Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
Artigo apresentado ao Curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Federal do Piauí (UFPI) –
Campus Ministro Petrônio Portela (CMPP) na Cidade de Teresina, como requisito parcial para a
aprovação da disciplina Trabalho de Conclusão de Curso (TCC II)
2
Graduanda do 8º bloco no Curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Federal do Piauí
(UFPI) Campus Ministro Petrônio Portela (CMPP) na Cidade de Teresina. E-mail:
jordanstar.2015.jn@gmail.com
3
Professora Adjunta do Departamento de Métodos e Técnicas de Ensino (DMTE), da Universidade
Federal do Piauí (UFPI) – Campus Ministro Petrônio Portela (CMPP), na Cidade de Teresina. E-mail:
lidianysantos1@ufpi.edu.br
1 INTRODUÇÃO
2
literatura. Repensar algumas práticas de leituras vigentes e criar até mesmo novas
intervenções se tornam relevantes na atual realidade, apresentar o velho e o novo unidos
em uma só linha de formação. As práticas de leituras devem se desenvolver juntamente
com o futuro leitor e se adequar com a realidade de cada indivíduo.
3
diferente, passa a ter uma nova visão do mundo, um novo entendimento da sociedade,
apesar de acharmos que as crianças não percebem tal mudança, mas elas conseguem sim
ter uma nova visão.
Não é novidade que o tema já vem sendo trabalhado ao longo dos anos e
muitos podem pensar sobre o motivo de se continuar trabalhando, mas se pararmos para
analisar melhor a forma como estamos lidando com a formação de leitores, podemos
encontrar barreiras nesse ensino que venham desmotivar os nossos futuros leitores.
Mas que barreiras são essas? Se olharmos ao longo dos anos temos um hábito
de leitura em caráter obrigatório e muito pedagógico e que não trabalha os sentimentos
do aluno, ou seja, não visa saber o que a leitura está despertando no aluno, como ele se
sente ao ler um livro e como aquilo vem agregando em seu conhecimento e na formação
como um indivíduo social. Por meio da literatura encontramos essa resposta, segundo
Gregorin Filho (2012):
4
que possui sentimentos e acabamos restringindo a literatura infantil como um
passatempo que venha distrair sem ter resultados no que está sendo posto para ler. Ao
contar uma história para que a criança venha dormir ou um ato de contação de história
como apenas uma forma de entreter os alunos. Ao longo dos anos muitas coisas foram
mudadas, desde o período em que as crianças eram vistas como uma miniatura de
adultos e passavam a serem moldados dessa maneira, até esse processo de infantilização
que visa não ter nenhum retorno da parte da criança.
5
Vivemos em um mundo moderno e que facilita a dinamicidade na formação de
leitores que para muitos pode ser um desafio encarar as novas tecnologias e se estagnar
nos antigos processos de leituras, mas isso não deve ser feito, pois
É uma realidade atual que estamos vivendo, a literatura agora faz parte de um
mundo virtual e isso facilita o acesso das crianças, pois os livros tornam-se mais
dinâmicos e instigantes para as crianças, que já dominam o meio tecnológico com mais
facilidade. E-books e livros interativos ajudam na dinamicidade da leitura enriquecendo
mais ainda a experiência de leitor. Mas não se restringir somente aos recursos
tecnológicos é algo essencial, pois não se pode substituir as experiências humanas de
compartilhamento de emoções e ideias.
Devemos nos lembrar que os livros destinados ao público infantil são feitos por
adultos e muitas vezes, ou melhor dizendo, na maioria das vezes, as ideias de adultos, as
quais refletem nessas obras temas como: sexualidade, diferenças de classes, de raças,
etc., e isso contribui para que as crianças devam pensar em ser na idade adulta. Com
muita frequência vamos nos deparar com essas ideias em livros de crianças, por um lado
refletindo nossos sonhos de criança, e por outro lado, um intuito de formação, ganhando
a forma de uma concepção racional e ideológica que o adulto pesa, do que deve fazer
parte dos conceitos a serem adquiridos na infância.
