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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

DEPARTAMENTO DE ELETROTÉCNICA
CÂMPUS CURITIBA

ALEXSANDER ANTONIO KRUPA


STEFANY YUMIE KAWASHIMA

MÁQUINAS ELÉTRICAS 3 – PLACA DE IDENTIFICAÇÃO

MOTOR W22 PLUS

CURITIBA

2018
ALEXSANDER ANTONIO KRUPA
STEFANY YUMIE KAWASHIMA

MÁQUINAS ELÉTRICAS 3 – PLACA DE IDENTIFICAÇÃO

Trabalho acadêmico apresentado à


disciplina de Máquinas Elétricas 3
dos Cursos de Engenharia de
Controle e Automação e Engenharia
Elétrica, ofertada pelo Departamento
Acadêmico de Eletrotécnica
(DAELT) da Universidade
Tecnológica Federal do Paraná.

Orientador: Prof. Marcelo Barcik

CURITIBA

2018
1. INTRODUÇÃO
Com o auxílio de ferramentas computacionais sofisticadas, como
softwares de análise estrutural e eletromagnética (análise por elementos finitos
- FEA) e de fluidos (dinâmica dos fluidos computacional - CFD), bem como de
programas de otimização de projetos elétricos, concebeu-se um produto
inovador: a linha W22.
As premissas para o projeto da linha W22 foram: Redução dos níveis de
ruído e vibração; Aumento dos níveis de eficiência energética e térmica;
Facilidade de manutenção; Crescimento das aplicações com velocidades
variáveis através da utilização de inversores de frequência; Flexibilidade e
modularidade.

2. GUIA VISUAL

Figura 2.1: Índice visual W22

Tabela 2.1: Índice visual

Item Componente
3.1 Carcaça
3.2 Olhais
3.4 Terminais de aterramento
3.5 Caixa de ligação
3.8 Tampas
3.10 Tapa defletora
3.11 Placa de identificação
4.1 Sistema de ventilação
5.1 Eixo
5.2 Rolamentos

3. Placa W22 Plus

Figura 3.1 - Placa de identificação W22 Plus

1- Código do motor; 5- Rendimento;


2- Número de fases; 6- Modelo da carcaça;
3- Tensão nominal de operação; 7- Grau de proteção;
4- Regime de serviço; 8- Classe de isolamento;
9- Temperatura da classe de 20- Especificação do rolamento
isolamento; traseiro e quantidade de
10- Frequência; graxa;
11- Potência; 21- Tipo de graxa utilizada nos
12- Rotação nominal por minuto; rolamentos;
13- Corrente nominal de 22- Esquema de ligação;
operação; 23- Tempo de relubrificação do
14- Fator de potência; motor (em horas) (não se
15- Temperatura ambiente; aplica ao modelo presente);
16- Fator de serviço; 24- Certificações;
17- Altitude; 25- Relação da corrente de
18- Massa; partida/Corrente nominal;
19- Especificação do rolamento 26- Categoria de conjugado;
dianteiro e quantidade de 27- Corrente no fator de serviço;
graxa; 28- Data de fabricação;
29- Número de série.

3.1. Regime de serviço

Segundo a IEC 60034-1, é o grau de regularidade da carga a que o motor é


submetido. Os motores normais são projetados para regime contínuo, (a carga
é constante), por tempo indefinido, e igual a potência nominal do motor. A
indicação do regime do motor deve ser feita pelo comprador da forma mais
exata possível. Nos casos em que a carga não variar ou nos quais variar de
forma previsível, o regime poderá ser indicado numericamente ou por meio de
gráficos que representam a variação em função do tempo das grandezas
variáveis. Quando a sequência real dos valores no tempo for indeterminada,
deverá ser indicada uma sequência fictícia não menos severa que a real. A
utilização de outro regime de partida em relação ao informado na placa de
identificação pode levar o motor ao sobreaquecimento e consequente danos ao
mesmo.
Tabela 3.1 - Classificação do regime de serviço

S1 Regime contínuo
S2 Regime de tempo limitado
S3 Regime intermitente periódico
S4 Regime intermitente periódico com partidas
S5 Regime intermitente periódico com frenagem elétrica
S6 Regime de funcionamento contínuo periódico com carga
intermitente
S7 Regime de funcionamento contínuo periódico com frenagem
elétrica
S8 Regime de funcionamento contínuo com mudança periódica na
relação carga/velocidade de rotação
S9 Regime com variações não periódicas de carga e de velocidade
S10 Regime com cargas constantes distintas

A máquina W22 Plus se encaixa, portanto, na classificação S1,


funcionamento à carga constante de duração suficiente para que se alcance o
equilíbrio térmico.

