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RESSIGNIFICANDO A LEITURA: A CONTRIBUIÇÃO DA FÁBULA

COMO INCENTIVO À LEITURA E ESCRITA

Rosimeire Rossato de Oliveira1


Vladimir Moreira2

Resumo: Este artigo apresenta reflexões sobre a implementação do projeto de


intervenção pedagógica desenvolvido durante o Programa de Desenvolvimento
Educacional – PDE realizado na Escola Estadual Professor João Rodrigues da
Silva- Ensino Fundamental e Médio, do município de Londrina. Com intenção de
despertar o interesse dos alunos do 6º ano do Ensino Fundamental para a leitura e a
escrita, este projeto teve o objetivo de utilizar o gênero fábula como estratégia de
leitura a fim de contribuir com o crescimento intelectual, tornando o aluno leitor e
proficiente. Para a realização deste trabalho foram escolhidos os autores fabulistas
Esopo, Jean de La Fontaine e Monteiro Lobato. A metodologia adotada neste estudo
foi por meio de pesquisa e aplicação de conteúdos envolvendo o gênero textual
fábula, onde realizou-se um diagnóstico sobre leitura e o gênero, dinâmicas de
motivação, atividades que oportunizassem a leitura, a compreensão e a
interpretação. Os resultados observados com a implementação do projeto
apresentaram dados significativos e satisfatórios. Este estudo está pautado,
sobretudo, em autores que ressaltam a importância da leitura como processo
fundamental para o ensino aprendizagem.

Palavras–Chave: Fábulas. Gêneros textuais. Leitura.

1 INTRODUÇÃO

O presente artigo é resultado de uma pesquisa desenvolvida durante o


Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE oferecido pela Secretaria de
Estado da Educação do estado do Paraná. Este estudo teve como base a reflexão
dos motivos que levam os alunos do ensino fundamental a perderem o interesse

1
Professora da Rede Estadual de Ensino do Paraná, licenciada em Letras/Português – Inglês pela
universidade FAFIU – Faculdade de Filosofia Ciências e Letras, Especialização em Didática e
Metodologia do Ensino, Especialização em EJA – Educação de Jovens e Adultos pelo Centro
Universitário Barão de Mauá. Contato: rosimeirerossato@hotmail.com
2
Prof. Dr. Vladimir Moreira. Possui graduação em Licenciatura plena em Letras Vernáculas e
Clássicas pela Universidade Estadual de Londrina (1989), Especialização em Língua Portuguesa
pela Universidade Estadual de Londrina (1992), Mestrado em Língua Portuguesa pela PUC-
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1996), Doutorado em Semiótica e Linguística Geral
pela USP - Universidade de São Paulo. Atualmente é professor Associado da Universidade
Estadual de Londrina, no Curso de Letras Vernáculas e Clássicas e Coordenador Geral do PDE na
Universidade Estadual de Londrina.
pela leitura, seja pelo fato de mudar de escola ou adaptar-se à nova fase escolar.
Em outras palavras, pelo fato de estar no ensino fundamental II, quando muitas
vezes a leitura é disponibilizada na forma de longos textos, causando no aluno o
desinteresse pela leitura.
Por meio da leitura, o indivíduo é capaz não só de reter conhecimentos,
como também de adquirir e manter um constante aperfeiçoamento, pois possibilita a
emancipação do ser humano e contribui para que ele compreenda e reflita sobre o
meio em que vive. Quando a leitura é instigada e trabalhada de maneira adequada,
permite que o aluno tenha uma visão ampliada e consiga refletir sobre as situações
que lhes são impostas no dia a dia.
Diante disso, o desenvolvimento do projeto por meio de estratégias de
incentivo à leitura e escrita com resolução de atividades, empregando o gênero
textual Fábulas justifica-se, pois este gênero proporciona ao aluno uma leitura
prazerosa, significativa, que o leva a reflexões e discussões relacionadas ao
cotidiano, que estimula e traz resultados positivos para o seu desenvolvimento.
O objetivo deste estudo foi despertar no aluno o interesse pela leitura e
escrita, utilizando o gênero fábula de forma interessante e prazerosa, que pudesse
auxiliar verdadeiramente o crescimento intelectual, desenvolvendo suas
competências, tornando-o um leitor proficiente, bem como despertar o prazer pela
leitura e estimular o potencial cognitivo e criativo do aluno, por meio de atividades
envolvendo o presente gênero textual. Foram realizadas leituras de algumas fábulas
de Esopo, Jean de La Fontaine e Monteiro Lobato, como por exemplo, “O Leão e o
ratinho”, as versões de “A raposa e as uvas”, e “A cigarra e as formigas”, “O galo que
logrou a raposa”, “A assembleia dos ratos”, entre outras.
A problemática que envolve esta pesquisa é a percepção do desinteresse do
aluno em relação à leitura, o que causa prejuízo para seu desenvolvimento na
aquisição da aprendizagem; resultando em dificuldades na produção oral e escrita;
apresentando baixos índices de desempenho escolar referente à leitura. Sabe-se
também que a falta de leitura prejudica o aluno, e este terá dificuldade em resolver
atividades básicas como identificar a ideia principal do texto, pesquisar, analisar e
perceber qual a intenção que o texto traz nas entrelinhas e sua finalidade.
Como metodologia deste estudo, optou-se inicialmente pela realização de
atividades variadas e criativas envolvendo o gênero textual fábula. Inicialmente, foi
realizada uma conversa com os educandos sobre a importância da leitura e o amplo
conhecimento que podemos adquirir por meio desta. Na sequência, foi apresentado
o tema do projeto, com questionamento para verificação do conhecimento prévio
sobre o gênero fábula. Para ampliar o conhecimento, os educandos pesquisaram
sobre os principais fabulistas e algumas fábulas criadas por eles. Realizaram
leituras, discussões e análises, desenvolveram atividades em grupos, e
apresentaram suas conclusões para os colegas de sala. No seguimento, foi
apresentado o conceito de provérbio, que estão presentes no cotidiano e sua
finalidade. Em outro momento, os alunos formaram grupos, leram, escolheram
fábulas e reescreveram dando uma nova versão a fábula escolhida. Num momento
seguinte, selecionaram algumas fábulas dentre as trabalhadas e confeccionaram um
varal de fábulas, que foi afixado no pátio da escola, para que outros alunos lessem.
Para finalizar, os alunos escolheram a fábula “A cigarra e a formiga”, de Monteiro
Lobato, teatralizaram e apresentaram aos demais alunos da escola, no
encerramento do projeto. A avaliação aconteceu durante o processo da
implementação das atividades, observando o desempenho, interesse, participação,
cooperação e apresentação das atividades propostas.
O trabalho de Intervenção Pedagógica, proposto nesta pesquisa, foi
realizado no Colégio Estadual Professor João Rodrigues da Silva – Ensino
Fundamental e Médio, no primeiro trimestre do ano de 2017 e contemplou alunos do
6º ano do Ensino Fundamental.

