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By Tess Oliver
Equipe Pégasus Lançamentos
Envio:Soryu
Tradução: Deisinha
Revisão Inicial: Silvia
Revisão Final: Cinthia Uchoa
Leitura Final: Luisinha Almeida
Formatação e Layout: Luisinha Almeida
Verificação Final: Ami Misuno
Sinopse
Barrett "Rett" Mason nunca encontrou a garota que pudesse domar seu
coração selvagem.
Rett
Uma mão magra bateu no meu peito nu e eu abri os
olhos para a escuridão. A menina ligada à mão ainda estava
dormindo, roncando suavemente contra seu travesseiro.
Meus dedos envolveram completamente seu pulso quando eu
gentilmente levantei a mão de cima de mim. Sem um som, eu
rolei para a beira da cama e me mexi para colocar meus pés
no chão. Algo segurou minha perna. Uma algema de metal
frio estava trancada em volta do meu tornozelo. Eu puxei e
torci o pé, mas foi inútil. Eu estava preso a cama. Lutei
contra a algema. Uma figura sombria se sentou na cama e
uma menina bonita loira olhou para mim. Seus olhos quase
brilharam com raiva quando ela levantou uma faca brilhando
acima do meu peito. Sua gargalhada ecoou pelas paredes
desconhecidas e eu contorcia contra minhas restrições. Sua
boca se abriu em um sorriso perverso, para expor os dentes
amarelos longos. Sentei-me com um grito.
— Noite difícil?
— Ei, se você não tem nada para fazer hoje, nós estamos
indo para a praia. Um cara está vendendo um GSX 1970 e eu
vou dar uma olhada.
Taylor riu.
— Uma frase que aprendi com meu pai. Sempre vivi com
ele. Minha mãe está em torno ainda, mas eu não a vejo
muito. Ela costumava ser contadora do meu pai. Negócios e
prazer nunca devem se misturar. Mas pelo menos, eu ainda a
vejo às vezes, o que não posso dizer das mães do meu irmão e
irmã. — Ele levantou-se e olhou para a pista. — Merda, isso
foi ruim. — Eu olhei na direção que ele estava olhando. Um
corredor estava deitado de bruços no chão e a moto estava
uns bons dez metros de distância. Várias pessoas correram
para seu lado enquanto ele se sentou meio grogue. Cole
voltou a se sentar.
Eu balancei a cabeça.
— Não.
Eu ri.
— Isso é foda.
Rett
A vaca empurrou o largo nariz contra a palma da minha
mão e eu arranhei a pele rosa suave entre as narinas do
animal.
A menina parou.
Ela riu.
— Isso é um porco?
Finley suspirou.
Ela riu.
Finley
Eu tinha dado a Jude duas horas a sós com Éden,
muito generoso da minha parte, tanto quanto eu estava
preocupada. Eu me levantei da minha cadeira do computador
e desci. A risadinha clara de Éden flutuou para fora da
cozinha. Jude tinha-a presa contra o balcão enquanto a
beijava. Eu andei para cima e bati em seu ombro duro.
— Eu sei.
Segurei-lhe o braço.
Éden riu.
Eu encolhi os ombros.
— Sobre o que?
Eu respirei fundo.
— Ele não é para você, Fin. Ele é a última coisa que você
precisa. Papai teria a porra da minha cabeça, mesmo por
apresentá-la a ele.
Rett
Cole e eu tínhamos passado a manhã nivelando o
terreno para a fundação do celeiro. As nuvens de manhã cedo
tinham clareado e o sol do meio-dia foi caindo em cima de
nós com um lembrete de que o verão estava a caminho, com
temperaturas acima de 35 graus.
Cole se aproximou.
Ele riu.
— É um lince.
Ela riu.
Eu ri.
— Sério?
— Desculpe?
— Eu? Eita, eu vou ter que fazer uma nota mental para
pôr fim a esse hábito.
Finley
Éden entrou na sala.
Eu a abracei.
— Adorav... Lindo.
— O que é isso?
