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Agorafobia
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 Diagnóstico
 Tratamento
 Mais informações

Agorafobia é o medo ou ansiedade de estar em situações ou lugares dos


quais não há como escapar facilmente ou onde não haverá ajuda disponível
se a pessoa tiver ansiedade intensa. Essas situações ou lugares são com
frequência evitados ou suportados com muita angústia.

A agorafobia é um tipo de transtorno de ansiedade. Aproximadamente 30


a 50% das pessoas com agorafobia também têm síndrome do pânico.
Aproximadamente 2% das mulheres e 1% dos homens têm agorafobia
anualmente. A agorafobia surge antes dos 35 anos de idade na maioria
das pessoas com essa fobia.
Exemplos comuns de situações ou lugares que geram medo e ansiedade
incluem ficar em uma fila no caixa do banco ou do supermercado, sentar
no meio de uma fileira longa de assentos em um cinema ou auditório ou
usar transporte público, como ônibus ou avião. Algumas pessoas
desenvolvem agorafobia após terem sofrido um ataque de pânico em uma
situação como essas. Outras pessoas podem apenas se sentir
incomodadas nessas situações sem nunca sofrerem ataques de pânico ou
apresentá-los apenas posteriormente. A agorafobia geralmente afeta a
vida cotidiana, às vezes de forma tão intensa que a pessoa fica impedida
de sair de casa.

Diagnóstico da agorafobia
 A avaliação do médico, tomando por base critérios específicos

O médico diagnostica a agorafobia quando o medo, a ansiedade ou a


esquiva dura seis meses ou mais e inclui, pelo menos, duas das situações
a seguir:

 Usar transporte público


 Estar em um espaço aberto, como em um estacionamento ou
em uma feira ao ar livre
 Estar em um espaço fechado, como uma loja ou cinema
 Esperar em uma fila ou estar em uma multidão
 Estar sozinho fora de casa

Os temores precisam envolver a preocupação em ter dificuldade em


escapar ou com o fato de que não haverá ajuda disponível se a pessoa
ficar em pânico ou incapacitada.

Além disso, todos os quesitos a seguir devem estar presentes:

 Os sintomas são quase sempre desencadeados pelas mesmas


situações
 A pessoa modifica seu comportamento para evitar a situação
ou precisa de um acompanhante para conseguir suportá-la
 Os sintomas são desproporcionais ao perigo verdadeiro
 Os sintomas causam angústia significativa ou prejudicam o
desempenho de atividades de modo significativo
 Os sintomas não são causados por outro transtorno mental,
como fobia social, ou um problema de saúde geral,
como doença inflamatória do intestino
Tratamento da agorafobia
 Terapia de exposição
 Terapia cognitivo-comportamental
 Às vezes, antidepressivos denominados inibidores seletivos de
recaptação da serotonina (ISRSs)
Se a agorafobia não for tratada, sua gravidade geralmente vem e vai e
pode até mesmo desaparecer sem tratamento formal, talvez porque a
pessoa usa sua própria forma de terapia de exposição, se expondo a si
mesma repetidamente à situação que desencadeia seus medos até o
medo passar. Por sua vez, outras pessoas já não se queixam mais sobre
os sintomas de agorafobia, porque aprenderam a evitar as situações (por
exemplo, viajar de avião ou multidões) que desencadeiam a ansiedade. No
entanto, simplesmente evitar as situações pode limitar significativamente
a vida da pessoa. Uma vez que, inicialmente, os tratamentos costumam
aumentar a ansiedade, o tratamento da agorafobia (e outros transtornos
de ansiedade) frequentemente inclui aprender estratégias de
relaxamento.

A terapia de exposição ajuda mais de 90% das pessoas que a praticam


com rigor.
A terapia cognitivo-comportamental também pode ser eficaz. Ao ser
tratada com esse tipo de terapia, a pessoa aprende a:
 Reconhecer em que momento seus pensamentos estão
distorcidos
 Controlar os pensamentos distorcidos
 Modificar seu comportamento adequadamente

É possível que tomar um ISRS seja benéfico para pessoas com agorafobia.
Embora os ISRSs sejam considerados antidepressivos, eles também
podem funcionar bem para os transtornos de ansiedade.
Mais informações sobre agorafobia
 National Institute of Mental Health, Agorafobia: Informações gerais
sobre muitos aspectos da agorafobia, incluindo dados estatísticos
sobre prevalência

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Agorafobia
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Nota: Para a canção de Incubus, veja Agoraphobia.

