corro para abrir a porta para ela, que sorri e
desce, me acompanhando. Coloco minha mochila no ombro direito, pego
seu material e apoio o outro braço sobre os seus ombros, já que nossa
diferença gritante torna confortável andarmos assim e gosto de me sentir ao
seu redor, como se fosse capaz de protegê-la.
As pessoas passam por nós sorrindo e nos cumprimentando e
imagino que, se fosse capaz, Maddie teria uma capa da invisibilidade para
passar despercebida por toda essa gente que a encara.
Chegamos à sala de aula e nos acomodamos no lugar que Maddie
e Penélope sempre sentam, no alto, no cantinho da última fileira. Vejo suas
mãos se contorcer sobre a mesa e ela estala os dedos, visivelmente nervosa.
Num impulso, pego em sua mão e a seguro entre as minhas.
— Fique calma, linda, vai ficar tudo bem.
Ela sorri sem muita firmeza e deita a cabeça na carteira, como se
tudo isso estivesse a esgotando. Aproveito seus cabelos espalhados pelas
costas e deslizo meus dedos sobre eles, sentindo a maciez dos fios e o
cheiro de mel se espalhando pelo ar. Sinto seu corpo relaxar aos poucos e a
sala começar a encher.
Alguns minutos depois, a Sra. Morgan entra na sala e chamo
Maddie para irmos até ela e a ruiva se levanta apressada, mas seguro em sua
mão para que entenda que não está sozinha.
Descemos juntos as escadas e a professora sorri quando nos vê.
— Olliver, Maddison, bom dia!
— Bom dia, Sra. Morgan — dizemos em uníssono como crianças
do primeiro ano e isso faz o sorriso da professora se alargar.
— Prontos para a cena de hoje? Querem ser os primeiros? —
questiona, animada.
— É justamente sobre isso que queremos falar com a senhora —
começo. — Penélope também faz parte do nosso grupo, ela seria uma das
protagonistas, mas amanheceu bem doente e não poderá vir à aula —
explico.
— Oh, entendo. E é grave?
— Ela comeu algo ontem que não lhe fez bem, passou mal a noite
toda — Maddie completa.
— Certo. E o que posso fazer por vocês? — Quer saber, cruzando
os braços.
— Gostaríamos de saber se há uma possibilidade de nos
apresentarmos na próxima aula, para que possamos fazer o melhor, como
ensaiamos — concluo.
— Bom, meninos, eu sou conhecida por ser uma professora justa
e, por isso, não posso dar mais prazo a vocês, senão precisarei fazer o
mesmo com outros grupos que tenham algum contratempo e a matéria da
próxima aula está toda preparada. Não há como, eu sinto muito.
— Mas como iremos apresentar sem a protagonista ? — Maddie
está aflita.
— Qual é o seu papel, querida? — indaga a Sra. Morgan.
— Eu fiquei responsável pelos figurinos, cenários, etc…
— Então aí está a solução. Se apresente no lugar da sua amiga e
garanto que estenderei a nota do grupo a ela. É tudo o que posso fazer por
vocês — lamenta e se vira para se acomodar em sua mesa. — Caso não se
apresentem hoje, infelizmente ficarão com zero nesse trabalho e posso
afirmar que essa nota fará bastante falta.
Maddie me olha apavorada e peço licença à professora, que
concede, e vamos para o lado de fora da sala.
— A gente tá ferrado, Olliver! Ferrado! — diz em um fôlego só,
prestes a hiperventilar.
— Ei, ei, ruivinha, se acalme. Respire comigo — peço e inspiro e
expiro devagar e profundamente, segurando em seus braços com cuidado
para que me acompanhe. Ela repete meus movimentos sem hesitar. — Isso,
muito bem, linda.
Ela leva cerca de um minuto para se recuperar e quando se
acalma, seus olhos estão marejados.
— O que a gente vai fazer?
— Você confia em mim? — Ela assente com um gesto de cabeça.
— Você ama Shakespeare, conhece essa cena como ninguém e participou
dos ensaios e das modificações, tenho certeza de que vai se sair muito bem
contracenando comigo.
— E-eu? — gagueja.
— Sim, você, e sei que o figurino te serve. Podemos passar as
falas uma vez para você se sentir segura.
— Não, sei, Olliver…
— Você consegue. Vamos fazer isso juntos? — pergunto,
abraçando-a. Ela leva alguns instantes, mas assente.
— Tudo bem.
— Certo, então vamos lá. Você chega ao cemitério com um frasco
de veneno na mão. Olha para os lados e logo se deita em uma pedra, no
tecido que preparou para representá-la, e deixa o frasco de lado. Em seguida
eu chego e corro em sua direção, apavorado por te ver desfalecida,
acreditando que tinha tomado aquilo. Então digo a minha fala:
“Oh, querida esposa, nem mesmo a morte foi capaz de tirar tua
beleza.
Aqui permanecerei com os vermes, teus servos. Aqui mesmo irei
fixar meu eterno
repouso, e diante de ti permitir as últimas vezes. Olhos, vejam
pela última vez; braços, se permitam um último abraço! E lábios, com um
beijo legítimo, selai este contrato com a morte. Vem, condutor amargo! Me
guia para junto da minha amada.” Em seguida eu bebo e caio ao seu lado
e você diz suas falas.
— “Meu amor! Oh, Romeu! Bebeste tudo, nem uma só gota me
deixastes, nem mesmo em teus lábios.”
— Isso, Girassol, muito bem. Depois você diz o que ela pensa,
para o público estar ciente.
— “Ouço um barulho. Preciso andar depressa.” Vasculho ao
redor e encontro a faca na sua roupa. “Ah, um punhal!” Eu o pego e aponto
para meu próprio peito antes de dizer: “Tua bainha é aqui. Repousa em
mim e deixa-me morrer.”
— Exatamente, Girassol! Você foi incrível e tenho certeza de que
ficará perfeito.
— Eu tô com medo, princeso — revela e me abraça.
— Não precisa, estarei com você o tempo todo.
Ela sorri e logo retornamos à sala, onde a professora já deu início
a aula. Três grupos se apresentam antes de nós e durante a última cena antes
da nossa, corremos para nos trocar e colocar os figurinos.
Quando retornamos, a turma está nos esperando em silêncio. Vejo
que Maddie treme um pouco, mas pisco para ela e sussurro:
— Vai dar tudo certo.
E assim, preparamos o nosso cenário rapidamente, coloco a trilha
sonora que escolhemos no meu celular sobre a mesa e a cena se inicia.
Maddie entra e faz tudo como planejamos, e logo se deita na nossa “pedra”.
Entro em seguida, pronto para dizer minhas falas, mas quando a vejo ali, de
olhos fechados, tão linda, algo se revira dentro de mim e tudo muda. A
cena, meus pensamentos, minhas convicções, e por isso, ajo no improviso:
— Oh, minha doce Girassol, nada é capaz de tirar a tua beleza
— digo, tocando seu rosto com cuidado. — Aqui permanecerei a te
admirar, até que se assuste e me afaste. Aqui mesmo deixo meu coração,
pois você o roubou e ele não mais me pertence. — Beijo sua testa
delicadamente. — Espero que em breve possamos viver todas as nossas
primeiras vezes. Que meus olhos sempre possam contemplar tua beleza;
que meus braços possam te acolher sempre que necessário e que meus
lábios finalmente conheçam os seus através de um beijo legítimo, selando
um contrato de tudo o que sinto por você. Que nada me tire de junto da
minha amada. — Após dizer isso, admiro mais uma vez seu rosto lindo e,
sem pensar em mais nada, baixo o meu rosto para mais perto do seu e selo
nossos lábios com cuidado, apenas nos tocando, sentindo o seu calor.
Maddison abre os olhos assustada ao se dar conta do que
aconteceu e tenta improvisar suas falas.
— M-meu amor! Oh, Romeu! E-eu… eu… — Ela me encara,
seus olhos se enchendo de lágrimas e, sem nenhuma explicação e deixando
meu coração aos pedaços, ela se levanta e sai correndo pela sala, batendo a
porta atrás de si.
Penso em correr ao seu encontro, tentar pedir desculpas, me
explicar, mas a professora se levanta e inicia uma salva de palmas e toda a
turma a acompanha, me deixando sem escapatória. Agradeço e ela indica
que eu volte para o meu lugar.
— Foi uma cena realmente surpreendente e primorosa. A emoção
contida nas vozes de vocês e a surpresa, além de ambos não morrerem, ela
apenas fugir, nos deixando imaginar o que aconteceu depois. Foi uma
adaptação incrível e vocês estão de parabéns.
