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O Capital no Século XXI

Nenhum livro de economia publicado nos últimos anos


causou tanto impacto quanto "O capital no século XXI" de
Thomas Piketty. O livro é uma obra prima com mais de
600 páginas, que disserta sobre como a globalização e o
desenvolvimento econômico impactam nossas vidas, a
economia e o mundo contemporâneo. Piketty, após anos
de pesquisas, traz-nos um grande ensaio sobre como o
capitalismo gera desigualdade para a sociedade,
ampliando cada vez mais a concentração de riqueza. Em
sua obra, ele traça um histórico de como o regime
econômico atingiu seu estado atual e avalia um
prognóstico futuro para a economia.

A obra é referência entre os estudos econômicos, mas o


time do 12 Minutos sabe que nem todo mundo tem o
tempo necessário para devorar esta bíblia. Por isso
sintetizamos o livro e criamos um microbook para que
você possa aprender suas ideias chave em pouco tempo.
Vamos nessa?

Introdução

Capitalismo é uma força poderosa na economia, com uma


longa história para os empreendedores que trabalharam
duro criando empresas, ganhando dinheiro e o
devolvendo à economia na forma de investimentos. Com
suas raízes no século XIV, esse sistema econômico tem
sido central para a construção e desenvolvimento de
muitos mercados no mundo. Economistas têm discutido e
defendido o capitalismo através dos séculos e o sistema
não mostra sinais de que irá tão cedo para outra direção.
Contudo, embora seja claro que o sistema é ao mesmo
tempo fascinante e bem-sucedido, o mesmo encara uma
iminente e crescente ameaça da desigualdade de riquezas.
O Capital no Século Vinte e Um, de Thomas Piketty, lança
um olhar profundo sobre as questões que o capitalismo
levanta. Ele descreve os fundamentos do capitalismo,
mostrando como uma economia capitalista não
controlada pode conduzir a um grande e perigoso abismo
entre as classes média e alta. Cada afirmação é sustentada
por dados e pesquisas extensas, como evidências de
tendências anteriores e também com estatísticas reais.
Uma vez que o problema foi estabelecido e explorado,
Piketty propõe então uma solução revolucionária, que se
colocada em prática poderia mudar a cara do capitalismo
e das economias ao redor do globo.

O Capitalismo pode levar à desigualdade de

riquezas

Para compreender o problema com o capitalismo, você


deve primeiramente entender como o capitalismo
funciona. Capitalismo, em sua essência, diz respeito à
produção de bens e serviços com o objetivo principal de
ganhar dinheiro, em vez de trocá-lo por outros bens,
comida e roupas, como era feito no passado. Uma
ilustração simples disso é a de um fazendeiro cultivando
sementes com propósito único de vendê-las no mercado
por lucro. Em tempo, o fazendeiro decide investir parte de
seu lucro em sementes e equipamentos para produzir
mais. O que ele reinveste é conhecido como o “capital”,
que são essencialmente as ferramentas ou o dinheiro
usados para gerar mais dinheiro. Quando ele vende sua
colheita no mercado, o dinheiro que ele ganha de volta é
chamado “retorno”. Uma porção do retorno será
reinvestida como capital novamente, enquanto uma
porção será usada para pagar àqueles fazendo o trabalho
(nesse caso, o próprio fazendeiro) – e o ciclo continua.
Com o passar do tempo, o fazendeiro pode começar a
pensar em sua taxa de retorno, que é o lucro que ele
recupera de seus investimentos, expresso em uma
porcentagem. Quando a operação do fazendeiro começa a
ficar mais rentável, ele pode escolher contratar mais
trabalhadores para aumentar sua força de trabalho e,
assim, sua produtividade. Isso significa que ele precisará
gastar mais dinheiro com a mão-de-obra, mas agora seus
retornos também devem ser muito maiores. Contudo, se
os lucros do fazendeiro começam a crescer mais rápido
que sua operação, seu capital não será necessário. Como
alternativa, o excesso de dinheiro irá diretamente para seu
bolso e a desigualdade de riquezas começa a se
desenvolver. Os mesmos princípios que se aplicam ao
fazendeiro se aplicam ao resto da economia. Se a taxa de
retorno continua crescendo, mas a economia não cresce
com ela, os donos e as organizações acabam gerando uma
quantidade desproporcional de riqueza para salvar o
capital. Enquanto é verdade que essa riqueza pode ser
frequentemente transferida para o capital e usada para
criar novos empregos, o resultado final é que, em última
análise, uma porcentagem muito pequena de pessoas
detém uma porcentagem muito grande das riquezas de
uma economia. Adicionalmente, ser a força principal por
trás do capital dá, aos donos, grande poder sobre a criação
de empregos. Quando se trata de planejar o futuro de
nossa economia, colocar quantidade significativa de poder
sobre tantas pessoas na mão de um grupo tão pequeno
pode ser considerado perigoso.