Agorafobia é uma perturbação de ansiedade caracterizada por sintomas


de ansiedade em resposta a situações que a pessoa percepciona como inseguras ou das
quais é difícil escapar.[1]Entre estas situações estão espaços abertos, tráfego
rodoviário, centros comerciais ou qualquer outra situação em que a pessoa se encontre
fora do local de residência.[1] Quando a pessoa se depara com uma destas situações, o
sintoma mais comum é um ataque de pânico.[2] Para que seja diagnosticada agorafobia,
os sintomas devem-se manifestar praticamente sempre que a pessoa se depara com a
situação e os sintomas devem estar presentes durante pelo menos seis meses.[1] As
pessoas afetadas geralmente dão-se a um esforço significativo para evitar as situações.
[1] Nos casos mais graves, as pessoas sentem-se incapazes de sair da própria residência.
[2]
Agorafobia

Antiga ágora da cidade grega de Delos, um dos espaços públicos que


deram o nome à condição.

Especialidade Psiquiatria

Sintomas Ansiedade em situações percebidas como


inseguras, ataques de pânicos[1][2]

Complicações Depressão, perturbação por abuso de


substâncias[1]

Duração Mais de 6 meses[1]

Causas Fatores genéticos e ambientais[1]


Fatores de risco Antecedentes familiares, evento
angustiante[1]

Condições Perturbação de ansiedade de


semelhantes separação, perturbação de stresse pós-
traumático, perturbação depressiva major[1]

Tratamento Psicoterapia[3]

Prognóstico Resolução de metade dos casos com


tratamento[4]

Frequência 1,7% dos adultos[1]

Classificação e recursos externos

CID-10 F40.0, F40.00

CID-11 530592394

MedlinePlus 000923

MeSH D000379

Leia o aviso médico

Acredita-se que a agorafobia seja causada por uma combinação de fatores genéticos e
ambientais.[1] Em muitos casos, a condição é comum na família. A agorafobia pode ter
origem em acontecimentos como a morte de um pai ou um ataque violento.[1] O DSM-
5classifica a agorafobia como uma fobiapertencente ao grupo das fobias
específicas e fobias sociais.[1][3] Entre outras condições que manifestam sintomas
semelhantes estão a perturbação de ansiedade de separação, perturbação de stresse pós-
traumático, perturbação depressiva major.[1] As pessoas afetadas apresentam um risco
acrescido de depressão e perturbação por abuso de substâncias.[1]
É pouco provável que a agorafobia se resolva sem tratamento.[1] O tratamento consiste
numa forma de aconselhamento psiquiátrico denominada terapia cognitivo-
comportamental.[3][5] Esta terapia permite resolver cerca de metade dos casos de
agorafobia.[4] A condição afeta 1,7% dos adultos.[1] O número de casos em mulheres é o
dobro do de homens.[1] A doença é rara em crianças. A maioria dos casos têm origem
no início da idade adulta, sendo cada vez menos comum à medida que a idade avança.
[1] O termo "agorafobia" tem origem no grego antigo ἀγορά, ágora, que significa praça
pública, com o sufixo -φοβία, que significa fobia ou "medo".[6]
Referências
1. ↑ Ir para:a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t American Psychiatric Association
(2013), Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (5th
ed.), ISBN 0890425558, Arlington: American Psychiatric Publishing, pp. 217–221,
938
2. ↑ Ir para:a b c «Agoraphobia». PubMed Health. Consultado em 11 de agosto de 2016
3. ↑ Ir para:a b c Wyatt, Richard Jed; Chew, Robert H. (2008). Wyatt's Practical
Psychiatric Practice: Forms and Protocols for Clinical Use (em inglês). [S.l.]:
American Psychiatric Pub. pp. 90–91. ISBN 9781585626878. Cópia arquivada em 21
de agosto de 2016
4. ↑ Ir para:a b Craske, MG; Stein, MB (24 de junho de 2016).
«Anxiety.». Lancet. PMID 27349358. doi:10.1016/S0140-6736(16)30381-6
5. ↑ Pompoli, A; Furukawa, TA; Imai, H; Tajika, A; Efthimiou, O; Salanti, G (13 de abril
de 2016). «Psychological therapies for panic disorder with or without agoraphobia in
adults: a network meta-analysis.». The Cochrane Database of Systematic Reviews. 4:
CD011004. PMID 27071857. doi:10.1002/14651858.CD011004.pub2
6. ↑ Elster, Charles Harrington (2009). Verbal Advantage: Ten Easy Steps to a Powerful
Vocabulary (em inglês). [S.l.]: Diversified Publishing.
p. PT717. ISBN 9780307560971. Cópia arquivada em 21 de agosto de 2016

Última modificação há 1 ano por Cadnero

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Agorafobia: conheça o
transtorno associado a
ataques de pânico

