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 QUARTA FEIRA DE CINZAS

A Quarta-feira de Cinzas foi instituída há muito tempo na Igreja, dia que marca o início da Quaresma,
tempo de penitência e oração mais intensa. Coincide com o dia seguinte à terça-feira de Carnaval e é o
primeiro dos 40 dias (Quaresma) entre essa terça-feira e a sexta-feira (Santa) anterior ao domingo de
Páscoa.
As cinzas bentas e colocadas sobre as nossas cabeças nos fazem lembrar que nosso corpo seja refeito
por Deus de maneira gloriosa, para não mais perecer, mas sim nos arrepender dos pecados e voltar para
Deus

As cinzas utilizadas neste ritual provêm da queima dos ramos abençoados no Domingo de Ramos do ano
anterior. A estas cinzas mistura-se água benta.

o celebrante desta cerimônia utiliza essas cinzas úmidas para sinalizar uma cruz na fronte de cada fiel,
proferindo a frase “Convertei-vos e crede no Evangelho”.

A intenção desse sacramental é nos levar ao arrependimento dos pecados, é fazer-nos lembrar que não
podemos nos apegar a esta vida, achando que a felicidade plena possa ser construída aqui. É uma ilusão
perigosa. A morada definitiva é o céu

Na Quarta-feira de Cinzas (e na Sexta-feira Santa) a Igreja Católica aconselha os fiéis a fazerem jejum e
a não comerem carne. Esta tradição tem como propósito fazer com que os fiéis tomem parte do sacrifício
de Jesus. Assim como Jesus se sacrificou na cruz, aquele que crê também pode fazer um sacrifício,
abstendo-se de uma coisa que gosta, neste caso, a carne.

“Comerás o teu pão com o suor do teu rosto, até que voltes à terra de que foste tirado porque és pó, e pó
te hás de tornar.” Gn 3,19

 QUARESMA
Por volta do ano 350 d.C., a Igreja decidiu aumentar o tempo de preparação para a Páscoa, que era de
três dias, conhecidas como o Tríduo Sagrado da Semana Santa: Quinta feira Santa, Sexta-feira Santa
(Paixão) e Sábado Santo. A preparação para a Páscoa passou, então, a ter 40 dias porque os cristãos
perceberam que três dias eram insuficientes para que se pudesse preparar adequadamente tão
importante e central evento. Surgia, assim, a Quaresma.
O número 40 é bastante significativo dentro das Sagradas Escrituras. O dilúvio teve a duração de 40 dias
e 40 noites. Durante 40 anos, o povo hebreu caminhou pelo deserto rumo à terra prometida, tendo
atravessado o mar vermelho. Antes de receber o perdão de Deus, os habitantes da cidade de Nínive
fizeram penitência por 40 dias. O profeta Elias caminhou 40 dias e 40 noites para chegar à montanha de
Deus. Preparando-se para cumprir sua missão entre os homens, Jesus jejuou durante 40 dias e 40
noites. Moisés havia feito o mesmo. Os povos antigos atribuíam ao número 40 diversos significados. Um
deles tem importância especial para os cristãos: um tempo de intensa preparação a acontecimentos
marcantes na História da Salvação.
Os 40 dias de Quaresma também são para nós dias de preparação, de conversão, santificação,
purificação e reflexão sobre a vida de Jesus, as dores, a Paixão e os ensinamentos. São dias para
vivermos mais do que nunca a intimidade com o Senhor.
Ao longo deste período, a Igreja propõe de fato que os fiéis façam uma penitência, algo de que se
abstenham durante os 40 dias em prol da santificação, como uma mortificação em sinal de oração e
súplica a Deus.
De acordo com a Doutrina Católica, por meio do jejum é possível se manter mais forte contra os pecados.
A prática das penitências em geral tem o sentido de nos fortalecer, de nos trazer de volta à Deus fazendo
com que nos libertemos dos vícios, dos exageros e nos concentremos apenas Nele e na busca pela
santidade, para um dia entrarmos na vida eterna.
“Portanto, humilhem-se debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele os exalte no tempo devido.” 1
Pd 5,6
 OS TRÊS PILARES DA QUARESMA
“Jesus replicou: “Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim
jamais terá sede.” Jo 6,35

Quando sacrificamos coisas que este mundo nos diz que precisamos, isso pode nos lembrar que
somente Deus pode realmente satisfazer nossa fome espiritual.