Entender taxas de crescimento é a chave para

entender o problema

A menos que mudanças sejam feitas, o desequilíbrio de


poder só piora com o tempo. Uma economia global
constantemente crescente é saudável, mas a taxa na qual
os mercados do mundo crescem precisa permanecer
similar à taxa na qual seu retorno de capital aumenta. Nós
chamamos essas taxas de “taxa de crescimento” e “taxa de
retorno sobre o capital”, respectivamente. Se a taxa de
retorno está fora da escala da taxa do crescimento,
acontece desequilíbrio financeiro, seguido pela
desigualdade social. Esse é um problema que precisa de
uma solução imediata, visto que até mesmo o menor
abismo pode com o tempo crescer a proporções perigosas.
Isso é melhor visualizado comparando o crescimento do
mercado ao crescimento da população. Se a população do
mundo crescesse a uma taxa de por volta de 1% a cada
ano, o número de humanos nesse planeta cresceria de um
pouco mais de meio bilhão nos anos 1700 para um
excesso de 7 bilhões em 2012. Embora uma taxa de 1%
não pareça muita coisa a princípio, ela cresce
exponencialmente, alcançando grandes números com o
tempo. O mesmo princípio se aplica diretamente ao
capitalismo e demonstra o grande problema da forma com
a qual ele trabalha atualmente. Se há uma diferença
pequena mas constante entre a taxa de retorno sobre o
capital e a taxa de crescimento, o desequilíbrio irá se
inclinar fortemente em favor dos atualmente ricos.
Embora leve bastante tempo, os resultados são
inevitáveis. No fim, permitir o crescimento desigual gera
um desequilíbrio social perigoso que só piora com o
tempo.
O perfil do capital nacional dos países muda a

cada século

Simplificando, capital nacional é a soma do capital


doméstico de um país - ativos que eles possuem em seu
próprio solo - e seu capital internacional - ativos que eles
possuem em outros países. O capital tem aumentado e
diminuído ao longo das décadas, mas possivelmente a
mudança mais notável tenha sido em sua natureza. No
passado, a terra era o mais importante tipo de capital, mas
deu lugar a ativos industriais e de habitação.
Historicamente, França e Reino Unido encontraram
grande valor nos ativos internacionais, mas grandes
eventos globais como guerras mundiais e a Grande
Depressão começaram a exaurir o valor desses ativos. Até
2010, as participações estrangeiras desses dois países
eram quase inúteis. Capital doméstico pode também ser
dividido em ativos públicos e privados. Esses dois
compartilham uma relação inversamente proporcional:
perdas em ativos públicos frequentemente significam
ganhos em ativos privados e vice-versa. Isso significa que
mudanças no capital público e privado frequentemente
não significam mudanças no capital doméstico nacional,
mas compreender a diferença entre os dois é importante.
Os ativos públicos de um governo são sempre não
financeiros, como no caso de prédios e estruturas
governamentais, ou financeiros, o dinheiro em caixa do
estado. Ativos privados são simplesmente ativos que não
são negociados publicamente. O Capital não foi a única
coisa que mudou. A maneira com a qual os governos
lidam com suas dívidas também mudou ao longo da
história, mas alguns dos métodos antigos tiveram efeitos
não intencionais no mercado. Inflação (na qual os preços
dos bens aumentam) e empréstimos privados (no qual o
governo pega empréstimos de cidadãos ricos particulares)
são ambos métodos comuns de lidar com a dívida pública
e ambos apresentam soluções efetivas. Infelizmente, esses
métodos são bastante brutais para as classes
trabalhadoras, com o primeiro reduzindo o poder de
compra e o último devolvendo o poder para os que já são
ricos. Embora ambos os métodos estejam em declínio na
Europa, seus impactos já podem ser sentidos: enquanto os
mercados se recuperam, a distribuição desequilibrada de
riquezas ainda é um fator real e presente.

