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Formação integral para um mundo plural

2ª Etapa – 2021
ATIVIDADE AVALIATIVA
SÍNCRONA – 2ª Chamada
COMPONENTE CURRICULAR: Língua Portuguesa PROFESSORA: Maria Inês
CONTEÚDO: Produção de texto - Resumo
NOME:_____________________________________________________ Nº ________
ANO: 7º TURMA: 106 DATA: __/08/21 VALOR: 12,0 NOTA:_____

Durante as aulas, aprendemos que resumo é um texto que reúne e apresenta, de maneira
concisa, coerente e, frequentemente seletiva, as informações básicas de um outro texto. Quando se
produz um resumo, estamos reunindo as principais informações que assimilamos no texto
verificando o que conseguimos absorver quanto às ideias ali apresentadas.nesse tipo de texto,são
descritas suas principais partes, por meio de frases curtas e condensadas em poucos parágrafos.

Produção de resumo

Chegou o momento de você colocar em prática suas habilidades de sintetizar e


analisar textos.
Leia o artigo O padrão de beleza imposto pela mídia. Em seguida, produza um resumo do texto
observando os procedimentos estudados para a realização desse gênero.

Contexto de produção

Seu texto circulará na escola e o seu destinatário é o professor.

Para elaborar seu resumo, siga as orientações propostas:


 Leia o texto mais de uma vez.
Identifique o plano geral do texto.

Para isso, sublinhe o texto e busque responder a algumas perguntas:


De que trata o texto?
Qual é a ideia central?
O que esse texto pretende demonstrar?
 Analise as ideias secundárias, verificando sua exposição e relevância:
Quais ideias estão relacionadas à ideia central?
Como elas são expostas pelo autor?
 Elabore o resumo propriamente dito.
 Releia o resumo e confronte-o com o texto original, garantindo que não houve incoerência
entre informações.
 Fique atendo à escolha da linguagem. Utilize seus conhecimentos gramaticais prévios,
observando o emprego correto das palavras, sua acentuação, ortografia. Use também os sinais
mais adequados para pontuar suas frases.
A leitura como atividade interativa no desenvolvimento social e crítico do aluno
Flávio Tomaz Pacheco

As dificuldades com a prática de leitura são uma das questões mais discutidas no âmbito
educacional. Há vários questionamentos sobre o ensino e a contribuição dessa atividade
interativa para a formação de um leitor social e crítico. Antigamente, a leitura era considerada
apenas um meio de receber uma mensagem importante; atualmente, o ato de ler ajuda no
processo de desenvolvimento e entendimento. A leitura é um aspecto importante para o
indivíduo, pois abrange várias dimensões no processo educativo. Através dela, ocorre a
compreensão crítica entre leitores e autores, facilitando a prática diária do contato para se
relacionar melhor com o outro.

1. Leitura e interação: aspectos importantes na formação de um leitor social


A leitura interativa incentiva os estudantes a irem em busca de questionamentos, sabendo o que
falam, sendo capazes de entender o mundo e os outros através dela, além de saberem interagir
com o outro para buscarem o conhecimento que pode ser encontrado/descoberto no ato de ler.
Por isso, a leitura deve proporcionar comunicação e interação entre os sujeitos no uso social.

Segundo Antunes (2003, p. 27), a leitura hoje se apresenta como “uma atividade sem interesse,
sem função, pois aparece inteiramente desvinculada dos diferentes usos sociais que se faz da
leitura atualmente”, e, refletindo sobre esse discurso, vimos que a autora deixa claro que a
leitura faz parte dos usos sociais, ou seja, é uma prática interativa que se realiza entre os sujeitos,
mas, nas escolas atuais, não está havendo essa função, que é fundamental no mundo em que
vivemos, além de ser de extrema importância para o desenvolvimento social dos alunos. Porém,
para que eles percebam a importância dela e seu objetivo, é preciso que seja uma prática que
possibilite experiências prazerosas, como nos fala Antunes (2003, p. 71):