Agorafobia é um dos transtornos de ansiedade mais comuns. Muitas vezes


se desenvolve após a ocorrência de alguns episódios de ataques de pânico.
De acordo com o Hospital Israelita Albert Einstein, a agorafobia atinge
anualmente mais de 150 mil brasileiros. Trata-se de uma doença crônica que
pode durar anos ou a vida inteira.
Entre as evidências e sintomas mais comuns estão o medo e a reclusão,
evitando determinados lugares ou situações que possam desencadear um novo
episódio de ataque de pânico ou sensação de aprisionamento e até
constrangimento.
Trata-se de um transtorno onde o indivíduo sente medo e evita lugares ou
situações que possam causar pânico. Uma pessoa agorafóbica também pode
evitar situações onde se sinta preso, desamparado ou envergonhado. Uma
pessoa com agorafobia teme uma situação real ou antecipada, como usar o
transporte público, estar em espaços abertos ou fechados, enfrentar uma fila
ou estar no meio de uma multidão.
Agorafobia e Ansiedade
A ansiedade é causada pelo medo de não conseguir escapar ou obter ajuda
caso a fobia e angústia fiquem mais intensas. Em geral, a maioria das pessoas
diagnosticadas com agorafobia desenvolveram o quadro depois de ter um ou
mais ataques de pânico. A lembrança dos ataques fazem com que uma pessoa
com agorafobia se preocupe com um novo ataque e evite os lugares onde
possa acontecer de novo.
Um sujeito com agorafobia muitas vezes tem dificuldade em sentir-se seguro
em qualquer lugar público, especialmente onde há aglomeração de pessoas e
muito movimento. É comum que a pessoa sinta precisa de um companheiro,
como um parente ou amigo, para ir a lugares públicos. O medo pode ser tão
esmagador, que imobiliza. O medo excessivo faz com que a pessoa perceba-se
incapaz de sair de sua casa.
O tratamento de agorafobia pode ser um desafio porque geralmente significa
confrontar os medos. Mas com psicoterapia e medicamentos, é possível
escapar da armadilha da agorafobia e viver uma vida mais agradável.
Sintomas da agorafobia
Os sintomas típicos da agorafobia incluem medo de:
 Ficar sozinho em casa;
 Estar no meio de uma multidão ou esperar em uma fila;
 Frequentar espaços fechados, como cinemas, elevadores ou pequenas
lojas;
 Estar em espaços abertos, como parques, estacionamentos, pontes ou
shoppings;
 Usar o transporte público, como um ônibus, avião ou trem.
Normalmente essas situações geram um aumento considerável da ansiedade.
Uma pessoa com agorafobia possui um medo excessivo de não ser capaz de
escapar ou encontrar ajuda em caso de um novo ataque de pânico. Elas
também receiam passar novamente por situações embaraçosas ou mesmo
incapacitantes.
Além disso:
 O medo ou a ansiedade quase sempre resultam da exposição à situação;
 O medo ou ansiedade está fora de proporção com o perigo real da
situação;
 O sujeito evita a situação, precisa de um companheiro acompanhá-lo ou
aguenta a situação, mas fica extremamente angustiado;
 A pessoa também sente problemas ou dificuldades significativas com
situações sociais, trabalho ou outras áreas em sua vida por causa do
medo e ansiedade;
 A fobia e o afastamento das situações de pânico geralmente duram seis
meses ou mais.
Transtorno do pânico e agorafobia
Algumas pessoas podem sofrer com Transtorno ou Síndrome de Pânico além
da agorafobia. O transtorno de pânico é um tipo de transtorno de ansiedade em
que o indivíduo experimenta ataques repentinos de medo extremo que atingem
um pico em poucos minutos e desencadeiam sintomas físicos intensos
(ataques de pânico). Diante de um ataque de pânico, uma pessoa pode pensar
que está perdendo totalmente o controle, tendo um ataque cardíaco ou mesmo
morrendo.
O medo de outro ataque de pânico pode levar a evitar circunstâncias
semelhantes ou o local onde ocorreu na tentativa de prevenir futuros ataques
de pânico.
Sinais e sintomas de um ataque de pânico podem incluir:
 Frequência cardíaca acelerada;
 Dificuldades de respiração, sensação de falta de ar, asfixia ou peito
apertado;
 Dor ou pressão no peito;
 Tonturas, visão escura ou náusea;
 Sensação de instabilidade, entorpecimento ou formigamento;
 Sudorese excessiva;
 Tremores ou calafrios;
 Alterações gastrointestinais, como vômito ou diarreia;
 Sensação de perda de controle;
 Medo de morrer.
Quando agendar uma consulta?
A agorafobia pode limitar severamente a capacidade de uma pessoa em
socializar, trabalhar, participar de eventos importantes e até mesmo gerenciar
os detalhes da vida diária, como deixar um recado.
O importante é não deixar que a agorafobia limite seu mundo. A melhor forma
de melhorar a qualidade de vida e livrar-se dos sintomas é com o auxílio
de um psicólogo ou um psiquiatra. A tecnologia, por exemplo, pode ajudar
uma pessoa com agorafobia a enfrentar seus medos utilizando equipamentos
de realidade virtual. Com a ajuda dos avanços tecnológicos, cenários ou
ambientes virtuais para a exposição na psicoterapia podem ser construídos de
maneira a promover senso de presença, a sensação de estar em um
determinado ambiente, quando se está em outro. Ao contrário de submeter o
paciente a uma multidão, ocorre uma “simulação” no contexto clínico, dentro
do setting terapêutico, de forma gradual e segura, permitindo medir a
ansiedade por meio de indicadores fisiológicos como sudorese e frequência
cardíaca, bem como dos próprios relatos de ansiedade e medo do próprio
paciente.
A psicoterapia utilizando
recursos de realidade virtual é uma alternativa muito eficaz no tratamento da
agorafobia
O processo de psicoterapia atua no controle de variáveis, levando o indivíduo
para uma atuação adequada ao seu ambiente e extinção
de comportamentos que o impedem de fazer suas tarefas cotidianas de
maneira apropriada.