A primeira lei fundamental do capitalismo nos

ajuda a encontrar a renda nacional e mais

Para verdadeiramente entender as complexidades do


capitalismo global, é preciso compreender sua história e
teoria e examinar cuidadosamente as tendências atuais. A
primeira e a segunda leis fundamentais do capitalismo são
fórmulas que percorrem um longo caminho para explicar
o comportamento dos mercados ao longo do tempo e
fazem um ótimo trabalho simplificando a história e
tornando os problemas reais mais claros. A primeira lei
fundamental do capitalismo diz que renda nacional (α) é
igual à taxa de retorno sobre o capital (r) multiplicada
pelo taxa de capital/rendimento (β). Simplificando, a
fórmula fica assim: α = r × β Essa pequena fórmula é
poderosa, tornando incrivelmente simples calcular a
renda nacional, que é o rendimento total recebido por
todos em um país. Como exemplo, se você sabe que a taxa
de capital/rendimento (a taxa que demonstra quanto
capital pode ser recebido com um ano de renda) é 5:1 com
4% de taxa de retorno sobre o capital, a renda nacional é
de 20%. Essa lei é bastante útil para encontrar a renda
nacional, mas é também incrivelmente versátil e pode ser
utilizada para encontrar também suas variáveis. Por
exemplo, se você está procurando pela taxa de retorno
atual e você sabe a renda nacional e a taxa de
capital/rendimento, encontrar sua resposta é tão simples
como substituir os números em sua fórmula. Como a taxa
de retorno é a medida da quantidade de retorno recebida
dos investimentos, é uma estatística muito importante.
Por tornar simples o cálculo da taxa de retorno, a primeira
lei fundamental do capitalismo é uma ferramenta
poderosa.

A segunda lei fundamental do capitalismo nos

ajuda a entender a dinâmica do capitalismo


A segunda lei fundamental do capitalismo diz que a taxa
de capital/rendimento (β) é igual à taxa de poupança (s)
dividida pela taxa de crescimento econômico (g). Sua
formula é descrita assim: β = s / g Por exemplo, se uma
economia poupa 20% de seus rendimentos e tem uma
taxa de crescimento de 4%, a proporção capital-
rendimento será de 5:1 ou 500% para o valor da renda de
cada ano. Isso ilustra bem o principal problema: se um
país poupa muito mas não cresce a uma taxa alta o
suficiente para garantir essa economia, então o resultado
será um excesso de capital, que é distribuído então, para
aqueles que já possuem riquezas. Você pode ver quão
importante o crescimento é para a economia
simplesmente aumentando em 1% a taxa de crescimento
no exemplo acima. A proporção capital/rendimento cai
para 4:1, uma queda significativa. Simplificando, isso
significa que se em nosso exemplo a economia crescer
apenas 1% a mais, o aumento seria apenas de 400% ao
invés de 500%. Esse dinheiro extra poderia ser distribuído
em outro lugar, mais notavelmente para as famílias de
classes média e baixa que precisam. Capital é uma coleção
potencialmente maravilhosa de recursos utilizados para
criar empregos e oportunidades para aqueles que não
possuem. Mas dar a maior parcela de recursos da
economia de um país para uma porcentagem muito
pequena da população é perigoso. E essas fórmulas nos
permitem enxergar o quão atrapalhado o equilíbrio de
riquezas pode ficar.