2 O GÊNERO FÁBULA COMO ESTRATÉGIA PARA O INCENTIVO A LEITURA

A leitura é uma das melhores opções para se comunicar, proporciona


diversas sensações, desperta inteligências sensoriais e possibilita um mundo além
do que os alunos possam ver e tocar; é o principal meio para que o aluno adquira
conhecimento, amplie sua visão de mundo e interaja com seus pares de forma a
estabelecer boa comunicação. Por meio da leitura, o educando faz reflexões, analisa
e tem a oportunidade de tornar-se um cidadão crítico e autônomo.
Ler vai além de decodificar os sinais gráficos impressos em uma página; é
conseguir interagir, fazer inferências, isto é, construir sentido para aquilo que leu. [...]
“ler não é decodificar, mas para ler é preciso saber decodificar” (SOLÉ, 1998, p. 52).
Nesta mesma perspectiva, Koch e Elias (2012, p. 11) afirmam: “a leitura de
um texto exige do leitor bem mais que o conhecimento do código linguístico, uma
vez que o texto não é simples produto da decodificação de um emissor a ser
decodificado por um receptor passivo.”
É por meio da leitura que acontece a interação do leitor com o texto e com o
autor, ultrapassando o universo linguístico do texto. Kleiman (2008, p. 12) afirma que
[...] “leitura é um ato social, entre dois sujeitos – leitor e autor – que interagem entre
si, obedecendo a objetivos e necessidades socialmente determinados.”
Portanto, é pela leitura que o cidadão apropria-se de conhecimento para
poder participar nas tomadas de decisões no meio em que vive, ou seja, o cidadão
consegue sua autonomia a partir do momento em que internaliza diferentes leituras,
pois estas mostram uma outra visão sobre a realidade.
Desta forma, a leitura é fundamental no processo ensino-aprendizagem.
Sendo assim, é necessário que o professor utilize de diferentes estratégias para que
possa alcançar a motivação dos alunos para a leitura, pois ler e escrever são
atividades que fazem parte do desenvolvimento do ser humano. De acordo com as
Diretrizes Curriculares da Educação Básica:

[...] a leitura é vista como um ato dialógico, interlocutivo. O leitor,


nesse contexto, tem um papel ativo no processo da leitura, e para se
efetivar como co-produtor, procura pistas formais, formula e
reformula hipóteses, aceita ou rejeita conclusões, usa estratégias
baseadas no seu conhecimento linguístico, nas suas experiências e
na sua vivência sócio-cultural (PARANÁ, 2008, p. 45).