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Causas da Agorafobia
Uma das principais causas da agorafobia é biológica – incluindo condições de
saúde e genética – temperamento, estresse ambiental e experiências de
aprendizagem podem desempenhar todos um papel no desenvolvimento da
agorafobia.
A agorafobia aparece quando a pessoa que sofreu repetidamente crises de
ansiedade adquire um medohorrível de que elas se manifestem em situações
concretas. Este medo é motivado pela ideia de que esse ataque pode se repetir
e de que será muito difícil conseguir ajuda.
Fatores de risco
A agorafobia pode começar na infância, mas geralmente começa no final
da adolescência ou nos primeiros anos de idade adulta – geralmente antes dos
35 anos -, mas os adultos mais velhos também podem desenvolver. As
mulheres são diagnosticadas com agorafobia mais frequentemente do que os
homens.
Os fatores de risco para a agorafobia incluem:

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 Diagnóstico de transtorno de pânico prévio ou outras fobias;


 Responder a ataques de pânico com medo excessivo e evitamento;
 Experimentar eventos de vida estressantes, como abuso, acidentes
graves, morte de um dos pais ou um assalto;
 Possui comportamento ansioso ou nervoso;
 Possuir histórico na família (genética).
Complicações
A agorafobia pode limitar grandemente as atividades cotidianas. Se o quadro
de agorafobia for grave, é possível que a pessoa não consiga, sequer sair de
sua casa. Sem tratamento, algumas pessoas ficam internadas ou isoladaspor
anos. Elas podem não ser capazes de visitar familiares, amigos, ir à escola ou
trabalhar, ir a um cinema ou participar de outras atividades diárias normais.
Em muitos casos o indivíduo se torna dependente de outros para obter ajuda.
A agorafobia também pode levar ou estar associada
a:
 Depressão;
 Abuso de álcool ou drogas;
 Outros transtornos de saúde mental, incluindo outros transtornos de
ansiedade ou transtornos de personalidade.
Prevenção
Não há nenhuma maneira segura de prevenir a agorafobia. No entanto, a
ansiedade tende a aumentar quanto mais evitar situações que você tem medo.
Se você começar a ter medos leves sobre a localização de lugares seguros,
tente praticar esses lugares uma e outra vez antes que seu medo se torne
esmagador. Se isso é muito difícil de fazer por conta própria, peça a um
membro da família ou amigo para ir com você, ou procure ajuda profissional.
Se você sentir ansiedade em lugares ou ataques de pânico, receba o tratamento
o mais rápido possível. Obtenha ajuda antecipada para evitar que os sintomas
piorem. A ansiedade, como muitas outras condições de saúde mental, pode ser
mais difícil de tratar se você esperar.
Diagnóstico
A agorafobia é diagnosticada com base em nos fatores abaixo:
 Sinais e sintomas;
 Entrevista aprofundada com um psicólogo clínico ou psiquiatra;
 Exame físico para descartar outras condições que possam causar
sintomas semelhantes;
 Critérios para agorafobia listados no Manual de Diagnóstico e
Estatística de Transtornos Mentais (DSM-5), publicado pela
Associação Americana de Psiquiatria.
Tratamento
O tratamento efetivo para a agorafobia geralmente inclui psicoterapia e
medicação. A Terapia Cognitivo Comportamental, a Terapia de Exposição,
Psicoterapia com auxílio de realidade virtual estão entre os tratamentos mais
eficazes para a agorafobia.
A medicação é uma importante ferramenta para tratamento das doenças
psicológicas e psiquiátricas. Em geral trazem o equilíbrio químico nas
conexões que promovem a ligação das células do cérebro, que chamamos de
neurônios e promovem saúde psíquica com eliminação ou redução de
processos patológicos que se instalaram a partir de uma vulnerabilidade
genética. Entre os medicamentes mais frequentemente utilizados no
tratamento da agorafobia estão:
 Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina (ISRS);
 Ansiolíticos;
 Sedativos.
É importante destacar que qualquer medicação deve ser prescrita e ter o
acompanhamento de um médico psiquiatra. As medicações são parte
importante do tratamento e somente o psiquiatra pode decidir quais
medicamentos o paciente deve tomar, quantos comprimidos e quando parar de
tomá-los. Qualquer alteração da medicação por parte do paciente pode
prejudicar o tratamento todo, algumas vezes obrigando o psiquiatra a começar
do zero. Assim, um paciente que para de tomar a medicação porque “está
melhor” pode apresentar recaída com muito mais facilidade. A recaída pode
obrigar o médico a recomeçar o tratamento e, na maioria das vezes, por um
período mais prolongado.
Psicoterapia
A psicoterapia envolve trabalhar com um psicólogo para estabelecer metas e
aprender habilidades práticas para reduzir seus sintomas de ansiedade. A
Terapia Cognitiva Comportamental é uma das abordagens mais eficazes de
psicoterapia para transtornos de ansiedade, incluindo a agorafobia.
Geralmente, a terapia cognitivo-comportamental concentra-se em
ensinar habilidades específicas para melhor tolerar a ansiedade, desafiar
diretamente suas preocupações e retornar gradualmente às atividades que você
evitou por causa da ansiedade. Através deste processo, seus sintomas
melhoram conforme você constrói seu sucesso inicial.
Você pode aprender:
 Quais fatores podem desencadear um ataque de pânico ou sintomas de
pânico e o que os piora;
 Como lidar e tolerar sintomas de ansiedade;
 Formas de desafiar diretamente suas preocupações, como a
probabilidade de coisas ruins acontecerem em situações sociais;
 Que sua ansiedade vai diminuir gradualmente se você permanecer em
situações e que você é capaz de gerenciar esses sintomas;
 Como mudar os comportamentos indesejáveis ou não saudáveis através
da dessensibilização, também chamada de terapia de exposição, para
enfrentar com segurança os locais e situações que causam medo e
ansiedade;
 Se você tiver problemas para sair de casa, você pode se perguntar como
poderia ir ao consultório de um psicólogo. Os psicoterapeutas que
tratam a agorafobia estão bem conscientes desse problema.
Se você não sai de casa devido à agorafobia, procure um psicólogo
especializado em transtornos de ansiedade e fobias. Um bom psicólogo
ajudará a encontrar alternativas para compromissos no escritório, por
exemplo. Ele ou ela pode oferecer para vê-lo primeiro em sua casa, vocês
podem se falar primeiramente através de uma terapia online, onde é possível
conversar com um psicólogo experiente, através de vídeo consultas, sem sair
da sua área de segurança. Encontrar um psicólogo online pode ser um
primeiro passo para iniciar um tratamento.
Se a agorafobia é tão grave que você não consegue acessar nenhuma das
opções acima, você pode se beneficiar de um programa hospitalar mais
intensivo que se especialize no tratamento da ansiedade.
Você pode querer levar um parente ou amigo confiável para a sua consulta,
que pode oferecer conforto, ajuda e treinamento, se necessário.
Fonte: Mayo Clinic
* Artigo atualizado em 19/04/2019
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Tatiana Pimenta