3.2. Grau de proteção

Os invólucros dos equipamentos elétricos, conforme as características do


local em que serão instalados e de sua acessibilidade devem oferecer um
determinado grau de proteção. Assim, por exemplo, um equipamento a ser
instalado num local sujeito a jatos d’água, deve possuir um invólucro capaz de
suportar tais jatos, sob determinados valores de pressão e ângulo de
incidência, sem que haja penetração de água. A norma ABNT NBR-IEC 60034-
5 define os graus de proteção dos equipamentos elétricos por meio das letras
características IP, seguidas por dois algarismos.

Tabela 2.2 - Classificação do primeiro algarismo no grau de proteção

1º Algarismo
Algarismo Indicação
0 Maquina não protegida
1 Máquina protegida contra objetos sólidos maiores que 50 mm
2 Máquina protegida contra objetos sólidos maiores que 12 mm
3 Máquina protegida contra objetos sólidos maiores que 2,5 mm
4 Máquina protegida contra objetos sólidos maiores que 1 mm
5 Máquina protegida contra poeira
6 Máquina totalmente protegida contra poeira

Tabela 3.3 - Classificação do segundo algarismo no grau de proteção

2º Algarismo
Algarismo Indicação
0 Máquina não protegida
1 Máquina protegida contra gotejamento vertical
2 Máquina protegida contra gotejamento de água, com inclinação de
até 15º
3 Máquina protegida contra aspersão de água
4 Máquina protegida contra projeções de água
5 Máquina protegida contra jatos de água
6 Máquina protegida contra jatos potentes
7 Máquina protegida contra os efeitos da imersão temporária
8 Máquina protegida contra os efeitos da imersão contínua

3.3. Classe de isolamento e temperatura da classe de


isolamento

A temperatura do ponto mais quente do enrolamento deve ser mantida


abaixo do limite da classe. A temperatura total vale a soma da temperatura
ambiente com a elevação de temperatura Δt mais a diferença que existe entre
a temperatura média do enrolamento e a do ponto mais quente. As normas de
motores, portanto, estabelecem um máximo para a temperatura ambiente e
especificam uma elevação de temperatura máxima para cada classe de
isolamento.
Tabela 3.4 - Temperatura da classe de isolamento

Classe de isolamento A E B F H
Temperatura ambiente C° 40 40 40 40 40
Δt = elevação de temperatura (método da C° 60 75 80 105 125
resistência)
Diferença entre o ponto mais quente e a C° 5 5 10 10 15
temperatura média
Total: temperatura do ponto mais quente C° 105 120 130 155 180

3.4. Fator de Serviço

Fator de serviço é um multiplicador que, quando aplicado à potência


nominal do motor elétrico, indica a carga que pode ser acionada continuamente
sob tensão e frequência nominais e com limite de elevação de temperatura do
enrolamento. A utilização do fator de serviço implica uma vida útil inferior
aquela do motor com carga nominal.

𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑎 𝑎𝑑𝑚𝑖𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑙 = 𝐹𝑆 ∗ 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 (3.1)

3.5. Categoria do conjugado

Um motor elétrico não apresenta o mesmo conjugado para diferentes


rotações. A medida que vai acelerando, o valor do conjugado altera, adquirindo
valores que vão depender das características de construção do motor
(normalmente do formato do rotor). A variação do conjugado não é linear e não
existe relação de proporcionalidade com a rotação.

Existem três categorias de conjugados definidos por norma que


determinam a relação do conjugado com a velocidade e a corrente de partida
dos motores trifásicos, sendo cada uma adequada a um tipo de carga.

 Categoria N – conjugado de partida normal, corrente de partida


normal, baixo escorregamento. A maior parte dos motores
encontrados no mercado pertencem a esta categoria, e são
indicados para o acionamento de cargas normais como bombas e
máquinas operatrizes.
 Categoria H – conjugado de partida alto, corrente de partida
normal, baixo escorregamento. Empregado em máquinas que
exigem maior conjugado na partida como peneiras,
transportadores carregadores, cargas de alta inércia e outros.
 Categoria D – conjugado de partida alto, corrente de partida
normal, alto escorregamento (superior a 5%). Usado em prensas
concêntricas e máquinas semelhantes, onde a carga apresenta
picos periódicos, em elevadores e cargas que necessitem de
conjugados de partida muito altos e corrente de partida limitada.

A figura mostra as curvas de conjugado para cada categoria de motor.

Figura 3.2 – Curvas de conjugado para cada categoria

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GRUPO WEG UNIDADE MOTORES. Motor elétrico Trifásico W22. 29ª ed.
Jaraguá do Sul, 2017.

GRUPO WEG. Especificação do motor elétrico. 20ª ed. Jaraguá do Sul, 2016.

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