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texto
Leitura e Produção de
Texto
ISBN 978-85-8482-577-6
2017
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Avenida Paris, 675 – Parque Residencial João Piza
CEP: 86041-100 — Londrina — PR
e-mail: editora.educacional@kroton.com.br
Homepage: http://www.kroton.com.br/
Sumário
Conteúdo
• As abordagens de leitura.
• A interação: autor-texto-leitor.
Habilidades
• A leitura implica uma interação entre quem produz o texto e quem o lê?
Não é possível aceitar apenas uma forma de ler esta está aliada ao prazer, à
informação e à função social. A leitura é muito abrangente, requer do leitor
conhecimentos que vão além de uma leitura vazia de textos, de escritos, como
considera Freire, sobre a importância de ler:
Sendo assim, nessa concepção, a leitura é uma atividade que exige do leitor o
foco no texto em sua linearidade, no reconhecimento do sentido das palavras e
estruturas do texto. Segundo as autoras (p. 10 do livro texto) a leitura é entendida
como atividade de captação de ideias do autor sem levar em consideração as
experiências e os conhecimentos do leitor. A ele (leitor) cabe o reconhecimento
das intenções.
espécie de não consciente. Nesse sentido, a leitura é uma atividade que exige do
leitor o foco no texto, em sua linearidade, uma vez que “tudo está dito no texto”.
Nessa concepção, o leitor reconhece o sentido das palavras e estruturas do texto.
De acordo com Koch e Elias (2013), nessa perspectiva de leitura, que considera
a interação autor-texto-leitor e é fundamentada no dialogismo de Bakhtin, difere
de outras concepções, as quais ora privilegiam o foco no autor, ora no texto.
Na concepção com o foco no autor, a leitura é entendida como a atividade de
captação das ideias do autor, deixando de levar em conta as experiências e os
conhecimentos do leitor; já as que têm o foco no texto, a leitura é uma atividade
que exige do leitor o foco na linearidade do texto, naquilo que está dito, posto.
A antecipação é aquilo que o leitor faz antes de ler um texto. Ele já espera, de
certa forma, os sentidos que o texto apresentará. Nessa tentativa de antecipação,
o sujeito leitor lança hipóteses, acreditando que os sentidos do texto serão aqueles
previstos por ele. Já a inferência, por sua vez, é uma estratégia que o leitor utiliza
para descobrir os não ditos no texto que podem ser desvendados com base em
pistas textuais; e por fim, a verificação, que tem como finalidade o controle ou
não da eficácia das demais estratégias. Enfim, todas elas agem mais ou menos ao
mesmo tempo, e o leitor, geralmente, não é consciente sobre o uso delas.
(dicionários, catálogos), leitura por obrigação (manuais, bulas), leitura dos que
caem em mãos (panfletos) ou nos são apresentados aos olhos (outdoors, cartazes,
faixas).
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Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das
questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo
para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-
se para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão.
Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas
ao tema.
Questão 1
Em breve, pais decidirão: dar uma pilha de livros ou um tablet aos filhos
O escritor italiano Italo Calvino dizia que clássicos são os livros que propagam
valores universais e despertam emoções que, a despeito do tempo decorrido desde
a leitura, jamais são esquecidos. “Constituem uma riqueza para quem os tenha
lido e amado”, escreveu. Cientes dessa riqueza, geração após geração, muitos
pais se preocupam à certa altura da vida em reunir esse tesouro em uma estante,
presenteando os filhos com uma seleção dos melhores livros. A tecnologia vai
adicionar, de maneira crescente, uma questão a essa tarefa: franquear aos filhos
uma coleção de livros ou um tablet ou e-reader, o leitor de livros digitais (e-books),
aos quais clássicos e outras tantas obras podem ser adicionados?
Sim, muitos clássicos já estão disponíveis para tablets e e-readers, muitos mais
estão a caminho e o mesmo vale para obras contemporâneas que servem à
formação e ao deleite de crianças e adolescentes. Em língua portuguesa, já é
possível ler nos dispositivos fábulas narradas pelos irmãos Grimm, A Menina do
Narizinho Arrebitado, de Monteiro Lobato, e as instigantes aventuras de Julio
Verne, como Viagem ao Centro da Terra, entre outros. É apenas uma pequena
parcela do que já se faz em língua inglesa, por exemplo, que conta com milhares
de obras prontas para a leitura. “Estamos próximos da virada digital”, afirma Mauro
Palermo, diretor da Globo Livros, que até o final deste ano vai colocar nos tablets
A expectativa é que até o fim deste ano sejam vendidos mais 300.000 aparelhos
da Apple por aqui. Somem-se a isso os dispositivos das demais marcas e também
os leitores de e-books. “Nossos investimentos estão crescendo de acordo com
a ampliação do mercado consumidores”, diz Breno Lerner, superintendente da
Editora Melhoramentos. Por ora, a empresa já oferece versões digitais dos livros de
Julio Verne e Ziraldo, além da coleção Sherlock Holmes.
Fonte:<http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/uma-questao-que-vai-perseguir-
os-pais-dar-um-montanha-de-livros-ou-um-tablet-a-seus-filhos>. Acesso em 18
nov. de 2013.
Questão 2
Esse trecho de crônica relata uma situação de leitura do início do século XX. A
atitude do pai com o filho, que ainda não tem familiaridade com a leitura, pode ser
aproximada de um procedimento que hoje se espera do professor em relação a
crianças na mesma situação. Esse procedimento consiste em:
c) Parafrasear o texto para, com essa operação, permitir que os alunos desfrutem
da obra em sua dimensão estética.
Questão 3
José da Silva precisa sair de sua casa e chegar até o trabalho, conforme mostra
o Quadro 1.1 Ele vai de ônibus e pega três linhas: 1) de sua casa até o terminal de
integração entre a zona norte e a zona central; 2) deste terminal até o outro entre
as zonas central e sul; 3) deste último terminal até onde trabalha. Sabe-se que há
uma correspondência numérica, nominal e cromática das linhas que José toma,
conforme o Quadro 1.2.
José da Silva deverá, então, tomar a seguinte sequência de linhas de ônibus, para
ir de casa ao trabalho:
Questão 4
No Brasil, a condição cidadã, embora dependa da leitura e da escrita, não se basta pela
enunciação do direito, nem pelo domínio desses instrumentos, o que, sem dúvida,
viabiliza melhor participação social. A condição cidadã depende, seguramente, da
ruptura com o ciclo da pobreza, que penaliza um largo contingente populacional.
(Formação de leitores e construção da cidadania, memória e presença do PROLER.
Rio de Janeiro: FBN, 2008).
Ao argumentar que a aquisição das habilidades de leitura não são suficientes para
garantir o exercício da cidadania, o autor:
Questão 5
Texto I
Ser brotinho não é viver em um píncaro azulado; é muito mais! Ser brotinho é
sorrir bastante dos homens e rir interminavelmente das mulheres, rir como se o
ridículo, visível ou invisível, provocasse uma tosse de riso irresistível. (CAMPOS,
Paulo Mendes. Ser brotinho. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos (Org.). As cem
melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005. p. 91).
Texto II
Ser gagá não é viver apenas nos idos do passado: é muito mais! É saber que
todos os amigos já morreram e os que teimam em viver são entrevados. É sorrir,
interminavelmente, não por necessidade interior, mas porque a boca não fecha
ou a dentadura é maior que a arcada. (FERNANDES, Millôr. Ser gagá. In: SANTOS,
Joaquim Ferreira dos (Org.). As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro:
Objetiva, 2005. p. 225).
Questão 6
A Importância da Leitura
A leitura é algo crucial para a aprendizagem do ser humano, pois é através dela
que podemos enriquecer nosso vocabulário, obter conhecimento, dinamizar o
raciocínio e a interpretação. Muitas pessoas dizem não ter paciência para ler um
livro, no entanto isso acontece por falta de hábito, pois se a leitura fosse um hábito
as pessoas saberiam apreciar uma boa obra literária, por exemplo.
Muitas coisas que aprendemos na escola são esquecidas com o tempo, pois não
as praticamos. Através da leitura rotineira, tais conhecimentos se fixariam de forma
a não serem esquecidos posteriormente. Dúvidas que temos ao escrever poderiam
ser sanadas pelo hábito de ler; e talvez nem as teríamos, pois a leitura torna nosso
conhecimento mais amplo e diversificado.