CEO e Fundadora da Vittude. É apaixonada por psicologia e comportamento humano, sendo grande
estudiosa de temas como Psicologia Positiva e os impactos da felicidade na saúde física e mental. Cursou
The Science of Happiness pela University of California, Berkeley. É maratonista e praticante de
Mindfulness. Encontrou na corrida de rua e na meditação fontes de disciplina, foco, felicidade e
produtividade. Você também pode me seguir no Instagram @tatianaacpimenta
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VIEW COMMENTS

Guilherme de Pinho Montemovo


25 de junho de 2021 at 10:15

Parabéns!! Vc chegou no final do Game, mas peeera pera, não fala para ngm ainda. Temos
mais um desafio para vc. Abra seu microfone e cante a musica Evidencias para a turma. Só
assim saberemos que vc ganhou.
Deixe seu comentário !
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Tatiana Pimenta
TAGS:agorafobia significadoagorafobia tem curaagorafobia testeagorafobia
tratamentoagorafobia tratamento naturalsintomas de agorafobiatratamentos para agorafobia
4 ANOS AGO

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PARA VOCÊ

Agorafobia: o que é e como os seus sintomas se manifestam?


ABRIL 12, 2020
Você sabia que existe um tipo de fobia chamado de agorafobia, que está ligada
a transtornos de ansiedade e síndrome do pânico?

As pessoas desenvolvem medos e fobias de muitas formas e por vários motivos.


Além disso, entre as mais conhecidas está o medo de aranhas, baratas, altura, fobia
social, claustrofobia e até mesmo medo de buracos, também conhecida
por tripofobia.

Em geral, pessoas com agorafobia sentem um medo incontrolável de viver situações


que podem ser gatilhos para crises de pânico, falta de controle e vergonha.

Segundo dados do Hospital Israelita Albert Einstein, 150 mil brasileiros sofrem desse
distúrbio mental e buscam tratamento psicológico para controlar.