Percebe-se, então, que a leitura está presente em todos os momentos.


Segundo Solé (1998, p. 22), “a leitura é um processo de interação entre o leitor e o
texto”, sendo que o primeiro utiliza do conhecimento de mundo e seu conhecimento
do texto para construir uma interpretação. Segundo a autora, a leitura deve ter
sempre algum objetivo específico: “devanear, preencher um momento de lazer,
seguir uma pauta para realizar uma atividade, entre outras coisas” (SOLÉ, 1998,
p.22).
Sendo assim, é muito importante que o professor de Língua Portuguesa
desenvolva em suas aulas diversas estratégias de leitura, pois o uso de diferentes
estratégias contribui para que sejam identificadas as dificuldades que alguns alunos
possam ter; e por meio destas, solucionar as dificuldades. O que se torna muito
interessante na questão do uso de estratégias, é levar o aluno a perceber que ele
próprio consegue criar seu caminho de maneira independente para compreender a
leitura de forma significativa, tornando-se um leitor autônomo, adquirindo capacidade
de atribuir significado ao conteúdo daquilo que lê.
Desta forma, o professor de Língua Portuguesa precisa ensinar estratégias
de leitura para que seu aluno consiga compreender o texto. Porém, é preciso que o
conteúdo do texto seja coerente e o aluno tenha familiaridade e conheça a sua
estrutura; o aluno deve possuir um conhecimento razoável sobre o conteúdo do
texto. As estratégias contribuem para que o aluno adquira uma regularidade e tenha
compreensão sobre o aquilo que está lendo.
Desenvolver estratégias de leitura, a partir dos gêneros textuais, contribui
para que haja uma melhor apropriação da linguagem, devendo ser trabalhados na
escola, para que o aluno consiga participar de diferentes maneiras na comunicação
social, expressando-se e articulando suas ideias de forma mais apropriada. O
contexto educacional estuda uma grande variedade de gêneros textuais, portanto
cabe ao professor a responsabilidade de selecionar os textos mais apropriados ao
seu contexto escolar. Também é necessário observar o que é afirmado nas
Diretrizes Curriculares quanto ao desenvolvimento de atividades envolvendo
gêneros:

[...] o trabalho com os gêneros, portanto, deverá levar em conta que


a língua é instrumento de poder e que o acesso ao poder, ou sua
crítica, é legítimo e é direito para todos os cidadãos. Para que isso se
concretize, o estudante precisa conhecer e ampliar o uso dos
registros socialmente valorizados da língua, como a norma culta.
(PARANÁ, 2008, p. 51).

Diante disso, fica evidente a importância de o aluno ter acesso à variedade


de gêneros que propiciem o uso da linguagem formal, para que esta contribua com
seu desenvolvimento linguístico, de acordo com as necessidades impostas pela
sociedade letrada. Como a diversidade de gêneros textuais existentes é muito
grande, neste trabalho, optou-se por abordar o gênero textual fábula.
A fábula é um gênero textual/discursivo que vem sendo contada há mais ou
menos 2800 anos. Ela tem sua origem remota, há tempos muito antigos, e provém
da necessidade natural que o homem sente de expressar seus pensamentos por
meio de imagens, emblemas ou símbolos. (GÓES, 1984, p. 144). É uma das formas
literárias cujas origens se perderam no tempo, mas conseguiram resistir até os dias
de hoje, vivas, sem perderem suas características essenciais.
A fábula é uma narrativa que geralmente apresenta uma cena, vivida por
animais, plantas ou objetos, que normalmente consiste na apresentação direta das
virtudes e defeitos do caráter humano, ilustrado pelo comportamento antropomórfico
dos animais. Sendo isso, esse gênero permite levar o aluno a refletir sobre atitudes
adequadas ou inadequadas de comportamentos na sociedade, numa perspectiva
ética, proporcionada por uma leitura crítica.

3 IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

A implementação foi realizada no Colégio Estadual Professor João


Rodrigues da Silva - Ensino Fundamental e Médio, no município de Londrina,
Paraná e contemplou uma turma de 26 alunos do 6º ano do ensino fundamental II.
As propostas basearam-se no interacionismo sociodiscursivo (ISD), abrangendo as
capacidades discursivas da oralidade e escrita, essas atividades foram preparadas
pensando em motivar esses alunos devido ao desinteresse e falta do hábito da
leitura.
Com o avanço da tecnologia, os recursos midiáticos na internet, as redes
sociais e a falta de incentivo e acesso à leitura dentro de casa, tem afastado o jovem
do mundo da leitura, levando-os simplesmente à denominação de ledores, isto é,
não conseguem realizar uma leitura aprofundada, muito menos compreender o
texto, simplesmente fazem a decodificação do que estão lendo.