Assinto e me sento, conferindo o relógio do celular a cada trinta
segundos, ansioso para sair daqui e encontrá-la.
Assim que a aula se encerra, pego as minhas coisas e as dela,
arranco o figurino de qualquer jeito e saio à procura da minha ruivinha pelo
campus, mas não preciso andar muito, já que a encontro na biblioteca, no
mesmo cantinho do outro dia, mas, dessa vez, ao invés de estar lendo, ela
está com os braços em volta dos joelhos e a cabeça baixa, e consigo ouvir
os soluços baixos do seu choro que sacodem seu corpo.
Abaixo-me e me ajoelho à sua frente, pensando nas melhores
palavras para dizer.
— Girassol — chamo e ela ergue a cabeça, os olhos e o nariz
vermelhos.
— Por que você fez isso? — pergunta em um sussurro que parte
ainda mais o meu coração.
— Me perdoe, Maddie, mas eu não consigo mais resistir, é muito
mais forte do que eu — explico, desnudando a minha alma. — Eu juro que
tentei ser seu amigo, fui eu quem propus isso, mas há tempo demais você
mexe comigo e eu fui um idiota por não ter entendido antes, por não ter
tentado me aproximar. Mas agora, depois de estar perto de você nas últimas
semanas, tudo ganhou proporções gigantescas e eu não sei mais ser só seu
amigo.
— O que você quer dizer? — balbucia, com a voz embargada,
— Eu preciso e quero você na minha vida. Não só como minha
amiga, mas como algo a mais. Preciso sentir o seu cheiro, ser o responsável
pelos seus sorrisos, sentir sua pele na minha…
— Olliver, por favor…
— Você não se sente assim também? — pergunto, apavorado por
ser rejeitado pela única garota que mexeu comigo de verdade.
Ela olha bem fundo nos meus olhos antes de dizer:
— Eu preciso de um tempo para processar tudo isso — pede e se
isso é tudo o que posso dar a ela nesse momento, eu darei.
— Tudo bem. Você sabe onde me encontrar — digo. — Posso ao
menos te dar um abraço? — pergunto.
Ela assente e eu me aproximo, ainda de joelhos, envolvendo seu
corpo com meus braços e deixando um beijo no topo de sua cabeça.
— Não se esqueça o quanto você é importante pra mim, Girassol.
E me perdoe mais uma vez. — E com isso me levanto e saio, dando a ela
tudo o que é possível neste momento: tempo.
Atordoada, abro a porta do meu quarto no dormitório, ainda
pensando no que aconteceu mais cedo na aula. Olliver me beijou. Olliver
Durand simplesmente me beijou e na frente de todo mundo! Ai, meus
cabritos! Eu tô tão confusa, porque somos amigos, mas… eu gostei tanto e
queria mais. Muito mais. No entanto, não imaginei que o meu primeiro
beijo seria assim, aos vinte anos, com o cara mais lindo e popular da
Universidade, no meio de uma cena em frente a todos os alunos e a
professora. E a gente ainda foi aplaudido, pelo amor de Deus!
— Hey, Maddie! Tá tudo bem? — Penélope pergunta quando
entro. Ela está deitada em sua cama, ainda pálida, provavelmente por causa
do mal-estar que estava sentindo mais cedo.
— Oi, Peny! Você tá melhor? — indago, me aproximando da
cama, mas antes checo se não há mais vestígios de lágrimas em meu rosto e
coloco a mão em sua testa para conferir a temperatura. Ainda bem que está
sem febre.
— Meu estômago ainda dói muito, como se tivesse sido arranhado
por mil gatos raivosos, mas só vomitei cinco vezes desde que você saiu,
então, acho que estou melhor e… Você estava chorando? — Se apruma na
cama, segurando as laterais do meu rosto, analisando meus olhos com
atenção.
— O quê? Não, claro que não. Por que eu choraria? — respondo
na defensiva, me afastando dela.
— Isso é você quem tem que me dizer, oras! A professora não
aceitou adiar a apresentação?
— Não…
— E o que vocês fizeram? — Seus olhos estão arregalados de
preocupação agora.
— Eu fiz a Julieta — digo baixinho e vou até o terrário do Naruto,
pegando-o em minhas mãos.
— Como é que é? Você conseguiu se apresentar? — Sua voz sai
mais alta, demonstrando surpresa e alegria. Assinto com a cabeça. — Você
finalmente está florescendo, Girassol! — Ela se levanta com dificuldade e
aperta minhas bochechas.
— Até você vai usar esse apelido agora? — reclamo, trazendo o
sapo para mais perto do meu peito, o que faz ela se afastar.
— Ui… ele é propriedade exclusiva do quarterback gostoso
agora? — debocha.
— Talvez — murmuro, sem graça.
— O que você não está me contando, hein? A apresentação foi
boa? — Peny volta a deitar em sua cama.
— Acho que sim… gente até foi aplaudido — revelo, me
sentando sobre o colchão.
— Meu Deus, isso é demais! E como foi? — Ela está animada,
apesar de visivelmente abatida.
— Acho que deu tudo certo e… — respiro fundo, pensando bem
nas palavras que vou dizer, porque sei o quanto minha amiga vai ficar doida
— ele me beijou no final.
— Espera — ela se ergue novamente, apoiando as costas na
cabeceira da cama —, como assim te beijou? Não tinha cena de beijo na
história. — A confusão é clara em suas feições.
— Pois é, mas ele simplesmente mudou as falas do final e me
beijou.
— E o que a professora disse sobre essa mudança no roteiro?
— Olliver disse que ela adorou, achou inovador e surpreendente.
Ganhamos nota máxima.
— Maddie, que coisa incrível, mas… — ela pensa um pouco,
antes de criar coragem e perguntar. — Você deu seu primeiro beijo assim?
— Noto pesar em sua expressão.
— Uhum — acaricio a cabeça do Naruto, disfarçando a confusão
de sentimentos em que me encontro.
— E é só isso? Foi muito ruim?
— Não, foi perfeito — balbucio.
— Então não estou entendendo o motivo dessa sua carinha,
Maddison.
— Nós somos amigos, entende? Não era para isso acontecer.
Depois eu saí correndo da sala, ele me seguiu e disse que quer mais do que
amizade, porque gosta de mim mais do que um amigo e agora eu não sei o
que fazer — choramingo.
— Você não gosta dele, é isso? — pergunta, tentando entender a
situação.
— Gosto, Peny, na verdade, gosto mais do que deveria para
alguém que é meu amigo. Eu admiro o Olliver desde que o vi pela primeira
vez no abrigo. Ele é lindo, mas eu achava que ele era um cafajeste com o
cérebro do tamanho de uma ervilha, mas então ele se aproxima e me mostra
um cara fofo, gentil, carinhoso…
— E isso é ótimo, você não acha? — ela quer saber.
— É claro que é, mas…
— Não faz isso com você, Maddie…
— Ele é popular, fala com todo mundo, e eu sou isso aqui, esse
bicho do mato que veio praticamente da roça.
— Nada disso é defeito ou desculpa, amiga. Se ele te beijou, falou
com você, principalmente depois de todas as demonstrações de fofura essa
semana, é porque ele realmente gosta de você.
— Não sei, Peny.
— Não pense demais, Maddie. Aproveita, amiga! É a primeira
vez que você gosta de alguém de verdade, e acho que não tem ninguém
melhor que Oliiver Durand para conquistar esse seu coraçãozinho fofo aí —
declara, me deixando ainda mais tentada a ir atrás do quarterback.
— E agora, o que eu faço? — pergunto, após um tempo de
silêncio em que me perco em pensamentos.
— Agora você coloca esse sapo melequento aí, toma um banho,
fica bem cheirosa, veste algo confortável e vai atrás do seu homem, garota!
Mas, vai com calma, ok? Pega e não se apega, não se entregue tão fácil
assim!
Sorrio, pensando que esse é o melhor e mais louco conselho que
ela já me deu.
Bato na porta, sentindo as pernas bambas de nervosismo. Poucos
segundos depois, ouço a maçaneta girar e ele aparece, lindo, usando uma
calça de moletom preta, camiseta branca básica, com os cabelos molhados e
uma carinha de cachorro que caiu do caminhão de mudança que dá vontade
de apertar.
— Girassol?
— Oi — digo envergonhada, olhando para as minhas botas
surradas.
— Tá tudo bem? — pergunta e ergue a mão para tocar meu rosto,
mas ele logo desiste.
— Está sim, eu… — quase gaguejo e digo a primeira coisa que
vem à minha mente: — vim ver o sabre de luz que o Bryan Evans te deu,
como você me prometeu.