Questão 7
Leia um trecho da entrevista concedida por Isabel Solé à Revista Nova Escola e
responda aos questionamentos:
Pesquisas sobre como o leitor interage com o texto circulam no ambiente das
universidades desde a década de 1970. Coube à espanhola Isabel Solé, professora do
departamento de Psicologia Evolutiva e da Educação na Universidade de Barcelona,
na Espanha, trazer a discussão para as salas de aula. Publicado originalmente em
1992, seu livro Estratégias de Leitura esmiúça o papel do professor na formação
de leitores competentes. “O ensino das estratégias de leitura ajuda o estudante a
aplicar seu conhecimento prévio, a realizar inferências para interpretar o texto e a
identificar e esclarecer o que não entende”, explica. De sua casa, em Barcelona,
Isabel apontou caminhos para a atuação prática.
ISABEL SOLÉ Eu diria que o maior mérito foi colocar ao alcance dos professores
de Educação Básica uma forma de pensar e entender a leitura que já era bastante
conhecida no âmbito acadêmico, mas ainda não tinha muito impacto na prática
educativa. Afinal, são os docentes que de fato contribuem para a melhoria da
aprendizagem da leitura.
ISABEL Basicamente, a escola ensina a ler e não propõe tarefas para que os alunos
ISABEL Quando o objetivo é aprender, isso significa, em primeiro lugar, ler para
poder se guiar num mundo em que há tanta informação que às vezes não sabemos
nem por onde começar. Em segundo lugar, significa não ficar apenas no que
dizem os textos, mas incorporar o que eles trazem para transformar nosso próprio
conhecimento. Pode-se ler de forma superficial, mas também pode-se interrogar
o texto, deixar que ele proponha novas dúvidas, questione ideias prévias e nos leve
a pensar de outro modo.
ISABEL Sim. Não apenas para aprender, mas também para pensar. A leitura não é só
um meio de adquirir informação: ela também nos torna mais críticos e capazes de
considerar diferentes perspectivas. Isso necessita de uma intervenção específica.
Se eu, leitora experiente, leio um texto filosófico, provavelmente terei dificuldades,
pois não estou familiarizada com esse material. É preciso planejar estratégias
específicas para ensinar os alunos a lidar com as tarefas de leitura dentro de cada
disciplina. [...]
Explique o motivo de Isabel Solé afirmar que a leitura exige motivação, objetivos
claros e estratégias.
Questão 8
“Os jovens, quando conectados, alternam suas atividades a cada três minutos”,
alertou.
polêmica sobre os livros digitais, se estes poderão ou não mudar nossa habilidade
cerebral em relação ao processamento da leitura. Explique o que Gloria Mark da
Universidade da Califórnia relatou sobre o assunto.
Questão 9
Diante do fato, pode-se considerar a leitura como uma das mais importantes
tarefas que a escola tem que ensinar, mas é importante ressaltar que para isso o
professor deve ter consciência da necessidade, além de praticar com eficiência o
hábito da leitura.
Grande parte das escolas trabalha somente com textos literários e didáticos
e muitas vezes selecionam esses materiais de forma burocrática, ou seja, uma
relação de interesse entre editora, escola e, até mesmo, professor. Convém deixar
claro que esse tipo de atitude não é de forma generalizada, pelo contrário, existem
educadores que realmente desempenham seu papel de maneira responsável,
desenvolvendo estratégias e diferentes formas de realizar uma leitura eficiente.
A leitura voltada para o estudo é a mais cobrada pelos professores desde o início do
ensino fundamental, apesar de muitos não estarem preparados para desenvolver
em seus alunos tal hábito.
<http://ww.mundoeducacao.com/educacao/a-importancia-habito-ler.htm.>.
Acesso em: 18 nov. de 2013.
No texto lido percebe-se que algumas escolas priorizam somente alguns textos
para a prática da leitura. Isso pode ocasionar a desmotivação e o desinteresse
dos alunos no exercício da leitura. Nesse sentido, o papel do professor leitor é
fundamental. Explique qual é a consequência de o professor não desenvolver o
hábito de ler.
Questão 10
EDUCAÇÃO E LEITURA
sociais o ato de trabalhar a língua materna em sala de aula torna- se cada vez mais
complexo no Brasil, partindo do pressuposto que ela deve ser inclusiva e igual para
todos.
A importância da leitura para o aluno não se encontra apenas dentro dos muros
da escola, mas está fora deste quotidiano escolar, ou seja, a materialização da
leitura crítica é feita além do espaço físico escolar. Na entrevista para o emprego;
no exame de vestibular; no concurso público; na hora de pagar contas; assinar
um contrato; exercer a democracia ou questioná-la etc. É através das relações de
diálogo com o texto que o aluno incorpora um processo dialético, permitindo à
re-elaboração criativa do pensamento. Leitura é a produção de sentidos. Mas ela
deve interessar ao leitor. Cabe à escola proporcionar ao aluno condições de se
tornar um leitor crítico. Pois existe uma relação dialética entre leitura e produção
de textos. No entanto, como analisa João Wanderley Geraldi no livro O texto na
sala de aula, “Na escola não se leem textos, fazem-se exercícios na interpretação e
na análise de textos. E isto nada mais é do que simular leituras.”
A sociedade exige que, para exercer uma cidadania completa, o usuário da língua
consiga atender a algumas demandas básicas de uso, a exemplo da leitura. É
preciso saber ler para obter informações básicas e para procurar informações
específicas. A leitura é o meio pelo qual os povos interagem e até pela construção
de uma identidade nacional.
LER E COMPREENDER
O ato de trabalhar textos não é limitado, mas é um contexto social do ser humano
de interferir na formação de outro texto e desenvolver uma visão capaz de
pensar, refletir, analisar e transformar o seu contexto social de forma intertextual.
Portanto, quando os níveis de compreensão têm seu espaço reconhecido no
processo interacional da leitura e produção como assunto afim fica mais fácil
programar o exercício da reflexão fazendo com que o aluno possa materializar
seus conhecimentos incorporados na escola de forma positiva em sua vida social.
LEITURA NO ENSINO
Cabe à escola a tarefa de letramento capaz de fazer o aluno assumir o papel principal
no processo do conhecer. Estabelecer mecanismos para leitura é o primeiro
passo. A ação pedagógica deve ser mediadora entre o leitor e os textos, permitindo
ao aluno transformação pessoal, dispondo por meio da leitura a possibilidade de
conhecer a diversidade de gêneros textuais a fim de ter uma melhor inserção na
sociedade.
O que poucos admitem, mas que é evidente, é que, se o professor utilizasse todo o
tempo de suas aulas com leitura, os demais conteúdos que motivam a delimitação
da leitura seriam naturalmente assimilados. É no contato com as palavras, com
os textos, com os livros e leituras em geral, que o indivíduo compreende a
(Autora: Lilian de Souza Farias, data da publicação: fev. De 2010.) Disponível em:
<http://linguaportuguesa.uol.com.br/linguaportuguesa/gramatica-ortografia/28/
artigo209965-1.asp>. Acesso em: 18 nov. 2013.
FINALIZANDO
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de
acessar seu desafio profissional e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons
estudos!
REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. 12. ed. São Paulo: Cortez, 2011.
GERALDI, João W. (Org.). O Texto na Sala de Aula - Leitura & Produção. Cascavel:
Assoeste, 1984, p. 121-125.
GNERRE, Maurizzio. Linguagem, escrita e poder. São Paulo: Martins Fontes, 1985.
GLOSSÁRIO
Leitura, Tipos de
Conhecimento e
Processamento Textual
Devoutly to be wish’d.[...]
fatos históricos, mitos, crendices, folclore, coisas, enfim, sobre as quais o escritor,
na verdade, pretende dialogar com o leitor, ou trazer esses fatos à lembrança deste.
A menina, orgulhosa, pois havia estudado muito bem a conjugação dos verbos,
pôs-se de pé e começou a declamar, em voz bem alta:
“E Dona Benta começou a ler: Num lugar da Mancha, de cujo nome não quero
lembrar-me, vivia, não há muito, um fidalgo dos da lança em cabido, adarga antiga
e galgo corredor”.