Rett
Eu ficava olhando para a porta na esperança de que
Finley apareceria, mas ela não o fez e eu estava
completamente desapontado. Mesmo que eu soubesse que a
coisa toda era idiota e sem esperança, eu não conseguia
parar de desejá-la. E a parte de merda era que eu não poderia
perguntar a Cole se ela estaria lá, porque então ele saberia
que eu estava pensando nela. Eu mal tinha visto ela desde
que ela tinha colocado o seu número no meu telefone e eu
devo ter mantido meu polegar sobre seu nome uma centena
de vezes desde então. Mas eu me contive em chamá-la. Como
Cole tinha avisado — ela não era para mim e eu não podia
correr o risco de perder esse emprego. Jimmy tinha me
avisado para não ficar íntimo com o filho do proprietário, e,
mais uma vez, o meu irmão estava irritantemente certo. E,
mais uma vez, eu não tinha seguido o seu conselho. Agora,
eu estava pagando por isso. Scotlyn e seu carma maldito.
Ela sorriu.
— Exatamente.
— O quê?
Finley
Eu tinha mudado de filme centenas de vezes antes de
decidir em "Bonequinha de Luxo". Meu pai sempre insistiu
que eu era uma versão loira de Audrey Hepburn e essa
comparação sempre me emocionou. Mas algo me dizia que se
eu tivesse sido tão inesquecível quanto Hepburn, então eu
não estaria sentada sozinha em nosso grande e ligeiramente
assustador cinema. De alguma forma, durante o dia, eu não
me importava de estar no quarto cavernoso sozinha e muitas
vezes Porquinho ou os cães sentavam-se comigo. Mas havia
muitas sombras e sons durante a noite. Mesmo as arandelas
de parede mal iluminadas forneciam pouco conforto.
Fechei os olhos.
Eu ri.
Eu rio.
Rett
Eu fui para casa da festa com cheiro do mel de Finley na
minha pele, um disco implacável e uma porrada de confusão
girando em torno de meu cérebro. Scotlyn e Taylor tinham
constantemente me provocado dizendo que um dia eu iria
encontrar uma garota que seria muito difícil de deixa-la e
mesmo que eu sempre zombasse de sua previsão, agora
parecia que tinham razão o tempo todo. E então, eu analisei
minhas ações de toda a noite. Eu poderia facilmente ter feito
amor com Finley ali na toalha de baixo da meia-lua, mas eu
parei. Ela parecia tão insegura, tão decepcionada sobre sua
vida sexual anterior que eu queria provar a ela que ela não
tinha encontrado o cara certo. Em seguida, dirigindo de volta
para casa, tudo que eu conseguia pensar era em me abaixar
entre as coxas dela. Eu me perguntava se eu parei por
autopreservação. Finley me tinha girando, tornando difícil
saber exatamente o que eu estava pensando. Mas uma coisa
era certa, eu precisava vê-la novamente. Meu trabalho estaria
em risco, mas agora, esse parecia o menor dos meus
problemas. Pela primeira vez desde que podia me lembrar, eu
estava correndo o risco de perder a cabeça por uma menina.
Eu nunca ia ouvir o fim de tudo isso a partir de Scottie e
Taylor.
Ela sorriu.
Finley riu.
— Meninas?
— Que pesadelo.
— Sim.
— Eles têm.
— Eu juro que ele tem sido tão grande desde que ele
estava no primeiro grau.
Dray riu.
— Essa é boa.
Finley
Eu andei por entre a multidão de pessoas e senti uma
alegria especial no fato de que eu estava em um lugar
completamente desconhecido, entre um mar de rostos
desconhecidos, seguindo três meninas que eu tinha acabado
de conhecer e eu me sentia muito bem. Meses atrás eu teria
caminhado em um poço de lava antes de eu sair para um
encontro de carros lotado. Eu percorri um longo caminho e
eu nunca quis voltar para o jeito que eu era, uma prisioneira
em minha própria casa, uma prisioneira em minha própria
mente. Ocasionalmente, algo iria acontecer e eu iria perder o
foco e me sentir tensa, mas nada como antes. Pela primeira
vez em muito tempo, eu me senti como se eu estivesse de pé
em terra firme.
— Tire o bacon.
— Beverly Hills.
Scotlyn assentiu.
Eu respirei e sentei.