Uma das melhores coisas que acontecem conosco é quando lemos algo e aquilo
que está escrito faz total sentido para nós, seja um texto acadêmico ou um livro de
ficção, quando isso faz sentido para nós, a leitura se torna mais prazerosa, ou seja, um
deleite. Da mesma forma que devem ser as obras infantis, elas devem fazer sentido para
7
o leitor e é isso que vai fazer com que ele venha se interessar ainda mais por esse
mundo. Como afirma Cadermatori (2017):
As obras infantis que respeitam seu público são aquelas cujos textos
têm potencial para permitir ao leitor infantil possibilidade ampla de
atribuição de sentidos aquilo que lê. A literatura infantil digna do seu
nome estimula a criança a viver uma aventura com a linguagem e seus
efeitos, em lugar de deixá-lo cerceada pelas intenções do autor, em
livros usados como transporte de intenções diversas, entre elas o que
se passou a chamar de “politicamente correto”, a nova face do
interesse pedagógico, que quer se sobrepor ao literário.
(CADEMARTORI, 2017. p. 11)
A criança precisa de uma leitura que a posicione no mundo de uma forma mais
ampla, faça com que ela se conheça como uma criança que faz parte do mundo, e isso
será trabalhado como um processo ao longo de cada faixa etária que vai pertencer ao
seu entendimento aproximadamente adequado. O que acontece, atualmente, é termos
livros infantis com mensagens disfarçadas a respeito do que a criança deve ser e pensar,
parece que se esquecem que estão vivendo uma fase de descoberta, uma fase de
crescimento literário e a criança deve se deleitar com a aventura que as leituras estão
para lhe propiciar. Uma coisa é a criança ler um livro e descobrir objetos que tem em
sua casa, sua interação com o mundo, outra coisa é a criança ler algo que venha ditar
convenções baseadas em opiniões e vontades dos autores.
É uma tarefa muito árdua a formação de leitores, pois o professor deve buscar
as maneiras mais adequadas para que ocorra esse processo, mas isso não deve acontecer
de maneira obrigatória. Temos uma cultura de trabalhar a leitura como algo obrigatório,
obedecendo etapas que geram desinteresse por parte dos alunos, por exemplo, a leitura
de um paradidático na escola para que se faça um resumo ou responda a questionários e
até mesmo, a realização de uma prova com base nesse paradidático. Essa metodologia
acaba deixando de lado a ideia de que o aluno teria que ler algo que seja prazeroso e que
venha despertar nele um interesse por aquilo que ele está lendo.
8
Se pensarmos sobre a leitura e a forma como adquirimos ela, vamos ter uma
visão mais ampla de como ocorre a leitura dentro da sala de aula. Desde pequenos
começamos a ler o mundo, ler as coisas que compõem ele, até ouvindo histórias
conseguimos ler. Mas como seria possível isso? Quando estamos na leitura de um livro
adquirimos todos os aspectos que fazem parte da história e vamos imergindo no mundo
ao qual estamos lendo, através de nossa imaginação, “mergulhamos de modo profundo”
em muitos mundos, sejam eles fictícios ou acadêmicos, o imaginário toma conta. Da
mesma forma é o ato de ouvir uma história, pois ao ouvirmos, a nossa mente passa a
fazer uma leitura daquela fala e nos leva para aquela situação que aguça o nosso
imaginário e começa a entrar em ação as nossas lembranças e sensações. De acordo com
Cavalcanti (2017):
Mas para que o processo de leitura venha fluir resultando no interesse do aluno
no ambiente escolar é necessário que o professor venha criar métodos que sejam
eficazes para o andamento de seu processo, para isso é necessário rever como vem
sendo desenvolvida a leitura dentro da sala de aula. Mencionado anteriormente, o ato de
ler não deve ser colocado em caráter obrigatório, isso vai fazer com que o aluno se sinta
desconfortável para ler e não vai ter o interesse e muito menos ver o sentido naquilo que
ele está fazendo, ou seja, vai se tornar algo metódico e sem sentido para ele.
9
Impor uma mesma leitura a diferentes leitores, estabelecer prazos de
leitura, transformando a leitura em obrigação para ser testada em
provas, sem levar em conta o gosto, o fôlego e o ritmo de leitura de
cada leitor é como semear diferentes sementes em um mesmo solo.
(CAVALCANTI, 2017, p.24.)
