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SÃO PAULO
2020
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São Paulo
2020
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ………………………………………………………………………...
CAPÍTULO 2 – CASAMENTO
2.1 Introdução……………………………………………………………………….…….
3.1 Quando presente a boa-fé de pelo menos um dos contraentes, ao tempo da celebração
do casamento………………………………………………………….…………………...
CONCLUSÃO……………………………………………………………………………
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA…………………………………………………...
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De acordo com Jorge Jorge Shiguemitsu e Luiz Accacio (2013 p. 95), um exemplo
de casamento putativo em Roma é o da Flavia Testula com o seu tio por vontade de seu
avô, tendo em vista o elemento boa-fé.
Nas palavras da doutrinadora Flávia Lajes de Castro (2016, 12ª, p. 132), o “direito
Canônico é o nome dado ao Direito da Igreja Católica e é chamado canônico por causa
da palavra ‘cânon’ que, em grego, significa regra.”
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MONTEIRO, Washington; SILVA, Regina. Curso de Direito Civil: Direito de Família, 2012, p. 122.
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Neste mesmo seguimento Cahali (apud GARCIA, Marco Túlio Murano, 2012,
cap. 5) esclarece:
Por fim, conclui-se que o casamento putativo teve sua teoria conhecida no direito
romano, porém foi desenvolvida no direito canônico, que para produzir efeitos de um
casamento válido, é necessário que os consortes ou pelo menos um deles estejam de boa-
fé, ou seja, é na ignorância do vício que estabelece a boa-fé para então ser eficaz os efeitos
do casamento até a decretação da sentença anulatória. Ademais, no direito canônico
referente aos filhos provenientes da relação, os efeitos para estes, sempre serão válidos.
O termo putativo deriva do verbo latino putare que significa presumir ser e
imaginar. Na doutrina, Coelho (1952, p. 337) ensina:
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Em latim putare quer dizer julgar, crer, pensar, imaginar. Desse modo,
teremos que casamento putativo será aquele que, embora nulo ou
anulável, possa ser julgado verdadeiro, isto é, reputado o que, de fato,
não é.
Já em relação ao conceito, o aludido autor Alípio Silveira (1972, p. 7), esclarece:
Muito embora, o casamento putativo seja nulo ou anulável, ele não possui
emprego das causas para o divórcio, pois acarreta apenas a dissolução de um casamento
válido, em virtude de fatos após a sua celebração, conforme elenca o artigo 1.571, § 1.º
do Código Civil.
Bem como não se aplica a separação judicial, porque a ela incorre somente a
dissolução da sociedade conjugal, não rompendo o vínculo conjugal, entretanto, os
cônjuges não poderão convolar novas núpcias, assim especifica o artigo 1.571, III do
Código Civil.
Logo adiante no §8º do referido artigo, nota-se que o Estado tem uma função de
amparar cada integrante da família, desenvolvendo aspectos para coibir a violência nas
relações intrafamiliares. Além dos mais, os mais vulneráveis em âmbito familiar, são as
crianças, os adolescentes e os idosos.
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Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
§ 7º Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento
familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o
exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas.
§ 8º O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando
mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações.
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Para Monteiro (2007, p. 19), “é somente por meio do respeito a esses direitos que
pode ser alcançada a harmonia nas relações familiares e preservada a dignidade da pessoa
no seio familiar”.
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Art. 1.637. Se o pai, ou a mãe, abusar de sua autoridade, faltando aos deveres a eles inerentes ou arruinando
os bens dos filhos, cabe ao juiz, requerendo algum parente, ou o Ministério Público, adotar a medida que
lhe pareça reclamada pela segurança do menor e seus haveres, até suspendendo o poder familiar, quando
convenha.
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Art. 1.638. Perderá por ato judicial o poder familiar o pai ou a mãe que:
I - castigar imoderadamente o filho;
II - deixar o filho em abandono;
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Encontra-se esse princípio exposto no artigo 227 §6º da Constituição Federal, cuja
finalidade é estabelecer direitos e qualificações para aqueles filhos não constituídos na
relação matrimonial.
Justiça do Rio Grande do Sul5, qual conferiu ao filho adotivo o direito de ser reconhecido
a sua paternidade biológica.
Outrossim, é destacar a importância sobre a igualdade entre os filhos, ela tem que
acontecer de forma iguais perante eles, seja por vínculo afetivo ou pelo regime jurídico.
Sobre o assunto, o Loureiro (2009, p. 1.126) discorre:
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TJRS n. 2 176, p. 766- Apelação Cível nº 595118787, 8ª Câmara Cível, Des. Eliseu Gomes Torres.
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Art. 1.561. Embora anulável ou mesmo nulo, se contraído de boa-fé por ambos os cônjuges, o casamento,
em relação a estes como aos filhos, produz todos os efeitos até o dia da sentença anulatória.
§ 1º Se um dos cônjuges estava de boa-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só a ele e aos filhos
aproveitarão.
§ 2º Se ambos os cônjuges estavam de má-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis só aos filhos
aproveitarão.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Revista,FMU Direito. São Paulo, ano 27, n. 39, p.87-100, 2013. ISSN: 2316-1515.
CASTRO, Flávia lajes de. História do Direito Geral e do Brasil, 2016, 12ª, p. 132
GARCIA, Marco Túlio Murano. Revista dos Tribunais: Casamento Putativo. Apud
CAHALI, Yussef Said. op. cit., p. 15.
STF; Decisão Monocrática; Petição n° 29526; Relator Ministro Gilmar Ferreira Mendes;
Julgado em 01/08/2003.
LOUREIRO, Luiz Guilherme. Curso completo de direito civil. 2ª Ed. São Paulo:
Método, 2009, p. 1.126.
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