Os três pilares da Quaresma são a oração, o jejum e a esmola, o que significa que somos chamados a
fazer mais do que simplesmente nos abster de um determinado alimento ou atividade.

Isso envolve não apenas o que estamos dispostos a abrir mão, mas também o que estamos dispostos a
assumir.

Quando pensamos no que devemos abrir mão na Quaresma, devemos pensar também no tipo de
compromisso com a oração e na capacidade de sermos caridosos que podemos manter.

Reflexões diárias sobre o evangelho, orações diárias do terço, orações diárias dos santos e etc. Todas
essas opções podem nos ajudar a nos comprometer com a oração durante a Quaresma.

Além do jejum e da oração, a esmola é igualmente importante durante a Quaresma, ajudando-nos a


aprofundar nosso relacionamento com Deus enquanto trabalhamos para construir o reino de Deus aqui
na Terra.

Qualquer pessoa pode praticar a esmola, que não se limita a uma simples doação de dinheiro.

Em vez disso, praticar a esmola também pode significar doar seu tempo em serviço, talvez como
voluntário ou servindo aos necessitados. Jesus nos diz claramente em Mateus 25:40 que, ao servir os
necessitados, estamos servindo a ele.

Ideias gerais para os sacrifícios da Quaresma

 Fique longe das mídias sociais por um dia


 Ficar sem fones de ouvido por um dia
 Jogue seu jogo favorito, concentrando-se em ajudar os outros em vez de ganhar
 Permitir que outras pessoas passem na sua frente na fila do almoço
 Se abster do café
 Se abster do álcool
 Parar de acessar determinados sites de mídia social ou limitá-los a determinados dias/horas do
dia
 Se abster de aparelhos eletrônicos após um determinado horário do dia (ex. nada de telas após
as 20 horas)
 Dormir sem travesseiro
 Acorde sem apertar o botão de soneca
 Tomar banho sem água quente (apenas morna)
 Não utilizar ar condicionado ou aquecedor.
 Estacione no fundo do estacionamento e faça uma oração enquanto caminha até o supermercado
 Não ler sites de fofocas ou boatos

Ideias de oração

 Todas as manhãs, veja os contatos do seu telefone. Pare aleatoriamente e faça uma oração para
a pessoa que estiver na sua frente
 Passe alguns minutos com as Escrituras todos os dias
 Escute podcasts católicos
 Assistir à missa diária uma vez por semana
 Assistir ou rezar as Estações da Cruz todas as sextas-feiras
 Convide um amigo para assistir à missa com você
 Participar da Adoração da Eucaristia
 Ir para a confissão
 Rezar o Rosário uma vez por dia
 Domingo de Ramos
Mc 11, 1-11

A Semana Santa começa no Domingo de Ramos, para celebrar a entrada de Jesus em Jerusalém
montado em um jumentinho – o símbolo da humildade – e aclamado pelo povo simples que O aplaudia
como “Aquele que vem em nome do Senhor”.
Para deixar claro a este povo que Ele não era um Messias político e efêmero, e sim, o grande Libertador
do pecado, o Senhor entra na grande cidade, a Jerusalém dos patriarcas e dos reis sagrados, montado
em um jumentinho; expressão da pequenez terrena. Ele não é um Rei deste mundo! O povo acolheu
Jesus abanando seus ramos de oliveiras e palmeiras, com mistura de gritos de hosana e clamores da
Paixão de Cristo.