Por isso, entenda melhor o que significa agorafobia, quais os sintomas, causas e
como encontrar tratamento certo para você, um amigo ou família.

Mas, afinal, o que é agorafobia?

Agorafobia é um tipo de transtorno de ansiedade. Nesse caso, acontece quando a


pessoa fica ansiosa em lugares desconhecidos ou sente que não tem muito controle
sobre a situação.

Além disso, é comum que isso aconteça junto com crises de pânico. Isso porque,
segundo estudos, 30 a 50% das pessoas com agorafobia também sofrem com
síndrome de pânico.

Diferente de outras fobias, esse medo pode acontecer tanto em espaços abertos
quanto em lugares pequenos. Além disso, a pessoa já começa a sofrer antes mesmo
de qualquer evento acontecer, como medo de passar vergonha ou não saber agir na
frente de outras pessoas. .

Quando as crises de agorafobia acontecem?

Isso pode variar de pessoa para pessoa, mas há algumas situações e lugares que
pessoas que sofrem de agorafobia procuram evitar, já que podem ser gatilhos para
suas crises:

 Ficar sozinho dentro ou fora de casa;


 Viajar de ônibus ou de avião;
 Espaços com multidões;
 Filas de espera;
 Espaços fechados como cinemas e lojas;
 Espaços abertos como parques, feiras e estacionamentos;
 Sentar no meio de uma sala de aula, teatro ou cinema;
 Transporte público;
 Locais onde a possibilidade de saída ou fuga não seja fácil.
O que pode causar agorafobia?

Não se sabe quais são as causas exatas, mas alguns médicos dizem que pode estar
ligado também a aspectos biológicos. Além disso, esse transtorno é mais comum em
mulheres e se manifesta, na maioria dos casos, entre o final da adolescência e o
começo da idade adulta.

Fatores de risco da agorafobia:


 Outros transtornos de ansiedade, fobias ou pânico;
 Ambiente de estresse;
 Reações com crise de pânico e medo irracional excessivo;
 Abuso de substâncias – o uso crônico de tranquilizantes e pílulas para dormir, como
os benzodiazepínicos;
 Comportamento ansioso, inquieto e nervoso;
 Memória de eventos traumáticos;
 Infância violenta;
 Histórico da doença na família.
Quais os sintomas da agorafobia?

Fique atento a alguns sinais e sintomas físicos e psicológicos da agorafobia:

Sintomas físicos:
 Aumento da frequência cardíaca;
 Hiperventilação ou falta de ar;
 Dor ou pressão no peito;
 Tonturas;
 Formigamento no corpo;
 Suor excessivo;
 Calafrios;
 Náuseas;
 Diarreia;
 Desmaios.
Sintomas psicológicos:
 Medo de morrer; lugares cheios; de ficar ou sair sozinho;
 Ansiedade;
 Baixa autoestima;
 Insegurança.
Como diagnosticar a agorafobia?

Essa fobia é resultado de outras doenças, como por exemplo ataques de pânico
e sintomas de ansiedade.

Ou seja, para realizar o diagnóstico o especialista têm que analisar alguns fatores
importantes, como por exemplo:

 Histórico médico psicológico;


 Descrição dos sinais e sintomas;
 Exames físicos para descartar outras doenças com sintomas semelhantes;
 Consulta ao Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais (DSM-5),
publicado pela Associação Americana de Psiquiatria.
Como é o tratamento da agorafobia?

Você pode prevenir a agorafobia tratando mais rápido os sintomas do transtorno de


pânico e de ansiedade generalizada. Mas caso você não trate a tempo, há
tratamentos para esse tipo de fobia.

O caminho mais comum é a psicoterapia. Além disso, se for preciso, o uso de


remédios pode ajudar.

O primeiro é entender o que está acontecendo com você. Por isso, é preciso que a
pessoa entenda o que é essa fobia, suas causa e sintomas.

Além disso, é bom praticar o autoconhecimento, para que cada um entenda seus
gatilhos e o que pode causar as crises. Por isso, o tratamento é diferente e seu tempo
pode variar de pessoa para pessoa.

Ou seja, a terapia ajuda de forma duradoura para a maioria das pessoas com
transtorno do pânico e agorafobia e é o melhor tratamento para que esse problemas
não afetem mais seu dia a dia.

Remédios para agorafobia

O tratamento pode sim ser feito com a combinação de remédios e terapia, mas isso
deve ser indicado por um médico. Ou seja, não se automedique.

As substâncias mais comuns a serem utilizadas são os inibidores seletivos de


recaptação de serotonina (ISRS), ansiolíticos e sedativos.

Agorafobia e a inteligência emocional

A inteligência emocional pode ser um ótimo caminho na busca de respostas para


lidar com o medo, tensões e ansiedade.
Ou seja, conhecendo a sua própria inteligência emocional, você vai perceber que fica
muito mais fácil entender quais são seus gatilhos emocionais. Além disso, você pode
aprender a desconstruir esses sintomas.