Num belo dia de verão, um cervo chegou até junto a um regato, para beber.
Quando inclinou a cabeça, viu na água a própria imagem e exclamou orgulhoso:
O cervo disparou pela campina, com tanta velocidade que o leão não podia
pegá-lo.
Aí, o cervo entrou por dentro da floresta e logo os seus chifres se embaraçaram
nos galhos das árvores. Em poucos instantes o leão saltava sobre o prisioneiro.
– Está olhando feio bro lodjínia de Salim burquê? Com este lodjínia, Salim tem
abartamento na Guarujá, tem casa na Búzios, casa na Cambos da Jordão, tem casa
no Riviera da Zão Lorenço, tem abartamento no Beirute, tem filho estuda medicina
no Estados Unidos, tem filha estuda moda na Baris, tudo só com lodjínia!
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Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das
questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo
para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-
se para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão.
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Questão 1
O que desejo ressaltar aqui, então, é o que está dito por Possenti no capítulo
“Ensinar língua ou ensinar gramática?”. O autor começa o capítulo em questão
objetivando que o domínio efetivo e ativo de uma língua dispensa o domínio de uma
metalinguagem técnica. Então, pode-se saber muito de uma língua sem dominá-
la para situações reais tendo conhecimentos metalinguísticos de tal língua e, por
oposição, imaginar que Homero, Ésquilo e Platão nunca estudaram gramática,
pois algo parecido só ocorre dois séculos antes de Cristo, na própria Grécia, com
intuito de se estudar os textos antigos, pois o grego, como toda língua, estava se
transformando. Portanto, para Possenti, é interessante frisar que quem consulta os
escritores são os gramáticos e não o contrário. E que, portanto, não faz sentido
ensinar nomenclaturas a quem não chegou a dominar habilidades de utilização
corrente e não traumática da língua.
Em resumo, abrir mais espaço nas aulas de Português para a literatura, a interpretação
e a produção de textos parece ser mais lógico do que exigir conhecimentos de
gramática de quem não domina gêneros textuais nos quais a língua acontece.
Resenha sobre o livro de POSSENTI, Sírio. Por que (não) ensinar gramática na escola.
Campinas, ALB. Mercado de Letras, 1996, 96 p., Coleção Leituras do Brasil. (Autor:
Rui Amaral Dias de Oliveira). Disponível em:
<http://escrevendo.cenpec.org.br/index.php?option=com_content&view=
article&id=470:por-que-nao-ensinar-gramatica-na-escola&catid=25:indicacao-de-
leitura&Itemid=75>. Acesso em: 18 nov. 2013.
Questão 2
a) Dois loucos planejaram fugir do hospício pulando o portão. Chegou a noite, mas,
na hora H, um doido disse:
– A Lua, ora, pois. Ela ilumina tudo quando está escuro. É graças a ela que podemos
enxergar um bocado à noite, principalmente quando está cheia.
– Mas e o Sol?
– O Sol? Ora, pá, o Sol não serve pra nada. Pois não estás a ver que ele só brilha de
dia, quando está tudo claro?
e) O bom de hoje em dia é que vemos muitas famílias felizes por aí, nem que elas
estejam coladas no carro.
Questão 3
Questão 4
Questão 5
De acordo com Fávero (2001, p. 64), “os frames estabelecem que elementos, em
princípio, fazem parte de um todo, mas não estabelecem entre eles uma ordem
ou seqüência (lógica ou temporal)”. A autora exemplifica esse conceito de frames
através das expressões “festa de aniversário” e “natal”. Com relação à festa de
aniversário, podemos dizer que ao mencionarmos essa expressão, o interlocutor
geralmente ativa elementos como: doces, música, decorações, bolo, velas etc.
Assim, todos esses elementos juntos constituem um frame, apesar de não se
estabelecer entre eles uma ordem ou sequência. Ou seja, podemos definir frames
como modelos cognitivos globais que contêm o conhecimento comum sobre um
evento, como Natal, festa de aniversário, carnaval e outros.
c) Frames segundo informações do trecho lido são modelos cognitivos globais que
contêm conhecimento comum sobre um determinado evento.
Questão 6
Com base no excerto acima, explique a seguinte frase: “Todo ponto de vista é a
vista de um ponto”.
Questão 7
Para fazer leitura, o leitor usa estratégias, como seleção, antecipação e inferência.
Leia o texto a seguir para responder à questão proposta.
Afonso era o mais belo cisne do lago Príncipe de Astúrias. Todos os dias, ele
contemplava sua imagem refletida nas águas daquele chiquérrimo e exclusivo
condomínio para aves milionárias. Mas Afonso não se esquecia de sua humildade.
– Pensar que, não faz muito tempo, eu era conhecido como o Patinho Feio...
Um dia, ele sentiu saudades da mãe, dos irmãos e dos amiguinhos da escola. Voou
até a lagoa do Quaquenhá. O pequeno e barrento local de sua infância. A pata
Quitéria conversava com as amigas chocando sua quadragésima ninhada. Afonso
abriu suas largas asas brancas.
Questão 8
Questão 9
Explique o que significa leitura de mundo para Paulo Freire e qual é a importância
disso para a interpretação de texto.
Questão 10
No diálogo seguinte, qual espécie de conhecimento está sendo utilizada pelo autor
para fazer graça?
- Todo mundo fala, meu amigo, desde que não seja mudo.
- Isso eu sei, não precisava me dizer como novidade. Eu queria saber é quem está
no aparelho.
- Não parece. Se fosse para me servir já teria dito quem está falando.
- Bem, nós dois estamos falando. Eu de cá, você de lá. E um não conhece o outro.
- Não perguntei nem vou perguntar. Não estou interessado em conhecer outras
pessoas.
- Estou respondendo.
- Pela última vez, e em nome da segurança, porque eu sou obrigado a dar esta
informação a um desconhecido?
- Bolas!
- Bolas digo eu. Bolas e carambolas. Por acaso você não pode dizer com quem
deseja falar, para eu lhe responder se essa pessoa está ou não aqui, mora ou não
mora neste endereço? Vamos, diga de uma vez por todas: com quem deseja falar?
Silêncio.
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos plausíveis. 4. ed. Rio de Janeiro: Record,
1998. p. 63)
FINALIZANDO
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de
acessar seu desafio profissional e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons
estudos!
REFERÊNCIAS
FÁVERO, Leonor Lopes. Coesão e coerência textuais. 9. ed. São Paulo: Ática, 2001.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. 12. ed. São Paulo: Cortez, 1996.
LAJOLO, Marisa. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática,
1993.
GLOSSÁRIO
mentalmente; supor. É aquilo “que está envolvido, mas não de modo claro; tácito,
subentendido”.
Texto e Contexto
Texto e Contexto
Conforme Fiorin (2006), o texto não deve ser entendido como um amontoado
de frases com significados autônomos. Os significados das partes de um texto não
podem ser considerados de forma isolada, e, sim, dentro de correlações que vão
se articulando internamente para criar uma trama de sentido. “Todo texto contém
um pronunciamento dentro de um debate de escala mais ampla” (FIORIN, 2006,
p. 13). “[...] é nos textos e pelos textos que o aluno vai adquirir a competência de
operar criativamente, com os dados armazenados, um tipo de saber cada vez mais
raro na contemporaneidade e que precisa ser recuperado” (FIORIN, 2002, p. 3).
Considerando a definição de texto de Costa Val (1999, p. 3), para quem “texto
é uma ocorrência linguística, falada ou escrita de qualquer extensão, dotado de
unidades sócio-comunicativa semântica e formal”, para que você entenda melhor
o que venha a ser contexto, observe o seguinte enunciado:
Sem considerar o contexto, não se pode explicar o sentido dessa frase. Poderia
imaginar que ela pudesse referir-se a um dia agradável, em que a rotina flui sem
imprevistos, ou poderia ter sido dita por alguém que ganhou na loteria. Não se
sabe a que contexto refere-se, se a um dia de sol após um período chuvoso ou
se a um dia de chuva após meses de sol escaldante. Como não foi apresentada a
situação em que esse enunciado foi proferido, há várias possibilidades de sentido
nessa frase.
48 Texto e Contexto
T3
se atrasar tanto, mas teve de descer a três quarteirões do edifício onde trabalhava,
pois, como chovia muito, uma árvore caída na rua impedia a passagem de veículos.