Mesmo vivendo numa época denominada “era da informação”, a qual


possibilita acesso rápido à leitura de uma gama imensurável de
informações, convivemos com o índice crescente de analfabetismo
funcional, e os resultados das avaliações educacionais revelam baixo
desempenho do aluno em relação à compreensão dos textos que lê.
(PARANÁ, 2008, p.48).

Com a implementação deste projeto, objetivou ampliar e aperfeiçoar a


competência discursiva dos alunos, pois o domínio da leitura e da escrita envolve a
compreensão e a produção dos diferentes discursos presentes na nossa sociedade.
Para que o aluno atingisse os objetivos propostos neste projeto e tivesse a
competência esperada, foi envolvido e orientado em práticas de linguagem orais e
escritas, de forma permanente, instigadora, intensiva, criativa e crítica.
As ações desenvolvidas durante a implementação do projeto foram
aplicadas em algumas etapas, sendo que as atividades foram distribuídas num total
de 36 horas/aulas, como descritas abaixo.

Etapa 1- Diagnóstico e hábito sobre leitura


Para despertar o interesse do aluno pela leitura e escrita utilizando o gênero
Fábula de forma interessante e prazerosa, foi feita uma conversa sobre a leitura,
sobretudo a sua importância e as contribuições e, por meio de questões, foi feito um
levantamento na turma na atividade 1: para se obter um panorama sobre o que
achavam sobre leitura, hábitos e a importância da mesma, como mostra a tabela a
seguir.

Tabela 1 - Questões apresentadas em sala de aula


Questões apresentadas em sala Sim Não Às vezes
Você gosta de ler? 60% 30% 10%
Existe o hábito da leitura em sua família? 30% 50% 20%
Seus pais costumam ou costumavam ler para você? 20% 70% 10%
Você acha que a leitura é importante para o 80% 20% 0%
aprendizado?
Fonte: A própria autora.

As questões analisadas em sala de aula foram um diagnóstico que


determinou com que frequência a leitura está presente no cotidiano do aluno,
principalmente dentro de casa. Em forma de questionário, foi perguntado aos alunos
se eles gostam de ler. 60% dos alunos responderam que gostam, 30% não gostam
de ler e 10% dos alunos respondeu que lê às vezes. É muito comum ouvir dos
alunos que não têm paciência de ler um livro, a causa principal pode ser a falta de
estímulo da leitura desde a infância.
Quando questionados sobre o hábito de leitura na família, 30% dos alunos
disseram que os pais lêem jornais e revistas, os irmãos e o próprio aluno leem
notícias na internet. 50% dos alunos relataram que a família não tem o hábito de
leitura em casa e 20% dos alunos relataram que às vezes os pais utilizam recursos
tecnológicos do celular, computador ou tablet para a leitura. Para BATISTA:
É tudo uma questão de hábito, de transformar a leitura em prazer.
Vale lembrar que, além dos livros didáticos, previstos em diversas
etapas dos estudos, é importante buscar outras obras de interesse,
independentes do conteúdo. Poesias, romances, epopeias, vale tudo
quando a intenção é viajar pelas páginas de uma obra literária
(BATISTA, 2007, p. 1).

Desta maneira, fica evidente a importância em despertar o hábito e o prazer


que a leitura nos traz.

Etapa 2 – Reconhecendo o gênero fábula


Esta etapa teve como objetivo verificar o conhecimento prévio dos alunos
sobre o gênero fábula, ler, identificar, reconhecer e diferenciar este gênero textual.
Para isso, os alunos leram um pequeno trecho da fábula “O leão e o ratinho”, mas
não foi identificado para eles que era o gênero, então foi pedido aos alunos que
escrevessem um final para o trecho lido e, após as conclusões, apresentassem
oralmente para a turma.
Na sequência, foi feita a apresentação do tema do projeto, com intuito de
verificar o que os alunos sabiam a respeito do gênero textual Fábula. Essa atividade
foi de caráter investigativo para obter os conhecimentos prévios dos alunos sobre
este gênero. Para isso, foram levantadas algumas questões:

Tabela 2 - Questões orais apresentadas em sala de aula


Questões orais apresentadas em sala Sim Não Em partes
Você sabe o que é uma fábula? 30% 50% 20%
Sabe o que diferencia fábula de outros textos? 25% 70% 05%
Sabe como são caracterizados os personagens? 20% 75% 05%
Você sabe qual é a função da fábula na sociedade? 0% 100% 0%
Fonte: A própria autora.