Esses ramos significam a vitória: “Hosana ao Filho de Davi: bendito seja o que vem em nome do Senhor,
o Rei de Israel; hosana nas alturas”. Os ramos santos nos fazem lembrar que somos batizados, filhos de
Deus, membros de Cristo, participantes da Igreja, defensores da fé católica.

Os ramos sagrados que levamos para nossas casas, após a Missa, lembram-nos de que estamos unidos
a Cristo na mesma luta pela salvação do mundo, a luta árdua contra o pecado, um caminho em direção
ao Calvário, mas que chegará à Ressurreição.

O sentido da Procissão de Ramos é mostrar essa peregrinação sobre a terra que cada cristão realiza a
caminho da vida eterna com Deus. Ela nos recorda que somos apenas peregrinos neste mundo tão
passageiro, tão transitório, que se gasta tão rapidamente e nos mostra que a nossa pátria não é neste
mundo, mas sim, na eternidade; aqui nós vivemos apenas em um rápido exílio em demanda da casa do
Pai.

A entrada “solene” de Jesus em Jerusalém foi um prelúdio de Suas dores e humilhações. Aquela mesma
multidão que O homenageou, motivada por Seus milagres, agora vira as costas a Ele e muitos pedem a
Sua morte.

O Domingo de Ramos nos ensina que seguir o Cristo é renunciarmos a nós mesmos, morrermos na terra
como o grão de trigo para poder dar fruto, enfrentar os dissabores e ofensas por causa do Evangelho do
Senhor. Ele nos arranca das comodidades e das facilidades, para nos colocar diante d’Aquele que veio
ao mundo para salvá-lo.

 SEMANA MAIOR
 SEGUNDA FEIRA

Mc 14, 1-9

Na Segunda-feira Santa, inicia-se a preparação para a Paixão. Jesus inicia sua caminhada e se prepara
para os dias que antecedem Sua morte; naquela noite Maria, irmã de Lázaro e Marta, lava seus pés com
perfume, uma atitude de reconhecimento do amor de Deus pela humanidade.

Com humildade, Maria realizou um ato simples, mas digno de seu respeito e amor pelo filho de Deus.

 TERÇA-FEIRA

Mc 14, 12-31

A mensagem central deste dia passa pela Última Ceia. Estamos na hora crucial de Jesus. Cristo sente,
na entrega, que faz a “glorificação de Deus”, ainda que encontre, no caminho, a covardia e o desamor.
No Evangelho, há uma antecipação da Quinta-feira Santa. Jesus anuncia a traição de Judas e as
fraquezas de Pedro. “Jesus insiste: ‘Agora é glorificado o Filho do homem e Deus é glorificado nele'”
 QUARTA-FEIRA

Mt 26, 14-25

Na Quarta-Feira Santa, acontecem as Procissões de Nosso Senhor dos Passos e de Nossa Senhora das
Dores. É o momento do encontro da Mãe Santíssima com o Filho, que carrega a Cruz.

É a cena da Via Sacra, na qual Jesus se encontra com sua mãe. Podemos falar que, neste momento, em
que Ele está a caminho da Paixão, da entrega e da salvação da humanidade, Ele se encontra também
com a Igreja e com a humanidade, especialmente neste tempo tão propício de conversão e de mudança,
mas também de muita dor.

Estamos de cara com o Tríduo Pascal. A liturgia tem um sabor amargo: a traição de Judas. Logo depois
dos eventos do Domingo de Ramos, o Sinédrio se reuniu e planejou matar Jesus antes da festa
da Páscoa Judaica. Antes de sua morte, Jesus estava em Betânia, hospedado na casa de Simão, o
Leproso. Enquanto jantavam, uma mulher chamada Maria ungiu a cabeça e os pés de Jesus com um
caro óleo de nardo. Mas Judas Iscariotes, que cuidava do dinheiro do grupo de Jesus, queria ter utilizado
o dinheiro para dar aos pobres (ou para si mesmo).Logo depois do evento ocorrido após Judas foi até o
Sinédrio e ofereceu-se para entregar Jesus em troca de dinheiro e, a partir daí, só lhe faltava encontrar a
oportunidade ideal

 QUINTA-FEIRA SANTA
Jo 13, 1-20

Neste dia, começa o Tríduo Pascal, a preparação para a grande celebração da Páscoa, a vitória de Jesus
Cristo sobre a morte, o pecado, o sofrimento e o inferno.

