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DEDICATÓRIA

Ariano muito fez


Pela sua região
Na cultura do cordel
Teve toda atenção
Nos costumes e linguajar
Pela comunicação
Eternizou suas obras
No Nordeste do sertão
Ofereço esse folheto
A todos com atenção.
Ariano Suassuna
Nasceu em João Pessoa
Palácio da redenção
Seu pai era governo
Em plena revolução
Ficou órfão do seu pai
Mas sua mãe deu criação.

Tomou gosto pelos estudos


Junto com os seus irmãos
A herança do seu pai
Para lhe dá instrução
Foi um acervo de livros
Que abraçou com suas mãos
Tornou-se um bom leitor
Teve determinação.
Nossa Senhora das Neves
Cidade onde nasceu
Hoje João Pessoa
Trauma que nunca esqueceu
Seu pai foi assassinado
Por crime que não cometeu
Prefere não comentar
Dum passado que morreu.

Foi poeta dramaturgo


Ensaísta escritor
Romancista advogado
Palestrante professor
Do movimento armorial
Foi idealizador.
Movimento armorial
Autenticidade da arte
Primando o original
Baseado na raiz
Dum projeto cultural
A barca os segmentos
Da cultura nacional.
Focado na nordestina
É seu plano principal
Na arte popular
No celeiro musical
Na origem do cordel
Cantoria e festival
Folclore boi do rei
Livros e peças teatral.
Ariano é uma botija
Do tesouro nacional
De valor inigualável
Fortuna não tem igual
Nela tem muita cultura
Movimento armorial.

Valoriza a arte
Um linguajar regional
A cultura nordestina
É seu foco principal
Fincado no chão de pedra
Da sua terra natal.
Sua humildade surpreende
Sempre ao se apresentar
Não sou tudo que tu falas
Não venha me aclamar
Sou um simples sertanejo
Que ama o seu lugar.

Nordestino verdadeiro
Deu valor a região
Estudioso convicto
Dos costumes do sertão
Ariano é defensor
Das raízes do seu chão.
O Ariano Suassuna
Foi um grande defensor
Da cultura popular
Costumes do interior
Focado nas raízes
Sou matuto e professor.

Fazia questão de falar


Uma linguagem singular
Sem ninguém se importar
Detestava influência
No Americanizar
Da língua estrangeira
Com português se misturar
Donde prumode oxente
Era seu linguajar.
Se dispôs a escrever
Obras de literatura
Adaptando ao teatro
Peças de sua escritura
Ariano eternizou-se
Nas raízes da cultura
No cenário nordestino
Focando nossa cultura
Auto da compadecida
Com muita desenvoltura
Transformada em cinema
Com humor e aventura.

Se é show não vou gostar


Se quiser me elogiar
Me diga que foi bom
Que foi espetacular
Sendo assim fico feliz
Usando meu linguajar
Não venha com estrangeiro
Me Americanizar
Sou sertanejo não mudo
Amo a terra e meu lugar.
Possui discurso fácil
Com palmas aclamação
Com as aulas de espetáculos
Carisma descontração
Seu linguajar nordestino
Aumenta a interação
Gargalhadas vai sair
É cômico por indução.

Pra mim se chama show


Tanger ou espantar
Não conheço esse fonema
Lá em mim no meu lugar
Falo sem qualquer problema
A linguagem popular.
Se disse show Ariano
Não sou nem uma galinha
Pra está me espantando
Só dou aulas espetáculos
Nos lugares onde ando.

CAUSOS VIVIDOS
Ariano Suassuna
Foi barrado na entrada
Do palácio onde nasceu
Ele imediatamente
Ao porteiro respondeu
Aqui entre duas vezes
A primeira foi nu
Será que me esqueceu
Agora não posso entrar
O que foi que aconteceu
Será que uma gravata
Vale muito mais que eu
Quem aqui mais importante
Meu berço desmereceu.
INSPEÇÃO NO HOSPITAL
PSIQUIÁTRICO JULIANO
MOREIRA

O doido da pá virada
Virou o carro de mão
No hospício Juliano
Um Doutor observando
Chamou sua atenção
O carro está virado
Faça a correção
Essa está correta
Não tem outra posição
Se encher minha caçamba
Não vou ter sossêgo não
Vou trabalhar feito um burro
E isso eu não sou não.
CAUSOS VIVODOS POR
ARIANO.
MÊDO DE VOAR

Perguntas duma visita


Sem muita discreção
É verdade que o senhor
Tem medo de avião
Ser inanimado
Não me faz assombração
Mas pra viajar com ele
Eu, não me arrisco não.