— Ah, sim, claro. — Ele parece desanimado, mas se afasta da
porta para me dar passagem. — Entra, tá lá no meu quarto, eu vou buscar
— diz, se afastando, mas seguro seu braço.
— Eu posso ir até lá com você? Para ver o sabre, claro.
Olliver me olha confuso, mas assente com um sorriso discreto nos
lábios.
— Vamo lá! — Ele estende a mão e eu a pego sem hesitar,
entrelaçando nossos dedos enquanto ele sobe os degraus.
Assim que chegamos, Olliver abre a porta e entra comigo no
cômodo, que é mais organizado do que eu imaginava. No canto perto da
janela fica uma cama de casal bem grande, ao seu lado, uma prateleira de
madeira escura que vai do chão ao teto com vários livros e action figures
que vão de Star Wars, Dragon Ball e Pokémon, até Super-heróis da Marvel.
Na parede da frente fica uma escrivaninha em L feita da mesma
madeira da prateleira, com diversos livros em cima, porta-canetas, o
notebook e o tão popular sabre de luz, o pretexto mais absurdo e covarde
que eu poderia ter inventado para vir até o quarto dele.
— Aqui está ele. — Pega o objeto e estende para mim. — Só
precisa ter cuidado porque parece que o Bryan o quebrou em uma de suas
peripécias sexuais, então, quando eu disse que curtia Star Wars ele me deu,
caso eu quisesse consertá-lo. Eu até consegui, mas não está cem por cento
firme.
Retiro-o de sua mão e o analiso com cuidado, imaginando a cara
do papai John com um “brinquedinho” desses. Ele é todo sério por fora,
mas, por dentro, é um tremendo geek que disfarça muito bem.
— Nossa, Olliver, mas ele é incrível! Tão grande, comprido… E
muito mais grosso do que eu imaginava.
— Você nunca viu um desses pessoalmente? — ele pergunta,
cruzando os braços.
— Não tão de perto assim, estou impressionada — comento,
deslizando minha mão pela extensão do objeto.
— Dá pra perceber. — Sorri. — Viu que mesmo sendo grande,
sua mão consegue envolvê-lo todinho? — diz, se aproximando às minhas
costas, falando quase no meu ouvido, mas sem baixar o tom de voz, apenas
para me arrepiar.
— Uhum…
— Pode apertar, mas tome cuidado, porque ele é bem sensível —
indica o botão que faz a luz acender e mais que depressa eu clico, fazendo o
objeto de iluminar. — Isso, assim mesmo.
Porém, em um pequeno deslize devido ao tremor das minhas
mãos causado pela sua proximidade, o sabre escapa e rapidamente nos
abaixamos para tentar salvá-lo, o que faz com que nossas testas se choquem
e eu não consigo conter um gemido.
— Ai! Hum… — resmungo, esfregando a testa, enquanto ele
guarda o objeto que, por sorte, não caiu no chão.
Ele se aproxima e toca a minha testa com cuidado, fazendo um
carinho no local.
— Tá doendo muito?
— Só um pouquinho, mas pode continuar a usar seus dedos
mágicos que logo melhora — brinco, aproveitando do seu toque e da
corrente elétrica que ele causa em minha pele.
Ficamos nos encarando em silêncio, os olhos fixos um no outro,
mas nossa conexão é quebrada quando ouvimos sussurros e risadas vindos
do quarto ao lado. Olliver revira os olhos e se aproxima da parede, colando
sua orelha ali para tentar escutar alguma coisa.
— O que houve? — indago, me juntando a ele.
— Ed e Vick estão cochichando. Eles acham que a gente está
transando. — Ele sorri, mas é um sorriso que não chega aos seus olhos.
— Humm… Eles estão redondamente enganados — respondo,
sentindo um amargor subir pela minha garganta, porque aqui, nesse
momento, tudo o que eu queria era ter algo mais “íntimo” com o Olliver.
— É uma pena — ele diz, virando-se para mim e afagando minha
bochecha.
— Pois é… — digo, já que não tenho mais palavras. Fecho os
olhos aproveitando seu carinho, querendo muito mais dele.
— Por que você fugiu, Girassol?
Sinto o rubor tomar minhas bochechas, pois tenho vergonha de
admitir que gosto mais dele do que deveria.
— Eu fiquei com medo — confesso, abrindo os olhos e encarando
seu abdômen definido por baixo da camiseta, louca para deslizar meus
dedos ali e sentir o calor de sua pele.
— Medo de quê? — Ele se inclina e apoia uma mão em minha
cintura, falando bem pertinho do meu ouvido.
— De estar confundindo tudo.
— Como assim?
— Você tem me feito sentir coisas que eu não deveria sentir pelo
meu amigo — revelo, envergonhada.
— E se eu disser que você tem feito o mesmo comigo? — declara,
erguendo meu queixo para que eu olhe para ele.
— Não sei se isso é uma boa ideia, Princeso.
— Eu acho que é uma ideia incrível, e se você não me parar
agora, eu vou te beijar de verdade dessa vez.
Pelas vacas do Texas! Tudo o que eu menos quero é pará-lo, por
isso, fecho os olhos, apenas esperando por algo que, mesmo secretamente,
anseio.
Sinto sua respiração tocar minha pele e logo seus lábios se
encontram com os meus em um beijo que começa suave, como se Olliver
estivesse me descobrindo, o que ele realmente está. Sua língua toca o meu
lábio inferior e antes que eu possa reagir, uma mordidinha é deixada ali,
eletrizando todo o meu corpo. Devido à minha experiência nula nesse
assunto, apenas aproveito esse contato e aguardo a oportunidade de prová-
lo também. Quando sua língua pede passagem para dentro da minha boca,
não resisto e separo os lábios, deixando que ambas se encontrem e dancem
juntas, misturando os nossos gostos e trazendo arrepios para todo o meu
corpo. Afoita e querendo mais, chupo seu lábio e continuo o beijo, sentindo
seu sorriso contra a minha boca. Nossas línguas voltam a se encontrar e nos
tornamos um emaranhado de lábios, desejo e antecipação por mais, pelo
que está por vir, mas então ele interrompe o beijo e sussurra:
— Girassol, como é bom ter você aqui nos meus braços. — Sua
boca desce pelo meu pescoço, onde ele espalha beijinhos.
Sua mão se agarra ao meu cabelo com cuidado, como se ele
pensasse que pode me quebrar, mas isso não é verdade, por esse motivo,
levo minhas mãos até seu pescoço e o aperto contra mim, querendo sentir
mais dele.
— Calma, linda… — diz e volta a me beijar com mais vontade
dessa vez, tanto que posso sentir sua ereção roçando em mim, porém, ele
não avança, apenas anda de costas, com nossas bocas unidas, e se acomoda
na beirada do colchão.
Encaixo-me entre suas pernas e aproveito que a diferença de
altura diminuiu para levar meus dedos até seus fios loiros e bagunçá-los,
juntando nossas bocas com mais vontade, enquanto suas mãos apertam
minha cintura, deixando claro que não quer espaço entre nós.
— Acho que esperei por isso mais do que imaginava — ele diz,
espalhando beijos pelos meus rosto.
— Eu também.
— Fica aqui comigo essa noite? — pede e eu fico estática, sem
saber o que responder, mas ele logo esclarece: — Prometo que vamos
apenas dormir, mas quero dormir de conchinha e acordar com você nos
meus braços, assim como fizemos no seu quarto.
— Tudo bem, eu fico — respondo quando o alívio me domina,
tendo a certeza de que quero o mesmo que ele. Ele me puxa para o seu colo,
nos abraçamos e ficamos ali, apenas ouvindo o retumbar de nossos corações
e as respirações aceleradas por causa da adrenalina.
— Que tal um encontro na sexta-feira? — propõe depois de
alguns minutos e afasto minha cabeça do seu peito para olhar em seus
olhos.
— Oi?
— Essa semana vai ser corrida devido aos treinos para o primeiro
jogo da temporada, mas quero sair com você, só nós dois, em um encontro.
— Você tem certeza? — indago, ainda confusa.
— Toda certeza do mundo.
— Então eu aceito.
Confiro as horas no celular mais uma vez, aproveitando para reler
a mensagem do Olliver:
Eu: Eu também! ;)
Olho para a porta da casa de dois andares onde ele mora e respiro
fundo, insegura pelo nosso primeiro encontro oficial; aliso meu vestido
xadrez de vermelho e branco levemente rodado, aproveitando para secar o
suor das mãos nele.
Vai lá, Maddie, você viu que as coisas estavam evoluindo, agora é
só seguir o baile. Vai dar tudo certo!