Ao realizar a avaliação diagnóstica foi revelado que 30% dos alunos sabiam
o que é uma fábula, 50% dos alunos não sabiam o que é o gênero e 20% dos alunos
acertaram o significado em partes. Para Coelho (1991, p. 146-147), fábula “é a
narrativa (de natureza simbólica) de uma situação vivida por animais que alude a
uma situação humana e tem por objetivo transmitir certa moralidade”. Os alunos que
sabiam o que é fábula, responderam algo parecido com as colocações do autor;
50% dos alunos não acertaram o significado da fábula, 20% acertaram algo do
significado.

Etapa 3 - Pesquisando fábulas e fabulistas


Neste momento foram utilizadas como recursos a sala de informática e a
biblioteca, onde os alunos se dividiram em grupos e realizaram a pesquisa sobre a
vida e obras dos principais fabulistas que fizeram parte deste projeto: Esopo, Jean
de Lá Fontaine e Monteiro Lobato. Depois da pesquisa, cada grupo escolheu dois
integrantes que apresentaram a vida do fabulista e a leitura das fábulas pesquisada
pelo grupo ”O garoto de ‘olha o lobo’”, “A reunião geral dos ratos”, “A raposa e a
cegonha” de Esopo, “O boi e o sapo” de Jean de La Fontaine, “O ratinho, o gato e o
galo” e “A mosca e a formiga” de Monteiro Lobato. Na sequência, os alunos foram
levados ao laboratório de informática onde pesquisaram sobre outras fábulas, “O
lobo e a cegonha”, “A lebre e a tartaruga”, “O lobo e o cordeiro”, A raposa e o corvo”,
“O galo e a raposa”, “A lebre e a tartaruga”, “O burro que vestiu a pele de um leão”,
entre outras, ressaltando alguns componentes, discutindo e analisando melhor para
que pudessem ler e compreender de fato esse gênero textual:

Tabela 3 – Questões levantadas na atividade 3


Questões levantadas nesta atividade Sim Não
O gênero foi realmente compreendido? 90% 10%
O grupo apresentou criatividade para mudar o final da fábula? 100% 0%
O grupo apresentou clareza na moral da fábula? 100% 0%
O grupo compreendeu o ensinamento que o autor quis 100% 0%
transmitir na fábula escolhida?
Fonte: A própria autora.

Esta aula proporcionou aos alunos um olhar renovado sobre o gênero


fábula, os alunos puderam apreciar os textos e viajar na imaginação das histórias.
90% dos alunos compreenderam este gênero, porém 10% obtiveram muitas dúvidas
na análise de como deve ser construído os efeitos de sentido das fábulas e como
elas devem ser percebidas por eles. Foi solicitado em uma atividade para que eles
mudassem o final da fábula, assim 100% dos alunos realizaram a atividade
corretamente, pois, “por serem narrativas simples e que todas as crianças gostam,
elas se envolvem nas histórias, pois nessa faixa etária sua imaginação é fértil e se
concretiza nos acontecimentos das histórias lidas e nas peripécias de seus
personagens” (SOUZA et al., 2010, p. 1).
Após sanar as dúvidas sobre a compreensão do gênero, ficou fácil para os
alunos assimilarem as fábulas, usar a criatividade para mudar o final da fábula, para
apresentar clareza na moral da história e para compreender os ensinamentos que o
autor quis passar com a história.

Etapa 4 - Leitura e compreensão de fábulas


Esta etapa consistiu na leitura, compreensão e interpretação das fábulas “O
galo que logrou a raposa”, “O sabiá e o urubu”, “O ratinho, o gato e o galo”, “A
assembleia dos ratos”, as versões das fábulas “A raposa e as uvas” e “A cigarra e as
formigas”. Este momento teve o objetivo de despertar o prazer pela leitura e
estimular o potencial cognitivo e criativo do aluno, bem como compreender a ideia
principal do texto e suas intenções. Os alunos realizaram a leitura silenciosa de
várias fábulas, em seguida houve um debate oportunizando a participação de todos,
analisando os textos lidos, a atitude dos personagens, os ensinamentos e a moral
das fábulas.

Tabela 4 – leitura e compreensão das fábulas


Leitura e compreensão das fábulas Sim Não
Os alunos conseguiram desenvolver habilidades de leitura por 100% 0%
meio das fábulas
Os alunos foram capazes de perceber e comparar a finalidade de 100% 0%
uma fábula
Os alunos desenvolveram atitudes de interação, de colaboração e 100% 0%
de troca de experiências em equipes
Fonte: A própria autora.

Durante esta aula, os alunos tiveram o máximo de aproveitamento com


100% de participação, conseguiram desenvolver habilidades de leitura, foram
capazes de perceber e comparar as finalidades de uma fábula e se socializaram
durante todas as atividades.

