Você está na página 1de 343

RETT

Série Custom Culture, #4

By Tess Oliver
Equipe Pégasus Lançamentos
Envio:Soryu
Tradução: Deisinha
Revisão Inicial: Silvia
Revisão Final: Cinthia Uchoa
Leitura Final: Luisinha Almeida
Formatação e Layout: Luisinha Almeida
Verificação Final: Ami Misuno
Sinopse
Barrett "Rett" Mason nunca encontrou a garota que pudesse domar seu
coração selvagem.

E às vezes a vida é mais fácil e menos complicada sem amor.

Enquanto trabalhava para Kingston Construção, Barrett fez amizade com o


filho do proprietário, Cole. Eles têm uma grande coisa em comum — seu apetite
insaciável por mulheres. Mas quando Barrett encontra a irmã de Cole, Finley,
o fácil, sem cuidado, sem compromisso estilo de vida que ele está acostumado,
de repente perde o seu apelo. Agora, Barrett encontrou seu jogo e aquela
menina é bem possível de deixa-lo amarrado.

Durante vários anos,

Finley King tem sido uma escrava de um transtorno de ansiedade que se


apoderou dela e a impediu de aproveitar a vida. Agora, com o apoio de sua
família, amigos e medicação, ela está se recuperando. Mas a única coisa que
falta em sua existência de forma exuberante como a filha de um astro do rock
é a paixão.
Barrett Mason está prestes a mudar isso...
Capítulo 1

Rett
Uma mão magra bateu no meu peito nu e eu abri os
olhos para a escuridão. A menina ligada à mão ainda estava
dormindo, roncando suavemente contra seu travesseiro.
Meus dedos envolveram completamente seu pulso quando eu
gentilmente levantei a mão de cima de mim. Sem um som, eu
rolei para a beira da cama e me mexi para colocar meus pés
no chão. Algo segurou minha perna. Uma algema de metal
frio estava trancada em volta do meu tornozelo. Eu puxei e
torci o pé, mas foi inútil. Eu estava preso a cama. Lutei
contra a algema. Uma figura sombria se sentou na cama e
uma menina bonita loira olhou para mim. Seus olhos quase
brilharam com raiva quando ela levantou uma faca brilhando
acima do meu peito. Sua gargalhada ecoou pelas paredes
desconhecidas e eu contorcia contra minhas restrições. Sua
boca se abriu em um sorriso perverso, para expor os dentes
amarelos longos. Sentei-me com um grito.

Respirei profundamente. A luz da manhã entrou pelas


frestas das cortinas que cobrem as minhas janelas do quarto.
Olhei ao redor para assegurar-me de que foi um sonho ruim.
Minhas coisas estavam espalhadas por todo o quarto e o riso
de Taylor deslizou pelo corredor.

Eu penteei para trás o meu cabelo com os dedos e


coloquei os meus pés no chão. Eu estava livre. Nenhuma
mulher louca tinha me prendido a cama dela, mas todo o
pesadelo não foi rebuscado. Scotlyn iria culpar o carma pelo
meu pesadelo, mas eu tinha certeza que foi meus burritos.
Ainda assim, Scottie estava certa. Ela sempre brincou comigo
que um dia eu iria conhecer uma garota que seria muito
difícil de me afastar. E talvez ela estivesse certa, ou talvez eu
nunca quis ficar com ninguém tempo suficiente para
encontrar essa garota. Às vezes, a fuga era apenas mais fácil.
Mas eu realmente precisava parar o meu interminável desfile
de ficar uma noite.

Vesti minha calça jeans e caminhei até a cozinha. Taylor


estava sentada à mesa tirando as sementes de gergelim de
um pão e Jimmy estava encostado na geladeira.

Taylor, com seus lábios rosados, estava lutando com um


sorriso.

— O que aconteceu com você esta manhã, Rett? Parece


que você encontrou um monstro debaixo da sua cama.

— Não há monstros, pequena Tater. — Eu apontei para


o saco de pães e ela balançou a cabeça dando seu
consentimento.

Jimmy se endireitou com uma caixa de leite na mão.

— Noite difícil?

Bati no meu estômago.


— Muita comida picante antes de dormir, isso é tudo. —
Sentei-me à mesa e puxei um pão do saco.

Jimmy puxou uma cadeira e sentou perto de mim. Seus


pés grandes chutaram a mesa enquanto ele esticou as longas
pernas. Desde que eu conseguia lembrar, meu irmão teve
dificuldade para se encaixar em qualquer mesa regular.

— Ei, se você não tem nada para fazer hoje, nós estamos
indo para a praia. Um cara está vendendo um GSX 1970 e eu
vou dar uma olhada.

— Parece ótimo, mas eu vou tentar um pouco de ação


no motocross até o Lago Piru. Cole estará aqui em poucos
minutos para me pegar. — Eu dei uma mordida grande no
pão.

— Motocross? Mas você não tem qualquer equipamento,


ou qualquer moto, para esse assunto.

— Cole tem tudo o que eu preciso.

Jimmy sacudiu a cabeça loira gigante e era óbvio que


uma pitada indesejada de aconselhamento fraterno estava
por vir.

— Rett, eu não sei se é uma boa ideia ficar tão íntimo


com o filho do proprietário. Se alguma coisa acontece entre
vocês dois, você ficará sem um trabalho. E este foi o primeiro
emprego estável que você já conseguiu.

— Você se preocupa demais. Além disso, agora que Dray


está de volta junto com Cassie, eu não tenho ninguém para
sair. Cole e eu temos muito em comum.

Taylor riu.

— Como dormir com cada menina que você se encontra?


Isso provavelmente é o porquê desse cara, Cole, estar tão
contente de ter Rett ao redor, o imã de garotas. Ou talvez seja
a coisa de os opostos se atraem. Ele é muito rico e você é
muito pobre.

Estendi a mão para o leite.

— Primeiro de tudo, Cole não precisa de minha ajuda


com as meninas e, por outro, pequena Tater, você e Scottie
têm essa noção louca que eu só estou pulando de cama em
cama todas as noites, dormindo com todos os membros do
sexo feminino da raça humana que eu me encontro.

— Isso resume tudo. — Jimmy levantou a caixa, jogou


para trás o resto do leite e engoliu com um suspiro. — Tem
que ser as meninas. Por que um cara rico quer sair com
você?

— E vai se foder você também, Jimmy. As pessoas


gostam de sair comigo. Você é o Mason com a reputação de
imbecil. Não eu.

Taylor arrancou mais algumas sementes de gergelim.

— Ele tem um ponto.

Jimmy levantou uma sobrancelha para ela, mas ela


continuou desfigurando o pão.

— Taylor, por que você apenas não pega o pão liso?

— Eu gosto dos de gergelim. — Ela arrancou um pedaço


e levou-o aos lábios.

Taylor era o tipo de garota que poderia arrasar a sala e


deixar todos os caras em silêncio. Mas o único cara que ela
tinha olhos era para o meu irmão, Jimmy, ou Clutch como
todos os outros o chamavam. Taylor tinha os olhos postos no
meu irmão desde que ela tinha dezesseis anos e todo mundo
sabia que eles iam acabar juntos. O melhor amigo de Jimmy,
Nix, tinha encontrado seu verdadeiro amor com Scotlyn, uma
menina cuja imagem ele carregava em sua carteira por um
ano antes mesmo de conhecê-la. O seu amor foi
estranhamente predestinado. E Dray, um cara que eu sempre
considerei ser meu melhor amigo, tinha Cassie que era a
única pessoa que poderia manter Dray aterrado. Eu nunca
tinha encontrado o meu par e às vezes, eu me perguntava se
eu ia mesmo me permitir encontrá-la.

— Bem, é sempre um prazer ter café da manhã com


vocês dois. — Eu empurrei minha cadeira para trás. — Eu
tenho que ficar pronto. Vocês dois tenham uma condução
segura para a praia e eu os vejo mais tarde.

— Vá com calma lá fora. Eu não vou pagar por alguma


porra de ossos quebrados — Jimmy falou quando saí da
cozinha.
***

Um flash de vermelho passou por mim e quando Cole


correu, ele jogou a moto para o lado. Um furacão de terra e
cascalho voou para o meu rosto, zumbindo nas lentes dos
meus óculos. O capacete encaixava confortavelmente meu
queixo e face, mas o sabor amargo e salgado da sujeira
encontrou o seu caminho em minha boca. Eu apertei o
acelerador e corri atrás de Cole.

Nós só estávamos na pista por algumas horas e eu mal


tinha andado dez voltas ao redor, mas cada músculo do meu
corpo doía. Eu olhava através dos óculos nebulosos e foquei
no Honda à frente de mim. Cole era hábil e eu era um
completo novato. A única coisa que eu tinha do meu lado era
o que Jimmy referia-se como o meu "completo desrespeito
para a mortalidade". Crescendo sendo o caçula de cinco
meninos e com os pais que quase não prestaram atenção a
qualquer coisa que eu fizesse, me fez estupidamente
destemido.

Com o lembrete fraco do meu irmão para não quebrar


nenhum osso passando por minha cabeça, eu vibrei quando
eu acertei um salto. Meu pneu dianteiro levantou e a moto
ficou um pouco no ar, ou pelo menos na minha mente tinha.
Eu consegui ficar em pé, mas apenas um pouco, quando os
meus pneus bateram de volta para o chão. A sensação
chocante enviou dor por minhas mãos cansadas e os braços
trêmulos. Inclinei-me mais sobre o guidão e virei o
acelerador. Assim o meu pneu dianteiro atingiu o pneu
traseiro de Cole, a moto voou no ar e ele se afastou de mim.
Eu estava cansado e meus braços e pernas tremeram com a
fadiga. O portão de saída era em torno da próxima curva. Eu
andava fora da pista e voltei para a caminhonete, derrotado e
morto de cansaço.

Uma longa fila de caminhonetes e vans beiravam a


pista. Poeira queimou meus olhos quando eu arranquei os
óculos e puxei meu capacete e luvas. O alto, quase irritante,
zumbido dos motores das motos misturados com a música
alta, rugia através das caixas acústicas na caminhonete
próximo a nós. Cole saiu da pista e a moto vibrava enquanto
seguia em direção a caminhonete.

Enfiei a mão na caixa de gelo, tirei duas garrafas de


água e sentei com força na cadeira dobrável. Cole tirou o
capacete e o equipamento e se sentou na cadeira em minha
frente. Ele passou a mão pelo cabelo e suor e sujeira
misturaram-se em sua cabeça.

— Nada mal para um novato, Mason.

Joguei-lhe a segunda garrafa de água.

— Só que eu sinto que corri uma maratona segurando


uma porrada de tijolos com os dois braços. Esse é um esporte
bunda dura.

— Claro que sim, esses caras no topo são como a porra


do Ironman... sem o terno. Não posso acreditar que você
nunca andou antes. Especialmente desde que você anda de
moto para o trabalho.

— Sempre quis, mas motocross era para crianças com


dinheiro. — Eu virei meu pé e olhei para a bota cara
protegendo-o. — Meus pais não poderiam ter proporcionado
algum deste equipamento ou uma moto. Eu tinha quatro
irmãos mais velhos e, como era para ser, estava sempre preso
com toda essa merda de ser o irmão menor. Eu sou o mais
novo e o menor.

Seus olhos se arregalaram.

— Você é o menor? Caralho. Não admira que os seus


pais não tenham dinheiro. Deve ter sido difícil alimentar um
exército de merda.

— Sim, meu pai trabalhou em alguns empregos apenas


para nos manter alimentados e minha mãe não tinha tempo
para ser mãe, porque ela tinha tanta coisa para fazer. E você
acabou de dizer caralho?

Ele deu de ombros.

— Uma frase que aprendi com meu pai. Sempre vivi com
ele. Minha mãe está em torno ainda, mas eu não a vejo
muito. Ela costumava ser contadora do meu pai. Negócios e
prazer nunca devem se misturar. Mas pelo menos, eu ainda a
vejo às vezes, o que não posso dizer das mães do meu irmão e
irmã. — Ele levantou-se e olhou para a pista. — Merda, isso
foi ruim. — Eu olhei na direção que ele estava olhando. Um
corredor estava deitado de bruços no chão e a moto estava
uns bons dez metros de distância. Várias pessoas correram
para seu lado enquanto ele se sentou meio grogue. Cole
voltou a se sentar.

— Eu não sabia que você tinha uma irmã também e por


que ela não consegue ver sua mãe? Será que ela mora longe?

— Não, ela vive lá em casa. Ela vê a minha mãe às


vezes. Ela só não vê sua própria mãe. Sua mãe viaja muito e
ela e meu pai tiveram uma má separação. — Cole olhou para
a garrafa na mão e sua expressão endureceu como se uma
memória ruim tivesse apenas ressurgido. — Eu tinha duas
irmãs, mas uma morreu quando éramos jovens. Isso colocou
uma pressão sobre o casamento.

— Lamento ouvir isso. Então, você e sua irmã têm


diferentes mães?

— Todos os três de nós têm diferentes mães. E nós todos


temos apenas um ano de diferença. Jude é o mais velho aos
vinte e quatro anos e Finley tem vinte e dois. A mãe de Jude
morreu em um acidente de carro e a mãe de Fin decolou para
a Europa após o divórcio. Minha irmã não fala muito sobre
isso, mas eu sei que a magoou. Minha mãe lutou pela
custódia, mas o dinheiro do meu pai comprou os melhores
advogados. Eu teria ficado com ele de qualquer maneira. Ele
é um ótimo pai, apesar do que as pessoas dizem sobre ele.
Ele e Jude, por vezes, brigam, mas eu acho que é porque eles
são muito parecidos. — Ele olhou para mim. — Você
conheceu Jude? Ele raramente vai aos locais de trabalho.
— Não, você só o mencionou, mas eu nunca o conheci.

— Jude é realmente difícil, mas ele é um bom irmão.

Eu balancei a cabeça.

— Parece o meu irmão.

A água resfriou a minha garganta ressecada quando eu


bebi a garrafa inteira e, em seguida, estendi a mão para
outra.

— A única vez que eu já estive com esta sede foi quando


meu amigo Dray e eu fomos jogados em uma cela de merda
na prisão lá no México.

Cole bebeu sua água e despejou metade da garrafa


sobre a cabeça.

— Sim, isso parece muito foda. Você nunca falou,


diga-me todos os detalhes sobre isso.

Eu pensei na viagem e balancei a cabeça para obliterar


as visões horríveis.

— Vamos apenas dizer que alguns filhos da puta


doentes mandavam no lugar e enquanto eu sempre soube
que Dray era um dos caras mais fortes do mundo, naqueles
poucos dias, ele fez Superman parecer um covarde maldito.
— Eu engoli outra garrafa de água. — E quando meu irmão
apareceu, eu pensei que os guardas estavam indo mijar nas
calças. — Eu olhei para Cole. — Você precisa conhecer
Jimmy. Um de seus apelidos é viking. Gigante para caralho.
A Construção Kingston estava reconstruindo sua garagem
incendiada quando seu capataz, Harris, me contratou.

— Sim, eu acho que eu já estava trabalhando. — Cole


esticou as pernas e pedaços de barro vermelho caíram das
botas. — Como é que a garagem de seu irmão queimou?

— A casa do vizinho estava pegando fogo e, enquanto


estávamos tirando a garota de dentro, a garagem de Jimmy
queimou. Ele tinha um Shelby sessenta e cinco estacionado
lá esperando para ser restaurado.

Cole inclinou-se e pegou o saco de batatas fritas


encostado na caixa de gelo.

— Isso é péssimo. Então, essas cicatrizes em seus


ombros realmente vieram de salvar uma garota de uma casa
em chamas? — Ele pegou um punhado de batatas fritas e me
ofereceu algumas.

As cicatrizes estavam em minhas costas então eu quase


não pensava nelas, mas aquela noite ainda estava marcada
fortemente em minha mente.

— Você não acredita em mim, né?

— Não, eu não acredito. Mas isso é legal. Não sei se eu


seria tão rápido para saltar em um prédio em chamas. — A
atenção de Cole foi pego por algo atrás de mim e ele ergueu o
queixo. — Aí vem as meninas do Volcano Energy Drink.
Distribuindo panfletos para uma festa de promoção, sem
dúvida.
Olhei para trás por cima do meu ombro. As duas
meninas estavam vestidas com as minissaias pretas típicas e
tops de couro. Elas lutaram em todo o terreno áspero em
suas botas pretas altas. A menina de cabelo ruivo sorriu para
Cole e lhe entregou um papel azul. Ela olhou para mim e seu
sorriso se alargou.

— Vocês dois realmente precisam vir para a festa hoje à


noite no Volcano. Precisamos de alguns gatos como vocês
para animar as coisas.

Cole leu o folheto na mão e, em seguida, recostou-se na


cadeira.

— Em vez disso, por que vocês duas não vêm para a


nossa festa? Vai ser muito particular. Apenas nós quatro, um
pouco de vinho e um pouco de música e tudo o que pode
acontecer para o entretenimento.

Scotlyn e Taylor pensavam que eu era um jogador, mas


eu estava sentado do lado de um cara que me fazia parecer
como novato com meninas quando eu estava na pista de
terra.

As meninas riram e eu tinha certeza de que a morena


estava indo se sentar em seu colo. Em vez disso, ela se
inclinou sobre ele e seus lábios chegaram perto dele.

— Venha para a festa e talvez depois possamos ir para o


privado. — Ela se endireitou. Vimos quando elas se
afastaram.
Cole balançou para trás sobre as duas pernas traseiras
da cadeira.

— Rett, você e eu poderíamos governar o mundo juntos.


— Ele virou a cadeira para trás. — É claro que podemos
morrer tentando.

— Sim, isso é sobre o que os meus amigos estavam me


avisando. — Eu sorri para mim mesmo. — Esta manhã eu
tive um sonho estranho que uma garota horrível tinha me
acorrentado a sua cama. Eu comi um burrito na noite
passada, onde eu juro que os embebem em porra de
aguarrás. Eu preciso parar de comer essa merda antes de
dormir. — Eu tinha feito um grande trabalho
assegurando-me de que foi a comida picante e não a minha
consciência de que tinha produzido o pesadelo, mas me
atormentou durante toda a manhã. — A maioria dos meus
amigos da escola eram um bando de cabeça de vento, por
isso meus amigos mais próximos sempre foram meu irmão e
seus amigos, Nix e Dray. Especialmente Dray. Nós sempre
nos demos bem, porque nós dois éramos grandes em nos
meter em encrencas. Mas todos os três têm essas meninas
incríveis. Era como se todos tivessem essas meninas perfeitas
esperando por eles e às vezes, eu odeio admitir, eu os invejo.
Nunca houve qualquer garota lá fora, que parecia estar
destinada a mim, eu acho que estou ficando cansado de
pular de menina em menina.

Cole enfiou a mão na caixa térmica pegou um sanduíche


e me jogou um também.
— Oh, vamos lá, Bro, não comece a ficar todo
sentimental comigo agora. Há tanta variedade para escolher
lá fora. Você pode imaginar andando em uma loja de sorvete
e escolhendo baunilha toda vez? — Ele mordeu o sanduíche e
limpou a boca com as costas da mão. — Chato — ele
murmurou com a boca cheia de comida.

— Você quer dizer que você nunca pensou em ficar com


uma menina para variar?

Ele deu de ombros.

— De vez em quando. Mas meu pai esteve com pelo


menos mil garotas diferentes e, eu tenho que dizer, ele foi
muito feliz.

Baixei meu sanduíche.

— Mil? Vamos, cara, os únicos caras que estão com mil


meninas são estrelas do rock malditos. Eu sei que seu pai é
rico, mas... — Eu olhei para ele. — Eu nunca soube. Como o
seu pai fez tanto dinheiro? Construção?

Os olhos de Cole se arregalaram.

— Você não sabe, realmente?

Eu balancei a cabeça e dei uma mordida no sanduíche.

— Veja, isso é o que eu gosto em você, Rett. Você


poderia se lixar sobre coisas assim. Eu tinha certeza que você
tinha ouvido dos grandes fofoqueiros sem papas na língua
com que trabalhamos. Kingston é o nosso nome de família,
mas meu pai atende pelo nome de King. — Ele olhou para
mim, aparentemente esperando algum tipo de resposta, mas
eu continuei mastigando meu sanduíche.

Ele se inclinou para frente.

— Nicky King, como no do Black Thunder Nicky King.

Um pedaço de pão ficou preso na minha garganta e eu


bebi um pouco de água para lavá-lo para baixo.

— Você tem que estar de brincadeira.

— Não.

— Isso é legal. Não é à toa que ele teve tantas esposas e


eu acho que mil, provavelmente, não é um exagero, então.

— Merda, é um número baixo. Nós tivemos garotas nuas


caindo de paraquedas em nosso quintal olhando para o meu
pai. — Ele amassou o papel de seu sanduíche e lançou-o na
caixa térmica aberta. — E por falar em nosso quintal, eu
preciso de sua ajuda com um projeto. Ele vai ser pago, é
claro. Meu pai precisa de mim para construir um celeiro em
nossa propriedade.

— Um celeiro? Você está recebendo um cavalo?

— Não, é para uma vaca. — Ele estendeu a mão para


soltar suas botas. — Minha irmã comprou uma vaca que um
dos grandes grupos de animais resgatou. Lilly Belle.

— O nome da sua irmã é Lilly Belle? — Debrucei-me


para desatar a minha também.

Com algum esforço, ele tirou a bota.

— Não, o nome dela é Finley. A vaca é Lilly Belle.


Aparentemente, a vaca estava indo para o matadouro e ela
pulou a cerca mais próxima e correu para ela.

Eu ri.

— Isso é foda.

— As pessoas do salvamento de animais ouviram falar


sobre sua fuga ousada e levou-a para — ele levantou os
dedos em aspas no ar — “casa segura”. Agora, ela está
pastando na grama de Beverly Hill e vivendo a boa vida como
a vaca mais mimada do mundo, para não ser superada pelo
porco mais mimado do mundo. Minha irmã é uma espécie de
excêntrica.

— Estou surpreso que vacas são permitidas em Beverly


Hills.

— Bem, esta vaca veio com algum PR grande e meu pai


é Nicky King. Ele geralmente consegue as coisas de modo que
ninguém provoque uma briga. Meu pai raramente diz não à
Finley. — Ele se levantou e começou a arrumar suas coisas
na mochila gigante. — O celeiro vem em pedaços e é preciso
limpar o terreno para a fundação. Parece bom?

— Claro que sim. — Eu coloquei meu equipamento no


saco. — É legal que você tenha espaço suficiente para ter um
celeiro.

Ele olhou para mim e riu.

— Você está brincando? Poderíamos ter uma fazenda de


gado inteira lá se a cidade permitisse. Na verdade, se a minha
irmã continuar nesse caminho, só pode. Eu acho que ela tem
isto em sua linda cabecinha que ela precisa resgatar todos os
animais do abate e, conhecendo Finley, ela só poderia fazê-lo.
O próximo trabalho de construção é de uma semana, então
eu estava indo começar amanhã. O que você diz?

— Definitivamente. Eu posso usar o dinheiro extra. Eu


preciso sair da casa do meu irmão tanto quanto ele precisa de
mim para sair. — Eu olhei para ele e de repente percebi a
semelhança com seu famoso pai. — Nicky King, maldição. Eu
não fazia ideia.

— É isso mesmo, amigo, por isso não vá recebendo todo


santo e monge em mim. Você nunca foi a uma festa até que
você foi a uma festa de Cole King. — Ele caminhou até a
moto. — Você já esteve com três garotas ao mesmo tempo?

Eu pensei sobre Dray e eu correndo de uma casa de


praia com os nossos sapatos e camisas na mão, escapando de
um namorado irritado na porta e, em seguida, assenti.

— Por uma questão de fato, mas acabou de um jeito


desagradável, com punho de um namorado irritado no meu
estômago.

Cole empurrou a moto até a rampa na parte traseira da


caminhonete. Um sorriso se espalhou em seu rosto quando
ele olhou para mim.

— Eu sabia que gostava de você, Mason.


Capítulo 2

Rett
A vaca empurrou o largo nariz contra a palma da minha
mão e eu arranhei a pele rosa suave entre as narinas do
animal.

— Ela com certeza é amigável com as pessoas. Depois do


que ela passou, pensei que ela fosse ficar tímida perto de nós
seres humanos carnívoros.

Cole desceu do Lince. Nós tínhamos limpado uma


grande faixa de terra e em mais alguns dias, ela estaria
pronta para a forma de cimento.

— Ela estava realmente assustada quando a vi pela


primeira vez aqui. — Cole caminhou até a vaca e acariciou
sua orelha. — Finley começou a abraçar e beijar tanto ela,
que agora ela pensa que é um cachorro.

Eu olhei para cima em direção à mansão. A propriedade


era tão grande que seria necessário uma longa caminhada
apenas para chegar à casa principal. — Aqueles são campos
de tênis?

— Sim, Fin foi realmente uma boa jogadora de tênis. Ela


tinha um futuro promissor — suas palavras sumiram e
parecia que ele não sabia como terminar seu pensamento. Ele
limpou o suor da testa com as costas da mão. — Mas ela
estava passando por algumas coisas e desistiu. Eu posso
levar você a um passeio mais tarde, se você quiser.

Sob ordens de Cole, eu entrei pela porta lateral e ignorei


completamente a casa. Eu me senti um pouco ofendido, mas
era compreensível. Eu trabalhava para ele, depois de tudo.

— Está tudo bem. Eu estou todo coberto de sujeira e eu


entendo completamente se você não quer que eu vá ao
interior...

— Rett, sério, não gostamos por aqui. Você é totalmente


bem-vindo na casa. Você é meu novo braço direito, lembra?
Eu só precisava de você para me ajudar a colocar o lince fora
do trailer, isso é tudo.

Eu balancei a cabeça e me senti aliviado por seu


estúpido comentário.

— Braço direito, hein? Eu sou melhor como piloto.

Ele bateu no meu ombro.

— Não abuse da sorte. Afinal de contas, eu sou o filho


do “deus do rock”. — Ele puxou o celular do bolso e olhou
para ele. — Merda, eu esqueci de carregá-lo. — Ele empurrou
o telefone morto de volta em seus jeans. — Eu tenho que ligar
para a empresa de cimento. Acho que vamos estar prontos
para derramar na terça-feira. Por que você não toma uma
pausa para o almoço enquanto eu vou até a casa?

— Parece bom. Acho que vou me esticar debaixo daquela


árvore lá. Eu estou tão dolorido de andar ontem, que eu sinto
como se estivesse com cem anos de idade.

— Reparei que você estava andando meio engraçado.


Pensei que talvez você tivesse se envolvido em um desses
quartetos na noite passada. Estarei de volta logo. — Ele foi na
direção da casa. A vaca soltou um mugido baixo quanto eu a
deixei em pé ao lado de seu curral. Peguei o meu isopor e
sentei sob a árvore. A sombra era um indulto agradável do sol
quente.

Eu tinha dado uma mordida do meu sanduíche quando


a vaca soltou um som alto, gemendo. Olhei por cima do
ombro para ver se Lilly Belle estava bem e, em seguida, quase
deixei cair o meu sanduíche quando algo frio e úmido
pressionou contra minha mão. Virei-me para trás e dei de
cara com um porco preto e branco. Ele estava usando um
brinco de argola de prata. Seus olhos escuros e redondos
pareciam irritado e seu grande focinho levantava e abaixava.
Ele gritou e eu deslizei para trás alguns centímetros. A
perninha gorda do porco levantou e seu minúsculo casco deu
patadas no chão, como um garanhão com raiva. Atrás de
mim, a vaca continuava com seu refrão.

— Lilly Belle — uma voz suave cantou mais abaixo e,


segundos depois, uma menina pequena apareceu no alto da
colina que dava para o curral da vaca e o local do celeiro. Seu
cabelo loiro branco brilhava à luz do sol, ela flutuava como
uma pequena bailarina sobre a grama em direção a vaca. Ela
parecia mais adequada com um par de asas prateadas que
com a camiseta preta e desbotada e calça jeans rasgada que
tinha diante. Tão pequena quanto ela era, era impossível ver
qualquer coisa enquanto ela meio que pulou até o curral. No
meio do caminho para a vaca, ela olhou em volta e viu um
pouco ansiosamente o porco. O animal ficou parado na
minha frente como um soldado robusto e irritado.

A menina parou.

— Sinto muito. O meu porco está incomodando? Ele


pode ser muito agressivo quando se trata de comida. — Ela
caminhou em minha direção, seus quadris estreitos
balançavam a cada passo. Redondos olhos azuis espiaram de
debaixo de uma cortina de longos cílios escuros e seu lábio
inferior exuberante torceu enquanto ela olhava para o meu
sanduíche. — Você deve ser Barrett. Sou Finley, irmã de Cole.
Isso é um sanduíche de presunto? — Perguntou ela, sem
parar para respirar.

Era raro uma menina me deixar sem palavras, mas levei


um segundo para responder. Foi só porque ela era filha de
uma lenda do rock? Eu me assegurei.

— Sim, presunto e queijo — e quando eu respondi, a


razão por trás de sua pergunta ficou clara. Enfiei o sanduíche
de volta em seu invólucro de papel e sorri timidamente para o
porco.

As pulseiras de Finley tilintaram enquanto ela estendeu


sua pequena mão. Sem hesitar, coloquei o sanduíche em sua
palma. Ela colocou os dedos em torno dele e se virou para
sair. Ela olhou por cima do ombro e fez sinal para eu seguir.
Seu passo foi surpreendentemente rápido para seu tamanho
e eu tomei passos longos para manter-me. O porco trotou
obedientemente atrás de nós. A distância, a vaca continuava
a mugir alto.

— Eu acho que eu causei uma má primeira impressão


em seu porco. — Eu olhei para ele. Suas atarracadas e
pequenas pernas se moviam em um ritmo perfeito enquanto
descíamos a encosta em direção à casa. — Ele parece muito
louco.

Finley sorriu para mim. Ela definitivamente tinha uma


face que poderia iluminar até mesmo o dia mais escuro.

— Se você tivesse encontrado meu porco mordiscando


um sanduíche coberto de mostarda e com uma fatia de carne
humana entre o pão, você não iria ficar com raiva?

— Não sei se eu ficaria com raiva, mas eu tenho certeza


que eu estaria pulando aquele muro ali para ficar longe dele.
Mas eu vejo o seu ponto. — Eu me virei para trás. —
Desculpe rapaz. Nada de presunto, eu prometo.

Nós caminhamos ao longo de um caminho de tijolos


longo forrado com roseiras e quando nos aproximamos de um
pátio decorado, dois grandes animais trotando apareceram ao
viramos a esquina. A propriedade estava nas colinas e leões
da montanha parecia um pensamento perfeitamente razoável.
Eu respirei fundo e pulei na frente da menina.
— Eu acho que o seu porco tem mais do que o meu
sanduíche de presunto para se preocupar. Parece que um
casal de leões da montanha o sentiu pelo vento.

Ela riu.

— São Butch e Sundance, nossos Wolfhounds


irlandeses. Eles só parecem como leões à distância. — Os
cães trotaram em direção a nós quando o meu ritmo cardíaco
voltou ao normal. A parte superior de suas gigantes cabeças
quadradas vieram para cima da minha coxa e eu não tinha
de curvar-me para acariciá-los. — Eu nunca vi cães tão
grandes ou longos ou altos.

— Maior raça no mundo — disse ela rapidamente. —


Meu pai achava que eles seriam bons cães de guarda, mas
acontece que eles são mais adequados para manter
pressionado ao sofá. — Chegamos a uma porta de vidro. Ela
parou e olhou para mim. — Isso foi muito corajoso da sua
parte, saltar na minha frente assim quando você pensou que
viu leões.

— Sim, protegendo-a de seus próprios cães, eu sou


muito herói.

Ela riu baixinho e eu a segui para dentro. O interior da


casa era como eu esperava, ridiculamente incrível. Não
poderia ter parecido mais caro se tivesse sido decorado com
papel de parede com notas de cem dólares. Cole e seus
irmãos viveram uma vida que a maioria das pessoas normais
não poderia sequer sonhar. Tudo estava impecável e
reluzente, tipo frio e pouco convidativo. Segui Finley em uma
cozinha que era maior que a casa que eu tinha crescido.

— Espero que manteiga de amendoim e geleia estejam


bom para você. O chef está ausente no domingo e eu só sei
fazer algumas coisas.

— Eu sou bom com manteiga de amendoim e geleia. —


Olhei para o porco. — Está tudo bem para você, senhor?

Finley chegou à geladeira e tirou um pote de manteiga


de amendoim.

— Isso é um porco?

— Sim, ele realmente é.

A risada baixa de Finley se encaixava perfeitamente com


o resto adorável dela.

— Não, isso é o seu nome. É uma longa história, mas ele


assistiu da Web de Charlotte e agora ele só responde a outro
porco.

— Isso era um livro?

Ela abriu o frasco e espalhou em uma fatia de pão a


manteiga de amendoim.

— Vejo que você é um leitor ávido como Cole. Não


admira que vocês dois se tornaram grandes amigos. — Ela
olhou para mim por um momento. — Algo me diz que vocês
dois têm muito em comum. Deixe-me adivinhar, uma garota
diferente a cada semana? — A pergunta picou e de repente,
eu queria mais que qualquer coisa ser capaz de negá-lo. Em
vez disso, eu desviei o olhar. — Você não precisa ter
vergonha. Eu sou, afinal, a filha de uma estrela de rock... A
irmã de Cole. Meu irmão, Jude, não era nenhum santo
também, mas agora ele tem uma namorada por quem ele é
louco.

— Eu ouvi o meu nome? — O irmão de Cole tinha cabelo


preto, mas os mesmos olhos de cor clara. Enquanto ele não
era páreo para Clutch, ele parecia como se passasse muito
tempo levantando pesos. Ele parecia muito mais forte e,
definitivamente, menos amigável, que Cole. Ele atirou um
olhar raivoso e suspeito em minha direção. — Quem é esse?
— Perguntou ele bruscamente como se eu não estivesse lá o
ouvindo.

Finley revirou os olhos.

— Este é Barrett, o cara que veio ajudar Cole com o


celeiro. — Ela me entregou o sanduíche e inclinou a cabeça
em direção a seu irmão. — Este é Jude, a metade esquentada
e encantadora dos irmãos King.

Eu dei um passo para frente e estiquei a minha mão


livre de sanduíche.

— Os amigos me chamam de Rett. Prazer em


conhecê-lo.

Ele ergueu o queixo em reconhecimento, mas não pegou


a minha mão.

— Prazer em conhecê-lo, Barrett. — Ele fez um ponto,


sendo frio e não usando Rett. Ele voltou sua atenção para a
irmã. — Éden acabou de ligar. Ela vai estar em casa em duas
horas.

— Sim, eu sei — Finley ergueu o telefone do bolso. —


Ela me ligou primeiro. — Havia um tom de provocação em
sua voz. — Eu tenho um milhão de planos para ela.

Jude sacudiu a cabeça.

— Não, você não tem. Ela é minha para os próximos


dois dias. Eu não a vi em duas semanas.

— Nem eu — Finley protestou. Eu decidi que era hora de


me esgueirar de volta para a minha árvore com meu
sanduíche de manteiga de amendoim e geleia.

— Espere por mim, Rett — Cole chamou quando cheguei


a porta de correr. Eu me virei. Ele estava apenas entrando na
cozinha.

Finley prendeu uma pequena mão no rosto de Jude para


parar o argumento. Ela parecia completamente fora de lugar
no austero entorno de brilhante, aço inoxidável, vidros e
armários impecáveis.

— Eu me esqueci de perguntar, Rett, se você quer um


copo de leite junto com esse sanduíche?

— Não, obrigado, eu estou bem.


Cole pegou uma caixa de isopor da geladeira e olhou
para Finley.

— É galinha, está tudo bem? Sem carne, sem carne de


porco, apenas frango.

Finley suspirou.

— Sim, porque as galinhas, como todos sabem, crescem


em árvores.

— Você proibiu presunto e carne agora em casa. Vamos,


Fin, Jude e eu vamos morrer de fome.

Ela riu.

— Você já olhou para si mesmo no espelho


ultimamente? Você está longe de morrer de fome.

Cole balançou a cabeça e caminhou até a porta.

— A carne de soja falsa é tão saborosa. — Essa


observação tirou risos de ambos os irmãos.

Cole ainda estava balançando a cabeça quando nós


saímos.

— Agora você já conhece os meus irmãos. Eu amo Fin à


morte, mas ela pode ser muito obstinada.

— Quem é Éden? Eles pareciam estar brigando por ela.

— Éden é a melhor amiga de Finley e namorada de


Jude. Pobre criança. Eles estão constantemente brincando de
cabo de guerra com o seu tempo. Ela foi para o norte visitar
sua família durante sua pausa de duas semanas da escola.

— Isso faz sentido agora. Finley é realmente legal. Eu


não acho que Jude gostou de mim, embora.

— Provavelmente porque pensou que você estava lá


flertando com Finley. Jude é realmente protetor quando se
trata de Fin. Ele gosta de agir como um cara durão, mas
quando você começa a conhecê-lo, ele não é ruim. — Ele
olhou para mim. — A menos que você chegue muito perto de
Finley. Em seguida, ele provavelmente vai te quebrar em dois.
Mas desde que nunca haja alguma chance de vocês dois
ficarem juntos, você não terá que se preocupar. Finley não é o
seu tipo e ela definitivamente não é para você. — Suas
últimas palavras soaram como um aviso severo frio e nada
como o Cole que eu conheci nestes últimos meses. Era óbvio
que Jude não era o único irmão que era superprotetor de sua
irmã e só foi dito, em termos inequívocos, para eu ficar longe
dela. A advertência parecia como uma pilha de pedras no
meu estômago. Cole estava obviamente me deixando saber
que eu não era bom o suficiente para sua irmã. E enquanto
esse pensamento me incomodava muito, a única coisa que
realmente se parecia como um balde de água fria no rosto foi
o fato de que eu nunca iria conhecer Finley King.
Capítulo 3

Finley
Eu tinha dado a Jude duas horas a sós com Éden,
muito generoso da minha parte, tanto quanto eu estava
preocupada. Eu me levantei da minha cadeira do computador
e desci. A risadinha clara de Éden flutuou para fora da
cozinha. Jude tinha-a presa contra o balcão enquanto a
beijava. Eu andei para cima e bati em seu ombro duro.

Ele retirou-se do beijo, mas não a soltou.

— É melhor que seja um dos cães tocando meu ombro e


não a minha irmã irritante, Finley.

Éden riu e piscou para mim por cima do ombro.

Jude deixou cair os braços e virou-se relutantemente.


Eu estendi minha mão e lancei o meu sorriso mais irritante.

— Em carne e osso e eu não o estou deixando até que


você me dê uma hora com Éden, que não estaria aqui em
seus braços se não fosse pelo fato de que, como vocês tão
amorosamente gostam de apontar, eu sou uma aberração.

O rosto de Éden estava corado rosa de suas duas


semanas nas montanhas e do beijo. A cor só acrescentou à
sua beleza. Eu agarrei a mão dela.

— Como estão seus pais, Sophie e Janie? — Eu a levei


para fora da cozinha.

— Eles estão bem. É realmente bonito lá em cima e


Sophie está ficando alta e bonita.

— Assim como sua irmã — disse Jude da cozinha. Ele


jogou uma carranca irritada em minha direção e, em seguida,
enfiou a mão na geladeira por uma cerveja.

Fui até a porta de correr e a abri.

— Para onde estamos indo? — Perguntou Éden.

— Eu quero que você conheça Lilly Belle. — Olhei para


Jude. — Eu vou devolve-la em uma hora.

— É melhor que sim.

— Lilly Belle chegou enquanto eu ainda estava aqui, Fin.


Eu já conheci.

Arrastei-a rapidamente junto.

— Eu sei.

— Nós não estamos realmente indo ver a vaca, não é?

— Não. — Eu parei e a abracei. — Que bom que você


está de volta, Edie. Senti sua falta.

— Eu também senti sua falta. — Quando passamos a


área da piscina, uma nuvem de poeira pairava no horizonte.
— Eu poderia jurar que eu ouvi um trator ou algo assim. Oh,
eles começaram o celeiro de Lilly. É isso que você vai me
mostrar?

— Você vai ver. — Eu segurei firmemente a sua mão


enquanto nós marchamos até a pequena colina. O sol caiu no
céu, mas o ar ainda estava quente e o perfume de terra
recém-arada flutuou em nossa direção. Depois que Cole tinha
saído com seu novo amigo, eu tinha ido para o meu quarto
ler, mas minha mente manteve-se voltando para Barrett. Foi
estúpido e eu me lembrei desse ponto concreto uma centena
de vezes. Amigos de Cole, especialmente amigos que pareciam
com Barrett, tendiam a ser nada além de desgosto e
decepção, mas o diabinho no meu ombro me manteve
cutucando para sair e visitar a vaca. E, como em tudo na
minha vida, eu queria a opinião de Éden sobre a coisa toda.

Lilly Belle começou a mugir no segundo que ela me viu


chegando sobre a grama. Éden e eu corremos até ela.

— Será que o seu pai gostou do seu novo emprego? —


Perguntei.

— Surpreendentemente, sim. Não é o seu emprego dos


sonhos estar com uma banda de rock, mas ele gosta de
cozinhar e as pessoas são todos muito bons. Então, ele está
aproveitando. — Ela riu. — Sophie chegou a ver o seu
primeiro urso. Aparentemente, ninguém tinha passado por
todas as latas de lixo em torno de sua cabine e meu pai
conseguiu tirar algumas fotos. Agora, é claro, Sophie e Janie
deixaram um pote de mel fora na varanda da frente na
esperança de atraí-lo de volta. Eu não acho que elas
perceberam como um grande urso vivo realmente é. Elas
continuam a pensar que vai ser do tamanho de um urso de
pelúcia.

— Isso é tão bonitinho. Eu amo suas irmãs. Quando


elas estão vindo para cá de novo?

— Não sei. Assim que o papai chegar a ter algum tempo


livre, eu acho. Ou pelo menos essa é a desculpa que ele está
dando. Mas, na verdade, eu acho que ele está apenas
esperando por seu pai voltar ao país para que ele possa
visitar ele em casa.

— Meu pai louco deixou seu gerente adicionar mais dois


shows em Tóquio, então ele não vai estar em casa por mais
um mês. Ele acabou tomando essas vitaminas que enviei a
ele. — Paramos no curral de Lilly e a vaca nos cumprimentou
com sua longa língua.

Éden esfregou o pescoço da vaca.

— Ei, Lilly Belle, como vai? — Longos fios de cabelo


escuro explodiram no rosto de Éden. Ela colocou-os atrás da
orelha e olhou para a área a ser desmatada para o celeiro. —
Não é Cole no trator?

— Sim, é ele. Ele tem um ajudante. — Como uma


sugestão, Barrett saiu de trás do trator. Seus ombros
pareciam ainda mais amplos a distância e ele amarrou seu
longo cabelo loiro para trás, expondo os planos, simétricos
perfeitos de seu rosto. Olhei para Éden, para avaliar sua
reação. Barrett tinha definitivamente chamado sua atenção.
Ele não era do tipo que passa despercebido por qualquer
menina, mesmo aquela que só tinha olhos para Jude. Um
pequeno sorriso curvou os lábios quando ela olhou para mim.
— Ah, eu vejo por que você me trouxe aqui fora.

Segurei-lhe o braço.

— Então, eu não estou imaginando? Ele é bem bonito,


certo?

Ela olhou para Barrett novamente e assentiu.

— Desta distância, ele parece muito inacreditável. — Ele


olhou para nós e acenou.

Eu levantei minha mão e acenei para ele.

— Eu quero ter seus filhos, seu incrível pedaço de carne


masculina — eu disse entre dentes cerrados.

Éden riu.

— Quem é ele? Eu não vi você animada assim sobre um


cara desde Max. — Ela sugou o lábio inferior como se ela
quisesse chupar suas últimas palavras.

Lilly Belle cutucou meu ombro com seu focinho e eu


estendi a mão e esfreguei o queixo.

— Está tudo bem, Edie. Eu estou totalmente tranquila


sobre a coisa toda. Nunca fomos um para o outro e, para ser
honesta, ele era uma espécie de desajeitado no departamento
de sexo.

— Sério? Você nunca mencionou isso antes. — Éden


apoiou os braços sobre curral de Lilly.

Eu encolhi os ombros.

— Eu acho que você nunca compartilhou qualquer coisa


sobre sua vida sexual, então eu decidi que talvez você se
sentisse desconfortável falando dessas coisas.

— Isso é porque meu namorado é seu irmão.

Fiz uma pausa.

— Ooh, você está certa. Por favor, não compartilhe todos


os detalhes. Então, o que você acha?

— Sobre o que?

— Sobre o menino bonito lá. Fiz-lhe um sanduíche de


manteiga de amendoim e geleia antes e eu acho que nos
demos bem. — Eu pensei sobre a cena do almoço e meus
ombros afundaram. — Merda, eu joguei fora o seu sanduíche
de presunto e o porco estava agindo como um javali selvagem
prestes a atacar. E então Jude entrou e rosnou para ele. —
Eu afundei e encostei contra o curral. — Ele nunca vai gostar
de mim. Além disso, ele provavelmente tem um milhão de
meninas atrás dele.

Éden segurou minhas mãos.

— E nenhuma delas será tão incrível como Finley King


— ela disse com entusiasmo, mas, em seguida, os lábios
perderam o sorriso. — Mas Fin, você tem certeza que você
não deve ir para algo um pouco mais seguro?

Eu puxei minhas mãos longe dela.

— Cristo, você parece o Jude. Todo mundo precisa parar


de me tratar como uma boneca frágil. Max e eu terminamos e
eu quase não pisquei um olho. Jude seguiu-me por semanas
esperando por cair aos pedaços, mas não o fiz. Eu estou por
minha conta agora. Eu não tive qualquer grande ataque de
pânico em meses. Eu só quero ser normal. — Minha garganta
apertou. — Eu só quero ser tratada como uma pessoa
normal.

— Você está certa. Sinto muito. Eu não deveria duvidar


de você. — Éden se aproximou e me abraçou. — Você pode
me perdoar?

— Eu acho que sim. — Eu apertei suas costas.

— Então, senhorita normal — disse ela sobre o meu


ombro — prepare-se para ligar um pouco desse charme King,
porque Cole está a caminho com o seu menino bonito agora.

Eu respirei fundo.

— Puta merda, alguém me dá um saco de papel — eu


sussurrei.

Éden inclinou-se para trás e olhou para mim com os


olhos arregalados.
— Eu estou brincando.

— Ei, Éden — Cole chamou quando eles se


aproximaram. — Como foi a viagem?

— Foi ótima. Vejo que você está trabalhando pesado na


nova casa de Lilly.

Eles pararam em frente de nós e eu descobri


rapidamente que Barrett era um daqueles caras raros que
poderiam fazer o cheiro de sujeira e suor atraente.

— Éden, este é o amigo de Cole, Barrett.

— Prazer em conhecê-la. — Ele estendeu a mão coberta


de sujeira, mas puxou-a para trás com um sorriso
envergonhado.

— Como estava o sanduíche de manteiga de amendoim e


geleia? — Perguntei.

O azul de seus olhos tornou-se mais vívido pela fina


camada de sujeira e bronzeado no rosto.

— Melhor manteiga de amendoim e geleia que eu já tive.


— Ele respondeu rapidamente e tirou os olhos de mim, o que
era mais que um pouco decepcionante. — Bem, eu tenho que
ir para casa. — Ele olhou para Cole. — No mesmo horário
amanhã?

— Sim — respondeu Cole.

Observei-o andar em direção ao portão e, em seguida,


Cole veio atrás de mim.

— Ele não é para você, Fin. Ele é a última coisa que você
precisa. Papai teria a porra da minha cabeça, mesmo por
apresentá-la a ele.

Pisquei para Cole e dei-lhe a minha expressão em


branco.

— Seus lábios estão se movendo, mas apenas soa como


blá blá blá.

Ele balançou a cabeça.

— Merda, Finley, eu não estou brincando.

— Uh uh, isso é porque ele tem uma namorada?

— Não pense que há alguém na posição...

— Tudo o que eu precisava saber. — Eu agarrei a mão


de Éden. — Vamos voltar para a casa. — Nós seguimos pela
grama.

Cole arrebatou para nós.

— Sério, Fin, o cara provavelmente me faz parecer um


monge maldito. Ele vai quebrar seu coração.

— É o meu coração para quebrar, Cole e eu estou


cansada de andar na ponta dos pés ao longo da vida. Às
vezes, estas pílulas me fazem sentir como se eu estivesse
envolta em plástico bolha que nada pode penetrar. — Eu
olhei para Éden e seus olhos molharam quando eu falei, mas
meus olhos estavam secos. Minha cabeça cheia de droga me
manteve em uma névoa fria perpétua e segura de lágrimas,
lágrimas que eu perdi terrivelmente. — Eu quero um pouco
de paixão. Eu quero um pouco de emoção. Talvez, apenas
talvez, eu queira uma porra de um coração partido para me
lembrar que eu ainda estou viva.
Capítulo 4

Rett
Cole e eu tínhamos passado a manhã nivelando o
terreno para a fundação do celeiro. As nuvens de manhã cedo
tinham clareado e o sol do meio-dia foi caindo em cima de
nós com um lembrete de que o verão estava a caminho, com
temperaturas acima de 35 graus.

— Ei, Cole — Eu gritei para ele — você nunca surfa? Ou


é somente motocross para você?

Cole terminou batendo uma estaca no chão onde o


canto da fundação iria começar. Ele se levantou.

— Eu gosto de bater as ondas em agosto, quando é


simplesmente muito quente para ir para a pista. Meu pai tem
uma casa em Malibu. Nós vamos ter que ir lá neste verão.

— Maldição, Malibu — eu murmurei para mim mesmo.


— Nunca estive nas ondas de Malibu — Eu gritei de volta
para ele.

Cole se aproximou.

— Igual a quaisquer outras ondas do Pacífico, frias e


salgadas. Mas a praia tem algumas vistas incríveis, se você
entende o que eu quero dizer.

Passando seu ombro, eu vi Finley caminhando em


direção a nós com sua vaca na ponta de uma corda e seu
porco trotando confiante ao lado deles. Os dois cães gigantes
estavam na retaguarda.

Cole pegou meu sorriso e olhou para trás. Ele riu.

— Jude chama de Doolittle. Às vezes eu acho que ela


gostava muito mais de estar cercada por animais do que por
pessoas.

— Não é possível realmente culpá-la.

Finley chegou ao local do celeiro. Mesmo que eu tivesse


sido exaustivamente avisado por dois irmãos, eu olhava
abertamente para ela. Ela era impressionante para se olhar e,
ainda, a vaca e o porco pareciam perfeitamente certo ao seu
lado. Havia uma qualidade única sobre ela que a fez tão
diferente de qualquer outra garota que quase parecia uma
miragem. Se eu estendesse a mão para tocá-la, parecia que
ela poderia simplesmente desaparecer.

O porquinho sentou obedientemente ao lado dela.

— Onde está o seu telefone, Cole? Sutter enviou-me


para dizer-lhe que os nachos estão prontos. Ele colocou-os à
beira da piscina.