E é com essas frases motivacionais fajutas que crio coragem e
bato na porta. Aguardo alguns instantes, mas ninguém aparece, então bato
novamente com um pouco mais de força e ela se abre. Ainda receosa,
coloco um pé após o outro e adentro o lugar que já é conhecido por mim,
porém, dessa vez não está lotado de gente dançando e nem avisto nenhum
dos moradores.
— Miau! Miau! Miau! — É tudo o que escuto antes de sentir a
bola de pelos cinza de Olliver se esfregando em minhas pernas.
— Kakarotto! Como é bom ver você, fofinho! — digo,
abaixando-me para fazer carinho no gato.
Ele continua se esfregando em mim, como se estivesse muito
contente em me ver. Abaixo-me e o pego em meu colo, acariciando o seu
pelo macio e cheiroso. Kakarotto se esfrega todo em meu pescoço, me
fazendo cócegas.
— Não posso julgar o bichano nojento, eu adoraria estar no lugar
dele — Trevor diz ao aparecer nas escadas, me causando arrepios. — O QB
tá no banho e pediu pra avisar que já vem e mandou te entregar isso. —
Mostra uma sacola vermelha sobre o sofá.
— Tem certeza de que é para mim? — confirmo, antes de me
aproximar.
— Pelo que vi, seu nome está do lado de fora, então é sua. — Dá
de ombros e se afasta, indo para a cozinha.
Coloco Kakarotto no chão e me sento no sofá, pegando a sacola.
Realmente está escrito “Maddie” do lado de fora, mas antes que eu possa
conferir seu conteúdo, derrubo a embalagem no chão e me surpreendo ao
ver um tecido vermelho e delicado caindo de dentro dela, todo em renda, e
quando o abro, constato ser uma calcinha.
— Por que será que Olliver me deu uma calcinha logo no nosso
primeiro encontro? — falo baixinho, mais pra mim mesma. — Será que…
não é possível! — Levo as mãos à boca, chocada. — Será que ele espera
que role sexo logo no primeiro encontro? — Sinto meu coração disparar,
pois, ao mesmo tempo em que tenho medo por ser virgem, sinto que com
nenhum outro será tão perfeito como pode ser com Olliver, que já deixou
claro o quanto é carinhoso e cuidadoso comigo.
Fico confusa, um pouco perdida quanto ao que fazer, porém, não
posso mentir que ele mexe demais comigo e que nesse momento meu corpo
todo está quente, louco para sentir seu toque e aproveitar todo o prazer que
ele pode me proporcionar. E é pensando nisso que, em um ato de coragem,
pego a sacola e saio à procura de um banheiro, que logo encontro no
primeiro andar.
Tranco a porta e me olho no espelho, notando minhas bochechas
vermelhas, tanto pela timidez quanto pela excitação, pela expectativa do
que pode acontecer mais tarde, então, em um ato de coragem, desço minha
calcinha simples de algodão pelas pernas e coloco na sacola, vestindo meu
presente. O tecido é lindo e delicado e sua textura contra minha pele é
deliciosa de sentir. Pela primeira vez na vida me sinto sexy e isso é muito
bom.
Sorrio mais uma vez para o espelho e saio do banheiro,
encontrando Olliver na sala.
— Oi, Girassol, que bom que você chegou! — diz, me abraçando
e atacando minha boca como se não pudesse suportar a saudade. Não
reclamo, pois eu mesma não consigo me conter.
Nossos lábios se reencontram, nossas línguas duelam e seu gosto
bom de creme dental de hortelã e Olliver me deixam tonta. Agarro os
cabelos de sua nuca e o puxo mais contra mim, sentindo contrações em
minha intimidade, provavelmente causadas pelo quarterback maravilhoso
que agora me beija como se essa fosse a última coisa que ele fará na vida.
— Que saudade, linda! — sussurra com sua testa colada à minha
quando nos separamos por falta de fôlego.
— Eu também estava, princeso! — respondo e logo sinto algo
roçando em minhas pernas que quase me faz cair. Ao olhar para baixo,
Kakarotto está brincando com um objeto cilíndrico e preto, batendo suas
patinhas de forma afoita.
— Ei, amigão, o que é isso? — Olliver pergunta, tentando
alcançar, mas o gatinho é mais rápido e escapa, jogando seu brinquedo para
longe. Quero rir, mas sinto uma espécie de choque entre as pernas que
quase fazem eu me contorcer, mas disfarço o máximo que posso, contendo
um gemido.
Uau, eu nunca me senti assim por ninguém!
Respiro fundo, tentando controlar o fogo que sinto me invadir, e
logo Olliver volta, olhando para o chão, vendo caída a sacola do presente
que deixou para mim.
— Vejo que encontrou o seu presente. — Sorri, acariciando minha
bochecha. Abaixo-me e o pego.
— Trevor disse que era para mim — comento.
— Era mesmo, mas aquele cara é um enxerido. — Torce os lábios
em desgosto, mas logo sorri. — Espero que tenha gostado.
— Eu amei, muito obrigada. — Deixo um selinho em seus lábios.
— Pronta para irmos? — Assinto com a cabeça. — Jantar e
cinema, ou cinema e jantar? — pergunta.
— Prefiro cinema e jantar.
— Seu desejo é uma ordem, mon tournesol — responde em
francês, me deixando toda mole por ele.
— O que isso quer dizer?
— Meu Girassol. — Abraça minha cintura com as duas mãos,
olhando fixamente em meus olhos, como se assim pudesse descobrir todos
os meus segredos.
Sinto os pequenos choques novamente e me contorço o mais
discretamente que consigo, mas nada passa despercebido por ele, que ergue
a sobrancelha para mim.
— Tudo bem aí?
— Uhum, tudo — balbucio.
— Então vamos. — Olliver pega em minha mão e deixa um beijo
nela, antes de nos guiar até a garagem. Como de costume, ele abre a porta
para mim, no entanto, antes que eu adentre o veículo, sinto um choque mais
intenso e mais longo que me faz gemer.
— Aaaaaaiiiii! — Não sai alto, mas o suficiente para que ele ouça
e me olhe de um jeito interrogativo. — Acho que estou muito ansiosa —
minto, pois não quero parecer louca. Só pode ser dor de barriga, o que não é
nada sensual para um primeiro encontro.
Nos acomodamos no veículo e ele liga o som, onde “Thunder”, do
Imagine Dragons toca, e não poderia haver música que mais combine com
ele do que essa.
Vamos conversando pelo caminho, falando sobre o treino, sobre
nossa semana, que foi extremamente corrida e só conseguimos nos ver de
verdade hoje.
Chegamos ao shopping e Olliver agarra minha mão, entrelaçando
nossos dedos como se isso fosse a coisa mais importante do mundo para
ele. Não vou mentir e dizer que não fico feliz, afinal, estou com o cara mais
perfeito da universidade e que tem mexido muito comigo nos últimos
tempo, o único que faz meu coração disparar.
Na fila do cinema, escolhemos um filme de super-heróis e
compramos um balde enorme de pipoca e refrigerantes, e me sinto aliviada
por aqueles espasmos terem passado. Até entendo que já está mais do que
na hora de perder a virgindade, mas aquela sensação foi muito incomum
para mim. É bom saber também que não era nenhum piriri causado pela
ansiedade de estar com ele, pois seria uma vergonha passar a noite como
uma rainha, “no trono”.
Andamos abraçados até a sala, equilibrando tudo o que
compramos e nos sentamos em poltronas na frente, pois Olliver disse ser
mais emocionante assistir daqui.
— Não sei descrever como é bom estar com você aqui, Girassol
— declara e me dá um selinho.
Em instantes, as luzes se apagam e os trailers começam, e os
choques entre as minhas pernas reiniciam. Não é possível! Tem alguma
coisa errada comigo. Tento me concentrar no filme, mas as sensações estão
cada vez mais intensas, fazendo um calor surreal subir por todo o meu
corpo e uma vontade desconhecida de sentir algo me penetrando me
invadir.
Remexo-me na poltrona, desconfortável, sem saber o que fazer
para trazer o alívio que preciso.
— Linda, tá tudo bem? — Olliver pergunta baixinho perto do meu
ouvido, colocando sua mão sobre a minha coxa, aumentando em níveis
alarmantes a excitação que estou sentindo.
Sua mão desliza cuidadosamente por cima do meu vestido,
acariciando de uma forma que deveria me acalmar, mas me acende ainda
mais e, sem saber o que fazer para ter o alívio que preciso, agarro em seu
antebraço e puxo sua mão mais pra cima, praticamente em sobre minha
boceta, implorando a todos os deuses possíveis que essa sensação de
precisar de mais vá embora
— O que está acontecendo, Maddie? — Olliver me olha
espantado, pois me contorço em busca de alívio, sem saber o que fazer
estando dentro do cinema.