Acontece que muitos professores oferecem leituras aos seus alunos, as quais
não condizem com a realidade deles, tanto no que diz respeito ao aspecto social e à
faixa etária. Temos que lembrar que uma sala de aula é composta por alunos com
personalidades diferentes e gostos diferentes, e por mais que faça parte do currículo
trabalhar determinadas obras na sala de aula, como os clássicos da literatura, o professor
necessita levar em conta que muitos alunos não vão se sentir atraídos por elas de cara e
causando esse estranhamento pode se tornar difícil o processo de leitura, aqui falando
em uma realidade que não tem o hábito desde os primeiros anos de ler. Então, é
necessário que o professor venha criar formas de se trabalhar isso, mostrando para os
alunos uma maneira de ler aquelas obras de uma forma mais prazerosa. Oficinas de
leituras são essenciais nesse momento, pois podem ocorrer uma troca de experiências
através dos gostos e peculiaridades de cada aluno, isso pode ser feito até mesmo com as
crianças mais novas, como diz Macedo: “não basta formular e implementar políticas
que incidam sobre a disponibilidade de livros; é preciso criar processos de formação e
de mediação que possibilitem o acesso e a apropriação das obras pelos leitores.”
(MACEDO 2021, p. 48)
10
proveitosa deve obedecer ao tempo de cada um. Existem alguns alunos que gostam de
ler mais lentamente e outros que gostam de um ritmo mais acelerado da leitura, têm
aqueles que passam horas lendo e outros que passam dias e até mesmo meses para
concluírem uma leitura. Tudo isso podemos levar em consideração o dia a dia de cada
aluno. Quando um trabalho de leitura feito desde o início mais proveito vai se tornando
aos longos dos anos, mas quando se coloca a leitura como um ato obrigatório e sem
despertar o interesse e os benefícios, além dos acadêmicos, pode se tornar um processo
bem mais difícil de se trabalhar
3 PERCURSO METODOLÓGICO
11
conquistas diante de contextos novos, ou seja, a leitura possibilita abrir a nossa mente
para novos horizontes.
Figura 1 Fonte:
Livro Dom Quixote de La Mancha (2020)
4. SITUANDO A QUESTÃO
O livro possui frases que indicam a cena que é colocada pelas imagens. Essa
frase aqui destacada é acompanhada da imagem de uma chuva e uma casa quase
submersa. Se refletirmos sobre isso, podemos assemelhar muitos problemas com uma
tempestade e que dependendo da firmeza com que enfrentamos esse evento da natureza,
podemos em seu fim ficar de pé ou cair. Aqui, temos uma interpretação minha, mas que
podemos estender para a história como um todo, pois veio a tempestade e levou tudo
embora como nas páginas seguintes vão sendo caracterizadas, como, os cães fugiram, as
flores murcharam e o jardim morreu, peixinhos foram morar nos olhos da mamãe, etc.
Elementos são utilizados para demonstrar que aquela família havia acabado, flores
representam vitalidade e uma vez que murcham chegam ao fim de sua vida, o jardim
representaria um lugar belo, bem cuidado e tranquilo, confortável e agradável, mas
quando não se tem mais o cuidado ele morre.
Nas primeiras páginas somos colocados com temas fortes que são abordados de
maneira lúdica e intimista, que muitas crianças podem interpretar de cara, ou não, o que
está acontecendo nessa história. Temos um livro infantil que nos traz um tema adulto e
ao mesmo tempo infantil, pois tudo que é narrado é na visão de uma criança. Trago esse
livro como exemplo, pois ele diz uma outra lição que a literatura pode trazer para a
formação do leitor, a identificação com a história. Poder se ver em uma história narrada
13
que aquela situação é tão real e faz com que o leitor desperte o seu gosto pela leitura e
pela literatura como algo prazeroso.
Essa história me cativou, pois eu passei pela mesma situação do personagem, e
assim como despertou um sentimento de identidade e saber como aquela situação é. A
literatura cumpriu em mim o seu objetivo e é isso que se deve ser feito com todos que
forem ler, é se identificar com a história, é saber que o leitor já passou por aqui, sentiu
aquilo e que sofre ou sofreu com as consequências, trazendo o exemplo do livro, de uma
separação. Esse livro se torna importante pelo simples fato de trazer a visão de uma
criança para toda essa situação e mesmo assim despertar um sentimento forte nos
adultos.