Este é o dia em que a Igreja celebra a instituição dos grandes sacramentos da ordem e da Eucaristia.
Jesus é o grande e eterno Sacerdote, mas quis precisar de ministros sagrados, retirados do meio do
povo, para levar ao mundo a salvação que Ele conquistou com a Sua Morte e Ressurreição.

Na noite da Ceia Pascal, o Senhor lavou os pés dos discípulos, fez esse gesto marcante, que era
realizado pelos servos, para mostrar que, no Seu Reino, “o último será o primeiro”, e que o cristão deve
ter como meta servir e não ser servido.

Nessa mesma noite, Jesus fez várias promessas importantíssimas à Igreja que instituiu sobre Pedro e os
apóstolos. Prometeu-lhes o Espírito Santo, e a garantia de que ela seria guiada por Ele a “toda a
verdade”.

Santos óleos – Uma das cerimônias litúrgicas da Quinta-feira Santa é a bênção dos santos óleos usados
durante todo o ano pelas paróquias. São três os óleos abençoados nesta celebração: o do Crisma, dos
Catecúmenos e dos Enfermos. Ela conta com a presença de bispos e sacerdotes de toda a diocese. É
um momento de reafirmar o compromisso de servir a Jesus Cristo.
Lava-pés – O Lava-pés é um ritual litúrgico realizado, durante a celebração da Quinta-feira Santa,
quando recorda a última ceia do Senhor. Jesus, ao lavar os pés dos discípulos, quer demonstrar Seu
amor por cada um e mostrar a todos que a humildade e o serviço são o centro de Sua mensagem;
portanto, esta celebração é a maior explicação para o grande gesto de Jesus, que é a Eucaristia. O rito
do lava-pés não é uma encenação dentro da Missa, mas um gesto litúrgico que repete o mesmo gesto de
Jesus. O bispo ou o padre, que lava os pés de algumas pessoas da comunidade, está imitando Jesus no
gesto; não como uma peça de teatro, mas como compromisso de estar a serviço da comunidade, para
que todos tenham a salvação, como fez Jesus.
Instituição da Eucaristia – Com a Santa Missa da Ceia do Senhor, celebrada na tarde ou na noite da
Quinta-feira Santa, a Igreja dá início ao chamado Tríduo Pascal e faz memória da Última Ceia, quando
Jesus, na noite em que foi traído, ofereceu ao Pai o Seu Corpo e Sangue sob as espécies do Pão e do
Vinho, e os entregou aos apóstolos para que os tomassem, mandando-os também oferecer aos seus
sucessores. A palavra “Eucaristia” provém de duas palavras gregas “eu-cháris”, que significa “ação de
graças”, e designa a presença real e substancial de Jesus Cristo sob as aparências de Pão e Vinho.
Instituição do sacerdócio – A Santa Missa é, então, a celebração da Ceia do Senhor, quando Jesus,
num dia como hoje, véspera de Sua Paixão, “durante a refeição, tomou o pão, benzeu-o, partiu-o e o deu
aos discípulos, dizendo: ‘Tomai e comei, isto é meu corpo’.” (cf. Mt 26,26). Ele quis, assim como fez na
última ceia, que Seus discípulos se reunissem e se recordassem d’Ele abençoando o pão e o vinho:
“Fazei isto em memória de mim”. Com essas palavras, o Senhor instituiu o sacerdócio católico e deu-lhes
poder para celebrar a Eucaristia.