Porém, o desejo se sobrepõe a razão e, com um olhar aflito,
imploro ao loiro ao meu lado:
— Por favor, vamos sair daqui agora, eu preciso de você.
O quarterback me olha confuso, mas não questiona, apenas pega
minha mão e juntos saímos dali, chegando ao corredor entre as salas, onde
os choques se intensificam de modo tão alucinante que preciso me agarrar a
ele para me manter de pé.
— Banheiro. Por favor, me leve para o banheiro.
— Certo, banheiro. É ali. — Indica a porta com a identificação de
feminino e masculino.
Entramos no primeiro e o puxo comigo para uma cabine
desocupada. Por sorte, o ambiente está vazio e, sem raciocinar com clareza,
empurro Olliver para se sentar sobre o vaso sanitário que se encontra com a
tampa fechada e me sento em seu colo, com as pernas abertas em cada lado
do seu quadril, jogando minha bolsa e jaqueta no chão. Devoro sua boca,
afoita, mordendo, lambendo e me esfregando nele em busca de alívio.
Confuso, ele segura meu rosto com suas mãos e me encara.
— O que tá acontecendo, Maddie?
— Eu… eu… não sei — choramingo, sentindo o desespero
crescer cada vez mais entre as minhas pernas.
Sinto a umidade molhar minha calcinha e estou a ponto de
implorar que Olliver enfie seus dedos ali e me traga algum alívio. Mando
toda a minha racionalidade para o inferno e é exatamente isso que faço
quando puxo sua mão, enfiando-a por baixo do meu vestido.
— Me toca, por favor e me faz gozar, eu não aguento mais! —
imploro e quando sua mão encosta na calcinha, parece que algo vem ao seu
conhecimento, pois ele fecha a cara por um momento, respirando fundo,
mas então me olha novamente e me beija com vontade.
— Vai ser um prazer te dar prazer, Girassol — e, dizendo isso,
seus dedos mergulham em minha boceta, explorando com cuidado,
enquanto meus olhos estão cravados nele, absorvendo cada detalhe do seu
rosto perfeito. — Você tá tão encharcada, linda! — sussurra e morde o meu
pescoço. — Hoje serão meus dedos, mas em breve vai ser o meu pau que
você vai sentir nessa bocetinha gostosa.
Ele trabalha com afinco, escorregando os dedos pelos meus
grandes lábios, esfregando-os e fazendo pressão, subindo e descendo, até
chegar ao meu clitóris que, ao mínimo toque, me faz explodir de um jeito
que nunca aconteceu quando eu me tocava sozinha.
Durante os espasmos, agarro seu rosto e devoro sua boca, não me
reconhecendo, pois estou tomada pelo tesão e pelo prazer que o orgasmo
me proporcionou. Ele corresponde a cada movimento da minha língua na
sua, me deixando desejosa por mais, mas sei que estamos em um lugar
perigoso e quando eu o tiver dentro de mim, não vai ser no banheiro do
shopping.
Encerramos o beijo e ele sorri, me surpreendendo quando leva os
dedos que estavam em mim ao lábios, sorvendo todo o meu gozo.
— Você é deliciosa, Girassol! Deliciosa e minha. Só minha —
declara, possessivo.
— Toda sua, princeso.
Ele me abraça forte, apoiando seu rosto sobre os meus seios e só
quando minha respiração finalmente se normaliza é que ele se levanta e me
coloca de pé no chão.
— Vamos? Acho que tivemos diversão suficiente para um
primeiro encontro.
— Mas… e você? — Aponto para o seu pau extremamente duro
marcando na calça jeans e que eu senti em contato com a minha boceta.
— Hoje tudo é sobre você, linda! — Ele me beija mais uma vez e
saímos do banheiro, indo em direção ao estacionamento.
— Jantar? — pergunta.
— Eu topo. Estou faminta. — Sorrio.
— Estrelas Michelin ou fast-food?
— Fast-food, com certeza!
Ele dirige até um drive-thru e pedimos hambúrgueres, batata frita
e refrigerantes. Não paramos para comer, enquanto ele dirige, vou dando
comida na sua boca e ele sorri, me olhando de forma tão doce que sinto
todo o meu interior se derreter. Esse foi o melhor encontro de todos.
É, eu acho que estou apaixonada. Ou melhor, apaixonada pra
caramba!
Assim que chegamos na porta do prédio do dormitório, Olliver
tira o cinto de segurança e olha para mim.
— Nossa noite foi incrível! — Acaricia minha bochecha em uma
mania que percebi ele ter e que eu adoro. — Calcinha vibratória, hein?
Dessa vez você me surpreendeu muito — diz e eu o olho, confusa.
— O quê? Do que você está falando?
— Da calcinha que você estava usando, oras! Adorei ver você
toda cheia de fogo. — Tem feições safadas em seu rosto.
— Olliver… Você me deu aquela calcinha — respondo, cruzando
os braços. — Estava na sacola de presente. Imaginei que quisesse algo a
mais essa noite e decidi tentar — explico, baixando a cabeça,
envergonhada.
— Como assim, Maddie? Eu comprei chocolates pra você. Pensei
que é o que toda garota gostasse.
— Mas…
— Espera — segura meu rosto —, quem te entregou o presente?
— Trevor. Ele me disse que você havia deixado para mim no sofá.
— Filho da puta!
— Calma, princeso, algum problema?
— Nada com que você tenha que se preocupar, linda. Agora eu
preciso ir.
E com um último beijo, ele se despede e vai pra casa.
Desgraçado! Eu vou matar o Trevor!
Ele inventou essa porra de aposta e agora está tentando me
sabotar.
— Trevor! — grito na porta do seu quarto assim que chego em
casa. — Trevor, caralho! — Bato na madeira e ele a abre com a cara mais
lavada do mundo, fingindo que estava dormindo com um bocejo falso.
— Por que você tá tentando me sabotar, filho da puta?
— Eu? Mas o que foi que eu fiz? — pergunta, até levando a mão
ao peito de forma teatral.
— Que porra você queria trocando o presente da Maddison?
Queria constrangê-la no nosso encontro?
Ela abre um sorriso perverso que me deixa louco para socá-lo até
que fique sem nenhum dente na boca.
— Eu só queria apimentar as coisas pra vocês, já que você é bem
lentinho.
Agora é a minha vez de sorrir.
— Bom, se foi isso, só posso agradecer, porque ela ficou
insaciável — digo e me viro, sabendo que acertei o seu “calo”.
— Eu estava lá, controlando aquela merda de calcinha. Vi que
vocês saíram antes da metade do filme — grita, exaltado.
— Obrigado por isso também. — Pisco e me afasto.
— O outro controle estava sendo usado como brinquedo do seu
bichano nojento. Ele estava jogando ele pela casa toda quando cheguei.
— Vou comprar salmão fresco para agradecer o Kakarotto.
Nunca me senti tão feliz por chegar em casa como agora. Após o
momento perfeito com a Maddie, conversamos mais algumas amenidades e
fomos dormir, mas eu estava louco para voltar para L.A. e vê-la, tê-la
pertinho de mim, ao alcance dos meus braços, dos meus lábios…
Subo as escadas, vendo cada um dos caras do time irem para seus
respectivos quartos, provavelmente dispostos a hibernar o restante do
domingo. Não sei onde está o meu irmão, mas também não irei procurar
agora, pois minha prioridade é ver minha ruivinha. Entro no meu quarto e
coloco minhas coisas no cesto de roupa suja e corro para tomar um banho.
Enquanto me visto, ouço a campainha tocar, por isso, desço
descalço, só de bermuda, praguejando por alguém estar empatando a minha
saída, porém, quando abro a porta, meu coração dispara e um sorriso
gigante brota em meus lábios. Parece que estou tendo um déjà vu.
— Girassol…
— Oi, princeso. Espero que não se importe por eu ter vindo te ver,
mas não resisti. — Dá de ombros, envergonhada.
— É a melhor surpresa do mundo — digo e pego-a em meus
braços, fecho a porta e nos rodo pela sala. Seu gritinho de susto e a
gargalhada que o acompanha enchem ainda mais o meu coração daquele
sentimento intenso que só vem crescendo desde que nos tornamos amigos.
Ela olha em meus olhos com uma intensidade que parece enxergar
a minha alma e, ainda em meus braços, toca o meu rosto com suas mãos,
unindo nossos lábios em um selinho demorado, em seguida, esfrega nossos
narizes e sorri,
— É bom ter você aqui.