— Meu telefone morreu ontem e não mantem uma


carga. Estou nu sem a maldita coisa. O que me lembra,
mantenha uma orelha atenta a campainha da porta de
entrada. Um novo telefone deve estar aqui hoje — disse Cole.
— Qualquer coisa que você precisar, mestre. — Ela fez
uma reverência.

— Eu sou realmente bom como Mestre — disse Cole. —


Mas você está certa, eu não quero interromper sua agenda
importante de andar com a vaca e alimentar suínos. — Ele
apontou para a clareira de terra. — Isso tudo é para você,
lembra?

Ela olhou para ele fixamente e então olhou para mim.

— Você tem irmãos e irmãs, Rett? Aposto que você é


mais agradável para os seus que meus irmãos são para mim.

— Eu tenho quatro irmãos mais velhos e, acredite em


mim, era bom quando um dos meus irmãos passavam por
mim no corredor sem me bater na parte de trás da cabeça.

Seu pequeno nariz enrugou.

— OK, isso é pior. Vocês devem se lavar para o almoço.


— Ela circulou ao redor e a vaca seguiu em sua liderança. O
porco e cachorro trotando atrás.

— E, enquanto isso, mantenha esse porco longe dos


nachos — Cole gritou e depois olhou para mim. — Nachos
são o seu alimento favorito. Você pode acreditar nessa porra?
Nachos.

Observei-a caminhar de volta para o curral com sua


manada de bichos em seu encalço. Ela era tão pequena, mas
o animal enorme atrás dela olhou para ela com adoração.
— Eu li em algum lugar que você pode medir o quão
grande a alma de uma pessoa é pela forma como eles tratam
os animais. — Eu olhei para Cole.

Ele riu.

— Sim, eu não acho que ninguém tem tanta alma como


a minha irmãzinha. Simplesmente não há ninguém como ela
no mundo. — Ele limpou as mãos na calça jeans. — Bem, eu
estou faminto e Sutter, nosso chef, faz um prato
impressionante de nachos. Vamos chefe.

Lavamo-nos no interior e voltamos para a área da


piscina.

— Porra, essa casa da piscina é mais agradável que


qualquer casa que eu já estive. — A mesa de vidro longa foi
definida com panos bordados de luxo e um prato gourmet
ornado com nachos. Nós puxamos as cadeiras.

— Jude basicamente vive lá. Ele tem um estúdio de


pintura dentro e ele sempre cheira a tinta fresca, por isso
nenhum de nós usamos mais.

— Jude é um artista? Não há músicos na família?

— Não. No começo incomodou meu pai, mas agora ele


está em paz com isso. Ele viveu uma vida dura e sobreviveu a
várias crises de dependência de drogas, entre outras coisas.
Eu acho que ele está meio aliviado que todos nós escolhemos
caminhos bem menos pesados. Ele investiu em uma empresa
de construção, porque ele sabia que Jude e eu não éramos do
tipo acadêmico. Mas agora, Jude vai para a escola de arte.
Ele é muito bom no que faz, também. — Cole colocou um
pouco de molho de pimenta em seus nachos e olhou para a
casa da piscina. — Jude e Éden foram para lá ontem à tarde
e não os vi desde então. Provavelmente não querem. Eles são
realmente um do outro. Primeira vez que meu irmão já se
acomodou com uma menina.

Finley entrou no outro lado da área da piscina com seu


porco em seus calcanhares.

— Eu acho que é só encontrar a pessoa certa. — As


palavras foram feitas só para mim, mas eu tinha pronunciado
em voz alta.

Cole olhou para sua irmã. Por nenhuma razão aparente,


ela bateu o plantador perto da piscina três vezes. Cole pegou
uma batata carregada.

— Lá vai você de novo, Sr. Romântico. Pare com isso.


Você está me assustando. Eu decidi fazer uma festa nesta
sexta-feira. Sua cabeça vai girar com pernas longas e seios
trabalhados. Nós vamos tirar você dessa porra sentimental.

Um latido alto ressoou pela casa.

— Espero que esse seja o meu novo telefone. — Cole se


levantou de sua cadeira. — Eu preciso chegar lá antes que os
cães assustem o entregador. Eu já volto. — Ele correu para
dentro.

Eu apanhei um amontoado de nachos e fios de queijo


derretido amarrados as minhas batatas e coloquei no meu
prato. Eu movi meus dedos enquanto minha atenção foi
puxada para longe do meu almoço.

Finley tirou suas sandálias e, em seguida, estendeu a


mão e pegou a bainha de sua camiseta. Ela levantou-a sobre
sua cabeça, revelando um corpinho doce e um acanhado
biquíni prata. Ela sorriu para mim. Ela sabia que eu estava
olhando para ela. Ela desabotoou seu short, deslizou pelas
suas pernas bronzeadas e saiu deles. Então, sem aviso, ela
caminhou em minha direção. Um aro dourado brilhante
cintilava perto de seu umbigo. Ela tinha um corpo firme,
atlético, com curvas suficientes para manter a minha
atenção, que ela definitivamente tinha. Porquinho se juntou a
nós. Seu focinho levantado no ar para pegar a fragrância de
nachos.

— Cole mencionou que o pequeno porco gosta de


nachos.

Finley se inclinou para frente. Seus seios quase


derramaram sobre o minúsculo biquíni e parecia que ela
sabia que eles fariam. Ela estendeu a mão para uma batata
recheada com queijo.

— Ele não gosta deles muito picante embora estes


parecem realmente quentes. — Ela lambeu o lábio inferior
provocando e depois, deixou cair a batata para seu porco. Ele
pegou-a sem perder uma migalha.

Ela se endireitou e empurrou seu peito para frente.


Eu sorri para ela.

— Você não tem que tentar tanto. Apenas observando


você andar pelo gramado com o seu rebanho de animais
produziu o efeito desejado.

Ela relaxou e suspirou.

— Oh, graças a Deus. Eu sou terrível em tentar ser sexy.


Algumas meninas tentaram me ensinar, mas eu pareço como
um palhaço, que você obviamente notou. — Ela sentou-se e
estendeu a mão para alguns nachos.

— Isso porque algumas meninas têm que tentar muito


para conseguir atenção. Você não precisa tentar.

Ela lambeu um pouco de creme azedo de seu dedo e, em


seguida, apontou para mim.

— Você é bom. E você não tem que tentar tanto. Eu


estive pensando em nada além de cabeça batendo na parede
com o sexo desde que eu vi você sair de trás do trator.

— É um lince.

— Que seja. — Seus braceletes brilhavam enquanto ela


descartou minha correção. — Cole poderia estar arando a
terra com uma junta de bois e eu não teria notado com você
em pé lá fora. — Ela relaxou contra a cadeira e olhou para
mim com os olhos azuis e redondos.

— Mas a primeira vez que me viu, eu estava almoçando


debaixo da árvore.
— Infelizmente, o sanduíche de presunto meio que
nublou a minha primeira impressão de você. — Ela inclinou
seu cotovelo na mesa e colocou o queixo sobre ele. —
Embora, mesmo com um sanduíche de presunto em sua
mão, eu estive pensando que você era muito espetacular.
Porquinho, por outro lado, nem tanto.

— Acha que há alguma chance de que ele vai gostar de


mim depois disso?

— Só o tempo dirá. Aposto que meus irmãos já emitiram


avisos graves para ficar longe de mim.

Eu pensei sobre ser doce com minha resposta, mas não


havia nenhuma maneira de mentir para aquele rosto.

— Praticamente. Você viu a reação do seu irmão Jude


para mim.

— Sim, mas Jude é um imbecil para todos que encontra.


Cole?

Olhei para o meu prato.

— Sim, Cole também, mas com menos raiva.

Ela lançou outra batata para o porco.

— Eles são um saco.

— Eu realmente preciso deste emprego. Eu estive


contando com a boa vontade de meu irmão e eu acho que eu
estou abusando de sua boa vontade.
— Ei, não se preocupe com isso. — Decepção apareceu
claramente em seu rosto bonito.

Eu me inclinei para frente e olhei longo e duramente


para ela.

— Mas, acredite, se as circunstâncias fossem diferentes,


eu estaria empurrando-a contra a parede agora. — Eu
inclinei minha cabeça em direção ao muro na fronteira com a
área da piscina.

— Como você sabe que eu não estava falando sobre eu


bater contra a parede? Eu posso ter apenas cinquenta quilos
— ela levantou o braço fino e enrolou seu bíceps — Mas eu
estive levantando pá de bosta de vaca por um mês e eu acho
que eu poderia tirar vantagem de você.

— Agora eu vou pensar nesse cenário doce o resto do


dia.

Justamente quando parecia que não podia parecer mais


bonita, um rubor rosa cobriu suas bochechas. Ela estendeu a
mão e pegou uma batata para si mesma.

— Como eu disse antes, meus irmãos são um saco.

— Se eu tivesse uma irmã, eu provavelmente faria o


mesmo. — Eu inclinei minha cabeça para obter um melhor
olhar para a tatuagem em seu ombro. — Será isso um
porquinho sentado debaixo de uma teia de aranha?

— Sim, é. Você gosta disso?


— Lembro-me do livro agora, ou pelo menos as fotos
dentro dele.

Ela riu.

— Sim, você realmente não parece o tipo que lê.

— Na verdade não, embora eu possa ler. Eu tive um


problema de déficit de atenção na escola. Eu ainda sou muito
ruim em lembrar nomes e coisas assim. Mas, por incrível que
pareça, eu sou realmente bom em lembrar certas
características que uma pessoa tem, especialmente as
meninas, quando elas possuem uma grande gargalhada ou se
elas mordem seu lábio inferior.

— Trata-se de uma boa maneira de me dizer que não se


lembrará do meu nome?

Eu ri.

— Seu nome é difícil de esquecer e eu não conheço a


filha de um astro de rock todos os dias, então...

Ela torceu o lábio inferior, um hábito que eu já tinha


levado em minha cabeça.

— Estou um pouco desapontada. Isso significa que você


não memorizou nenhuma característica especial sobre mim?

Eu apontei para a minha cabeça.

— Está tudo catalogado aqui em cima.

Uma covinha vincou sua bochecha e eu me perguntava


como eu tinha perdido isso antes.

— Sério?

— Sim e eu apenas adicionei covinhas incríveis para a


lista, abaixo do mordiscar o lábio inferior, se mover como
uma bailarina e tem uma habilidade mágica de se comunicar
com os animais. Sério, você me faz lembrar um personagem
da Disney. Os pássaros voam em sua janela de manhã para
ajudá-la a se vestir?

Ela riu. Eu já tinha me acostumado com esse som.

— Veja, é aí que a Cinderela e eu temos uma opinião


diferente. Eu nunca faria animais fazerem as tarefas para
mim. Em vez disso, eu limpo por eles. — Porquinho bufou
contente como se tivesse entendido cada palavra. Finley
estendeu a mão por cima da mesa. — Dê-me o seu telefone.

Peguei-o e deslizei-o para ela.

A porta de vidro no pátio se abriu e Cole saiu com duas


meninas. Uma estava rindo descontroladamente sobre algo. O
som dela fez Finley enrugar seu nariz pequeno.

— Nariz enrugado — eu disse.

— Desculpe?

— Outro traço. Você enruga muito o seu pequeno nariz


de botão.

— Eu? Eita, eu vou ter que fazer uma nota mental para
pôr fim a esse hábito.

— Não, não, é bonito. Combina com você.

A menina com Cole riu de novo e parecia completamente


forçado.

Os dedos de Finley se moviam através do teclado


numérico no meu telefone. Ela não olhou para cima de sua
tarefa.

— Será que a garota no final dessa risada irritante tem o


cabelo vermelho ondulado?

— Sim, ela tem.

— Então eu vou deixá-lo para o seu almoço. — Finley


deslizou o telefone de volta para mim. — Meu número está lá,
mas não o dê a ninguém. Meu pai tem um ataque de merda
quando eu o dou. — Ela se inclinou. Havia um pequeno jato
de sardas no nariz e um lóbulo da orelha estava forrado com
pequenos aros de ouro. — Apenas no caso de o desejo de me
ter despida em seus braços superar os avisos detestáveis dos
meus irmãos. — Cole e seus amigos estavam vindo para a
piscina. — Essa ruiva é Scarlett — ela revirou os olhos para o
nome — e é melhor você guardar seus lombos... literalmente.
Caso contrário, você estará recebendo um trabalho de mão
com esse prato de nachos. — Ela se afastou. Porquinho olhou
saudosamente ao prato de batatas fritas antes de girar ao
redor e trotar atrás dela.
Capítulo 5

Finley
Éden entrou na sala.

Eu sorri para ela.

— Eu sabia que o vestido ficaria lindo em você. Lavanda


vai muito bem com pele morena e cabelos escuros. — Eu me
inclinei para o espelho e coloquei um brinco de diamante no
meu ouvido.

— Eu amo o jeito que se parece contra a minha pele.


Deve ter sido muito caro. Realmente, Fin, você tem que parar
de me comprar coisas.

— Bobagem. Jude já viu você com esse vestido? — Éden


não respondeu. Eu olhei para ela e não havia dúvida pelo
rubor nas bochechas. — Merda, me poupe dos detalhes. Meu
irmão é um animal. — Eu inclinei para trás e virei minha
cabeça. — Estes brincos estão bem?

— Eles são lindos.

— Meu pai mandou-os da Europa. — Eu virei para ela e


levantei a saia de gaze macia no meu vestido. — E quanto ao
vestido? Muito flerte ou não sedutor o suficiente?

— Você parece adorável, Finley. Realmente.


— Adorável — eu disse com um suspiro frustrado — se
há um adjetivo que me seguiu toda a minha vida, é esse.
Faz-me sentir como um gatinho. Eu quero ser linda como
você ou gostosa como Bridget, a última namorada do meu
pai, mas eu acho que adorável apenas não está me dando
nenhuma atenção séria.

Éden se aproximou e pegou as minhas duas mãos.

— Você ilumina cada cômodo em que entra, Fin. Você


tem que saber disso.

Eu a abracei.

— Então, você conseguiu obter qualquer informação de


Cole sem ele saber que estava dando essas informações para
mim?

Éden sorriu para a minha pergunta complicada.

— Barrett está definitivamente convidado.

Eu agarrei a mão dela.

— Você tem certeza? Como você sabe?

— Ele já está lá em baixo.

— Puta merda, ele está aqui na casa? — Eu me virei


para o espelho para verificar o meu rímel. — Como ele está?

Éden fez uma pausa para considerar a minha pergunta.

— Assim como você, o menino sabe como iluminar um


cômodo. Ele manda muito bem.

— Ele é glorioso, não é? — E esse comentário de repente


esvaziou a minha confiança. — Ele não é apenas um novo
rosto na multidão. Ele é um belo novo rosto. Cada um dos
amigos do sexo feminino de Cole estará lançando-se para ele.
Estou condenada. E com os meus irmãos me vigiando como
pássaros mamãe com raiva, eu não tenho nenhuma chance.
— Éden parecia saber o que eu estava pensando quando eu
olhei em sua direção.

Ela balançou a cabeça.

— Lembre-se da regra de ouro, não me degole com um


problema de rivalidade entre irmãos. Eu sou a Suíça, tanto
quanto você e Jude concernem, sou completamente neutra.
— Ela se aproximou e sentou-se na cama. — Você tem
certeza sobre esse cara, Finley? Até agora, a única coisa que
você falou é o óbvio, que ele é muito bonito.

Eu agarrei as minhas botas de caubói e me sentei na


cama ao lado dela para puxá-las.

— Edie, quando você conheceu Jude estava pensando


oh wow esse cara é muito profundo, ou você estava
pensando, maldito, esse cara é gostoso?

— Bom ponto, e, na verdade, quando eu conheci Jude,


ele era um verdadeiro idiota. Ele não me queria aqui,
lembra?

— Ele agiu como se ele não quisesse você aqui, mas eu


sabia melhor. O fato de que ele reagiu a você assim me disse
que ele queria você. — Eu olhei para ela. — Não é só por
causa da maneira como Barrett se parece. Há algo sobre ele.
Ele é tão fundamental e de fácil convívio e eu preciso disso.
Ele tem esse tipo de aura calma em torno dele e eu gosto
disso. Eu não sei por que, mas eu senti uma conexão
imediata com ele. E, claro, não é o meu mais superficial,
motivo óbvio. Eu preciso de alguém para ligar a minha opção
paixão só para ter certeza que tenho. Acho que Barrett está à
altura da tarefa.

Éden colocou o braço em volta do meu ombro e


apertou-o.

— Eu sei como é isso e eu acho que você deve ir para


ele. Basta ter cuidado.

Eu puxei minhas botas e me levantei.

— Elas combinam com este vestido curto?

— Adorav... Lindo.

— Bem, agora eu posso sentir você tentar e isso me faz


sentir ainda mais como um gatinho indefeso.

— Desculpe. Finley, apenas relaxe. Não terá uma


menina lá que seja mais surpreendente que você e se é certo,
então isso vai acontecer.

Eu sentei-me de volta na cama, olhei para as botas nos


meus pés e fiquei em silêncio por um longo momento. Música
e vozes vibravam nas paredes.

— Eu estive conversando com o médico sobre o corte de


minha dosagem pela metade.

— O que ele disse?

— Ele me deu o aval para experimentá-lo. Eu preciso


sair dessa nuvem, Edie. Eu acho que posso lidar com as
coisas melhor agora. As sessões de terapia realmente me
ajudaram. Estou aprendendo a parar de me culpar pela
morte de minha irmã e minha mãe por partir. Percebo agora
que minha mãe simplesmente nunca teve muita conexão com
a coisa toda de família. E com a ajuda de um pouco de
ciência bem simples, Dr. Hoover ajudou a me mostrar que eu
não era responsável pela doença de Chloe. Eu trouxe para
casa um vírus, mas ela morreu de uma infecção. Seu sistema
imunológico sempre foi fraco. — Eu levantei minha mão. —
Meu pai me disse que ela era tão pequena quando ela nasceu
que ela caberia na palma da sua mão. Eu tinha apenas dois
quilos e duzentos gramas, mas Chloe era a metade desse
tamanho. — Olhei para o armário. Porquinho estava
dormindo em sua cama de palha. — Eu disse ao meu pai que
eu estava indo ser voluntária no celeiro de resgate de
animais. Nada me deixa mais ancorada e feliz que quando
estou com os animais, os animais precisam de mim tanto
quanto eu preciso deles. — Eu peguei a mão dela. — Com
você por perto e com o trabalho no celeiro de resgate, eu acho
que posso fazer isso. Eu acho que posso encarar as coisas
sem ficar louca. Eu acho que posso ser normal.
— Eu acho que parece muito bem e eu estou aqui para
você. Só uma coisa.

— O que é isso?

— Por favor, me prometa que você nunca vai ser muito


normal.
Capítulo 6

Rett
Eu ficava olhando para a porta na esperança de que
Finley apareceria, mas ela não o fez e eu estava
completamente desapontado. Mesmo que eu soubesse que a
coisa toda era idiota e sem esperança, eu não conseguia
parar de desejá-la. E a parte de merda era que eu não poderia
perguntar a Cole se ela estaria lá, porque então ele saberia
que eu estava pensando nela. Eu mal tinha visto ela desde
que ela tinha colocado o seu número no meu telefone e eu
devo ter mantido meu polegar sobre seu nome uma centena
de vezes desde então. Mas eu me contive em chamá-la. Como
Cole tinha avisado — ela não era para mim e eu não podia
correr o risco de perder esse emprego. Jimmy tinha me
avisado para não ficar íntimo com o filho do proprietário, e,
mais uma vez, o meu irmão estava irritantemente certo. E,
mais uma vez, eu não tinha seguido o seu conselho. Agora,
eu estava pagando por isso. Scotlyn e seu carma maldito.

A festa foi um borrão de roupas de grife e atitudes


esnobes e embora eu sempre tivesse uma vida fácil em
qualquer festa, mesmo não conhecendo muitas pessoas, esta
festa em especial simplesmente não parecia funcionar para
mim. Eu tinha tão pouco em comum com qualquer um deles
que eu me senti como um cacto na floresta. Cole já havia se
afastado com as duas meninas. Ele tinha me deixado para
trás com uma cerveja cara que tinha gosto de merda e uma
garota que não parava de falar sobre alguma nova boate na
cidade. Eu tinha dado uma desculpa para pegar uma nova
cerveja e me esgueirei para a sala de televisão.

Uma menina alta que era na maior parte pernas e que


aparentemente tinha se banhado em perfume, fugiu para o
sofá ao meu lado.

— Você deve ser o novo amigo gostoso de Cole que todo


mundo está comentando. — Suas longas unhas rosas
atropelou o teclado do seu telefone. Ela enviou um texto e
depois sorriu para mim. — Você tem um cartão? Meu pai é
um produtor e eu poderia dar-lhe o seu cartão.

— Um produtor de quê? E que tipo de cartão que você


está procurando?

Ela riu como se eu tivesse brincando, o que,


evidentemente, eu não tinha feito. Eu não tinha a porra da
ideia do que ela estava falando, mas seu perfume estava
fazendo meus olhos lacrimejarem.

Ela colocou a mão na minha coxa e inclinou-se


sedutoramente contra mim.

— Eu só achei que você fosse um ator. Meu pai faz


filmes.

Eu engoli um gole da cerveja amarga e balancei a


cabeça.
— Não sou um ator. Eu trabalho para Kingston
Construção.

Seus lábios excessivamente inchados achataram em


desgosto e ela puxou a mão da minha coxa.

— Tricia, você está aí — a voz de uma menina veio sobre


o encosto do sofá. Mais duas meninas se juntaram a nós.
Uma sentou ao meu lado e uma se ajoelhou no tapete de
pelúcia em frente ao sofá.

Menina Perfume, ou Tricia, aparentemente, sorriu.

— Não fique tão surpresa, Katrina, eu só mandei uma


mensagem para você que eu estava aqui.

As duas novas meninas me avaliaram de forma aberta e


eu estava começando a pensar que eu deveria ter usado a
minha camiseta Kingston Construção para deixar claro que
eu não era filho ou qualquer ator ou diretor rico. A menina
ajoelhada em frente de mim fugiu para a frente e agora estava
posicionada entre os joelhos.

— Eu sou Sarah e você é absolutamente deslumbrante.

Normalmente eu teria ido direto para o modo flertar. As


meninas estavam praticamente subindo no meu colo e eu não
tinha ideia de por que, mas eu simplesmente não estava
interessado. Havia algo seriamente errado comigo. A menina
entre os joelhos chegou mais perto e eu tinha certeza que se
eu apenas lhe desse um sorriso, ela se inclinaria e me daria
um boquete ali mesmo no sofá. Cole entrou na sala com duas
meninas e riu quando viu que eu fui cercado.

— Aí está você, Rett. Fique atento para Sarah. Ela


morde.

Eu deslizei para trás na almofada do sofá.

— Isso foi culpa sua — disse Sarah para Cole.

— Ei, Rett, o spa está aquecido. Pegue algumas amigas e


vamos entrar.

— Sim? — Eu levantei minha garrafa de cerveja. — Eu


preciso de um pouco mais em primeiro lugar. Você tem algo
menos exótico lá no bar? — Por mais que eu não TIVESSE
vontade de pular na banheira quente, eu também não queria
decepcionar Cole. Mas eu definitivamente precisava de um
pouco mais de álcool para encorajamento pela primeira vez.

— Sim, há algumas coisas regulares na caixa de gelo


atrás do bar. Sirva-se e, em seguida, venha para fora.

Mudei-me para me levantar, mas as três meninas me


tinham preso.

— Você está planejando voltar né? — Perguntou Sarah.


— Estou morrendo de vontade de entrar naquela banheira de
hidromassagem com você.

— Sim, assim que eu pegar outra cerveja. — Eu e


levantei. Sarah não tinha se levantando e ela olhou
avidamente para mim. — Oh wow, você não é decepcionante
a partir de qualquer perspectiva. Onde você esteve todo esse
tempo?

— Ele trabalha para Cole na empresa de construção —


respondeu Tricia, para avisá-la ou na esperança de tirar
Sarah de perto. A declaração não parece ter qualquer efeito
sobre sua amiga com fome.

Baixei a mão e puxei Sarah para se levantar. Ela se


apertou contra mim.

— Nada mais sexy que as mãos calejadas.

— Eu encontrarei vocês lá fora, meninas — Saí da sala


esperando que elas se cansassem e passassem para outra
pessoa antes de eu terminar a minha próxima cerveja.

Eu vasculhei a caixa de gelo para uma bebida familiar.


Minha persistência valeu a pena e eu encontrei.

— Essas cervejas caras são brutas, não são? — Eu


endireitei.

Éden olhou minha cerveja com admiração.

— Onde você encontrou isso?

— Na parte inferior. Eu posso procurar de novo. — Eu


levantei minha mão. — Meus dedos não chegaram à fase de
congelamento ainda.

Ela sorriu.

— Está tudo bem, mas foi terrivelmente cavalheiresco de


você oferecer. — Eu não sabia muito sobre a namorada de
Jude ainda, exceto que ela era a melhor amiga de Finley, ela
era muito bonita e ela parecia tão fora do lugar como eu na
festa. Ela pareceu sentir o que eu estava pensando.

— Não se preocupe com isso. Eu sou a namorada de


Jude e eu ainda me sinto fora como um... — ela fez uma
pausa para procurar a expressão escrita.

— Como um cacto na floresta? — Acrescentei.

— Exatamente.

— Esta sala é maior que a casa em que eu cresci e eu


tinha quatro irmãos de grandes dimensões.

— Você cresceu em uma casa? — Ela perguntou com


um sorriso.

— Bem, agora eu me sinto como um esnobe. — Olhei ao


redor. — Onde está Jude?

Ela examinou as cabeças.

— Não o vejo. Ele raramente fica muito tempo em


qualquer uma das reuniões de Cole.

— Reuniões? — Eu sorri para sala cheia de pessoas. —


Uma reunião é de cinco ou seis amigos com um saco de
batatas fritas e um pacote de doze cervejas. Esta é uma
grande festa de onde eu venho.

— Não no mundo King. — A partir de sua expressão,


pude ver que essas reuniões dos ricos e famosos não eram
nada mais que uma irritação. — Quando o pai de Jude chega
em casa, ele traz uma pequena aldeia do povo com ele e as
festas são infinitas. Eu gosto de seu pai, mas estou sempre
contente de fugir e ver a minha família quando ele está por
perto. Jude geralmente acaba hibernando com suas tintas e
telas na casa da piscina. — Ela inclinou a cabeça para olhar
por mim para o pátio. — Eu não o vejo em tudo. Ele
provavelmente está se escondendo.

Um cara coberto do punho ao cotovelo com tatuagens e


com mais barba do que o cabelo deu um passo atrás do bar e
olhou para dentro da caixa de gelo.

— Eu preciso de uma cerveja mais tradicional. Este


material artesanal está me dando azia.

— Ei, Lee, enquanto você está procurando lá,


encontre-me uma cerveja leve — disse Éden.

— Claro que sim. Bingo. — Ele veio com uma cerveja


para Éden e uma para si próprio. Então, ele olhou para mim
e uma leve carranca surgiu. Ele entregou a Éden a cerveja. —
Onde está Jude?

Éden estalou a tampa para abrir e tomou um gole de


cerveja.

— Jude desapareceu. Este é amigo de Cole, Barrett.

O cara acenou com a cabeça.

— Amigo de Cole, hein? Bem, tudo bem então. — Ele se


afastou.

Éden piscou para mim. Assim como Scotlyn, ela era


uma daquelas garotas que vieram muito fácil e sem
pensamento.

— Um dos amigos de Jude.

— Imaginei. Então, seus pais estão no Norte?

— Com as minhas duas irmãs mais novas. Meu pai está


cozinhando hambúrgueres em um pequeno resort de
mergulho nas montanhas e eu tenho que admitir, é muito
bom lá em cima. Mas eu estou indo à faculdade aqui e Jude
começou recentemente a escola de arte.

— Eu tenho que perguntar, como você conheceu Jude?

Ela tomou um gole da cerveja de novo e ela parecia estar


considerando sua resposta.

— Eu era amiga de Finley primeiro. Vou deixá-la contar


essa história se ela quiser, mas eu posso te dizer que eu era
louca por Finley dentro de cinco minutos de conhecê-la.
Nunca conheci ninguém mais simpática na minha vida.

— Sim, ela teve esse tipo de impacto em mim também.


— Levei um segundo para me certificar de que era seguro
para lhe perguntar sobre Finley. — Existe alguma chance de
que ela esteja vindo para a festa?

Seus olhos brilharam com conhecimento de causa para


mim.
— Na verdade... — Ela sorriu para alguém atrás de mim.

Eu me virei e respirei fundo. O cabelo loiro claro de


Finley brilhava sob as luzes quando ela parou para conversar
com um pequeno grupo de pessoas. Havia um monte de pele
suave e cremosa entre a bainha de seu vestido curto e no
topo de suas botas. E, de imediato, a festa melhorou com a
sua presença.

— Puta merda — eu disse baixinho.

— Sim — Éden disse baixinho — e o engraçado é que ela


nem sequer percebe isso. Finley é minha melhor amiga e ela
parece superconfiante, principalmente por causa de quem ela
é, mas há um monte de peças frágeis.

— Esse é, pelo menos, mais sutil que alguns dos outros


avisos que recebi.

— Eu sei, seus irmãos são realmente superprotetores,


especialmente Jude. Mas eles querem dizer isso também.

Finley olhou para mim e eu fui arrastado para o seu


olhar como se estivéssemos completamente sozinhos na sala.

— Olha Barrett, parece que você tem mais a oferecer


além do fato óbvio de que você é um grande pedaço de pão
doce e Finley tem que ver isso também. Então, basta ter
certeza que é certo para você antes de você deixar que algo
aconteça.

Eu não tive tempo para responder. Finley andou tão


suavemente, era difícil ter certeza de que os seus pés
realmente tocavam o chão. Ela veio até nós e abraçou Éden.

— Vejo que você escolheu a garota mais bonita na sala.

Olhei para Éden.

— O que posso dizer? Minhas habilidades são


incomparáveis.

Finley levantou seu telefone.

— Eu acho que você não tem seu telefone. Jude está


exigindo sua atenção. Ele me mandou um texto que dizia,
onde está Éden nesse maldito vestido roxo?

— Eu lhe disse que era lavanda e que ele precisava


substituir o seu adesivo de nicotina porque ele estava de mau
humor, mas ele não parecia se importar. Ele está na casa da
piscina e — ela se inclinou mais perto de Éden, mas eu ainda
podia ouvir a conversa — se você puder mantê-lo lá dentro,
isso seria adorável. Especialmente à luz do seu estado de
espírito adicional irritadiço. — Finley olhou para mim. —
Jude está tentando abandonar o cigarro e ele está fazendo o
resto de nós sofrer por isso.

— Livrar-se de um vício não é divertido — eu confessei e


queria pegá-lo de volta.

Os olhos azuis de Finley arredondaram e ela riu.

— Não fique tão envergonhado em admitir isso. Eu


cresci com Nicky King como meu pai, lembra-se? Embora
agora eu ache que ele é apenas viciado em Viagra.

— Eu vou deixar vocês dois e sair para a casa da


piscina. — Éden enfiou a mão na caixa de gelo e pegou várias
cervejas. — Acho que vou precisar delas mais que ele. Bom
falar com você, Barrett.

Finley foi para trás do bar e abriu uma lata de


refrigerante.

— Eu tinha certeza de que você já teria sido varrido em


algum armário de vassouras ou quarto dos fundos por agora.

Olhei em volta para o mar de rostos desconhecidos. Nós


tínhamos obtido a atenção da maioria deles e algo me disse
que fofoca estava no sangue da maioria da vida destas
pessoas.

— Algumas tentativas sólidas foram feitas, mas eu


estava meio que esperando para a pessoa certa vir e fazer a
varredura. — Minha confiança em torno das meninas foi
sempre a minha superpotência. Eu nunca fui grande em
qualquer coisa, mas eu poderia conquistar uma menina com
apenas algumas palavras e um sorriso. Mas em torno de
Finley, lutei para manter minha confiança. Era um
sentimento estranho para mim e por mais que eu tentasse me
convencer de que era porque ela era filha de um astro do
rock, era mais a menina sozinha. Havia algo tão
perfeitamente espetacular sobre ela que pela primeira vez me
senti completamente indigno de atenção de uma garota.
A garota que eu agora só lembrava como a menina do
perfume nos viu do outro lado da sala e andou. Finley
enrugou o nariz.

Inclinei-me. Seu cabelo loiro-branco cheirava a mel.

— Você está fazendo isso — eu disse calmamente.

— O quê?

— Enrugando seu nariz. — A menina perfume chegou a


nós, assim quando eu terminei.

Finley me olhou por debaixo de suas longas franjas.

— Isso foi uma resposta física automática porque as


condições extremas de fragrâncias foram descendo sobre nós.
— Ela sorriu para a garota. — Ei, Tricia. — E agora o nome
dela voltou para mim.

Tricia se inclinou para frente e beijou o ar. Finley tomou


um furto discreto na nuvem de perfume deixado para trás e
Tricia imediatamente voltou sua atenção para mim.

— Barrett, estou indo para a banheira de


hidromassagem. Por que você não me acompanha lá? — Ela
falou comigo como se Finley já não estivesse lá.

Eu levantei minha cerveja.

— Ainda trabalhando nisso. Por que você não vai na


frente. Não tenho certeza se eu estou no humor para
banheira de hidromassagem.
Finley colocou a mão no meu braço e eu olhava para
seus dedos magros na minha pele. Eu tinha a mão de Tricia
acariciando minha coxa com seus mamilos roçando a lateral
do meu braço e sua amiga, a mordedora, entre as minhas
pernas com uma boca faminta, mas a mão de Finley no meu
braço foi a primeira coisa que me ligou a noite toda.

— Você deveria ir lá fora, Rett. Se você tiver sorte, a


amiga de Tricia vai se juntar a você. — Ela piscou seus longos
cílios para mim. — Ela morde. — Ombros ossudos de Tricia
ficaram rígidos com o comentário de Finley.

— Não estou realmente com vontade de ser mordido


também.

Tricia tentou outra tática.

— Então, Finley, é tão bom que você tenha descido do


seu quarto esta noite. Eu sei como você prefere conviver mais
com os animais que pessoas. — Ela olhou em volta
drasticamente. — Onde está o seu amigo gordo pequeno
leitão ou Porquinho está lá em cima, dormindo?

— Francamente, Tricia, seu perfume o deixa doente,


então ele decidiu não descer.

O rosto de Tricia avermelhou, mas ela não se deu por


vencida.

— Bem, nós estamos todos felizes que você superou seu


pequeno trauma de overdose. — Desta vez foi Finley que ficou
rígida e Tricia pareceu sentir que arremessou uma Zinger
sobre a proa. Satisfeita consigo mesma, ela se afastou.

Finley ficou em silêncio ao meu lado.

Encontrar as palavras certas para reiniciar a conversa


foi fácil.

— A única razão que eu tinha para vir aqui esta noite


era porque eu sabia que havia uma chance de que eu fosse
ver você. E esse vestido é incrível. E, mesmo que tudo o que
recebo da noite é a chance de ver você entrar em uma sala
com esse vestido, então o passeio aqui na caminhonete
enferrujada do meu irmão valeu a pena. — Eu respirei. — Eu
mencionei o vestido?

Ela colocou o cabelo atrás da orelha me dando uma


visão clara de sua covinha.

— Você mencionou. E não, os pássaros e ratos não


fizeram o vestido para mim. — Ela sorriu para mim.

— Aquele sorriso — minha voz era baixa e abafada pela


música e as vozes em torno de nós, mas me senti como se
estivéssemos sozinhos — esse sorriso vale o céu e o inferno.

— Como você faz um trabalho piegas tão bem?

Meu telefone tocou. Era um texto de Cole.

“Ei cara, onde você está? ”

— Será o meu irmão? — Perguntou Finley.

— Sim. — E as complicações começaram novamente.


Por alguns momentos eu esteve sozinho com Finley, mas seus
irmãos estavam sempre lá para puxar uma cortina sobre as
coisas.

— Vá encontrar Cole. — Ela colocou a mão em mim de


novo e eu queria que ela me tocasse a noite toda. — Eu posso
ver o tormento disso em seu rosto e eu não quero fazer isso
com você. Confesso, eu vim hoje à noite com apenas um
motivo, eu queria ver você. Mas você veio aqui como
convidado de Cole. — Sua mão macia caiu do meu braço e ela
arrastou seus dedos sobre a palma da minha mão. Em
seguida, ela levantou o dedo e apontou para mim. — Mas não
se atreva a entrar nessa banheira de hidromassagem com a
vadia da Tricia ou sua amiga carnívora — ela olhou ao redor
da sala — e aquela loira lá está fora dos limites também. E
essa cabeça vermelha, que conheceu na piscina no início
desta semana, ela suga, então fique longe...

Segurei a mão dela. Parecia frágil e macia em meu


aperto.

— Eu não vou acabar com alguém hoje à noite. Cole vai


ficar puto, mas ele vai sobreviver.

Ela olhou para mim com grandes olhos azuis,


aparentemente tentando avaliar se estava ou não estava
dizendo a verdade.

— Vá encontrar meu irmão. Depois desse encantador


intercâmbio com Tricia, lembrei-me porque eu evito descer
para festas de Cole. Vou descer ao cinema, sozinha, no meu
vestido incrível pra caralho e com uma calcinha de seda
muito cavada.

— Você tem um cinema?

Ela levantou a sobrancelha.

— Sério? Isso é o que você escutou?

— A observação da calcinha de seda está aqui em cima


no meu catálogo mental, mas um cinema? Puta merda.

— O Elevador é nesse corredor à direita. — Antes que eu


pudesse falar, ela pulou na ponta dos pés e pressionou o
dedo contra a minha boca. — Sim, há um elevador. — Ela
tirou o dedo e pousou de volta em seus pés. — O cinema está
no nível mais baixo para o caso de você se cansar de Cole. —
Ela olhou para mim quando ela flutuou para longe levando
seu aroma de mel, vestido e calcinha incríveis
presumivelmente tão foda com ela.
Capítulo 7

Finley
Eu tinha mudado de filme centenas de vezes antes de
decidir em "Bonequinha de Luxo". Meu pai sempre insistiu
que eu era uma versão loira de Audrey Hepburn e essa
comparação sempre me emocionou. Mas algo me dizia que se
eu tivesse sido tão inesquecível quanto Hepburn, então eu
não estaria sentada sozinha em nosso grande e ligeiramente
assustador cinema. De alguma forma, durante o dia, eu não
me importava de estar no quarto cavernoso sozinha e muitas
vezes Porquinho ou os cães sentavam-se comigo. Mas havia
muitas sombras e sons durante a noite. Mesmo as arandelas
de parede mal iluminadas forneciam pouco conforto.

Eu cheguei à conclusão de que o meu quarto e cama


seria mais convidativo que sentar no cinema sozinha e
levantei para desligar o projetor quando meu telefone tocou
na minha mão. Olhei para ele.

“Completamente perdido. Devo ter tomado um rumo


errado. ”

Meu coração pulou à frente de seu ritmo habitual e eu


respirei fundo para retardá-lo.

Fechei os olhos.

— Relaxe, Finley — eu me lembrei.


“O que você vê? ” Eu escrevi de volta.

“Uma sala cheia de estátuas nuas. ”

“Essa é a sala de armazenamento. Você virou à esquerda


fora do elevador. Volte e vire à direita. Portas duplas grande. ”

Sentei-me na primeira fila e, em seguida, pulei e mudei


para a segunda fila. Olhei em volta e corri de volta para a
primeira fila. Quatro vezes eu pulei em cima olhando por
cima do assento para dirigi-lo para a fila da frente e, em
seguida, decidi que não era excitante o suficiente. Sem
pensar duas vezes, eu deslizei minha calcinha, enganchei-as
no meu dedo e fiquei maravilhada com o quão mal eu queria
flertar com esse cara.

A grande porta do cinema se abriu e fechou. Eu levantei


minha mão para o alto e girei minha calcinha por cima da
parte de trás do assento. Passos pesados arrastaram pelo
corredor e eu tive um flash momentâneo de pânico que a
pessoa chegando não fosse Barrett. Mas então, ele parou na
fila atrás de mim e olhou para baixo em cima dos assentos.

— Huh, não acho que eu já estive em um cinema onde


porteiros balançam calcinha para guiá-lo para o seu lugar.

Eu perdi minha concentração e minha calcinha voou do


meu dedo e se enganchou na arandela.

— Oh! — Sentei-me e olhei para minha calcinha que


agora estava pendurada no lustre caro que foi importado da
Itália. Ela acrescentou um tom de turquesa à pálida luz no
arco para cima do candeeiro.

— Eu realmente tenho que trabalhar sobre essa coisa da


sedução. — Eu caminhei até o candeeiro e pulei para pegar
minha calcinha, mas não cheguei sequer perto dela.

Barrett se aproximou e soltou-a. Um rubor aqueceu meu


rosto enquanto ele girou-a uma vez em seu próprio dedo.

— Bom — disse ele e entregou-a de volta para mim.

Fiz um gesto para ele se virar enquanto eu coloquei-a


novamente.

Ele virou-se relutantemente.

— Parece que se eu a salvei da luz da parede, então eu


deveria, pelo menos, ter a recompensa de vê-a voltar por
essas coxas macias.

Meu rosto aqueceu novamente.

— Nossa, eu nunca corei tanto em toda a minha vida.


Como você consegue isso?

Ele se virou e olhou para mim.

— É um dom — disse ele, sua voz de repente baixa e


rouca. — Seu irmão estava ocupado na banheira de
hidromassagem. Achei que era a minha chance de escapar. —
Ele pegou minha mão. — Finley, se eu não te beijar logo, eu
vou ficar louco pensando nisso. — Ele me puxou para ele e as
diferenças em nossas alturas tornaram-se desajeitadamente
aparente. Suas mãos foram em torno de minha cintura e ele
me levantou sobre o degrau onde o projetor estava apoiado.

A luz dourada pálida o fazia parecer ainda mais irreal.


Eu passei meus braços em volta do seu pescoço. Ele me
puxou contra ele e baixou sua boca na minha, mas nossos
lábios nunca se tocaram. As portas do teatro voaram abertas
e vozes barulhentas, incluindo a de Cole, ecoaram pelas
paredes do cinema.

Pulei o degrau, agarrei a mão de Barrett e arrastei-o


para o armário de utilidade. Estava escuro e frio por dentro e
cheirava a amônia.

— E se eu acender a luz? — Perguntou Barrett.

— Não, a luz vai mostrar através das rachaduras na


porta.

Ele parecia excepcionalmente grande no pequeno


armário lotado.

— Não foi como eu imaginei nosso primeiro beijo.

— Nem eu. Eu acho que há um cabo de vassoura


cutucando minhas costas. — Me movi para pegar a vassoura
da minha volta e ouvi o que estava acontecendo no cinema.
Cole tendia a transformar os alto-falantes com som ambiente
em plena explosão e, felizmente para mim e meu clandestino,
meu irmão seguiu sua tradição de costume. — É um dos
filmes Triplo X do meu pai — eu sussurrei, embora fosse
completamente desnecessário.
— Como você sabe?

— Muitos grunhidos e gemidos. Muito pouco diálogo. —


Eu olhei para ele. Meus olhos se adaptaram à escuridão. Sua
cabeça estava inclinada para o lado para evitar a luminária
pendurada no teto. — Eu acho que nós podemos fazer uma
fuga por ele. Cole estará ocupado demais para nos notar.

— As batidas permanecerão aqui a noite toda.

— Mantenha sua cabeça baixa e segure firme a minha


mão. Há uma porta de saída do outro lado da sala. — Segurei
a mão dele e ele se curvou. Eu ri. — Eu acho que você se
manter baixo é como eu ficar na ponta dos pés. Se abaixe o
máximo que você puder. Aqui vamos nós.

Nós escorregamos para fora da sala e eu fechei a porta


silenciosamente atrás de nós. Corremos para o corredor
lateral e a parte de trás dos assentos. Barrett foi
temporariamente interrompido pela ação na tela e eu puxei
sua mão para mantê-lo se movendo em direção a saída. Nós
deslizamos para fora da porta e para o ar fresco da noite.

A meia-lua e as luzes que fazem fronteira com a parte da


frente da casa iluminavam o mar de carros estacionados. Os
jacarandás que revestem a calçada brilhavam roxo.

— Esta é minha época favorita do ano. Os jacarandás


estão em plena floração e muito em breve o nosso caminho
será coberto com neve roxa. Minha mãe escolheu essas
árvores para a calçada. É uma das poucas coisas que ela
deixou para trás. — Parei e pensei sobre o que eu tinha
acabado de dizer. — Além de mim, eu quero dizer.

A mão de Barrett era forte e calejada quando ele se


abaixou e pegou a minha.

— Minha caminhonete, ou devo dizer a caminhonete do


meu irmão, está estacionada sob as árvores. Ela estava
lutando para chegar até a entrada de automóveis, íngreme e,
quando ela viu todas as Mercedes e Jaguars, ela deu um
suspiro alto e morreu na beira da estrada. Eu estou
esperando que ela vá funcionar, caso contrário, eu poderia
estar voltando de ônibus para casa.

A velha caminhonete Ford parecia como se tivesse sido


puxada para fora do oceano depois de anos de submersão.
Era enferrujada e amassada e parecia como se tivesse visto
mais de um para-brisa de sessão de nebulização por pegação.

Barrett sorriu para mim.

— Ela não é uma beleza, mas ela bate a velha


motocicleta que estive andando.

— É exatamente o que eu esperava.

— Não estou completamente certo como tomar esse


comentário. — A porta traseira rangeu quando ele abriu para
nós sentarmos.

— É perfeito. Se nós caminhamos para um carro caro,


esporte e imaculado eu estaria totalmente decepcionada. Esta
caminhonete se encaixa com você.

— Mais uma vez, estava procurando o elogio lá. — Suas


grandes mãos vieram em volta da minha cintura e ele me
levantou para a borda da porta do bagageiro. — Mas é uma
caminhonete velha legal. Meu irmão, Jimmy, ou Clutch como
a maioria das pessoas o chamam, restaura carros e
caminhonetes velhas. Faz realmente um bom dinheiro com
isso também. — Ele fez uma pausa. — Bem, um bom
dinheiro para o nosso mundo.

Eu ri.

— Nós somos do mesmo planeta, se você não percebeu.


— Eu olhei para seu rosto simetricamente cinzelado. —
Embora, devo admitir, quando eu olho para você, é quase
fácil acreditar que você veio de alguma outra parte da galáxia,
onde os habitantes são todos incrivelmente perfeitos.

Ele inclinou a cabeça para trás e riu. O som dele era


profundo, sexy e atraente.

— Confie em mim, eu não poderia estar mais longe da


perfeição, como meu irmão e amigos rapidamente lhe diriam.

Várias pétalas roxas tremularam baixo da copa e


pousou no meu colo. Peguei-as e joguei-as no ar. Elas
flutuaram para o chão para se juntar às outras vítimas da
folha.

— Meus irmãos desfrutam apontando minhas


imperfeições também.
Ele passou os dedos pelo cabelo comprido. Ele cheirava
a sabão e água e nada mais, sem loção pós-barba ou colônia
de designer pesado, apenas o cheiro cru do homem real.

— Imperfeições? Como o quê? Seu nariz minúsculo é


apenas um pouco pequeno demais para os seus olhos
redondos grandes. Ou o seu sorriso é torto o suficiente para
torná-lo imperfeitamente incrível. Ou a maneira sobrenatural
que você se move pelo chão, onde parece que os seus pés
nunca realmente o tocam. — Seus dedos grossos chegaram
até meu queixo e ele empurrou meu rosto em direção ao seu.
— Ou esse hábito irritante que você tem de parecer sempre
tão adorável, que é tudo o que posso pensar quando você está
por perto. — Mais uma vez, sua boca estava tão perto da
minha que eu podia sentir seu hálito quente em meus lábios.
Então ele parou. Soltei um suspiro desapontado. — Este não
é o lugar certo ainda. Eu vou encontrar o ponto certo e logo.
Então, esteja pronta.

— Você está bastante confiante sobre suas habilidades


de beijo, então?

Ele acenou com a cabeça.

— Eu não estou confiante sobre um monte de coisas,


mas o beijo está no topo da minha lista de habilidades. Ou
então me disseram.

De repente, eu já não podia sentar ao lado dele e não o


tocar. Eu passei minhas mãos em torno de seu braço. Era
duro e musculoso, como um braço que eu pudesse me enfiar
embaixo quando eu estivesse me sentindo para baixo e todos
os sentimentos sombrios evaporariam. Este era o tipo de cara
que eu poderia sonhar o dia todo, o tipo de cara que eu iria
perder o instante em que ele saísse pela porta, o tipo de cara
que toda garota sonhou capturar. Este era o tipo de cara que,
com um movimento errado, poderia me quebrar em pedaços.
E, de repente, eu precisava que ele soubesse tudo. Eu
precisava que ele soubesse, enquanto ainda havia tempo para
ele fazer uma fuga. Eu precisava que ele soubesse antes que
ele se tornasse tão amarrado ao meu coração que seria
devastador perdê-lo.

Lancei meu domínio sobre o braço, agarrei a borda da


tampa traseira e olhei para baixo quando minhas botas de
cowboy balançaram para frente e para trás.

— Aquele pequeno trauma de overdose que a vadia da


Tricia tão alegremente mencionou, provavelmente não é o que
você pensa. É pior.

— Você realmente não tem que me dizer.

— Sim, Rett, eu tenho. — Meus dedos tremiam um


pouco enquanto eu estendi a mão e enfiei um longo fio de
cabelo atrás da orelha. — Eu realmente gosto de você e... —
seu olhar quase me fez perder a coragem. Eu olhei para
frente para as sombras e silhuetas criadas pela longa fila de
árvores exuberantes. — Eu tomei um monte de pílulas do
meu pai, porque na época eu estava muito deprimida por
coisas que estavam acontecendo na minha vida.
— Você tentou se matar? — Havia bastante emoção em
seu tom para me cutucar.

— Não, sim — Eu tinha muito sobre isso na minha


cabeça de novo e de novo e eu não poderia evocar o momento
em que eu tinha realmente decidido que eu queria morrer. —
Talvez — eu disse tão baixinho que o som dele quase foi
absorvido pelo dossel grosso de flores. — Eu não estou
completamente certa se eu realmente queria morrer ou
apenas dormir com meus vinte e poucos anos. Na época, fazia
mais de um ano desde que eu tinha deixado a casa. Meu pai
contratou Éden para ficar comigo durante o verão para que
meus irmãos tivessem mais liberdade. Foi assim que ela
entrou na minha vida. Eu estava sofrendo de ataques de
pânico, entre outras coisas. Eu criei esta sufocante fronteira
invisível em torno da casa. Eu tinha certeza de que se eu a
ultrapassasse, algo terrível aconteceria. Não para mim — um
riso triste saiu de meus lábios — Eu não estava realmente
preocupada comigo mesma. Eu estava mais preocupada que
se eu tentasse, algo aconteceria a um dos meus irmãos ou
meu pai. Quando eu era pequena, eu cheguei em casa com
uma gripe e minha irmã, Chloe, ficou doente e nunca se
recuperou. Eu tinha trazido para casa a doença e ela acabou
por morrer com ela. Parecia mais seguro ficar em casa. Meus
problemas foram se tornando um peso para meus irmãos
também. Meu pai raramente está em casa, então meus
irmãos se sentem extremamente responsáveis por mim. — Eu
olhei para ele. — Como você já percebeu.
— Sim, definitivamente notei isso.