 SEXTA-FEIRA SANTA

Mc 15, 1-47

Sexta-feira Santa, que os antigos chamavam de “Sexta-feira Maior”, quando celebramos a Paixão e
Morte de Jesus, o silêncio, o jejum e a oração devem marcar este momento. Ao contrário do que muitos
pensam, a Paixão não deve ser vivida em clima de luto, mas de profundo respeito e meditação diante da
morte do Senhor, que, ao morrer, foi vitorioso e trouxe a salvação para todos, ressurgindo para a vida
eterna.

É preciso manter um “silêncio interior” aliado ao jejum e à abstinência de carne. Deve ser um dia de
meditação, de contemplação do amor de Deus, que nos “deu o Seu Filho único para que quem n’Ele crer
não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16). É um dia em que as diversões devem ser suspensas, os
prazeres, mesmo que legítimos, devem ser evitados.

O ponto alto da Sexta-feira Santa é a celebração das 15 horas, horário em que Jesus foi morto. É a
principal cerimônia do dia: a Paixão do Senhor. Ela consta de três partes: liturgia da Palavra, adoração da
cruz e comunhão eucarística.

A tarde da Sexta-feira Santa apresenta o drama incomensurável da morte de Cristo no Calvário. A cruz,
erguida sobre o mundo, segue de pé como sinal de salvação e esperança. Com a Paixão de Jesus,
segundo o Evangelho de João, contemplamos o mistério do Crucificado, com o coração do discípulo
Amado, da Mãe, do soldado que o transpassou o lado. Há um ato simbólico muito expressivo e próprio
deste dia: a veneração da santa cruz, momento em que esta é apresentada solenemente à comunidade.

Via-sacra – Ao longo da Quaresma, muitos fiéis realizam a Via-Sacra como uma forma de meditar o
caminho doloroso que Jesus percorreu até a crucifixão e morte na cruz. A Igreja nos propõe esta
meditação para nos ajudar a rezar e a mergulhar na doação e na misericórdia de Jesus que se doou por
nós. Em muitas paróquias e comunidades, são realizadas a encenação da Paixão, da Morte e da
Ressurreição de Jesus Cristo por meio da meditação das 14 estações da Via-Crucis.

 SÁBADO DE ALELUIA

Mc 16, 1- 8

O Sábado de Aleluia é o dia que antecede o Domingo de Páscoa. É um momento de grande significado
religioso para os cristãos, marcando a espera pela ressurreição de Jesus Cristo.

O Sábado Santo se situa entre os dias da Morte e da Ressurreição de Jesus. Foi vivenciado
por Maria com esperançosa expectativa: ela permaneceu confiante mantendo viva no coração a chama
da fé na Ressurreição, acreditando que Aquele que morreu na Cruz e foi sepultado não permaneceria na
morte.

O Sábado Santo é celebrado ao escurecer do dia, à noite. Até as luzes da Igreja são apagadas.
Todo o povo se reúne na escuridão. Esta Liturgia é muito rica nos sinais, nos gestos e símbolos. É
na Vigília Pascal que acontece a bênção do fogo. O Círio Pascal,.