— É bom estar aqui, minha ruiva.
— Já tomou café da manhã? — pergunta assim que a coloco no
chão.
— Comemos no aeroporto, já que o voo atrasou — explico e vejo
que ela fica sem jeito. — Você comeu? — Sento-me no sofá e a puxo para o
meu colo.
— Uhum. Pensei que, talvez, você quisesse fazer alguma coisa ou
sair para almoçar…
— Eu quero tudo o que você quiser, linda. Simplesmente tudo —
declaro, mas logo completo rindo: — Exceto voltar para o meu país, pois
ainda não estou pronto para isso.
— Mas em algum momento você terá que voltar, visitar a
família…
— Minha família são o Ed e o Kakarotto, ambos estão aqui.
— Mas… e seus pais? — percebo que ela se sente invasiva ao
perguntar, mas acaricio seu rosto, tranquilizando-a.
— Minha mãe morreu quando eu tinha quinze anos e o meu pai…
bom, não posso dizer que somos as pessoas preferidas um do outro.
— Oh, eu sinto muito! — pede com pesar.
— Imagina, tudo bem. — Sorrio, tentando quebrar o clima de
melancolia que se alastrou pelo ar. — Mas então… acho que ainda é cedo
para almoçarmos, mas, que tal um doce e um filme? A Vick me ensinou
uma receita deliciosa. Podemos pedir comida mais tarde.
— O que você quiser, princeso. — Deita a cabeça no meu ombro
como uma garotinha doce, toda manhosa.
— Vamos para a cozinha — digo, pegando-a no colo e Maddie
entrelaça as pernas em minha cintura.
Assim que chegamos lá, coloco-a sentada no balcão, enquanto
abro os armários em busca dos ingredientes. Por sorte, há um supermercado
aqui perto que vende produtos estrangeiros e não foi difícil encontrar o que
precisava para preparar o tão popular brigadeiro. Não sou a pessoa mais fã
de doces do mundo, mas admito que esse docinho brasileiro me conquistou.
Pego tudo o que vou precisar e coloco sobre a pia sob o olhar
atento da Maddie.
— O que você vai preparar?
— Um doce delicioso que a Vick me ensinou.
— Hummm… já estou curiosa.
Abro a lata de leite condensado e pego um pouquinho em uma
colher, direcionando-a para a boca da ruiva.
— Prove — peço e quando ela coloca a língua para fora em
contato com o doce, preciso sufocar um gemido ao imaginá-la deslizando
ao redor do meu pau. Esse pensamento deixa minha mão trêmula e, sem
esperar, derrubo um pouquinho do produto leitoso no queixo e colo da
Maddie.
— Ai, droga! Como eu sou desastrada! — resmunga e ameaça
limpar, mas seguro sua mão, encarando seus olhos.
— Deixa que eu limpo. — E, sem cerimônia, levo minha língua
ao seu queixo, sorvendo qualquer resquício de doce. Ouço-a arfar, antes de
dizer:
— Acho que você realmente gosta de me lamber — diz de forma
inocente, provavelmente lembrando do dia em que fiz a mesma coisa com o
sorvete.
— Você não faz ideia do quanto — sussurro e apoio as mãos ao
lado de suas pernas, me aproximando e passando a língua sobre o doce que
quase escorreu por entre os seus seios.
Conforme me “esforço” para deixá-la limpinha, Maddison geme,
o que causa um reboliço dentro de mim;
Apanho a latinha e, com a colher, despejo uma pequena
quantidade sobre seu ombro direito e limpo com a língua, repetindo o
processo em sua perna, já que está de vestido e isso facilita muito a minha
vida. Conforme distribuo o produto, ela me encara, suas bochechas coradas
deixando claro que está tão cheia de tesão quanto eu, que já não consigo
disfarçar a ereção sob o short fino que estou vestindo.
— Ahhhh… Olliver! — balbucia quando minha língua sobe por
sua coxa, capturando muito mais do que leite condensado, mas também o
sabor de Maddison, da minha garota. — Isso é bom demais.
Continuo espalhando o conteúdo da lata, intercalando entre sua
pele e seus lábios, que eu devoro com os meus, até que não haja mais
nenhum produto para ser usado.
— Acho que o nosso brigadeiro vai ficar para a próxima — ela
diz, com seu peito subindo e descendo, a respiração acelerada e o desejo
estampado em seu rosto.
— Vai, mas eu me fartei da melhor sobremesa que existe. —
Mordo seu lábio inferior e ela me puxa para um beijo. — Agora vamos
assistir ao filme, mas estou a ponto de perder a sanidade.
— Eu gostaria de ver isso — provoca, completamente dominada
pelo tesão.
— E você vai, linda, mas não hoje, porque a casa está muito cheia
e quero todos os seus gemidos exclusivamente para mim.
Desço-a do balcão e a puxo até o meu quarto, onde a limpo com
uma toalha umedecida e somente quando está totalmente limpinha é que ela
se deita na cama, aninhada a mim e pronta para assistir os últimos filmes de
Stars Wars.
Eu nem acredito que estou aqui! A energia que emana da torcida é
contagiante e mesmo sem entender nada sobre futebol americano, me sinto
parte desse universo que é muito importante na vida do Olliver. Ele tem
treinado muito e ainda se esforçado para conciliar as aulas e os treinos
exaustivos, o que não nos deixou com muito tempo além daquele dia em
sua cozinha, onde estava prestes a me entregar para ele, caso não fosse um
cara muito controlado.
Ainda lembro da caixa com o bilhete que recebi hoje pela manhã:
Girassol,
Hoje nós vamos jogar em casa e tudo que eu mais quero é ter minha garota
lá,
torcendo por mim e usando a minha camiseta.
Você será o meu amuleto da sorte!
Autografei para que, além do meu nome nas costas,
tenha também um pedacinho de mim no seu coração.
Estarei te esperando!
Seu Princeso
— grita e sinto seus espasmos, que me puxam com ela, nos levando para o
orgasmo mais intenso da minha vida, me dando a certeza de que nada mais
Eu: Eu sei que sim, e depois a gente pode comemorar a vitória só nós dois,
em cima de uma cama. Ou no carro, no mato, na biblioteca… Onde vc
quiser.
Girassol
Não é de hoje que odeio esses imbecis que moram aqui, e faço
questão de deixar bem claro, com meu jeitinho adorável de ser. Mas,
mesmo com todo o ranço que eles me causam, foram poucas as vezes em
que precisei tomar medidas extremas, só que ontem, as coisas foram longe
demais.
Trevor, o ser mais fedorento, xexelento, nojento e tudo mais que
exista de “ento” desse lugar se atreveu a mexer com o meu humano. Sim!
Será que ele não sabe que com o humano dos outros não se mexe?
Eu sou o único que tenho o direito a afrontá-lo, provocá-lo e tudo
mais, porém, o idiota fez algo muito, muito feio, que foi, além de
bisbilhotar a vida do meu humano, aprontar para Maddie, a humana mais
fofa que eu já conheci.
Pois é! Há dias eu tenho visto ele aprontar. Trocou o presente que
tinha cheiro bom que o humano comprou pra ela por um negócio esquisito,
um pano vermelho com duas coisinhas pretas que rolavam pelo chão. Até
usei uma delas pra brincar.
Tentou mexer no shampoo que a humana usava aqui, mas fiz o
favor de derrubá-lo pela janela e agora, o vi colocar uma coisa no quarto do
humano. Ele disse ao idiota do Matt que era uma câmera. Eu não sei o que
é, mas ouvi dizer que é pra gravar as coisas, como aquelas que passam na
tela grande da sala.
Eu jamais permitiria isso.
Ele é uma coisinha invejosa que merece uma lição, por isso, fiz
questão de entrar no seu quarto, usando aquela técnica maravilhosa que
aperfeiçoei para abrir portas, e me aliviei em todos os lugares possíveis. Na
cama, no armário, nos sapatos… Foi um festival de xixi e cocô para todo
lado.
Saí de lá me sentindo ótimo, sabendo que cumpri a minha missão
de proteger meu humano que é muito inocente às vezes. Só que eu não
contava que o xexelento ia vir atrás de mim, louco para me pegar. Ou
melhor, querendo acabar com a minha raça e até, quem sabe, acabar com
uma das minhas vidas, já que tenho sete.
— Volta aqui, seu bichano desgraçado! — ele grita, correndo atrás
de mim.
Escapo pelo corredor, fazendo-o de bobo, mas um cheirinho
felino muito familiar me distrai e acabo não sendo tão ágil e ele quase me
acerta. Sorte que o humano burro que é irmão do meu apareceu e, pela
primeira vez na sua vidinha sem graça, fez o favor de me ajudar.