Trabalhar com gênero fábulas é importante, pois além de trabalhar


com o lúdico (animais, natureza), ele nos ensina valores importantes.
É um texto em que a criança, além de adquirir autonomia na escritura
de textos e na produção oral, desenvolve valores fundamentais a
vida em sociedade. Assim, é através de uma atividade prazerosa de
leitura ou ouvir histórias que se pode descobrir outro lugar, outros
tempos, outros modos de agir, de pensar e ser (CARDOSO;
MARTINS; SENA, 2011, p. 1).

Etapa 5 - Trabalhando com provérbios


Foi divertida e muito prazerosa, pois o tema desenvolvido foi do agrado de
toda a turma. Este momento teve como objetivo conhecer e familiarizar-se com
alguns provérbios da Língua Portuguesa, diferenciar um provérbio dentre outros
textos, relacionar e interpretar provérbios a determinados contextos. A partir disso,
foi trabalhado com os alunos o significado dos provérbios explicando que estes
fazem parte do dia a dia e que possuem a finalidade de levar a reflexão sobre
alguma atitude.
Foi realizado também uma dinâmica na qual os alunos deveriam retirar de
uma caixa um provérbio e explicar seu significado. Todos os alunos participaram
ativamente, contribuindo com seus conhecimentos sobre outros provérbios. Na
sequência os alunos produziram, em equipes, cartazes com provérbios e colaram no
mural da escola e, como tarefa para casa, os alunos pesquisaram com seus pais,
avós ou conhecidos, ditados populares para apresentar para a turma. Este momento
foi bastante proveitoso, pois observou-se a vontade e o interesse dos alunos em
compartilhar com os colegas o que seus familiares haviam relatado. Desta forma
ficou evidente a importância em valorizar o conhecimento trazido de casa.

Etapa 6 – Criando novas versões para as fábulas


Esta atividade teve como o objetivo desenvolver a competência para a
produção da escrita e estimular a criatividade e a imaginação de forma satisfatória e
significativa. Cada aluno escolheu uma das fábulas trabalhadas e fez a reescrita a
seu modo, mudando a moral, criando uma versão interessante. Houve o
compartilhamento de textos entre os alunos para que juntos trocassem ideias sobre
as histórias. No final das discussões, os textos foram reestruturados para elaborar a
construção de livros de fábulas para deixar disponível na biblioteca da escola.

Etapa 7 – Confeccionando varal de fábulas


Este momento foi uma continuação, em que os alunos escolheram fábulas
trabalhadas e confeccionaram um varal de fábulas que foi exposto em um mural
para que todos os alunos tivessem acesso e pudessem fazer a leitura das mesmas.
Com essa ação, a turma pode proporcionar aos outros alunos o incentivo à leitura
oportunizando o contato com o gênero fábula.

Etapa 8 – Momento lúdico: jogo “trilha da fábula”


Para verificar o conhecimento adquirido durante a realização das leituras e
atividades foi proposto, um momento de descontração por meio de um jogo. Este
jogo foi confeccionado em forma de tabuleiro numa folha de cartolina dispondo de
várias casas com informações que foram seguidas pelos alunos. O jogo tem início
quando um aluno joga o dado e, de acordo com o número sorteado, terá que
identificar a qual fábula pertence um pequeno trecho escrito no cartão, assim vence
o aluno que chegar primeiro ao final da trilha. Este momento lúdico foi muito
interessante, pois os alunos participaram intensamente, querendo mostrar que se
lembravam das fábulas, vencendo os colegas.

ETAPA 9 – Teatralizando fábulas


Realizou-se com um trabalho interdisciplinar, pois contou com o apoio da
professora de arte que contribuiu para que os alunos concretizassem esta atividade.
Com o tema “teatralizando fábulas”, houve o desenvolvimento da oralidade, da
criatividade e da imaginação. Os alunos, em equipes, escolheram as fábulas para
que pudessem fazer um teatro, a professora de arte ajudou na confecção de
máscaras e para que acontecessem as apresentações.
Sendo assim, a implementação deste projeto de intervenção pedagógica
teve como objetivo o desenvolvimento de atividades que pudessem despertar o
interesse pela leitura e escrita, utilizando o gênero discursivo Fábula, de forma
interessante e prazerosa, que pudesse suscitar resultados significativos nos anos
subsequentes de estudo, e que as efetivações das atividades auxiliassem
verdadeiramente para o crescimento intelectual do aluno, desenvolvendo suas
competências, tornando-o um leitor proficiente.