Eu saí da caminhonete e ele seguiu. Fomos para o


trecho de gramado que se ramificou para fora do caminho
longo e mergulhado em uma pista fácil para as ruas abaixo.
Era uma noite bastante clara para ver por milhas e a vista do
nosso jardim da frente era espetacular. As luzes da cidade
brilhavam intensamente e se estendiam antes de terminar
abruptamente no oceano Pacífico.

— Então, você tem isso, minha pequena lista de


supermercado de louco. Eu apenas pensei que seria melhor
assustá-lo logo no início, antes que seja tarde demais.

Ele parou e se virou para mim, olhando com cada


pedacinho de deus grego, seu cabelo de fluxo longo, ombros
largos e forte mandíbula.

— Eu odeio dizer isso — Ele fez uma pausa para


procurar as palavras certas e meu coração afundou enquanto
eu esperava que ele me deixasse saber que eu era muito
estranha para ele. Ele olhou ao redor e, em seguida, virou-se
para mim. — Mas isso ainda não é o lugar certo para aquele
beijo.

Meus olhos se arregalaram e eu sorri.

— Você realmente acha que o lugar importa.

— E agora você sabe o meu maior defeito. Grave isso. Eu


tenho um monte de outras falhas também. — Ele se
aproximou de mim e seus dedos levemente tocaram minha
pele quando ele empurrou minha franja dos meus olhos. —
Eu consegui ser expulso do colégio alguns meses antes da
formatura. Meus amigos e eu fomos pegos com ervas. Seus
pais os tiraram de lá e eles se formaram. Meu pai me disse
que eu merecia isso e me enviou para trabalhar para seu
amigo ex-militar em um barco de pesca de caranguejo na
costa do Alasca. Foi o mais difícil trabalho no mundo. Os
turnos eram perigosos e as horas eram tão longas que um dia
iria fluir para o outro sem mesmo dez minutos de descanso.
Comecei a tomar pílulas apenas para ficar acordado e então,
eu precisava delas apenas para ser capaz de rastejar para
fora da minha cama para mais um turno. — Sua garganta se
moveu quando ele engoliu. — Eu perdi o emprego e voltei
aqui para Califórnia completamente viciado. Eu era uma
bagunça do caralho, mas meu irmão me recebeu, porque os
meus pais nunca teriam me deixado ficar. — Ele estendeu a
mão e tocou o lado do meu rosto com os dedos ásperos. A
sensação dele fez minha espinha se arrepiar. — Então,
Cinderela, aqui está sua chance de correr.

Ele olhou para mim e tudo que eu conseguia pensar era


o quanto eu queria esse cara. Olhei em volta para o vasto
gramado e muro alto de árvores e suspirei.

— Então, você está certo de que este não é o lugar certo


para um beijo, né? Porque parece muito perfeito para mim.

Ele pegou minha mão e nós caminhamos até a metade


entre os jacarandás e rua tranquila.
— É um grande acontecimento. Não é apenas o
momento certo ainda.

Nós nos sentamos um ao lado do outro. Em poucos


segundos, a umidade da grama começou a infiltrar-se através
do material frágil do meu vestido.

— Eu acho que os irrigadores devem ter sido ligados


hoje.

Ele puxou as pernas longas e grossas na forma pretzel


que todos nós aprendemos a formar no jardim de infância.
Sem aviso, ele serpenteou o braço em volta da minha cintura
e me levantou transversalmente em seu colo. Meu bumbum
estava sentado confortavelmente contra a curva de suas
pernas. Seus braços me circularam e eu inclinei meu rosto
contra seu peito.

— Eu só quero dizer que isso é muito melhor que a festa


boba do meu irmão.

Seu polegar acariciou meu braço.

— Eu me senti completamente fora de lugar lá dentro.


No entanto, eu estou sentado aqui com a filha de uma grande
estrela do rock encaixada nitidamente no meu colo e eu não
podia me sentir mais à vontade. Por que você é tão diferente
daquelas meninas de lá?

Eu pressionei meu rosto em sua camisa e respirei o


cheiro dele.
— Sou definitivamente diferente, mas eu nunca me
encaixo com a maioria deles. Eu nunca quis. Eu estava
namorando o filho de um grande produtor e Max foi o mais
próximo que eu já me importei de chegar a esse mundo. Mas
não deu certo. Ele viaja muito e eu sou uma espécie de
anti-viagem. Eu dirijo agora, porém, mas considero um passo
muito grande.

— Então, Max está fora de cogitação?

Eu sorrio para ele.

— Sim, ele está. E para dizer a verdade, ele foi bastante


decepcionante na cama. — Eu endireitei. — Merda, você não
tem quaisquer membros da família que fazem parte da
imprensa ou editores dos tabloides, não é? Eu só estou
derramando todos os tipos de coisas aqui.

— Você está segura. Mais próxima conexão que eu teria


seria a entrega de jornais que eu fazia quando eu tinha dez
anos.

— Oh meu Deus, eu aposto que você era tão bonito com


sua pequena bicicleta e capacete.

— Esse foi um trabalho mal pago, eu vou te dizer isso. E


os meus pais nunca gastaram dinheiro em um capacete.

— Pais desprezíveis. — Eu relaxei contra seu braço


musculoso e olhei para as estrelas. — É uma noite tão clara.
— Eu pensei sobre o meu relacionamento com Max. Ele não
ficou completamente assustado com a minha overdose, mas
ele tinha me tratado de forma diferente. Tudo o que ele dizia e
fazia parecia medido e calculado como um roteiro de filme.
Eu estive tomando medicação para me ajudar a lidar com as
coisas e eu às vezes me preocupo que, enquanto os
medicamentos estão ajudando a controlar a minha
ansiedade, eles estão me impedindo de sentir todas as outras
coisas que tornam a vida incrível, os sentimentos que nós
acordamos todas as manhãs esperando para experimentar.
Nossa vida sexual era tão insatisfatória que eu me tornei uma
especialista em fingir. Depois de algum tempo, eu me
perguntava se fingindo era o mais próximo que eu estava indo
para chegar a um orgasmo verdadeiramente de estilhaçar
a mente. — Fiz uma pausa. — Puta merda, o que você tem
que me faz querer confessar os meus mais profundos
pensamentos?

— As pessoas às vezes me confundem com um padre.

Eu rio.

Ele apertou os braços em volta de mim.

— Precisamos pôr um fim a esse fingimento de merda.

Esfreguei meus dedos ao longo da barba em seu queixo.

— Ah, eu já represento um desafio para o mestre dos


beijos.

— Não é de todo um desafio. — O braço de apoia minhas


costas abaixou e meu rosto estava inclinado para cima em
direção ao céu. Seus longos cílios baixaram enquanto olhava
avidamente meu corpo. A maneira como ele olhou para mim
trouxe um rubor instantâneo a minha pele. Então, ele
agarrou minha cintura e me levantou sem cerimônia de seu
colo.

— Eu vou estar de volta. Enquanto eu estiver fora, tire


essas botas. — Ele ficou de pé e desapareceu por entre as
árvores. Fiquei me sentindo um pouco aturdida e mais que
um pouco desapontada. Sentei-me por um segundo na grama
molhada, fria e tirei minhas botas. Minhas pequenas meias
ficaram úmidas enquanto eu esperava que ele voltasse.

Minutos depois, ele surgiu das sombras com algo em


suas mãos. Só de vê-lo andar pelo gramado em minha direção
aumentou a minha frequência cardíaca. Ele era um
espetáculo para se ver e enquanto caminhava com confiança
através do gramado, ele parecia nada menos do que tirar o
fôlego.

Ele parou na minha frente e situou uma grande toalha.


Em seguida, com um floreio da mão, ele me disse para sentar
nela.

— Não tenho certeza se isso...

Ele pressionou o dedo contra meus lábios.

— Não fale — ele disse calmamente. — Relaxe, minha


doce pequena garota Cinderela. Eu tenho isso.

Sentei-me e abracei meus joelhos no meu peito, de


repente me sentindo como uma tímida e tensa virgem e se
perguntando por que eu tinha divulgado tanto para ele sobre
minha vida sexual, basicamente inexistente. Sentou-se ao
meu lado, sua sombra elevando-se sobre a minha no
gramado levemente iluminado a frente. O calor irradiava de
seu corpo musculoso, ou pelo menos eu me senti mais
quente quando ele se sentou perto de mim.

Ele baixou o rosto para o meu.

— Deite-se — sua voz era baixa e sua respiração


acariciou minha bochecha enquanto ele falava. De repente,
eu estava horrorizada. E se eu verdadeiramente não
conseguisse atingir o clímax? E se eu realmente tivesse sido
proferida uma peça emocional e física do rock pela medicação
que eu invoquei para me impedir de cair aos pedaços. Eu
ainda não estava pronta para descobrir que mesmo um
homem tão incrível como Barrett não pudesse me fazer sentir
o que as outras pessoas sentiam com as intensas sensações
físicas do sexo.

Ele pareceu perceber que eu fiquei tensa com os


pensamentos terríveis passando pela minha mente.

— Confie em mim — disse ele calmamente.

Com grande relutância, eu soltei minhas pernas e


descansei de volta na toalha.

— É conveniente que você mantenha uma grande toalha


na caminhonete. Você faz isso com frequência? — Falar sobre
coisas usuais era o meu mecanismo de enfrentamento para
afastar o medo.

— Meu irmão e sua namorada gostam de ir para a praia


para fogueiras. Então, eu peço desculpas de antemão por
qualquer areia. — Ele se inclinou sobre o cotovelo e olhou
para mim. O mesmo rubor aqueceu minha pele.

Minha tensão só aumentou sob seu escrutínio e eu


contorcia um pouco na toalha.

— Do que a sua namorada gosta? — Eu perguntei


levemente.

Ele se inclinou sobre mim e sua boca desceu sobre a


minha. O beijo começou delicadamente enquanto sua língua
acariciava meus lábios e, em seguida, sua mão foi para trás
do meu pescoço, empurrando minha boca com mais força
contra a dele. Meus lábios se separaram. Sua língua traçou
uma trilha tentadora em toda a minha língua. Eu subi e
emaranhei meus dedos em seu cabelo. Como seu beijo se
aprofundou em intensidade, meus seios arquearam em
direção a ele e tudo que eu conseguia pensar era que eu
queria que ele me tocasse. E então, como se tivesse lido
minha mente, sua mão desceu para os botões do meu
vestido. Sua boca ainda avidamente devorava a minha
enquanto ele habilmente deslizava para abrir os botões. Ar
fresco da noite vagou sobre minha pele exposta.

Eu estava completamente sem fôlego quando Rett


ergueu a boca da minha. Suas pálpebras estavam pesadas de
desejo enquanto seu olhar permanecia em meus lábios.
— Não poderia esperar mais. Um beijo parecia
necessário.

Como se solicitado por seus pensamentos, uma brisa


jogou a barra do meu vestido por cima da minha calcinha.
Instintivamente, eu alcancei para empurrar o vestido para
baixo, mas a grande mão de Barrett pegou meu pulso.

— Deixe-o. — Então, ele levantou minha mão e baixou-a


para a toalha em cima da minha cabeça. Ele estendeu a mão
e moveu a minha outra mão também. Ele encostou a boca
perto da minha e os meus lábios se abriram instintivamente.
Eu queria que ele me beijasse de novo. Estendi a mão para
ele, mas ele pegou meu pulso mais uma vez. Ele estendeu-a
em cima da minha cabeça.

— Não se mova — sua boca roçou meu lábio inferior


enquanto ele falava. — Relaxe e feche os olhos, Finley.

Meus olhos se fecharam. Eu me esforcei para tomar


várias respirações relaxantes, mas sua proximidade estava
tornando-se uma tarefa árdua. Então, eu segurei a respiração
quando senti-o inclinar-se para meu seio. Sua boca
pressionou contra as principais curvas do meu peito e ele
passou a língua ao longo da minha pele nua. Eu tremi do ar
fresco da noite e a sensação de sua boca em mim. Ele puxou
para baixo a parte superior do meu sutiã e meu mamilo
enrugou na exposição. Sua boca quente cobriu meu seio e
sua língua continuou sua trilha tentadora.

Eu levantei minhas mãos e ele rapidamente


pressionou-as de volta em cima da minha cabeça. Em
seguida, seu braço foi sob a minha volta e ele levantou meus
seios com mais força contra sua boca. Fragmentos
minúsculos de luz brilhavam por detrás dos meus olhos
enquanto eu me alegrava com a sensação de sua língua na
minha pele e, em seguida, sua mão desceu para o topo da
minha calcinha.

— Mas... — Eu mal abri a boca para protestar quando


ele rapidamente me acalmou com um beijo. — Shh — ele
sussurrou e me beijou novamente. Eu derreti em uma poça
enquanto sua língua talentosa fazia cursos longos em meus
lábios e língua. E então, mais uma vez, eu soltei um longo
suspiro desapontado quando sua boca deixou a minha.

Seus dedos retornaram a minha calcinha e calor rodou


entre minhas pernas quando ele a deslizou para baixo pelos
meus pés. Então, suas mãos deixaram minha pele e eu abri
meus olhos. Ele arrancou sua camisa e eu derreti mais do
que o meu estado poça.

— Droga — eu suspirei. Tudo nele era tão sensual que


fez minha cabeça girar.

Ele enrolou a camisa e deslizou por baixo da minha


bunda nua, me levantando para o ar fresco da noite e me
assegurando da umidade entre minhas pernas. Mais uma
vez, ele baixou o rosto para o meu e ele afastou meu cabelo
para trás. Sua boca se moveu sobre a minha orelha e meus
olhos se fecharam enquanto sua língua traçou o contorno da
mesma.

— Abra suas coxas para mim, baby — ele sussurrou e


eu não pensei em seu comando. Minhas pernas se
apartaram. Ele beijou meu pescoço uma vez e, em seguida,
puxou meu rosto.

Minha cabeça girava e meu corpo se movia


instintivamente contra o seu toque. Meus olhos estavam
fechados, mas eu ainda podia ver a imagem das estrelas
acima e os ramos em redemoinho roxo das árvores. O mais
leve cheiro de grama se misturou com o cheiro almiscarado
sexual do homem ao meu lado. Meus sentidos pulsavam de
desejo enquanto sua mão alisou meu abdômen.

— Você é linda, Finley. — Sua voz era profunda e rouca


de necessidade e o som dela fez o calor entre minhas pernas
aumentar.

Em seguida, seus dedos quentes e calejados acariciaram


as dobras úmidas da minha vagina. Sua mão livre deslizou
debaixo do meu traseiro nu, empurrando-me mais alto e mais
forte contra os dedos sondando. Suavemente, ele massageava
as dobras úmidas e minhas pernas se separaram ainda mais.
Eu o queria tanto, eu quase gritei. Em seguida, uma resposta
à minha súplica silenciosa veio. Seus dedos grossos
deslizaram para dentro de mim, enquanto seu polegar
brincou com meu clitóris quase sem piedade.

Minha mente era um borrão e tudo que eu podia sentir


era o seu dedo em movimento intimamente dentro de mim,
cada movimento aumentando a intensidade do seu toque.
Sem qualquer esforço consciente, me empurrei contra sua
mão e minhas coxas se apertaram ao redor dele. Sua grande
mão espalhou pelo meu traseiro nu e ele empurrou meus
quadris no ritmo perfeito com a mão enfiada deliciosamente
entre as minhas pernas. Os estilhaços de luz voltaram e
minha mente focou exclusivamente em seu toque. Então, eu
estava sobrecarregada pela necessidade de me mover mais
rápido e mais urgentemente contra o ritmo de sua mão. Seus
dedos empurraram mais fundo dentro de mim e seu polegar
fez mágica no meu clitóris inchado. Então, parecia que minha
vagina apertava com força em torno de sua mão. Eu gritei
enquanto ondas de êxtase pulsavam através de mim.

Os sentimentos de êxtase aos poucos diminuíram e eu


gemi quando Barrett deslizou os dedos para fora. Calor subiu
em minha pele e eu ainda estava bêbada com o prazer de
tudo isso enquanto eu olhava para seu rosto bonito. Era raro
eu ficar muda, mas quando eu abri minha boca para falar, as
palavras não saíam. Durante muito tempo me preocupei se
eu era incapaz de sentir verdadeiramente a paixão. Toda a
vez que eu esteve com Max, eu tinha me convencido de que
eu não era capaz de sentimentos fortes e laços emocionais
com um homem. Eu tinha certeza de que o prazer físico
estaria para sempre fora do meu alcance, porque há tanta
coisa acontecendo na minha mente desarrumada. Mas nunca
foi eu ou minha overdose de medicamentos e cabeça
sonolenta. Foi Max. Ele não era o suficiente para mim. Eu
precisava de mais. Agora, parecia que eu tinha encontrado e
que a conclusão me emocionou tanto como ele me
aterrorizava.

Meu silêncio levou Barrett a estender a mão e puxar-me


em seu colo. Caí como uma boneca de pano em seus braços.
O calor de seu abraço me ajudou a limpar a minha cabeça o
suficiente para falar novamente.

— Devo dizer que os sonhos e pensamentos sensuais


que eu tenho tido sobre você foram muito ultrapassados.
Você é ainda mais qualificado que a sua atitude arrogante
deixa transparecer.

Ele riu e apertou os braços em volta de mim.

— Isso foi apenas um aperitivo, querida. Então, esteja


pronta.
Capítulo 8

Rett
Eu fui para casa da festa com cheiro do mel de Finley na
minha pele, um disco implacável e uma porrada de confusão
girando em torno de meu cérebro. Scotlyn e Taylor tinham
constantemente me provocado dizendo que um dia eu iria
encontrar uma garota que seria muito difícil de deixa-la e
mesmo que eu sempre zombasse de sua previsão, agora
parecia que tinham razão o tempo todo. E então, eu analisei
minhas ações de toda a noite. Eu poderia facilmente ter feito
amor com Finley ali na toalha de baixo da meia-lua, mas eu
parei. Ela parecia tão insegura, tão decepcionada sobre sua
vida sexual anterior que eu queria provar a ela que ela não
tinha encontrado o cara certo. Em seguida, dirigindo de volta
para casa, tudo que eu conseguia pensar era em me abaixar
entre as coxas dela. Eu me perguntava se eu parei por
autopreservação. Finley me tinha girando, tornando difícil
saber exatamente o que eu estava pensando. Mas uma coisa
era certa, eu precisava vê-la novamente. Meu trabalho estaria
em risco, mas agora, esse parecia o menor dos meus
problemas. Pela primeira vez desde que podia me lembrar, eu
estava correndo o risco de perder a cabeça por uma menina.
Eu nunca ia ouvir o fim de tudo isso a partir de Scottie e
Taylor.

Finley, de alguma forma, convenceu-me a apresentá-la


ao meu irmão e amigos. Jimmy estava mostrando um Dodge
Charger restaurado em um encontro de carro e decidimos ir.
Eu não tinha dito muito para Jimmy, apenas que eu poderia
aparecer no encontro. Na verdade, eu não tinha mencionado
Finley a ninguém. Eu não estava pronto para ser grelhado
por Scottie, Taylor e Cassie.

Finley buzinou da calçada. Ela insistiu que ela precisava


sair e dirigir mais e foi por isso que ela decidiu me pegar, mas
eu sabia que tinha mais a ver com ela se esgueirando pelas
costas de seus irmãos. Cole não tinha ideia de que eu tinha
passado toda a festa com sua irmã. Ele não me perguntou
muito sobre a noite e eu estava tão feliz por não falar sobre
isso.

Eu saí. Um Porsche Carrera preto brilhava para mim a


partir da entrada de automóveis. Finley saiu do banco da
frente vestindo shorts jeans, uma camiseta cor de rosa
apertada e sandálias com salto grosso encravado.

Eu estava na varanda e olhei para ela.

— Você parece tão gostosa que eu acho que eu só


poderia agarrá-la e levá-la para dentro para terminar o que
comecei na festa.

Ela parou na minha frente.

— Sério? — Ela me jogou as chaves. — Porque eu ia


deixar você dirigir.

Fiquei olhando para as chaves na minha mão e, em


seguida, olhei para o carro parado na calçada.

— O sexo pode esperar. — Eu dei um passo para fora da


varanda, mas parei. — Será que essas palavras apenas
saíram da minha boca? Que merda você fez para mim,
mulher?

— Bem, é um Carrera. Meu pai comprou para si mesmo


no ano passado, mas depois, ele decidiu me dá-lo. É
divertido, mas eu só não gosto de dirigir muito. Então, se
você não se importa.

Eu abri a porta do passageiro e Finley entrou.

— Eu acho que eu posso fazer esse sacrifício.

Recuei o carro para fora da garagem e dirigi até a


entrada da autoestrada. O carro parecia como se estivesse
dirigindo sozinho.

— Quando você mantém pressionado o acelerador, ele


decola. Eu sinto como se eu pudesse voar nessa coisa se
tivesse a chance.

— Não estou realmente correndo por aí. Eu teria


preferido um híbrido ou algo parecido. Este carro não me
encaixa em tudo. — Ela olhou para mim. — Você parece
muito bom ao volante. Mas, então, você ficaria muito bom ao
volante de qualquer carro. — Ela se sentou e olhou através do
para-brisas. — Eles entregaram as peças do celeiro hoje,
então eu acho que você estará de volta para colocá-las. —
Houve uma ligeira tristeza em seu tom. Nós dois sabíamos
muito bem que uma vez que o celeiro fosse montado, eu não
tinha nenhuma razão real para estar em sua casa.

— Olha, Finley, eu sei que você veio para me pegar hoje,


porque você não quer que seus irmãos saibam que você ia
sair comigo.

— Isso não é verdade. — Ela suspirou. — Na verdade, é


verdade, mas eu vou lidar com os meus irmãos. Eles tendem
a pensar que me possuem. O que é cômico é que eles são
muito mais rigorosos do que meu pai. Na verdade, eu decidi
falar com ele sobre isso. — Ela riu para si mesma. — Se há
um homem que eu tenho na palma da minha mão é Nicky
King. Uma vez que eu converse com ele, meus irmãos não
terão escolha a não ser recuar.

A rodovia foi um mar de luzes de freio e eu reduzi a


marcha e puxei para dentro da multidão.

— Parece que esta pode ser uma longa viagem. — Parei


de procurar as palavras certas. — Eu realmente preciso deste
emprego. Tem sido muito difícil para mim conseguir um
trabalho. Peguei o exame de equivalência do ensino médio e
por algum milagre, eu passei. Mas aqui em Los Angeles esse
certificado significa tanto quanto um tecido usado.

— Eu vou cuidar de Cole. Ele é muito mais fácil que


Jude. Mas se as coisas ficarem muito pegajosas, podemos
deixá-lo de fora, Rett. Eu não quero complicar sua vida.

Olhei para ela. Ela parecia completamente uma diva de


Hollywood sentada no banco de couro do seu Porsche com
cabelo loiro luminoso, óculos de sol pretos e lábios rosados
perfeitos e não havia nada de falso a seu respeito.

— Algumas coisas valem a pena o caos.

Ela sorriu.

— Eu concordo. Então me diga sobre esses teus amigos.


Você acha que eles vão gostar de mim?

— Isso é um fato. Meu irmão, Jimmy, é o gigante da


família. E está tudo certo ofegar quando você o vir. A maioria
das pessoas fazem isso. Ele é uma espécie parecida com o
seu irmão, Jude. Ele de alguma forma se apropriou da minha
guarda e gosta de mandar em mim, mas então, eu acho que é
o que os irmãos mais velhos fazem. Além disso, eu tenho
dado um pouco de trabalho. Ele me puxou para fora de
alguns buracos, então eu devo a ele. Ele participa de corridas
de carros e ele tem um negócio próspero de peça de carro
vintage. Nix é seu melhor amigo e ele é um tatuador. Ele é
dono de uma loja no centro chamada Freefall. Ambos
começaram com muito pouco e estão indo muito bem,
considerando que eles eram tão bem-sucedidos como eu na
escola. Dray é o terceiro amigo. Os três cresceram juntos.
Dray é o cara que se conecta com a maioria. Ele teve uma
vida de merda e problemas o seguem. Ele é um lutador
amador e gerente de uma academia. Ele é o cara mais forte
que eu conheço. — Eu pensei brevemente de volta nas nossas
férias de merda no México e como Dray havia lutado com três
caras ao mesmo tempo. — Esse cara pode derrubar um
búfalo com um soco. — Eu olhei para ela. — Não que ele
faria. Porque bater em um búfalo seria errado.

Finley riu.

— Você não tem que estar na ponta dos pés em torno de


mim. Eu não sou militante. — Ela pareceu ponderar a sua
declaração por um segundo. — Na verdade, eu acho que eu
sou. Mas quando você tem um melhor amigo e confidente que
as pessoas preferem ver sentado no seu sanduíche, em vez de
no seu sofá da sala, é meio difícil não ser.

— Porquinho é legal e com certeza vou pensar duas


vezes antes de pedir um hambúrguer com bacon. — Eu parei.
— Eu não vou, porque isso seria errado.

— Tudo bem. Agora você está apenas parecendo um


idiota.

— Desculpe, eu não vou fazer isso de novo. Eu não


mencionei as meninas ainda.

— Meninas?

— Eu vou corrigir isso. Namoradas. A namorada de Nix


é Scotlyn. Ela teve uma vida trágica, mas ela descobriu Nix e
tudo girou em torno dela. Taylor é a namorada de Jimmy. Ela
é muito selvagem e tem apenas dezenove anos, mas você vai
gostar dela. E Cassie é a namorada de Dray. Ela teve que
lidar com um monte de coisas, porque Dray não é exatamente
o cara mais fácil do mundo, mas está presa com ele e eles
parecem estar em um bom lugar agora.

Ela estendeu a mão e mudou a música.

— Então você é o único lobo solitário do grupo?

— Sim e acredite, Scotlyn e Taylor estão realmente me


incomodando com isso. Scottie continua me dizendo que eu
estou me dando um mau carma por estar com tantas
diferentes...

Eu apertei minha boca fechada e olhei para ela.

Os lábios dela inclinado para cima e, em seguida, ela riu


da minha expressão.

— A filha de Nicky King, lembra? E a irmã de Cole,


lembra? — Ela balançou a cabeça. — Merda, eu estou
cercada por homens biscates. Então, o que aconteceu com
Scotlyn?

— Ela estava em um acidente de carro realmente ruim


com sua família. Ela foi a única sobrevivente.

— Que pesadelo.

— Ela não conseguia falar quando Nix primeiramente a


conheceu, mas a coisa mais estranha sobre toda a situação é
que Nix tinha encontrado um desenho de um aviador para
um show de carro com uma modelo realmente gostosa,
pin-up. Ele não tinha ideia de onde a menina estava, mas ele
manteve o folheto dobrado em sua carteira por um ano.
Ela olhou para mim.

— Você está brincando. Você quer dizer que Scotlyn era


a pin-up?

— Sim.

— Oh meu Deus, eu amo essa história. O destino é tão


legal. — Seus grandes olhos azuis olharam para mim da
cortina de franja longa. — Você não acha?

— É muito legal quando o destino está em seu favor.

— Talvez Lilly Belle saltasse a cerca do matadouro, pois


o seu destino estava ligado a nós dois nos conhecermos. —
Ela se sentou de volta. — Humm, agora que eu disse isso em
voz alta, não parece tão romântico como a foto na carteira de
Nix.

— Eu não sei. Eu meio que gosto da ideia de ter uma


vaca malandra determinando o nosso futuro. Os animais
parecem ter um sexto sentido, certo?

— Eles têm.

O encontro de carros estava em pleno andamento,


quando entramos no lote. Carros restaurados de toda forma e
cor cobriram o trecho de asfalto. A cabeça de Jimmy ficou
acima da multidão. Seu Charger vermelho estava estacionado
ao longo do canto do lote. Dray, Nix e as meninas estavam em
pé ao redor do carro conversando. Eu encontrei um local
próximo e estacionei. Sendo, naturalmente, uma multidão de
entusiastas de carro, cada cabeça virou para o Carrera. O
para-brisas estava com uma película escura o suficiente que
eu sabia que eles não podiam me ver ao volante.

— Porra, isso vai ser bom. — Eu entreguei Finley meu


telefone. — Eu preciso de você para sair em primeiro lugar e
estar pronta para tirar uma foto do rosto daquele grande cara
quando eu sair do banco do motorista. Eu sei que é algo que
eu vou querer guardar.

Finley se inclinou para frente para ter uma visão melhor


da multidão. Seu lábio inferior se abriu quando viu Jimmy.

— Maldição. Ele é enorme.

— Eu juro que ele tem sido tão grande desde que ele
estava no primeiro grau.

Ela se inclinou para frente para ter uma visão melhor de


todos.

— Eita, vocês todos vêm do mesmo belo planeta? Parece


que foram todos formados em moldes humanos perfeitos.

— Uma vez que você começa a conhecer a todos, você


vai ver que eles são pessoas comuns, apenas normais.

— E se eles não gostarem de mim?

— Sem chance de isso acontecer. Eu só espero que eles


não me embaracem. Você está pronta?

Ela levantou o telefone.


— Entendi. — Ela abriu a porta do carro e saiu,
puxando a maior parte da atenção para longe do carro
brilhante e para a menina brilhante. Então, com movimentos
lentos e dramáticos, eu abri a porta do carro. Jimmy, Dray e
Nix estavam observando atentamente para ver quem era o
cara com o carro incrível e a menina ainda mais incrível. Eu
saí, ordenei meus cabelos para trás com os dedos e joguei as
chaves na palma da minha mão. Do canto do meu olho, eu vi
Finley levantar o telefone e tirar uma foto. Essa seria uma
foto do caralho, impagável.

Caminhamos em direção a uma linha de olhos


arregalados e bocas abertas. Scottie, Taylor e Cassie tinham
passado na frente de Jimmy para obter uma visão melhor.

— Ei — eu disse casualmente — o que está


acontecendo? Oh, todos, esta é Finley. — Eu apontei ao redor
do círculo de rostos atordoados. — Esse é Nix, Dray, Cassie,
Taylor, Scotlyn e esta versão gigantesca de mim é meu irmão,
Jimmy.

— Eu pensei que você fosse a versão em miniatura do


meu tamanho — disse Jimmy. — Prazer em conhecê-la,
Finley. Eu gosto do seu carro. — Ele apontou para o Porsche.
— Quantos cavalos ele tem?

— Nenhuma pista — Finley disse confiante — Mas ele


vai muito rápido quando você pressiona o pedal. — As
meninas riram. Finley olhou para Jimmy. — Você me faz
sentir como um duende. Você deve consumir dez mil calorias
por dia apenas para permanecer vivo.

— Ele come dez mil no café da manhã — disse Nix.

— Por falar em comida — Scotlyn pegou a mão de


Finley. — Nós três estávamos prestes a ir pedir o jantar. Por
que você não vem junto? — Elas levaram Finley embora antes
que eu tivesse a chance de protestar.

Dray colocou a mão com força no meu ombro e acenou


com a mão na direção que as meninas estavam andando.

— Cara. — Então, ele acenou com a mão em direção ao


Porsche. — Cara. Eu sempre soube que você tinha isso em
você. — Nossos punhos bateram, mas Jimmy e Nix pareciam
mais céticos.

As meninas tinham desaparecido no meio da multidão e,


de repente, eu me perguntava se era uma boa ideia deixar
Finley ir com elas sozinha.

— Eu acho que eu deveria ir com elas. — Eu fiz uma


tentativa de seguir, mas Jimmy deu um passo na minha
frente como uma parede de tijolos.

— Ela está bem. Você não precisa se preocupar com


elas. Scotlyn e Taylor estavam conspirando e tramando
durante meses para conseguir você amarrado a uma menina.
Merda, eu acho que se elas tinham um laboratório de
ciências onde elas tentavam descobrir uma maneira de
construir uma. Elas não vão assustá-la.
— Onde você a conheceu? — Perguntou Nix.

— Eu estou fazendo algum trabalho na propriedade de


seu pai.

O rosto de sermão de Jimmy apareceu.

— Assim, em vez de serrar e martelar, você está


parafusando.

Dray riu.

— Essa é boa.

— Sim, ele é um comediante regular. — Fui até uma das


cadeiras dobráveis que tinham trazido e me sentei. — Não é
assim. Mas você não iria acreditar em mim de qualquer
maneira.

— Tudo bem, mesmo se você não estiver fazendo fora do


local de trabalho, o pai dela não vai estar muito feliz com um
dos tripulantes da construção flertando com sua filha. Em
seguida, a palavra vai voltar para o proprietário de Kingston
Construção e você vai perder seu emprego.

Eu balancei minha cabeça.

— Você precisa parar de ser tão obcecado com o meu


trabalho. Além disso, seu pai é o dono da Kingston
Construção. Eu tenho o trabalho através de seu irmão e, no
momento, ninguém sabe sobre nós. — Eu coloquei a minha
mão para parar o meu irmão de falar novamente. — Basta
solta-lo, Jimmy. Eu não quero entrar nisso com você.
— Seu pai é dono da empresa? — Dray sentou ao meu
lado. — Acho que isso explica o carro de seis dígitos.

Olhei novamente para o Porsche.

— Ele não fez o seu dinheiro na construção. — Eu tinha


pego toda a sua atenção e percebi que eu poderia muito bem
apenas deixar tudo para fora do saco de uma só vez. —
Kingston construção é de propriedade de Nicky King.

Nix olhou para Jimmy com uma sobrancelha levantada.


Dray se inclinou para mim e quase derrubou a cadeira.

— Você quer dizer Nicky King do Black Thunder?

— Sim. Finley é sua filha.

— Cara — Dray colocou para fora o punho novamente.

Nix balançou a cabeça.

— Só você, Rett. Só você.

Eu quase ri ao ver a expressão no rosto de Jimmy.

— Parece que você está prestes a explodir com palavras


de cautela e conselhos indesejados.

Ele apenas balançou a cabeça grande.

— Não, eu nem sei como responder a isso, exceto, puta


que pariu, o que você fez agora, Rett?
Capítulo 9

Finley
Eu andei por entre a multidão de pessoas e senti uma
alegria especial no fato de que eu estava em um lugar
completamente desconhecido, entre um mar de rostos
desconhecidos, seguindo três meninas que eu tinha acabado
de conhecer e eu me sentia muito bem. Meses atrás eu teria
caminhado em um poço de lava antes de eu sair para um
encontro de carros lotado. Eu percorri um longo caminho e
eu nunca quis voltar para o jeito que eu era, uma prisioneira
em minha própria casa, uma prisioneira em minha própria
mente. Ocasionalmente, algo iria acontecer e eu iria perder o
foco e me sentir tensa, mas nada como antes. Pela primeira
vez em muito tempo, eu me senti como se eu estivesse de pé
em terra firme.

Foi também a primeira vez que eu fiquei na fila de um


caminhão de alimentos. Eu tinha visto na televisão nos
canais de alimentos e eles nunca pareciam estar servindo
qualquer coisa que eu fosse comer. O cheiro de carne
carbonizada flutuou para fora das aberturas e eu tinha
certeza que este caminhão não estaria servindo nada
vegetariano também.

— Onde você conheceu Rett? — Scotlyn me lembrou de


Éden, incrivelmente bonita e difícil não olhar para por causa
disso. Ela parecia mais adequada para uma revista de moda
do que em pé na fila de um caminhão gorduroso de
alimentos.

— Ele está construindo um celeiro na propriedade do


meu pai.

Taylor deslizou seus óculos de sol no alto da cabeça. Ela


parecia como Rett a descrevera, jovem com um nervosismo
selvagem sobre ela. Ele deixou de fora a parte sobre ela ser
linda.

— Legal. Eu amo cavalos. — Nós movemos uma cliente


longe da janela de pedidos.

— Eu também, mas este celeiro é para o meu animal de


estimação, uma vaca.

Cassie usava grandes óculos e parecia completamente


incompatível com Dray, mas ela era extremamente bonita e
parecia incrivelmente inteligente.

— Você tem uma vaca de estimação?

— Lilly Belle escapou do quintal do matadouro e eu a


adotei.

Nós nos movemos para a janela.

— O que você gostaria? — Perguntou a menina.

Lábios rosados perfeitos de Scotlyn torceram quando ela


olhou para Taylor e Cassie.
— Não se preocupe comigo — eu disse. — Por favor,
peça a sua comida.

— Bobagem — disse Cassie, confiante. — Você é nossa


convidada desta noite especial e vamos comer em sua honra.
Não é todo dia que Rett traz uma garota com ele. — Os olhos
de Cassie passaram longe atrás de suas lentes, como se ela
desejava poder ter recolhido a última parte.

— Ei, está tudo certo. Eu sabia que Barrett era um


pegador no segundo que eu o conheci. Quero dizer, basta
olhar para ele.

Taylor riu. Scotlyn pulou na ponta dos pés.

— Queremos pedir alguns sanduíches de queijo


grelhado. — Ela fez uma pausa e olhou para Taylor. —
Quantos você acha que Clutch pode comer?

Taylor bateu em seu queixo.

— Eu estou pensando em seis e adicione as cebolas


grelhadas. Ele já vai estar em estado de choque com a falta
de um hambúrguer. — Taylor sorriu para mim. — Queijo
grelhado está bem? — Ela levantou um cartão de débito. — É
na conta de Clutch.

— Queijo grelhado é perfeito e obrigada, você realmente


não precisa fazer isso.

Nós fizemos o pedido que foi certamente a maior


quantidade de sanduíches de queijo grelhado já colocados na
janela da caminhonete. O cozinheiro mesmo veio até a janela
para se certificar de que não estávamos brincando.

Ele gritou para nós.

— Você quer o bacon sobre os sanduíches?

As meninas me olharam interrogativamente.

— Eu também tenho um porco de estimação.

Scotlyn voltou-se para a janela rapidamente.

— Tire o bacon.

Nós pagamos o nosso pedido incomum e sentamos em


uma mesa de piquenique perto para esperar por ele. Tão
bonita e incrível como todas as três eram, eu imediatamente
me senti confortável com elas.

— Onde você mora? — Perguntou Taylor.

— Beverly Hills.

— Eu acho que faz sentido com o carro que você dirige.


— Scotlyn riu. — Eu juro que ouvi todos os três rapazes
segurarem uma respiração coletiva quando Rett saiu daquele
Porsche.

— Não Clutch — disse Taylor. — Eu o ouvi dizer algo


como, filho da puta, é o Rett.

Eu ainda tinha o telefone de Barrett. Peguei-o do meu


bolso e mostrei a imagem que eu tinha tirado. Eu mostrei
para Taylor e ela quase caiu do banco com o riso.

— Ele parece como se alguém o tivesse furado com um


ferro quente gigante. — Ela fez uma tentativa bastante
talentosa em imitar seus olhos arregalados, expressão de
boca larga.

— E você realmente tem que conhecer Clutch para


entender o porquê do rosto muito engraçado — disse Cassie
através do riso. — O homem raramente mostra qualquer tipo
de emoção. Ele é como esta gigante estátua de pedra
esculpida de...

— Um deus grego? — Eu ofereci.

Scotlyn assentiu.

— Na verdade, nós costumamos chamar-lhe de Viking,


mas deus grego funciona muito bem para os meninos Mason.
Você está vendo Barrett por muito tempo? — Sua mão voou
para sua boca. — Sinto muito. Estou sendo super
intrometida. Não é da minha conta.

— Não, está tudo bem. Nós apenas nos conhecemos na


semana passada, quando ele começou a trabalhar na minha
casa. — Eu hesitei com a minha próxima pergunta, mas
parecia uma coisa boa para perguntar. — Vocês três
provavelmente o conhecem melhor do que a maioria das
meninas — Sorri — já que pelo que percebo, ele não ficou
preso em torno de ninguém por muito tempo. Eu sei que
parte disso é porque ele é tão lindo de se ver, mas ele parece
ser um cara tão decente. Você sabe, honesto e alguém que
faria qualquer coisa por alguém que ele considere um amigo.
Ou eu entendi tudo errado? Nesse caso, eu vou estar
extremamente desapontada.

Um número de pedido foi chamado e Scotlyn olhou de


relance para o recebo.

— Parece que em uma semana curta você resumiu Rett


muito bem. Nós o adoramos. Ele tem sido um pouco volúvel
quando se trata de meninas...

Esse comentário produziu risadas de Cassie e Taylor.


Scotlyn atirou-lhes um olhar de censura. Era óbvio que ela
queria pintar a melhor imagem de Barrett. Ela parecia ser o
tipo de pessoa que raramente tinha algo de ruim a dizer sobre
ninguém.

— Vamos, Scottie — Cassie disse — volúvel?

Scotlyn deu de ombros.

— Tudo bem, volúvel é uma palavra muito suave, mas


eu sei que ele só precisava encontrar a garota certa. Você
mencionou que Rett estava trabalhando na propriedade de
seu pai. Ele conheceu Barrett? — Ela cobriu a boca de novo e
riu. — Oh meu Deus, eu sou tão completamente intrometida.
É que você parece ser uma pessoa tão fácil de conversar. Vou
me calar agora.

Eu ri e coloquei minha mão sobre a dela.


— Está tudo bem. Eu não saio muito e eu estou tendo
curtindo conversando com todas vocês. Eu estava petrificada
que os amigos de Barrett não iam gostar de mim.

— Você está brincando? Estamos emocionadas. Eu tive


algumas visões assustadoras do tipo de garota com quem
Barrett poderia finalmente acabar. — Cassie era
definitivamente simples e brutalmente honesta das três. Elas
eram uma combinação perfeita de humor, humildade e
inteligência e eu poderia facilmente imaginar-me saindo com
elas.

Pensei na minha própria família e no fato de que eu


tinha deixado a casa com a desculpa de que eu estava indo
às compras. Mesmo essa desculpa tinha atraído uma grande
longa conversa de Jude sobre ser vigilante no estacionamento
do shopping por causa de todas as pessoas estranhas à
espera de ataque. Às vezes, eu me perguntava se havia um
sinal nas minhas costas que se lia minúscula, fêmea
vulnerável com um pai que pode pagar um grande resgate.
Jude e eu precisávamos ter uma longa conversa.

— Meu pai não conheceu Barrett porque ele está no


Japão no momento. Para ser honesta, eu não mencionei nada
para ele ainda.

— Está tudo bem — disse Taylor. — Eu costumava me


esgueirar para fora de casa para ver Clutch. Mas meus pais
aceitaram o nosso relacionamento.

— O seu pai está em férias, ou ele faz negócios no


Japão? — Perguntou Cassie.

— Ele está em turnê com sua banda. Meu pai é o


vocalista do Black Thunder.

As perguntas pararam e elas olharam para mim como se


estivessem tentando avaliar se eu estava ou não dizendo a
verdade.

Cassie foi a primeira a recuperar a sua língua.

— Seu pai é Nicky King?

— Merda. — Taylor olhou para Scotlyn. — Não é de


admirar que o menino estava tão calmo e quieto sobre tudo
isso.

Eles chamaram o nosso número e Scotlyn balançou as


pernas sobre o banco.

— Ou talvez seja porque nós o incomodamos tanto sobre


encontrar alguém. Eu acho que eu não teria esperado menos
de Rett.

Nós pulamos para recolher os sacos de comida.

— Eu sou do tipo que se preocupa se os caras vão estar


realmente chateados com estes sanduíches de queijo
grelhado.

Scotlyn acenou fora a minha preocupação.

— Eles vão viver. Como Cassie disse, esta é uma noite


especial e eu tenho certeza que todos nós podemos estar
comendo um pouco menos de carne.

— Você será a única a dar a notícia a Clutch — Taylor


sugeriu a Scotlyn.

— Oh, não — disse Cassie com entusiasmo: — Eu quero


fazê-lo. — Ela olhou para mim. — Você provavelmente deve
ter esse telefone pronto novamente. Este deve ser clássico. A
minha conta no instagram vai explodir.

Cassie provavelmente teve um pouco demais de prazer


em colocar o saco de sanduíches de queijo grelhado na frente
dos caras. Isso definitivamente não estava indo ajudar a
valorizar-me a eles. Mas as reações foram de pena. Sempre
me surpreendeu como era estranho o pensamento de uma
refeição sem carne para a maioria das pessoas. Eu acho tão
estranho quanto o pensamento de comer carne.

Clutch puxou o sanduíche fora do saco e pareceu sentir


imediatamente que algo não estava certo. O sanduíche plano
parecia minúsculo em sua mão.

— Quem pediu o biscoito?

Taylor levou a mão à boca para segurar uma risada.

Scotlyn subiu no banco ao lado de Nix e pegou o


sanduíche na mão de Jimmy. Eu entreguei de volta a Barrett
o seu telefone quando eu sentei no lado dele.

Barrett olhou para ele.

— Eu não sei se ele parecia mais chocado antes ou


agora.

Clutch pegou outro de queijo grelhado.

— Que merda está acontecendo?

Taylor não conseguiu segurar por mais tempo. Ela


dobrou com risos e Scotlyn se juntou a ela.

Cassie empurrou os óculos para cima e endireitou os


ombros, confiante.

— Nós pedimos queijos grelhados hoje à noite.

Nix virou-se para olhar para ela. Ela o ignorou e deu


uma mordida no sanduíche.

— O que quer dizer que você pediu queijos grelhado? —


Perguntou Nix.

Dray virou-se para Cassie e levantou a mão.

— Ei Cass, eu sei que você não pediu pra mim um


desses biscoitos de queijo.

Cassie agarrou a bolsa dificilmente capaz de segurar o


seu sorriso. Ela estendeu a mão e colocou um queijo grelhado
na palma da mão aberta.

— Vou levar um daqueles — Barrett galantemente falou.

Seu irmão parecia um garoto que tinha conseguido


carvão em sua meia. Taylor estendeu a mão e tirou uma pilha
de sanduíches e colocou-os na frente de Jimmy.
— Nós compramos seis para você. — Ela se inclinou e
beijou-o levemente na boca. — Então, limpe do rosto esse
beicinho.

Eu respirei e sentei.

— Eu sinto muito, todo mundo. Receio que isso é minha


culpa. Eu estava dizendo a Scotlyn, Taylor e Cassie sobre a
vaca que eu salvei e elas foram tão doces que decidiram não
comprar hambúrgueres. — Eu sorri para Scotlyn. — Foi
realmente legal de vocês, mas eu insisto em comprá-los
alguns hambúrgueres agora. — Eu olhei em volta da mesa
para os rostos dos homens. — Eles parecem tão tristes.

Clutch abriu a embalagem em seu primeiro sanduíche.

— Não, não se preocupe com isso. E esses sanduíches


parecem realmente bons. — Ele pegou um. — Um pouco
planos, mas... — ele deu uma mordida e fingiu seu prazer da
mordida — realmente saboroso.

Nix desembrulhou seu sanduíche e mergulhou em


ketchup.

— Qual é o nome de sua vaca?

— Lilly Belle e ela é a razão que Barrett e eu nos


conhecemos.

Nix molhou o sanduíche em ketchup e, em seguida,


levantou-o no ar.

— Bem, então, aqui está, a Lilly Belle. Que ela possa


viver uma boa vida de vaca muito tempo.

Todos nós brindamos a Lilly com os nossos sanduíches


e enquanto todos riam, mergulhando batatas fritas e
assistimos Jimmy comer os seis queijos grelhados mal
respirando, eu levei um segundo para enviar um texto para
Barrett.

“Eu amo seus amigos. ”

Ele escreveu de volta.

“Sim, eu acho que eu vou mantê-los por perto. ”


Capítulo 10

Finley
Depois que o choque inicial de sanduíches sem carne
tinha passado, tivemos um grande momento. Cada um dos
amigos de Barrett tinha uma personalidade única e eu podia
imaginar passar o tempo com qualquer um deles.

O tráfego tinha aliviado para a viagem de volta com


Barrett.

— Seus amigos são incríveis. Obrigada por me


apresentar a eles. Eu estou cercada por ricos e famosos e
nenhuma das pessoas que eu conheço pode segurar uma vela
para seus amigos. Vocês todos devem atrair muita atenção
onde quer que vá.

Ele deu de ombros.

— Eu acho. Eu realmente não presto atenção, mas eu


posso te dizer, você definitivamente fez um impacto hoje à
noite.

— A maioria das pessoas tem essa reação quando


descobrem quem o meu pai é.

— Não é nada disso, Fin. Claro, eles ficaram surpresos,


mas eles não gostam disso. Você precisa parar de dizer a si
mesma isso. Não importa de quem você é filha. Ter você por
perto é como ter um pedaço da estrela do norte quebrada na
terra.

Olhei para ele. Seu rosto foi destacado pelos faróis


refletindo fora do espelho retrovisor, e, como de costume, ele
estava impressionante.

— Isso é brega... porra e eu adoro isso. — Eu peguei


meu telefone. — Eu preciso mandar um texto a Jude e
certificar-me que ele alimentou a vaca.

“E quanto ao porquinho? ”

Eu ri.

“Não há nenhuma maneira de esquecer a alimentação


do porquinho. Ele não vai deixar você. “

Jude escreveu de volta.

“Sim, eu alimentei a vaca maldita e onde está você? ”

“Eu estou voltando para casa. ” Eu digitei de volta.

Segundos depois, a música sem som e tom zangado de


Jude soou através do alto-falante.

— Você está enviando mensagens de texto enquanto


você está dirigindo?

— Oops — eu murmurei, mas me recuperei


rapidamente. — Duras palavras de alguém que estava em
prisão domiciliar por ter drogas em seu carro.
— Fin — Jude disse com raiva.

— Eu não deixei o estacionamento ainda. — Eu olhei


para o homem dos sonhos sentado atrás do volante e pensei
sobre estar deitada sob as estrelas com as mãos e a boca
fazendo a sua magia. — Eu vou parar para um café, então eu
vou chegar um pouco tarde.

Barrett olhou para mim e eu pisquei.

Eu desliguei o telefone antes que Jude pudesse dizer


qualquer outra coisa.

— Eu me lembro de algo sobre eu parecendo tão gostosa


e sendo levada para dentro para terminar a ação da festa.

— Eu acredito que veio na conversa. — Barrett virou o


carro para a rampa de fora. — E eu acho que eu deveria
seguir com a minha ameaça.

Sentei-me e, pela primeira vez durante a minha noite


movimentada, uma pontada de ansiedade me agarrou.

— Barrett, não fique muito desapontado se você não


tiver o mesmo resultado da outra noite. Eu ainda estou um
pouco insegura de mim mesma. — Eu passei o resto da noite
da festa no meu quarto saboreando a resposta física
esmagadora que eu tive ao toque de Barrett, mas, em
seguida, como muitas vezes eu fiz, eu me lembrei de que pode
não acontecer novamente. Eu estava determinada a evitar
qualquer decepção por estar simplesmente esperando por
isso em seu lugar. As coisas eram mais fáceis dessa maneira.
Barrett não entrou na rua que levava à casa de seu
irmão.