Finley
Depois que o choque inicial de sanduíches sem carne
tinha passado, tivemos um grande momento. Cada um dos
amigos de Barrett tinha uma personalidade única e eu podia
imaginar passar o tempo com qualquer um deles.
“E quanto ao porquinho? ”
Eu ri.
Eu suspirei.
Eu olhei em volta.
Eu sorri.
Ele sorriu.
Ele sorriu.
— Bom, eu acho. — Ele se inclinou para mim e me
beijou novamente. — Vá até a cabeceira. Vá até lá e coloque
as mãos nela. Ah e sinta-se livre para rastejar em suas mãos
e joelhos até lá.
Ele me apertou.
— Ei — eu disse.
— Objetivo alcançado.
Capítulo 11
Rett
Com o doce cheiro de Finley ainda persistente em meus
lençóis, foi uma longa noite para mim também. Eu tinha
tomado um banho frio, mas tudo que eu conseguia pensar
era que eu a queria nua na minha cama a noite toda. O idiota
que, uma vez satisfeito sempre escapava no meio da noite
para evitar qualquer conversa ou compromisso, de repente
queria que a menina estivesse lá na parte da manhã. Eu não
poderia imaginar nunca recebendo o suficiente de Finley. Eu
queria fazê-la gozar uma e outra vez. Eu queria estar lá
apenas para o prazer dela.
***
Finley
A dor nas minhas coxas só serviu para me fazer sentir
mais falta de Barrett. Ele tinha voltado a trabalhar nas
trincheiras e eu vesti um jeans e uma camiseta para ajudar.
Cole havia retornado e sua carranca ao ver nós dois
trabalhando juntos me garantiu que eu precisava falar com
meus irmãos imediatamente.
— Eu concordo.
— Eu não sei o que você está fazendo com esse cara
Barrett, mas você precisa parar essa merda antes de se
machucar.
Cole relaxou.
Eu coloquei no viva-vos.
— Pai?
Rett
A velha caminhonete rangia enquanto subia a longa
entrada para a casa de Finley. Os ventos chutaram uma
nevasca roxa das árvores ao longo da estrada. Foi a primeira
vez que eu tinha vindo até a casa para buscá-la e ainda me
senti estranho. Ela e seus irmãos e seu pai tinham feito as
pazes com a coisa toda... por enquanto. Cole e eu tínhamos
voltado a uma relação patrão e trabalhador, que, ao longo
prazo, era provavelmente melhor de qualquer maneira.
Mesmo com tanto em comum, não havia muito que
eventualmente colocasse uma pressão sobre a nossa
amizade. É claro que eu tinha pouco em comum com Finley
também, exceto que eu pensava nela o tempo todo e quando
estávamos juntos, não conseguíamos manter as mãos longe
um do outro.
Eu ri.
Finley riu.
Finley
Eu tinha levado uma quantidade absurda de tempo
escolhendo um vestido de verão para vestir para verificar
como o celeiro estava indo. Mas sinceramente, não me
importava o que eu usava mais. Eu nunca me senti tão
confiante sobre mim mesma como eu sentia com Barrett.
— Droga, Finley.
Eu sorri fracamente.
Finley
Barrett reduziu a marcha e virou a esquina. Eu apontei
através do para-brisas.
Rett sorriu.
— Sim, Sadie.
Rett
Finley se contorceu em meus braços e, em seguida, ela
se espreguiçou. Seus longos cílios levantaram e seus olhos
azuis redondos sorriram para mim.
Ela sentou-se.
***
— Merda.
— Sim.
Finley
Porquinho não tinha deixado meus pés durante toda a
manhã e eu me senti culpada por deixa-lo tão estressado. Ele
sempre absorveu toda a minha turbulência emocional como
se estivesse sofrendo junto comigo. Abaixei-me e cocei a
cabeça com os dedos trêmulos. Cada detalhe que emergiu da
história enegrecia o dia ainda mais. E nada disso fazia
sentido. Meu pai era selvagem e ele festejava e fazia coisas
malucas, mas ele nunca foi insano o suficiente para dormir
com uma garota menor de idade e não era capaz de
assassinato.
Jude me apertou.
— Promete?
— Eu prometo. Eu sinto falta de você e seus irmãos. Eu
só estou ficando muito velho para esta maldição. Deixe-me
falar com Cole e eu vou ver você em breve, Fin.