O Capitalismo tem força suficiente para suportar

grandes contratempos

Por enquanto vimos que as desigualdades podem ficar


fora de controle relativamente rápido quando não
monitoradas. Contudo, mesmo com problemas
catastróficos que afetam mercados em uma escala global,
o capitalismo avança ao longo do tempo. Na França e no
Reino Unido do século XIX e XX, um cidadão de classe
média que trabalhava duro era recompensado com uma
vida boa, comida na mesa e dinheiro em seu bolso. Mas
ele também não possuía chance realista de chegar perto
da riqueza extravagante de pessoas que herdaram sua
fortuna. Essa era uma tendência que dominou esses
séculos. Mas o mundo e a economia mudaram e com isso,
os mais ricos logo se encontraram perdendo mais do que
eles esperavam. O período entre 1914 e 1945 foi cheio de
acontecimentos da pior maneira possível. A Primeira
Guerra Mundial atingiu duramente, balançando o mundo
tanto economicamente quanto politicamente. Apenas 11
anos depois, mercados em todo o mundo despencaram na
recessão econômica generalizada conhecida como a
Grande Depressão. O evento começou em 1929 e seus
efeitos se protelaram até 1939, quando o combate abalou
o mundo novamente na Segunda Guerra Mundial. Esses
eventos atingiram os membros mais prósperos da
sociedade de maneira incrivelmente dura. Em 1914, antes
do início dos eventos, os 1% no topo da hierarquia de
renda na França controlavam 20% da renda. Entre 1914 e
1945, esse número despencou para 7%. Os 10% no topo
perderam o controle de 45% para 30% da renda do país,
trazendo o estilo de vida da classe mais alta para muito
próximo da classe média. Com tantos impactos à riqueza
dos 10% no topo, pode-se pensar que o abismo entre as
classes alta e média estaria menor, mas este não é o caso.
Entre 1945 e 2010, os 10% no topo recuperaram três
pontos percentuais, requerendo 33% da riqueza do país, e
há ainda uma tendência de crescimento. Dado o hábito do
capitalismo de crescer exponencialmente a riqueza do
percentual no topo, isso é uma preocupação no futuro. O
Capitalismo teve alguns contratempos impedindo sua
eficiência e continua sendo uma poderosa força que leva à
desigualdade de riquezas. Pesquisas mostram que os
cidadãos nos 10% no topo de riquezas na Europa, em
2010 controlavam 35% da mão de obra e do capital do
continente. Enquanto nos Estados Unidos, os 10% no topo
controlavam enormes 60%. Esses números servem apenas
para ilustrar a dinâmica do capitalismo: mesmo com uma
crise mundial abrangendo 31 anos e mercados quebrando
em diversos países, o tempo é tudo o que é preciso para
recuperar.
Para que a desigualdade de riquezas seja

reduzida significativamente, é necessária uma

interferência não natural

A dinâmica que o capitalismo tem é poderosa, capaz de


levar vantagem das taxas de crescimento pequenas para
colocar o capital excessivo no bolso dos que já são ricos. O
sistema como é, apenas agrava a desigualdade de riquezas
com o passar do tempo, e não mostra sinais de melhoria
por conta própria. Algumas escolas de pensamento
econômico defendem uma abordagem sem interferências,
acreditando que a economia irá se regular naturalmente.
Contudo, como vimos, mesmo os 31 anos de crise
econômica não foram suficientes para regular
permanentemente o problema. O que a economia precisa
é algo não natural. Aqui, ‘não natural’ significa
simplesmente algo que é diretamente criado para regular
a desigualdade de riquezas, opondo-se a uma ocorrência
exterior que a afeta de maneira não intencional. As
guerras mundiais são exemplos primordiais de
interferência natural, enquanto impostos progressivos
(que são provavelmente a melhor solução para regular a
desigualdade) são interferências não naturais. Um
‘imposto progressivo’ é um imposto que aumenta de
acordo com a renda de quem é taxado. Esse tipo de
imposto forçaria os mais ricos e poupadores a pagar uma
taxa maior do que os outros. Diferentes formas de
imposto progressivo foram e estão sendo aplicadas ao
redor do mundo. Mas nos Estados Unidos e Reino Unido
eles estão diminuindo, reduzindo seus efeitos e, em alguns
casos, revertendo-os. Por exemplo, em 2010, os 50% mais
pobres na França pagavam impostos a taxas de 40-45% e
os próximos 40% pagavam taxas levemente mais altas de
45-50%. Isso soa ideal, até que é revelado que as taxas
pagas por aqueles no topo, na realidade caíram, com o
topo 0,1% pagando apenas 35% e pagando praticamente
nenhum imposto sobre a riqueza de capital tais como
terra, fábricas e maquinário. Impostos progressivos são o
passo na direção correta, mas a fim de que haja alguma
mudança permanente e real, o problema do capital
precisa ser apontado.