[...] a leitura possibilita a experiência gratuita do prazer estético, do ler pelos simples gosto
de ler. Para admirar, para deleitar-se com as ideias, com as imagens criadas, com o jeito
bonito de dizer literariamente as “coisas”.
Antunes diz, ainda, que a leitura deve ser um exercício prazeroso, divertido, com um sentimento
que provoque no aluno o desejo por ler, uma atividade que contribua para o seu
desenvolvimento e que não haja cobrança do professor. Deve ser, portanto, um ato gratuito e
que os alunos não sintam como uma obrigação, pois, se assim for, o aluno verá na leitura uma
prática interativa que lhe trará subsídio para que ele enxergue o mundo de outra forma. Antunes
(2003, p. 81–82) ainda acrescenta que:

[...] a leitura se torna plena quando o leitor chega à interpretação dos aspectos ideológicos do
texto, das concepções que, às vezes, sutilmente, estão embutidas nas entrelinhas. O ideal é que
o aluno consiga perceber que nenhum texto é neutro; que, por trás das palavras mais simples,
das afirmações mais triviais, existe uma visão de mundo, um modo de ver as coisas, uma
crença. Qualquer texto reforça ideias já sedimentadas ou propõe visões novas.
Sendo assim, a leitura produz novas práticas de ensino e contribui para o desenvolvimento
social do aluno quando apresenta a realidade dele, trazendo um melhor entendimento da
verdadeira função da leitura. Como vimos na citação, para que haja um entendimento da leitura
é indispensável que o leitor interaja com o autor para entender o texto por um todo, além de
utilizar outros conhecimentos. Pois, muitas vezes, as informações estão nas entrelinhas, e, para
que o aluno/leitor descubra essas informações, deve ler com compreensão.
Assim, segundo nossas leituras e reflexões com base em Antunes, vimos que a leitura deixa de
ser uma prática interativa social quando não há relação entre escola/sociedade e quando não há
uma comunicação entre os indivíduos, pois, para que a leitura não seja apenas uma mera
atividade, deve haver uma interligação com o que o aluno lê na escola e os fatos ocorridos no
seu cotidiano. Sendo assim, a leitura deve representar uma atividade que produza relações com
o outro, ultrapassando a mera atividade escolar. Muitas vezes a escola, que é o principal lugar
para o desenvolvimento dessa prática comunicativa/interacional, não proporciona essa vivência
ao aluno. Diz-nos, Lilian Silva:

[...] uma escola “sem tempo da leitura”, porque, como declararam os alunos, “tinha que
aprender as narrativas, a língua portuguesa e as palavras que a gente fala errado” ou ainda,
porque “atrapalha o professor em suas explicações” (SILVA apud ANTUNES, 2003, p. 27).
Dessa forma, deveria, a escola, dar a mesma importância à leitura que dá à gramática, à
ortografia e a outros aspectos linguísticos, pois a escola é um lugar que deve promover todas
essas práticas de estudos da língua portuguesa para que o aluno seja capaz de obter diferentes
conhecimentos que contribuam para o seu desenvolvimento do dia a dia. A leitura deve ser uma
dessas atividades que leva o aluno a ver o mundo em sua volta de uma maneira diferente,
enxergando o futuro mais rapidamente. E ela deve ser uma prática prazerosa, gostosa, que
ultrapasse uma simples atividade mecânica, que produza significado e sentido ao aluno/leitor,
tendo em si um propósito definido, um objetivo a ser alcançado.

Faz-se necessário entender que a palavra leitura deriva, originalmente, da palavra latina lectura,
que significa reunir, enrolar, ler para si próprio, de acordo com o Dicionário Houaiss da Língua
Portuguesa. Portanto, ler de forma significativa é enxergar o mundo com outro olhar, é buscar
o conhecimento que só a leitura pode proporcionar. E, de acordo com o Dicionário Aurélio da
Língua Portuguesa, “leitura consiste em percorrer, em determinado suporte físico de
armazenamento, as sequências de marcas codificadas que representam informações registradas,
e reconvertê-las à forma anterior [...]”. Dessa forma, percebemos que a leitura tem vários
significados, pois é indispensável para a formação do ser humano dentro da sociedade, além de
ser um ato interacional entre os participantes dessa atividade.