3.1 CONTRIBUIÇÕES DO GRUPO DE TRABALHO EM REDE – GTR

Em conjunto com o desenvolvimento do projeto aplicado no 6º ano do


Ensino Fundamental, após o término da produção do material didático, todos os
trabalhos elaborados durante a aplicação do projeto foram disponibilizados em rede
pelo GTR (Grupo de Trabalho em Rede), onde houve a inscrição de doze
professores, todos de Língua Portuguesa, do Estado do Paraná. Infelizmente dois
professores somente fizeram a inscrição e não participaram do curso.
No formato de educação à distância, o GTR disponibilizou atividades para os
professores voltadas ao desenvolvimento desse projeto. No primeiro módulo foi
discutido um pouco sobre a compreensão da leitura no ensino fundamental. Os
professores participantes concordaram que ler é entrar em outros mundos, é indagar
a realidade para compreendê-la melhor, e se distanciar do texto escrito e assumir
uma postura crítica frente ao que se diz e ao que se quer dizer.
Para tanto, foi destacado um ponto muito importante que contribui para que
o aluno se torne um adulto leitor, como mencionado pela professora A:

[...] o professor deve estar atento ao fato de que colocar o aluno


direto em contato com materiais escritos não significa que seja
suficiente para torná-lo um leitor. O educador deve atuar como
mediador entre a leitura de mundo que o aluno traz consigo e propor
novas leituras; incentivar na aquisição de experiências novas de
leituras, romper os paradigmas, fazendo com que o educando tenha
compreensão do texto e não apenas decodifique palavras e letras.

Em concordância com a opinião da professora, muitos participantes


ressaltaram a postura do professor sendo um mediador para que o aluno crie o
hábito da leitura, pois muitos alunos não têm o hábito de ler porque não têm
incentivos da sua própria família. Dessa forma, o desafio do professor é muito
grande, principalmente no cuidado para não deixar que a leitura de torne uma
atividade decodificada.
Já o segundo módulo, consistiu na leitura do projeto de intervenção
pedagógica e a realidade escolar. Após a leitura, os cursistas separaram os pontos
mais relevantes, justificando a proposição desse estudo. A visão dos professores em
geral foi mais voltada para a importância da leitura: “a leitura no seu sentido mais
amplo é o processo de interpretação dos estímulos sensoriais” (MORAIS, 1996, p.
37), nesse sentido, a leitura deve ser resgatada de maneira lúdica e agradável, logo,
o gênero fábula contribui muito para o incentivo e resgate da leitura.
No terceiro e último módulo, foi mais uma troca de experiências. Cada
cursista pode expor um pouco do seu contexto escolar e se o projeto apresentado
poderia contribuir com a realidade vivenciada por cada professor. As colocações
foram unânimes, pois todos os professores citaram o mesmo desafio enfrentado no
dia a dia escolar: muitos alunos não gostam de ler e apresentam dificuldade em
compreenderem aquilo que leem. Um dos professores citou uma pesquisa feita pelo
Programa Internacional de Avalição dos Estudantes (PISA), onde realizou pesquisas
entre jovens de vários países.
A pesquisa era direcionada à leitura e interpretação de textos, onde os
jovens brasileiros ficaram entre os últimos colocados, ou seja, jovens que não
conseguem reconhecer a ideia principal de um texto. Esse fato causou um grande
debate pelo grupo, que diante desse quadro analisaram algumas possíveis causas
para o desinteresse da leitura ocasionado, muitas vezes, pelos fatores socioculturais
que se atribui a responsabilidade desses resultados.
Para aprofundar o estudo da produção didático pedagógica foi realizado um
fórum, no qual os professores deveriam descrever uma estratégia de ação,
justificando a pertinência de cada material utilizado e como essa estratégia poderia
contribuir com o projeto de intervenção. Cada professor fez sua pesquisa e
apresentou no fórum para a discussão e participação dos demais cursistas,
elencando as possíveis contribuições para o projeto. De acordo com Batista:

O papel do fórum on-line é importante porque é um espaço em que


efetivamente as interações devem acontecer possibilitando a
construção do conhecimento pelo aluno mediada pelo professor onde
todas as suas potencialidades devem ser conhecidas pelos usuários
desse ambiente (BATISTA, GOBARA, 2006, p. 4).