Chegou ao trabalho atrasado em uma hora e meia. Ofegante e nervoso, ele brada:
Texto e Contexto 49
T3
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50 Texto e Contexto
T3
Vídeos
<http://www.youtube.com/watch?v=Ys7ao6-YocE&list=PL129944938FFB0E35>.
Acesso em: 18 nov. 2013.
Texto e Contexto 51
T3
Instruções:
Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das
questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo
para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-
se para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão.
Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas
ao tema.
Questão 1
Você provavelmente se acostumou a ver a palavra texto. Mas você sabe qual é o
seu conceito? Para entendê-lo melhor, pense nas duas seguintes situações:
1) Você foi visitar um amigo que está hospitalizado e, pelos corredores, você vê
placas com a palavra “Silêncio”.
2) Você está andando por uma rua, a pé, e vê um pedaço de papel, jogado no chão,
onde está escrito “Ouro”.
Responda:
A - Em qual das situações uma única palavra pode constituir um texto? Em seguida
explique a situação que não pode ser considerada texto.
B - Como você faria para que a situação que não é considerada texto viesse a se
tornar um?
Questão 2
Circuito Fechado
Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, creme dental, água, espuma,
creme de barbear, pincel, espuma, gilete, água, cortina, sabonete, água fria, água
52 Texto e Contexto
T3
quente, toalha. Creme para cabelo; pente. Cueca, camisa, abotoaduras, calça,
meias, sapatos, gravata, paletó. Carteira, níqueis, documentos, caneta, chaves, lenço,
relógio, maços de cigarros, caixa de fósforos. Jornal. Mesa, cadeiras, xícara e pires,
prato, bule, talheres, guardanapos. Quadros. Pasta, carro. Cigarro, fósforo. Mesa
e poltrona, cadeira, cinzeiro, papéis, telefone, agenda, copo com lápis, canetas,
blocos de notas, espátula, pastas, caixas de entrada, de saída, vaso com plantas,
quadros, papéis, cigarro, fósforo. Bandeja, xícara pequena. Cigarro e fósforo. Papéis,
telefone, relatórios, cartas, notas, vales, cheques, memorandos, bilhetes, telefone,
papéis.
Escova de dentes, pasta, água. Mesa e poltrona, papéis, telefone, revista, copo
de papel, cigarro, fósforo, telefone interno, externo, papéis, prova de anúncio,
caneta e papel, relógio, papel, pasta, cigarro, fósforo, papel e caneta, telefone,
caneta e papel, telefone, papéis, folheto, xícara, jornal, cigarro, fósforo, papel e
caneta. Carro. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Paletó, gravata. Poltrona, copo,
revista. Quadros. Mesa, cadeiras, pratos, talheres, copos, guardanapos. Xícaras,
cigarro e fósforo. Poltrona, livro. Cigarro e fósforo. Televisor, poltrona. Cigarro e
fósforo. Abotoaduras, camisa, sapatos, meias, calça, cueca, pijama, espuma, água.
Chinelos. Coberta, cama, travesseiro. (Ricardo Ramos).
e) Para ser considerado texto seria necessário haver muitos verbos e adjetivos.
Questão 3
“Chinelos, vaso, descarga. Pia. Sabonete. Água. Escova, creme dental, água,
espuma, creme de barbear, pincel, espuma, gilete, água, cortina, sabonete, água
fria, água quente, toalha. Creme para cabelo, pente. Cueca, camisa, abotoaduras,
Texto e Contexto 53
T3
O Problema Ecológico
Questão 4
54 Texto e Contexto
T3
Questão 5
a) A destruição é inevitável.
Questão 6
Questão 7
A partir das afirmações, faça uma reflexão e escreva um texto sobre as suas
conclusões.
Texto e Contexto 55
T3
Questão 8
Numa aula de português, os alunos leram a crônica “Vale por dois” de Fernando
Sabino e discutiram o tema, que corresponde à dificuldade da personagem para
tomar decisões, mesmo nas situações mais simples do dia a dia. Na aula seguinte,
a professora apresentou esta proposta de redação:
“As pessoas não são apenas boas ou más. Às vezes são egoístas, em outros
momentos, amáveis; podem ser indecisas ou extremamente autoritárias, tímidas
ou extrovertidas... Há aqueles que gostam muito de si, outros que se depreciam;
há os que acham que a sua vida vale a pena, outros, porém, ‘que sua vida não
daria nada, nem uma nota de pé de página...’ (Luís F. Veríssimo). Dê asas a sua
imaginação e escreva um texto (em 1ª pessoa), falando de si, do seu jeito de ser e
do que acha da sua vida. Agora é a sua vez! Seja criativo! Não se esqueça do título!”
Questão 9
Texto I – Carta:
Niltom como vai tudo bom Niltom em primeiro lugar quero ti convidar para nós
assistir um filme no cinema Niltom o filme vai ser muito massa Niltom O artista
do filme Tarzam Niltom eu convidei umas menina e Eu quero que você convide
outras meninas também.
Eu vou ti espera Niltom O filme vai ser às 14:30 horas o nome do Cinema é Cine
Tatiana lá no Coxipó. Niltom não ligue com a dispesa deixe com comigo Niltom
Eu vou ti esperar la na portaria do Cine Niltom não falte tispero la ass: Gelsom. (G.,
4ª série).
56 Texto e Contexto
T3
Minha vida e uma vida muito feliz porque eu tenho minha querida mãe é ela e
muito boa para mim. Quando nós morava no Paraguai era muito difícil, o produto
que nós colhia nós tinha de dar a metade pro comissário e pra vender tinha que
pagar o Permicio senão não tiro nem um grão de cereais só que nós sempre espera
um dia comseguir um pedaço de terra, e com o esforço um pouco de cada um
e com a colaboração e o sacrifício das irmãs nos temos hoje onde morar. Mas só
quando fazia um ano que nos estava aqui aconteceu que o meu irmão morreu e
nos fiquemos muito triste mas agora já tamos nos desacostumando. (S.L., 3ª série).
Questão 10
Legião Urbana
Na baixada fluminense
Texto e Contexto 57
T3
Ao descanso do patrão
Piada no exterior
FINALIZANDO
58 Texto e Contexto
T3
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de
acessar seu desafio profissional e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons
estudos!
Texto e Contexto 59
T3
60 Texto e Contexto
T3
REFERÊNCIAS
COSTA VAL, Maria das Graças. Redação e Textualidade. 2. ed. São Paulo: Martins
Fontes, 1999.
FIORIN, J.L.; SAVIOLI, Platão F. Para entender o texto. São Paulo: Ática, 2006.
GLOSSÁRIO
Texto e Contexto 61
T3
Esse ambiente pode ser material (“O ladrão aproveitou o ambiente agreste para se
esconder no meio da vegetação”) ou simbólico (o ambiente histórico, cultural ou
outro). O contexto é constituído por um conjunto de circunstâncias (como o local
e o tempo) que ajudam a compreender a mensagem.
Habilidades: estão associadas ao saber fazer: ação física ou mental que indica a
capacidade adquirida. Exemplos: identificar variáveis; compreender fenômenos;
relacionar informações; analisar situações-problema; sintetizar; julgar;
correlacionar contexto situacional: interlocutor; cotexto sociocognitivos, enfim
estão relacionadas ao saber-conhecer; saber- fazer; saber-conviver; saber-ser. As
habilidades devem ser desenvolvidas na busca das competências.
62 Texto e Contexto
Tema 4
Texto e Intertextualidade
Texto 1 Texto 2
Que os anos não trazem mais Que os anos não trazem mais
T4
Figura 4.1
Fonte: <http://www.filologia.org.br/viiicnlf/anais/caderno09-02.html>.
64 Texto e Intertextualidade
T4
Figura 4.2
Fonte: <http://www.filologia.org.br/viiicnlf/anais/caderno09-02.html>.
Texto e Intertextualidade 65
T4
Texto original:
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá,
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.
(Gonçalves Dias, “Canção do exílio”).
Paráfrase:
Texto original:
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
(Gonçalves Dias)
Paródia:
Minha terra tem palmares
onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá
(Oswald de Andrade)
66 Texto e Intertextualidade
T4
Texto original:
Mar português
Pastiche:
Ó governo salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por votarmos em ti, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
(Autor desconhecido – Disponível em:
<http://sites.google.com/site/aulasdeportuguesonline/
modulo-2/pastiche>).
