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A maior odisseia do cantador em um mundo encantado 

Muitas histórias que existem


São muito bem contadas 
Por contadores experientes
Elas são desatadas 
E pelos músicos profissionais
São grandemente cantadas 

Vou lhes contar uma história


Sobre o moço Livino 
Era rapaz cantador e tocador 
Fazia dupla com Josevino
Cantavam todos os dias 
No bar de Valdivino

Livino tinha uma voz bonita 


Encantava a multidão
O povo falava bem dele 
Adoravam ouvir sua canção 
Pois todo mundo sentia 
Que vinha do coração

Por muitos e muitos anos 


Essa dupla cantava 
Começaram nas ruas 
Muita gente se incomodava 
Mas depois de um tempo 
O povo só se encantava 

Eles cantavam sobre a vida 


Sobre o amanhecer
Cantavam sobre luta 
Sobre a vontade de viver 
Cantavam sobre o sofrimento
E a hora de morrer 

Livino certa noite 


Voltava pra casa 
A rua estava escura 
Ele só queria ter asa 
Pra voar logo dali 
E não ficar em brasa 

Pois era noite do Fogaréu


Uma lenda local 
Que assustava o povo 
Pois diziam que era real 
E que era uma coisa 
Muito radical 

Fogaréu era um bicho 


Que voava com fogo 
Voava no mesmo lugar 
Lá na rua Botafogo
E quando pegava alguém
Ficava com tremendo afogo

Livino começou a correr 


Só quero ficar em segurança
Apesar de ser entendido 
Não queria lambança
Muito menos pegar fogo 
Apressou logo sua andança 

Mas no final da rua 


Alguma coisa assobiou
Ele se tremeu todo 
Seu cabelo arrepiou
Quando veio mais alto 
Uma voz anunciou

Dizendo que era o vigia 


Que ali estava passando
Livino bem aliviada
Foi logo levantando 
Cumprimentou o vigia 
E logo foi andando 

Soado ele já estava 


Parecia que nunca ia chegar 
Era a caminhada mais longa 
Em casa ele queria estar 
Tirar um bom sono
E com alguma canção do sonhar

Mas algo inesperado


Na mesa hora aconteceu
Foi uma coisa tão rápida 
Que Livino não percebeu 
Nem chegou a reagir 
Logo desapareceu

Ficou a rua vazia 


Apenas o silêncio
De uma noite tranquila
Ouvia apenas o apito 
Do vigia Fulgencio
Que ia sumindo longe 
Lá na rua Dr. Terêncio

Livino abriu os olhos 


E estava tudo escuro 
Parecia que tava preso 
Em um buraco obscuro
Ficou desesperado
Não se sentia seguro 
Livino andou um pouco 
Não conseguia enxergar
Pensou logo que estava cego
Coitado, começou a chorar 
Mas no fundo se alegrou 
Pois ainda podia cantar 

Então ele abriu a boca 


E mandou um som 
Mas não sai nada 
Será que perdeu o dom?
Ele já estava em agonia 
Não sai nem infrassom

De longe ele viu uma luz 


Parecia um lampião
A iluminação era forte 
Iluminava uma imensidão
Quando Livino percebeu 
Estava em um Avião 

Tudo se clareou e ficou molhado 


Livino já estava em um barco 
Não sabia como parou ali 
Ele viu de longe um arco 
E logo pensou com ele 
" Será ali que desembarco?"

Mas era mais uma ilusão


Livino agora estava 
Entre as estrelas 
No espaço andava 
E logo uma canção 
Ele cantava 

Ficou perdido de novo 


Já estava cansado 
De tanto lá e cá 
Já estava era lesado 
Ele pensou logo 
Que estava era brisado

Até que ele parou 


Estava em terra 
Só que agora estava 
No alto de uma Serra 
Presenciando de perto
Uma terrível guerra 

Ele sem entender fugiu 


No mato se escondeu
Ficou esperando 
Até que percebeu 
Que a guerra 
Dali desapareceu

Livino já estava intrigado 


Ficou logo curioso 
Queria saber o que era isso
Já estava era ansioso
Pois sabia que isso 
Era algo grandioso 

Mas nada mais aconteceu


Livino estava perdido 
Em um novo mundo 
Ele não tinha compreendido
Mas pensou logo 
Que estava sendo iludido

Caminhou muito 
Até chegar em uma vila 
Parecia bastante vazia 
Lá tinha muita argila 
Mas logo achou uma moça 
De nome Camila

Livino perguntou onde estava


Camila não respondeu nada
Ele continuou insistindo
Mas a moça permaneceu calada
Ele ficou foi assustado
Pois a moça parecia alma penada

Camila sorriu um pouco


Depois começou a falar
Que ali naquela terra
Era melhor se calar
Pois um mal sombrio
Poderia a todos apunhalar

Ela contou sobre antes


Que ali era lugar de alegria
Por onde quer que passasse
Tinha muita cantoria
Povo todo era contente
Uma constante euforia

Até a chegada de um estranho


Era um homem todo de branco
O povo ficou muito desconfiado
Ele chegou logo sendo franco
Que queria comprar um terreno
O mais próximo de um barranco

Essa conversa ficou estranha


Povo ficou logo assustado
Aquele homem todo estranho
Querendo morar bem afastado
Estava com cheiro de coisa ruim
Dava pra ver que não era um abestado

O homem logo se revelou


Era um espirito do mal
Um ser das profundezas
Que fez algo anormal
Enfeitiçou toda cidade
De maneira paranormal

Mandou embora a felicidade


Deixou a cidade escura
Sem luz e sem vida
Acabou com toda cultura
Povo agora esperava
Alguém com a cura

Esperavam alguém corajoso


Um verdadeiro guerreiro
Que pudesse enfrentar o mal
Vencer esse terrível feiticeiro
E trazer de volta a felicidade
Levada por esse trapaceiro

Livino ficou espantado


Nunca tinha ouvido falar
De algo tão terrível
Não sabia o que pensar
Mas queria fazer algo
Que pudesse ajudar

Camila logo lhe disse


Que tinha um jeito
De acabar com o feitiço
E vencer esse sujeito
Mas era muito difícil
Não podia ser malfeito

A única esperança deles


Era a chegada de um cantador
De um homem com grande voz
Da musica um portador
Que cantasse bem forte
O somo do libertador

Livino ficou maravilhado


Logo disse que cantava
Que sabia bonitos versos
Outros que ele inventava
Camila ficou logo feliz
Pois nele acreditava

Mas ela ficou seria


E disse com atenção
Que era necessário
Uma nova canção
Tinha que ser original
E de coração

Livino pegou logo papel


E começou a escrever
E com belas palavras
Ele pode logo rever
Toda sua trajetória
Que o fez novamente viver

Escreveu sobre sua vida


Sobre sua trajetória
Colocou em cada letra
Suas conquistas e gloria
Fez uma bela canção
Que contava sua história

Com a música já pronta


Para todos ia cantar
Mas foi num piscar de olhos
Que o povo veio a gritar
Pois o home de branco
Começava a açoitar

Ele vinha com seu chicote


Pois já sabia do cantor
Queria ele logo morto
Não queria um opositor
Muito menos um musico
Que fosse interventor

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