— Ouça, oh homens de pouca fé. Meu nome do meio é


fodão sexual e eu prometo fazer acontecer. — Ele fez uma
pausa. — Merda, seria um grande nome do meio, não é?

— Barrett fodão sexual Mason — Eu recitei em voz alta


para deixar-lhe experimentar. — Pode parecer meio fora
colocado em um pedido de emprego, mas funciona para mim.

— Obrigado por ter vindo comigo esta noite, Finley —


seu tom havia acalmado. — Eu gostei muito de ter você lá.

— Eu não me importo de admitir que este foi uma


grande coisa para mim. Eu quase não saí a lugar nenhum
estes dois últimos anos e, especialmente, não a um lugar
lotado com muitos rostos desconhecidos. — Eu pensei sobre
essa afirmação. Eu estava mais confortável em torno do seu
irmão e amigos do que eu já estive em torno das crianças com
quem eu cresci. — Há algo sobre você, Rett, que faz com que
eu me sinta confortável comigo mesma. Algo que não foi
sempre o caso para mim.

Ele parou o Porsche na garagem, desligou o motor e me


encarou.

— Eu acho que o meu problema é que eu sempre estive


muito confortável comigo mesmo. Eu me convenci de que
tudo o que eu estava fazendo era certo. Mesmo que isso não
fosse verdade. Você está me levando para fora do mundo que
eu criei para mim mesmo e eu estou feliz. Como o meu irmão
gosta de me lembrar, alguém precisa acender um fogo de
artifício sob a minha bunda, ocasionalmente, para eu
acordar. — Ele estendeu a mão sobre o console e pegou
minha mão. — Eu estou acordado agora e eu gosto. E você é
muito fácil de falar... — Ele beijou minha mão e eu senti a
sensação todo o caminho até o meu braço... — e beijar.

— Bem, eu gasto uma grande parte do dia conversando


com um porco e ele é um grande ouvinte. Mas eu não estou
dando crédito ao porquinho por me fazer adorável. Isso eu
faço tudo por minha conta.

Seu sorriso era o tipo de agentes de luta.

— Você é adorável num um nível totalmente novo.

Eu suspirei.

— Adorável não está indo para tirar esses shorts. Volte


para o gostosa.

Saímos do carro. Eu estava ao lado do passageiro e


respirei fundo. Max sempre tinha vindo para me ver na
minha casa. Isto era totalmente diferente. Eu estava andando
em uma casa desconhecida com um homem que eu só
conhecia por uma semana, mas que tinha acordado tantos
sentimentos e emoções nesse curto espaço de tempo que fez
minha cabeça girar apenas para olhar para ele. Barrett deve
ter confundido a minha pausa com apreensão, mas não foi
nada disso. Eu estava tão emocionada que eu só queria ver
tudo para me certificar de que eu não estava imaginando.

Ele olhou para mim.

— Se você não quer que...

Meus sapatos tinham altura suficiente para que eu


pudesse jogar meus braços em volta do seu pescoço e beijá-lo
sem ter de saltar para cima na ponta dos pés. Quando
finalmente consegui definir o espaço entre as nossas bocas
famintas, prendi a respiração e empurrei seu longo cabelo
para trás da orelha.

— Leve-me para dentro, Rett.

Um sofá bem gasto colocado perto da janela da frente e


uma televisão de tela grande cobria a parede em frente. Havia
latas de refrigerante e um saco de chips vazio largados na
mesa de café.

— Não é bem o que você está acostumada, mas se


adapta ao meu irmão e eu. É claro, Jimmy preferiria que eu
encontrasse o meu próprio lugar. Especialmente porque
Taylor passa a maior parte de seu tempo livre aqui.

Eu olhei em volta.

— É perfeito. Parece a casa de um homem e, acima de


tudo, parece confortável. Às vezes eu sinto como se a casa de
meu pai fosse tão estéril e cheia de caras, coisas
impraticáveis que é duro para simplesmente sair. Meu quarto
é o meu refúgio, porque eu mantive os mesmos lençóis e
edredom de cama desde que eu tinha cinco anos. Eles são
usados, macios e suave com o tempo e uso e eu não consigo
dormir sem meu cobertor de peixe.

Ele levantou uma sobrancelha em questão.

— Tem um monte de azul e peixe verde impresso nele.


— Eu olhei para a cozinha. — Caso contrário, minha casa
tem um sofá para se estatelar e uma geladeira para pizza fria
e sorvete apenas como esta. Só me leva mais tempo para
caminhar até a geladeira, que, se você pensar sobre isso, faz
com que a casa maior seja muito menos conveniente.

— Bom ponto. Você quer algo para comer? Pizza fria?


Acho que temos até sorvete.

Eu sorri.

— Não, eu ainda estou cheia de queijo grelhado. Espero


que o seu irmão seja capaz de me perdoar por seu jantar
decepcionante.

— Essa foi apenas a sua primeira refeição da noite. Ele


vai sobreviver e eu tenho certeza que ele vai te perdoar. — Os
olhos azuis de Barrett escureceram. Ele deu um passo em
minha direção e pegou minha mão. — Meu quarto é
igualmente confortável.

Um ano atrás, não havia nenhuma maneira que eu


pudesse ter me imaginado em pé em uma estranha sala de
estar de mãos dadas com um homem bonito, que eu ainda
mal conhecia, mas que provocava uma reação física com
apenas sua palma cruzando a minha. Meu coração disparou,
mas de um jeito bom, não da maneira que eu sempre temia
onde eu estava certa de que iria explodir no meu peito
enquanto eu lutava para respirar. De certa forma, isso foi
uma espécie de pânico também, mas foi criado por
ansiedade, sabendo que eu queria tanto que Barrett me
levasse em seus braços e me tocasse de uma maneira que me
faria gritar seu nome. Eu tinha certeza que eu tinha escolhido
a pessoa certa para o trabalho. Eu só esperava que eu
pudesse realizar o meu final do mesmo jeito e sentir o que eu
precisava sentir sem fingir.

— Na verdade, você tem um pouco de vinho ou algo


assim? — Um pouco de coragem nunca fez mal a ninguém.

— Tenho certeza de que temos. — Eu o segui até a


cozinha e abriu um armário. — Eu acho que Scottie e Cassie
deixaram isso aqui no Natal. — Ele levantou o vinho branco.
— É tudo o que temos que não seja cerveja ou bebidas
destiladas.

— Pode ser? Apenas metade de um copo.

Ele abriu o vinho e derramou.

— Finley, diga-me o quão longe você quer ir hoje à noite.


Se você não está pronta para isso...

Eu ri nervosamente para o copo e tomei um gole.


Estremeci com o sabor, percebendo tarde demais que eu
estava enrugando meu nariz.
Ele tocou a ponta do meu nariz.

— Tão bonita. — Ele olhou diretamente para o vidro. —


É provavelmente vinho barato.

— Eu não saberia a diferença. Eu realmente não gosto


de beber. Eu sou mais o tipo de pessoa de um Kool-Aid
(marca de refresco em pó) e biscoito de animal. — Eu tomei
um gole e coloquei-o sobre o balcão. — Isso é tudo que eu
posso tolerar.

Ele deu um passo em minha frente. Sua proximidade


parecia levar os pequenos goles de vinho direto para a minha
cabeça.

— Você realmente quer isso hoje à noite?

— Eu quero. — Eu parei e um pensamento assustador


passou pela minha cabeça. — A menos que você não me
queira.

Ele sorriu.

— A menos que eu não queira você? Merda, se você não


tivesse me tentado com a condução daquele Porsche, nós
estaríamos naquele quarto agora na nossa quarta rodada.

— Merda, eu disse ao meu pai que eu queria um


híbrido. — Peguei a mão dele e levei-o para o corredor. —
Quatro vezes em uma noite, realmente? — Lancei lhe um
olhar duvidoso e ele me parou no corredor estreito e escuro.

Eu estava imprensada entre a parede e seu corpo rígido.


— Nix é talentoso com a tatuagem. — Ele se abaixou e
tirou a minha camiseta e atirou-a por cima do ombro. —
Jimmy brilha atrás do volante de um carro de corrida. — Ele
estendeu a mão para o botão nos meus shorts e em um
movimento rápido, ele os tinha amassado em volta dos meus
pés. Ele parou por um olhar persistente no meu corpo que fez
meus mamilos endurecerem contra o laço no meu sutiã. — E
Dray é um campeão no octógono. — Meus olhos se
arregalaram e eu chupei meu lábio inferior quando as pontas
de seus grossos dedos ásperos tiraram meu sutiã como um
filme. Ele empurrou as tiras dos meus ombros e os meus
mamilos apertaram ainda mais quando o ar frio girava em
torno de meus seios nus. — Meu talento, também... — Ele
abaixou a boca e provocou a minha pele nua. Eu não havia
me recuperado da sensação de sua boca no meu peito
quando eu senti os dedos passarem pelos meus quadris e
minha calcinha cair no chão. Eu nunca me senti tão
completamente nua na minha vida e eu me alegrava com a
sensação de seu olhar enquanto ele passava sobre a minha
pele nua. — É como se eu estivesse sempre esperando por
você, por isso, acredite em mim, quatro vezes não é um
exagero. Mas você não está pronta para isso.

Eu olhei para ele, um pouco decepcionada.

— Você nunca sabe. Eu tomo um monte de


suplementos. — Barrett sorriu quando eu saí do meu short e
calcinha e arrebatou-os. Ele abriu a porta do quarto com o pé
e eu o segui para dentro. O brilho amarelo quente encheu o
quarto quando ele se virou na luminária de chão. O quarto
estava pouco decorado, com apenas uma cômoda e um
criado-mudo. Os lençóis estavam em um emaranhado. Era
exatamente como eu havia imaginado. Eu deveria me sentir
completamente autoconsciente sobre estar completamente
nua na frente dele enquanto ele ainda estava completamente
vestido, mas isso me fez sentir deliciosamente devassa em
seu lugar. Eu não tinha ideia de por que Rett me fazia sentir
tão confortável e solta, mas eu não queria que ele parasse.

Ele se inclinou em seu armário e assistiu enquanto eu


caminhava para a cama.

— Eu sei que Cole tem o nome da banda do seu pai


tatuado em seu peito, mas eu vejo que você tomou um
caminho de publicidade menos óbvia. Um pequeno par de
asas negras se adapta a essa sua bunda perfeita.

— Meu pai era menos observador. Eu tinha-o por um


ano antes de ele perceber isso através do meu maiô. —
Sentei-me e me inclinei para tirar os sapatos.

— Não — ele disse em voz baixa — deixe-os. Vou tirá-los


quando eu estiver pronto. — Seu tom confirmou a promessa
de algo muito mais intrigante do que ter meus sapatos
removidos.

Ele olhou para mim, mas não fez nenhum movimento


para tirar a roupa.

— Eu tenho que dizer, eu pensei que isso seria um


pouco mais frenético... um pouco mais arrasador. Você tem
um monte de controle. — E, então, esse mesmo pedaço de
horror passou por mim. Ele não estava ligado por mim. Eu
estava sentada nua na frente dele e ele não fez nenhum
movimento para me puxar para os seus braços. Ele deve ter
visto a decepção repentina na minha cara.

Ele chegou por trás de seus ombros e puxou sua


camisa. Seu peito tatuado levantou e caiu com cada
respiração. Olhei para a grande tatuagem que cobria seu
abdômen e desaparecia sob as calças. Ele estendeu a mão e
abriu a braguilha.

— Não posso ter o prazer de despir você? — Perguntei.

Ele levantou os braços e os músculos incharam quando


ele colocou as mãos atrás da cabeça, dando-me autorização
para remover seus jeans. Eu andei até ele, me sentindo
excepcionalmente má com apenas meus sapatos. Ele manteve
as mãos atrás da cabeça, quando eu passei meus dedos sobre
as linhas duras do seu peito. Poderia ter sido uma ilusão,
mas eu tinha certeza de que ele respirou fundo quando meus
lábios pressionaram contra sua pele nua. Os sapatos altos
haviam me dado a vantagem de altura e sentido de que eu
não era eu mesma. O sentimento sensual de estar de pé na
frente dele em nada a não ser minhas sensuais, sandálias
altas deu-me a confiança de uma mulher que tinha feito isso
muitas vezes e com as habilidades de uma garota de
programa muito bem paga. Eu gostei. De repente, neste jogo
lento e metódico, estava me deixando louca de desejo. E Rett
sabia disso.

Eu andei atrás dele e passei minha língua ao longo de


seus ombros e os cumes duros de um punhado de
minúsculas cicatrizes. Elas eram tão sensuais como o resto
do corpo. Estendi a mão e toquei a trilha de cicatrizes.

— Como você conseguiu isso?

Ele moveu para baixar as mãos.

— Não — eu sussurrei em seu ouvido chocada com a


minha audácia e, mais uma vez, amando-a. — Mantenha-as
lá. Eu não acabei. — Eu beijei a pele áspera em seus ombros.
— As cicatrizes?

Ele fez uma pausa.

Eu circulei na frente dele e beijei seu pescoço.

— Essa casa que você vê que está sendo construída ao


lado... pegou fogo e havia uma mulher...

A sombra de decepção passou por mim.

— E você estava na cama com ela?

Agora chegou a sua vez de mostrar decepção e, tão


bonito quanto o seu rosto era, não foi destinado para a
decepção.

— Não. Seu marido saiu de casa sem ela. Jimmy e eu


pulamos pela janela do seu quarto e a puxamos para fora. Eu
me queimei sobre os ombros.
Apenas quando eu pensei que a minha opinião sobre ele
não conseguia melhorar, teve mais uma vez. Eu coloquei
minha mão sobre o lado de seu rosto e o beijei quando eu
empurrei seu jeans para baixo. A ponta úmida de sua ereção
roçou meu abdômen, assustando-me e quebrando o beijo.
Olhei para baixo. Era ainda maior e mais impressionante que
eu imaginava e eu imaginava muito.

— Apenas no caso de que você estava pensando que eu


não queria você — disse ele em voz baixa.

Eu levantei meu rosto para o dele. Eu tive que parar de


pensar que este homem era muito irreal, também intocável.
Eu tive que deixar de lado meus sentimentos de inadequação.
Ele baixou os braços e colocou as mãos em cada lado do meu
rosto e me beijou de leve.

— Acredite em mim, minha pequena maravilha gostosa,


há um cenário totalmente diferente correndo pela minha
cabeça — ele olhou para baixo — e através do meu pênis. E,
se eu me permitisse tocá-la, eu teria você pressionada contra
essa parede da sala com suas pernas em volta de mim e uma
rodada já estaria acabada. — Ele acariciou meu lábio inferior
com o polegar calejado. — Mas você não está pronta para isso
ainda. O sexo batendo na parede não vai oferecer o que você
quer... Ainda. Isto é sobre encontrar o que você quer, o que
você precisa, de modo que você só tem que olhar para mim e
pensar sobre o que eu poderia fazer para você e você vai
conseguir. — Ele encostou a boca na minha, mas não me
beijou. Seu hálito quente fez cócegas em meu queixo. —
Quando nós terminarmos esta noite, baby e quando você
estiver de volta em casa deitada na cama sozinha, você só
tem que pensar sobre o que fizemos e você estará deslizando
as mãos para baixo na sua calcinha.

Apenas em pé ao lado dele já me aproximava disso. O


calor que irradiava de seu corpo, seu olhar de bronze e a
maneira suja que ele falava estava me levando até o limite e
ele mal tinha me tocado.

— Vá se sentar na cama — ele ordenou e eu rebolei até


a cama nos meus sapatos altos, minha tatuagem Black
Thunder piscando para ele do meu traseiro nu. Eu me virei e
sentei. A visão dele do outro lado do quarto foi ainda melhor
do que de perto. Ele era acinzentado, maciço e incrível pra
caralho.

— Deite-se, dobre os joelhos e coloque os pés em cima


da cama. — Mais uma vez, eu obedeci a suas instruções,
mesmo sabendo muito bem que minhas partes mais íntimas
ficariam completamente expostas.

Ele caminhou até a cama e olhou para mim com seus


olhos azuis escuros, as pálpebras pesadas de desejo.
Conforme seu olhar aquecido caía entre as minhas pernas,
meu corpo reagia e meus joelhos relaxaram e abriram. Eu
queria que ele olhasse para mim. E ele sabia disso. Lá na
intimidade do seu quarto, deitei estendida, nua e me sentindo
completamente perversa. E Rett me fez sentir como se eu
estivesse aqui na terra exclusivamente para seu prazer. Eu só
existia para ele. Eu estava lá apenas para seus olhos e seus
olhos apenas. E agora que eu o encontrei, eu estava livre para
sentir a paixão que eu ansiava tanto.

O pequeno músculo do lado de sua mandíbula coberta


de barba se contraiu como se estivesse tomando todo o seu
controle para não me tocar, um estado incomum para um
homem que estava quase irritantemente relaxado sobre tudo.
Mesmo com os desejos intensos que pulsavam através do
meu corpo, sua presença teve um efeito calmante incrível
para mim. Tanto quanto eu queria que ele me tocasse,
tendo-o em cada centímetro de mim, seu olhar de desejo era
quase tão intenso.

Sua boca se se curvou no canto.

— Você gosta disso, baby, não é? Você gosta que eu olhe


para você. — Mais uma vez, o seu olhar se desviou para baixo
entre as minhas coxas.

— Sim — a palavra rachou pela minha garganta com


pouco fôlego por trás dele.

— Abra-os mais. — Eu obedeci. Com ar do ambiente


refrigerado e a umidade quente entre as minhas pernas, meu
clitóris inchado doía para ser tocado. Em seguida, ele se
moveu e eu soltei a respiração que eu estava segurando. Eu
queria que ele tocasse cada centímetro de mim e ele sabia
disso. Ele sentiu a urgência da minha necessidade de ser
tocada e ele parecia de aço contra mim puxando com ele.
Minhas coxas foram espalhadas abertas e eu estava
perto de suplicar. E que, ao que parecia, era o que ele queria.

Ele se inclinou e seus dedos tocaram o ápice da minha


coxa, só tocando levemente a dobra inchada de minha vagina.
Instintivamente, eu arqueei em direção a sua mão, mas ele
arrastou as pontas dos dedos para cima ao longo do interior
da minha coxa e para baixo na minha perna ao meu sapato.
Ele deslizou o sapato e repetiu o processo lentamente,
tortuosamente assim, com o outro sapato. Sua ereção longa,
dura brilhava com a umidade e ficou grossa e inchada com
tudo isso. Eu tive que lutar contra a vontade de envolver
meus dedos em torno dele. Era assim que ele queria isso e eu
estava muito tonta e fraca com necessidade para mudar o
plano.

Meu corpo ficou tenso com a decepção quando ele se


virou e caminhou até a mesa de cabeceira. O spray de
cicatrizes de queimaduras se destacou na pele suave de seus
ombros largos quando ele enfiou a mão gaveta da cômoda.
Ele tirou um preservativo, uma garrafa e uma bandana
vermelha. Ele voltou e seu sorriso causou uma onda de
afeição que me preencheu. Eu já estava me acostumada ao
seu sorriso, sua voz, sua risada. Eu estava além desse ponto
de segurança que Éden havia apontado tão apropriadamente.
Não ia ser de qualquer maneira fácil, segura para eu mesma
afastar-me dele. Mas, como eu estava lentamente tentando
me ensinar, que às vezes era preciso se arriscar para fazer a
vida valer a pena.
Longos cílios cobriam seus olhos azuis escuros quando
ele abaixou a mão. Eu coloquei minha mão sobre ele. Ele me
levantou.

Ajoelhei-me na cama em frente a ele. Passou calor entre


nossos corpos nus, mas não tocando, pelo menos, não
fisicamente. Mas isso não importava. Toda vez que ele olhava
para mim, era como se ele tivesse acariciado minha pele
nua.

Seu rosto não poderia ter ficado mais bonito se tivesse


sido desenhado por um artista e estar tão perto dele o fazia
parecer quase irreal, como se eu tivesse acabado de
conjura-lo em minha mente.

Ele me beijou de leve e sua língua brincou comigo


durante vários segundos, me fazendo ofegar com cada carícia.

— Você confia em mim? — Ele sussurrou.

Eu não tinha nenhuma razão lógica para confiar nele, o


cara que tinha provavelmente dormido com toda a Califórnia,
deixando um rastro de meninas, mas eu o queria o suficiente
para arrematar qualquer cuidado ou dúvida.

— Humm, um homem que tem uma fonte conveniente


de preservativos em sua mesa de cabeceira... — Eu hesitei
para o efeito dramático — sim, eu confio em você. Eu não sei
por que, mas eu confio.

Ele sorriu.
— Bom, eu acho. — Ele se inclinou para mim e me
beijou novamente. — Vá até a cabeceira. Vá até lá e coloque
as mãos nela. Ah e sinta-se livre para rastejar em suas mãos
e joelhos até lá.

Mais uma vez, sem questionar e sem quaisquer


pensamentos sólidos na minha cabeça, eu segui em minhas
mãos e joelhos em todo o labirinto de lençóis emaranhados,
tomando cuidado extra para levantar minha bunda nua no ar
e expor cada centímetro íntimo. Eu tinha certeza que não
tinha imaginado o gemido atrás de mim, enquanto observava
me rastejar. O som dele quase me fez entrar em colapso nos
lençóis e implorar para ele me levar.

Eu respirei fundo e passei meus dedos ao redor da


borda da cabeceira de ferro. O colchão rangeu quando Barrett
ajoelhou-se ao meu lado. Sem uma palavra, ele envolveu a
bandana em torno de meus olhos.

Estendi a mão para detê-lo, mas ele pegou minha mão e


beijou meus dedos.

— Confiança, lembra? — Sua voz profunda girava em


torno do meu corpo nu e minha cabeça parecia pesada
demais para o meu pescoço.

Meus olhos estavam cobertos e eu não tinha ideia do


que estava acontecendo. Eu quase explodi com a necessidade
dele me possuir.

— Com os olhos cobertos você pode concentrar-se em


todos os seus outros sentidos. — Eu me assustei um pouco
quando seus dedos tocaram meu traseiro nu. —
Especialmente, o seu sentido do tato. — Ele pressionou sua
boca contra a minha orelha. Sua língua desenhou um círculo
por trás dela. — Eu preciso saber tudo sobre você. E, caso
você esteja se perguntando... — Eu esperei que ele
continuasse e minhas mãos apertaram a borda da cabeceira
mais forte quando sua língua arrastou até a volta da minha
coxa. — Vamos transar hoje à noite, baby. Então, esteja
pronta.

Senti-me deliciosamente vulnerável com os meus olhos


cobertos e minhas mãos segurando a cabeceira como
solicitado. E como todas as vezes que eu me senti vulnerável
e fora de controle com a ansiedade, não era o mesmo. Aqui,
com Barrett, deixei meu corpo e mente em seus cuidados. Ele
estava no controle e eu me senti liberada por pensar nele. Já
não indefesa contra as minhas próprias preocupações
frenéticas. Ele estava lá para me proteger delas.

O colchão moveu em ondas sob meus joelhos enquanto


ele se movia atrás de mim. Eu estava profundamente
consciente agora da minha exposição completa e absoluta
para o seu olhar e toque. Ele segurou meu joelho não muito
gentilmente e os separou e depois para a frente, levantando
minha bunda para o alto. Sua respiração fez cócegas nas
costas das minhas coxas quando ele se moveu no colchão de
novo. Sem conscientemente pensar nisso, minhas costas
afundaram mais, lhe dando acesso completo à minha vagina
que agora doía com o desejo de ser acariciada. Então, quando
eu não podia mais suportar a agonia, os meus desejos foram
respondidos. Sua língua brincou e sondou as dobras
inchadas e molhadas. Eu empurrei contra a sua boca
querendo sua língua mais fundo. Com um gemido gutural,
ele obedeceu. Meus dedos se apertaram em torno da
cabeceira da cama. Seu polegar se aproximou e acariciou
meu clitóris ereto, suavemente a princípio e depois com uma
maior intensidade que era demais. Os músculos nas pernas
ficaram tensos e ele rapidamente mudou ao toque mais leve.
Nunca que eu teria esperado um homem como ele ser tão
atento às minhas necessidades, mas era como se ele existisse
apenas para meu prazer e eu estava me sentindo
absurdamente gananciosa no momento.

O colchão mexeu de novo e o mistério de não saber o


que estava vindo persuadiu um miado suave, nervoso da
minha garganta. Sua língua e os dedos me trouxeram para
perto do prazer sem volta de novo e de novo e parecia que a
pressão construída para me fazer gozar era tão grande que eu
iria logo me dividir em um milhão de pedaços. Sua mão e
boca me deixaram e desta vez, eu não estava além da
mendicância.

— Por favor, Rett, por favor.

Eu me assustei quando um líquido oleoso de repente


escorria sobre a minha parte inferior das costas e, em
seguida, sobre a curva e rachadura da minha bunda. Ele
massageou o óleo e inclinou-se para mim.
— Implore um pouco mais, baby. Deixe o meu pau duro
como pedra.

— Por favor, me leve — eu sussurrei, mas o som foi


abafado pelo meu coração.

Ele passou o dedo ao longo da rachadura na minha


bunda e eu fiquei tensa e me afastei de seu toque em
primeiro lugar. Eu nunca fui tocada lá e eu não tinha ideia do
que significava tudo aquilo ou se era algo que eu queria.

— Relaxe. Eu não vou fazer nada que você não goste. —


Ele riu baixinho. — Estou catalogando o material. — Seu tom
leve me relaxou e a tensão se dissipou.

Sua mão foi entre as minhas pernas de novo. Sua palma


da mão e pulso pressionaram contra o meu clitóris latejante
quando ele empurrou dois dedos dentro de mim. Lentamente,
ele movia os dedos e me contorcia contra seu pulso. Minhas
coxas apertaram firmemente em torno de sua mão. Eu não
tinha vontade nem força para protestar quando sua segunda
mão voltou para minha bunda. Ele arrastou o dedo através
do óleo e com facilidade escorregadia, ele deslizou em meu
ânus. Eu fiquei tensa novamente, mas apenas por um
segundo e, em seguida, eu balançava contra o seu dedo. Eu
mexi meus quadris e bunda em círculos frenéticos sobre sua
mão e os dedos sondando e contra o dedo pressionado no
meu ânus. Luz polvilhou em manchas amarelas na escuridão
da minha venda e os meus dedos seguraram a barra de ferro
tão forte que eu tinha certeza que iria dobrá-la. Cada espaço
íntimo em meu corpo estava cheio de Rett. Seus dedos
pressionaram mais profundo e meus quadris se moveram em
um ritmo frenético quando ele tocou todos os pontos com
precisão magistral. Meu pulso batia em meus ouvidos e
minha pele corou como se estivesse pegando fogo. A liberação
veio em um tsunami de êxtase. Eu gritei e segurei firmemente
à cama para não entrar em colapso.

De repente, ele agarrou minha cintura e me puxou


contra ele, sua ereção duramente pressionada contra as
minhas costas enquanto ele removeu a venda. Eu era como
uma boneca de pano em seus braços fortes. Ele colocou sua
camisinha e eu sob seu corpo muscular muito antes que eu
pudesse respirar decentemente. Minha cabeça estava cheia
de chumbo, uma vez que relaxei contra o travesseiro. Os
músculos de minha vagina ainda pulsavam
descontroladamente do orgasmo. Ele se inclinou sobre mim e
sua boca cobriu a minha mais ou menos quando ele se
abaixou com uma mão debaixo da minha bunda e empurrou
minha vagina ainda doendo contra ele. Sua boca devorava a
minha, abafando meu grito de prazer quando ele deslizou
dentro de mim. Ainda me recuperando do orgasmo incrível,
meu corpo tremia com cada impulso.

O olhar azul de Rett era escuro e sem foco à medida que


cada movimento acelerou. Meus dedos entrelaçaram em seu
longo cabelo e minhas pernas foram em volta de sua cintura,
instando-o a empurrar mais e mais profundo.

— Deus, você é gostosa, Finley. Você é muito gostosa. —


Ele me beijou novamente e, em seguida, mais ou menos me
segurou em um aperto tipo torno quando ele bateu em mim.
A cabeceira de ferro bateu na parede com o ritmo do seu
corpo. Cada movimento produziu ondas de tremedeira por
mim, como se o orgasmo tivesse sido sem fim, apenas um
longo trecho de puro êxtase físico.

Minhas pernas se apertaram ao redor dele e ele fechou


os olhos e inclinou a cabeça para trás. Seus dedos cavaram
minha carne e sua garganta moveu quando ele soltou um
gemido longo, profundo.

Barrett abaixou-se ao meu lado e me puxou para os


seus braços. Eu beijei seu peito nu e me deleitava com a
sensação de estar em seus braços fortes e protetores. Cada
centímetro de mim se arrepiou com pensamentos persistentes
de como ele tinha me tocado, conversado comigo, me
provocado.

Eu beijei seu queixo.

— Nível muito elevado, Sr. Mason.

Ele me apertou.

— Você gostou, hein? Só queria apagar qualquer


lembrança que possa ter do seu ex-namorado.

— Quem? — Eu beijei seu pescoço. — Ele desapareceu


completamente no momento que eu vi você, mas agora eu
olho para ele como uma grande perda de tempo. — Eu
pressionei meu rosto contra seu peito de novo. — Obrigada —
eu disse baixinho. — As pessoas apenas supõem que porque
eu tenho tudo aquilo a minha vida é perfeita. Tem sido muito
longe disso. Eu posso nunca ter de me preocupar com um
teto sobre minha cabeça ou comida no meu estômago, mas
eu tenho lutado muito. Mesmo que eu estivesse me sentindo
mais forte no ano passado, ainda havia esse vazio. Tenho
pessoas que me amam e as pessoas que eu daria a minha
vida por amor, mas eu estava perdendo a paixão.

Ele ficou em silêncio por um minuto e eu me preocupei


que eu tinha divulgado demais ou que eu parecia uma garota
rica e mimada ingrata, mas, em seguida, seus braços me
apertaram mais.

— Eu também, Fin e eu não sabia disso até agora.

No calor inebriante de seus braços, minha mente e meu


corpo relaxaram e meus olhos se fecharam. Eu sabia que
deveria estar na estrada, mas eu não conseguia encontrar a
força para deixar seu abraço. Um telefone tocou em algum
lugar do quarto e se misturou com os meus pensamentos
sonhadores até que a voz profunda de Barrett me acordou.

— Será esse o seu telefone?

Suspirei e olhei para o final da cama. Minha bermuda


estava do outro lado do caminho, onde eu tinha deixado cair.
Relutantemente, eu puxei o meu corpo para longe dele. Fui
até meus shorts e me inclinei para pegá-los. Quando me virei
para trás, Barrett tinha apoiado as mãos atrás da cabeça,
enquanto olhava para mim. Ele era tão surpreendentemente
bonito que eu respirei fundo. Ele era tão bom em olhar
sedutoramente para mim, meu corpo reagiu imediatamente.
Eu tinha acabado de ter um orgasmo alucinante e ainda
assim, eu estava pronta de novo.

O telefone tocou com urgência na minha mão. A voz de


Jude era como um balde de água fria. Eu percebi que eu
pressionei demais ele.

— Ei — eu disse.

— Agora eu estou muito chateado.

— Bem, não fique, pai. Eu não sabia que eu tinha um


toque de recolher. Eu estarei em casa em 30 minutos. — Eu
desliguei antes que pudesse dizer qualquer outra coisa. Isso
ia irritá-lo mais.

Peguei minha roupa e comecei a me vestir.

— Eu preciso sentar e ter uma longa conversa com os


meus irmãos e meu pai. Estou nos meus vinte anos e eu
ainda estou sendo tratada como uma adolescente. — A
menção de meus irmãos parecia limpar um pouco do brilho
de seu rosto. Fui até a cama e sentei. — Vai ficar tudo bem.
Eu prometo. — Minhas palavras não pareceram tranquilizá-lo
muito. Eu puxei minha calcinha e shorts. — Você vai estar lá
em casa amanhã?

— Sim. Estarei cavando trincheiras para que o


encanador possa ter água para o celeiro de Lilly Belle.
— Ótimo. Eu vou sair de manhã, mas eu vou fazer o
almoço. — Eu puxei o resto das minhas roupas e os sapatos
que de repente se tornou meu par favorito. Ele levantou-se e
puxou a calça jeans. Agora foi a minha vez de assistir com
um olhar aquecido. — Eu vou ter uma longa noite pensando
sobre o que você fez para mim neste quarto.

— Esse era o meu objetivo.

Eu caminhei até ele, coloquei meus braços em volta do


seu pescoço e o beijei.

— Objetivo alcançado.
Capítulo 11

Rett
Com o doce cheiro de Finley ainda persistente em meus
lençóis, foi uma longa noite para mim também. Eu tinha
tomado um banho frio, mas tudo que eu conseguia pensar
era que eu a queria nua na minha cama a noite toda. O idiota
que, uma vez satisfeito sempre escapava no meio da noite
para evitar qualquer conversa ou compromisso, de repente
queria que a menina estivesse lá na parte da manhã. Eu não
poderia imaginar nunca recebendo o suficiente de Finley. Eu
queria fazê-la gozar uma e outra vez. Eu queria estar lá
apenas para o prazer dela.

Jimmy estava terminando um prato de ovos, quando eu


entrei na cozinha. Ele estava sozinho e eu estava feliz. Eu não
estava pronto para ser grelhado pelas meninas ainda e eu
sabia que havia uma abundância de grelhas vindo. O silêncio
do meu irmão parecia vir com um aviso.

Servi-me um pouco de café e raspei o resto dos ovos da


panela no meu prato. Sentei-me em frente a ele e olhei com
expectativa para ele.

— O quê? — Perguntou ele.

— Apenas esperando o sermão de Jimmy.

Ele balançou a cabeça grande.


— Eu não vou dar lições a você, Rett. Você faz seus
próprios problemas e eu já disse que eu estou farto de lidar
com eles. — Ele bebeu o resto do café e a xícara bateu na
mesa mais forte do que o necessário. — Como você acha que
isso vai acabar?

— Sim, eu não acho que você seria capaz de ficar de fora


de um.

— Isso é porque de alguma forma, você conseguiu me


arrastar para cada um de seus problemas. Houve a grande
semana de você saindo de um vício em drogas. Não poderia
ter evitado isso porque você apareceu aqui e desabou no chão
da minha sala de estar.

— Tudo bem, da próxima vez eu não vou chegar até


você. Pensei que você se importava comigo, mas estou vendo
que não é o caso. Acho que, tal como os nossos pais
amorosos, você prefere que eu simplesmente desapareça.

Seu punho bateu na mesa e ela as quatro pernas saíram


do chão com o impacto.

— Quão rápido você acha que eu peguei aquele avião


maldito quando eu ouvi que você estava em alguma prisão
sombria no México? Quão rápido, Rett?

Fiquei olhando para os meus ovos frios.

— Eu sei. Mas eu preciso que você pare de tentar me


controlar.
— Ela é a filha de um bilionário.

Eu olhei para ele. Eu sempre odiei que ele fosse tão


malditamente racional. Eu sempre odiei que ele estava
sempre certo.

— Então, o que você está dizendo, que eu sou muito


pobre para manter seu interesse.

— Mais ou menos, sim. E algo me diz que seu


mega-famoso pai não vai ficar muito feliz com o
relacionamento também. E o seu trabalho...

— Eu vou encontrar outro emprego na construção civil.


A economia está voltando. Eu poderia até tomar algumas
aulas para pegar a minha licença de empreiteiro.

Ele me lançou seu familiar olhar de testa cética.

— Olha, eu sou um menino grande agora. Posso lidar


com isso. — Eu pensei sobre Finley e a noite intensa que
tinha acabado de ter. — Eu sempre tive as meninas me
querendo, mas, pela primeira vez, eu me sinto como se eu
tivesse encontrado alguém que precisa de mim. E ela é
incrível. Preciso correr esse risco. Vale a pena correr o risco
pela Finley.

Ele se levantou da mesa.

— Tudo bem, Rett, faça o que te faz feliz. Além disso, um


pouco de mágoa pode ser apenas o que você precisa para
uma mudança. — Ele saiu da cozinha.
— Amei conversar com você de novo, irmão mais velho.
— Eu gritei para ele. Eu costumo responder seus sermões
com algum sarcasmo cortante, mas, infelizmente, suas
palavras quase sempre deixaram uma marca. O sermão desta
manhã foi diferente. A ideia do meu próprio coração partido
não tinha, na verdade, passado pela minha cabeça até que
ele disse isso. Eu nunca coloquei meu coração lá fora para
alguma menina roubar e agora que eu tinha, isso me
assustou pra caralho.

***

A cobertura de nuvens final da primavera tinha clareado


e o sol se abateu sobre mim quando eu empurrei a pá no
chão. Eu tinha arrancado a minha camisa uma hora antes e
agora eu senti o calor escaldante sobre meus ombros.

Cole tinha me arranjado com o que eu precisava e saiu


para outro local de trabalho. Ele foi definitivamente menos
sociável desde que eu saí de sua festa. Mas eu ainda estava
certo de que ele não tinha ideia de que eu tinha abandonado
ele e seus amigos para ficar com sua irmã. Se soubesse, eu
estaria recebendo mais que um ombro frio. Eu não tinha visto
Finley ou qualquer coisa viva com exceção de Lilly Belle toda
a manhã. A vaca tinha arranhado por horas em um enorme
monte de feno, levantando a cabeça grande apenas
ocasionalmente, aparentemente para ver como sua nova casa
estava bem-feita.

Meu estômago se agitou com fome e mais de uma vez,


eu olhei para cima da minha tarefa na esperança de ver
Finley andando sobre o gramado. Quando ela finalmente
apareceu, era o meu pau e não o meu estômago que de
repente estava com fome.

Ela estava usando um vestido sedoso que mal roçou o


topo de suas coxas macias. Ela estava com os pés descalços e
seu cabelo loiro parecia ainda mais leve sob a luz do sol. Uma
cesta oscilou de um braço e seu companheiro leal trotava ao
lado dela.

Encostei-me a minha pá e vi quando ela caminhou até o


curral da vaca. Ela abriu a porta, pegou um prato de comida
fora de sua cesta e colocou-a sobre a grama para o
Porquinho. Ela voltou pela porta e trancou-a atrás dela. Em
seguida, com um balanço perfeitamente sedutor de seus
quadris pequenos, ela veio para mim. Ela parou e descansou
a cesta na grama.

Olhei para o curral. A vaca e o porco se colocaram ao


lado um do outro mastigando.

— Lilly Belle e Porquinho almoçam juntos?

Ela olhou de volta para os animais.

— Eles gostam de conviver e trocar histórias de horror


humanas. Porquinho foi resgatado de uma fazenda onde
todos os animais estavam morrendo de fome. É por isso que
ele é tão pequeno. A fome atrofiou seu crescimento. Passou a
manhã no celeiro de resgate onde foi enviado primeiro antes
de vir aqui. Eu sou voluntaria quatro dias por semana. É o
que eu venho morrendo de vontade de fazer por um longo
tempo. Finalmente estou bem o suficiente para fazê-lo.

Era sempre difícil olhar para a menina animada na


minha frente e imaginá-la como qualquer coisa além de
confiante.

— Você está no clima para o almoço?

Eu limpei o suor da minha testa com a palma da minha


mão.

— Vendo você vindo sobre o monte nesse pequeno e


frágil vestido, definitivamente fez-me com fome para outra
coisa.

Suas bochechas escureceram e ela apertou de volta um


sorriso.

— Bem, isso é bom porque... — Ela se inclinou para


baixo, procurando algo no cesto e levantou um pacote de
preservativos... — Eu trouxe a sobremesa.

— O seu próprio suprimento?

— Olá — disse ela — a filha de Nicky King, lembra-se?


Ele tem de todas as cores, tamanho e textura. — Seu doce
riso rolou para o ar quente. — É um milagre que eu tenha
crescido com um pingo de normalidade. E, acredite em mim,
é um pingo escasso.

— Qualquer coisa mais seria chato. — O tecido


cintilante de seu vestido pressionou firmemente contra as
curvas de seu corpo quando uma brisa tomou conta de nós.
Olhei para ela. — Estou morrendo de fome. Onde podemos
comer? — Eu estava pensando em segurar seu pequeno
corpo apertado contra o meu desde que ela tinha parado o
carro na garagem de Jimmy e agora o desejo de levá-la em
meus braços voltou como uma vingança. Eu tinha me
impressionado com o autocontrole que eu tinha conseguido
na noite anterior, quando tudo o que eu conseguia pensar era
arrasta-la nua e disposta abaixo de mim. De alguma forma,
eu consegui, mas agora que eu tive um sabor dela, ia ser
ainda mais difícil manter o controle.

— Há uma pequena sala de recreação pelas quadras de


tênis. Há uma mesa e cadeiras e só isso. Mas eu acho que vai
funcionar.

— Estamos nos esgueirando e escondendo na sala de


recreação? Na verdade, eu gosto dessa ideia.

— Eu não diria que é esgueirando. Apenas uma


precaução. Ninguém está em casa e a governanta e chef
nunca saem além da área da piscina. — Ela mordeu os lábios
macios e rosa no pensamento. — Eu vou falar com meus
irmãos hoje à noite. Eu apenas pensei que seria mais fácil
não ter que se preocupar com eles voltando para casa. —
Suas bochechas coraram de novo e ela parecia estar falando
em algo. Seus olhos azuis brilhavam à luz do dia quando ela
olhou para mim. — A propósito... — Ela estendeu a mão e os
dedos tremiam um pouco quando ela desatou a fita de seu
vestido. Os lados caíram revelando seu corpo nu por baixo. —
Deixei meu traje de banho no interior.

Engoli em seco e respirei fundo. Eu não conseguia parar


de tomar-lhe o mamilo entre o polegar e o dedo indicador. Ela
suspirou baixinho e o som disso me deixou duro.

— Posso apenas dizer... melhor maldita pausa para o


almoço de sempre. Mas eu tenho que avisá-la, estou muito
suado.

Ela estendeu a mão e arrastou-a com seu dedo pelo oco


do meu peito.

— Você diz isso como se fosse uma coisa ruim.

Minha mão foi sob o tecido de seda e meu braço enrolou


em torno de sua cintura fina. Puxei-a contra mim e eu a
beijei. O sangue subiu pelas minhas veias e minha ereção
pressionou contra o zíper da minha calça jeans.

Ela afastou-se, amarrou seu vestido e olhou de volta


para seus animais de estimação.

— Não na frente das crianças. — Então, ela me dirigiu


para pegar a cesta e me levou para as quadras de tênis.

Dizer que a propriedade King era impressionante era um


eufemismo. Ele parecia ter fronteiras infinitas e tudo isso em
uma cidade onde cada metro quadrado valia uma fortuna. As
quadras de tênis pareciam menos imaculada e com menos
cuidados do que o resto da propriedade. Parecia que havia
uma espécie de solidão que pairava sobre elas.

— Cole disse-me que você é realmente uma grande


jogadora de tênis.

Ela parecia estar pesando sua resposta.

— Eu acho. Eu tinha um treinador e tudo, mas eu


sufoquei na satisfação. — Ela abriu o portão para as
arquibancadas e olhou através do asfalto deserto. Os bancos
estavam oxidados, os parafusos no chão e as redes pareciam
gastas de tempo e do tempo. — Eu tenho sufocado com um
monte de coisas na minha vida. Meu pai estava tão animado.
Imaginou-me jogando na quadra central de Wimbledon. Eu
sei que ele ficou desapontado quando eu parei. — A tristeza
em sua voz me fez mudar o assunto.

Na parte traseira das quadras estava um pequeno


edifício cor de marfim. Finley abriu a porta de vidro e entrou.
Ela acenou com a mão na frente do rosto.

— Oh, um pouco empoeirado. — Ela se aproximou e


abriu uma janela. — Eu acho que não é o local mais
conveniente para comer um sanduíche de manteiga de
amendoim. Mas, talvez isso ajude com o ambiente. — Em
seguida, ela rapidamente desamarrou a fita de novo, como se
ela precisasse agir rápido antes que ela pensasse muito sobre
isso e perdesse a coragem. O vestido escorregou para o chão.
Ela colocou os braços ao redor de seus seios e riu
timidamente. — Eu não posso acreditar que acabei de fazer
isso. E eu não posso acreditar que eu estou pelada com um
homem na sala de recreação, onde as minhas amigas e eu
costumávamos fazer festas do pijama.

Eu andei até ela, agarrei-lhe os pulsos e levantei os


braços de seus seios. Seus mamilos rosas escuros
endureceram sob o meu olhar.

— Então vamos fazer algumas coisas de lazer.

Os topos redondos de seus seios subiam e desciam com


cada respiração quando ela olhou para mim. O rubor cobria
seu pescoço e escureceu a cor dos lábios.

— Nunca me senti tão bem em ser indecente. O que tem


sobre você, Rett, que me faz perder toda a inibição? Eu juro
que nunca agi ou me senti assim antes.

Meu pau estava mais duro que nunca.

— Então, é nossa hora, querida. Agora, a minha


pequena garota devassa, como quer que seja o seu prazer
esta tarde?

Ela apertou o lábio inferior por um segundo e até


mesmo esse pequeno gesto era excitante.

— Surpreenda-me. — Ela andou até a cesta,


certificando-se de mexer a bunda lisa, redonda e eu
observava cada movimento sedutor. Ela tirou o preservativo e
um sanduíche. — Você pode precisar de sua força.

— Eu estava tendo sonhos molhados sobre esse


trabalho de depilação a brasileira durante toda a noite.
Comer um sanduíche de manteiga de amendoim levaria
muito mais esforço e concentração do que eu tenho agora.

Eu poderia dizer que houve uma breve hesitação doce,


sobre tudo o que ela fez, mas ela sabia exatamente como me
deixar louco e minha determinação desapareceu com cada
movimento de seu corpo flexível. Um pedaço de timidez
agarrou-se a ela quando ela se debruçou sobre a mesa e, em
seguida, ela respirou fundo e abriu as pernas. Tão
inexperiente como ela parecia ser, eu tinha prazer na
constatação de que ela se sentia completamente à vontade
comigo. Ela estava pronta para explorar tudo sobre sua
sensualidade comigo e esse pensamento me fez delirar com a
necessidade. Ela recostou-se nos cotovelos e trouxe os pés
para cima. Sua respiração acelerou quando ela mais uma vez
expôs sua vagina para mim. Na noite passada eu tinha dado
passos medidos para fazê-la gozar em primeiro lugar. Eu não
queria desapontá-la, mas hoje foi demais.

— Eu acho que você deve tirar os jeans — ela sugeriu.

Eu estava nu em segundos. Seus olhos arredondaram


quando peguei o preservativo. Em seguida, cheguei para os
braços e puxei-os ao redor do meu pescoço quando a minha
boca bateu sobre a dela. Nossas línguas se chocaram e não
podíamos beijar profundo ou forte o suficiente para satisfazer
a fome.

Ela estendeu a mão e alisou sua pequena mão sobre


meu pau, que endureceu ainda mais em seu aperto. Segurei
sua cintura e virei-a. Ela guinchou com protesto por um
curto segundo quando eu inclinei o corpo para baixo sobre a
mesa. Ela descansou em seus braços e sua cabeça relaxou
quando sua testa tocou as mãos. Eu coloquei o preservativo
e, em seguida, cheguei ao seu redor. Meus dedos
massageavam as dobras quentes, molhados de sua vagina e
seu grito de alarme suavizou a um gemido de prazer.

— Abra mais suas pernas mais para mim, querida.

Sua respiração acelerou em antecipação. Meus dedos


deslizaram mais profundo enquanto as coxas se separaram.

Inclinei-me sobre ela e beijei a pele entre as omoplatas


enquanto meus dedos empurraram mais para dentro dela.
Ela estava escorregadia e pronta e eu sabia disso, mas eu
queria que ela soubesse disso.

— Peça-me, querida. Não. Me implore, Finley. Você me


quer?

— Sim — ela gritou fracamente — por favor, Rett, por


favor. Me come. — As últimas palavras saíram em um
sussurro e elas desintegraram meu último resquício de
controle. Uma mão continuou a massagear o clitóris inchado
enquanto a minha mão livre inclinou a bunda mais para
cima. Meu pau latejante empurrou profundamente dentro
dela. Minha mão livre agora movia entre meu abdômen e sua
bunda e eu deslizei meu dedo em sua bunda perfeitamente
redonda. Ela respondeu imediatamente, empurrando contra o
meu dedo sondando. Eu queria muito pegar seus quadris e
empurrar rápido e duro, mas me segurei. Movimentei-me
lento e fácil contra ela, enquanto minhas mãos massageavam
cada parte íntima dela. Seus dedos enrolaram em pequenos
punhos e ela moveu sua bunda contra mim com cada
impulso.

— Oh Deus, Rett! — Ela gritou e contorceu-se sob o meu


corpo enquanto o meu pau empurrou mais para dentro. —
Sim! Merda, sim — ela disse em um fôlego e, em seguida, seu
corpo estremeceu e sua vagina apertou em torno de meu pau.
Seus ombros relaxaram e ela quase caiu mole embaixo de
mim. Eu agarrei seus quadris e segurei-a firmemente quando
eu me movia dentro dela em um quente, ritmo frenético. Ela
parecia suave e vulnerável e tão gostosa que demorou apenas
alguns segundos antes de eu explodir dentro dela.

Inclinei-me e arrastei um longo rastro de beijos por suas


costas enquanto eu deslizava para fora dela. Em seguida, eu
levantei-a em meus braços e pulei para cima da mesa. Ela
apertou o rosto contra o meu ombro enquanto eu a embalei.

Ela ficou em silêncio por alguns minutos e, em seguida,


ela suspirou.

— Isto é real, Rett? — Eu apertei meus braços em torno


dela. — Por favor — disse ela tão baixinho que quase foi
abafado pelos nossos batimentos cardíacos. Ela apertou
ainda mais contra mim. — Por favor, me diga que isso é real
— ela sussurrou. — Se não for, então eu nunca quero
acordar desse sonho. — Suas palavras escoaram diretamente
em meu peito e em volta do meu coração.

Eu beijei o topo de sua cabeça.

— É real, Fin. E é muito incrível.


Capítulo 12

Finley
A dor nas minhas coxas só serviu para me fazer sentir
mais falta de Barrett. Ele tinha voltado a trabalhar nas
trincheiras e eu vesti um jeans e uma camiseta para ajudar.
Cole havia retornado e sua carranca ao ver nós dois
trabalhando juntos me garantiu que eu precisava falar com
meus irmãos imediatamente.

Depois do jantar, eu tinha levado Lilly Belle para uma


caminhada em volta do terreno, na esperança de chegar com
o tato direito. Mas todas as minhas ideias brilhantes foram
apagadas quando eu caminhava de volta para dentro. Jude
sentou-se no sofá com o que eu chamo de sua atitude auto
importante, os braços cruzados e Cole não parecia muito
mais relaxado enquanto ele drenou uma lata de cerveja. Éden
sentou-se no lado oposto do sofá e ignorou os dois. Era
sempre fácil dizer quando ela estava chateada com Jude, o
que não acontece frequentemente, mas quando estava, você
pode sentir a partir de um quilometro de distância.

Jude levantou o controle remoto e silenciou o som.

— Finley, nós precisamos conversar.