Não entendo bem o que estão dizendo, pois minha atenção está
toda voltada para a bolinha de pelos mais perfeita que já vi, e que nunca me
deu trela quando estava no abrigo de animais, que está aninhada no colo do
engomadinho.
Ouço gritos entre os dois, mas é como se suas vozes estivessem
distantes. O xexelento não desiste e tenta de todo jeito me alcançar, mas o
engomadinho fala mais alto e aproveito para me esconder atrás de suas
pernas. Esquivo-me dos ataques, mas não está sendo suficiente, já que tem
uma coisa linda roubando todo o meu juízo no recinto.
Eu sempre a admirei de longe, com toda a sua classe, pelos
brancos e sedosos desfilando pelo abrigo, afinal, ela era a única comportada
o bastante para ficar solta, e agora está aqui, bem na minha frente, acabando
com a minha concentração.
Sinto quando o engomadinho se abaixa e me ergue em seu colo
desajeitado, mas não vou reclamar, pois agora estou mais perto para a
bolinha de pelos mais perfeita que já vi, que rosna quando me vê.
Meow! Ela é uma gata selvagem… Adoro!
Porém, alegria de gato dura pouco, já que logo o meu humano
aparece, erguendo a voz também, fazendo o xexelento sair e o engomadinho
me passar para o seu colo.
— Nós vemos em breve, mon amour[6]— digo a ela, que ainda
tenta me arranhar, mesmo estando afastada.
Resmungo para ir ao chão e quando sinto o piso sob minhas patas,
saio rebolando com o meu gingado de gato da realeza.
As últimas semanas têm sido simplesmente incríveis. Maddie e eu
estamos cada vez mais entrosados e, mesmo que não tenha resolvido ainda
toda a merda envolvendo Trevor, preciso parar de me acovardar, por isso,
decidi que vou dizer à minha namorada o quanto a amo, não dá mais para
segurar.
Maddison é uma garota incrível e me mostra isso a cada dia, me
acompanhando nos jogos que pode, nas festas, como a da Vick, onde ela
realmente encheu a cara, precisando ir para casa carregada em meus ombros
como um saco de batatas. Fomos ao cinema, ajudei-a no abrigo,
estudamos… Tudo o que um casal que ama estar juntos faz, nós fizemos.
Hoje é o dia do último jogo antes do recesso para o Dia de Ação
de Graças, onde estamos planejando um jantar entre Maddie, eu, Ed, Vick e
os pais da minha namorada, que devem chegar amanhã do Texas. Ted bem
que quis vir a tempo para o jogo, mas Daisy, a égua que Maddie possui no
sítio, entrou em trabalho de parto ontem e os vovôs babões não queriam
deixar a mamãe e o potrinho sozinhos logo na primeira noite, por isso irão
embarcar após o almoço, pois um grande amigo dos meus sogros chegou
hoje para cuidar de tudo por lá na ausência deles.
— Precisamos sair, Princeso — Maddie avisa, com as chaves do
meu carro na mão. Estamos na minha casa e iremos direto para o Rose
Bowl, onde será a partida desta noite.
Para mim, todos os jogos são importantes e em todos eles dou o
meu melhor, no entanto, jogar contra o USC é sempre uma emoção
diferente, já que eles são os nossos maiores adversários no campeonato.
Tenho me saído muito bem como quarterback titular e capitão,
recebendo muitos elogios do treinador e da comissão técnica. Recentemente
até saí em uma matéria no jornal local, onde fui apontado como uma grande
aposta para o DRAFT do próximo ano.
Fiquei um pouco receoso que isso chegasse aos ouvidos do meu
pai, mas o soberano de Prinz parece muito ocupado para perder seu tempo
com a minha carreira e o meu futuro. Edward é o sucessor ao trono,
preparado desde o berço para isso, então, tenho certeza de que não importa
qual carreira eu queira seguir ou o que planejei para o meu futuro, pois
ninguém na realeza espera algo de mim.
— Vamos, Girassol. — Pego minha bolsa com o uniforme e jogo
no ombro, antes de agarrar a mão da minha namorada e descer as escadas.
— Quer que eu dirija para você ir descansando? — oferece.
— Acho uma ótima ideia, amor — respondo, prensando seu corpo
contra a lataria do meu carro, atacando sua boca em um beijo urgente. A
cada dia que passa, sinto que preciso de mais da Maddie e tenho a certeza
de que, além de minha namorada, ela é o grande amor da minha vida. Só
preciso descobrir o que ela pensa sobre isso.
Entro no banco no passageiro e vejo-a se ajeitar, regulando o
banco e os espelhos para que fique confortável. Vê-la dirigindo é sempre
uma distração bem-vinda, pois ela é uma motorista muito responsável, mas
estressada, que adora gritar com aquelas que ela acha que não sabem dirigir
ou não respeitam as regras de trânsito.
Vejo que Trevor não está mais em cima de mim, mas também não
está longe, com suas mãos sobre o meio de suas pernas, furioso como um
touro no brete antes de um rodeio. Provavelmente o acertei como deveria,
porque ele geme.
O local está deserto e pouco iluminado. Bem que a Vick avisou
aquele tapado do reitor Fox sobre as lâmpadas queimadas, mas o homem
não lhe deu o devido crédito.
Não me sinto ágil o bastante para tentar a joelhada, mas posso
socá-lo. Por isso, dou alguns passos à frente e reúno toda a força e coragem
que habitam em mim ao fechar a mão e olhar em sua cara, antes de acertar
com tudo o que tenho, vendo-o cambalear e finalmente cair. Seus gemidos
seu audíveis, mas eu não me importo.
— Maddie, o que tá acontecendo aqui?— Penélope aparece, se
assustando ao presenciar a cena.
— Corre, Peny! — grito e avanço para o carro, sendo seguida por
ela. Ela destrava o veículo e dá partida apressada. — Vamos, vamos, dirige.
Precisamos sair daqui — peço, desesperada.
— Calma, tô indo!
E assim, como um verdadeiro piloto de fuga, minha amiga dirige,
nos levando para longe dos dormitórios. Meu fôlego está escasso, o coração
acelerado, como se a qualquer momento ele fosse sair pela minha boca. O
silêncio impera e só os sons das nossas respirações é ouvido.
Quando estamos afastadas o bastante do local, Peny toca meu
braço e me faz olhá-la.
— Quer me contar o que houve? — pergunta.
— Me deixa só raciocinar e eu conto, tá? Preciso de um tempo —
peço e ela assente.
Logo chegamos ao Joe’s e descemos do carro em silêncio, mas
sua mão tocando minhas costas me mostra que ela está comigo, me dando
todo o apoio que preciso e eu só posso agradecer por isso, dando-lhe um
abraço apertado. Sinto uma lágrima solitária escorrer pelo meu rosto, mas
ainda não me sinto pronta para falar. Quero apenas aproveitar algumas
horas com meu namorado antes de qualquer coisa.
— Você demorou, Girassol! — Ollie diz e ouvir esse apelido está
me causando arrepios agora, tanto que ele percebe e me abraça assim que
alcanço a mesa onde está sentado com seus amigos, provavelmente
pensando que estou com frio.
O barulho não é o mesmo de quando eles ganham um jogo, afinal,
não há euforia e comemoração, eles apenas estão com olhos focados na
enorme TV presa ao teto, analisando cada lance da partida que é mostrado
em um programa esportivo.
— A Peny estava caprichando — desconverso e ele sorri,
levando-me para seu colo, envolvendo os braços em minha cintura.
Vejo um copo à sua frente e com um olhar ele assente, mostrando
que é dele, por isso o pego e dou um grande gole, querendo tirar a secura da
minha boca devido a situação de instantes atrás e também para tentar
disfarçar que não me sinto bem.
— Suco de maçã — comento, porque o copo está todo decorado
como um drink alcoólico. Meu namorado é surpreendente.
Ele sorri e dá de ombros, voltando sua atenção para a TV.
Penélope senta-se ao nosso lado, sem nenhum dos seus jogadores ao redor,
provavelmente dispensou os dois por hoje.
— Tá tudo bem? — pergunta baixinho e eu só entendo porque
faço leitura labial.
Aceno positivamente com a cabeça, porque, neste momento, não
quero pensar em nada, apenas ficar aqui, nos braços do Ollie, torcendo para
irmos embora logo.
— Uma porção de batatas para o nosso melhor quarterback — diz
o garçom ao se aproximar e colocar o prato sobre nossa mesa.