O livro adaptado Dom Quixote de La Mancha do autor espanhol Miguel
Cervantes, já traz um contexto de literatura clássica, apresentando uma forma mais
dinâmica de se entrar na história. Isso ocorreria através do jogo lúdico que acompanha a
versão do livro que poderá ser usada, que é a versão da Estrela 4, nela contém um
tabuleiro onde será feito um percurso e cada casa representa um desafio ou uma
pergunta relacionada a história. Como fazer isso? Pois bem, vamos lá. Tendo em vista
que o livro é grande e poderá ser pensado para um período de um mês, trabalhando essa
obra, sendo assim teria que escolher um número de páginas para se ler por dia. Digamos
que seriam três páginas por dia, tendo em vista que essa adaptação tem oitenta e nove
páginas e se levarmos em consideração o uso durante cinco dias da semana, então o
professor consegue trabalhar essa obra no período estipulado acima. No caso teria que
ser feito constantemente a revisão da história para que as crianças pudessem fixar em
sua mente. Desse modo, poderia ser feita uma dinâmica de repescagem da história
durante o processo, através de atividades de pergunta e resposta, pequenas gincanas em
um dia da semana na sala de aula ou até mesmo como atividade para casa, as crianças
poderiam criar um diário de aventura, ou seja, nos dias que a leitura fosse aplicada, as
crianças iriam anotar os acontecimentos e os detalhes e quem sabe, até mesmo, fazer um
resumo do que foi lido e no fim teriam uma boa construção do que eles entenderam a
respeito da história.
Dom Quixote de La Mancha traz a história de um homem que por acabar lendo
demais entra em uma série de aventuras que fazem parte de sua imaginação. O próprio
autor Miguel Cervantes usa essa história como uma paródia dos contos de cavalaria. A
ideia da obra é mostrar como a literatura pode amadurecer e florescer ainda mais a
4
Fábrica brasileira de brinquedos infantis
14
imaginação do leitor, fazendo com que o leitor se inspire em suas leituras. A ideia de
apresentar esse conto mais clássico para as crianças é de mostrar como a literatura pode
se comportar de várias maneiras. De um lado, a literatura como algo moderno tratando
de assuntos do cotidiano; de outro, como uma parte mais imaginativa e heroica.
A obra de Dom Quixote de La Mancha nos traz o contexto de que a
imaginação rompe as fronteiras das páginas do livro, mostrando que a leitura nos leva
para lugares que podem não existir no real, mas que seus desafios, perigos e conquistas
podem ser tão reais quanto os do mundo real. O livro já começa, no primeiro capítulo,
com a seguinte frase “Era uma vez... um leitor que leu demais.” Isso já dá a explicação
do que resultou as aventuras do personagem e o que foi comentado anteriormente, mas
essa história vai muito além da ideia de como a leitura pode transcender a imaginação.
Aqui temos uma forma do leitor ver as características do ser humano, tanto o seu lado
negativo como o positivo. Durante a leitura temos as
características humanas negativas, como pessoas
irônicas e gananciosas e temos o lado bom das pessoas,
como a solidariedade e a caridade. A quarta capa do
livro apresenta o seguinte texto: “Imagine um homem
que, de tanto ler, começa a se sentir um personagem
dos livros... ele sai pelo mundo em busca de aventuras,
desejando enfrentar magos, gigantes e dragões! Mas só
encontra aquilo que faz parte de todos os seres
humanos: zombaria, incompreensão, ganância. Apesar
disso, ele também vai encontrar um outro lado da humanidade: o que nos traz amigos,
bondade, generosidade... e histórias, muitas histórias!”
Dom Quixote de La Mancha nos traz uma reflexão profunda dentro do ser
humano, por isso, é uma ótima escolha para se trabalhar com as crianças de maneira
lúdica e, ao mesmo tempo, apresentar um clássico da literatura. Aqui, podemos mostrar
15
como as pessoas se comportam em uma sociedade, como algumas pessoas pensam e o
que isso reflete na vida delas, ensinando que, por mais, que existam pessoas ruins, vão
existir pessoas que carregam a bondade e outras virtudes em seu coração.
4.2.1 Prática leitora com o livro Lá e Aqui de Carolina Moreyra e Odilon Moraes
1ª etapa: Lá e Aqui é uma obra que traz um tema que é muito recorrente nos
dias atuais que é a separação dos pais. O livro demonstra como a família se
desestruturou através dos olhos de uma criança, e de maneira lúdica. Tendo em vista
essas informações, o principal objetivo dessa leitura é falar com as crianças sobre a
separação dos pais, tendo em vista que em uma sala de aula pode ser muito comum
encontrar crianças que vivem essa mesma situação. Mostrar que tal fato está sujeito a
acontecer em um ambiente familiar e que isso pode acabar refletindo no processo de
aprendizagem da criança. Pensados dois dias para a apresentação dessa leitura, no
máximo, tendo em vista que o livro é curto, mas sempre é bom o professor reforçar a
leitura cuidadosamente, buscando explicar o que está ocorrendo em cada situação da
história, ou seja, tornar mais claro para a criança do que cada parte lúdica do livro se
refere, por exemplo, digamos que uma parte do livro esteja mencionando uma briga só
que de maneira lúdica a criança de início pode não interpretar assim, cabe ao professor
através desse processo de leitura a explicação para esse momento. O objetivo é deixar a
leitura clara o máximo possível para os alunos. Fazendo isso, automaticamente estimula
uma leitura calma, atenciosa e prazerosa, dando também a oportunidade para a criança
de expressar o que essa leitura lhe causou.