2. A importância da leitura na formação de um leitor crítico

A leitura não deve ser vista apenas como uma forma de adquirir conhecimentos, deve haver
uma consciência de que ela proporciona também o desenvolvimento crítico do leitor, pois
percebemos que são diferentes as circunstâncias nas quais o sujeito dela necessita e a utiliza,
mas o fato principal é que todos devem entender que a leitura e a escrita fazem parte de uma
sociedade letrada, na qual eles estão inseridos, e que se faz necessário desenvolvê-la de maneira
satisfatória, como uma condição para seu crescimento como cidadãos críticos e reflexivos.
Segundo os PCN in Koch (2007, p. 12):

[...] a leitura é o processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de compreensão e


interpretação do texto, a partir de seus objetivos, de seu conhecimento sobre o assunto, sobre
o autor, de tudo o que sabe sobre a linguagem, não se trata de extrair informação
decodificando letra por letra, palavra por palavra. Trata-se de uma atividade que implica
estratégias de seleção, antecipação, inferência e verificação, sem as quais não é possível
proficiência. É o uso desses procedimentos que possibilita controlar o que vai sendo lido,
permitindo tomar decisões diante de dificuldades de compreensão, avançando na busca de
esclarecimento, validando, no texto, suposições feitas.

Dessa maneira, de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, para haver todo esse
conhecimento do aluno/leitor, como foi citado anteriormente, faz-se necessário que ele realize
a leitura de forma mais significativa, proporcionando-lhe a formação de um leitor e cidadão
mais social, crítico e reflexivo, capaz de atuar na sociedade em seu favor, considerando os
valores éticos, morais e sociais através da compreensão que a leitura pode proporcionar. O leitor
não é qualquer um, é um leitor que se influencia pelas características individuais no ato de ler,
como afirma Gomes (2009, p. 109):

[...] a relação do indivíduo com a atividade de leitura depende também de fatores individuais,
como personalidade, atitude, aptidão, motivação e outros que se combinam com os elementos
descritos anteriormente para a formação do leitor.
É desse tipo de leitor que estamos falando, um leitor que busca estratégias de compreensão, que
consegue se utilizar de aspectos individuais, o que o faz ser um leitor crítico, que não apenas
decodifica códigos, mas que compreende a essência do texto, estabelecendo relações com o
autor, preenchendo as lacunas que possivelmente possam surgir no ato do ler e utilizando-se de
hipóteses para a compreensão do todo do texto. Kleiman (2007, p. 43) diz que:

[...] ao formular hipóteses o leitor estará predizendo temas e ao testá-las ele estará
depreendendo o tema; ele estará também postulando uma possível estrutura textual e, na
testagem de hipóteses, estará reconstruindo uma estrutura textual; na predição, ele estará
ativando seu conhecimento prévio; e, na testagem, ele estará enriquecendo, refinando,
checando esse conhecimento.
Com esse discurso, Kleiman deixa bem clara a grande importância de o aluno/leitor possuir e
aplicar os conhecimentos prévios no ato da leitura, pois é preciso que o aluno seja capaz de
entender o mundo que o cerca e que ele seja competente nos diversos conhecimentos, tanto os
conteúdos gramaticais quanto os linguísticos e sociais.

O aluno deve ser um leitor que não apenas constrói/compõe/cópia ou reproduz o que o outro
falou ou escreveu, mas que recebe o texto e entende o que lê, que procura pistas sobre o texto
e tem a liberdade de aceitar ou não as conclusões do autor, pois tem criticidade em relação ao
que lê. O Ensino Médio é a modalidade de ensino que mais deve desenvolver as habilidades de
leitura e escrita, preparando-o para o mundo do trabalho, o mundo fora da escola, que requer
jovens competentes para as diversas situações, jovens habilidosos e bons leitores. Estamos
cercados por diversos tipos de texto e, para que possamos entendê-los, é necessário que
saibamos ler e compreender o objetivo de cada um deles. Segundo Koch (2007, p. 28):

[...] em nosso dia a dia, deparamo-nos com inúmeros textos veiculados em meios diversos
(jornais, revistas, rádio, TV, internet, cinema, teatro), cuja produção é “orientada” para um
determinado tipo de leitor, o que, aliás, vem evidenciar o princípio interacional construtivo do
texto.
Então, espera-se da parte do aluno/leitor que ele compreenda que cada texto obedece a uma
situação social comunicativa interacional, que cada texto tem um objetivo específico no meio
onde é vinculado e que cabe a ele realizar uma leitura diferenciada de acordo com o tipo de
texto para entender a mensagem. Com isso, o escritor deve, sem dúvida, ser relevante,
informativo e claro para que, no ato da leitura, o aluno/leitor possa ter uma melhor compreensão
do texto. Para Kato (2007, p. 69):

[...] o leitor, por sua vez, deverá compreender o objetivo do autor, acreditar em sua
sinceridade, procurar a relevância dos subjetivos em relação ao objetivo central e esperar que
os objetivos venham codificados através de recursos linguísticos mais simples.