O Sábado Santo não é um dia vazio, em que “nada acontece”. Nem uma duplicação da Sexta-feira
Santa. A grande lição é esta: Cristo está no sepulcro, desceu à mansão dos mortos, ao mais profundo
que pode ir uma pessoa. O próprio Jesus está calado. Ele, que é Verbo, a Palavra, está calado. Depois
de Seu último grito na cruz – “Por que me abandonaste?” –, Ele cala no sepulcro agora. Descanse: “tudo
está consumado!”.
Vigília Pascal – Durante o Sábado Santo, a Igreja permanece junto ao sepulcro do Senhor, meditando
Sua Paixão e Morte, Sua descida à mansão dos mortos, esperando, na oração e no jejum, Sua
Ressurreição. Todos os elementos especiais da vigília querem ressaltar o conteúdo fundamental da noite:
a Páscoa do Senhor, Sua passagem da morte para a vida. A celebração acontece no sábado à noite. É
uma vigília em honra ao Senhor, de maneira que os fiéis, seguindo a exortação do Evangelho (cf. Lc
12,35-36), tenham acesas as lâmpadas, como os que aguardam seu senhor chegar, para que, os
encontre em vigília e os convide a sentar à sua mesa.
Bênção do fogo – Fora da Igreja, prepara-se a fogueira. Estando o povo reunido em volta dela, o
sacerdote abençoa o fogo novo. Em seguida, o Círio Pascal é apresentado ao sacerdote, sendo uma
vela bem grande, é aceso no fogo novo, trazendo o ano que estamos vivendo e duas letras do
alfabeto grego, o Alfa e o Ômega, que representam Jesus, nossa Luz, Princípio e Fim de tudo e de
todos, Senhor do tempo e da história. E com o estilete, o padre faz nele uma cruz, dizendo palavras
sobre a eternidade de Cristo. Assim, ele expressa, com gestos e palavras, toda a doutrina do império de
Cristo sobre o cosmos, exposta em São Paulo. Nada escapa da Redenção do Senhor, e tudo – homens,
coisas e tempo – estão sob Sua potestade.
Procissão do Círio Pascal – As luzes da igreja devem permanecer apagadas. O diácono toma o Círio e
o ergue, por algum tempo, proclamando: “Eis a luz de Cristo!”. Todos respondem: “Demos graças a
Deus!”. Os fiéis acendem suas velas no fogo do Círio Pascal e entram na igreja. O Círio, que representa
o Cristo Ressuscitado, a coluna de fogo e de luz que nos guia pelas trevas e nos indica o caminho à terra
prometida, avança em procissão.
Proclamação da Páscoa – O povo permanece em pé com as velas acesas. O presidente da celebração
incensa o Círio Pascal. Em seguida, a Páscoa é proclamada. Esse hino de louvor, em primeiro lugar,
anuncia a todos a alegria da Páscoa, a alegria do Céu, da Terra, da Igreja, da assembleia dos cristãos.
Essa alegria procede da vitória de Cristo sobre as trevas. Terminada a proclamação, apagam-se as
velas.
Liturgia da Palavra – Nesta noite, a comunidade cristã se detém mais que o usual na proclamação da
Palavra. As leituras da vigília têm uma coerência e um ritmo entre elas. A melhor chave é a que nos deu
o próprio Cristo: “E começando por Moisés, percorrendo todos os profetas, explicava-lhes (aos discípulos
de Emaús) o que dele se achava dito em todas as Escrituras” (Lc 24, 27).

 DOMINGO DE PÁSCOA

Mc 16, 9- 20

Na Páscoa é celebrada a ressurreição de Jesus Cristo, mártir da religião. No entanto, a Páscoa já existia
desde a Antiguidade.

Na tradição judaica, a Páscoa acontece a partir do momento em que os israelitas se libertam da


escravidão dos egípcios.

Se acompanharmos as celebrações da Páscoa na história, perceberemos algo notável. Eles prenderam e


executaram Jesus precisamente na Páscoa do calendário judaico. Este foi o mesmo dia em que todos os
judeus estavam sacrificando um cordeiro para lembrar aqueles cordeiros em 1500 a.C que causaram
a passagem da morte no Egito.

É o dia santo mais importante para nós católicos. Depois de morrer crucificado, o corpo de Jesus foi
sepultado, ali permaneceu até a ressurreição, quando seu espírito e seu corpo foram reunificados. Do
hebreu “Peseach”, Páscoa significa a passagem da escravidão para a liberdade. A presença de Jesus
ressuscitado não é uma alucinação dos Apóstolos. Quando dizemos “Cristo vive” não estamos usando
um modo de falar, como pensam alguns, para dizer que vive somente em nossa lembrança

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