Texto original:
Yesterday
All my troubles seemed so far away
Now it looks as though they’re here to stay
Oh, I believe
In yesterday
(John Lennon).
Tradução:
Ontem
Todos os meus problemas pareciam tão distantes
Agora parece que eles estão aqui para ficar
Oh, eu acredito no ontem.
Texto e Intertextualidade 67
T4
Nesse sentido, pode-se também concluir que, como todo texto se produz
no seio de uma cultura, que conta com uma ampla tradição de textos, com
características determinadas quanto à estrutura, à temática, ao estilo, ao registro
etc., esse conhecimento textual compartilhado faz parte do acervo comum da
comunidade linguística e por isso é ativado quando se produz um texto e quando
esse texto é interpretado.
68 Texto e Intertextualidade
T4
ACOMPANHE NA WEB
Então:
Sites
Vídeos
Texto e Intertextualidade 69
T4
Instruções:
Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das
questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo
para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-
se para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão.
Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas
ao tema.
Questão 1
Você já deve ter tido a experiência de ler um texto e defrontar-se com passagens
lidas em outros. Os textos conversam entre si em um diálogo constante. Esse
fenômeno tem a denominação de intertextualidade. Leia os seguintes textos:
Texto 1
(ANDRADE, 1964)
Texto 2
70 Texto e Intertextualidade
T4
(BUARQUE,1989)
Texto 3
(PRADO, 1986)
a) Reiteração de imagens.
b) Oposição de ideias.
c) Falta de criatividade.
e) Ausência de recursos.
Questão 2
Leia com atenção a seguinte passagem, retirada do livro Para entender o texto -
leitura e redação, de Platão e Fiorin (2007, p. 19).
Texto e Intertextualidade 71
T4
Texto 1
(MEIRELES,1972)
72 Texto e Intertextualidade
T4
Texto 2
tô descendo a serra
pela imaginação
tô descendo a serra
às portas do paraíso
(Engenheiros do Hawaii)
Texto 3
Texto e Intertextualidade 73
T4
Questão 3:
Leia os fragmentos dos dois poemas a seguir e assinale a alternativa que registra o
tipo de intertextualidade presente entre os dois trechos:
Poema 1 – José
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
74 Texto e Intertextualidade
T4
e agora, José
[...]
Calma, José.
agora Candessus.
[...]
Se voltar a pergunta:
E agora José?
Agora FMI.
(SOUZA, 2007)
a) Epígrafe.
Texto e Intertextualidade 75
T4
b) Tradução.
c) Paráfrase.
d) Paródia.
e) Alusão.
Questão 4
Chega!
(ANDRADE,1964)
Questão 5
76 Texto e Intertextualidade
T4
Dom de Iludir
Texto e Intertextualidade 77
T4
Ao ser feita a leitura dos dois textos é possível dizer que houve uma intertextualidade
entre os dois? Ela ocorreu de maneira implícita ou explícita?
a) Sim, pois ocorreu um diálogo mesmo sendo escrito por autores diferentes e em
épocas diferentes, já que ambos retratam o mesmo assunto. O diálogo deu-se de
maneira explícita, porque há a indicação dos autores das obras.
b) Sim, pois ocorreu um diálogo mesmo sendo escrito por autores diferentes e em
épocas diferentes, já que ambos retratam o mesmo assunto. O diálogo deu-se de
maneira implícita, porque há a indicação dos autores das obras.
c) Não, pois os autores retratam diferentes temas, não havendo, assim, diálogo
entre as obras.
d) Não, pois os autores retratam diferentes temas, não havendo, assim, diálogo
entre as obras, sem falar que foram escritos em épocas distintas.
e) Talvez, pois os autores não retratam diferentes temas. Há apenas versos, e não
um diálogo.
Questão 6
Tendo em vista que um texto, seja ele expresso por meio de uma linguagem verbal,
seja por meio de uma linguagem não verbal (pintura, escultura, fotografia, entre
outras modalidades), estabelece com outro uma relação de diálogo, explicite seus
conhecimentos acerca do conceito de paráfrase e paródia.
Questão 7
78 Texto e Intertextualidade
T4
Texto I
Texto II
Questão 8
Questão 9
Texto e Intertextualidade 79
T4
Questão 10
lá?
ah!
sabiá...
papá...
maná...
sofá...
sinhá...
cá?
bah!
(José Paulo Paes)
80 Texto e Intertextualidade
T4
Canção do Exílio
FINALIZANDO
Ao chegar ao final deste tema, você aprendeu que um texto pode ser criado a partir
de um ou mais textos. A isso se chama de intertextualidade, que é uma forma de
fazer alusão e referência a ideias contidas em outros materiais. A intertextualidade,
nesse sentido, é uma importante ferramenta de enriquecimento da escrita.
Texto e Intertextualidade 81
T4
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de
acessar seu desafio profissional e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons
estudos!
82 Texto e Intertextualidade
T4
REFERÊNCIAS
ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. Rio de Janeiro: Aguilar, 1964.
BUARQUE, Chico. Letra e música. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
MEIRELES, Cecília. Flor de poemas. 3. ed. - Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1972.
SOUZA, J. Um novo José. In: DIONÍSIO, A. P. (Org.) Gêneros textuais & ensino. Rio
de Janeiro: Lucerna, 2007.
GLOSSÁRIO
Texto e Intertextualidade 83
T4
84 Texto e Intertextualidade
Tema 5
Gêneros Textuais
Eles são tão diversos quanto permite a esfera da atividade humana em que se
produz a linguagem. Assim, cada esfera elabora seus gêneros, de acordo com
aspectos sociais próprios, finalidades comunicativas e especificidades das situações
de interação em que os enunciados estão sendo produzidos.
O termo gênero discursivo é apresentado pela primeira vez pelo filósofo russo
Mikhail Bakhtin como “tipos relativamente estáveis de enunciados” (BAKHTIN, 1979,
p. 279). Isso significa que eles podem ser transformados, pois não são estáticos,
e sim “relativamente estáveis”. Por isso, em cada novo momento histórico podem
surgir muitos gêneros novos. Nesse sentido, vê-se hoje uma série de outros
gêneros, a exemplo daqueles que circulam no contexto da internet (e-mail, chats,
blogs, hipertextos).
Bakhtin (1992) afirma que os gêneros discursivos são constituídos nas diferentes
esferas da comunicação verbal. Também Paredes Silva (1997) comenta que esses
gêneros são formas típicas de enunciados relativamente estáveis em um contexto
social, pois cada ambiente da vida social organiza as produções da linguagem de
uma forma particular ou típica. Como exemplo, podemos citar a receita culinária,
que tem forma e tipo estáveis estipulados pela sociedade há muitos anos.
86 Gêneros Textuais
T5
Gêneros Textuais 87
T5
por Juliana Sada, do Promenino com Cidade Escola Aprendiz - Enviada especial a Brasília
88 Gêneros Textuais
T5
porque o cotidiano dos pastores impede a ida à escola, as crianças saem muito
cedo e andam até 20 quilômetros por dia e retornam apenas a noite para casa”,
explica Irene. Diante deste panorama, criaram-se escolas mais flexíveis para que as
crianças passassem a frequentar a escola. “Na minha comunidade, a solução para
a erradicação das piores formas do trabalho infantil passa pela criação de mais
escolas”, definiu Irene.
Fonte:<http://www.promenino.org.br/Default.aspx?TabId=77&ConteudoId=5e
dd472d-d512-4095-95d5-d64679aef486>. Acesso em: 18 nov. 2013.
Depois da leitura da notícia, você pode notar mais claramente que é por meio
da noção de produção de gêneros textuais ou discursivos que percebe-se o papel
dialógico e social da linguagem. Conhecer e valorizar a diversidade de gêneros
existentes permite ao usuário da língua, identificar seus aspectos principais e
produzir textos orais ou escritos em condições específicas.