Prevenção e ajuda da família

Sem dúvidas a melhor prevenção é o autoconhecimento sobre si e sobre situações


que podem estar afetando a sua rotina.

Mas se você percebe que não se sente mais tão confortável em ambientes que antes
eram comuns, pode ser um sinal. Além disso, se você tem se deparado com muitos
eventos onde a ansiedade é incontrolável, também.

Toda mínima percepção de qualquer sintoma ou fator de risco que possa antecipar o
tratamento, antes que se transforme em um distúrbio de ansiedade, de pânico e,
consequentemente, de agorafobia, é considerado uma forma de prevenção.

Nisso, as fobias podem ser comuns e outras pessoas ao seu redor também possuem,
mas isso não quer dizer que você não precise de ajuda de amigos e familiares, e de
um especialista.

Mas se você tem algum parente nessa situação e não sabe como ajudar, o certo é
que você também procure a ajuda de um especialista que te indique a melhor forma
de lidar.

Teste de ansiedade

O diagnóstico nem sempre é simples, mas podemos ajudar. Por isso, faça nosso teste
de ansiedade e descubra seu nível de ansiedade. O questionário leva menos de 3
minutos para fazer e é uma adaptação do teste científico GAD – Generalized Anxiety
Disorder 7.

O Zenklub é a maior rede vídeo-consultas com especialistas em bem-estar


emocional, onde você tem acesso a mais de 100 especialistas a qualquer hora, de
qualquer lugar.

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AGORAFOBIA ANSIEDADE SAÚDE EMOCIONAL

RUI BRANDAO

Rui Brandão é médico, com experiência em Portugal, Brasil e Estados Unidos da América, e
mestre em Administração pela FGV em São Paulo. Hoje é CEO & Co-fundador do Zenklub,
plataforma de saúde emocional e desenvolvimento pessoal que oferece conteúdos, profissionais
e ferramentas especializadas para mais de 1.5 milhões de pessoas no Brasil.
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Como lidar com a agorafobia


Colaboração

Dra. Ana Peixinho


Os ataques de pânico podem estar na origem desta doença, que chega a
impedir as pessoas de saírem de casa. A terapia cognitivo-comportamental, a
medicação e a meditação são respostas para minorar os sintomas.

A ideia vulgarizada de que quem tem agorafobia tem medo de espaços


abertos está incorreta. Apesar de este ser um dos medos que pode
caracterizar a agorafobia, este transtorno de ansiedade é mais complexo do
que essa definição simples parece sugerir.

Quem tem agorafobia pode também ter medo de usar transportes


públicos, de estar em lugares fechados, como um centro comercial, ou de
estar à espera, na fila, no meio de uma multidão. A fobia não está
restringida aos espaços abertos, mas está sem dúvida ligada aos espaços
públicos.

O prefixo que compõe a palavra é o termo grego “agora”, que designava o


espaço público central das cidades da Grécia Antiga, nobre por excelência,
onde os cidadãos se encontravam. E é o espaço público que estas pessoas
tentam evitar. “Nos casos graves, os doentes podem não conseguir sair de
casa”, explica Ana Peixinho, médica psiquiatra e coordenadora da Unidade
de Psiquiatria e Psicologia do Hospital Lusíadas Lisboa.

Crises de pânico ou medo?

Há dois tipos de agorafobia. A primeira não está diretamente ligada ao


ataque de pânico, é “apenas” o medo que uma pessoa tem de se encontrar
numa situação exterior onde pode ser difícil ou embaraçoso fugir, se
houver necessidade.

Esse medo, de que aconteça alguma coisa terrível que coloque a pessoa
numa situação de perigo, é desproporcional em relação à situação real.
Nestas ocasiões, as pessoas com agorafobia podem sentir falta de ar,
tremores, tonturas, um aumento do batimento cardíaco, náusea, medo de
morrer, etc.
E o fenómeno pode ser desencadeado em lugares tão diversos como um
centro comercial, uma estação de metro ou uma praça cheia. Há também
pessoas para quem a agorafobia surge como um desenvolvimento
secundário da perturbação de pânico. “Os ataques de pânico tomam a
forma de períodos súbitos de ansiedade intensa”, explica Ana Peixinho.

Os sintomas passam por desconforto ou dor no peito, palpitações, suores,


dificuldade em respirar, sensação de tontura ou vertigem e formigueiros no
corpo. “A maior parte ocorre espontaneamente, mas os ataques podem
também ser provocados por emoções fortes, excitação ou exercício físico.

A ansiedade é acompanhada por uma sensação de catástrofe iminente ou


por um pressentimento de que um acontecimento terrível está prestes a
acontecer. O doente teme perder o controlo, ter um problema grave de
saúde ou enlouquecer.” Uma das consequências destes ataques de pânico
pode ser a tentativa de evitar situações em que eles ocorram.