— Ele diz que está tirando um ano de folga uma vez que
este problema esteja resolvido.
Éden riu.
Eu considerei isso.
Rett
Fazia um longo tempo desde que eu tinha tomado um
ônibus em torno de Los Angeles e eu só podia esperar que
fosse um longo tempo antes que eu entrasse em um
novamente. O tempo gasto sendo empurrado de um lado para
outro, entre parando em cada esquina e ferrovia de merda
não fazia nada para aliviar o meu humor. Eu chequei meu
telefone um milhão de vezes por um texto de Finley, mas não
havia nenhum. Eu estava sendo um idiota. Ela deixou claro o
suficiente que falar comigo não estava em sua lista de
prioridades.
Ele se levantou.
— Legal.
— Seu imbecil.
— Ei — eu disse.
— Eu já estou fora.
Finley
Jude e Cole estavam sentados no balcão da cozinha
conversando. Cole tinha tirado outro dia de folga e eu
perguntei se ele tinha enviado Barrett de volta ao trabalho.
Eles pararam a conversa quando ouviram meus passos.
— O quê? — Perguntei.
Éden e eu rimos.
***
— O que você quer dizer? — Seu tom não era frio, mas
era diferente.
— Me desculpe, eu me apavorei.
— Não pareceu fora de sintonia com a situação.
Rett
Há um mês atrás, eu estava escapando de quartos de
meninas antes de terem a chance de acordar e perguntar se
elas me veriam novamente. Um mês atrás, eu estava evitando
responder textos e chamadas porque eu achava mais fácil
não me envolver com qualquer garota. Agora, eu estava
dirigindo para encontrar uma menina em um café, em
Beverly Hills. Eu odiava cafés e eu não ligava muito para
Beverly Hills também. Eu não tinha ideia de quando tinha
acontecido, ou, o mais importante, como, mas em algum
momento nas últimas semanas, Finley King havia se enrolado
em volta do meu coração. E com a maneira de merda que eu
estava sentindo desde que ela me cortou de sua vida, eu
cheguei à conclusão de que eu deveria ter ficado com o meu
primeiro plano de jogo. Relacionamentos não eram para mim.
— Eu não?
Eu balancei a cabeça.
Finley
Sentei-me e olhei pela parte de trás do assento para a
caminhonete. Barrett seguiu através do ataque de repórteres
e curiosos. Ele sentou no banco do motorista e fechou a porta
sobre as questões que estavam sendo jogadas para ele. Eu caí
de volta contra o assento e Jude jogou o carro na estrada. Os
pneus gritaram com raiva quando o carro voou para fora do
estacionamento e longe da imprensa... e de Barrett. Eu ainda
podia sentir os braços protetores em torno de mim. O cheiro
de seu sabonete permaneceu na minha pele.
Eu dei de ombros.
Jude me apertou.
Rett
Sentei-me no sofá e olhei para a televisão. A âncora de
notícias local balbuciava sobre a possibilidade de chuva, que
sempre era uma grande coisa em Los Angeles. E, ao que
parece, esta tempestade poderia trazer tanto quanto uma
polegada de precipitação. Era incrível como eles poderiam
explodir tudo de proporção para fazer até mesmo pequenas
histórias de merda parecem interessantes. Mesmo histórias
que acabavam por ser completamente falsas como a história
de Nicky King, uma notícia que tinha ferrado com a minha
vida completamente.
***
— Sim, infelizmente.
Nix se aproximou.
***
— Sim, bem, eu acho que nós vamos ver com quem ela
quer ir para casa. — Mesmo sabendo que nada disso fosse
inteligente, não me impediu de sentar na cabine.
Eu levantei a cerveja.
Finley
No segundo que ouvi o zumbido dos portões de
segurança gigantes, eu voei pelas escadas, bati no corrimão
inferior três vezes e corri para a entrada da frente. O
motorista da limusine abriu a porta e meu pai saiu,
completamente sozinho, sem segurança, nenhum gerente,
sem namorada. Apenas meu pai. Um pequeno grito explodiu
de meus lábios e eu pulei descendo os degraus e em linha
reta em seus braços. O aroma reconfortante familiar de seu
perfume encheu meus sentidos.