Gêneros Textuais 89
T5
Em relação aos gêneros textuais, Marcuschi (2005) esclarece que eles são
compreendidos como práticas sócio-históricas e discursivas, apresentando um
poder preditivo e interpretativo das ações humanas. Os gêneros textuais são
usados para textos materializados, concretos, característicos do nosso cotidiano,
apresentando elementos sociocomunicativos definidos pelos conteúdos, pelas
propriedades funcionais, pelo estilo e pela composição. São exemplos: telefonema,
sermão, cartas, romance, novelas, contos, anúncios publicitários, charges, etc.
Os gêneros surgiram no último século, a exemplo do e-mail e de mensagens
eletrônicas, criaram formas comunicativas próprias, caracterizadas por situações
híbridas que diferenciam as relações entre oralidade e escrita, criando integração
entre os vários tipos de semioses, como signos verbais, sons, imagens etc.
Já quanto aos tipos textuais, Marcuschi (2005) afirma que eles são usados
para designar uma espécie definida pela natureza linguística de sua composição
(aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais e relações lógicas), abrangendo as
seguintes categorias: narração, argumentação, exposição, descrição e injunção.
90 Gêneros Textuais
T5
Nesse sentido, sabe-se que além dos gêneros textuais, podem-se identificar
também os “tipos textuais”, que constituem sequências linguísticas de enunciados,
por meio das quais o autor faz uma “narração”, uma “descrição”, uma “argumentação”,
uma “exposição” ou uma “injunção”. Então uma sequência linguística ou textual é o
conjunto de elementos (palavras) que possibilita que um texto tenha características
narrativas, descritivas, argumentativas e/ou injuntivas. Desse modo, as sequências
podem determinar se o texto será predominantemente do tipo narrativo, descritivo,
argumentativo ou injuntivo.
Observe o exemplo:
Tenho que admitir que tenho sido infiel já por várias vezes desde que te foste
embora. Acredito que nem tu nem eu merecemos isto!
Gêneros Textuais 91
T5
Portanto, penso que é melhor acabarmos tudo! Por favor, manda de volta a
foto minha que te enviei. Com Amor, Mary”.
O soldado John, muito magoado, pediu a todos os seus colegas que lhe
emprestassem fotos das suas namoradas, irmãs, amigas, primas etc. Juntamente
com a foto de Mary, colocou todas as outras fotos que conseguiu recolher com
seus colegas, em um envelope. Na carta que enviou à Mary estavam 87 fotos
juntamente com uma nota que dizia:
“Querida Mary:
Isso acontece. Peço desculpas, mas não consigo me lembrar quem tu és! Por
favor, procura a tua foto no envelope e me envia, de volta, as restantes! Com
carinho, com muito, muito amor… John”.
Observe o exemplo:
Enquanto a casa pegava fogo, um bebê chorava no quarto dos fundos e dois
garotos brincavam de bola na rua em frente.
Enquanto a casa pegava fogo, um bebê chorava no quarto dos fundo, alertando,
assim, os dois meninos que brincavam de bola na rua em frente.
92 Gêneros Textuais
T5
• Sequência argumentativa
”Pensando bem, em tudo o que a gente vê, e vivencia, e ouve e pensa, não
existe uma pessoa certa pra gente. Existe uma pessoa que, se você for parar pra
pensar é, na verdade, a pessoa errada. Porque a pessoa certa faz tudo certinho.
Chega na hora certa, fala as coisas certas, faz as coisas certas, mas nem sempre a
gente está precisando das coisas certas. Aí é a hora de procurar a pessoa errada.”
(adaptação: Luis Fernando Veríssimo).
Por mais que existam sequências descritivas que caracterizem a pessoa certa
no fragmento acima, essas sequências são utilizadas para justificar (respaldar) uma
ideia que o autor do texto julga ser verdadeira: “Pensando bem, em tudo o que
a gente vê, e vivencia, e ouve e pensa, não existe uma pessoa certa pra gente.”
Assim, sem perder o valor adjetivo que as expressões dispostas na sequência
descritiva possuem, passam, em conjunto, a valerem como indícios e opiniões
que justificarão com o desenvolvimento textual o juízo de valor do autor.
• Sequência injuntiva
Veja:
Gêneros Textuais 93
T5
Poesia concreta
beba coca cola
babe cola
beba coca
caco
cola
cloaca
Fonte: São Paulo: Abril educação, 1982, p. 43. Literatura Comentada.
94 Gêneros Textuais
T5
Um novo José
Josias de Souza
Calma José.
voltar a pergunta:
e agora José
agora Camdessus.
pode beber,
a noite é fria,
não veio,
Gêneros Textuais 95
T5
Se voltar a pergunta:
E agora josé?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
teogonia,
Se voltar a pergunta:
Elementar, elementar,
96 Gêneros Textuais
T5
Me chame Joseph.
ACOMPANHE NA WEB
Então:
Sites
<http://www.unicamp.br/iel/site/alunos/publicacoes/textos/g00003.htm>.
Acesso em: 18 nov. 2013.
Gêneros Textuais 97
T5
• Leia a resenha escrita por Rita Signor sobre “Os gêneros do discurso”. Assim
você terá a visão geral da abordagem bakhtiniana sobre os gêneros discursivos.
Disponível em:
<http://www.ufjf.br/revistagatilho/files/2009/12/RESENHA1.-Os-generos-do-
discurso.pdf>. Acesso em: 18 nov. 2013.
Vídeos
98 Gêneros Textuais
T5
Instruções:
Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das
questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo
para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-
se para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão.
Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas
ao tema.
Questão 1
O significado da palavra chat vem do inglês e quer dizer “conversa”. Essa conversa
acontece em tempo real, e, para isso, é necessário que duas ou mais pessoas
estejam conectadas ao mesmo tempo, o que chamamos de comunicação
síncrona. São muitos os sites que oferecem a opção de bate-papo na internet.
Basta escolher a sala que deseja “entrar”, as quais são divididas por assuntos, como
educação, cinema, esporte, música, sexo, entre outros.
Para entrar, é necessário escolher um nick, uma espécie de apelido que identificará
o participante durante a conversa.
Algumas salas restringem a idade, mas não existe nenhum controle para verificar
se a idade informada é realmente a idade de quem está acessando, facilitando que
crianças e adolescentes acessem salas com conteúdos inadequados para sua faixa
etária.
a) Possibilita que ocorra diálogo sem a exposição da identidade real dos indivíduos,
que podem recorrer a apelidos fictícios sem comprometer o fluxo da comunicação
em tempo real.
Gêneros Textuais 99
T5
Questão 2:
Uma operação do Ibama para combater a pesca ilegal na divisa entre os Estados
do Pará, Maranhão e Tocantins incinerou 10 km de redes usadas por pescadores
durante o período em que os peixes se reproduzem.
c) Informa sobre uma ação, a finalidade que a motivou e o resultado dessa ação.
Questão 3
Questão 4
Questão 5
Questão 6
Analise o texto seguinte e responda a que gênero textual ele pertence. Por quê?
A Doce Vida
Questão 7
Na imagem seguinte, você está diante de qual gênero textual? Analise e descubra
qual o tipo de sequência linguística é predominante.
Disponível em <http://www.webarcondicionado.com.br/wp-content/uploads/2012/06/2dsplay_midea_estilo.jpg>.
Acesso em: 14 nov. 2013.
Questão 8
Ter clara a diferença entre gênero textual e tipologia textual é importante para
nortear o trabalho do professor de língua na leitura, na compreensão e na produção
de textos. Nesse sentido, faça uma pesquisa conceitual sobre as diferenças entre
gênero textual e tipo textual.
Questão 9
Blitz educativa
12/08/2013
Uma aula diferente fora da sala de aula, mas com um grau significativo por
aprimorar a conscientização de jovens e adultos em relação à mistura perigosa
entre álcool e direção.
Foi assim que alunos e professores da Escola Municipal Gilberto Rezende Rocha
Filho, de Gurupi, realizaram na tarde da última sexta-feira, 9, uma Blitz educativa
com o tema: “Balada consciente”. Aproximadamente 80 crianças participaram
do momento de conscientização e os trabalhos foram acompanhados por
professores e servidores da escola. Na oportunidade os futuros motoristas falaram
aos condutores de veículos sobre a combinação perigosa entre álcool e direção.
Panfletos e cartazes confeccionados pelos próprios alunos foram entregues a
cada motorista parado durante a blitz.