Estatisticamente
Carro dá mais acidente
Do quê um avião
Junte 50 acidente
De carro e avião
E faça a apuração
Veja estatisticamente
Qual dos dois morre mais gente.
Numa estrada muito estranha
O carro cai num buraco
O tempo você não ganha
O avião voa alto
Acima das montanhas
Durante toda a viagem
O buraco lhe acompanha.

SUA ADMIRAÇÃO PELOS


DOIDOS

Ouço causos engraçados


Em certa ocasião
Contados por Ariano
Vindo lá do sertão
Taperuá foi a cidade
Palco da situação.
Um doido chamado Bento
Astucioso e sabido
Colocou o seu ouvido
Num muro a escutar
Nisso foi juntando gente
Nesse muro a escutar
Num sol de meio dia fazendo
calor de rachar
Fazendo um calor de rachar
Um saltou a perguntar
Bento aqui não tem nada
Não ouço nem um sonzim
Bento logo respondeu
Desde de manhã que tá assim.

Pelos doidos inocentes


Tenho admiração
Sendo eu um escritor
Tenho identificar
Que descasca a verdade
Numa original visão
Descreve na inocência
O fato com precisão.
A PEDRA DO REINO

Obra autobiografia
O autor autorizou
Narrada por João Diniz
O romance enfocou
Reino do quinto império
E quinto naipe proclamou
Profeta católico
O sertanejo almejou
O trono do império
Que do brasil não alcançou.

A FARSA DA BOA
PREGUIÇA

Conta história de um poeta


Da cultura popular
Encenado em três atos
Amoroso familiar
O rico Aderaldo
Resolve se apaixonar.
Por Nevinha a esposa
Dum poeta popular
Era Joaquim Simão
Que chifre ia levar
A mulher de Aderaldo
Numa dupla traição.

Resolve se apaixonar
Pelo poeta Simão
Uma aposta é casada
Com Aderaldo o ricão
Já tinha perdido tudo
Para o fedegoso cão
O poeta fica rico
E Aderaldo na mão
Também foi adaptado
Para a televisão.
A PENA E A LEI

Mais uma aventura


Com enrrêdo e encenação
De tragédia e comédia
Com a dramatização
Teatro de bonecos
E uma tradição
Momulengos encenam
Buscando inspiração
Tramando uma conquista
De uma grande paixão.

O AUTO DA COMPADECIDA

João Grilo e Chicó


Amigos inseparáveis
Vive a dramatização
A saga de sobreviver
Num ambiente miserável
De bastante precisão.
Usam sutil esperteza
Driblando a situação
As astúcias de Chicó
Cômico de intenção
Versejando no cordel
O linguajar do sertão
Teatro mais popular
Pela modernização
Estrutura genial
De palco encenação
Adaptado no cinema
Também na televisão.

João Grilo e Chicó


Esperteza e astúcia
Compartilham em ação
Se um pega na rodia
O outro lhe dá a mão
Andam sempre juntos
Numa só conexão
Versejando no cordel
Sua comunicação.
O SANTO E A PORCA

Uma comédia teatral


Tendo dupla relação
Com mundo material
Com avareza de Euricão
O lado espiritual
Com o santo da devoção.

Eram os dois tesouros


Do Árabe Euricão
Santo Antônio Conselheiro
A quem tinha devoção
A porca era seu cofre
De muita estimação
Guardava todo dinheiro
Com grande preocupação
Que alguém ia roubar
A porca de suas mãos.
Ao Santo Conselheiro
Pedia orientação
Nem sempre atendido
Pedidos sem solução
Vindos de sua cabeça
Difícil resolução.

Sem o Santo concordar


Tomava a decisão
O dinheiro perdeu todo
Sua valorização
Acabou ficando pobre
Sem ter mais nenhum tostão.
Muito rico e avarento
Não soube aproveitar
O dinheiro que guardava
Não ia multiplicar
Já não valia mais nada
Sem ter com quê gastar
Acabou ficando pobre
E da vida reclamar.

Na sua apresentação
A cena era vivida
Na casa de Euricão
Percebe-se o ambiente
Pela dramatização
Onde a casa é protegida
Pelo Santo de devoção.
Onde guarde seu tesouro
Pedindo a ele proteção
Da sua filha querida
E a porca de adoração
Santo Antônio me guarde
E nos dê muita proteção.

O Árabe Euricão
Um idoso avarento
Suvino não abre a mão
Guarda toda a economia
Numa porca de artesão
Com grande desconfiança
Que por perto tem ladrão
Anda sempre resmungando
Com muita reclamação.
O SANTO E A PORCA

Tudo pra ele é caro


Vai ter diminuição
A comida vai pra mesa
Hoje não tem refeição
Foi também adaptada
Para a televisão.

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