Este comportamento pode levar à agorafobia. “A maior parte dos doentes


desenvolve agorafobia, que resulta num desejo obrigatório em evitar o
estímulo [que pode provocar o ataque de pânico]”, refere Ana Peixinho.

“Estes ataques normalmente ocorrem inesperadamente, ao contrário do


que acontece nas fobias que são provocadas pela exposição a estímulos
específicos.” Por isso, qualquer saída de casa pode “ser perigosa” para a
pessoa.

Causas e tratamentos da agorafobia

O número de pessoas com agorafobia não associada à perturbação de


pânico é cerca de 1% na população adulta, em geral. Tal como as outras
perturbações de ansiedade, as causas da agorafobia são desconhecidas.

Os especialistas sugerem que é provável que envolvam uma combinação de


fatores incluindo a genética, o ambiente, a situação psicológica e o
desenvolvimento de cada pessoa. As perturbações de ansiedade podem
surgir em vários elementos de uma família, o que pode indicar a existência
de uma conjugação da genética e do stresse ambiental.

Para se ter o diagnóstico de agorafobia é necessário que o medo seja de


duas ou mais das seguintes situações:

 Usar os transportes públicos;

 Estar em lugares abertos;

 Estar em lugares públicos fechados;

 Estar numa fila no meio de uma multidão;

 Estar fora de casa, sozinho.

Além disso, o doente tem de viver com esta situação há pelo menos seis
meses e ter dificuldade em gerir o seu dia a dia, dependendo muitas vezes
de alguém próximo (um familiar ou amigo) para conseguir sair de casa.
Para tratar a agorafobia, a primeira coisa a fazer é consultar o médico de
família para verificar se não há nenhum problema físico que esteja a
originar os sintomas.

Se houver um diagnóstico de agorafobia, o passo seguinte é, muitas vezes,


uma combinação de psicoterapia e medicação. A terapia cognitivo-
comportamental passa por sessões de conversa que podem ajudar os
pacientes a pensar, reagir e a comportar-se de outra forma em relação às
situações que originam o medo. Isto permite que se sintam menos ansiosos
quando têm que sair de casa.

Em termos de medicação, são usados antidepressivos e ansiolíticos que


ajudam a minorar os sintomas. Além disso, métodos como a meditação e
os grupos de apoio podem permitir enfrentar melhor esta fobia.

https://www.tuasaude.com/agorafobia/
American Psychistric Association. Manual Diagnóstico e Estatístico de
transtornos mentais - DSM-5. 5 ed. Porto Alegre: Artmed, 2014. 217- 221.

Agorafobia: o que é, sintomas, tipos e


tratamento

Revisão médica: Dr. Gonzalo Ramirez

Psicólogo e Clínico Geral

novembro 2021

A agorafobia corresponde ao medo ou ansiedade excessiva


frente a algumas situações, como estar em lugares abertos, em
uma multidão ou ao frequentar um transporte público, por
exemplo, devido ao receio de não conseguir escapar ou receber
ajuda, levando ao aparecimento de sintomas como crise de
pânico, diarreia ou desmaio, por exemplo.

Esse transtorno psicológico pode ser bastante limitante e ter


impacto negativo na qualidade de vida da pessoa, pois como
não consegue frequentar outros lugares ou relaxar quando se
está em ambientes cheios, por exemplo, a interação com outras
pessoas pode ser prejudicada, o que pode levar ao isolamento
da pessoa.

O tratamento da agorafobia é feito por meio de sessões de


terapia com um psicólogo ou psiquiatra e tem como objetivo
ajudar a pessoa a enfrentar o medo e a ansiedade.

Principais sintomas
Os principais sintomas da agorafobia são:

 Medo ou ansiedade de estar em lugar público (transporte, ficar

em uma fila, espaços abertos);


 Medo de ter uma crise de ansiedade em locais públicos e não

poder pedir ou receber ajuda;

 Falta de ar;

 Aumento dos batimentos cardíacos;

 Tontura;

 Suor excessivo;

 Desmaio;

 Náuseas.

A agorafobia pode estar associada a outros transtornos


psicológicos, como depressão maior ou transtorno do estresse
pós-traumático, podendo também haver o consumo de
substâncias e álcool como consequência da agorafobia.

Como é feito o diagnóstico


O diagnóstico é feito pelo psicólogo ou psiquiatra com base na
realização de uma entrevista clínica, em que a pessoa indica a
frequência, as situações em que os sintomas surgem e o
impacto na qualidade de vida.

Diante da suspeita de outra doença que possa estar causando


os sintomas, pode ser indicada a realização de avaliação clínica
por outro médico, como o neurologista, por exemplo.

Como é feito o tratamento


s. Confira algumas opções de remédios caseiros para
ansiedade.

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