Eu respirei fundo e endireitei meus ombros.

— Eu concordo.
— Eu não sei o que você está fazendo com esse cara
Barrett, mas você precisa parar essa merda antes de se
machucar.

— Oh, é isso que você acha? — Eu olhei para Éden de


volta, mas lembrei da regra de ouro de não jogar ela entre
nós. Ela olhou para seu colo. Voltei minha atenção para o
meu irmão. — Bem, Jude, vai se ferrar. — Quão não
impressionante como minha réplica fosse, parecia ter tido
algum impacto. O queixo de Jude cerrou.

— Sério? Depois de uma hora de caminhada com a vaca


ao redor do pátio, esse é o único argumento que você poderia
apresentar?

Acenei para longe seu sarcasmo cortante.

— Eu tinha todos os tipos de coisas boas para atirar em


você, mas uma vez que eu vi vocês dois aqui sentados com
suas carrancas com raiva, eu decidi que eu não precisava de
qualquer argumento. Essa é a minha vida.

Cole abriu a boca para falar, mas eu coloquei a minha


mão.

— Não se preocupe, Cole. Vai soar ainda mais


desagradável vindo de você.

Cole relaxou.

— Queria que eu nunca tivesse o trazido aqui. Eu só


não achei que ele seria o seu tipo.
— Uh, correndo o risco de irritar o meu namorado cheio
de raiva aqui — Éden falou com uma confiança que eu
sempre invejei — Barrett é o tipo de toda menina.

Os maciços ombros de Jude ficaram tenso e eu cobri


minha boca para abafar uma risada. Foi chocante, engraçado
e simplesmente perfeito saindo da boca de Éden.

Cole apoiou os antebraços nas coxas.

— É exatamente isso. É por isso que eu não acho que


Fin sequer olharia duas vezes para ele. — Ele olhou para
mim. — Por que você tem que escolher este momento para
ser uma parte do convencional?

— Ele é tão grande — eu disse e então me lembrei o


empate real que Cole tinha de Rett. — E se você demiti-lo por
causa disso, Cole, então eu juro que nunca mais vou falar
com você de novo. — Minha garganta rachou enquanto eu
disse isso. Eu nunca disse nada parecido a qualquer irmão,
mas eu queria muito que tudo isso desse certo. Cole parecia
chocado com as minhas palavras e minha garganta se
apertou mais.

— Bem, você já teve o seu divertimento — disse Jude em


sua forma habitual mandona, concisa. — Então, acabe com
ele agora.

Uma pequena risada de indignação estalou da boca de


Éden. Levantou-se do sofá, se aproximou de mim e pegou
minha mão. Jude parecia confuso e mais que um pouco
preocupado quando ela olhou para ele.

— Não, Jude, você precisa acabar com isso agora. Finley


não é uma garotinha que você pode mandar quando quiser.

— Éden, basta ficar de fora dessa. Você não conhece —


ele parou e eu tinha certeza que ele não iria continuar, mas,
ocasionalmente, Jude falava antes de pensar e este foi um
desses momentos. — Você não conhece ela como eu conheço.

— Realmente? Bem, eu conheço você muito, muito bem


e agora, você está agindo como um idiota total. — Ela se
inclinou e beijou meu rosto. — Boa noite, Finley. — Ela
baixou a boca no meu ouvido. — Mantenha seu terreno, Fin.
— Com isso, ela saiu da sala com um toque dramático que só
alguém tão linda como Éden poderia fazer.

— Éden — Jude chamou depois, mas ela o ignorou. —


Maldição, Fin, isso foi sua culpa. Se você não fosse tão
estragada.

Olhei para ele.

— Por que você não quer que eu seja feliz?

Ele riu e foi o mais próximo que eu já tinha vindo a


querer dar um tapa nele.

— Feliz? Com esse cara? Enfrente-o, Fin, é apenas


físico.

Por um breve momento eu deixei suas palavras


chegarem a mim. A sensação de mal-estar apertou no meu
estômago e me perguntei se o que ele disse era verdade. Eu
pensei sobre o tempo que eu passei com Barrett até agora. E
então, eu pensei em não vê-lo novamente e o sentimento
doentio piorou. Não era apenas físico. Eu queria estar na vida
de Barrett. Eu queria que ele na minha vida também. Minha
medicação tinha tornado mais difícil para eu chorar, mas se
havia alguém que poderia trazer lágrimas relutantes, foi
Jude. Lágrimas nublaram meus olhos.

— Ele me faz sentir coisas que eu não sentia há muito


tempo.

— Isso é o que eu estou preocupado, Doolittle. — Ele


tinha suavizado sua voz e se prendeu no apelido que ele tinha
me dado para um toque adicional. — Você não precisa ter o
seu coração quebrado por alguém como ele. Você finalmente
está se levantando sozinha.

— Então, isso é isso tudo? Você está preocupado que


sua irmã mais nova vá cair aos pedaços? Você está
preocupado que eu me tornarei desequilibrada e vou ficar no
seu caminho novamente? Eu sei que vocês odeiam que eu
tive problemas. Você odiava ter que estar — eu levantei meus
dedos em aspas no ar — nas ponta dos pés em torno de mim.
Você deixou tudo muito claro na noite quando eu... — Eu não
consegui terminar. Eu nunca gostei de pensar sobre aquela
noite. Então, de repente, me dei conta de que eu estava sendo
completamente egoísta. A verdade era que os meus irmãos
tiveram que pisar em ovos e observar cada movimento que eu
fazia e eu nunca tinha dito nada a eles sobre isso.
Sentei-me na mesa de café em frente ao sofá.

— Olha, eu sei que vocês dois tiveram que tomar conta


de mim e numa idade em que eu tinha passado a fase de
babá. Eu aprecio o bom atendimento que ambos deram para
mim. Jude, você cuidou de mim como um anjo da guarda. —
Ele engoliu em seco e eu sabia que tinha a sua atenção
agora. — Um anjo da guarda muito mandão, mas eu sei como
você é protetor. Medicação e terapia me ajudaram a lidar com
isso. — Eu sorri. — Às vezes eu ainda posso descer as
escadas e não tocar no corrimão três vezes. E eu nem sequer
me preocupo com isso quando eu toco nele. Mas enquanto
essa nuvem farmacêutica me ajudar a estancar qualquer
sentimento de pânico ou coação, ele também me impede de
sentir os sentimentos intensos habituais que vêm com uma
vida plena. Eu realmente gostei de Max, mas quando ele saiu
da minha vida, eu quase não me encolhi. Max nunca quebrou
através da neblina. Barrett sim e eu quero isso. Eu quero me
sentir vulnerável, animada e oprimida pelo pensamento de
alguém.

— É por isso que eu estou preocupado — disse Jude. —


Isso pode ser mais do que você pode lidar agora.

— Eu nunca fui estúpida quando se trata de rapazes. Ao


longo da minha adolescência, eu era a única menina no meu
pequeno círculo de amigos que não era louca sobre os
meninos. Se isso não funcionar, então eu vou ficar bem. Eu
vou estar com o coração partido, mas pelo menos, eu vou
saber que eu sou capaz de sentir a emoção.
Black Thunder, o toque do meu pai explodiu do meu
telefone.

— Papai não vai ficar bem com isso — disse Cole


enquanto eu atendi.

Eu coloquei no viva-vos.

— Ei pai, estamos todos sentados na sala de estar. Onde


você está?

— Apenas esperando no aeroporto para o avião ficar


pronto. — O clamor de ruídos do aeroporto no fundo tornou
difícil ouvi-lo. — Estamos voando para a Inglaterra. Só queria
ter certeza de que tudo estava bem aí.

— Está tudo ótimo, pai. Estávamos apenas tendo uma


reunião de família legal. — Eu mostrei um sorriso falso para
Jude e ele respondeu com um dedo médio.

— Sobre o que é a reunião?

Levantei-me e caminhei ao redor da mesa de café para


colocar alguma distância entre mim e o sofá.

— Há algo que eu realmente quero. — Eu olhei


rapidamente para o meu irmão. — E Jude não quer que eu o
tenha — eu disse enigmaticamente.

— Você pode ter qualquer coisa que você malditamente


precisar, Fin — Papai respondeu.

— Obrigada, papai. — Eu sempre adicionei a segunda


sílaba, quando eu queria colocá-lo de forma segura no meu
bolso. Isso me fez sentir como a mimada, rica menina que
todo mundo sempre esperava que eu fosse e quando ele veio
para o meu pai, eu estava bem com isso. Eu mostrei a língua
para Jude.

— Pai, a coisa que ela quer, tem dois metros de altura e


ele trabalha para Kingston Construção. — Jude forçou um
sorriso para mim agora. Cole relaxou e balançou a cabeça.
Ele já estava entediado com a coisa toda. O habitual para
Cole, que estava verdadeiramente interessado apenas em
Cole. Às vezes, eu queria que Jude fizesse o mesmo.

— Fin — disse papai mais cortante do que eu esperava


— tire-me do viva-vos. — Eu apertei o botão e entrei na área
da cozinha. – Sobre o que Jude está falando?

— Eu conheci alguém e eu realmente gosto dele.

Apenas vozes de estranhos vieram através do telefone no


início.

— Pai?

— Finley, eu não acho que um relacionamento é o que


você precisa no momento. Eu pensei que você estava indo ser
voluntária no resgate de animais.

— Eu estou, mas eu acho que posso lidar com ambos.


Eu não sou uma idiota, pai. Eu tenho 22 anos de idade.
Todos vocês têm que me deixar sair do meu plástico bolha.
Caso contrário, eu vou sufocar.
— Por que você não adia ver este menino e nós vamos
falar mais sobre isso quando eu chegar em casa?

— Então, eu tenho que colocar minha vida em modo de


espera enquanto você esteja perambulando ao redor do
mundo? Pai, eu realmente gosto desse cara. — Era hora de
desligar a menina implorando e começar a lembrar o meu pai
que eu era uma adulta. — Eu não vou parar de vê-lo — eu
disse em um tom que não deu lugar para o argumento.

Ele ficou em silêncio novamente e então, eu ouvi o seu


empresário no fundo deixando-o saber que o jato particular
estava pronto para ir.

— Fin, basta ter cuidado. Este é um território novo para


você e eu não quero que você se machuque.

— Pai, está tudo certo. Eu posso lidar se me machucar.


Eu prometo. Tenha um voo seguro. Eu te amo.

— Eu também te amo, Fin-Fin.

Jude olhou para cima da televisão em expectativa.

Arrumei meus ombros e deslizei meu telefone no meu


bolso.

— Tudo esclarecido. Então, você pode simplesmente


deixar de ser um homem mandão. Eu vou continuar vendo
Barrett.

Jude caiu para baixo, mas a tensão em seus ombros


ainda era evidente.
— Tudo bem, só não venha correndo para mim quando
ele explodir.

— Tudo bem, eu não vou — eu disse confiante, mas no


fundo, o pensamento de não ter Jude correndo para mim
estava incomodando e me apavorava. Mas eu queria ser
tratada como uma adulta e eu precisava parar de depender
tanto dele. Esta foi a minha chance de provar para o meu pai
e os meus irmãos que eu estava deixando para trás os meus
problemas anteriores e que eu poderia lidar com qualquer
coisa que a vida jogasse no meu caminho. É claro que essa
noção parecia completamente assustadora.
Capítulo 13

Rett
A velha caminhonete rangia enquanto subia a longa
entrada para a casa de Finley. Os ventos chutaram uma
nevasca roxa das árvores ao longo da estrada. Foi a primeira
vez que eu tinha vindo até a casa para buscá-la e ainda me
senti estranho. Ela e seus irmãos e seu pai tinham feito as
pazes com a coisa toda... por enquanto. Cole e eu tínhamos
voltado a uma relação patrão e trabalhador, que, ao longo
prazo, era provavelmente melhor de qualquer maneira.
Mesmo com tanto em comum, não havia muito que
eventualmente colocasse uma pressão sobre a nossa
amizade. É claro que eu tinha pouco em comum com Finley
também, exceto que eu pensava nela o tempo todo e quando
estávamos juntos, não conseguíamos manter as mãos longe
um do outro.

A porta da frente maciça se abriu e Finley saiu


parecendo apenas uma pequena parte de uma menina na
frente da fachada extensa da mansão. Ela usava jeans
desbotados, uma camisa de flanela e botas. Ela sempre me
ignorava quando ela entrava, outro hábito que eu aprendi a
amar. Ela subiu na caminhonete.

— Ei, fazendeira Finley, parece que você foi feita para


andar nessa velha caminhonete. Só está faltando aquele meu
lenço vermelho. — Imediatamente a minha mente foi para o
sexo. Nada incomum para mim, mas parecia acontecer muito
mais desde que eu conheci Finley. — Eu estou pensando que
precisamos parar em meu quarto e amarrá-la com esse lenço.

— Mandy e Joe estão nos esperando no celeiro. — Ela


correu ao meu lado. — Eu amo que essas caminhonetes
velhas têm banco único. — Ela esticou-se e beijou meu rosto.
— Muito mais aconchegante. Eu só espero que eu possa
manter minhas mãos longe de você enquanto você está
dirigindo.

— Não é um problema. Eu sou muito bom em


multitarefas, especialmente quando uma das tarefas tem a
ver com beijar e te tocar. — Dei a volta no caminho circular e
saímos pelos os portões.

Finley estendeu a mão e mexeu os botões do rádio


antigo. Jimmy tinha substituído os alto-falantes, mas o rádio
original permaneceu. Ela se acomodou em uma estação de
rock de que a banda de seu pai passou a tocar.

— O seu pai ainda está em turnê?

— Tecnicamente, mas eles pararam para descansar na


propriedade rural do meu pai, na Inglaterra.

— Por que você disse descansar desse jeito?

Ela inclinou a cabeça no meu ombro e eu percebi que


ela estava certa sobre o assento do banco.
— Meu pai nunca descansa. Ele ainda festeja como se
ele estivesse na casa dos vinte anos. Ele teve um princípio de
infarto há um ano e eu pensei que iria assustá-lo para
abrandar o suficiente. Mas ele é tão selvagem como sempre. E
as pessoas ao seu redor não dão a mínima para a sua saúde.
Eles só querem festa, curtir e usar muito dinheiro do meu
pai.

A rodovia estava lotada para um domingo. Tirei a


caminhonete para o mar em movimento lento de carros.

— Eu acho que você não o vê muito.

Ela balançou a cabeça.

— É por isso que Jude é sempre tão controlador. Por


algum motivo ridículo, meu pai o colocou no comando
quando Jude fez dezenove anos e a alimentação tem subido à
cabeça. Pelo menos, quando se trata de mim. Ele
praticamente deixa Cole sozinho.

Eu ri.

— Nós realmente precisamos juntar Jude e Jimmy. Eles


são tão malditamente semelhantes que é estranho.

Ela se inclinou para frente e trocou as estações.

— Eu não posso sentar ao lado do meu novo namorado


gostoso e ouvir a voz que me cantava canções de ninar
quando eu era uma garotinha. — Ela rodou no cinto de
segurança, levantou o braço e colocou seu corpo junto ao
meu. A palavra namorado levou um redemoinho em volta do
meu cérebro. Eu raramente me prendia com alguma menina
tempo suficiente para ser considerado um namorado, mas
desta vez, o rótulo era bom. Eu estava aceitando a ideia de
que eu estava indo para a vida de Finley e eu a queria na
minha. Tudo sobre isso parecia completamente absurdo e
completamente certo.

— Chega de conversa sobre os irmãos e pais. — Sua


mão alisou meu jeans e parou no topo das minhas coxas. —
Eu não o vejo há dois dias e eu senti sua falta... muito. — Ela
disse as últimas palavras tão sugestivamente que eu cresci
duro no som dela e não escapou de seu aviso prévio. Sua mão
se moveu para o meu pau e ela esfregou a palma da mão
sobre o zíper da minha calça jeans. Segurei o volante e engoli
em seco.

— Fin, estamos na estrada.

Seus dedos abriram o botão de cima na minha braguilha


e eu respirei de forma profunda e instável.

— Sim, uma autoestrada que está se movendo a 10


quilômetros por hora. — Ela abriu o zíper da minha calça
jeans e deslizou a mão para dentro. — Além disso, o que
aconteceu com multitarefas?

Prendi a respiração enquanto seus dedos enrolaram no


meu pau.

— Puta merda — eu murmurei. Troquei de pista e virei


na saída. — A merda com a multitarefa. Há apenas uma
tarefa que eu quero me concentrar agora. — Ela olhou para
mim e passou a língua pelo lábio inferior, quando os dedos
brincaram com a ponta lisa do meu pau. Recusei a primeira
rua tranquila e encontrei um pequeno estacionamento que
estava bastante deserto. Eu estacionei sob uma árvore no
canto. — Merda, Finley, dois dias é muito tempo.

Sua mão se moveu para cima e para baixo ao longo do


meu pau enquanto ela esticou-se e beijou-me.

— Não poderia estar mais de acordo — ela suspirou em


minha boca.

— Tire seu jeans, querida, por favor — eu implorei.

Seus lábios dividiram em um sorriso, mas ela não parou


de me beijar.

— Por que, Rett Mason, parece que você está me


pedindo esmola.

— Tenho certeza que estou, porra. — Eu abaixei sua


camisa de flanela e puxei para baixo o sutiã. Meus dedos
alcançaram cegamente os seios e encontrou seus mamilos
tensos. Ela esfregou contra o meu polegar calejado.

Então, ela puxou a boca da minha e umedeceu os lábios


com a língua. Ela se inclinou para baixo e eu respirei
enquanto seus lábios molhados, exuberantes envolveram em
torno da ponta do meu pau. Seus dedos se moviam para cima
e para baixo na base quando a boca deslizava sobre a ponta.
Ela gemeu baixinho quando ela me provou. Eu relaxei minha
cabeça para trás e passei meus dedos no seu cabelo sedoso.

Eu mexi minha pélvis e meu pau ficou mais fundo em


sua boca, mas ela não recuou.

— Isso é tão bom pra caralho. — Meu pulso batia em


meus ouvidos e eu queria que ela tomasse tudo de mim. Ela
pareceu sentir a minha necessidade e baixou os lábios mais
longe, enquanto a mão ainda movia para cima e para baixo.
Meus dedos se enredaram em seu cabelo e eu segurei-a com
força contra mim. Sua língua e lábios se moviam com
habilidade e propositadamente sobre minha palpitante
ereção. Eu apertei meus músculos com força. — Deus, eu vou
gozar... eu avisei, mas ela não recuou enquanto minha
semente derramou em sua boca.

Ela endireitou-se e correu o dedo mindinho em toda a


lateral de sua boca para secá-la. Ela suspirou feliz.

— Isso foi divertido. Eu acho que poderia ter sido um


pouco mais aventureira na autoestrada, mas um
estacionamento de obras... — Ela esfregou a mão na borda do
assento. — Deixe seu irmão saber que eu amo sua
caminhonete.

Minha frequência cardíaca estava finalmente voltando


ao normal enquanto eu abotoava minha braguilha.

— Eu passei a gostar mais também... apenas nos


últimos minutos. — Eu olhei em volta. Foi um bom dia, mas
o estacionamento do parque que parecia ser uma daquelas
grandes ideias pensado pelo conselho da cidade, onde a
localização e elaboração só não eram suficientes para atrair
visitantes. — É muito tranquilo aqui. Você tem certeza que
não quer escapar desses jeans? Pode levar alguns minutos
para me recuperar... — Eu subi e passei meu polegar sobre o
lábio inferior — de ter essa boca linda enrolada no meu pau,
mas eu tenho certeza que posso controlá-lo.

— Estamos atrasados já. — Ela se aconchegou contra o


assento e colocou o cinto de segurança. — Mas eu vou
esperar algo em troca.

— Então, eu vou ter que começar a pensar em uma


forma criativa para recompensá-la. — Eu liguei a
caminhonete e nós voltamos para a rodovia. O tráfego tinha
limpado um pouco durante nosso pequeno desvio erótico.
Mais uma vez, ela descansou a cabeça no meu ombro e
parecia tão certo de tê-la ao meu lado que estava começando
a ficar difícil de imaginar estar sem ela.

— Finley — Eu olhava para frente, mas ela se virou para


olhar para mim. — Estou feliz que você saiu e levou meu
sanduíche de presunto. — Eu olhei para ela. Ela era como
um diamante, raro e sem falhas e eu fiquei encantado com o
quanto do meu coração que ela já tinha conseguido roubar.

Ela sorriu e colocou os braços ao redor dos meus.

— Talvez tenha sido Porquinho que determinou o nosso


destino. Lilly Belle vai se decepcionar quando eu dizer isso a
ela.

Nós dirigimos ao longo da estrada de terra batida que


levou à propriedade de Barn Angel’s Rescue Facility. Três
grandes celeiros vermelhos e uma longa fila de barracas ao ar
livre, que Finley chamou de hotel de égua, pontilharam um
grande pedaço de terra. Havia mais três currais com toda a
variedade de animais de produção. Dois burros olharam para
cima de um pedaço de feno quando saímos da caminhonete.
Um zurrou alto quando viu Finley.

— Esse é Dilly. Ele acha que eu sou a sua massagista


pessoal. — Finley caminhou até o curral e estendeu a mão.
Ambos os burros deixaram para trás a sua pilha de feno e
correram até a cerca. Nós esfregamos seus pescoços até que
eles decidiram que o seu feno era mais tentador.

— A maioria desses animais parece muito bem


cuidados. Todos eles foram resgatados de abate como Lilly
Belle?

— Muitos deles vieram de vida de abuso e fome como


Porquinho. As pessoas ficam com os animais e, em seguida,
os negligenciam.

Segui-a até um curral com três cabras. Uma estava


sentada na parte superior do conjunto de jogo de plástico de
uma criança e as outras duas foram descansar contentes
debaixo da árvore. Assim como ocorreu com os burros, as
cabras trotaram em nossa direção por atenção. Haviam se
movido com tanta facilidade que eu não tinha notado que
estava faltando uma perna da frente de uma das cabras, até
que chegou a cerca.

Finley esticou o braço e acariciou a cabeça do bode.

— Os proprietários de Cooper nunca deram o cuidado


adequado em seus cascos e eles se curvaram em seus pés. A
infecção foi tão ruim que a perna teve que ser removida. Mas
ele se adaptou muito bem.

Olhei para o quintal cheio de animais de conteúdo.

— É terrível admitir, mas eu sei que esse tipo de merda


está acontecendo. — Cooper pressionou sua cabeça contra a
minha mão para a atenção. — Eu acho que às vezes é mais
fácil fingir que não está. Mas maldição, basta olhar para esse
cara pequeno arrastando em torno de três pernas feliz por ter
encontrado seres humanos decentes para cuidar dele.

Uma das cabras levantou-se sobre as patas traseiras e


pressionou dois pequenos cascos contra o muro. Finley se
inclinou e esfregou seu nariz.

— Eu sei que parece estranho, mas eu sempre achei


mais fácil me relacionar com os animais que com as pessoas.
— Ela acariciou a listra preta longa sobre a cabeça do bode.
— Às vezes eu penso muito sobre o que acontece com alguns
desses animais e eu sei que não posso ajudar a todos. Isso
me oprime e eu tenho que me forçar a parar de pensar nisso
— disse ela em voz baixa. — Eu pretendo iniciar um desses
lugares também com meu fundo de garantia. Meu pai não
sabe ainda — ela bateu em sua testa — mas eu tenho toda a
ideia armazenada aqui na minha cabeça. Eu passei até
mesmo a fazer alguns cursos on-line para a criação de
animais e primeiros socorros. Eu só preciso encontrar a parte
certa da propriedade. Será que isso parece maluco?

Eu empurrei sua longa franja para fora de seu rosto.

— De modo nenhum. Algumas das minhas boas


lembranças de infância vieram do tempo que passei na
fazenda de um tio. Meus pais raramente nos
supervisionavam, ou davam a mínima para o que estávamos
fazendo. Meus irmãos e eu fizemos algumas merdas durante
as nossas visitas de verão. Éramos tão selvagens e por ser o
mais novo, eu era completamente psicopata. Certa vez, saltei
do sótão em linha reta até o chão do celeiro. Nem mesmo
tenho certeza por que fiz isso. Só me lembro dos cavalos
furando a cabeça para fora de suas barracas e olhando para
mim enquanto eu estava deitado me contorcendo de dor no
chão. Eu acho que eles poderiam estar rindo. Meu pé estava
para o lado. Meu pai estava tão chateado, eu estava certo de
que ele não me levaria para o hospital.

Seus olhos arredondaram com surpresa.

— Sim, ele era um grande idiota e eu era mais um


idiota. Mas ele me pegou e eu estava de muletas por seis
semanas. E essas muletas não me acalmaram muito. Onde
eu estou indo com essa história embaraçosa? — A cabra fez
um som como uma ovelha. — Oh sim. Então, mesmo assim
arrisquei algumas acrobacias estúpidas na fazenda, eu
adorava alimentar e cuidar dos animais. Com exceção do galo
mau.

Finley riu.

— Eles podem ser diabólicos. Isso é certo.

Uma menina alta e magra com cabelo vermelho saiu de


um dos celeiros. Ela tirou as luvas de trabalho enquanto ela
caminhava em nossa direção. Finley acenou.

— Essa é Mandy. Ela administra o celeiro e ela é uma


das pessoas mais legais que eu conheço. Ei, Mandy, este é
Barrett.

— Prazer em conhecê-lo, Barrett. — Mandy se inclinou e


tirou um pouco de palha de seus jeans. — Eu tentei pegar
esse bezerro que trouxemos ontem para tomar uma
mamadeira, mas ela não vai beber. Estou preocupada, vamos
perdê-la em breve se não pudermos levá-la a enfermeira.

Finley olhou para suas calças.

— Eu estou coberta com cheiro de Lilly Belle. Por que eu


não tento?

— Eu estava esperando que você fizesse — Mandy


admitiu. — Os animais sempre parecem entender o que você
está dizendo.

— Como você acha que eu ganhei o apelido de Doolittle


do meu irmão? — Nós fomos para o celeiro que Mandy tinha
acabado de chegar. Vários cavalos e vacas colocaram a
cabeça para fora de suas barracas para verificar os visitantes.
No meio do caminho pelo corredor, havia uma barraca com
uma rede pela abertura. Lá, no canto, espalhada fracamente
em uma pilha de palha, estava um bezerro que não poderia
ter mais que algumas semanas de idade.

Mesmo abrindo os seus grandes olhos castanhos,


parecia ser uma tarefa árdua, uma vez que levantou a cabeça
e depois a deixou cair de volta para a palha.

— Pobre bebê — disse Finley. — Sua mãe morreu duas


semanas após o parto. Ela não quer qualquer coisa além da
mãe dela.

Mandy voltou com uma garrafa gigante e Finley entrou


na tenda. Ela virou-se para trás e me fez sinal entrar. Ela
sentou-se perto da cabeça do bezerro e eu estava sentado
atrás de sua parte traseira.

Finley esfregou a orelha do bezerro e ele respondeu ao


seu toque, levantando sua cabeça cansada.

— Ei, docinho, você está com fome? — Ela acariciou o


focinho do bezerro. — Rett, empurre as mãos debaixo de seu
corpo, de modo que ela esteja mais na vertical.

Enfiei as mãos na cama de palha e coloquei as palmas


das mãos contra o lado do bezerro. Eu podia sentir a sua
caixa torácica enquanto eu empurrava suavemente contra
ela. Ele transferiu as suas longas pernas de aranha, mas
cada luta tomava muita energia.

Finley moveu os dedos abaixo do queixo do animal e


arranhou ele. O bezerro levantou a cabeça em resposta ao
seu toque. Enquanto seu minúsculo focinho estava no ar,
Finley inclinou a garrafa com a mão livre e uma gota de leite
saiu e revestiu a ponta de borracha. Ela esfregou o leite sobre
a boca do bezerro algumas vezes. Uma longa língua, rosa
deslizou para fora e lambeu o leite e, em seguida, o bebê
sentou-se com um pouco mais de atenção.

— Boa menina. Quer mais? — Finley cutucou o bico


contra a boca do bezerro e depois de algumas boas tentativas,
o animal abriu a boca e bebeu avidamente da garrafa.

Mandy espiou por cima da rede na tenda.

— Graças a Deus — disse ela em voz baixa. — Eu devo


ter tentado a mesma coisa dez vezes. — Ela olhou para mim.
— Eu juro que ela fala com eles e eles a entendem.

Eu sorri para Finley, mas ela estava em seu próprio


mundo, bancando de babá para um bezerro meio faminto.
Seu rosto não poderia parecer mais satisfeito ou mais bonito.
Ela era sobrenatural em todos os sentidos da palavra. Ela
morava em uma mansão, dirigia um Porsche e sem dúvida
tinha um fundo fiduciário que ela não poderia gastar em uma
vida, mas ela parecia completamente certa e contente sentada
na palha com um bezerro em seu colo. Às vezes, era difícil
acreditar que ela era real e às vezes, era ainda mais difícil de
acreditar que ela era uma parte da minha vida.
Capítulo 14

Finley
Eu tinha levado uma quantidade absurda de tempo
escolhendo um vestido de verão para vestir para verificar
como o celeiro estava indo. Mas sinceramente, não me
importava o que eu usava mais. Eu nunca me senti tão
confiante sobre mim mesma como eu sentia com Barrett.

Porquinho pressionou o focinho contra mim para me


apressar. Ele tinha descoberto apenas recentemente que
preferia sair com Lilly Belle, em vez de ficar na frente da
televisão como os cães. Fiquei um pouco triste ao pensar que
ele de repente decidiu que era um animal de fazenda, em vez
de um animal de estimação da casa.

Minhas janelas do quarto apenas me proporcionavam


uma vista da área da piscina, mas na distância, eu podia
ouvir o som de madeira sendo movida. Instantaneamente,
meus nervos se agitaram com o pensamento de ver Barrett.
Eu descobri que só de ouvir a sua voz ao telefone me fazia
tremer. A voz profunda de Cole subiu a escada. Ele
obviamente ficou em casa para ajudar com a montagem do
celeiro.

Jude estava no balcão da cozinha comendo uma enorme


pilha de ovos e Cole estava derramando uma xícara de café.
Éden havia partido para faculdade.
— Como é que você está em casa? — Perguntei
levemente, tentando disfarçar o desapontamento ao ver Jude.
Sua reação me assegurou que eu tinha feito um péssimo
trabalho.

— Feliz por ver você também, Doolittle. Eu estou


trabalhando em um projeto de médio prazo, por isso vou
estar fora de seu caminho assim que eu terminar estes ovos.

— Eu não quis dizer isso assim, Jude.

— Sim, certo. — Ele olhou para mim. — Eu sei que você


quer sair lá para assistir Barrett trabalhar.

— Ele não está aqui — disse Cole da cozinha. — Eu


trouxe dois outros membros da tripulação para montar o
celeiro.

Olhei para Jude. Ele levantou as mãos.

— Não tem nada a ver comigo. Éden já colocou minhas


bolas em ferros sobre essa coisa toda, então eu vou ficar de
fora.

Cole encostou-se ao balcão com o seu café, mas evitou


olhar para mim enquanto ele falava.

— Eu não preciso de um celeiro torto lá fora. Você é


muita distração para Rett. Eu dei-lhe alguns dias de folga.
Ele está começando em outro trabalho ainda esta semana.

Antes que Jude tivesse tempo de protestar, eu peguei


um pedaço de sua torrada com manteiga e atirei-a em Cole.
Ela deixou uma mancha de gordura agradável em sua
camisa.

Cole olhou para ela.

— Droga, Finley.

— Parabéns, Cole. Você acabou de passar Jude na


minha lista dos dez maiores estúpidos.

— Ei — Jude disse — Eu estou apenas sentado aqui


comendo meus ovos.

— Cale a boca estupido — Eu exclamei.

Cole se aproximou de mim.

— Olha, Rett é um cara muito legal, mas essa coisa toda


parece incompleta para mim. Um cara como Barrett não fica
com uma menina a menos que... — ele fez uma pausa, mas
só por um segundo. E minha raiva dobrou nesse curto espaço
de tempo, porque eu sabia o que estava por vir.

— A menos que ela seja extremamente rica. Esqueça a


lista de estúpidos. Você acabou de subir para o topo dos
imbecis.

— Estou sendo destronado em todo o maldito lugar —


Jude brincou. Ele parecia ter o prazer em deixar Cole ser o
malvado pai hoje.

— Na verdade, o topo da lista era do desgraçado que


abusou do Porquinho, mas se você quiser ser considerado
para a posição, não é um problema. — Então, lágrimas se
formaram em meus olhos. Por mais que eu estivesse
perdendo um bom choro ocasional, este era inoportuno. Eu
precisava me impor para os meus dois irmãos e soluços não
iam ajudar.

Jude percebeu as lágrimas e endureceu imediatamente.

— Finley, não fique chateada. — Eu odiava o tom


excessivamente preocupado que ele usou. Ele estava
preocupado que eu fosse desmoronar. Eu tinha feito isso com
ele. Eu tinha incutido esse medo constante no meu irmão por
cair aos pedaços, com muita frequência.

— Eu estou bem, Jude, relaxe. — Fiz uma careta para


Cole, que parecia tão confortável em seu papel de autoridade
recém-nomeado como Porquinho foi quando eu tentei
convencê-lo a usar um suéter de lã para o inverno. — Eu sei
que você pensa em mim como sua irmãzinha insignificante
que tem ataques de pânico, fala com os animais e bate tudo
três vezes para nuvens escuras não encherem o céu, mas
Barrett gosta de mim. E não apenas por causa da minha
conta bancária. — Porquinho esfregou contra a minha perna.
Ele sempre sentia quando eu estava chateada. Até meu porco
consegui deixar paranoico. Abaixei-me e acariciei sua cabeça
para assegurar-lhe que eu estava bem. — Acredite ou não,
alguns caras me acham atraente.

— Eu sei disso, Finley — disse Cole.

Eu balancei minha cabeça.


— Não, você não sabe. Você acabou de dizer isso
diretamente no meu rosto.

— Isso não é o que ele quis dizer — Jude estava


obviamente quase explodindo para contribuir com esses
argumentos. — É só que, alguém como você, sempre tem que
estar em guarda.

— Éden não tem um centavo no nome dela — eu disse


rapidamente. — Talvez ela só goste de você por sua conta
bancária, porque, francamente, você é praticamente um
idiota.

Ele deu de ombros.

— Meu instinto me disse para ficar fora disso, mas eu


estupidamente entrei nele. E você está certa, Fin. Eu sou um
idiota e totalmente indigno de Éden. Mas ela nunca esteve
interessada no dinheiro e eu tenho certeza que Barrett gosta
de você porque você é linda e engraçada e completamente
original.

Eu sorri fracamente.

— Completamente original? Isso é uma maneira amável


de me chamar de 'show de horrores'?

Pela primeira vez, ele parecia sentir remorso sobre o


apelido.

— Você não é um show de horrores, Finley. Você é a


pessoa mais decente que eu conheço.
— Tudo bem, você se moveu para baixo mais alguns
entalhes na lista de estúpidos por causa desse comentário. —
Inclinei-me e abracei Jude. Acenei um dedo para Cole. — Eu
ainda estou chateada com você. Mas desde que você deu a
Barrett algum tempo de folga, eu acho que eu vou fazer-lhe
um convite. — A ideia brilhante surgiu na minha cabeça. —
Vocês podem assegurar de que os animais sejam alimentados
para os próximos dois dias?

— Onde você está indo? — Perguntou Jude.

— Desde que Rett tem alguns dias livres — Fiz questão


de piscar para Cole. Ele apertou a boca com raiva. — Eu
estou indo convidar Barrett para ir à casa de praia. Eu nunca
passei a noite com ninguém, mas eu acho que é algo que eu
gostaria de tentar.

Jude levantou a mão.

— Merda, não diga mais nada. Eu vou alimentar os


animais de estimação, apenas me poupe os detalhes sobre
sua vida sexual.

Eu andei para fora e longe dos ouvidos dos meus irmãos


e liguei para ele. Barrett respondeu com um Olá hesitante.

— Por que você não me contou? — Eu perguntei.

Ele ficou em silêncio no início.

— Eu não tinha certeza de como lidar com a coisa toda.


Eu deveria ter falado para você. Pelo menos eu ainda tenho
um emprego. Eu espero.

— Você tem. Eu prometo. Mas já que você tem algum


tempo livre... eu queria saber se você gosta de Malibu?

— Quem não gosta? Eu só apenas dirigi por ela, mas


parece ser um lugar legal para sair e surfar.

— Bem, eu não estou prometendo muita ação de onda,


mas eu tenho algumas outras atividades planejadas. Meu pai
tem uma casa com uma vista de um milhão de dólares e uma
piscina. Oh e há uma banheira de hidromassagem no quarto.
— Ele não respondeu à primeira vista. — Rett, você ainda
está aí?

— Não, você me perdeu na banheira de hidromassagem


no quarto.

— Eu vou buscá-lo em uma hora. Não leve muita


bagagem. Você não vai precisar de muitas roupas.
Capítulo 15

Finley
Barrett reduziu a marcha e virou a esquina. Eu apontei
através do para-brisas.

— É o único com os portões de ferro de haste branca.


Confesso que eu quase não estive aqui desde... — Sentei-me
de volta. — Eu não estive aqui desde que eu decidi me tornar
uma prisioneira em casa. — Eu olhei para ele. Nada sobre
meu passado pareceu chocá-lo e eu estava grata e aliviada. —
Mas agora eu estou aqui e eu estou ansiosa para estar longe
de casa. Obrigada por isso.

Barrett sorriu para mim.

— Não, obrigado você. Quando você ligou esta manhã,


eu estava olhando para a minha velha tigela de cereal com
um sentimento de merda sobre ser retirado do trabalho no
celeiro e me perguntando o que tudo aquilo significava. Agora
eu estou dirigindo um Porsche, sentado ao lado de uma
menina cujo nome está gravado tão profundamente em
minha mente que ela invade todos os meus pensamentos e
estamos dirigindo para uma casa que tem uma banheira de
hidromassagem na porra do quarto.

Debrucei-me sobre o console e o beijei.

— Estou feliz que a tristeza saiu de sua expressão. Você


não tem o rosto para ela. Sinto muito que Cole está sendo um
idiota. Eu vou fazer isso para você. — Eu puxei o controle
remoto para o portão da minha bolsa e apertei-o. Os portões
foram abertos.

Barrett dirigiu até a garagem e estacionou em frente da


garagem. Buganvílias rosa escura foram crescendo
emaranhada e quase fora de controle ao longo das paredes de
estuque branco ao redor do pátio da frente. Quando saí do
carro, uma névoa fina do mar explodiu debaixo e eu fechei os
olhos para sentir o spray gelado na minha pele.

— Eu só percebi o quanto eu perdi deste lugar. Meu pai


costumava me trazer aqui durante as férias de verão da
escola. Isso não aconteceu muitas vezes, mas,
ocasionalmente, nós três só saíamos com meu pai e tudo
seria totalmente normal. Sem comitiva, sem festas
barulhentas, sem pressão. Apenas nós quatro sentados na
praia, comendo sanduíches e enterrando um ao outro na
areia.

Barrett agarrou nossas malas do carro.

— Eu acho que deve ser meio difícil ter um pai


realmente famoso.

Nós caminhamos até a porta e eu pressionei o código.

— É muito mais difícil para ele. Imagine nunca ser


capaz de ir a qualquer lugar sem pessoas ao seu redor ou
perseguindo você. Não é de admirar que pessoas famosas
estão sempre em reabilitação. É uma vida estressante. — A
porta se abriu. Entramos e fui direto para a janela da frente
gigante e abri as persianas automáticas. Luz Solar disparou
através do vidro e brilhou no piso de madeira.

Barrett olhou ao redor.

— Merda, não muito pobre. Onde devo colocar nossas


malas?

— Siga-me. — Nós fomos para o corredor. Ele estava


forrado com imagens da praia da família. Barrett parou e
olhou para uma. — Aí está você, bonita e bronzeada, com
Nicky King, uma pá e um extremamente elaborado castelo de
areia.

Eu vim ao lado dele.

— Eu me lembro daquele dia. Meu pai é muito talentoso


com uma pá de areia e balde. Nós dois acabamos com más
queimaduras sobre nossos ombros e Cole foi picado por uma
água-viva. Seu pé inchou como um balão. O médico veio para
dar-lhe uma injeção e ele chorou como um bebê.

— E é aí que o dia normal na praia termina. Uma vez, eu


joguei uma bola de beisebol em um vespeiro e fui picado
seriamente por três vespas. Minha mãe pressionou amaciador
de carne nas picadas e me disse que eu era idiota por jogar a
bola no vespeiro.

— Tecnicamente, ela estava bem ali, mas não tenho


certeza sobre a cura com amaciador de carne. Fizemos
sempre da maneira diferente do que a maioria das crianças,
mas o meu pai tomou uma série de cuidados para nos
manter fora dos holofotes. É por isso que nós podemos ir a
lugares e quase nunca ser reconhecidos. Somente os fãs
verdadeiros, como o pai de Éden, sabem que o meu pai tem
três filhos e nossa aparência. E eu gosto desse jeito.

Eu olhei de volta para a imagem. Eu estava sem jeito,


magra no meu maiô roxo e o sorriso no meu rosto escondeu
alguma da turbulência emocional que eu estava passando por
perder minha irmã e minha mãe. Eu empurrei tudo para
baixo por mais tempo e quando finalmente veio à tona, foi
como uma explosão de ansiedade e tristeza.

— Eu tive meus 15 minutos de fama no ano passado,


quando eu tomei os comprimidos e fui parar no hospital.
Naturalmente, os tabloides eram tudo sobre isso e, claro, eles
têm a história completamente errada. Eles fizeram parecer
que eu era uma dessas crianças ricas típicas com um vício
em drogas que haviam festejado um pouco demais. Eles
nunca pararam para descobrir a verdadeira história, mas eu
realmente não ligo para o que eles imprimem. E de alguma
forma, a overdose soou um pouco menos patética sendo
acidental.

Barrett olhou para mim com a calma, o olhar sereno.


Ele não disse nada, mas se inclinou e beijou minha testa. Ele
tinha um jeito de me mostrar que ele estava sempre ouvindo,
mas ele nunca ofereceu conselhos indesejados ou simpatia.
Eu só precisava falar e ele absorveu cada pensamento e
emoção sem julgamento.

Continuamos para o quarto. Eu abri a porta. O quarto


principal era quase comicamente pródigo com uma cama
redonda, espelhos e uma banheira de hidromassagem abaixo
de uma janela que dava para a praia inteira.

Barrett deixou cair às malas no chão. Sua boca se abriu


um pouco.

— Puta merda. — Ele andou debaixo de um espelho do


teto e olhou para ele. — Se alguma vez houve um momento
em que eu desejei que as paredes falassem, era esse agora.

— Ooh, cale a boca. Este é o quarto do meu pai... sabe,


o homem com a pá de areia e construindo castelos
talentosos? Eu não quero nunca mais saber sobre o que se
passa aqui. Além disso, se essas paredes falassem, você
realmente deseja que elas digam ao meu pai o que podemos
fazer aqui?

— Bom ponto. — Ele se aproximou e me beijou. —


Então, exatamente o que é que vamos fazer aqui e quando
vamos começar?

— Está com fome? Eu poderia pedir comida.

— Você poderia. E eu estou sempre com fome, mas no


momento, eu estou de pé em um quarto com uma cama
redonda, um teto espelhado e uma menina que só tem que
piscar seus longos cílios para eu ter uma ereção, então, eu
acho que a comida pode esperar.
Eu bati meus cílios dramaticamente algumas vezes.

— Sério? Apenas um mero piscar? Então eu acho que eu


não preciso te mostrar qualquer uma das outras coisas
divertidas no quarto.

— Tem mais? Alguém me belisque. — Ele estendeu a


mão e esfregou o polegar sobre o tecido da minha camiseta e
sobre o meu mamilo. Ele endureceu contra o seu toque. — E,
como exatamente você sabe sobre este material divertido?

Segurei seu pulso para parar a doce tortura que seu


polegar provocava. Eu empurrei as pontas dos dedos contra a
minha boca e os beijei.

— Eu tenho vergonha de admitir isso, mas quando eu


tinha treze anos e nós estávamos aqui para o verão, minha
amiga e eu escapamos para este quarto e exploramos. — Eu
soltei a mão dele e caminhei até um painel do lado da cama.
Virei um interruptor e o chão se abriu. Um pequeno motor
agitou e um poste deslizou para cima através da abertura. As
algemas cobertas de pelos ainda estavam penduradas em um
laço no poste. Corei pensando naquele dia. — Aos treze anos,
não tínhamos ideia real do que servia o poste ou para o que
as algemas peludas eram, mas posso garantir que nunca
voltei aqui novamente. — Eu bati outro botão e música
vieram das caixas de som ao redor do quarto. Era uma das
músicas do meu pai e eu imediatamente mudei o disco. Eu
dei de ombros. — Meu pai é um pouco narcisista. — Eu bati
outro botão e uma gaveta se abriu debaixo da cama.
Barrett se aproximou e olhou para dentro. Ele estendeu
a mão e veio com um punhado de pacotes de papel alumínio
de preservativos e, em seguida, a testa enrugou quando
chegou novamente. Ele retirou um pênis falso enorme e
levantou-o interrogativamente.

— De jeito nenhum — disse eu — tão intrigante quanto


essa coisa parece, não temos ideia de onde ele esteve.

Ele se encolheu e baixou-o rapidamente na gaveta.

— Minha cabeça está girando aqui. Eu não sei nem por


onde começar. — Ele se aproximou e tocou o pelo cor de rosa
sobre as algemas. — Eu acho que devemos começar com você
tirando essas roupas.

Eu apontei para os meus sapatos, as mesmas sandálias


que eu tinha usado em nossa primeira noite juntos.

— Eu estou extremamente ligada a estes sapatos.

— Que coincidência. Eu também. — Ele foi para


desabotoar a blusa e depois parou. — Eu preciso desacelerar
isso. — Ele inspirou de forma instável. — Eu quero saborear
isso por tanto tempo quanto possível.

Seu tom sedutor, profundo enviou um redemoinho de


calor através de mim. Então um pensamento perverso surgiu
na minha cabeça.

— Eu li um livro onde os personagens fizeram um


pequeno jogo. Foi muito sexy. — Eu lambia meu lábio
inferior. — Você está pronto para isso?

O azul em seus olhos escureceu.

— O que você acha?

Debrucei-me contra ele e seu braço foi ao meu redor.

— Eu acho que você é Rocko, um cara que acabou de


sair da prisão e você não esteve com uma menina nos últimos
dois anos.

Ele gemia com o pensamento desse cenário.

— E eu sou Sadie. Eu estou finalmente saindo de um


relacionamento horrível e apenas à procura de alguém para
me despertar, sexualmente.

Rett sorriu.

— Você já pensou em tudo.

— Não é possível evitar. Desde que eu conheci você,


meus hormônios têm causado estragos. — Saí do seu abraço.
— Então, Rocko, o que você gostaria que eu fizesse primeiro?
Quero dizer, dois anos é um tempo muito longo.

— Merda, eu teria me pendurado depois de dois meses


se eu soubesse que não podia tocar em uma mulher por tanto
tempo. — Ele olhou ao redor da sala e, em seguida, seus
olhos azuis piscaram com uma ideia. Ele andou para cima da
plataforma elevada onde a banheira de água quente estava e
ficou em um feixe de luz solar direto.
— Sadie?

— Sim, Sadie.

— Sadie, traga seu doce traseiro pequeno aqui e fique


onde o sol está brilhando como um refletor.

Eu escorreguei até ele de uma forma que parecia


apropriada para o nome Sadie. Eu fiquei no fecho de luz
amarela no chão. O calor do sol penetrou o vidro da janela e
aqueceu meus ombros.

Barrett me deixou em pé sob o meu feixe de luz


particular. Ele se sentou na cama e olhou através do quarto
para mim.

— Agora tira — disse ele bruscamente. — Mas faça-o


agradável e lento — havia um nó em sua voz quando ele disse
as últimas palavras. Eu desabotoei minha blusa o mais
lentamente possível.

— Uh, isso é muito lento.

Eu ri e deslizei-a dos meus ombros. Então me abaixei e


abri o zíper do meu short. Ele deslizou por minhas pernas e
eu saí deles. Luz Solar derramou na minha pele, mas a
energia do sol não era páreo para o calor vindo do olhar de
Barrett. Ele não pestanejou enquanto eu tirei meu sutiã e
expus meus seios nus. Mesmo no calor do sol, meus mamilos
endureceram só de pensar em seus olhos em mim. Eu
empurrei minha calcinha para baixo lentamente e sai dela.
Mais uma vez, eu estava na frente dele completamente nua,
exceto meus calçados de tiras. Eu pisquei para ele e segurei
meus braços abertos.

— Oh, Rocko, eu posso morrer se você não me tocar em


breve.

Levantou-se da cama e saiu em minha direção. O olhar


em seus olhos me fez envolver meus braços em volta de mim.
Ele chegou à plataforma e agarrou meus pulsos, puxando
meus braços longe do meu corpo. Sem dizer uma palavra, ele
me arrastou ao poste. Ele me empurrou contra ele e agarrou
minhas duas mãos. Em questão de segundos, eu estava
algemada ao poste. Eu tremia quando ele deu um passo atrás
e olhou com avidez o meu corpo.

— Dois anos é um maldito longo tempo para ficar sem


tocar uma mulher — ele rosnou e eu me perguntava se
momentaneamente a minha ideia de dramatização foi uma
boa ideia. Mas, em seguida, seu tom de voz suavizou e ele
apertou a mão contra o meu rosto. Sua boca cobriu a minha
e ele me beijou de leve. — Dois dias é muito tempo quando é
de você que eu estou sentindo falta, Finley. — Ele me beijou
novamente e sua língua acariciou meus lábios enquanto sua
mão flutuava sobre meu abdômen e até o calor úmido entre
as minhas coxas. Seus dedos grossos deslizaram dentro de
mim e sua boca abafou meu gemido. — Duas horas é muito
tempo quando se trata de você — disse ele com a voz rouca.

Com os meus braços amarrados sobre a minha cabeça e


meu corpo completamente nu, eu tinha que submeter-me a
qualquer coisa que ele desejava e esse pensamento me fez
delirar com a necessidade. Sua boca deixou a minha. Foi
difícil manter a minha cabeça tonta ereta enquanto sua boca
me devorava completamente. Eu empurrei meus mamilos
eretos contra sua língua. Seus dedos se moviam dentro de
mim e meus quadris se moveram contra a sensação de seu
toque íntimo. Ele se ajoelhou. Estremeci com a sensação de
seu hálito quente na minha vagina.