16
2ª etapa: Definir os recursos e materiais necessários para o desenvolvimento
desta prática. Pensando numa prática para 2 (duas) aulas, propomos os seguintes:
Cartolinas, coleções com lápis de cor, pincéis, cola, desenhos de famílias e
vários tipos de casa (com algumas janelas, com uma ou duas janelas, com jardim, sem
jardim, casas simples da área urbana ou rural, casas sofisticadas, etc.), notebook e
Datashow.
4ª etapa: A Leitura:
Após o professor ter feito a sondagem do conhecimento prévio dos alunos, ele
inicia a leitura do livro e pede para que eles fiquem atentos aos detalhes do livro, pois
ele fará a leitura por meio do Datashow, tendo em vista a realidade da escola pública em
que não há exemplares suficientes para todos os alunos. Durante a leitura ele vai fazer
questionamentos sobre o que significa ou como eles compreendam alguns trechos da
obra como, por exemplo: “As flores murcharam, o jardim morreu”; “Os peixinhos
foram morar nos olhos úmidos de minha mãe”; “Os olhos da mamãe secaram e os
peixinhos foram morar no aquário”.
5ª etapa: O pós-leitura
Após a leitura, o professor vai questionar sobre: O que eles acharam do livro? A
opinião deles continua a mesma ou não quanto à separação dos pais? Se é possível ser
feliz com os pais separados? Depois, o professor vai organizá-los em grupo e vai
entregar uma cartolina, os desenhos de pessoas e/ou animais e plantas, cola, lápis de cor
e pincéis para que eles montem os painéis com as famílias de pais separados, mostrando
a casa do pai e a casa da mãe. Esse momento lúdico serve para saber se de fato eles
compreenderam a mensagem do livro.
17
4.2.2 Prática leitora com o livro Dom Quixote de La Mancha do autor espanhol Miguel
Cervantes
18
3ª etapa: Motivação para a Leitura:
O professor irá explicar um pouco do que se trata a história para os alunos.
Logo, em seguida, ele irá falar a importância da literatura para o desenvolvimento da
imaginação e criatividade. O professor poderá perguntar se as crianças já se sentiram
inspiradas por alguma história e se já se imaginaram em uma aventura depois de ler ou
ouvir alguma história. Obtendo essas informações o professor irá convidar os alunos
para uma experiência de aventura nessa leitura.
4ª etapa: A Leitura:
A leitura deverá ser feita de modo dinâmico e objetivo. O professor deverá
realizar a leitura de uma forma calma e atenciosa para que os alunos possam desfrutar
da história e fixar cada detalhe. As crianças poderiam criar um diário de aventura, ou
seja, nos dias que a leitura fosse aplicada, as crianças iriam anotar os acontecimentos e
os detalhes, e quem sabe, até mesmo, fazer um resumo do que foi lido e no fim teriam
uma boa construção do que eles entenderam a respeito da narrativa.
5ª etapa: O pós-leitura
19
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Adultos tendem a ter uma visão mais objetiva e realista do mundo, entender
como determinada situação acontece, como determinada lição deve ser entendida, mas
tudo se torna mais simples, e até mesmo mais compreensível, quando uma abordagem
lúdica e nova é apresentada. A criança tem uma visão de mundo diferente da que
possuímos. Tomando exemplo do livro desse artigo, Lá e Aqui, é bem mais difícil e
delicado você falar para uma criança, isso em um contexto educacional, sobre separação
dos pais. O processo lúdico ajuda a criança a pensar e a refletir quando esse tipo de
coisa está acontecendo. Dom Quixote de La Mancha, que traz uma proposta de leitura
lúdica, mostrando como a literatura pode dialogar de uma forma mais dinâmica com a
criança, deixando esse momento mais prazeroso e imersivo para a criança leitora.
21
ANEXOS
pag.25 e 26
22
LIVRO “DOM QUIXOTE” pag.12
Verso do livro
pag. 35 pag.89
23