— Obrigado, Jake! — Olliver agradece e pega uma batatinha,
molhando no catchup e colocando na minha boca. — Você me parece com
fome, linda… — Ele sorri.
— E eu estou, mas não é de batata… — brinco após mastigar e
engolir, e ele faz, mais uma vez, aquela cara.
— Safadinha! Acho que criei um monstro — debocha, me
fazendo enrubescer.
— A culpa é sua por ser tão gostoso. E safado. E fofo — rebato,
me aproximando para morder sua orelha.
— Nem vem de novo com essa conversa de safofo, Girassol. Isso
acaba com a minha moral — responde.
— Você não precisa de moral, Princeso, porque você é meu e eu
te conheço, sei o que tem aqui — aponto para o seu peito —, aqui — indico
sua cabeça — e aqui — afasto-me um pouquinho e aperto seu pau por cima
da calça, fazendo-o gemer.
— Meu Deus… A gente precisa ir embora agora! — brada e
ameaça se levantar, mas um barulho alto chama nossa atenção. — Mas o
quê… — começa a falar, mas é interrompido pela voz do asqueroso do
Trevor saindo da TV, em uma filmagem dentro do vestiário, que mostra os
dois frente a frente.
— Temos um acordo?
— Temos. — Eles apertam as mãos, selando essa merda.
Obviamente ele não responde, mas sei que posso confiar que vai
aparecer.
— Por que não pegamos aquele seu skate velho para chegar até o
aeroporto? — meu irmão sugere, me fazendo revirar os olhos.
— Não vou nem te responder, Edward…
— Ah, já sei! Vamos pegar algumas folhas de palmeira lá no
jardim. Se subirmos no terraço e as amarramos nos braços, podemos saltar e
voar.
— Nós não temos palmeiras e você não é o Ícaro, pelo amor de
Deus! Fica quieto e me deixa pensar — brigo e ele dá de ombros. O Edward
no modo foda-se o mundo está começando a me irritar.
Escuto passos e puxo meu irmão para mais perto da parede,
escondendo-nos longe da luz do corredor.
— Fiquem calmos, garotos, sou eu — Phill avisa, me trazendo um
alívio imenso.
— Que bom que você veio. Precisamos sair daqui — digo.
— Eu imaginei que isso aconteceria e farei o possível para ajudar.
Na verdade, já pensei em um plano — explica. — O jantar foi todo trazido
por um serviço de buffet, junto com os utensílios e tudo mais. O caminhão
para retirar tudo chega daqui a uma hora, vou colocar vocês lá dentro junto
com os funcionários. Enquanto isso, providenciarei passagens para saírem
do país e depois, embarcam para os Estados Unidos.
— Muito obrigado, Phill! Eu sabia que poderia contar com você
— Abraço-o, emocionado.
— Eu te amo, Phill, você é o melhor — a versão bêbada do meu
irmão diz, arrancando uma risada de mim. Definitivamente, esse cara
precisa da Vick para ter um rumo na vida.
Phillip sai para providenciar tudo e como não participei daquele
jantar idiota, estou morrendo de fome, e Kakarotto já está reclamando
também, com certeza sentindo falta do seu lanchinho da noite. Por isso,
deixo meu irmão sentado num cantinho da passagem secreta, onde ninguém
pode vê-lo e saio rumo à cozinha com meu gato no colo.
Encontro Margot na cozinha e ele sorri para mim de um modo que
somente minha mãe sorria.
— Alteza, em que posso servi-lo? — pergunta, fazendo uma
reverência.
— Primeiro, sem me chamar de Alteza, Margot. A senhora me viu
correr pelado pelo palácio, não tem como haver formalidades entre nós. —
Ela sorri, assentindo. — E nós estamos morrendo de fome. Tem algo que
possamos beliscar aí? — questiono, apontando ao redor da cozinha.
— Mas é claro, menino Olliver, sempre! — Ela sai abrindo portas
de armários, geladeira, gavetas e logo temos pães, queijo, suco de maçã e
algumas uvas para saborear.
Além disso, Margot coloca um grande pedaço de salmão em
frente ao meu gato, que cheira o alimento e empina o nariz, virando de
costa e se sentando, como se recusasse a comida.
— Eu disse que ele gosta de frango, Olliver, para de frescura com
o Capiroto. — Edward aparece meio cambaleante na cozinha e abre a porta
da geladeira, pegando um pedaço de frango cru e jogando para o meu gato,
que geme e ronrona ao abocanhar aquilo.
— Não é possível, é hoje que o inferno congela! Vocês fizeram as
pazes — digo, arrancando risadas de Margot e das outras mulheres na
cozinha.
— Que nada! É que esse bichano demoníaco fica se engraçando
pra cima da minha Lady. E o pior é que ela parece gostar, apesar de se fazer
de difícil, ou seja, vou acabar sendo sogro dessa cria de Satã, então não
posso matá-lo, ou a Lady vai ficar triste e a Vick me mata por tabela por
chatear a bebezinha dela.
Deixo Ed reclamando sobre meu gato estar querendo deflorar a
gata que ele deu para Victória e aproveito para comer antes que Phillip
volte.
Quando estou satisfeito, despeço-me de Margot com um abraço
apertado, sem saber quando voltarei a vê-la e arrasto Edward e Kakarotto
comigo até a passagem secreta da biblioteca. Chegamos à parte do fundo do
palácio, onde são recebidos caminhões de alimentos, da lavanderia e afins e
Phill surge de trás de uma porta que quase não notei ali.
— Tudo pronto, garotos. — Pega dois bonés e óculos escuros,
entregando para nós. — Eu cuidei e acobertei cada travessura de vocês na
infância, espero que essa seja a última e, se Deus quiser, por uma boa causa.
Sejam felizes e não se esqueçam que o povo de Prinz precisará de vocês
quando chegar a hora. — Ele nos abraça apertado, trazendo lágrimas aos
meus olhos, mas me recuso a chorar, porque sei que isso não é um adeus, e
sim, um até breve.
Assim que o caminhão encosta, Phill fala com o motorista e nos
coloca no baú, dando um tchauzinho antes de fechar as portas.
É isso, vamos correr atrás da nossa felicidade.
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Até a próxima!
Era pra ser
Doce amor
LUNY: Contos de amor na Universidade
Fran: Inapaixonável
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O CEO Fera
Meu melhor amigo, meu amor
Uma família para o viúvo
Um contrato para o CEO
As tentações da CEO
Sexy boys – O misterioso
Karine Gomes, porque o nome é enorme, parece até de princesa, é
ribeirãopretana e está nesse mundão de meu Deus desde 1990. É casada,
mãe, ariana, cristã, confeiteira e agora, autora. Ah, e levemente rabugenta
também, apesar de rumores afirmarem que ela é fofa. Ama cantar e é
movida a música. E a doces.
Descobriu que, através da literatura, poderia viajar sem sair de
casa, tornando-se assim uma “louca dos livros”. Em 2020 decidiu dar asas
às histórias que povoam sua mente, entrando de cabeça nessa vida de autora
independente, sempre buscando levar risadas e ensinamentos para seus
leitores. É uma beijoqueira de carteirinha, que adora ajudar e fazer os outros
rirem.
Pode me chamar a qualquer hora, vai ser um prazer conversar
com você, saber suas opiniões e claro, bater aquele papo gostoso.
Instagram: @karinegomesautora
https://chat.whatsapp.com/ELczJR1mUjr18h4uUeLPmO
E também do grupo de Leitoras da Kah
https://chat.whatsapp.com/KR9994fziWpJPGcUPzvs1O
Beijokah ;)
[1]
Quarterback (QB) é uma posição do futebol americano. Jogadores de tal posição são
membros da equipe ofensiva do time (do qual são líderes) e alinham-se logo atrás da linha central, no
meio da linha ofensiva.
Pessoa que chega ao extremo da loucura, comete atos absurdos.
[2]
Estar entorpecido.
[3]
Center é uma posição do futebol americano dos Estados Unidos e do Canadá. O
center é o jogador posicionado no centro da linha ofensiva. O center é o jogador que dá a bola ao
quarterback ao fazer o chamado snap passando a bola entre as pernas quando o QB chama a jogada.
[4]
Um Wide Receiver (WR) é uma posição ofensiva no futebol americano e canadense,
e é o jogador chave na maioria das jogadas para pontuações.
[5]
Um gêiser, também grafado como géiser, é uma nascente termal que entra em
erupção periodicamente, lançando uma coluna de água quente e vapor de água. O nome gêiser
provém de Geysir, nome de uma nascente eruptiva em Haukadalur, na Islândia; este nome deriva por
sua vez do verbo gjósa, "jorrar"
[6]
Meu amor