Rett olhou para mim, embriagado com o desejo. Suas


mãos deslizaram das correias de minhas sandálias ao longo
das minhas coxas e, em seguida, ele empurrou minhas
pernas. Ele se inclinou para frente e sua língua acariciou
meu clitóris. Eu gritei com a sensação intensa disso. Sua
mão livre em volta da minha bunda e seu dedo empurrou
para dentro, o tempo todo a mão apertou minha vagina mais
perto da pressão de sua língua. Seus dedos se moviam
enquanto me contorcia contra minhas restrições e da
compreensão que ele tinha sobre mim. Cada golpe de sua
língua e boca, cada toque de seus dedos e mãos, me enviava
para o próximo nível de desejo. Virei o rosto para o lado e
apertei minha boca contra meu braço para suprimir o grito
que surgiu na minha garganta. Se não fosse pelas algemas
forradas de pele segurando meus pulsos, eu teria entrado em
colapso no chão. Apertei minhas coxas em torno de seu rosto
e mão e uma inundação de prazer me atingiu, me deixando
quase meio-consciente da intensidade de tudo. Eu não podia
mais reprimir o grito.
— Oh Rett! Me possua, por favor.

Meus olhos se fecharam e eu desmoronei contra as


algemas. Antes que eu pudesse recuperar o fôlego, ele me
tinha em seus braços. Eu caí contra o peito duro como uma
boneca de pano. Ele me levou para a cama. Despiu-se
rapidamente e colocou um preservativo. Eu olhei para ele
completamente sem palavras, completamente sem fôlego.

Ele olhou para o espelho no teto.

— Você sobe em cima, querida. Eu quero ver você. — Ele


se esticou para trás e apoiou a cabeça nos travesseiros. Eu
desejei que meus membros fracos ganhassem força e eu
montei nele e me apoiei em cima dele em minhas mãos e
sobre os joelhos. Às vezes, eu ainda tinha dificuldade em
acreditar que este homem incrível era meu para tomar.
Inclinei a minha boca para baixo ao lado dele. — Quem
precisa de Rocko quando eu tenho Rett Mason, nu embaixo
de mim.

Eu deslizei sobre ele e ele me empalou com sua ereção


longa e espessa. Ele levantou sua pélvis e seu pênis foi mais
fundo. Suas mãos circulavam as bochechas de minha bunda.
Ele me pressionou para baixo, de modo que meu clitóris
esfregou contra ele intimamente e imediatamente minha
vagina estava quente com o desejo novamente.

— Eu quero que você tenha outro orgasmo, querida. Eu


quero que você goze comigo.
Moveu-se mais rápido e com mais urgência e eu o beijei
descontroladamente. Então, eu joguei minha cabeça para
trás e apoiei as mãos contra o peito duro para alavancar o
meu corpo contra o dele. Suas mãos seguravam minha bunda
com força sobre seu pênis e ele empurrou para dentro de
mim novamente e novamente. Meu clitóris moveu sobre sua
pele, aquecendo mais e mais a cada passagem. Seus olhos se
fecharam e seus dedos cavaram em minha carne quando ele
puxou com força uma última vez. Minha vagina apertou em
torno de seu pênis latejante quando nós chegamos ao clímax
juntos.

Eu caí sobre seu peito e seus braços fortes me


rodearam.

— A sensação de você em meus braços já é tão familiar.


É estranho dizer, mas acho que eu estive esperando por você.

Alisei meus dedos sobre os músculos duros de seu peito.

— Eu sei exatamente o que você quer dizer. — Eu


abaixei e deslizei para fora meus sapatos e fechei os olhos.
Meus sentidos preenchidos com seu cheiro, o som de seus
batimentos cardíacos e a sensação de seus braços protetores
em torno de mim, fizeram meus olhos arderem com lágrimas
inesperadas.

Ele levantou a cabeça quando sentiu a umidade em sua


pele.

— Você está bem, Fin?


Eu não podia responder. Eu só balancei a cabeça e me
pressionei mais contra ele.

— Nunca me deixe, Rett — disse eu com um suspiro.

Ele apertou seus braços em mim.

— Não há uma chance.


Capítulo 16

Rett
Finley se contorceu em meus braços e, em seguida, ela
se espreguiçou. Seus longos cílios levantaram e seus olhos
azuis redondos sorriram para mim.

— Quanto tempo estivemos dormindo?

— Uma ou duas horas e estou me sentindo muito


descansado, mas com um pouco de fome.

Ela sentou-se.

— Você, pobre homem gigante, deve estar faminto


depois da manhã difícil que você teve.

— Faminto. — Eu a puxei de volta para baixo e passei


meus braços em torno dela. Parecia pequena e delicada em
meus braços. — Mas eu acho que preciso de energia do
alimento antes de começar quaisquer atividades mais.

Um telefone tocou em algum lugar dentro do quarto.


Finley suspirou contra o meu ombro.

— Seu telefone ou o meu?

— Não tenho certeza.

Relutantemente, ela deixou meus braços.


— Vou pedir um pouco de comida.

Apoiei no meu cotovelo para vê-la caminhar até sua


pilha de roupas.

— Eu amo essa tatuagem — eu disse.

— Você quer dizer, aquela do Porquinho? — Ela


perguntou docemente.

— Você sabe qual eu estou falando.

Ela olhou para o telefone.

— Não é o meu. Ninguém quer falar comigo. Deve ter


sido o seu. — Ela olhou na minha direção. — Aposto que as
meninas enviam mensagens para você o tempo todo.

— Eu não vou responder isso, alegando que poderia me


incriminar.

Só então Finley assustou quando o rugido de um


helicóptero atingiu a janela enorme do quarto. Ela se
aproximou e olhou para fora.

— Algo deve ter acontecido na praia. É raro um


helicóptero voar tão perto de casa.

Inclinei-me à beira da minha cama, peguei minhas


calças e tirei o meu telefone. Era um texto de Cole. Eu o abri.

“Rett, Finley está bem? ”

“Sim” eu escrevi de volta completamente confuso com o


texto. Eu esperei por uma mensagem de raiva me dizendo
para trazê-la para casa, mas o próximo texto foi ainda mais
confuso.

— Pelo olhar em seu rosto, eu assumo que eu estava


certa sobre ser uma menina. — Finley estava escorregando
em seus sapatos. — Eu estou indo para fora no deque da
piscina e ver o que está acontecendo lá embaixo. — Ela parou
na minha frente. — Eu acho que eu vou deixar você enviar
mensagens em particular.

Levei um segundo para encontrar a minha língua.

— É apenas Jimmy me dizendo que eu deixei o leite


para fora.

Ela riu e saiu do quarto.

Reli o texto de Cole.

“Não deixe Fin perto da internet. Eu preciso de você


para levá-la para casa imediatamente. ” Eu corri meu polegar
sobre o teclado para responder, mas o grito de Finley me
parou. Meu coração bateu contra minhas costelas. Eu corri
para fora da área da piscina. Dois homens estavam em pé na
borda do quintal tirando fotos e arremessando perguntas a
Finley.

— O seu pai está sob custódia agora? Você sabe quem é


a vítima? — Um homem perguntou enquanto ele se
equilibrava precariamente à beira da encosta.
Finley suportou.

— Saia daqui. Isto é propriedade privada. — Os homens


bateram tantas imagens quanto podiam e suas câmeras não
pararam quando eu pisei na frente de Finley para protegê-la.
Eu não tinha ideia de que merda estava acontecendo, mas eu
tinha certeza de que tinha a ver com o texto de Cole.

Eu levantei o meu telefone na minha orelha.

— Eu vou chamar a polícia agora. — Minha ameaça não


os impediu de tirarem foto após foto. Olhei por cima do meu
ombro. Finley estava pálida e à beira das lágrimas. — Fin, vá
para dentro. — Ela correu para dentro da casa.

Eu arrastei em direção aos dois homens e eles foram de


volta para baixo da encosta. Corri para dentro para Finley.
Nesse curto espaço de tempo, ela pegou o telefone dela. Seus
dedos voaram sobre a tela e eu esperava que ela estivesse
apenas chamando seus irmãos. Então seus dedos pararam e
ela olhou para a tela. Seu rosto ficou pálido e ela deixou cair
o telefone. Cheguei pouco antes dela cair de joelhos. Eu
levantei-a em meus braços e levei-a para o sofá.

Sua pele e lábios estavam pálidos quando eu a deitei.

Fui até lá e peguei o telefone. Era a história da


manchete na Yahoo News “Nicky King preso por assassinato.

Eu fui até o sofá e ajoelhei ao lado dela.


— Posso te trazer algo, Finley?

A agonia em seu belo rosto era quase demais para


suportar.

— Barrett — disse ela com voz trêmula — me leve para


casa.

***

Foi um pequeno vislumbre de pesadelo para o mundo


dos ricos e famosos que fizeram uma pessoa comum
emocionado de não ser parte dela. Vários helicópteros de
notícia circundou o imóvel a um nível perigosamente baixo,
carros e equipes de reportagem já alinhados à rua até os
portões de ferro.

Repórteres estavam apoiados sobre as altas paredes da


casa tirando fotos enquanto eu ajudava Finley ir para o carro.
Ela caiu no banco da frente e encolheu lá em baixo, trazendo
os joelhos até o peito. Liguei o Porsche e fomos até o portão.
Eu nunca havia sido assediado por um grupo de jornalistas
antes, mas com a maneira detestável que estavam agindo e
com Finley na beira do colapso total, eu tinha maldita certeza
que eu poderia passar por cima deles.

Chegamos ao portão. Os espectadores foram rebocados


contra ele tentando empurrar suas lentes da câmera entre as
ripas de ferro para obter mais fotos. O para-brisa era de vidro
escuro e as suas tentativas pareciam estupidamente sem
sentido, mas isso não impediu os fotógrafos.
Olhei para Finley. Ela parecia pequena, perturbada e de
repente mais jovem do que eu já a tinha visto.

— Finley, precisamos do controle remoto para abrir o


portão. — Ela se moveu lentamente, como se estivesse
vasculhando na lama e pegou sua bolsa. Procurou dentro e
as portas se abriram. A bolsa caiu de costas no chão e Finley
se abraçou com força enquanto eu dirigia para frente.

Tão mal quanto eu queria bater o pé no pedal, me


segurei. As pessoas de fora estavam tão loucas para
conseguir fotos e informações que eu tinha certeza de que
eles eram capazes de saltar na frente do carro. Finley parecia
além de miserável. Eu precisava levá-la rapidamente para
casa.

No momento em que chegamos à autoestrada, nós


tínhamos perdido a maioria dos carros que nos seguiram. Eu
tinha certeza de que tinham ido na frente para Beverly Hills
para fornecer mais assédio quando chegassem ao espólio
King. Finley parecia enrolar mais e mais em si mesma no
banco da frente do Porsche e não havia nada que eu pudesse
fazer ou dizer para fazer as coisas melhorarem. Sua vida e
sua existência estavam tão distante da minha que era
impossível saber o que ela estava passando. Fiquei aliviado
quando ela finalmente saiu de seu estado de transe e olhou
para fora da janela.

— Você quer falar sobre isso? — Perguntei.

Ela balançou a cabeça, mas, em seguida, pegou o


telefone e discou. A voz de Jude veio pelo alto-falante. Meu
coração afundou no meu peito, como se alguém tivesse me
dado um soco.

— Finley? — Perguntou Jude.

— Sim — ela chorou.

— Você está voltando para casa? — Perguntou ele.

— Sim — ela disse fracamente.

— Eu estou aqui esperando por você, Fin-Fin. Vai ficar


tudo bem.

Ela chorou novamente e desligou o telefone. Nós


tínhamos ficado juntos por um curto espaço de tempo, mas
agora ela não parecia precisar de mim. Eu simplesmente
fiquei invisível. Eu era apenas o cara que a estava levando
com segurança para casa e tê-la me isolando tão de repente
fez mal ao meu estômago.

A viagem para casa parecia incrivelmente longa. Finley


estava completamente silenciosa e escondida em uma
pequena bola. Eu podia ver a fila de carros e vans de notícias
serpenteando os portões. No segundo que eu virei o Porsche
para a rua, as pessoas começaram a surgir do nada e
pulavam no carro. Eu fiquei focado nos portões em frente e
tentei o meu melhor para ignorar a multidão de pessoas.
Desta vez, era não apenas jornalistas e imprensa, mas outras
pessoas que, aparentemente, tinham conduzido até a
propriedade uma vez que a notícia foi divulgada. Os portões
se abriram no segundo em que o carro chegou a eles e eu
soltei a respiração que eu estava segurando. Três caras
enormes em uniformes de segurança e cintos com armas
entraram na abertura. Eles acenaram-nos para seguir e
ficaram de guarda até que os portões fossem fechados com
segurança.

Jude e Cole saíram correndo antes que eu mesmo


desligasse o motor. Jude correu para o lado do passageiro e,
pela primeira vez desde que tinha deixado à casa de praia,
Finley sentou-se. Ela chorou descontroladamente enquanto
Jude chegou ao carro e a tomou em seus braços.

Jude olhou para mim antes de levanta-la para fora.

— Obrigado por trazê-la para casa tão rápido. — Eu


assisti sua cabeça loira prateada desaparecer dentro e me
perguntei se eu jamais iria vê-la novamente.

Saí do carro e percebi que estava completamente ocioso.


Cole olhou para mim por cima do carro.

— Posso te chamar um táxi?

Eu balancei minha cabeça.

— Não, eu vou a pé, descendo a colina há uma parada


de ônibus. — Eu olhei para baixo em direção ao mar de
carros e pessoas curiosas. — Como posso sair daqui?

— Boa pergunta. — Pensou Cole por um segundo. — Há


um lugar na parede de trás que Jude usava para escapar
quando ele estava de castigo ou em apuros. Ele fica a cerca
de cinquenta metros antes de chegar as quadras de tênis.
Você sabe onde elas estão?

Pensei na tarde que Finley e eu tínhamos passado lá e o


buraco escuro no meu coração se alargou.

— Sim, eu sei onde elas estão.

— Uma grande parte está em falta a partir da parede, de


modo que você pode colocar o seu pé nela para içar-se mais.
Ela solta na extremidade da rua. Você deve ser capaz de
esgueirar-se para fora do bairro. — Ele não disse mais uma
palavra antes de voltar para dentro.

Havia uma porta lateral para a área da piscina. Eu


passei por ela e me dirigi para o caminho de rosas alinhado
pelo trecho de grama que levava as quadras de tênis.
Considerando o caos na frente, a casa e quintal pareciam
excepcionalmente silenciosos. Na distância, eu podia ver Lilly
Belle pastando ao sol. O quadro para o seu celeiro estava
quase completo, mas Cole deve ter mandado a tripulação
para casa mais cedo. Uma vez que os tribunais apareceram,
eu caminhava pela parede até que eu vi o lugar que Cole
tinha descrito. Levantei-me para cima e olhei mais uma vez
para trás antes de ir para a rua. Mais carros estavam
dirigindo em direção a propriedade, mas eu não era ninguém
agora. Eu era apenas um cara que passou a vir e ver o que
toda a excitação era. Por um breve segundo no tempo, eu
fazia parte do mundo louco King. Por um breve segundo no
tempo, eu era parte do mundo de Finley King, mas hoje, ela
deixou bem claro que eu não era uma parte importante dela.
Scotlyn e Taylor tinham me provocado impiedosamente que
um dia eu teria o meu coração partido. Isso tinha finalmente
acontecido e eu com certeza odiava.

Meu telefone tocou e quando eu o peguei de meu bolso,


eu estupidamente pensei que poderia ser Finley. Era Dray.

— Cara, onde você está? Você já ouviu falar de Nicky


King?

— Eu ouvi algo sobre isso, sim. Eu estava com Finley


em Malibu quando foi divulgada a notícia, mas eu só soube
que ele foi preso por assassinato.

— Sim, aparentemente, eles encontraram uma jovem


menina morta em sua cama no hotel. Ele está negando, claro.
Ela foi estrangulada ou alguma coisa e acontece que ela tinha
apenas dezessete anos.

— Merda.

— Como Finley está indo?

— Ela está muito ruim. Duvido que eu vá vê-la


novamente. — Ouvindo as palavras em voz alta foi pior do
que só pensar nelas. — Você está no trabalho?

— Sim.

— Ótimo. Eu estou caminhando para um ponto de


ônibus. Eu estou indo para aí.
— Você soa como merda, Rett. Você está bem?

— Não realmente. Vejo você em breve.


Capítulo 17

Finley
Porquinho não tinha deixado meus pés durante toda a
manhã e eu me senti culpada por deixa-lo tão estressado. Ele
sempre absorveu toda a minha turbulência emocional como
se estivesse sofrendo junto comigo. Abaixei-me e cocei a
cabeça com os dedos trêmulos. Cada detalhe que emergiu da
história enegrecia o dia ainda mais. E nada disso fazia
sentido. Meu pai era selvagem e ele festejava e fazia coisas
malucas, mas ele nunca foi insano o suficiente para dormir
com uma garota menor de idade e não era capaz de
assassinato.

Coloquei minha cabeça latejante contra o ombro de


Éden. Eu tinha perdido minhas lágrimas, mas agora elas
vieram e aparentemente sem fim como se eu tivesse
armazenando-as por tanto tempo, que havia uma inundação
inteira delas esperando para serem liberadas. Jude estava ao
telefone durante toda a manhã e sua expressão tornou-se
cada vez mais sombria a cada conversa. Meu estômago tinha
crescido em um doloroso, flamejante nó.

— Tem certeza que você não quer que eu te faça


algumas torradas ou algo assim, Fin? — Perguntou Éden.

Eu balancei minha cabeça.


— Não há nenhuma maneira que eu poderia comê-las.
— As lágrimas corriam novamente. — Tantas coisas para eu
lidar. Merda, Edie, eu pensei que estava enfrentando melhor,
mas olha para mim. Eu sou uma bagunça patética. E o pobre
Barrett. Eu não conseguia nem olhar para ele ou falar com
ele. Agora ele me viu no meu estado louco. Eu o perdi para
sempre.

Éden colocou o braço em volta de mim.

— Este é uma grande situação. Você está autorizada a


desmoronar quando algo enorme acontece. Todo mundo faz e
Barrett vai entender. Cole não está muito melhor que você.
Ele está bebendo cerveja após cerveja. Não é a melhor
maneira de lidar com um problema.

Jude finalmente desligou o telefone. Ele entrou e


sentou-se na mesa de café em frente a nós. Seu rosto estava
pálido e ele parecia estar no auge de seu nível de estresse
antes de se perder.

— Os advogados do papai estão tentando tira-lo em


liberdade sob fiança. As evidências são muito confusas até
agora. Além da menina sendo encontrada em sua cama, não
há qualquer ligação entre eles.

— Não há nenhuma maneira do caralho, Jude — disse


eu. — Papai nunca… — minha voz quebrou novamente.

— Eu concordo, Fin. Não há nenhuma maneira do


caralho. Tudo o que podemos fazer é esperar. Eles não vão
me deixar falar com o papai agora. A imprensa já está tendo
um dia de campo maldito. — Ele estendeu a mão e pegou a
mão de Éden. — Desculpe puxá-la para o nosso pequeno
mundo sórdido, mas acho que é melhor você não ir à
faculdade por alguns dias até que o choque disso passe e
diminua o interesse da imprensa. Há fotos suficientes de você
e de mim por aí, eles vão perseguir você também.

O telefone de Éden tocou.

— É o meu pai. Gostaria de saber quando ele estaria


ligando. — Ela se levantou. — Ei, papai. — Ela saiu do
quarto.

Jude foi até o sofá e me puxou contra ele.

— Me desculpe, eu sou uma bagunça inútil de novo,


Jude. Eu pensei que eu estava aprendendo a lidar com as
coisas melhor. Eu acho que eu estava delirando.

Ele olhou para mim.

— Você está brincando, Fin? Eu sinto como se alguém


tivesse me dado LSD ou algo assim. Minha cabeça e meu
corpo não estão sequer conectados no momento. Isto é
enorme e você está segurando tudo muito bem. Você está
lidando muito bem. Ei, esse cara, Barrett, ele é muito
moderado mesmo e calmo, não é? Ele trouxe você aqui sem
nenhum problema e eu tenho certeza que ele nunca foi
cercado de paparazzi antes. Eu posso ver porque você pensou
que ele seria bom para você.
— Ele é sólido como uma rocha e eu sou louca por ele,
Jude. Mas eu não conseguia nem falar quando estávamos no
carro. Eu o assustei com certeza. Além disso, agora eu não
acho que eu poderia sequer pensar em um relacionamento
até que saibamos que papai... — Eu quebrei em soluços
novamente. O pensamento era tudo tão miserável, tão feio,
que era demais para entender ou até mesmo falar.

Jude me apertou.

— Não posso nem acreditar que isso está acontecendo,


Finley. Apenas gostaria que papai estivesse aqui.

Cole apareceu pelo pátio e achatou uma lata de cerveja


vazia, esmagando-a contra o balcão.

— Isso é besteira. Papai não é um assassino. Isto é


mugido de merda. — Ele pegou outra lata de cerveja e sentou
no sofá.

— Calma com as cervejas, Cole — Jude aconselhou.

— Vai se foder. Vou beber se eu quiser.

Jude olhou para mim.

— Veja, você está lidando com isso melhor que o cabeça


de vento ali. — O telefone de Jude tocou e ele prendeu a
respiração quando ele olhou para a tela. Ele se levantou e
caminhou até a cozinha. — Pai? Que merda está
acontecendo?

Cole e eu levantamos e o seguimos. Jude não falou


muito. Eu podia ouvir a voz inconfundível de papai vindo
através do telefone, mas as palavras não eram discerníveis. A
angústia e o vacilar no tom de papai me fez pressionar a
minha mão contra o meu estômago para adiar a queimação.
Jude esfregou a mão sobre o rosto quando as suas linhas de
expressão se aprofundaram. O horror de toda a situação
estava cobrando seu pedágio em meu irmão. Estendi a mão,
segurei sua mão livre e apertei.

— Sim, ambos estão aqui — disse Jude fracamente. Ele


olhou para mim. — Ela está bem, papai. Não se preocupe
com a gente. Basta dar o fora dessa bagunça. Os policiais
saíram procurando o cara então? — Jude suspirou. —
Esperamos que seja em breve e isso tudo vai acabar. — Ele
me passou o telefone. — Eles têm outra pessoa suspeita —
disse Jude para Cole — Reggie, o motoqueiro chefe da banda.
Ele está desaparecido e tinha ligações com a menina.

Minhas mãos ainda estavam tremendo como loucas


enquanto eu trouxe o telefone na minha orelha. Eu respirei
fundo e engoli para não chorar, mas o segundo que eu ouvi a
voz do meu pai, as lágrimas escorriam.

— Fin, não chore. Esta confusão sangrenta será


resolvida em breve e então eu estou voltando para casa. Você
tentou me convencer a tirar um ano de folga e eu disse a
banda hoje que eu estou fazendo exatamente isso. Temos um
monte de atraso a recuperar, doçura.

— Promete?
— Eu prometo. Eu sinto falta de você e seus irmãos. Eu
só estou ficando muito velho para esta maldição. Deixe-me
falar com Cole e eu vou ver você em breve, Fin.

Entreguei a Cole o telefone e cai nos braços de Jude.

— Ele diz que está tirando um ano de folga uma vez que
este problema esteja resolvido.

Éden caminhou de volta para a sala.

— É o seu pai ao telefone?

— Sim — disse Jude. — A polícia está investigando


outro possível suspeito, mas eles não conseguem encontrar o
cara. Há um motoqueiro chamado Reggie. Ele esteve com a
banda há muito tempo, mas ele nunca se deu bem com o
meu pai. Testemunhas o viram com a menina mais de uma
vez antes que ela aparecesse morta na cama do meu pai. Meu
pai disse que tinha bebido muito e fumado. Sentia-se
completamente fora de si, então ele foi para a cama cedo.
Eles só têm de encontrar o cara e descobrir o que realmente
aconteceu. De qualquer maneira, isso vai deixar uma grande
mancha na reputação de meu pai e o representante da
banda. É um problema de merda por toda parte. — Éden
olhou para mim e afastou minha franja. — Quer caminhar
até o curral de Lilly Belle? Você parece precisar de um pouco
de ar fresco.

— Isso parece bom. Além disso, às vezes eu me sinto


melhor apenas estando perto de Lilly.
Jude baixou os braços protetores e no curto período de
tempo que ele me segurou, me dei conta do conforto que eu
sempre encontrei nos braços do meu irmão, eu tinha crescido
fora desses braços. Eu precisava de mais do que um abraço
protetor. Eu precisava sentir o conforto que só vem do
homem que você ama apaixonadamente. Eu precisava dos
braços de Barrett em torno de mim. Mas eu o assustei e esse
pensamento escureceu meu humor novamente.

Éden pareceu sentir que algo estava errado.

— Acho que definitivamente você precisa de algum


tempo de conversa de meninas.

Éden e eu andamos de braços dados para o curral de


Lilly. Porquinho trotava na frente, ansioso para ver sua nova
melhor amiga. Folhas de grama verdes brilhavam à luz do sol
brilhante e apenas sentindo o ar quente na minha pele
melhorou minha visão.

— Espero que eles encontrem o outro cara em breve. À


espera de ouvir novas notícias vai ser uma tortura.

— Você parece melhor agora, pelo menos.

— O último telefonema do meu pai fazia mais sentido.


Meu pai tem feito algumas coisas estúpidas em sua vida
louca, mas ele nunca poderia ferir outra pessoa, muito menos
matar alguém. Parece que isso foi criado por esse idiota. Ele
parecia confiante no telefone e o melhor de tudo, isso o
assustou para tirar um ano de folga.
— Talvez algo de bom vai sair deste pesadelo.

Lilly Belle ergueu os olhos do cocho de água. A água


pingava sobre o queixo gigante e ela imediatamente voltou
ruminando.

Éden riu.

— Sua vaca tem que largar o tabaco de mascar.

— Pelo menos ela não cospe. — Chegamos ao curral e


Lilly saiu. Sua grande cabeça se projetava sobre o trilho
superior do curral. Eu esfreguei os ouvidos. Porquinho subiu
direto para dentro e serviu-se de uma parte da água no
cocho.

Eu balancei minha cabeça.

— Todo esse tempo eu estive enchendo sua tigela com


água mineral e agora ele não pode esperar para beber água
da mangueira de uma calha.

Éden estendeu a mão e passou os dedos sobre o nariz


da vaca.

— Jude disse que estava na casa de praia com Barrett


esta manhã.

Eu pensei sobre nossas poucas horas felizes,


incrivelmente sensuais juntos e suspirei melancolicamente.

— O dia tinha começado como um sonho, mas, em


seguida, a infame porta King para o inferno se abriu e
engoliu-me.

Minha cabeça estava leve do choro e falta de alimentos.


Sentei-me na grama e Éden sentou ao meu lado.

— Eu estraguei tudo. A notícia apenas sugou o sangue


da minha cabeça. Eu não conseguia pensar ou falar ou me
mover. Barrett não demonstrou, mas eu sei que ele estava
apavorado. A coisa toda foi tão extremamente embaraçosa.
Em seguida, a imprensa raivosa invadiu o local quase que
imediatamente. Tenho certeza que ele nunca esperava isso.

— Aposto que ele entende a sua reação. Ele parece ser o


tipo de cara que deixa as coisas rolarem facilmente.

Eu pensei sobre Barrett e sorri com ar sonhador.

— Suas amplas e musculares, costas incríveis.

— Sim, eles quebraram o molde depois que o cara


quebrou. — Ela olhou para mim. — Não diga a Jude que eu
disse isso.

Eu ri e peguei meu telefone.

— Eu tenho a coisa toda gravada.

— É bom ver você rir, Fin. Agora só precisamos que você


coma alguma coisa.

— Meu estômago está vazio, mas nada parece bom.

— Não? — Havia um brilho nos olhos. — Eu me lembro


de uma combinação finamente trabalhada que nomeamos de
Manteiga de Amendoim do Céu. A manteiga de amendoim,
creme de marshmallow e pedaços de chocolate na torrada?

Eu considerei isso.

— Eu poderia provavelmente comer um desses.

— Eu digo que devemos fazer um prato cheio e ir para o


cinema. Nada assustador ou triste. Algo leve.

— Isso parece um plano. Além disso, tenho uma vontade


súbita de assistir Cinderela. — Não havia nada a fazer senão
esperar e esperar que tudo saia do jeito certo. E uma boa
dose da Disney poderia ser apenas o que eu precisava para
trabalhar a coragem de chamar Barrett novamente.
Capítulo 18

Rett
Fazia um longo tempo desde que eu tinha tomado um
ônibus em torno de Los Angeles e eu só podia esperar que
fosse um longo tempo antes que eu entrasse em um
novamente. O tempo gasto sendo empurrado de um lado para
outro, entre parando em cada esquina e ferrovia de merda
não fazia nada para aliviar o meu humor. Eu chequei meu
telefone um milhão de vezes por um texto de Finley, mas não
havia nenhum. Eu estava sendo um idiota. Ela deixou claro o
suficiente que falar comigo não estava em sua lista de
prioridades.

Era um dia calmo na Academia de Tank. Alguns caras


estavam trabalhando com as malas pesadas e haviam poucas
pessoas circulando no anel de luta. Mas essa era a única
ação no interior do edifício de cimento gigante.

Dray estava no escritório escrevendo horários. Ele olhou


para cima da mesa e eu balancei a cabeça.

— Eu ainda não consigo me acostumar a vê-lo atrás de


uma mesa. Quando menos você esperar, você estará vestindo
um terno e gravata.

— Ei, a única vez que você vai me ver em um terno e


gravata é estendido em um caixão aberto. E mesmo assim, eu
acho que eu vou deixar instruções para me enterrar nu.
Quero dizer, quem precisa de roupa quando você está sob
sete palmos e eu acho que seria legal fazer um respingo em
uma visualização. Você sabe, todas as velhas tias e vizinhos
próximos olhando no caixão — ele estendeu os braços — e eu
lá deitado em plena glória. Eu poderia até mesmo ter o agente
funerário escrevendo as palavras “Foda-se” em minhas bolas
com um marcador permanente. Você sabe... uma mensagem
final para todos os meus parentes assustadores.

Eu ri. Algo que eu precisava. Algo que eu sabia que


apenas Dray poderia fazer para o meu humor de baixa
qualidade.

Dray se inclinou para frente e apoiou os antebraços em


sua papelada.

— Parece que King se meteu em um grande escândalo


do caralho, hein? A mídia está tratando como o início de uma
guerra mundial de maldição. Eu acho que eles esperam por
merda como essa acontecer para que eles tenham algo para
falar. — Ele parou, obviamente percebendo minha expressão
pela primeira vez. — Maldição, Rett, você realmente gosta
dessa garota, não é? — Ele sentou-se e a cadeira rangeu. —
Quem alguma vez pensou que esse dia ia chegar?

— Eu sou humano assim como o resto de vocês. E


merda, isso irrita.

— Maldição — ele repetiu. — Eu realmente nunca


pensei em você como um ser humano quando se tratava de
garotas.

— Merda, você parece o Jimmy.

— Não, eu não quis dizer isso. Tanto quanto eu estava


preocupado, você era uma espécie de super-humano quando
se tratava de garotas. Você sabe... impenetrável, um homem
de aço. Mas eu acho que uma delas chegou até você. Para
dizer a verdade, estou um pouco desapontado. Embora eu
tenha que dizer, ela é um pequeno número gostoso e depois
há aquela porra de carro. — Às vezes, Dray falava sobre os
sentimentos de uma pessoa e ele parecia sentir, o que ele
estava fazendo agora.

— Porra, Dray, eu vim aqui para evitar conselhos


indesejados do meu irmão. Pensei que você seria capaz de me
fazer sentir melhor, mas...

Ele se levantou.

— Desculpe Bro, você está certo. Ei, você quer uma


Coca-Cola?

— Sim, parece bom. Eu não comi o dia todo e minha


cabeça está martelando.

Ele caminhou até a pequena geladeira do escritório e


tirou duas cocas.

— A única comida aqui é frango frito que tem cerca de


10 dias de idade.

— Que merda? Você está esperando que ele saia por


conta própria? Jogue-o.

— Então, o escritório vai feder. — Ele sentou-se contra a


borda da mesa e me entregou a bebida.

Estava fria e boa na minha garganta seca.

— Acho que eu deveria dar as boas-vindas para o clube


homem acorrentado. Quando Cassie se foi, eu me senti o
mais miserável dos homens. Meus membros e cabeça
pareciam como se tivessem sido preenchidos com chumbo.
Eu não queria me mover ou falar, ou comer. Burro de merda
sentindo aquela coisa do coração partido. O que aconteceu
exatamente?

Eu bebi o refrigerante e esmaguei a lata no meu punho.

— Não tenho certeza. Fomos até a casa de praia de seu


pai em Malibu.

— Legal.

— Sim, foi, e, homem, seu quarto era como um parque


infantil para adultos.

— Selvagem do caralho. Mas eu tenho que dizer, o cara


nunca pareceu ser um cara mau. Ele sempre foi muito legal e
engraçado em entrevistas. A última coisa que eu vi na notícia
foi que eles estavam procurando algum motoqueiro
desaparecido que tinha conexões com a menina. Talvez isso
vá explodir tudo de novo.

Eu balancei minha cabeça.


— Com quem eu estou brincando, Dray? Eu não me
encaixo em sua vida. Incompatibilidade total. Ela ouviu a
notícia e, de repente, em vez do homem que estava fazendo
amor com ela no quarto, eu era o motorista tendo a certeza
que ela chegaria em casa com segurança para as pessoas que
ela se preocupava, seus irmãos e sua amiga Éden. Ela nem
sequer olhou para mim na viagem para casa.

— Realmente não posso culpá-la. Se tudo isso é


verdade, então a sua vida é, essencialmente, foda e ela vai
perder seu pai para sempre. Dê-lhe tempo, Rett. Ela virá para
você eventualmente. Se não, então não era para ser.

Eu levantei uma sobrancelha para ele.

— Então, se Cassie partir sem você de novo, então


apenas não foi feito para ser?

Ele assentiu com a cabeça.

— Eu vejo o seu ponto. Bem, você pode ir atrás dela, ou


você pode simplesmente ligar para um dos muitos números
em seu telefone e voltar para pista, como costumava dizer.

Eu olhei para ele.

— As palavras do caralho de um grande homem que


afundou em um buraco profundo quando a mulher de sua
vida mudou para Nova York.

O meu telefone tocou.

— É Jimmy. Eu não acho que eu posso falar com ele


ainda.

Dray pegou o telefone.

— Deixe-me. Ei, Clutch, que se passa? Sim, seu irmão


só me passou o telefone. Ele não quer conversar com você no
momento.

Eu balancei a cabeça para Dray.

— Seu imbecil.

Ouvi a voz de Jimmy através do telefone. Dray afastou o


telefone do ouvido e estendeu-o para mim.

— Clutch disse 'coloque Rett na porra do telefone


agora'.

Revirei os olhos para ele.

— Sim, obrigado pela sua ajuda com isso. — Eu peguei


o telefone.

Dray levantou as palmas das mãos.

— O que posso dizer? Seu irmão é a única pessoa em


todo o mundo que me assusta pra caralho. Eu vou sair. —
Ele saiu do escritório.

— Ei — eu disse.

— O que está acontecendo?

— Não muito. Apenas sentado no escritório de Dray.


— Você sabe o que quero dizer. — Ele estava fazendo
um esforço óbvio para manter o avisei no tom de sua voz.

— Finley e eu estávamos em Malibu e, em seguida, ela


recebeu a notícia, então eu a levei para casa. Isso é tudo. Mas
o seu primeiro instinto estava certo como de costume e eu
estou ficando muito farto de você estar sempre certo. Ela vive
em um mundo totalmente diferente e eu nunca vou ser uma
parte real dele...

— Bem, você filmou a si mesmo em seu mundo agora e


isso não vai ser fácil.

— Eu já estou fora.

— Sim? Não é o que eu estou vendo.

— Que merda você está falando, Jimmy? Você está


falando em pedaços.

Houve uma pausa.

— Merda, Rett, quando foi a última vez que esteve


online?

— Tentando evitá-lo. Por quê?

— Ele não viu isso — ele disse a alguém e então a voz de


Scotlyn flutuou através do telefone.

— É Scottie? Que merda vocês estão falando?

— O novo namorado dos sonhos de Finley King está por


toda a maldita internet. Uma imagem de você em pé protetor
na frente dela ao lado de uma piscina foi viral. — Ele riu. —
No último post que vimos, era que os agentes estavam
lançando-se e rastejando uns sobre os outros para descobrir
quem é o homem misterioso. A coisa toda meio que tomou o
vento da história misteriosa de assassinato. Ei — disse
Jimmy e de repente, Scotlyn estava no telefone.

— Foi tão doce você ficar entre Finley e aqueles homens


da câmera. E você parece tão bonito.

— Filho da puta — eu murmurei. Só então Dray voltou


para o escritório, segurando o riso. Ele não disse uma palavra
e, em seguida, se sentou em seu computador. Ele digitou algo
freneticamente no teclado.

Jimmy voltou ao telefone, assim quando Dray girou seu


monitor para eu ver a imagem. Meu peito se apertou quando
eu a olhei. Finley estava se escondendo atrás de mim
parecendo aterrorizada e chateada. Eu a tinha protegido das
câmeras, mas isso era tudo que eu podia fazer. Acenei para
Dray para virar o monitor.

— Tenho certeza que a emoção vai morrer em breve. A


mídia tem mais de um problema para dar atenção do que eu.
— A única coisa que a imagem tinha feito era me lembrar o
quanto eu queria Finley.

— Estou ouvindo um coração partido? — Perguntou


Jimmy.

— Veja agora, o irmão idiota voltou. Por um segundo eu


pensei que eu ia ser capaz de falar com você sem ficar
chateado.

— Você está certo, Rett. Desculpe. — Um pedido de


desculpas de Jimmy sempre era duramente conquistado. —
Como é que você chegou ao Tank´s?

— O ônibus de merda me trouxe. Vou caminhar para


casa antes de eu ter que voltar a andar em um.

— Eu tenho que pegar algumas peças neste caminho.


Eu vou passar por aí e levá-lo. Taylor tem aulas hoje à noite,
então talvez nós possamos encomendar uma pizza.

— Parece bom, Jimmy. Obrigado.


Capítulo 19

Finley
Jude e Cole estavam sentados no balcão da cozinha
conversando. Cole tinha tirado outro dia de folga e eu
perguntei se ele tinha enviado Barrett de volta ao trabalho.
Eles pararam a conversa quando ouviram meus passos.

Eu entrei na cozinha e arranquei um dos muffins que


Sutter tinha assado na noite anterior. Jude havia lhe dado
alguns dias de folga até que as coisas esfriassem e,
francamente, parecia que ele estava mais que feliz em ficar
longe de nossa bagunça.

— Onde está Éden?

— Ela está dormindo de uma ressaca de manteiga de


amendoim — disse Jude.

Sentei-me ao lado de Cole e escolhi o muffin. A manteiga


de amendoim dos céus foi demais para o meu estômago vazio
e duas mordidas em nossa festa, eu me senti com vontade de
vomitar. Meu apetite ainda não havia retornado.

— Cole, você está dando trabalho a Barrett, certo?

— O contramestre chamou-o ontem. Ele estará no novo


local de trabalho na quinta-feira. Então, não se preocupe com
Rett.
— Então, qualquer notícia? — Eu não estava
completamente certa que eu queria ouvir mais, mas eu
precisava crescer.

— A autópsia é amanhã — disse Jude e apenas a


palavra fez o meu estômago azedar mais.

— Pobre menina — eu disse. — Como ela acabou em


uma confusão tão sórdida? E o motoqueiro?

Jude balançou a cabeça.

— Nenhum sinal dele ainda. Eles estão muito certos de


que ele deixou a Europa, o que faz com que ele pareça
culpado. Mas nós não sabemos mais nada. Não podemos
relaxar muito, porque papai não está, definitivamente, a salvo
ainda. — Ele olhou para mim com um olhar questionador
estranho.

— O quê? — Perguntei.

— Nada. Eu acho que você não tem estado muito online.

Éden entrou olhando como se ela também lamentasse


verdadeiramente nossa folga.

Virei-me para Jude.

— Não é possível tolerar ler sobre isso. Por quê? — Meu


coração pulou no meu peito. — Existe algo que você não está
me dizendo?

Cole enfiou o telefone na minha frente. O rosto bonito de


Barrett olhou para mim. E a menina patética, assustada
atrás dele era eu. Eu empurrei a mão de Cole longe.

— Agora eu o puxei para isso. Ele vai me odiar para


sempre. Eu pareço uma covarde total.

— Odeio dizer isso a você, Fin — Cole disse secamente,


— mas você não é o foco da imagem. O homem misterioso
loiro é.

Jude balançou a cabeça.

— Tanto entusiasmo sobre um cara comum que se


parece com qualquer outro tipo de loiro surfista da Califórnia.

Éden e eu rimos.

Jude disparou a Éden um olhar irritado.

Ela se inclinou e beijou sua bochecha.

— Sinto muito, querido, mas não há nada comum sobre


esse tipo de surfista.

— Isso é malditamente ótimo de se ouvir vindo da minha


namorada. Vocês mulheres e sua obsessão por homens
gostosos.

Olhei para Jude.

— Oh e eu suponho que essas revistas Playboy que


chegam em casa para você todos os meses é estritamente
para os artigos.
— Está certo. Além disso, eu preciso de fotos para a
minha arte. A forma humana é difícil captar a menos que
haja um modelo.

Éden revirou os olhos para ele.

Cole ainda estava olhando para o seu telefone.

— O último título é que todo mundo quer saber mais


sobre o namorado de Finley King

Fiquei olhando para o muffin. Cheirava picante e


delicioso, mas eu deixei-o no prato. Meu estômago estava em
nós novamente.

— Ele não é meu namorado. Eu acabei com isso com a


minha exposição boba maluca. Eu estou indo alimentar Lilly
Belle.

— Eu vou com você — disse Jude.

— Não estou realmente no clima de conversa.

Ele caminhou na minha frente e abriu a porta de vidro.

— Então, não vamos conversar.

Cinco passos para a caminhada, Jude começou a falar.

— Finley, me desculpe, eu fui um idiota sobre Barrett. A


imagem mostra que eu o julguei mal. É claro que ele se
preocupa com você.

— Não mais. Eu cuidei disso.


— Por quê? Porque você se apavorou quando você
descobriu que seu pai poderia ter cometido um assassinato?
Se isso o assustou, então é sua perda.

— Tenho certeza que ele nunca mais vai querer falar


comigo de novo, e, além disso, estamos tipo presos aqui na
casa. — Lilly Belle me chamou assim que ela ouviu a minha
voz. O trabalho em seu celeiro tinha chegado a uma parada
completa e era difícil saber quando seria concluído.

— Estou certo de que podemos descobrir uma maneira


de levá-la para vê-lo. Há sempre o buraco na parede.

Olhei para Jude. Ele estava, na verdade,


incentivando-me a vê-lo e eu deveria ter ficado chocada. Mas
eu estava com muito medo de que Barrett não tivesse
nenhum desejo de falar comigo.

— Até que tudo isso seja esclarecido e as coisas voltem


ao normal, eu não quero puxá-lo para isso mais do que eu já
fiz. — Fui até ao galpão de alimentação portátil que tínhamos
comprado para Lilly Belle e arrastei um floco de feno. Lilly fez
sua dança feliz de costume, quando ela me viu caminhando
em sua direção, com café da manhã. Porquinho tinha trotado
à frente de mim e ele se sentou esperando pacientemente
para ajudar Lilly devorar o feno. Seu focinho se contorceu no
ar com emoção. — Este é um artista — eu disse. — Ele nem
sequer gosta de feno. Ele só quer que Lilly goste dele.

Jude balançou a cabeça.


— Alguém deveria escrever um livro sobre esse porco.

— Uh, eu acho que alguém já fez, lembra? É um clássico


infantil. Merda, vocês homens realmente precisam ler mais.

Jude passou a mão pelo cabelo.

— Faça o que é certo para você, Fin. Ver Barrett era


apenas uma sugestão. Você parecia realmente feliz nessas
últimas semanas e para dizer a verdade, eu tenho me sentido
como um idiota sobre a coisa toda.

Mesmo com a realidade sombria pairando sobre as


nossas cabeças, não pude conter um sorriso. Era uma
raridade ver Jude agir arrependido que iluminou meu humor.
Estendi a mão e o abracei.

— Rapaz, Éden deve realmente ter estado dando-lhe um


tempo difícil.

— Não — ele protestou, mas foi forçado. — Mais ou


menos, eu acho. Mas você parece ter finalmente encontrado
alguém que você realmente gosta e eu me sinto culpado por
dificultar.

— Eu estava animada. Ele parecia realmente certo para


mim. Eu poderia chamá-lo mais tarde, mas eu não tenho
coragem agora. Eu só quero que essa coisa com papai
termine e que ele esteja seguro em casa conosco. — Minha
voz vacilou novamente enquanto eu falava sobre isso.

Jude deixou cair o braço em volta do meu ombro e nós


voltamos para a casa.

— Eu também, Doolittle. Eu também.

***

Ao final da tarde, ainda não havia nenhuma notícia e


eles não tinham encontrado a outra pessoa suspeita. Nós
todos decidimos tomar a rota de Cole para lidar com o
estresse de tudo. Jude misturou um monte de margaritas
fortes e com o meu estômago basicamente vazio, a tequila foi
direto para minha cabeça. Minhas pernas estavam pesadas e
os meus pensamentos eram confusos e não mais ligado ao
mundo racional. Cole tinha ido para a cama e Jude e Éden
haviam se retirado para a casa da piscina. Subi as escadas
atrás de meu porco de estimação, que eu tinha certeza que
lançava carrancas de decepção para mim enquanto eu me
arrastava.

Porquinho lançou um grunhido de desgosto e trotou em


sua manjedoura em meu armário. Eu caí para trás na minha
cama e esperei o quarto parar de girar. A mala que eu tinha
levado a Malibu estava no final da minha cama
desempacotada e triste. Eu estava realmente animada sobre
ter um tempo a sós com Rett. Peguei meu celular do meu
bolso e olhei para ele com a noção ilusória de que ele poderia
ter ligado. Ele não tinha. Sem dúvida, ele estava em casa,
feliz por ter se esquivado da bala da louca Finley. Minha
mente mexida pela tequila me convenceu ficar online e dar
uma olhada no que estava acontecendo.
A história da menina assassinada na cama de Nicky
King ainda estava no topo das notícias. Pela primeira vez, eu
vi uma foto da menina. Ela era jovem e bonita e eu me
perguntava sobre a grande agonia que seus pais estavam
passando agora. O tormento de meus próprios pais por
perder Chloe ainda estava fresco na minha cabeça, como se
tivesse acabado de acontecer. Lembro-me de sair do hospital
com eles. Minha mãe teve que ser levada e meu pai parecia
como se alguém tivesse alcançado e arrancado seu coração. E
eu me lembro da imprensa horrível tirando fotos de toda a
coisa. “Eles são apenas pessoas como eu tentando ganhar a
vida”. Papai sempre disse isso sobre as pessoas tirando fotos
de nós. Crescendo com eles ao redor, o tempo todo tinha me
endurecido a sua presença, mas Barrett tinha tratado de
tudo incrivelmente bem.

A imagem famosa da piscina surgiu na minha próxima


pesquisa. Eu esfreguei meu polegar sobre a tela. Barrett era
tão bonito e tão fácil de perder. Eu rolei sobre a minha lista
de contatos e antes que eu pudesse pensar sobre isso, eu bati
meu polegar sobre o seu número. O telefone tocou três vezes
antes dele responder e meu coração afundou com cada toque.

— Ei — ele disse calmamente.

— Eu avisei que eu era uma espécie de um caso perdido.

— O que você quer dizer? — Seu tom não era frio, mas
era diferente.

— Me desculpe, eu me apavorei.
— Não pareceu fora de sintonia com a situação.

Engoli seco. Ele tinha acabado comigo e era tão


dolorosamente óbvio que eu gostaria de ter de volta a ligação.
Minha garganta apertou.

— Minha vida é absurdamente complicada. Não é a vida


que eu escolhi, mas é o que eu estou presa. Eu amo meu pai,
mas às vezes eu desejo que ele fosse apenas um pai.

Ele não respondeu e eu senti a tequila queimando meu


estômago e na garganta.

— Podemos nos encontrar para conversar? — Perguntei.


O álcool foi me dando coragem que eu normalmente não teria
tido. Não era necessariamente uma coisa boa.

— Eu acho que sim. Existe ainda um enxame de


repórteres na sua casa?

— Eu acho que sim, mas há um buraco na parede perto


das quadras de tênis...

— Eu sei. Foi assim que eu passei por eles depois de te


deixar. — Eu fui horrível para ele naquele dia. Eu esteve tão
envolvida com meu casulo de auto piedade que eu não tinha
dito uma palavra a ele.

— Obrigada por ficar em entre mim e os repórteres, Rett.


Sinto muito que eles publicaram sua imagem em todo o
lugar. Eu não queria que o meu problema se tornasse o seu
problema.
Ele ficou em silêncio novamente por alguns segundos.

— Sim, eu percebi isso. — Seu tom e resposta me


confundiu.

— Eu não quero que você venha aqui. Encontre-me em


Stanley’s Coffee House em Beverly Blvd. Amanhã ao
meio-dia?

— Vejo você depois.

Mesmo com os meus pensamentos zumbindo, não havia


maneira que eu pudesse me convencer se eu tinha acabado
de ter uma conversa com um cara que eu perdi ou um cara
que desejava me ver novamente. Agora, eu teria que passar o
resto da noite dizendo a mim mesma que era tudo para o
melhor. Perdê-lo seria terrível depois de apenas tê-lo
conhecido pouco tempo, mas era melhor rasgar o curativo
logo e sentir mais a dor. Eu era valente e estoica enquanto
houvesse tequila correndo em minhas veias. Amanhã, eu
estaria sóbria e eu gostaria de estar sentada em frente a ele
no café. E depois havia sempre a possibilidade horrível que
ele mesmo nem iria aparecer.
Capítulo 20

Rett
Há um mês atrás, eu estava escapando de quartos de
meninas antes de terem a chance de acordar e perguntar se
elas me veriam novamente. Um mês atrás, eu estava evitando
responder textos e chamadas porque eu achava mais fácil
não me envolver com qualquer garota. Agora, eu estava
dirigindo para encontrar uma menina em um café, em
Beverly Hills. Eu odiava cafés e eu não ligava muito para
Beverly Hills também. Eu não tinha ideia de quando tinha
acontecido, ou, o mais importante, como, mas em algum
momento nas últimas semanas, Finley King havia se enrolado
em volta do meu coração. E com a maneira de merda que eu
estava sentindo desde que ela me cortou de sua vida, eu
cheguei à conclusão de que eu deveria ter ficado com o meu
primeiro plano de jogo. Relacionamentos não eram para mim.

A caminhonete engasgou algumas vezes antes do motor


desligar. O estacionamento estava perto de vazio e o Porsche
de Finley não estava lá. Eu entrei na lanchonete e várias
cabeças apareceram em copos de café. Algumas pessoas
olhavam quando eu empurrei meus óculos de sol até a minha
cabeça. Eu encontrei uma cabine vazia na parte de trás e
sentei nela. Eu olhei para as poucas pessoas que ainda
estavam me observando e elas voltaram suas atenções para
seus cafés.
Eu me inclinei para trás contra o assento de vinil e olhei
pela janela. Um Charger preto parou em frente da loja de
café. O seu potente motor vibrou as paredes da pequena loja
quando a porta do passageiro se abriu e pés pequenos
bateram fora. Eu não precisei ver o resto da menina para
saber que era Finley. Meu batimento cardíaco acelerou
quando eu assisti ela correr para a porta. O carro preto se
afastou uma vez que ela estava em segurança no interior. Ela
tinha um gorro preto puxado sobre o cabelo loiro e ela estava
usando óculos escuros gigantes que cobria a maior parte de
seu rosto. Mas o beicinho rosa escuro de seus lábios era
muito familiar sob o disfarce. Ela foi direto para a cabine.

