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Aula Psicopatologia 01/08/2020

Karen Elias Delagostini - 830177

1) Analise os critérios diagnósticos para o Transtorno de Pânico que estão na tabela 5.3 e
os critérios diagnósticos para Agorafobia, na página seguinte. Quais destes a Senhora M.
preenche?
Conforme os critérios avaliados pela tabela de Transtorno de Pânico, Senhora M
corresponde aos seguintes diagnósticos:
● Pelo menos um dos ataques foi seguido de um mês (ou mais) de uma ou de ambas as
seguintes características:
○ Apreensão ou preocupação persistente acerca de ataques de pânico adicionais
ou sobre suas consequências (p. ex., perder o controle, ter um ataque cardíaco,
"enlouquecer").
○ Uma mudança desadaptativa significativa no comportamento relacionada aos
ataques (p. ex., comportamentos que têm por finalidade evitar ter ataques de
pânico, como a esquiva de exercícios ou situações desconhecidas).
● A perturbação não é consequência dos efeitos psicológicos de uma substância ou de
outra condição médica (p. ex., hipertireoidismo, doenças cardiopulmonares).
● A perturbação não é mais bem explicada por outro transtorno mental (p. ex., os
ataques de pânico não ocorrem apenas em resposta a situações sociais temidas; em
resposta a objetos ou situações fóbicas circunscritas; em resposta a obsessões; em
resposta à evocação de eventos traumáticos; ou em resposta à separação de figuras de
apego.
Já nos critérios da agorafobia, se encaixa:
● Medo ou ansiedade marcantes acerca de duas (ou mais) das cinco situações seguintes:
○ Uso de transporte público (p. ex., automóveis, ônibus, trens, navios, aviões).
○ Permanecer em espaços abertos (p. ex., áreas de estacionamentos, mercados,
pontes).
○ Permanecer em locais fechados (p. ex., lojas, teatros, cinemas).
○ Permanecer em uma fila ou ficar em meio a uma multidão.
○ Sair de casa sozinho
● O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente durando mais de seis meses.
2) Quais os disparadores e/dificuldades que levaram a Senhora M. a desenvolver este
quadro? Quais os aspectos reforçadores para ela se manter nesse quadro?
Os disparadores que levaram a Senhora M. a desenvolver o transtorno de pânico com
agorafobia foram o abuso do marido e, consequentemente, o estresse do casamento. Ainda,
poderiam haver pré disposições genéticas que foram desencadeadas com os eventos ocorridos.
Já os reforçadores que a mantinham no quadro são as questões ambientais presentes. Como
por exemplo, a filha levar as compras, o padre da paróquia ir visitá-la, o fato de achar que já
está no fim da vida e recusar a terapia e por morar no segundo andar e precisar usar as escadas
ao sair.

3) O que poderia ser feito na psicoterapia para que ela viesse a melhorar este quadro?
Após a cliente aceitar a psicoterapia, poderia ser adotado pelo psicólogo uma postura
acolhedora, enfatizando que está ali para ajudar e que percebe suas dificuldades. Além disso,
o próprio psicólogo iria no apartamento toda semana. Inicialmente, poderia sugerir uma
respiração diafragmática e dicas de relaxamento, depois aplicar a dessensibilização
sistemática: começar andando pela casa toda, dando alguns passos e conforme a cliente for
evoluindo, tentar abrir a porta, levá-la ao mercado até uma exposição completa. Durante esse
processo, poderá buscar por reforçadores que a motivem a continuar nesse processo. Por fim,
caso haja ataques de pânico durante esse processo, retornar lentamente aos pequenos passos.

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