A autora deixa evidente que o leitor de que se fala é um leitor que encontra, de forma
significativa, os indícios deixados pelo escritor/autor para entender o sentido do texto, ou seja,
para captar os objetivos do autor, suas intenções e ideias. Não é qualquer tipo de leitor, é um
leitor experiente, compreensivo e que possui muito conhecimento linguístico; é aquele que se
apropria da leitura para a aquisição do seu próprio conhecimento, buscando sempre melhorar
sua formação crítica, social e cultural. É um leitor idealizado pelos modelos ascendente e
descendente, como explica Kato (2007, p. 66–67):

[...] o leitor idealizado pelo modelo ascendente é aquele que analisa cuidadosamente o input
visual e que sintetiza o significado das partes menores para obter o significado do todo. O
leitor idealizado pelo modelo descendente é aquele que se apoia principalmente em seus
conhecimentos prévios e sua capacidade inferencial para fazer predições sobre o que o texto
dirá, utilizando os dados visuais apenas para reduzir incertezas.
Então, para Kato, com esses dois modelos de leitor teremos o leitor “ideal”, proficiente, um
leitor competente na leitura, pois ela é um dos caminhos mais viáveis para desenvolver e
estimular a formação de ideias. Com isso, o educador/professor deve favorecer atividades de
leitura aos alunos que os aproximem do prazeroso ato de ler. Pois, nessa etapa escolar dos
estudantes no Ensino Médio, é de extrema importância o modelo do professor mediador, o qual
proporciona aos alunos oportunidades adequadas de leitura para que eles possam ter nela
situações interativas de aprendizagem e, assim, ter um amplo conhecimento, como afirma
Kleiman (2007, p. 26):

[...] o aluno poderá tornar-se ciente da necessidade de fazer da leitura uma atividade
caracterizada pelo engajamento e uso do conhecimento, em vez de uma mera recepção passiva.
Recipientes não compreendem [...], o conhecimento adquirido determina, durante a leitura, as
inferências que o leitor fará com base em marcas formais do texto.
Para Kleiman, o aluno deve perceber que a leitura não é uma atividade parada, estática, mas,
sim, dinâmica, interativa e um tanto complexa, que transmite conhecimentos, e, por isso, faz-
se necessário dinamizá-la, desenvolvendo melhor essa prática, para que o estudante
compreenda o grande valor da leitura para a sua vida. E, para isso, é preciso um leitor que seja
proficiente, pois a leitura é uma atividade muito importante para todos nós que vivemos em
uma sociedade letrada, cercada por todo tipo de texto; a leitura nos torna capazes de interagir
melhor com o mundo. No entanto, para Kleiman (2007, p. 30) há um grande desafio nas escolas
em formar alunos/leitores críticos, pois:

[...] o contexto escolar não favorece a delineação de objetivos específicos em relação a essa
atividade. Nele, a atividade de leitura é difusa e confusa, muitas vezes se constituindo apenas
em um pretexto para cópias, resumos, análise sintática e outras tarefas do ensino de língua.
Assim, encontramos o paradoxo: enquanto fora da escola, o estudante é perfeitamente capaz
de planejar as ações que o levarão a um objetivo predeterminado quando se trata de leitura.

Kleiman é bem clara no seu discurso quando fala do ensino e da prática da leitura na escola,
pois para ela a escola não cumpre seu papel de trabalhar a leitura para o desenvolvimento do
aluno. A escola é o lugar primordial para realizar essa habilidade, mas, muitas vezes, no seu dia
a dia, o estudante não tem tempo nem vontade para ler em casa ou fora da escola. No entanto,
os alunos se deparam a todo o momento com diversos textos e precisam compreendê-los para
entendê-los. E, embora a escola não ensine, a sociedade, sem dúvida, exige, pede do aluno/leitor
que ele possa entender o mundo à sua volta através da leitura. Dessa maneira, estamos falando
de um leitor competente, habilidoso e entendido das diversas situações sociais. Kleiman (1998,
p. 51) nos diz que:

[...] o leitor experiente tem duas características básicas que tornam a sua leitura uma atividade
consciente, reflexiva e intencional: primeiro, ele lê porque tem algum objetivo em mente, isto
é, sua leitura é realizada sabendo para o que está lendo, e, segundo ele compreende o que seus
olhos percebem e seletivamente é interpretado, recorrendo a diversos procedimentos para
tornar o texto inteligível quando não consegue compreender.
Dessa forma, para a autora, um bom leitor é aquele que lê com os objetivos definidos,
determinados e cria, assim, estratégias para compreender o que está sendo lido; é um
aluno/leitor que já tem um bom grau de habilidade com a leitura e que sabe subtrair do texto
seu significado, as informações nas entrelinhas, bem como dar-lhe sentido, pois é um leitor
proficiente. Como continua afirmando Kleiman (1998, p. 51):

[...] o leitor proficiente faz escolhas baseando-se em predições quanto ao conteúdo do livro.
Essas predições estão apoiadas no conhecimento prévio tanto sobre o assunto (conhecimento
enciclopédico) como sobre o autor, a época da obra (conhecimento social, cultural,
pragmático) e o gênero (conhecimento textual). Daí ser necessário que todo programa de
leitura permita ao aluno entrar em contato com um universo textual amplo e diversificado.
Com esse discurso, Kleiman continua afirmando que é essencial para o sucesso com a atividade
de leitura em sala a utilização de um amplo universo textual, para que o aluno entre em contato
com os diversos tipos de texto que veiculam socialmente. Pois, dessa maneira, o aluno pode
adquirir autonomia e escolher o tipo de texto que mais combina com seu gosto e suas
necessidades de comunicação. É importante proporcionar, então, aos alunos, situações
diversificadas em que a leitura esteja em foco nelas. Portanto, alunos e professores devem
compreender que a escola é o lugar propício para que a leitura se desenvolva; uma leitura crítica
e criativa, que deve ser mais ativa no cotidiano escolar, pois, sem dúvida, um bom leitor é
aquele que se utiliza de estratégias de leitura. Segundo Kleiman (1998, p. 49):

[...] quando falamos de estratégias de leitura, estamos falando de operações regulares para
abordar o texto. Essas estratégias podem ser inferidas a partir da compreensão do texto, que,
por sua vez, é inferida a partir do comportamento verbal e não verbal do leitor, isto é, do tipo
de resposta que ele dá a perguntas sobre o texto, dos resumos que ele faz, de suas paráfrases,
como também da maneira como ele manipula o objeto: se sublinha, se apenas folheia sem se
deter em parte alguma, se passa os olhos rapidamente e espera a próxima atividade começar
ou se relê.
Sendo assim, para Kleiman, no ato da leitura, o aluno/leitor deve ser capaz de inferir estratégias
de leitura para que possa compreender o texto por completo. Pois a leitura é uma atividade que
exige e envolve vários tipos de conhecimento e diversas habilidades do leitor ao utilizar o texto.
Então, a leitura é uma prática que deve estar presente na escola e fora dela, precisa se fazer
presente na vida do estudante, não algo paralelo ao processo de ensino-aprendizagem, mas algo
que é essencial ao desenvolvimento social e cognitivo. Por isso, ela deve estar aplicada ao
contexto real, para que o ato de ler possa fazer sentido para os alunos e eles possam enxergar a
leitura como uma prática que lhes possibilita novos conhecimentos e novas descobertas, pois é
uma atividade que transforma e informa os acontecimentos da sociedade na qual eles estão
inseridos.

Considerações finais

O desenvolvimento de um leitor social e crítico não depende apenas da interpretação de textos,


mas de uma atividade constante de leituras na escola e fora dela. Para isso, a leitura deve se
desprender de uma mera reprodução que se limita apenas ao passar de olhos do aluno/leitor
pelas linhas do texto, decodificando as palavras e se prendendo à superficialidade do mesmo.
Formar um leitor crítico é, sem dúvida, uma necessidade de se formar também cidadãos sociais
e críticos para estarem inseridos na sociedade lutando por seus direitos, seu espaço no mundo
de uma maneira mais clara, realizando seus objetivos e seus deveres com eficiência, porque é
o que a leitura lhes proporcionará.

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