Ela tirou o gorro e óculos.

— Você sabia que era eu?

Olhei para ela.

— Você poderia estar andando vestindo um saco de


papel sobre sua cabeça e eu saberia que era você. Você não
anda como uma pessoa normal.

Seus olhos se arregalaram.

— Eu não?

— Não — eu me abaixei e coloquei meus braços em cima


da mesa. — Você flutua, quase como se você tivesse
pequenas asas sobre os calcanhares.

Seus longos cílios tremularam para baixo. Um leve


sorriso cruzou os lábios. Seus ombros magros levantaram
com um longo suspiro e ela olhou para mim.

— Barrett, eu queria explicar meu comportamento no


outro dia.

— Eu disse que não havia nada a explicar. Você tinha


ouvido algumas notícias muito pesadas. Olha, Finley, eu
sabia o tempo todo que esta era uma ideia muito absurda...
nós dois.

Ela levantou seus olhos azuis e olhou para mim. Finley


abriu a boca para responder, mas não conseguia encontrar
as palavras.

— Será que vocês dois querem pedir um café? Esta


cabine é apenas para clientes — o balconista estava sobre
nós.

Finley olhou para mim. Eu balancei minha cabeça.

— Será que eu poderia ter um chá quente com limão? —


Ela disse.

A garota olhou para Finley por um longo segundo e, em


seguida, acenou com a cabeça e voltou para o balcão. Finley
olhou para ela.

— Eu acho que eu fui para a escola com ela. — Ela se


virou para mim. — Achei que essa coisa toda seria suficiente
para assustá-lo. Eu só queria ver...

— É isso que você pensa, Finley? Você acha que eu


fiquei com medo? — Sentei-me ereto. — Merda do caralho.
Depois que você ouviu a notícia, foi como se eu tivesse
simplesmente desaparecido. Eu era apenas um cara levando
você para casa. Eu perguntei se você queria falar sobre isso e
você chamou seu irmão.

Ela parecia completamente atordoada com as minhas


palavras.

— Sinto muito. Eu não percebi. É apenas a minha vida


que é complicada.

— Sim, você mencionou antes. A vida de todos tem


complicações. A sua apenas vem com um nome de família
mega-famoso.

— Eu não quis dizer que a sua vida era menos


importante do que a minha. Você está torcendo minhas
palavras.

— Mas a minha vida é menos importante. Eu sou


apenas um cara normal tentando descobrir como sobreviver.
Eu nem sequer tenho um carro de merda para dirigir. Só
estou mexendo ocasionalmente a vida na sorte de encontrar
uma boa foda. — Eu estava sendo um completo idiota e,
mesmo com a dor em seu rosto me matando por dentro, eu
não conseguia parar. Meu próprio coração partido foi muito
inesperado.

Seu lábio inferior tremeu um pouco, mas não chorou.

— Então, eu era apenas uma boa foda, é isso? — Sua


voz falhou enquanto ela falava. Ou eu estava mesmo sentindo
isso? Com o mundo da experiência, eu provavelmente era
uma merda miserável.

A menina voltou com o chá. Finley olhou fixamente para


mim enquanto a xícara foi colocada na frente dela. Não havia
nenhuma maneira de mentir para essa cara.

— Você foi incrível, Finley. Eu não paro de pensar em


você. Mas enquanto dirigia para fora de Malibu, naquela
manhã, eu percebi que eu era apenas uma parte pequena e
sem sentido de sua vida. Eu não posso ser isso.

— Eu estava chateada. Isso é tudo. Eu não queria


envolvê-lo no problema do meu pai. — Ela se inclinou para
trás e parecia tão pequena e doce tudo que eu conseguia
pensar era que eu queria levá-la em meus braços novamente.
— Meu irmão me assegurou que você ainda está trabalhando
para Kingston. — Ela olhou para mim interrogativamente.

Eu balancei a cabeça.

— Eu começo em alguns dias em algum quarto adicional


para baixo no vale. Então, é provavelmente tudo pelo melhor.
Eu realmente preciso desse trabalho. — Mais uma vez, a
tristeza em seu rosto arrastou penosamente para o meu
peito.

Seu telefone tocou. Ela ignorou-o em primeiro lugar. Em


seguida, ele tocou novamente.

Eu olhei para ele.


— Sua vida complicada está chamando você. — Eu
queria levar as palavras de volta no segundo que elas saíram
da minha boca. Seus olhos azuis se camuflaram de lágrimas
quando ela atendeu ao telefone.

— O que você quer? — Perguntou ela.

— Sim, eu tirei o disfarce estúpido. Eu estou no café. —


Em seguida, seus olhos se arregalaram e ela olhou ao redor
da loja. Pessoas retornaram suas atenções para seus copos.
— Merda. Tudo certo. Tchau.

Ela desligou e endireitou os ombros.

— Você acha que a vida de todo mundo é complicada


como a minha? — Ela levantou, pegou o chapéu e óculos. —
Quantas vezes você já teve que usar um disfarce estúpido
porque cada idiota intrometido no mundo quer saber o que
você está fazendo? — As lágrimas corriam e eu tive que
resistir à vontade de pegar a mão dela. — Quando outras
pessoas tomam comprimidos demais, sua imagem não fica
iluminada em todos os jornais com manchetes feias. —
Carros começaram a entrar dentro do estacionamento e as
pessoas no café começaram a falar mais alto. Os telefones
com câmera saíram. Finley colocou seu chapéu e óculos. —
Vá para fora primeiro. Eu não quero que você seja apanhado
nesta merda mais — ela chorou.

— Eu não vou deixar você com eles.

— Basta ir. Só vai piorar a situação, se andarmos


juntos.

Todos os olhos me seguiram enquanto eu


relutantemente levantei e caminhei para fora da porta.
Câmeras clicaram quando eu invadi a pequena multidão que
já haviam se reunido. Três repórteres correram atrás de mim.

— Você é o namorado de Finley? Há quanto tempo você


conhece a família King? — Eles atiraram várias perguntas às
minhas costas enquanto eu corria para a caminhonete. Eu
sentei no banco da frente e olhei através do para-brisa no
café.

Eu só podia ver a parte superior do gorro preto sobre a


cabeça e câmeras. Cercaram-na como leões famintos ao redor
da rapina, uma minúscula presa vulnerável. Eu pulei para
fora da caminhonete e sai em direção a eles. Eu era duas
vezes maior que a maioria deles e eu dei uma cotovelada no
meu caminho facilmente através do esmagamento de corpos.
Eu mergulhei para o meio. Os óculos de Finley tinham sido
derrubados no chão em meio ao caos. Seu olhar azul de medo
pousou em mim e meu estômago revirou com um nó. Alguém
enfiou uma câmera na minha cara e eu empurrei-a. Eu
empurrei em direção a ela e a levei em meus braços. Ela
apertou o rosto contra o meu peito.

— Sai fora do caminho — eu gritei por entre o


emaranhado de pessoas e câmeras. Eu embalava Finley
contra mim e empurrei meu caminho de volta, mas tinham
cercado a caminhonete. Os pneus do Charger preto chiaram
quando ele voou para o estacionamento. Os pneus
derraparam na parada e a janela desceu.

— Rett, por aqui. — Era Jude.

Corri para o Charger com Finley enquanto a onda de


pessoas se dirigia para o carro de Jude. Jude inclinou-se e
abriu a porta do passageiro. Finley segurou com força no meu
pescoço e por um segundo, parecia que ela não tinha
intenção de me deixar ir.

— Finley, entre no banco — disse Jude


acentuadamente.

Ela olhou para mim quando eu a abaixei no banco. Seus


olhos não deixaram meu rosto. Eu não conseguia tirar meus
olhos dos dela.

— Barrett, você deve entrar — o tom de urgência de


Jude me tirou do meu transe.

Eu balancei minha cabeça.

— Não, eu estou bem.

Câmeras saíram atrás de mim e as pessoas estavam


arremessando perguntas dentro do carro.

— Jude, seu pai está preso ainda? As acusações formais


já foram arquivadas? Você conhecia a vítima?

Os olhos de Finley se regaram quando ela olhou para


mim. Eu fechei a porta. Eu achei que era incrivelmente fácil
ignorar a imprensa quando eu os empurrei e subi na
caminhonete. O Charger arrancou do estacionamento. Alguns
repórteres correram de volta para os seus veículos para
segui-los e outros cercaram a caminhonete. Arranquei
lentamente e descobri que, assim como com os pássaros, eles
finalmente saíram do caminho.

Saí para a rua. O carro de Jude estava muito longe.


Uma sensação de mal-estar, gelado encheu meu peito com o
pensamento de nunca mais ver Finley novamente. Eu estava
acabado com isso. Eu tinha dado uma chance e ela tinha
estragado. Eu estava voltando para os meus caminhos
antigos, as velhas formas que nunca me fizeram sentir como
se alguém tivesse pisado em meu coração. A caminhonete
saiu pela pista, uma vez que eu apertei o pedal e saí de
Beverly Hills.
Capítulo 21

Finley
Sentei-me e olhei pela parte de trás do assento para a
caminhonete. Barrett seguiu através do ataque de repórteres
e curiosos. Ele sentou no banco do motorista e fechou a porta
sobre as questões que estavam sendo jogadas para ele. Eu caí
de volta contra o assento e Jude jogou o carro na estrada. Os
pneus gritaram com raiva quando o carro voou para fora do
estacionamento e longe da imprensa... e de Barrett. Eu ainda
podia sentir os braços protetores em torno de mim. O cheiro
de seu sabonete permaneceu na minha pele.

Jude olhou para mim.

— Como você está?

Eu dei de ombros.

— Eu não esperava que alguém naquele estúpido e


pequeno lugar prestasse atenção em nós. Mas eu acho que a
menina atrás do balcão foi para a escola comigo. Eu acho que
ela me reconheceu.

— Você é muito bonita para não reconhecer, Fin. E seu


amigo loiro alto parece atrair sua própria marca de atenção.

Eu balancei minha cabeça.

— Eu não deveria ter vindo hoje. Ele já havia decidido


que estávamos superando isso muito antes dele chegar lá. Foi
um desperdício de tempo e isso só me fez sentir muito pior
sobre tudo.

O café era a poucos quilômetros de casa e a maioria dos


jornalistas havia recuperado suas posições na frente da
propriedade. Jude olhou para o velocímetro.

— Como é que esses filhos da puta o gerenciam? Eu


tenho ido a sessenta pelas ruas e eles ainda nos encontraram
aqui. — Ele olhou para mim. — Você quer que eu a levante
por cima do muro? Eu posso dirigir em paz.

Acenei minha mão.

— Não, basta dirigir. Eu não dou a mínima para eles. Eu


só quero entrar.

Os guardas de segurança que Jude havia contratado


intervieram para bloquear a lacuna deixada pelas portas
abertas. Uma vez que empurrou o último repórter, Jude
acelerou e nós voamos até a calçada.

Éden e Porquinho nos encontraram quando chegamos à


porta da frente. Ambos pareciam preocupados.

— Edie — Eu soluçava e corri para ela. Porquinho


pressionou o focinho contra a parte de trás da minha perna e
eu cocei a orelha para que ele soubesse que eu estava bem.

Éden colocou o braço em volta do meu ombro e me levou


para a sala da família. Subi no banquinho no balcão e ela se
sentou ao meu lado.

— Ele me puxou para fora da multidão de jornalistas.


Mas isso acabou. Ele deixou isso bem claro.

Éden empurrou minha franja dos meus olhos.

— Eu acho que você ainda está se recuperando dessa


cena do lado de fora da loja de café. Você deve pensar sobre
isso.

— Como você sabe sobre a cena em frente à loja de café?

— O poder da internet. — Ela ergueu o telefone. Era


uma foto de Barrett me carregando no meio da multidão.
Doeu só de olhar para ele. — Há muito mais. — Ela clicou por
mais algumas fotos. — Olhe para ele, Finley. Ele manteve o
sangue frio, como de costume, mas o olhar que ele está
dando aos repórteres deixa claro que ele teria ferido alguém
se ficassem muito perto de você. E essas imagens foram virais
ainda mais rápido que a imagem da piscina. Estas imagens
só o levaram até o grande status de herói galã.

Segurei o telefone e olhei para ele.

— Esses últimos minutos em seus braços... — Minha


garganta apertou. — Nossa conversa foi terrível. Ele estava
frio. Não era a minha reação à notícia que tinha feito ele
mudar. — Eu suspirei pensando como toda a coisa era. — Foi
porque eu o excluí naquela manhã. Eu estava tão
mergulhada na minha própria miséria que eu o ignorei
completamente. Ele entendeu isso como se eu não me
importasse muito com ele.

Éden estendeu a mão sobre o balcão para um


guardanapo e entregou para mim. Limpei as lágrimas.

— Finley, você tem esse jeito de deixar as pessoas para


fora quando você está chateada. — Ela olhou para baixo por
um segundo. — Na época em que você tomou todas as
pílulas... os dias antes que você esteve naquele lugar muito
escuro. Eu segui você esperando que você falasse sobre seus
sentimentos e me deixasse entrar em sua tristeza. Mas você
nunca disse uma palavra. Era doloroso apenas sentar e saber
que eu praticamente não existia no momento em que você
mais precisava de alguém. Eu tenho certeza que é o que
aconteceu com Barrett. E alguém como ele talvez nunca
tenha sido ferido por uma garota antes. Você deu a ele um
golpe, em dobro ao seu ego e seu coração.

— Eu nem sequer percebi que eu estava fazendo isso.


Quando estou me sentindo para baixo, eu paro de pensar nos
sentimentos das pessoas e me concentro somente na minha
própria festa de piedade pessoal. Sinto muito que eu agi
dessa maneira em sua direção, Éden. E você está certa,
poderia ter me poupado muita dor se eu tivesse me aberto
para você naquela época. Agora, eu fiz a mesma coisa com
Barrett. Mas eu acho que houve muito mais danos ao seu ego
do que ao seu coração. — Eu trouxe um sorriso para aliviar a
preocupação em seu rosto. — Ele é um homem, depois de
tudo.
Cole entrou na cozinha com Jude. Ambos tinham um
brilho de alívio em seus olhos.

— Uma grande notícia — disse Jude. — Eles pegaram


Reggie na Bélgica. Ele confessou a coisa toda. Ele estava
dormindo com a menina e ela ameaçou contar à polícia que
era estupro se ele não pagasse por fora. Reggie e papai
discutiram na semana anterior e papai ameaçou demiti-lo.
Então, ele decidiu fazer de papai o bode expiatório para o
assassinato.

Levantei-me e abracei os meus dois irmãos. Eu estava


precisando desesperadamente de uma boa notícia e agora, eu
tinha.

Jude me apertou.

— É difícil saber quanto dano isto fez a reputação da


banda, mas o foco está no papai agora, ele vai cair fora do
ciclo de notícias muito rápido.

— Essa é uma notícia tão boa — eu disse.

— Há mais, Fin. Papai está a caminho de casa. Ele está


dando uma pausa de uma semana na turnê para acalmar os
nervos, ou pelo menos é o que ele disse. Se ele levar mais
tempo, pode parecer estranho e suspeito. — Jude olhou para
mim. — E ele prometeu sem comitiva. Além disso, há mais
uma boa notícia. Aparentemente, a empresa investiu na
produção e assinou três grandes sucessos e as coisas estão
decolando. Ele quer se envolver no negócio e iniciar o
desmame fora de shows e turnês.

— Oh meu Deus, isso é fantástico. Eu mal posso esperar


para vê-lo. Ele não poderia ter cronometrado seu retorno
melhor.

Cole estava olhando para o telefone, como de costume.

— Os órgãos de imprensa estão postando notícias sobre


papai não estar envolvido. 'Nicky King enquadrado por
motoqueiro de Black Thunder' — ele leu. Ele moveu o dedo
algumas vezes e riu. — Barrett está fazendo mais manchetes
que papai agora. O novo homem mais sexy do mundo? —
Cole leu. — Sortudo.
Capítulo 22

Rett
Sentei-me no sofá e olhei para a televisão. A âncora de
notícias local balbuciava sobre a possibilidade de chuva, que
sempre era uma grande coisa em Los Angeles. E, ao que
parece, esta tempestade poderia trazer tanto quanto uma
polegada de precipitação. Era incrível como eles poderiam
explodir tudo de proporção para fazer até mesmo pequenas
histórias de merda parecem interessantes. Mesmo histórias
que acabavam por ser completamente falsas como a história
de Nicky King, uma notícia que tinha ferrado com a minha
vida completamente.

Jimmy entrou pela porta da frente e pareceu surpreso


ao me ver em casa.

— Será que você trabalhou hoje?

Olhei incisivamente para a minha camisa Kingston


Construção.

— Não, eu só coloquei isso porque faz meus olhos


parecerem mais azul.

— Sim, sim. Está tudo bem? Eu tentei te ligar, mas o


telefone continuou indo para a caixa postal.

— Eu tive que desligá-lo. Parece que cada menina que


eu já conheci está tentando se apoderar de mim. O telefone
não parava de tocar e eu tinha certeza que o supervisor de
trabalho estava querendo esmagar a maldita coisa em seu
punho. Então, eu só o desliguei.

Jimmy pareceu aliviado quando eu mencionei


supervisor trabalho.

— Eles vão deixá-lo ficar na Kingston Construção?

Eu desliguei a televisão e coloquei minhas mãos atrás


da minha cabeça quando eu me inclinei para trás.

— Sim, mas eu posso ter fodido isso demais. Os outros


membros da tripulação estavam me tratando como lixo,
porque eu estava vendo Finley. Eu acho que eles pensaram
que eu estava tentando conseguir vantagem para subir ao
topo. Entre suas carrancas e suas piadas sobre o meu novo
status de herói, feitas para um dia de merda, vou ter que
encontrar um trabalho diferente se ele continuarem. — Eu
estatelei minhas botas de biqueira de aço na mesa de café e
as mantive ali mesmo sob o brilho da desaprovação de
Jimmy. — Você estava certo sobre tudo isso, mais uma vez,
irmão mais velho. Ficando muito cansado disso também.
Talvez algum dia você possa fazer uma previsão melhor sobre
a minha vida. Eu preciso de um pouco de boa sorte em meu
caminho em breve.

— Eu prometo parar de dar tantos conselhos


indesejados. É apenas um hábito que eu tenho com você,
porque você está sempre fazendo coisas tão estúpidas. — Ele
caminhou até a cozinha e pegou um refrigerante da geladeira.

— Sim, bem, eu ainda estou fodendo regiamente ao que


parece. Mesmo com o seu conselho indesejado.

As almofadas do sofá inclinaram quando Jimmy


sentou-se e abriu a lata.

— Desta vez não foi estúpido. Eu acho que esta menina


provavelmente vale o risco. Sinto muito, mas não deu certo,
mas eu não acho que você precisa se preocupar em encontrar
alguém. — Ele jogou para trás o refrigerante e suspirou. —
Scottie me disse que não havia sequer uma página de fãs no
Facebook para você. Todo mundo está colocando suposições
sobre filmes virem até você. Oh, e Scottie disse que as
propostas de casamento estavam flutuando já no caso de
você querer verificar de quem eram. Aparentemente, Claudia
do California Institute for Women diz que ela vai ter os seus
filhos, uma vez que ela termine sua sentença de 10 anos.

Sem levantar a minha cabeça, eu me virei para


encará-lo.

— Isso tudo é muito engraçado para vocês, não é?

Ele esvaziou a lata e esmagou-a em seu punho.

— Eu não vou mentir, eu estou gostando.

— Uma vez que elas descobrirem que não sou parte do


conjunto de Hollywood, a febre vai esfriar. O trabalhador sujo
e pobre da construção do vale não vai segurar seus interesses
a longo prazo.

Ele levantou-se e olhou para mim.

— Olha, Rett, você foi de uma espécie de muito atrasado


para um pouco de desgosto. Agora, você foi golpeado com ele
e você vê o que se sente, então você pode pensar duas vezes
antes de voltar para a sua vida social antiga esgueirando-se
com sapatos e camisa.

Puxei meus pés para o chão e sentei para frente com


uma risada.

— Isso vindo de um homem que nunca teve seu coração


partido, mas que tem feito muitas meninas chorar. Você tem
tanto carma ruim como eu no departamento de menina. Você
só passou a ter uma garota incrível que era tão louca por
você, você nunca teve de se preocupar em ser deixado de fora
no frio. Se você acha que isso vai me arrumar, então eu odeio
dizer isso para você, mas esse não é o caso. Essa coisa toda
teve o efeito oposto. Eu pretendo voltar para os meus
caminhos antigos e ficar lá.

— É a sua vida, Rett — disse ele friamente. — Agora,


mantenha-se fixo e mude. Nix está dando uma festa e é a sua
vez de ser o motorista da vez. — Ele foi até a cozinha e pegou
uma cerveja neste momento.

— Eu realmente não estou com disposição para uma


festa.

Ele voltou para a sala.


— Merda. Taylor está na escola, para que ela possa
dirigir e eu quero beber. É a sua vez de ficar sóbrio. Além
disso, Nix disse que algumas das amigas da escola de
enfermagem de Scottie vão estar lá e todas elas estão
provavelmente esperando para ver o menino bonito cujo rosto
está todo na internet.

— Você sabe que eu odeio ser chamado de bonito.

— Eu sei. É por isso que eu disse isso. Agora, se limpe


Sr. Herói, de modo que você pode puxar o seu rabo fora desta
porra e voltar a seus velhos hábitos. Estou cansado de você
ser tão rabugento.

— Mais uma vez, isso vindo do homem que faz o Grinch


parecer alegre.

***

Normalmente, uma sala cheia de garotas bonitas


bebendo bebidas espumantes teria sido como um dia em um
parque de diversões para mim, mas não esta noite. O pior de
tudo, eu tinha que ficar sóbrio. Jimmy sempre parecia saber
exatamente como apertar mais os parafusos mesmo quando
eles já estavam tortuosamente apertados.

Scottie se aproximou e me entregou um refrigerante.

— Ouvi dizer que você estava dirigindo esta noite.

— Sim, infelizmente.

Ela sorriu fracamente.


— Eu sempre odeio quando as pessoas parecem tristes,
mas eu tenho que dizer que, vendo em seu rosto só faz o
mundo inteiro parecer um pouco mais escuro. Você
geralmente está em um bom humor, Rett. Sinto muito que
você está se sentindo para baixo.

— Não se preocupe com isso, Scottie. Eu vou parar de


sentir pena de mim muito em breve.

Ela olhou em volta.

— Eu vou apresentá-lo a algumas das minhas amigas


da faculdade. Há um monte de meninas morrendo de vontade
de conhecê-lo.

— Não acho que suas amigas de enfermagem são o tipo


que eu estou procurando.

Ela olhou desapontada.

— Eu tentei a coisa de relacionamento e não é para


mim. Você e Taylor podem arrumar sua mala casamenteira
de pequenos truques. Eu não estou destinado a ficar com
uma menina. Eu sou mais do tipo variedade.

— Bobagem. Então você teve um mau turno. Grande


coisa. — Scotlyn tinha vivido uma incrível tragédia e
dificuldade e ainda tinha seguido em frente. Ela nunca foi do
tipo que desistia facilmente, o que a fez excepcionalmente
especial, mas quando se tratava de mim, eu desejava que ela
me deixasse sozinho.
Inclinei-me e beijei sua bochecha.

— Não vai acontecer mais, Scottie. Desista.

Eu fui lá fora com a minha estúpida soda maldita.


Muitas cabeças viraram em meu caminho. Eu estava pronto
para os meus 15 minutos de fama de ser feito e acabado.
Sentei-me no muro de contenção do pequeno jardim de
tomate de Scotlyn. Três meninas me circundaram no segundo
em que minha bunda bateu os tijolos.

— Você é Barrett, certo? — Perguntou uma menina com


cabelos ruivos.

— Esse sou eu.

— Eu sou Sarah e estas são Audrey e Vivian. — Seus


nomes evaporaram no momento em que ela me disse eles. —
Vivian e eu estávamos tendo um debate sobre quão alto você
é. Eu digo que você tem 1,88m, mas Viv acha que você tem
1,93m.

Fiquei olhando para minha coca esperando que eu


pudesse transformá-la em uma lata de uísque com apenas
minha mente. As meninas esperavam por uma resposta.
Jimmy estava parado do outro lado. Sua cabeça quase roçou
a saliência no pátio.

— Eu realmente nunca me medi, mas meu irmão tem


1,98m e abaixa em algumas portas e eu não faço isso, então
sou mais baixo do que 1,98m. — Minha resposta concisa não
pareceu afasta-las.
A terceira menina falou em seguida.

— É só que olhar para você nessas fotos onde você está


carregando a filha de Nicky King parece que você é tão
grande. É claro que ela é realmente minúscula, não é? Qual é
o nome dela? É o nome de um menino.

Eu não respondi. Cada centímetro de Finley era


incrivelmente feminino e eu nunca tinha pensado em seu
nome como sendo o nome de um menino. Eu pensei sobre
ela, pequena e frágil em meus braços e essa sensação de frio
rastejou através do meu peito pela centésima vez. Dray andou
com uma garrafa de uísque na mão, como se tivesse lido
minha mente.

— Se vocês, meninas me dão licença, eu preciso falar


com Dray. — Levantei-me e deixei-as na parede.

Dray estava radiante quando ele levantou a garrafa de


uísque.

— Pensei que você poderia precisar de algum. — Ele


percebeu a coca na minha mão pela primeira vez. — Ahh,
merda, você está usando o chapéu de motorista da vez hoje à
noite?

— Sim, então só me mate e me coloque para fora da


minha miséria.

Dray balançou a cabeça em piedade.

— É por isso que é tão conveniente viver ao lado. Eu


posso chegar em casa com segurança, mesmo se eu tiver que
rastejar em minhas mãos e joelhos para chegar lá. Que eu
poderia ter de fazer agora já que você não pode compartilhar
isso comigo. E eu tenho o dia de folga amanhã, então eu só
poderia dormir o dia todo.

Nix se aproximou.

— Você mantendo tudo para si mesmo? Estava cansado


de cerveja e drinks. — Ele olhou para mim. — Rett, como a
nova vida de fama está tratando você?

— Olhe para ele, Nix — disse Dray. — Nosso menino


está em um mau caminho e agora ele tem que ficar sóbrio
para dirigir para casa de Clutch.

— Realmente, Bro — disse Nix — como você está indo?


Ouvi dizer que a coisa toda com Finley não deu certo.

— Eu não estou vendo mais ela, então eu acho que você


poderia dizer isso.

— Isso é culpa sua, Rett — disse Dray.

— Você não sabe de nada sobre isso.

Ele levantou a garrafa, tomou um gole e fez uma careta.

— Merda, Cassie estava certa. Tem gosto de combustível


de aviação.

Nix pegou a garrafa.

— Eu vou encontrar algo para misturá-lo. — Ele olhou


diretamente para minha lata de refrigerante. — Posso pegar
outra coca, Rett? — Ele não fez nenhuma tentativa de
segurar sua diversão.

— Não, obrigado, eu acho que esta vai durar a noite


toda.

Dray colocou a mão no meu ombro.

— Olha, Rett, eu posso ver em seu rosto. Você se


convenceu de que você não merece Finley e é por isso que
você deixa isso ir tão facilmente. — Ele bateu no peito. —
Você está olhando para o rei de autonegação.

Eu olhei para ele.

— Eu não estou negando-me isso. Eu apenas decidi que


é mais fácil deixá-la ir.

Cassie caminhou para o pátio. Ela estava rindo de


alguma coisa que Scottie disse. Dray a observou por um
segundo e sorriu para si mesmo. Então ele olhou para mim.
Era raro vê-lo com uma expressão séria.

— Algumas coisas valem a pena, Rett. Certifique-se de


que você não está perdendo muito enquanto você deixa isso
ir, ou pode ser muito difícil ganhar de volta.

— Eu abri a mão do meu mundo. Esse foi o meu


primeiro erro. Vivemos nossas vidas completamente
diferentes, que poderia muito bem ser de planetas diferentes.
Eu só vou voltar para os meus caminhos antigos e fingir que
nada disso aconteceu.

— Tudo bem — disse Dray resignadamente — parece


que você já se convenceu disso. Agora, eu vou encontrar a
minha garrafa de uísque antes de Nix drená-la. — Ele acenou
com a cabeça em direção à parede. — Essas três meninas não
pararam de olhar para você desde que você andou longe
delas. Parece que você vai ser capaz de levar uma delas para
casa sem muito esforço. Ou, quem sabe, não que você precise
de ajuda, mas com a sua nova fama, você pode ser capaz de
tomar todas as três.

— Muito esforço para mim e minha lata de merda de


coca de hoje à noite. Vá aproveitar o seu uísque, seu bastardo
de sorte.

***

O carro de Taylor já estava na calçada quando chegamos


a tempo. Jimmy mal tivera três cervejas, quando ela tinha
ligado chorando que ela conseguiu uma nota ruim em um
projeto de vestido. A noite má de Taylor acabou boa para
mim. Jimmy decidiu ir para casa mais cedo e consolá-la. O
que significava que era melhor eu ficar longe.

Saímos fora da caminhonete

— Eu estou indo até o salão de bilhar — Eu disse para


Jimmy quando eu me dirigi até a calçada. — Até logo.

— Você não vai levar a caminhonete?


— Não, eu posso ficar embriagado. — Eu fui à rua e
verifiquei minhas mensagens de texto. Eu disse a mim
mesmo que essa coisa finalmente estava acabada, mas eu
chequei meu telefone de novo e de novo por alguma
mensagem dela. Não havia nada, que era o que eu esperava.
Isso não tornava mais fácil, mas pelo menos eu não estava
sendo completamente delirante. Eu tinha repetido a cena do
café mais e mais na minha cabeça. Eu não poderia ter sido
um idiota maior e eu tinha certeza de que meu ato final a fez
me odiar. A única coisa que me tinha mais confuso era por
que eu ainda estava pensando tanto sobre isso. Eu tinha que
limpar minha mente de Finley King e logo.

As mesas de sinuca estavam todas em uso quando


entrei no salão mal iluminado. Música do jukebox vibrou nas
paredes e o cheiro distinto de cerveja flutuou pelo ar úmido.
Era um local afastado e eu tinha passado muito do meu
tempo no bar e jogando. Mas hoje, eu não estava com muita
vontade de jogar.

Cheryl, a senhora que cuidava do bar, olhou para cima


quando me aproximei.

— Ei, Rett — disse ela com seu sorriso de boas-vindas


habitual. Ela era alguém que trabalhava em um emprego de
dia e um outro emprego a noite como o meu pai tinha, mas
pela forma como ela falou sobre seus dois filhos era óbvio que
ela gastava todo o seu tempo livre com eles. Algo que meu pai
nunca tinha feito.
Ela me deslizou uma caneca de cerveja sem eu precisar
pedir.

— Eu vi a sua imagem em todo o lugar hoje. — Ela


sorriu. — Quem era a garota de sorte em seus braços?

— Apenas uma menina que eu conhecia. — Eu balancei


a cabeça. — Como uma foto boba como essa se tornou um
problema tão grande?

Ela se inclinou para frente e apoiou os braços sobre o


bar. As linhas em seu rosto não parecem indicar a idade,
tanto quanto anos de preocupação e risos.

— Você não sabe, realmente? — Seus olhos sorriram. —


Toda garota sonha com um homem incrivelmente bonito
carregando-a em seus braços e levando-a longe do perigo. É
só um daqueles cenários de conto de fadas que faz uma
menina desmaiar. E você, meu amigo, se encaixa
perfeitamente como um príncipe de conto de fadas.

Tomei um gole de cerveja.

— As aparências enganam. — Olhei em volta. Um monte


de caras habituais estavam no meio da multidão, mas uma
cabine foi tomada por uma menina bonita, com longos
cabelos escuros, um top perfeitamente confortável e lábios
dignos do pecado.

Cheryl, obviamente, me viu focado nela.

— Ela está aqui a noite toda. De fora da cidade, eu acho.


Ela veio com aquele cara ali na última mesa de sinuca. Ele
vem jogando desde que cheguei aqui e pelo cenho com raiva
em seu rosto, ele está perdendo sua bunda também.

Eu drenei a primeira cerveja.

— Dê-me algumas doses de tequila com o próximo.

— Dia difícil? — Perguntou ela. — Você não costuma se


preocupar com as doses.

— Semana difícil e mais do que tinha a ver com o meu


conto de fadas não é tão fantástico.

— Quer falar sobre isso?

Eu tomei uma dose e bati o copo no balcão.

— Não, não é tão interessante. — Eu tomei a segunda


dose e olhei para a menina na cabine. Eu não estava
imaginando seu convite silencioso para me juntar a ela. Eu
peguei a cerveja.

— Eu mencionei que ela veio com aquele cara que


parece irritado lá? — Cheryl perguntou enquanto eu
entreguei-lhe algum dinheiro.

— Sim, bem, eu acho que nós vamos ver com quem ela
quer ir para casa. — Mesmo sabendo que nada disso fosse
inteligente, não me impediu de sentar na cabine.

A menina deixou claro alguns segundos depois que ela


estava feliz com a companhia.
— Meu, como a minha sorte mudou. Poucos minutos
atrás, eu estava sentada aqui completamente só e — ela se
aproximou de mim e passou a mão na minha perna —
completamente excitada. E agora, você está aqui. — Ela
passou a língua pelo lábio inferior e, em seguida, olhou
através da sala.

— É seu namorado? — Perguntei.

— Não, apenas um amigo. — Ela empurrou os seios


contra o meu braço e sua mão continuou sua lenta viagem
até a minha perna. Havia algo impreciso e hesitante sobre
seu flerte, como se ela não estivesse completamente segura
de si mesma. Ela olhou para o cara de novo.

— Ei, se o seu amigo vai ficar puto, então eu vou me


levantar.

Sua mão encontrou meu pau e ela esfregou a palma da


mão contra a frente da minha calça jeans.

— Não, não vá. Eu estou indo pegar outra bebida e


porque você me salvou de uma noite chata, eu vou lhe trazer
outra cerveja. — Ela saiu da cabine e fez questão de mexer o
traseiro para mim quando ela se debruçou sobre o balcão.
Observei-a com tanto interesse quanto eu poderia ter
assistindo a uma árvore crescer. Eu falei a mim mesmo em
querer isso só para perceber que era a coisa mais distante da
minha mente agora.

A menina, cujo nome eu ainda não tinha me dado ao


trabalho de perguntar, enviou uma mensagem para alguém.
Olhei por cima e, com certeza, o cara com que ela tinha
entrado estava lendo um texto. Eu pagaria a ela pela cerveja e
sairia.

Por alguma razão, ela se pendurou no bar e lançou de


volta sua bebida antes de desfilar de volta para a cabine. Ela
colocou a cerveja na minha frente. Eu tirei minha carteira e
ela não rejeitou o dinheiro.

— Você sabe, eu acho que estou indo embora.

Seus olhos se arregalaram.

— Eu pensei que poderia terminar essas bebidas e, em


seguida, sair para o meu carro. — Ela se inclinou contra mim
novamente. — Estou desesperada por alguma esta noite de
ação.

Eu levantei a cerveja.

— Eu vou terminar isso com você, mas eu acho que você


vai ter que levantar o seu amigo da mesa de bilhar se você
quiser alguma ação hoje à noite.

Ela empurrou a cerveja em minha direção e sua mão


voltou a minha perna. Larguei a cerveja de volta mais rápido
do que o habitual. Com todas as suas tentativas de
seduzir-me, eu não poderia trabalhar até o menor interesse.
Minha cabeça estava ficando pesada da tequila, e, de repente,
estar de bruços na minha cama parecia como o melhor lugar
para estar.
— Em outro dia, eu teria levado seu convite, mas eu
estou indo para casa para a noite.

Ela empurrou o lábio inferior para fora em decepção.


Levantei-me da cabine e apoiei a mão em cima da mesa para
me equilibrar.

— Você está bem? — Perguntou ela.

— Sim, apenas muita tequila. — A sala parecia


estender-se enquanto eu ia para a porta. As linhas das
janelas e piso se tornaram ondulada e meu foco estava fora
de sintonia. Voltei a olhar para a menina e apenas esse ligeiro
movimento fez o quarto girar descontroladamente. A menina
ainda estava me observando e um leve pensamento passou
pela minha cabeça nebulosa. Havia algo na cerveja.

O ar fresco clareou minha mente, mas só por um


segundo. Os carros pareciam estar vibrando enquanto eu
caminhava pelo estacionamento. Meus braços e pernas
pareciam como se estivessem se movendo através de piche. A
cadela tinha me drogado e eu não tinha ideia do porquê.

Cheguei à calçada, mas a caminhada para casa parecia


impossível. A tela e os números no meu celular eram um
borrão e eu não conseguia marcar. Concentrei-me em colocar
um pé na frente do outro, uma tarefa que exigia o meu foco.

Segundos depois, sentei-me com força no meio-fio para


me impedir de cair de cara no cimento. Eu estava apenas
vagamente consciente do que me rodeava, mas eu sentia que
um carro parou em minha frente. Minhas pálpebras se
fecharam apenas quando alguém segurou meu braço. Eu
agitava os punhos, mas foi inútil. Minha cabeça bateu na
janela de um carro enquanto eu estava sendo empurrado
para o banco traseiro. Então, tudo ficou escuro.
Capítulo 23

Finley
No segundo que ouvi o zumbido dos portões de
segurança gigantes, eu voei pelas escadas, bati no corrimão
inferior três vezes e corri para a entrada da frente. O
motorista da limusine abriu a porta e meu pai saiu,
completamente sozinho, sem segurança, nenhum gerente,
sem namorada. Apenas meu pai. Um pequeno grito explodiu
de meus lábios e eu pulei descendo os degraus e em linha
reta em seus braços. O aroma reconfortante familiar de seu
perfume encheu meus sentidos.

— Finley, você ainda está acordada. São duas da


manhã.

Olhei para ele. A cada retorno a idade dele aparecia um


pouco maior. Por mais que ele sempre se queixasse sobre as
novas linhas e rugas, eu secretamente amava. Faziam-no
parecer mais com um pai e menos como uma estrela do rock.

— Não havia nenhuma maneira que eu pudesse dormir


sabendo que você estava a caminho de casa.

Vozes flutuaram através do dossel de jacarandás. Papai


olhou para direção à rua onde a imprensa estava
acompanhando desde a notícia.

— Há apenas uma meia dúzia de repórteres centrais tão


difícil que aparentemente pensam que essa história ainda
poderia acabar mal para mim. Caso contrário, parece que eu
perdi a maior parte do caos, hein?

— Você não sabe da missa a metade. Embora, eu tenho


certeza que foi leve em comparação com o caos que você
passou. — Eu virei meu corpo para que eu estivesse enfiada
debaixo do braço. Eu coloquei minha mão em seu estômago
enquanto caminhávamos na direção da casa. — Você está
muito magro, pai. Precisamos engordar você e te dar uma
barriga de cerveja, como outros pais.

— Estou ansioso para uma barriga de cerveja, Fin. —


Butch e Sundance, dois cães que raramente ser moviam para
mostrar qualquer emoção ou energia, vieram pulando na
entrada quando ouviu a voz do meu pai ecoando nos pisos de
mármore.

— Ei, rapazes — ele parou para dar-lhes pancadinhas


saudáveis. — Acho que Porquinho está na cama?

— Ele tentou ficar comigo, mas era tarde demais.

— Isso é ótimo, você perguntar sobre o porco antes que


você pergunte sobre Cole e eu? — Jude entrou na entrada.

Ele abraçou meu pai.

— É bom ver você em casa, pai.

— Caramba, Jude, isso foi uma aventura selvagem.


Onde estão Cole e Éden?
— Cole adormeceu no sofá e Éden achava que deveria
nos dar a chance de vê-lo pela primeira vez.

— Vamos entrar e acordar Cole. Eu não posso te dizer


como é bom estar em casa com todos vocês.

Nós nos sentamos na sala de estar e eu segurei


firmemente no braço do meu pai.

— Que pesadelo — Papai suspirou. — É tudo como um


borrão, mas acho que este pequeno episódio vai me
assombrar para sempre.

— Que merda aconteceu papai? — Perguntou — Jude.

Papai suspirou.

— Eu não ouvi todos os detalhes da confissão, mas


houve alguma chantagem e outras merdas acontecendo. Eu
tinha bebido muito, e outras coisas. Finley disse-me uma e
outra vez para parar de festejar como um louco sangrento —
ele beijou o topo da minha cabeça — e eu acho que é hora de
eu escutar minha filha. — Ele riu e tinha uma vantagem
nervosa para ele. — Eu estava tão fora de mim que eu pensei
que eu estava tendo um derrame cerebral. E toda a vez eu
ficava pensando, Finley vai ter a minha cabeça por não
cuidar melhor de mim mesmo.

Eu apertei seu braço apertado.

— Isso é porque você sabe que eu estou certa.

— Verdade. Eu tomei um monte de coisas, substâncias


químicas que não têm direito de estar flutuando no fluxo de
sangue de um humano. Quanto mais velho fico, mais difícil
fica para me recuperar das longas noites de festa. Reggie
estava na festa, mas eu nunca prestei muita atenção nele. Ele
embora, deve ter ficado de olho em mim. Aparentemente, ele
estava esperando eu atingir o nível perfeito de embriaguez
onde eu estaria muito fora de mim para saber que uma
menina morta estava sendo escondida no meu quarto. Eu
desmaiei na minha cama e o bastardo sangrento
sorrateiramente colocou-a dentro quando todo mundo tinha
ido dormir. — Ele ficou em silêncio por um momento e o
único som na sala era o clique do relógio na parede. — Eu
nunca vou esquecer de acordar com o rosto pálido e frio
daquela pobre menina olhando para mim sobre o travesseiro.

Fechei os olhos contra a agonia em sua voz. Ele pareceu


sentir minha angústia e beijou minha cabeça novamente.

— Chega de falar disso. — Ele forçou alguma leveza em


seu tom. — Eu vi algumas fotos na internet. — Sua
observação foi dirigida a mim. Jude e Cole olharam para mim
também.

— O quê? — Eu perguntei.

— Então me diga sobre esse cara que a mantém fora do


caminho da imprensa? É o rapaz que você mencionou
quando você me disse que tinha encontrado algo que você
queria?

— Era ele, mas isso acabou.


— Haverá outros e nenhum deles vai ser bom o
suficiente para você. Eu só tenho que aceitar que um dia eu
não vou ser o número um em sua vida. Devo dizer-lhe,
porém, que vários dos meus amigos produtores chamaram
para perguntar se o menino tem um agente para entrar em
contato.

— Ele não é um menino, pai. Ele é um homem e ele não


é um ator. E eu não acho que ele tenha qualquer intenção de
se tornar um.

— Não o culpo. Este estilo de vida tem suas vantagens


óbvias e suas armadilhas óbvias.

Coloquei minha cabeça em seu ombro.

— Eu vou dizer. Quero dizer quantas pessoas têm de se


preocupar em ser acusado de assassinato?

— Falando de amigos produtores — disse Cole — Jude


disse que a nova empresa de produção está decolando.

— Claro e está bem-cronometrada também. — Papai


encostou-se no sofá descontraído. — Somente a banda e
vocês vão saber disso, mas em um ano, eu estou planejando
me aposentar completamente da música. Eu tenho o
suficiente com outras empresas e shows secundários e
resíduos provenientes em que eu não preciso me matar
nessas viagens mais.

— Eu não posso te dizer como isso me deixa feliz — eu


disse.
A batida familiar de pequenos cascos soou no piso de
madeira.

— É esse o som do meu trotador favorito? — Papai olhou


por cima do sofá.

Porquinho bufou e correu para frente do sofá. Ele


empurrou o focinho contra as pernas do papai. Papai se
inclinou para acariciá-lo.

— Sim, eu estou mesmo contente de ver você,


Porquinho. Como é que a vaca está? — Ele olhou para Cole.
— E o celeiro?

— Nós colocamos o celeiro em espera quando a merda


estava batendo no ventilador, como se costuma dizer — disse
Cole. — Mas os homens estão voltando amanhã. Lilly Belle
deve ter sua casa até o final da próxima semana.

— É bom ouvir. E você, Finley? Como o trabalho


voluntário no celeiro está indo?

— Eu não poderia estar mais feliz. — Eu usei isso como


a minha oportunidade de deslizar no meu sonho futuro. Às
vezes com o meu pai, era mais fácil de construir a noção de
tijolo por tijolo. — Eu poderia até começar meu próprio
celeiro de resgate um dia.

Ele não respondeu, mas parecia realmente estar


ponderando sobre isso por um segundo.

— Desde que ele não seja aqui. Eu acho que os vizinhos


podem começar a reclamar.

— Não, não seria aqui — eu disse rapidamente e deixei


cair o assunto. Um pedaço de sonho por um tempo foi o
suficiente. Foi uma ideia que estava tão firmemente plantada
na minha cabeça agora que eu não poderia explora-la, sendo
emocional ou insistente sobre isso. Eu tinha que ter tudo no
lugar primeiro. Estiquei me com um longo bocejo. — Bem, pai
— inclinei-me e beijei-o. — Estou tão feliz que você está em
casa. Vejo você amanhã. — Foi uma semana de
montanha-russa e no meio de tudo isso, meu coração foi
quebrado. Mas no geral, eu tinha feito um bom trabalho de
lidar com tudo. Se apenas o buraco negro no meu coração
não se parecesse tão sem fundo.
Capítulo 24

Rett
Eu não estava na cama de uma estranha e a dor em
minha cabeça e a estrada esburacada garantiu-me que não
era um sonho ruim. Eu tentei mexer os braços, mas eles
estavam atados atrás das costas com algo fino, afiado e
aparentemente inquebrável. Duas cabeças estavam tendo
uma conversa acalorada no banco da frente do carro e, em
seguida, os restos da noite voltaram para mim. Levou toda a
minha força apenas para ficar consciente. Minha cabeça
parecia como se tivesse flutuado do meu corpo. Além do corte
vinculativo na pele em meus pulsos, eu mal podia sentir
meus membros.

Tentei arrumar minhas pernas, mas o banco de trás


curto manteve eu enrolado em uma bola.

— Sequestro? — Perguntou a mulher e lembrei-me da


menina no salão de bilhar, a pessoa que me deu a cerveja
drogada. — Você está louco? Isto começou como um assalto
simples. E quem sabe como ele é ligado à família King. Eu
tinha certeza que ele seria, pelo menos rico, se ele
frequentava seus círculos de amizades.

— A carteira dele estava seca como um sem-teto. Talvez


nós pegamos o cara errado — disse a voz masculina. — Se ele
é o namorado de Finley King, então ele teria que ser algum
tipo de Beverly Hills.

Minha carteira aberta estava ao meu lado no banco. A


conversa foi um pouco abafada pelas drogas ainda rodando
pela minha cabeça, mas o motivo da garota escorregar drogas
na minha bebida tornou-se bastante claro. Meus minutos
indesejados de fama tinham me feito um alvo e estes tolos
tinham assumido que eu tinha que ser rico para conhecer
Finley. Seu nome derivou pela minha cabeça pesada e até
mesmo amarrado e amassado no banco de trás do carro sem
ideia do que iria acontecer, eu me perguntava o que ela
estava fazendo e se ela me perdeu também.

Tonturas passaram por mim e ondas de náusea prendeu


meu intestino. Sentei-me e vomitei por todo o chão do carro.

A menina pegou o assento e torceu para trás para olhar


para mim.

— Merda — disse ela, seu rosto se contorceu em


desgosto.

— Ei, filhos da puta. — Minha garganta ardia enquanto


eu falava. — Parece que você tem uma bagunça para limpar.

Ela sentou-se em desgosto.

— Droga.

— Você não lhe deu o suficiente — o cara parecia muito


menos confiante agora que ele percebeu que eu estava
acordado no banco traseiro.
— Eu dei-lhe o suficiente para derrubar um maldito
cavalo. Ele é apenas um gigante. — A menina estava
obviamente irritada que essa coisa toda não estava
funcionando do jeito que ela tinha planejado.

Sentei-me e minha cabeça girou como se eu estivesse


em um passeio de carnaval. A lua estava alta no céu. A falta
de iluminação ao longo da rodovia me disse que estávamos
longe de qualquer cidade. Eu olhava pela janela. A paisagem
estéril parecia um pouco familiar. Estávamos na estrada Dez,
indo em direção ao deserto.

Eu olhei fixamente para o motorista no retrovisor e


medo encheu sua expressão. Eu vi sua mão dar algo para a
menina através da console central. Ela sorriu e colocou uma
arma na parte de trás do assento.

— Se você vomitar no meu banco de trás de novo, eu


vou estourar seus miolos.

Eu pisquei para ela. Minhas pálpebras pareciam como


se tivessem pesos. Eu realmente odiava essa garota.

— Sim, porque pedaços de crânio e cérebro explodidos


são muito mais fáceis de limpar do que vômito. Como você já
descobriu, eu sou pobre, como o bobão aqui colocou tão bem,
como uma pessoa sem-teto. Eu não tenho nenhuma ligação
com a família King, então não se preocupe com a ideia de
sequestro. Não há ninguém para pagar um resgate.

— Vamos apenas despejar este babaca aqui no deserto


— disse o homem.

— A melhor ideia que eu ouvi — eu disse.

A menina que tinha olhado para trás um tanto


tentadora no salão de bilhar agora me recordou mais uma
bruxa, uma bruxa com uma arma apontada para mim.

— É muito ruim você ser tão bonito — disse ela. — É


uma vergonha ter que matá-lo.

Seu parceiro olhou para ela. A partir do olhar em seu


rosto, o assassinato não tinha realmente sido parte de seu
plano de jogo. Infelizmente, a menina parecia estar
empolgada. Ela encolheu os ombros com indiferença.

— Ele está conosco e especialmente me viu — disse ela.

— Acredite em mim, cadela — eu disse friamente — não


há nada memorável sobre seu rosto. Basta despejar-me no
deserto e sua carranca será nada além de uma leve memória
feia no segundo que você dirigir para longe. — Jimmy tinha
me avisado sobre o meu total desrespeito pela mortalidade e é
provavelmente um daqueles momentos em que eu deveria ter
levado sua advertência ao coração. Mas às vezes, a raiva
superava meu senso comum. E as minhas palavras tinham
queimado a menina com a arma muito bem. Seu rosto se
contorceu em uma careta significativa quando ela tocou o
gatilho da arma. Prendi a respiração enquanto ela parecia
estar contemplando a minha morte.

— Você está certo. Não quero limpar pedaços de cérebro.


— Em seguida, ela levantou um dedo longo e pontudo pelo
para-brisa. — Dirija até lá. Nós podemos jogá-lo atrás
daquelas árvores.

Eu mexi minhas mãos para trás e nas amarras. Tinha


que ser de arame. Meus pulsos estavam molhados de sangue
e não tinha feito nenhum progresso.