Fonte: <http://www.t1noticias.com.br/curtas/blitz-educativa/51135/#.
UoIYbXA3v-Y>.
Questão 10
FINALIZANDO
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de
acessar seu desafio profissional e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons
estudos!
REFERÊNCIAS
PAREDES SILVA, V. L. Forma e função nos gêneros de discurso. Alfa, São Paulo, n.
41 (n.ep), p. 79-98, 1997.
GLOSSÁRIO
Referenciação e Progressão
Referencial
A referenciação é uma atividade discursiva por meio da qual o leitor acessa seu
repertório linguístico e, mediante escolhas significativas, representa os objetos de
seu discurso de modo coerente com o sentido que procura construir. A progressão
referencial, segundo Koch e Marcuschi (1998), fundamenta-se numa complexa
relação entre linguagem, mundo e pensamento. Para Koch (2005, p. 80-81), “Os
objetos de discurso são dinâmicos, ou seja, uma vez introduzidos, podem ser
modificados, desativados, reativados, transformados, recategorizados, construindo-
se ou reconstruindo-se, deste modo, o sentido, no curso da progressão textual.”
A raposa e as uvas
Certa raposa esfaimada encontrou uma parreira carregadinha
de lindos cachos maduros, coisa de fazer vir água à boca. Mas
tão altos que nem pulando.
O matreiro bicho torceu o focinho.
– Estão verdes — murmurou. Uvas verdes, só para cachorro.
E foi-se.
Nisto deu o vento e uma folha caiu.
A raposa ouvindo o barulhinho voltou depressa e pos-se a
farejar…
Moral: Quem desdenha quer comprar.
Fonte: LOBATO, M. Fábulas. 20. ed. São Paulo: Ed. Brasiliense,
1966.
Em nível semântico, talvez possa ser feita uma analogia com o ato dos
seres humanos de “torcer o nariz”, para demonstrar, por meio da referência e
da expressão facial, desdém por alguma coisa. Isso colabora para a progressão
referencial e para que o leitor crie uma “imagem mental” da raposa, possível
através do discurso. Vale ressaltar o que foi dito acima sobre “objetos de discurso”,
mostrando que os elementos da fábula não fazem parte da realidade, ou, para
existirem discursivamente, não precisam fazer parte da realidade. Nota-se, nessa
passagem, do ponto de vista da referenciação, a estratégia de personificação,
já que é atribuída à raposa (um animal) a ação de “torcer o focinho”, uma ação
própria da expressão de desdém dos seres humanos, quando torcem o nariz. No
trecho “E nisto deu o vento e uma folha caiu”, também ocorre anáfora indireta, pois
se subentende que uma folha da parreira caiu, embora o substantivo parreira não
apareça nessa passagem do texto. Pode-se dizer, ainda, que nesse trecho há uma
relação de meronímia (relação parte/todo expressa pela relação folha/planta, pois,
neste sentido, uma folha é parte de uma planta). Pode-se considerar a meronímia
como um tipo de anáfora indireta. No trecho em estudo, a palavra “folha” atua
como uma âncora, pois retoma a ideia de planta, parreira e uvas. A contração
“nisto” que, neste caso, possui valor adverbial de tempo (nisto seria o mesmo que
“neste momento”) faz referência a toda a situação anteriormente descrita no texto.
ACOMPANHE NA WEB
Então:
Sites
<http://bdtd.bczm.ufrn.br//tde_arquivos/20/TDE-2006-11-27T080148Z-415/
Publico/LidianeMD.pdf>. Acesso em: 18 nov. 2013. Nela, a autora analisa referência
e referenciação e discorre sobre anáforas correferenciais e não correferenciais.
Vídeos
Instruções:
Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das
questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo
para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-
se para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão.
Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas
ao tema.
Questão 1
Na verdade, nunca lhes havia passado pela cabeça que alguém pudesse se
interessar por aquilo que estavam pensando. Nunca lhes havia passado pela
cabeça que os seus pensamentos pudessem ser importantes.
I- A palavra “a”, em ”[...] no entanto, não foi a esperada” (3º parágrafo), refere-se a
a) Candidatos.
b) Pergunta.
c) Reação.
d) Falar.
e) Gostaria.
a) Candidatos.
b) Pânico.
c) Eles.
d) Reação.
e) Esse campo.
Questão 2
a) Consultório médico.
b) Mulher.
c) Doutor.
d) Emagrecer.
e) Cabeça.
Questão 3
“Eu tinha um desejo que não me abandonava nem quando estava nas situações
mais agradáveis. Era um desejo inusitado, que as pessoas, em geral, encaravam
com zombaria. Um desejo de ir à Lua na primeira astronave brasileira [...]”.
No texto, as locuções “um desejo”, “um desejo inusitado” e “um desejo de ir à Lua”:
Questão 4
c) Eles todos estavam muito apáticos, mas foi só falar em viagem que a animação
tomou conta do grupo.
e) Ao entrar em casa, ela correu para seu quarto, na esperança de encontrar ali
uma carta.
Questão 5
II – A retomada de referentes mais adiante no texto, ou seu uso como base para a
introdução de novos referentes, é denominada progressão referencial.
Estão corretos:
e) Todos os enunciados.
Questão 6
É ouvi-lo já
É ouvi-lo melhor
Do que o dirias
PESSOA, Fernando. Mensagem. 7. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981. p. 185.
Questão 7
Mesmo quando vão de ônibus, são levadas pelos pais até a porta do veículo.
Chegou a ponto de colocarem à venda vagas que dão o direito de o pai parar
o carro bem em frente à porta na hora de levar e buscar os filhos. Os pais se
acham ótimos porque gastam algumas centenas de dólares na segurança das
crianças. Mas o que você realmente fez pelo seu filho? Se o seu filho está numa
cadeira de rodas, você vai querer estacionar em frente à porta. Essa é a vaga
normalmente reservada aos portadores de deficiência. Então, você assegurou ao
seu filho saudável a chance de ser tratado como um inválido. Isso é considerado
um exemplo de paternidade hoje em dia.
(IstoÉ, 22/07/2009)
A palavra “isso”, destacada na última linha do texto, retoma qual fato anteriormente
mencionado?
Questão 8
Questão 9
Questão 10
FINALIZANDO
Neste tema, você aprendeu que a referenciação consiste nas diversas formas
de inserir novas entidades ou referentes no texto e que a progressão referencial é a
retomada de um referente mais adiante, ou seu uso como base para a introdução
de novos referentes.
desfocalização.
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de
acessar seu desafio profissional e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons
estudos!
REFERÊNCIAS
GLOSSÁRIO
Esfaimada: diz-se daquele que está com muita fome; faminto; esfomeado:
“Chegou em casa esfaimado”.
vão permitir que uma sequência de frases se torne um texto. Exemplo: “Paulo e
Pedro são excelentes advogados. Eles se formaram na academia do largo de São
Francisco”. Note que o pronome é que traz coerência e coesão à frase que pode
se tornar um texto se continuado.
• Ativação/reativação na memória
Exemplo 2: Era uma vez um homem muito rico, que viu seu filho ficar muito
doente, piorar muito, ir para os médicos e hospitais mais caros e acabar morrendo
no final. Essa desgraça deixou o homem muito infeliz. Um dia ele passou pela frente
de uma casa muito pobre e viu um homem humilde com seus filhos, reunidos para
o jantar. O homem rico viu essa cena e ficou com inveja do homem pobre.
Nesses exemplos, constata-se que esse fato, essa desgraça, essa cena,
encapsulam o cotexto precedente, criando expressões nominais referenciais
com nomes-núcleo inespecíficos, cuja compreensão depende dessa associação
com o cotexto. As expressões em destaque se constituem como objetos
discursivamente construídos, os quais não podem ser interpretados tendo em vista
supostas estruturas “objetivas” da realidade, uma vez que se configuram como
estruturações impostas à realidade por meio da percepção. Com isso, percebe-se
que a percepção cria esses referentes; afinal, a forma como esses fenômenos são
• Organização macroestrutural
Exemplo:
O álbum de figurinhas
Era uma vez um menino chamado Matheus. Um dia ele saiu com o pai
e ganhou um álbum para colar figuras. Todo dia Matheus ganhava um real do
pai para comprar um pacote de figurinhas. Essa diversão durou uma semana. O
menino estava bem feliz, mas aí ele viu que Pedro ganhava dois reais todos os
dias para comprar figurinhas. Aí Matheus também queria ganhar o que seu amigo
ganhava e começou a chorar toda vez que ganhava um real porque queria ganhar
dois. Essa situação deixou os pais de Matheus com raiva e eles acharam que ele
tava passando dos limites. Aí eles pararam de dar dinheiro para Matheus comprar
figurinhas. Essa decisão deixou Matheus triste, pois ele não conseguiu completar
seu álbum.