O que realmente concretizou-se, pois houve uma troca intensa de opiniões e


reflexões, todas voltadas ao tema desenvolvido no trabalho com fábulas, onde
ressaltaram a importância das obras de Monteiro Lobato, com sugestões de
dramatizações, obras que podem ser apresentadas por meio de vídeos e músicas,
entretanto usar essas sugestões no âmbito a sistematizar problemas, fazendo com
que os alunos reflitam e desenvolvam o hábito e gosto pela leitura, podendo ampliar
o senso crítico e a criatividade.
Os professores elaboraram e compartilharam um plano de aula
apresentando as situações-problemas, as estratégias de ação, os resultados
esperados ou alcançados. Contribuíram, apresentando sugestões de atividades para
o incentivo à leitura, para a produção de textos, para a ampliação dos
conhecimentos e para o melhor desempenho escolar.
Após os planos serem compartilhados, os demais cursistas participaram
ativamente, deixando suas contribuições e reflexões em cada plano de aula.
Como sugestão para ampliar a trabalho sobre leitura, a professora A colocou
em seu Plano de Ação a Situação-Problema sobre a prática de leitura em que ler
não é apenas decodificar palavras, o que muitas vezes acontece em sala de aula, ler
é no sentido global compreender o que leu de forma que a leitura possa trazer
significado para o leitor, com a aquisição de novas experiências e podendo ser
responsável por mudança de pensamentos e atitudes. Como Estratégias de ação, a
professora sugeriu uma atividade interessante, em que o professor deva conversar
com os alunos sobre a questão racial nos dias atuais; na sequência apresentar aos
alunos contos africanos; fazer uma pesquisa mais aprofundada sobre o escritor
Monteiro Lobato e seus personagens afro- brasileiros: Tia Anastácia, Tio Barnabé e
Saci Pererê, do Sítio do Pica Pau Amarelo. Após, ela sugeriu que os alunos
assistam vídeos sobre a contribuição da África na formação do povo e da cultura do
povo brasileiro, que o professor promova conversa e debate sobre os vídeos
assistidos. Ainda sugeriu que o professor faça uma releitura dos personagens de
Monteiro Lobato e na sequência, que também seja feita a releitura do conto africano
“O caracol e a gazela”. No seu plano de ação a professora cita que os Resultados
esperados com estas atividades, o aluno possa desenvolver um senso crítico diante
da realidade e consiga compreender e respeitar as diferenças raciais; diferenças
essas que fazem parte da formação do povo brasileiro.
No final do curso os professores deixaram algumas colocações em relação a
esse estudo:
“[...] as leituras dos materiais para o estudo foram ótimos, o tema era
pertinente e enriquecedores o que ajudou a aprofundar meus conhecimentos[...]”.
(professora A, de Língua Portuguesa).
“[...] curso interessante e bem elaborado, a apresentação do tema condiz
com a minha realidade escolar [...]” (professora B, de Língua Portuguesa).
“[...] gostei muito do curso, a quantidade e qualidade de material
disponibilizados e as atividades sugeridas pelos demais cursistas me ajudaram a
refletir na minha prática didática [...]” (professora C, de Língua portuguesa).
Logo, pode-se perceber que o GTR contribuiu para o aperfeiçoamento dos
professores da rede, pois viabilizou um espaço de estudo e discussão do projeto de
intervenção, articulando os referenciais teóricos com as propostas de ações
apresentadas no projeto de intervenção. Proporcionou também um novo olhar para
as práticas pedagógicas, pois ficou claro que cada professor em sua realidade
escolar pode e deve aplicar as sugestões que constam nesse projeto de
intervenção.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após a conclusão de todas as etapas do PDE, pode-se perceber que o


projeto de intervenção foi válido pelas diferentes estratégias utilizadas, tanto com os
alunos como as diversas contribuições recebidas pelos professores participantes do
GTR. As contribuições esperadas com esse trabalho foi o interesse que os alunos
demonstraram desde o início das atividades, o que colaborou muito para a aplicação
do projeto.
A implementação do projeto proporcionou aos alunos, por meio do gênero
fábula, a reflexão sobre os valores da sociedade, bem como os benefícios para seu
próprio desenvolvimento cultural e social. Com atividades que contemplaram a
magia e o lúdico, despertaram interesse nos alunos havendo grandes estímulos nas
participações que foram intensas, com isso a aprendizagem ocorreu de forma
significativa.
A escolha do gênero fábula deu-se por ser uma narrativa curta com fundo de
verdade, trazendo possibilidades de reflexão crítica sobre determinado assunto e
compreensão e interpretação de textos. Essa experiência demonstrou que é preciso
ampliar o conhecimento dos alunos para outros tipos de leitura para que estes
possam adquirir o hábito de ler.
Cabe ressaltar que o gênero textual fábula como estratégia de leitura criou
oportunidades efetivas para o crescimento na prática docente ao realizar o
compartilhamento do projeto de intervenção pelo GTR. Esse estudo trouxe valorosas
contribuições de diferentes professores numa troca de experiências que foram
significativas de modo a enriquecer a prática pedagógica docente.
REFERÊNCIAS

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um curso a distância. Campo Grande: Universidade Federal de Mato Grosso do
Sul, 2006.

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gênero textual fábula em sala de aula. Disponível em:
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GÓES, Lúcia Pimentel. Introdução à literatura infantil e juvenil. 2. ed. São Paulo:
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SOUZA, Cira et al. Reescritas de fábulas: produção de texto. 2010. Disponível em:
<http / /: diariodeumeducador.blogspot.com.br 2010/07 reescrita-de-fabulas-
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