Você está na página 1de 16

O brincar

como
caminho
Análise com Criança

A criança, diferente do adulto


não tem a compreensão da
doença, mas sente angústia,
Não se pode colocar uma
Melanie Klein apresenta a que seria o fator de motivação
criança no divã e pedir-lhe que
técnica lúdica suficientemente forte para
associe livremente
levar uma criança a enfrentar
uma análise e se tornar
cooperativa
O brincar é o equivalente à associação livre

Algo natural da expressão da criança é o


brinquedo, que a partir do momento que se
transforma em uma atividade casual e
gostosa poderá ter um sentido para a
criança e revelar algo da situação infantil
O significado do brincar

O brincar é
espontâneo para
a criança

M. Klein intuiu que o


brincar poderia ser uma
expressão final de
Pelo brincar a criança processos mais profundos,
inconscientes, cujo
traduz simbolicamente dinamismo seria
fantasias, desejos e semelhante ao dos sonhos
experiências vividas
• O analista acompanha o brincar
O analista e o brincar com a mesma atenção flutuante

• A técnica de análise pelo


brinquedo apenas é usada para dar
conta do caráter primitivo do
psiquismo infantile

• Através desse método é possível


chegar às experiências mais
ansiogênicas, às fixações mais
profundamente reprimidas e assim
exercer uma influência eficaz sobre
o desenvolvimento da criança

• Para Klein, a diferença entre a


análise de adultos e crianças é
apenas a técnica, e não, os princípios
O analista de crianças

• Não se atenta tanto ao Ego, mas se ocupa mais do


INCONSCIENTE

• Preocupando-se em descobrir e mostrar a expressão


do SUPEREGO, que na criança tem o efeito mais
esmagador do que no adulto, com isso, contribui para o
fortalecimento do seu Ego ainda fraco e promove o seu
desenvolvimento

• Quando surgem resistências difíceis de superar, estas


dão indícios de que o aprofundamento da análise está
colocando a relação diante de situações desconhecidas,
ligadas à angústias e culpas de nível mais profundo
• A análise de criança ocorre na intersecção entre duas áreas do brincar: a do
paciente e do terapeuta, tem a ver com duas pessoas brincando juntas.
O brincar para Winnicott • O corolário disso é que, quando essa brincadeira não é possível, o trabalho do
terapeuta consiste em retirar o paciente de um estado marcado pela incapacidade de
brincar e trazê-lo para um estado em que consegue fazê-lo
Fenômenos
transicionais

• O brincar tem um espaço e um tempo (não é dentro e nem é fora), não faz
parte do mundo repudiado: o não-eu que está fora do controle mágico

• Para dar um lugar ao brincar, Winnicott postulou um ESPAÇO POTENCIAL


entre o bebê e sua mãe
A brincadeira é universal e pertence ao
âmbito da saúde:

• o brincar promove o crescimento e, portanto, saúde,


• brincar leva aos relacionamentos de grupo,
• pode ser uma forma de comunicação na psicoterapia
• a psicanálise foi desenvolvida como uma forma altamente
especializada de brincar, em prol da comunicação consigo
mesmo e com os outros

O brincar serve como um tipo de autocura, sendo comparável


ao resultado da psicoterapia de adultos na qual a história seria
pontuada pelas interpretações do terapeuta
“Qualquer coisa que eu diga sobre a brincadeiras das
crianças também serve para os adultos, embora seja
mais difícil tratar do assunto quando o material do
paciente se revela sobretudo por meio da
comunicação verbal.
Suponho que devemos encontrar a brincadeira de
modo tão evidente na análise de adultos assim como
em nosso trabalho com crianças. Ela se manifesta,
por exemplo, na escolha das palavras, no tom de voz
e, é claro, no senso de humor.”

(Winnicott)
Setting
Instrumentos possíveis
Instrumentos possíveis
O papel dos
pais/responsáveis
A relação com
pais/responsáveis

E indispensável certa confiança entre o analista e os pais por causa


da dependência da criança

A neurose da criança traz culpa aos pais, a busca pela análise prova
sua responsabilidade na gênese da doença.

É-lhes penoso trazer detalhes da intimidade da família para


estranhos

Surge ciúmes pela relação de confiança entre criança e analista


(principalmente da mãe)
No contato com os pais

A colaboração ativa é necessária


Procurar a colaboração passiva de
em momentos de grande
Discrição dos conteúdos trazidos os pais se absterem-se de intervir,
agudização da angústia e
pela criança, jamais dar detalhes do seja perguntado à criança sobre a
resistência crescente (quando a
trabalho analítico análise, seja sustentando as
criança se recusa a ir à análise é
resistências
preciso encontrar meios)

O bom relacionamento com os pais A orientação de pais é feita,


permite informações da criança fora preferencialmente, no final doa
O analista não tem função
das sessões, sobretudo atendimentos, quando a criança já
educativa
modificações, desaparecimento de apresenta melhoras e os pais têm a
sintomas ou surgimento de outros culpa aliviada

Se o clima familiar é muito É preferível limitar encontros com Os pais apresentam ambivalência
desfavorável, a análise não será os pais ao mínimo para reduzir com a análise, mutas vezes
bem-sucedida e recaídas serão choques, ou quando necessário, demonstrando pouca gratidão e
prováveis, mas aliviará e criança e avisar a criança que esse encontro minimizando as questões que
melhorará seu desempenho. ocorrerá trouxeram à procura do profissional

Você também pode gostar