Um imposto global que incide sobre o capital

resolve muitos problemas

Com os bens de capital comumente livres de impostos,


alguma coisa inteiramente nova precisa ser criada para
combater os problemas gerados pelo capitalismo. Um
novo e progressivo imposto global sobre o capital resolve
esses problemas, inibindo o poder do capitalismo sobre a
desigualdade e permitindo um maior equilíbrio. Fazer isso
seria um processo longo e vigoroso, incluindo a
elaboração de um planejamento de imposto satisfatório
para o mundo todo, mas os esforços envolvidos na criação
de uma ferramenta feita especificamente para regular a
desigualdade de riquezas, valeria a pena. Para alcançar
isso, um alto nível de transparência financeira seria
requerida, permitindo que as informações bancárias
gerais dos países e indivíduos fossem monitoradas. Isso
incluiria os ativos mantidos no exterior. Na sociedade
moderna atual, seria mais fácil alcançar isso, graças aos
registros de transferências eletrônicas. Esse tipo de
imposto seria uma ferramenta perfeita: na verdade, muito
perfeita para ser verdade. É praticamente próximo do
impossível conseguir que todas as nações do mundo
embarquem nessa ideia, bem como encontrar o
planejamento perfeito e fazer com que os mais ricos
apoiem. Na realidade, o planejamento tomaria um tempo
longo e impraticável, e os membros mais ricos da
sociedade perderiam tanto, que jamais concordariam com
essa ideia. Um imposto global progressivo sobre o capital
é um conceito utópico, mas isso não significa que não vale
a pena considerá-lo como uma meta para a qual se
direcionar. Ter uma ideia da perfeição permite aos
economistas e governos do mundo todo ver como um
mundo com uma desigualdade drasticamente menor
seria, e se transforma então em uma forte referência para
futuras políticas.

Notas Finais
O que começou como um sistema que ajudava gerentes a
colocar seu dinheiro de volta na economia cresceu de
maneira quase opressiva. Agora, sonhos de riquezas e
fortuna são praticamente impossíveis para cidadãos de
classes baixa e média em muitos países ao redor do globo.
A desigualdade de riquezas é espantosamente alta e
alguma coisa precisa ser feita. Essas não são apenas
teorias. Estudos cuidadosos de história revelam o poder
da dinâmica do capitalismo, mesmo diante das piores
catástrofes financeiras na história e duas das maiores
guerras que o mundo já viu. Os fatos mostrados apontam
para uma conclusão: desigualdade de riquezas não é um
problema que irá se resolver sozinho. Precisamos de
mudanças na política que foquem diretamente nos
problemas principais para acabar com o abismo e nivelar
o campo de jogo novamente. Quando olhamos para os
problemas do capitalismo, torna-se claro que um imposto
progressivo é a melhor solução. Mas em muitos países
esse tipo de imposto não afeta o capital, que é muitas
vezes isento. Portanto, Thomas Piketty sugere que um
imposto progressivo deveria ser aplicado diretamente ao
capital, globalmente. Isso seria acompanhado por novas
leis de transparência. Embora esse modelo seja irrealista,
ele demonstra uma ideia para uma economia perfeita:
uma economia em que a desigualdade de riquezas é
mínima e as classes trabalhadoras têm uma chance de se
tornar ricas através do trabalho duro.
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