Papai suspirou.
— O quê? — Eu perguntei.
Rett
Eu não estava na cama de uma estranha e a dor em
minha cabeça e a estrada esburacada garantiu-me que não
era um sonho ruim. Eu tentei mexer os braços, mas eles
estavam atados atrás das costas com algo fino, afiado e
aparentemente inquebrável. Duas cabeças estavam tendo
uma conversa acalorada no banco da frente do carro e, em
seguida, os restos da noite voltaram para mim. Levou toda a
minha força apenas para ficar consciente. Minha cabeça
parecia como se tivesse flutuado do meu corpo. Além do corte
vinculativo na pele em meus pulsos, eu mal podia sentir
meus membros.
— Droga.
Ela fez sinal com o dedo para eu virar. Seu amigo tinha
se recuperado e ele estava muito chateado. Antes que eu
pudesse dar mais um fôlego, ele arremessou o punho no meu
estômago. Eu dobrei e levou alguns segundos para eu
conseguir meu ar de volta. As drogas ainda não estavam fora
do meu sistema e quando eu me endireitei, o deserto girou
em torno de mim. Enquanto eu fechava os olhos para
recuperar o meu equilíbrio, um punho bateu em meu rosto.
Eu não tinha tomado conhecimento de seu anel, mas eu o
senti cortar meu rosto. O sangue quente escorreu pelo meu
queixo e na minha camisa.
Finley
A casa inteira, incluindo o meu companheiro de quatro
patas, ainda estava dormindo quando eu rastejei para fora da
porta. Mandy tinha me mandado uma mensagem às cinco da
manhã para ver se eu poderia ir trabalhar no celeiro e tive o
prazer de ajudar. Entre a adrenalina de ter meu pai sã e salvo
em casa e os sentimentos opostos de total desespero
provocados por Rett caminhar para fora da minha vida, eu
tinha passado as poucas horas me lançando na cama e me
virando. Eu ia sentir a minha noite sem dormir em algum
momento durante o dia, mas agora, eu estava bem acordada.
— Eu vou dizer.
Respirei profundamente.
— Acabou infelizmente.
— Não me importo.
Capítulo 26
Rett
A sensação de areia entre meus dentes me acordou.
Minha cabeça latejava e meu rosto estava dolorido e inchado.
Havia uma dor surda na minha caixa torácica e minha
garganta estava seca.
— Sim.
— Eu estarei lá.
***
— Uma arma.
Finley
— Finley, nós precisamos conversar. — Meu pai era um
especialista em manipular o seu sotaque britânico para
ajustar o humor ou a tarefa. Nas festas, quando todo mundo
estava bebendo e socializando, o sotaque londrino das ruas
vinha alardeando por meio, mas quando ele queria parecer
paternal, ele poderia ajustar seu sotaque apenas o suficiente
para soar como um severo e indigesto inglês.
— Eu sei, pai.
***
Ela sorriu.
Ele me apertou.
— Está?
***
Ele sorriu.
Rett
Finley dormia profundamente em meus braços. Se não
fosse por esse doce cheiro, a pele suave como seda e seu
corpinho gostoso pressionado contra mim, eu teria
dificuldade em acreditar que ela estava realmente lá. Ela se
contorceu contra mim e um gemido ficou preso na minha
garganta. Eu não conseguia o suficiente dela e eu nunca
quero perdê-la novamente. Por muito tempo eu disse a mim
mesmo que eu não precisava me comprometer com uma
garota, mas eu simplesmente não tinha encontrado a garota
certa.
Rett
A casa parecia ainda maior do que eu me lembrava.
Dray e Cassie pararam atrás de nós e todos nós descemos
dos carros juntos. Quando Finley tinha sugerido que poderia
ser menos estressante para mim, se eu trouxesse o meu
irmão e amigos para uma reunião, tinha parecido como uma
boa ideia. Agora que todos nós fomos andando até a casa e eu
estava prestes a conhecer seu pai, eu não estava me sentindo
muito certo.
— Me sigam.
— É no final do corredor.
— É no final do corredor.
Cassie sorriu.
Nicky sorriu.
Inclinei-me e beijei-a.
Ela sorriu.
Fim.