O cara seguiu seu comando e puxou o carro para a terra


seca. Uma nuvem de poeira cinza voou em torno de nós
quando nós dirigimos em direção a um pequeno grupo de
árvores. Eu tinha enfrentado a morte naquela cadeia
miserável no México, mas Dray esteve comigo e de alguma
forma, o pensamento de morrer com um amigo foi mais fácil
de aceitar. E quando uma onda gigantesca tinha quase me
varrido da amurada do barco de pesca de caranguejo que eu
estava trabalhando, eu tinha certeza que eu ia encontrar meu
fim no fundo do oceano gelado. Mas mesmo que estivesse
cagando de medo naqueles segundos bizarros quando meu
corpo foi recolhido pelo congelamento da água do oceano e
lançado para o lado do barco, eu não parava de pensar que
pelo menos era uma forma de adrenalina para morrer. Mas
no meio do deserto e nas mãos de dois imbecis completos, eu
não conseguia pensar em nada que fizesse parecer nem um
pouco legal ou fácil de aceitar.

O cara parou o carro abruptamente. A porta se abriu e


eu empurrei minha carteira no chão. Estava basicamente
vazia, exceto por minha habilitação, mas eu percebi que se eu
tivesse que morrer sozinho aqui fora, eu pelo menos, queria
tornar mais fácil para a polícia identificar o meu corpo. A
menina segurava a arma para mim e seu parceiro relutante
chegou pela porta aberta para o meu pé. Minhas pernas
dispararam e eu chutei sua mandíbula. Ele cambaleou para
trás xingando e cuspindo sangue.

A menina revirou os olhos para ele e, em seguida, a


pistola estava no meu rosto.

— Saia — ela rosnou.

Eu saí e estava na frente dela. Mãos atadas me


deixaram com poucas possibilidades, exceto correr. Ventos do
deserto seco empurraram as folhas das árvores atrás de nós.
Foi o único ruído em uma paisagem de outra maneira
estranhamente silenciosa. Fiquei olhando para ela.

— Como eu disse, eu não vou lembrar o seu rosto uma


vez que você sair, então você pode muito bem decolar e me
deixar aqui.

Ela fez sinal com o dedo para eu virar. Seu amigo tinha
se recuperado e ele estava muito chateado. Antes que eu
pudesse dar mais um fôlego, ele arremessou o punho no meu
estômago. Eu dobrei e levou alguns segundos para eu
conseguir meu ar de volta. As drogas ainda não estavam fora
do meu sistema e quando eu me endireitei, o deserto girou
em torno de mim. Enquanto eu fechava os olhos para
recuperar o meu equilíbrio, um punho bateu em meu rosto.
Eu não tinha tomado conhecimento de seu anel, mas eu o
senti cortar meu rosto. O sangue quente escorreu pelo meu
queixo e na minha camisa.

O gosto metálico de sangue encheu minha boca e eu


cuspi em seus sapatos. Consegui respinga-los muito bem
com cuspe e sangue. Fiquei olhando para ele.

— Agora você já provou que você é muito bom com esse


punho, contanto que você está de frente para um adversário
cujas mãos estão atadas atrás das costas. — Na minha névoa
de dor, eu tentei descobrir o meu próximo passo.

Seu rosto ficou vermelho de raiva e ele ergueu o punho


novamente. Eu preparei para o impacto, mas a menina se
colocou entre nós.

— Estou entediada e está ficando frio.

Ela deu um passo para frente e olhou para mim.

— Que vergonha bagunçar esse seu rosto bonito.

Eu olhei para ela.

— Eu realmente odeio quando as pessoas me chamam


de bonito. Mas ouvi-lo sair de sua boca me faz odiar ainda
mais. — A gota de meu sangue pousou em sua blusa
apertada. — Oops. — Ela olhou para baixo em desgosto e
recuou.

Seus lábios se enrolaram.

— Por que a filha de um milionário tem algo a ver com


um perdedor como você?
Dei de ombros e olhei duro para ela.

— Talvez eu seja uma foda de milhões de dólares.

— Eu já tive o suficiente deste babaca arrogante — disse


o homem. Ele agarrou a arma. Fechei os olhos, me
perguntando se eu deveria apenas correr e deixá-los atirar
nas minhas costas. Mas antes que eu pudesse decidir, uma
dor aguda atingiu na minha cabeça e tudo ficou escuro
novamente.
Capítulo 25

Finley
A casa inteira, incluindo o meu companheiro de quatro
patas, ainda estava dormindo quando eu rastejei para fora da
porta. Mandy tinha me mandado uma mensagem às cinco da
manhã para ver se eu poderia ir trabalhar no celeiro e tive o
prazer de ajudar. Entre a adrenalina de ter meu pai sã e salvo
em casa e os sentimentos opostos de total desespero
provocados por Rett caminhar para fora da minha vida, eu
tinha passado as poucas horas me lançando na cama e me
virando. Eu ia sentir a minha noite sem dormir em algum
momento durante o dia, mas agora, eu estava bem acordada.

Mandy e Joe estavam empurrando carrinhos de mão de


feno para as baias de éguas enquanto seguia para cima.
Mandy acenou, eu saí do meu carro. Ela pegou um par de
luvas de reposição de seu bolso enquanto ela caminhava em
minha direção.

— Muito obrigado por ter vindo ajudar. Nossos dois


voluntários regulares estão doentes, e, como sempre, nós
estamos com falta de pessoal. — Ela parou e sua testa
franziu. — Está tudo bem em casa?

— Não poderia estar melhor. Meu pai voltou para casa e


tudo foi esclarecido.
Seus ombros relaxaram.

— Estou tão feliz. — O cheiro de feno encheu meu nariz


quando ela me deu um breve abraço. — Eu sei que você
estava realmente preocupada. — Vários dos cavalos trotaram
impacientemente no chão. — Eu acho que devemos continuar
com a alimentação. Eles todos estão esperando. — Voltamos
para o carrinho de mão. — Ah e se você puder alimentar o
bezerro seria ótimo. Ela está indo muito bem com a garrafa e
está crescendo rapidamente.

— Eu esperava que você fosse me pedir para fazer isso.

Eu ajudei com a alimentação dos animais de grande


porte e, em seguida, enchi a mamadeira para o bezerro. Ele
cumprimentou-me com um movimento de cauda e um súbito
mugido alto.

— Veja o quanto você cresceu. — Eu entrei no box. O


familiar reconfortante cheiro de aparas de pinho nos cercou
quando o bezerro avidamente pegou a garrafa com a boca. —
Eu acho que você não precisa de nenhuma persuasão desta
vez. — Durante vários anos, eu me perguntava o que eu faria
com a minha vida. A ideia de apenas viver uma rica, uma
pouco preguiçosa existência sem propósito sempre pareceu
horrível para mim. Minha ansiedade tinha me impedido de
partir para a faculdade, mas mesmo se eu tivesse ido, teria
me formado em algo que tinha a ver com os animais. Estar
fora no celeiro me fez perceber que foi para isso que eu fui
feita e desde que eu tive sorte o suficiente para não ter que
me preocupar em ganhar a vida, eu planejava usar uma boa
fortuna para ajudar os seres de quatro patas que eu era tão
ligada. Enquanto o bezerro bebia seu café da manhã, eu
pensei sobre o dia em que Barrett tinha vindo para o celeiro
comigo. Tudo parecia tão certo, então. Eu não conseguia
entender como eu tinha julgado tudo tão mal. Foi um erro
que eu nunca cometeria novamente. Mas essa perspectiva, a
noção de encontrar alguém como Barrett novamente, parecia
descontroladamente rebuscada. Talvez eu só estivesse melhor
sozinha, com a minha família e os animais para me fazer
companhia.

Mandy sabia que uma garrafa não seria suficiente e


como boa mãe que ela era, ela chegou à tenda com uma nova
garrafa, logo quando o bezerro drenou a primeira.

Tomei a nova garrafa dela.

— Eu não posso acreditar o quanto ele cresceu. — O


bezerro se agarrou e eu quase tive que me preparar para
fazê-lo parar de puxar mais em seu entusiasmo para beber o
leite. — Uma atitude muito diferente sobre a mamadeira de
quando eu cheguei aqui.

— Eu vou dizer.

Eu pensei sobre a rápida menção de ter meu próprio


celeiro para o meu pai na noite anterior.

— Na noite passada, eu meio que deixei escapar a


minha ideia sobre o funcionamento de meu próprio celeiro de
resgate para o meu pai.

Os olhos de Mandy se arregalaram.

— O que ele disse? Com certeza necessário. Tivemos que


recusar dois cavalos hoje. Eles foram resgatados da pista. Eu
estou esperando que Meredith em Riverside vá levá-los. Caso
contrário, o seu destino não é bom — disse ela tristemente.

— Foi provavelmente injusto para eu dizer tão cedo,


assim que ele chegou em casa de sua semana de pesadelo,
mas ele não parecia se opor. De qualquer maneira, estou
determinada a fazê-lo. Geralmente consigo convencê-lo.

Ela balançou a cabeça.

— Ainda é sempre tão estranho para eu pensar sobre


você ter um pouco de bate-papo de coração para coração com
Nicky King.

— Você vai ter que encontrá-lo algum dia. Ele é um cara


muito normal. — Eu pensei sobre a semana que tínhamos
acabado de passar. — Na verdade, não há nada de normal
sobre ele, mas ele é fácil de conversar. E eu lhe dou notas
altas para Membros do clube papai. Se isso é uma palavra.

— Não pense que é, mas eu não posso esperar para


ajudá-la a começar no seu próprio lugar. É um monte de
trabalho, mas vale a pena. — Ela olhou para o teto do celeiro.
— Eu preciso de um homem acessível seriamente para
remendar coisas e fazer alguns reparos aleatórios. Eu
coloquei um apelo no site para alguém com habilidades de
voluntariado, mas não houveram interessados ainda.

— Deixe-me ver se meu irmão conhece alguém.

— Isso seria ótimo. — Ela se virou para sair, mas depois


parou. — Como está com esse cara novo, Barrett? Eu o vi em
algumas fotos. Ele com certeza é fotogênico. E foi tão doce a
maneira como ele se arrastou para a direita na tenda com
você e o bezerro. — Ela olhou para mim. — Oh, desculpe. As
coisas não estão boas, então?

Respirei profundamente.

— Acabou infelizmente.

— Sinto muito por ouvir isso. Vocês dois pareciam


realmente adequados um para o outro. Ele era uma espécie
de yang para o seu yin, se você sabe o que quero dizer?

— Eu sei. — O bezerro terminou a garrafa e eu estava


pronta para uma nova tarefa. — O que você precisa de mim
para fazer a seguir? Meu pai vai dormir a maior parte do dia.
Mudança de tempo, jet lag e todos os outros estresses da
semana vão mantê-lo na cama. Então, eu tenho toda a
manhã.

— Ótimo. — Ela pegou um garfo fora da parede. — E se


você não se importa com pá e cocô, estaria realmente me
ajudando.

— Não me importo.
Capítulo 26

Rett
A sensação de areia entre meus dentes me acordou.
Minha cabeça latejava e meu rosto estava dolorido e inchado.
Havia uma dor surda na minha caixa torácica e minha
garganta estava seca.

Olhei em volta. Mesmo à luz do dia, a paisagem parecia


estéril como se eu tivesse desembarcado em algum planeta
desabitado. Eu tinha certeza que ali não era o céu e eu tinha
uma ideia diferente do que o inferno parecia. Embora este
estivesse perto e malditamente quente. Parecia que eu fui
poupado de uma bala na minha cabeça. Mas o cabo da arma
tinha feito um número no meu crânio. Eu podia sentir o
sangue seco endurecido na minha cara, o lado da minha
cabeça e meus pulsos ainda estavam amarrados.

O sol estava bastante alto no céu. Eu esteve frio durante


várias horas. Eu não podia ver a estrada de onde eu estava
sentado atrás das árvores, mas eu podia ouvir o tráfego da
manhã zunindo passando ou seguindo para dentro ou fora de
Palm Springs.

Eu poderia andar em direção a rodovia e esperar por


alguém para me identificar, que não iria demorar muito, ou
eu poderia me poupar de responder as perguntas da polícia e
chamar alguém para me pegar. O questionamento de Jimmy
seria ainda mais brutal do que a polícia, assim Dray foi a
minha escolha óbvia.

Puxei meus braços, mas os fios apenas cavaram mais


fundo. Meu telefone estava inacessível. Tão dormente quanto
minhas mãos estavam agora, eu poderia dizer que o fio que
as prende era fino e frágil. Eu deslizei a minha bunda pela
pedra que se projetava do solo. A borda superior parecia
afiada o suficiente para cortar minhas amarras.

O sangue fresco escorria sobre as minhas mãos e os


dedos quando eu serrei o fio. As minhas costelas e cabeça
doíam a cada movimento. Quando o fio estalou e minhas
mãos se soltaram, eu quase desmaiei de alívio. Meus ombros
estavam tensos com a dor quando eu movi meus braços para
conseguir com que a circulação voltasse para eles. Minhas
mãos formigavam e sangue estava manchado na metade de
meus braços. Estendi a mão para o meu telefone. Eram dez
da manhã. A bateria estava baixa, mas eu tinha barras. Eu
pressionei o número de Dray.

— É melhor você estar perto da morte — Dray rosnou. A


garrafa de uísque voltou para mim.

— Desculpa cara, eu esqueci que você estava dormindo


o dia todo. — A dor no meu rosto mostrou que falar era uma
tarefa árdua.

— Você parece uma porcaria. — Ele estava mais


acordado agora. — Onde você está?
Olhei em volta. À frente, pude ver os topos de moinhos
de vento maciços.

— Você sabe aquele parque eólico alastrando na dez no


caminho para o deserto?

Ele ficou em silêncio por um segundo.

— Sim.

— Estou cerca de uma milha a partir daí, no lado da


estrada.

— Que porra é essa, Rett? Por que você está lá fora?

— Meio difícil de falar, porque meu rosto está espancado


e minha cabeça está prestes a explodir com a dor. Mas eu
definitivamente sei que eu nunca quero ser famoso. Você
poderia vir me pegar?

— Eu estarei lá.

— Oh e Dray, lembra-se da sede horrível que tivemos no


México?

— Eu vou levar um pouco de água. Vou levar algum


tempo para chegar aí, então encontre alguma sombra. Se
houver alguma.

— Obrigado homem, eu devo a você.

— Isso mesmo, você deve, mas, francamente, eu estou


ansioso para a história por trás disso. Deve ser boa. — O
sinal sonoro de aviso de bateria fraca soou quando ele
desligou.

O deserto fornecia pouco conforto, mas deslizei sob os


ramos desgrenhados das árvores e descansei contra um
tronco. Este último episódio divertido só poderia ter sido o
despertador final. Eu sempre imaginei que a minha sorte iria
para fora, eventualmente, quando se tratava de garotas, mas
isso realmente venceu tudo o que eu tinha imaginado. Os
dois palhaços que tinham me drogado e empurraram-me em
seu carro, foi realmente assustador o suficiente para atirar
em mim. Desta vez eu sobrevivi, mas sempre haveria outro
momento. Esse sonho horrível que eu tinha em ser
acorrentado à cama por uma mulher louca foi a minha
consciência me dizendo para parar esta merda.

Meu celular vibrou e eu respondi rapidamente


imaginando que não havia muito mais tempo com ele. Eu
esperava que fosse Dray, mas uma voz diferente flutuou
através dela.

— Aqui vai — disse ela, sem qualquer Olá — às vezes eu


sou realmente egoísta e eu não penso sobre os sentimentos
de ninguém, além do meu. E eu sei que é ruim, mas eu ainda
não descobri como parar, porque eu ainda estou apenas
tentando descobrir como lidar com essas coisas. Mas eu não
estava afastando-o naquela manhã, Rett. — Ouvi-la dizer
meu nome fez a minha garganta seca apertar. — Eu tinha
acabado de ir para o meu casulo de auto piedade. Mas você
importava naquela manhã. Era melhor apenas tendo você por
perto. — Ela continuou com quase um fôlego. — Às vezes eu
deixo minhas emoções respingar em todo o lugar. Mas você é
assim, rocha sólida gigante que eu posso pendurar em uma
tempestade. Eu sinto muito sua falta, Rett. — Ela ficou em
silêncio por um segundo. — Mas uma vez que você não está
dizendo nada, eu acho que esta chamada foi um erro.

— Não, Finley — o latejar na cabeça e o inchaço no meu


rosto tornou difícil para mim decidir o que dizer — é só que
essa foi uma noite selvagem. — E, claro, eu tinha escolhido
as palavras erradas.

— Oh — ela disse — então eu vou deixar você ir.

— Não, Finley, eu não quis dizer... — minhas palavras


foram cortadas pelo tinido irritante do meu telefone
desligado. Eu olhei para a tela preta. — Filho da puta.

***

Eu não tinha nenhuma maneira de medir quanto tempo


tinha passado, mas o sol havia se mudado diretamente acima
e me sentia como se meu cérebro desidratado fritasse, mesmo
na sombra da árvore. O vento tinha morrido completamente e
o único movimento veio do ocasional lagarto ou camaleão
passando. Com a sorte que eu estava tendo, fiquei surpreso
que uma cascavel não tinha enrolado nos meus pés. O sol
estava, provavelmente, ainda muito quente para cobras.
Minha sede era insuportável e eu não conseguia parar de
pensar em água.

Eu fugi ao redor da árvore de modo que apenas um


motorista curioso ocasional pudesse me identificar, mas eu
ainda tinha uma visão clara da pista do limite leste. Calor do
meio-dia tinha desaparecido na maioria da Interestadual Dez.
Palm Springs não era um lugar que você dirigia até às doze
horas. Dray tinha recentemente comprado uma caminhonete
vermelha. Eu esperava que fosse fácil de detectar à distância.

Encostei-me a árvore. Fragmentos de casca foram


enroscados na minha camiseta, mas eles não eram quase tão
dolorosos como o caroço na minha cabeça ou a dor em meu
peito. Joguei meu telefone morto na palma da minha mão. As
malditas coisas sempre pareciam falhar ou perder serviço nos
momentos mais importantes. Eu pensei sobre tudo o que
Finley tinha dito. Ela se convenceu de que ela foi egoísta, mas
eu já tinha chegado à conclusão de que eu estava sendo um
idiota. Ela tinha saído de sua zona de conforto para me falar
que ela tinha problemas para lidar com as coisas
estressantes e, depois, quando alguma merda realmente
aconteceu e ela se desfez, tudo que eu conseguia pensar era
no meu próprio ego. De alguma forma, eu me convenci de que
eu tinha que ser a pessoa mais importante em sua vida,
mesmo que ela só tivesse me conhecido por um curto espaço
de tempo. Era uma crise familiar e ela virou-se para sua
família e para longe de mim. Foi a resposta natural e minha
vaidade ficou no caminho da razão. E agora, ela pensou que
eu estava fora festejando com as meninas. Outra porra de
falta de comunicação entrando em nosso caminho.

Eu olhei para o som de um carro. Nenhum Dray. Tudo o


que eu conseguia pensar era em uma garrafa de água em seu
carro. Fechei os olhos, desejando que eu tivesse, pelo menos,
os meus óculos de sol quando ouvi um outro carro a
distância. Era um ponto vermelho. Eu me levantei e apoiei a
minha mão contra a árvore para me equilibrar. A combinação
das drogas, coronhadas e da falta de água em minha corrente
sanguínea fez o deserto parecer uma paisagem ondulada.

O ponto vermelho se transformou na caminhonete de


Dray. Eu marchei vacilante para o lado da estrada e acenei
meu braço. A poeira e cascalho voou quando Dray parou.

Eu caí no banco da frente e ele me entregou uma garrafa


de água.

— Desculpe, mas está quente.

— Não me importo. — Meus dedos tremiam enquanto eu


torci a tampa. Abaixei minha cabeça para trás e engoli a
garrafa inteira, sem fôlego. — Porra, isso é bom — eu
suspirei. — Eu nunca pensei que eu já tivesse me sentido
como merda como eu fiz naquela cadeia mexicana, mas eu
estava errado.

— Pelo menos você não tem algum gigante babando com


tesão olhando para você como se você fosse um pedaço de
doce.

— Você sempre sabe a coisa certa a dizer, seu idiota.

Ele riu e dirigiu a caminhonete próximo à pista oeste.


— Então, que merda, Rett? Um minuto você está como
rocha sóbrio na festa de Nix e no próximo, você está aqui fora
no deserto parecendo como se você apenas se arrastasse para
fora de três dias no Coachella. Esse corte em seu rosto parece
deformado. O que aconteceu?

Eu balancei minha cabeça não completamente certo que


eu tinha a força ou vontade para transmitir toda a história.
Eu relaxei e fechei os olhos. A água e à sombra do carro fez
pouco para aliviar a dor em minha cabeça.

— Por que não, você tem que me dizer. Eu estava em um


belo coma induzido por uísque quando você chamou, assim,
tive que sair com ressaca.

A música estava fazendo minha cabeça pesar quilos a


mais. Eu cheguei à frente e baixei o volume.

— Eu conheci uma garota no salão de bilhar. Eu estava


afogando minha miséria e pensei que eu iria encontrar
alguém com quem ir para casa e tirar-me do meu mau
humor. Ela me reconheceu de todas essas malditas imagens
na internet. A cadela colocou algo em minha cerveja. A
próxima coisa que eu sabia, eu estava sendo empurrado para
o banco traseiro de um carro. Ela e seu namorado tinham
chegado à conclusão de que se eu conhecia Finley King, então
deveria ser rico. — Eu ri uma vez e uma pontada de dor
acertou meu crânio. — Merda, isso dói. — Coloquei minha
cabeça em direção a Dray. — A minha cabeça se abriu? Sinto
como naquela época em que eu voei do meu skate em uma
parede.

Ele olhou por cima.

— Não, parece que o pequeno problema que você tinha


de cérebro ainda está tudo lá. Desagradável colisão, embora.
Uma rocha?

— Uma arma.

Muito pouco chocou Dray, mas sua boca se abriu


quando ele olhou para mim.

— Puta que pariu, eles estavam falando sério.

Eu levantei meus braços ensanguentados. Linhas


vermelhas finas vincavam ambos os pulsos.

— Eles tinham me amarrado com arame. Eles eram


como esses sacos de lavagem, eu estou realmente surpreso
que eles apenas não me mataram.

— Você se lembra do carro? Nós poderíamos ir atrás


deles ou chamar a polícia.

Eu balancei minha cabeça.

— Eles estão muito longe. Além disso, eles não


conseguiram nada, porque como eles me encontraram,
infelizmente, eu não tinha nada para dar. — Eu relaxei de
volta contra o assento. — Finley me ligou enquanto eu estava
sentado lá fora, mas meu telefone morreu antes que eu
pudesse falar. Então, agora ela me odeia ainda mais.
Dray olhou e mesmo que ele estava usando seus óculos
escuros, eu poderia dizer que ele revirou os olhos.

— Certo, ela odeia você. Isso é, obviamente, por que ela


o ligou. — Ele apontou para baixo a seu carregador de
telefone. — Você pode ligar de volta, se você quiser.

— Sim, eu acho que vou esperar até a minha cabeça não


estar me matando. Eu preciso de todo o meu juízo, porque eu
sempre consigo dizer a porra da coisa errada.

A risada de Dray soou como a explosão de uma buzina


de nevoeiro na minha cabeça doendo.

— Você sempre diz a porra da coisa errada? Bem-vindo


ao mundo dos relacionamentos, meu amigo.
Capítulo 27

Finley
— Finley, nós precisamos conversar. — Meu pai era um
especialista em manipular o seu sotaque britânico para
ajustar o humor ou a tarefa. Nas festas, quando todo mundo
estava bebendo e socializando, o sotaque londrino das ruas
vinha alardeando por meio, mas quando ele queria parecer
paternal, ele poderia ajustar seu sotaque apenas o suficiente
para soar como um severo e indigesto inglês.

Eu olhei para ele do meu livro. Nuvens cinzentas


ocasionais e uma brisa fresca excepcionalmente não tinham
parado meu pai e eu de sentar nos salões de bilhar. Eu puxei
o capuz do meu moletom para o calor. Eu podia sentir que o
papai queria falar antes mesmo que tivéssemos sentado.

— Você parece triste com alguma coisa. Você não está


animada como de costume e isso me preocupa quando você
está de mau humor.

— Você não precisa se preocupar, pai. Eu estou bem. Eu


estou lidando apenas com um pouco de decepção e,
francamente, um toque de humilhação, mas eu vou melhorar.
Eu prometo. — Duas vezes eu saí da minha zona de conforto
para chegar a Barrett. Enquanto eu estava orgulhosa de mim
mesma por tomar os riscos, as duas vezes tinha terminado
em mais desgosto. O último telefonema tinha realmente
pregado a porta sobre as coisas e eu me senti boba e um
pouco desesperada por ter ligado para ele. Eu ainda não
tinha certeza de por que eu tinha tomado a decisão de fazê-lo.
Eu terminei as tarefas no celeiro e estava me sentindo
satisfatoriamente exausta. Minha cabeça estava turva pela
falta de sono. Eu tinha entrado no Porsche e imaginado
Barrett sentado ao volante com um brilho nos olhos quando
ele ligou o carro. E eu percebi o quanto eu queria vê-lo
novamente. Mas depois de um longo discurso, caminhadas
onde eu tinha me colocado aberta, ele cortou logo o meu
desejo de vê-lo, deixando-me saber que ele estava curtindo
sem mim. Ele tentou ligar várias vezes desde então, mas eu
não via nenhuma razão para responder.

Papai se inclinou para frente.

— O que você está lendo, Fin? Um livro de fazenda?

Baixei-o para o meu colo.

— Pai, eu percebi uma coisa. Eu acho que um monte de


minhas lutas com a ansiedade e a depressão são de eu não
ter o suficiente para fazer. Eu não tinha verdadeiro propósito
na vida, exceto para esvoaçar em torno da nossa casa
alastrando e descobrindo como me manter entretida. Cole
tem a companhia de construção e Jude tem sua arte, mas eu
não tenho nada. Deu-me muito tempo para pensar e refletir e
ficar ansiosa. Uma vez que Lilly Belle chegou, eu percebi o
quanto eu gosto de cuidar dela. Eu nunca fiquei mais
contente do que quando estou trabalhando no celeiro.
— O que você está pensando, Fin?

— Eu quero começar por um resgate de animais sem


fins lucrativos, assim como o lugar de Mandy. Eu quero
colocar o meu dinheiro e minha paixão em algo que importa
para mim.

Papai se inclinou para trás e fechou os olhos.

— Eu não sei, Finley. Parece um monte de trabalho para


receber muito pouco em troca.

— Pagar? Você está brincando, papai? Eu estaria


ajudando animais e eu não consigo pensar em uma melhor
remuneração do que isso. Nem tudo é sobre o lucro e
dinheiro, papai.

— Quer dizer, quanto dinheiro que seria necessário para


pagar por seu salvamento sem fins lucrativos? — Ele
perguntou, sem levantar a cabeça.

— Sim, levaria dinheiro, mas as recompensas seriam


ótimas. Pai, eu acho que isso é exatamente o que eu preciso.

Ele não respondeu no início e parecia que ele tinha


adormecido. Eu relaxei de volta um pouco decepcionada
sobre como a conversa tinha ido.

— Faça as contas e tenha algumas perspectivas de


imóveis e nós vamos falar sobre isso — disse ele.

Eu quase saltei três pés fora da espreguiçadeira.


— Eu vou. Eu te amo, pai.

— Eu estou sempre aqui para você, Fin-Fin.

— Eu sei, pai.

***

Com pensamentos sobre o meu próprio celeiro correndo


pela minha cabeça, eu já não podia sentar-me calmamente à
beira da piscina. Mandy havia mandado uma mensagem que
ela tinha encontrado algumas propriedades para olhar
on-line, por isso eu me vesti e dirigi até o resgate.

Nuvens cinzentas se estabeleceram nas montanhas


circundantes e a temperatura permaneceu mais fria com a
falta de luz solar. Dois cães de Mandy galoparam fora do
celeiro para me encontrar e ela estava logo atrás com uma de
suas muitas caixas de médicos.

— Eu acho que eu encontrei alguns grandes terrenos


para que você, olhe. Alguns são cerca de cinquenta
quilômetros da cidade, mas eu acho que eles funcionam.
Especialmente se você encontrar as pessoas certas para
ajudá-la a gerencia-lo.

— Ótimo. Mal posso esperar para vê-los.

Ela levantou a caixa médica.

— Eu estava prestes a dar as cabras suas vacinas. Joe


está esperando lá no curral para me ajudar. Você acha que
poderia mudar a cama do bezerro? Então, podemos sentar no
computador.

— Claro. — O som distinto de um martelo ecoou pelo


celeiro principal. — Você achou um carpinteiro?

Ela sorriu.

— Eu fiz e ele está fazendo um grande trabalho. Os


animais parecem ter se acostumado com o barulho e por isso
eu tenho certeza que o bezerro não será incomodado por ele.
Deixei algumas aparas inclinadas contra a sua tenda.

— Tudo bem. — O martelar continuou enquanto eu


caminhava para o celeiro. O som estava vindo de uma das
barracas de trás onde um cavalo assustado tinha chutado
um buraco na parede alguns meses atrás.

O bezerro saltou e chutou quando me viu. Ela era um


animal completamente diferente do que eu tinha visto
primeiramente semanas atrás, mal capaz de levantar a
cabeça.

— Ei, docinho, precisamos encontrar-lhe um nome em


breve. Como você está indo? — O martelar parou por um
segundo e os habitantes do celeiro pareciam todos suspirar
de alívio. Eu acariciava o focinho do bezerro. — Está um
pouco barulhento aqui hoje, não é?

— Desculpe por isso — uma voz profunda chamou a


partir do final do celeiro. Eu agarrei a borda da tenda para
me equilibrar. Eu respirei fundo e me virei para olhar para o
final do corredor. Tudo ao meu redor desapareceu, mas o
homem de pé no final do celeiro permaneceu. Ele parecia
ainda mais bonito do que o habitual, vestido com uma
camisa de flanela, botas de trabalho e com um martelo na
mão. Engoli em seco.

Ele se aproximou. Eu podia sentir toda a minha


determinação anterior sumir.

— Como você conseguiu esse corte em seu rosto? —


Elas foram as primeiras palavras que eu poderia formar em
minha cabeça girando.

Ele minimizou a questão e se aproximou. Com a


distância entre nós encurtada, a energia entre nosso corpo
reforçou. Tudo nele era familiar e inebriante.

— O que fez você decidir trabalhar aqui?

— Seu irmão postou o anúncio no escritório de


construção e eu pensei que seria uma boa experiência... e foi
a única maneira que eu poderia pensar para ver você
novamente. — Seu peito subia e descia quando ele olhou
para mim na sombra fresca do celeiro. — Fin, essa última
ligação no telefone...

Calor subiu em minhas bochechas.

— Eu provavelmente parecia um pouco louca. Meu pai


tinha chegado em casa na noite anterior e eu não tinha muito
sono e eu não sei por que eu liguei. Mas eu só percebi que
estou parecendo um pouco louca de novo.
Ele sorriu.

— Então eu devo amar loucura, porque eu faria


qualquer coisa agora para ter você em meus braços.

Ele deixou cair o martelo enquanto eu corria em direção


a ele e pulei em seus braços. Meus pés deixaram o chão
quando meus braços foram ao redor de seu pescoço. Ele me
segurou com força enquanto sua boca cobriu a minha. O
bezerro soltou um longo mugido e ecoou pelo celeiro. Rett
sorriu contra minha boca.

— Eu acho que ela está com ciúmes que eu tenho você.

— Como você sabe que não é o contrário? Quero dizer,


nós meninas sabemos de uma coisa boa quando a vemos.

Suas mãos se moveram para a minha cintura e meu


corpo deslizou para baixo contra o seu quando ele me baixou
para o chão. Eu subi e passei levemente os dedos pela pele
ferida ao longo do corte em sua bochecha. Ele fechou os olhos
enquanto eu tocava.

— Finley — ele disse calmamente. Ele abriu os olhos e


olhou para mim. — Eu preciso de você para ser minha,
completamente.

Eu passei meus braços em torno dele e pressionei meu


rosto contra seu peito. Seu batimento cardíaco era sólido e
rápido debaixo da minha bochecha.

— Engraçado, eu estava pensando a mesma coisa.


— Nunca me exclua novamente. Eu não posso suportar
a ideia de você não precisar de mim. Especialmente porque
eu preciso de você.

— Eu sou sua, Rett. — Eu olhei para ele. —


Completamente com todos os meus momentos de loucura e
minhas opiniões e minha merda obsessiva compulsiva e
minha vida louca como a filha de um astro do rock e....

Ele me apertou.

— ESTÁ BEM. Pare. Dizendo tudo isso junto está me


assustando.

— Está?

Ele se inclinou e me beijou.

— Não, eu não me assusto facilmente. É um dos meus


maiores problemas, isso e o fato de que estamos em pé no
meio de um celeiro e não deitados nus na minha cama.

— Isso não parece ser um problema.

— Eu ainda tenho cerca de uma hora de trabalho e será


a porra da hora mais longa da minha vida, mas, por favor,
venha para casa comigo. Meu irmão está fora da cidade e eu
não posso viver mais um dia sem ter você nua em meus
braços.

— Será que isso inclui muito sexo que eu sempre ouvi?

— Eu acredito que sim — disse ele.


Eu estava em êxtase com a simples ideia de estar em
sua cama.

— Então, sim, esta será uma longa hora, de fato.

***

Segui atrás da enferrujada caminhonete amassada e


decidi que eu nunca tinha odiado o tráfego tanto como eu
tinha nessa longa viagem para a casa dele. Rett teve a porta
da frente aberta antes de eu colocar a minha bota na calçada.

Ele agarrou-me com ele no segundo que eu entrei.

— Eu menti — disse ele — a última hora na autoestrada


era a porra da hora mais longa da minha vida. — Ele me
beijou com o desespero aquecido proveniente de não ter
tocado um ao outro em semanas.

Meus dedos se agarraram a sua camisa para me manter


em pé.

— É aqui que a parede batendo sexo acontece? —


Perguntei, sem fôlego.

Ele balançou a cabeça.

— Este é o momento para puro e simples e


completamente nu e lento sexo. Eu quero sentir cada minuto
disso. — Um sorriso se formou quando ele me beijou
suavemente. — Além disso, eu estive duro por duas horas, se
mover muito rápido, isso vai terminar antes de começar a
tirar suas calcinhas.
Eu ri.

— Eu acho que você deveria ir para o hospital depois de


quatro horas.

— Eu acho que eu provavelmente iria começar a ir para


o pronto-socorro após três.

Ele me beijou em meio a risadas e então olhou para


mim.

— Tenho saudades de você pra caramba.

— Nada parecia certo sem você, Rett. Não me deixe


novamente.

Ele pegou minha mão e me levou para o quarto. Sua


cama ainda era um emaranhado de lençóis e suas roupas
espalhadas pelo chão.

— Eu não estava esperando visitas. — Ele puxou a


minha camiseta sobre a cabeça e ela caiu sobre sua pilha de
roupas.

— Eu teria ficado desapontada se tivesse sido limpo e


organizado.

Ele sorriu.

— Você realmente tem as suas expectativas baixas


quando se trata de mim.

Eu tire as minhas botas.


— Nem um pouco. — Eu abri o zíper da minha calça
jeans. — Na verdade, agora, a expectativa está muito, muito
alta. — Eu empurrei o jeans no chão, sai deles e estendi a
mão para a braguilha. — Porque eu estava passando um
tempo com esse cara incrível e o sexo foi extasiante. — Eu
tirei meu sutiã. — Mas sem pressão.

Ele me puxou para ele.

— Humm, deixe-me ver se eu posso pegar onde esse


cara incrível parou. — Ele abaixou a boca para meus seios.
Meus mamilos reagiram à sensação de sua língua. Ele
levantou a cabeça e sua boca tocou a minha. — Merda,
Finley, eu não parei de pensar em você por um maldito
segundo. — Ele me levantou em seus braços e me deitou
sobre a cama.

Despiu-se rapidamente e eu subi e corri meus dedos


sobre as tatuagens em seu abdômen apenas para me
certificar de que ele era real. Ele colocou um preservativo e
abaixou-se sobre mim. Seus joelhos empurraram minhas
pernas quando a minha boca encontrou a sua. Suas mãos
acariciaram minha pele nua, deixando um rastro de calor. Ele
pressionou a palma da mão contra a lateral do meu rosto e
seus longos cílios cobriram seus olhos azuis quando ele me
beijou novamente, a princípio lentamente e, em seguida, com
uma urgência que me fez arquear contra seu corpo. Sua mão
deslizou para baixo sob minha bunda e ele me empurrou
contra sua ereção longa e dura.
— Abra os olhos, querida. Eu quero olhar para você —
sua voz era profunda e rouca.

Olhei para ele. Meus dedos cavaram em seus braços


enquanto ele deslizava dentro de mim. Ele se inclinou e
arrastou sua língua em meu lábio inferior quando ele se
moveu lentamente contra mim. Minhas pernas ficaram em
volta de sua cintura e eu segurei-o com força dentro de mim.
Seu olhar nunca deixou meu rosto quando ele me preencheu
completamente, a cada impulso indo mais fundo e mais forte.

Seus movimentos aceleraram e eu apertei minhas


pernas mais forte a sua volta, não querendo que ele parasse.
Ele beijou minha boca e, em seguida, olhou para mim de
novo, os olhos azuis escuros de desejo.

— Diga-me que você é minha, Finley. Diga-me que você


me pertence e a mais ninguém.

Eu levantei minhas pernas mais altas. Eu queria que ele


fosse mais e mais rápido. Meus dedos cavaram em sua pele.

— Diga, querida. Por favor, diga isso.

— Eu pertenço a você, Rett Mason. Eu sou sua, para


sempre. — Eu gritei quando minha vagina apertou em torno
dele. Seus quadris se moveram mais rápido e meus dedos
cavaram mais em sua carne quando cada impulso enviou
ondas de êxtase através de mim.

Sua cabeça caiu para trás e ele gemeu com a liberação.


Ele caiu ao meu lado e me puxou para os seus braços.

— Eu ainda posso sentir a agonia de não estar com você


e ainda assim, parece que eu nunca deixei seus braços. — Eu
esfreguei meu rosto contra seu peito.

Seus dedos suavemente arrastaram pelas minhas


costas.

— Eu estava sobrevivendo a cada dia, sentindo-me como


se algo que eu precisava desesperadamente estivesse
faltando. Eu sabia que era você, mas era difícil admitir isso
para mim mesmo. Eu não achava que você voltaria para mim.

— Bem, eu estou de volta. — Eu beijei seu pescoço. —


E, desta vez, você está recebendo todo o maldito pacote.

— Eu acho que posso lidar com isso. — Ele me apertou.


— Especialmente porque todo o pacote maldito é tão gostoso
que eu não consigo parar de pensar nisso.

Aconcheguei contra ele e, no calor de seus braços


protetores, adormeci.
Capítulo 28

Rett
Finley dormia profundamente em meus braços. Se não
fosse por esse doce cheiro, a pele suave como seda e seu
corpinho gostoso pressionado contra mim, eu teria
dificuldade em acreditar que ela estava realmente lá. Ela se
contorceu contra mim e um gemido ficou preso na minha
garganta. Eu não conseguia o suficiente dela e eu nunca
quero perdê-la novamente. Por muito tempo eu disse a mim
mesmo que eu não precisava me comprometer com uma
garota, mas eu simplesmente não tinha encontrado a garota
certa.

Eu olhei para baixo em seu rosto bonito e ela enrugou o


nariz em seu sono. Eu não pude resistir tocá-lo. No início ela
tomou um susto desajeitado no meu dedo, mas seus olhos
permaneceram fechados. Toquei seu nariz de novo e ela
abriu-os. Ela olhou ao redor do quarto por um segundo e, em
seguida, ela sorriu e se aproximou de mim.

— Eu pensei que um dos cães estava cheirando meu


nariz. — Ela suspirou e seu hálito quente acariciou minha
pele. — Eu deveria ir. Meu pai vai se preocupar.

Segurei-a com força.

— Desculpe, eu não estou pronto para compartilhar


você com ninguém ainda.

Ela olhou para mim e passou os dedos pela minha


barba por fazer no meu queixo. Cada toque foi direto para o
meu coração.

— Bem, você poderia se vestir e vir comigo para


conhecer o meu pai.

— Uh, eu definitivamente não estou pronto para isso


ainda.

— Ele é apenas um pai como qualquer outro pai.

— Sim, como qualquer pai, que é um famoso astro do


rock mundial.

— Bobagem. Se eu gosto de você, então ele vai gostar de


você.

Eu beijei a testa dela.

— Está bem. Fin, se é isso que se sente com “gostar”,


então eu tenho pavor de sentir o amor.

— Eu poderia ter usado o texto errado lá. — Ela beijou


minha boca brevemente e deslizou as pernas para fora da
cama. Apoiei-me em um cotovelo para vê-la caçar suas
roupas através do labirinto de porcaria no meu chão. Ela
inclinou-se e pegou seus jeans. Não havia um centímetro seu
que eu não achasse completamente sensual.

Ela segurou a roupa e olhou para mim com aquele


sorriso que me fez querer tocá-la.

— Eu acho que eu nunca vou experimentar esse sexo


batendo na parede. Eu li muito sobre isso. Talvez seja
superestimado...

Meus braços estavam em volta dela antes que ela


pudesse terminar. Seus braços foram ao redor do meu
pescoço e as pernas circularam minha cintura enquanto eu
levantei-a em meus braços. Um minúsculo guincho escapou
dela enquanto eu a pressionei não muito gentilmente contra a
parede. Antes que ela pudesse respirar, eu deslizei dentro
dela. Olhei para seu rosto perfeito. Seus lábios se separaram
e seus longos cílios caíam enquanto eu me movia dentro dela.

— Será que esta parede serve?

— Uh huh — disse ela em voz baixa. — Não é


superestimado — as palavras saíram em uma respiração
instável.

— Bom, porque haverá outras paredes. — Minha boca


cobriu a dela.
Capítulo 29

Rett
A casa parecia ainda maior do que eu me lembrava.
Dray e Cassie pararam atrás de nós e todos nós descemos
dos carros juntos. Quando Finley tinha sugerido que poderia
ser menos estressante para mim, se eu trouxesse o meu
irmão e amigos para uma reunião, tinha parecido como uma
boa ideia. Agora que todos nós fomos andando até a casa e eu
estava prestes a conhecer seu pai, eu não estava me sentindo
muito certo.

Eu pulei quando Dray bateu no meu ombro.

— Relaxe, Bro, você está apenas conhecendo seu pai. É


claro que o pai dela é Nicky King. — Ele riu. — Merda, eu não
estaria no seu lugar por um caminhão de ouro.

— Deixe-o em paz, Dray. — Cassie deu um passo na


minha frente e penteou alguns dos longos fios de cabelo do
meu rosto. — Você está perfeito e não se preocupe.

Scotlyn aproximou-se e ajeitou a gola da minha camisa.

— Além disso, eu tenho certeza que ele viu todas


aquelas fotos suas na internet quando você veio para o
resgate de Finley. Isso tem que valer alguns pontos de pai.

— Vocês duas estão enfeitando o feito dele? —


Perguntou Jimmy.

Nós fomos andando ao pátio da frente. As enormes


portas dianteiras pairavam sobre nós. Paramos e olhei para a
extensão da casa.

— Eu não acho que eu poderia viver em qualquer coisa


tão grande — disse Cassie.

— Eu poderia — disse Jimmy, confiante.

Scotlyn olhou ao redor do quintal.

— Eu não sei se eu poderia ter tanto dinheiro que você


tivesse que trabalhar tanto apenas para gastá-lo.

— Eu poderia — Jimmy repetiu.

Todos olharam para ele. Nix deu de ombros.

— Você tem que dar-lhe crédito por sempre permanecer


fiel a si mesmo.

Taylor agarrou a mão de Jimmy.

— Eu, por exemplo, estou contente porque eu gosto de


gastar dinheiro.

Finley saiu nos degraus da frente e apenas vê-la aliviou


alguns nervos.

— Eu achei que vocês pudessem ter problemas para


trazer Rett até estes degraus.

Dray deu uma boa risada. Ele me deu um empurrão por


trás.

— Vamos lá, amigo, vamos fazer uma boa impressão.

Voltei a olhar para ele.

— Você é um idiota. — Eu respirei fundo e subi os


degraus com minha própria comitiva pessoal. Mas no meu
caso, eles eram menos de uma comitiva e mais de um
sistema de apoio. Eu precisava de cada um deles. E a menina
que me tinha amarrado em seus dedos e adicionou o toque
final perfeito em minha vida estava olhando para mim com
seus olhos azuis e redondos.

A tensão nervosa em meu corpo desapareceu no


segundo que ela pegou a minha mão.

— Meu pai está lá dentro. Estou tão feliz que todos


vocês vieram. Meu pai fez o chef preparar a comida para um
pequeno exército.

— Funciona para mim — disse Jimmy.

Eu tinha certeza de que eu não imaginei os suspiros


vindos atrás de mim quando entramos pela porta e para a
entrada de mármore cavernosa.

Cassie olhou para o lustre gigantesco acima de nossas


cabeças.

— Nada mal. Estou repensando a minha afirmação


anterior. Eu só poderia ser capaz de viver em um lugar como
este.
Finley sorriu.

— Me sigam.

— Há mais? — Dray olhou em volta. — Eu pensei que


isso poderia ser tudo. É maior do que a minha casa.

Cassie segurou seu braço.

— E a coisa mais triste sobre isso é que não é mesmo


sua casa. Nós apenas alugamos, lembra?

Finley pegou minha mão e nós andamos pelo longo


corredor. Um delicioso cheiro atraindo-nos em direção à sala
onde Cole teve sua festa.

— Acabei de me lembrar, eu estou faminto — disse


Jimmy.

Jude, Éden e Cole estavam jogando videogame na


televisão do tamanho da parede. Eu não vi o pai de Finley no
início e, em seguida, sua cabeça apareceu de trás do bar. Ele
olhou para todos nós com quase tanto espanto como nós
olhamos para ele. Ele era um pouco mais velho e mais magro
do que o Nicky King em minha mente, mas sua presença
deixou a todos nós em silêncio.

Ele saiu em torno do bar e olhou para todos nós.

— Que incrivelmente belo bando que vocês são.

— Pai, esse é Barrett. E estes são os seus amigos Nix,


Scotlyn, Taylor, Cassie, Dray e seu irmão, Jimmy.
Nicky sorriu para Jimmy.

— Maldição. Sua pobre mãe. Prazer em conhecer todos


vocês, a propósito.

— Prazer em conhecê-lo também, Senhor. — Nix foi o


primeiro a sair do coma que sua estrela atingiu. Mesmo
Jimmy parecia estar encoberto com admiração.

— Sem senhor, por favor. Eu já estou me sentindo tão


velho quanto a Torre de Londres. Nicky está bem. — Ele se
virou para mim e estendeu a mão. — Rett, estou tão feliz por
finalmente conhecê-lo. Agora eu posso agradecê-lo
pessoalmente. Você lidou com a imprensa como um
profissional. E se você estiver interessado em uma carreira de
ator, tenho amigos fazendo fila para lança-lo...

— Não sou realmente o tipo de atuar, mas eu vou


manter isso em mente...

Jude, Cole e Éden se aproximaram e Finley fez outra


rodada de apresentações.

Jude apertou a mão de Dray.

— Ouvi dizer que você está gerenciando o Ginásio de


Tank? Estive lá para assistir algumas lutas. Na verdade, eu
acho que eu já o assisti limpar o tapete com alguns
concorrentes infelizes.

Dray sempre se orgulhou quando alguém falava obre a


luta.
— Sim? Legal.

— Ei, eu tenho um estadual da academia de arte, se


você quiser dar uma olhada — disse Jude.

— Isso seria ótimo. Qual rua está?

Jude inclinou a cabeça para a porta.

— É no final do corredor.

A boca de Dray caiu aberta. Ele olhou para Cassie.

— É no final do corredor.

Cassie sorriu.

— Isso é o que ele disse.

— Eu tenho certeza que foda... — Dray sugou na última


sílaba e lançou um olhar preocupado para o pai de Finley.

Finley riu. Ela apontou para o pai dela.

— Nicky King, lembra?

Nicky sorriu.

— O que é que isso quer dizer, Fin?

Ela olhou para ele.

— Por favor, meu pai, se a palavra com f for retirada do


vocabulário nesta casa, dificilmente iria haver qualquer
conversa entre você, Jude e Cole.
— Verdade.

Cole foi o próximo a entrar dentro a multidão.

— Nix, estou em total necessidade de uma nova


tatuagem artística. — Ele levantou a camisa para expor uma
tatuagem que foi praticamente um desastre. — Eu tenho
algumas ideias para encobri-la. Você acha que você poderia
olhar elas e ver se algum delas iria dar certo?

— Cole — Finley disse — Nix não veio para falar ou


pensar em trabalho.

— Eu não me importo— disse Nix — Eu considero meu


dever corrigir bagunça de tatuagem. — Nix olhou para Cole.
— E isso constitui definitivamente uma bagunça.

— A comida está sobre a mesa se algum de vocês estiver


com fome — disse Nicky. Ele levantou os dois braços e
Scotlyn e Cassie pegou cada uma um braço para conduzi-las
ao alimento. Jimmy e Taylor seguiram, deixando Finley e eu
sozinhos.

— Bem, eu sei que eu só estive aqui alguns minutos,


mas você acha que ele gostou de mim? — Eu nunca conheci o
pai de alguma menina antes e só gostaria de fazer meu
primeiro encontro com um pai estrela do rock.

Finley inclinou-se contra mim e eu envolvi meu braço


em torno dela.

— Eu disse que se eu gosto de você, então ele vai gostar


de você.

Olhei para ela.

— Mais uma vez a palavra "gostar".

Ela encolheu os ombros em meus braços.

— Talvez eu esteja esperando meu namorado


extremamente bonitão dizer amor pela primeira vez. Porque
algo me diz que, assim como o encontro com meu pai, dizer
'Eu te amo' vai ser novo para ele também. — Ela levantou-se
nos dedos dos pés e colocou os braços em volta do meu
pescoço.

Inclinei-me e beijei-a.

— Há uma primeira vez para tudo, eu acho. E


ultimamente a minha vida parece estar repleta de momentos
de primeira vez.

Ela sorriu.

— Como o sexo batendo na parede?

Fiz uma pausa.

— Bem, eu estava pensando mais sobre sendo cercado


pela imprensa, estar dentro de uma mansão, alimentar de
nachos e batatas fritas um porco, mas a parede batendo sexo
funciona também... Pelo menos naquela parede em
particular. — Seu lábio inferior se projetou em um beicinho.
— E com uma garota em particular. — Eu provoquei.
Ela se contorceu em meus braços, mas eu segurei-a com
força. — Ah e então, há a primeira vez que eu já me apaixonei
por uma menina. Eu acho que é uma coisa muito grande
também. — Ela relaxou e eu me inclinei para beijá-la
novamente. — Eu te amo, Finley.

Fim.

Você também pode gostar