Logo, as formas nominais essa diversão, essa situação e essa decisão realizam
o encapsulamento de uma parte do texto, sinalizando o fechamento dessa parte,
que é mantida na informação nova. Sendo assim, ocorre uma mudança no tópico
discursivo, mas a continuidade tópica é mantida, ocorrendo simultaneamente
um movimento de retroação e um de progressão textual. Evidencia-se, então, a
importância dessas expressões nominais na marcação de parágrafos, uma vez que
contribuem para a estruturação do texto (SILVA, 2010, adaptado).
Na tessitura textual, um termo pode ser retomado por seu hiperônimo, que,
mesmo desconhecido do interlocutor (ou não atualizado em sua memória
discursiva), pode ser inferido com base nas pistas textuais.
Exemplo 1: Era uma vez uma comunidade onde todos os pássaros viviam felizes.
Eles ajudavam uns aos outros e todos se davam bem. Só que lá vivia também um
urubu muito rico que não fazia nada por ninguém. A ave de rapina só pensava nela
mesma aí um dia o pássaro malvado ficou preso numa armadilha e pediu ajuda aos
outros pássaros.
Exemplo 2: Era uma vez um macaco que fez amizade com dois peixes, uma
tartaruga um jacaré e dois caranguejos. Quando a maré baixava, o macaco ia
conversar com esses animais marinhos.
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Instruções:
Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das
questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo
para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-
se para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão.
Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas
ao tema.
Questão 1
III – No início da noite, ouvi o grito do pavão. Olhei assustado para o lado das
gaiolas, pois nunca imaginara que seria tão esquisito e desafinado o som emitido
por uma ave tão bonita.
b) Recategorização.
c) Rotulação.
e) Função predicativa.
Questão 2
Analise e responda:
Para esse trabalho, você precisará utilizar uma caneta, uma prancheta e um bloco
de papel em que fará as anotações diárias. Todo esse material será fornecido pela
empresa contratante.
Questão 3
c) Por meio da introdução (construção), um objeto que até então não foi
mencionado é introduzido no texto, de modo que a expressão linguística que o
representa é colocada em foco, ficando o objeto em evidência no modelo textual.
Questão 4
a) Isso é tudo.
c) A noite límpida e sem lua, as estrelas luzindo fortemente no céu rural, a brisa
fresca, os sons dos insetos, o aconchego em torno da lareira, tudo contribuía para
a elevação da alma e o contentamento do espírito.
d) Tudo é nada, mas um nada tão importante que abrange o Universo real ou
fantástico.
e) Enfim, quando tudo o mais não der certo, ofereça-lhe flores, dê um sorriso
resignado e procure outras paisagens.
Questão 5
b) Refocalização.
d) Rotulação.
e) Sumarização.
O comando da missão foi confiado ao tenente Robert Falcon Scott, que havia
viajado à África e às Antilhas, mas jamais posto os pés em regiões polares – o
que não o impediu de aceitar o desafio com incansável entusiasmo. O Discovery,
navio da expedição, partiu da Inglaterra em 31 de julho de 1901 e chegou à baía
McMurdo, na Antártida, no dia 8 de fevereiro de 1902.
A aventura foi um fracasso em relação à meta estabelecida, mas para Scott foi um
êxito, na medida em que os homens resistiram até o limite de suas forças.
Trecho adaptado de VERNAY, Pierre. A trágica corrida ao Polo Sul. Disponível em:
<http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/a_tragica_corrida_rumo_ao_
polo_sul_imprimir.html>. Acesso em: 18 de nov.2013.
Questão 6
Questão 7
Questão 8
Questão 9
Questão 10
No Rio começa a surgir o movimento para dividir, além dos royalties, também o
vazamento. O traficante Nem disse que gostaria de aprender com a petrolífera. “Se
eu soubesse vazar como eles eu não estaria nessa situação.”
FINALIZANDO
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de
acessar seu desafio profissional e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons
estudos!
REFERÊNCIAS
FÁVERO, Leonor Lopes. Coesão e coerência textuais. 9. ed. São Paulo: Ática, 2004.
GLOSSÁRIO
tudo que é dito tem um traço ideológico em relação a outros traços ideológicos. A
ideologia produz seus efeitos no discurso, materializando-se nele. Há, assim, uma
relação recíproca entre ideologia e linguagem.
Frame: frames (palavra do inglês que significa quadros, molduras) (FÁVERO, 2004,
p. 63) correspondem a modelos cognitivos globais, elementos de conhecimento
que “emolduram” a constituição de um texto e que são ativados por sua leitura,
e contêm o conhecimento comum sobre um conceito primário (geralmente
situações estereotipadas). Por exemplo, em linguagem jurídica, temos como
frames as noções de tribunal, contrato, despejo, assistência judiciária gratuita etc.
Um frame pode ser concebido como um intertexto de conhecimento geral, isto
é, mesmo leigos acerca da linguagem jurídica sabem a que se referem os seus
frames, porque correspondem a entidades relacionados à vida do cidadão.
Sabe-se que para a construção do sentido do texto muitos fatores são levados
em consideração. As expressões nominais referenciais são responsáveis, em grande
parte, por fazer com que o sentido do texto seja significativo para o leitor. Dando
continuidade ao tema anterior, agora você verá mais algumas das expressões
nominais referenciais.
Disponível em:<http://www.portugues.rfi.fr/mundo/20130928-novo-tremor-
de-terra-atinge-o-paquistao>. Acesso em: 18 nov. 2013.
Nas enchentes os peixes sobem até a parte mais alta dos rios para a desova:
este é o fenômeno denominado piracema. Nesse período, a pesca é proibida, para
assegurar a sustentabilidade das espécies. Os peixes jovens, que permanecem
nos campos cobertos de água durante toda a fase de crescimento, encontram
verdadeiros berçários nas áreas inundadas, desfrutando de alimentação e espaço
necessários para a sua sobrevivência.
Exemplo: Essa diversão durou uma semana. A menina estava bem feliz, mas ela
viu que Felipe ganhava duas moedas todos os dias para colocar no cofrinho. Beth
também queria ganhar o que seu irmão ganhava e começou a chorar toda vez que
ganhava apenas uma moeda porque queria ganhar duas.
Nesse exemplo, constata-se que seu irmão, à proporção que faz referência à
informação de que Felipe ganhava duas moedas, introduz uma informação nova:
Felipe é irmão de Beth. Com isso, o referente ganha novas informações.
• Orientação argumentativa
O milionário egoísta
Era uma vez uma comunidade onde todos viviam felizes. Eles ajudavam uns
aos outros e todos se davam bem. Só que lá vivia também um homem muito rico
que não fazia nada por ninguém. O indivíduo só pensava nele mesmo, um belo dia
o homem malvado ficou doente e pediu ajuda aos seus vizinhos. As pessoas nem
ligaram para os apelos do homem e foram cuidar de seus afazeres.
O médico
Era uma vez um médico que queria ganhar muito dinheiro. O homem ambicioso
só queria ganhar cada vez mais e nunca tinha tempo para sua família. Um dia o
filho dele acordou meio mole e pediu para o pai ver se ele precisava de algum
remédio. Mas o médico ganancioso disse que tinha uma consulta e não podia se
atrasar. Ele foi trabalhar e o filho ficou em casa doente.
As expressões nominais definidas também podem ser utilizadas para que seja
feita uma avaliação (ou categorização) do enunciado produzido. Isso pode ocorrer
por meio da classificação da própria entidade linguística pela qual o conteúdo se
realiza (com o uso de expressões que apresentam termos como frase, parágrafo
etc. como nomes-núcleo), bem como por meio da classificação da ação praticada
pelo próprio autor ou por uma outra pessoa, o que envolverá uma reflexão sobre
o dizer (de que resultam expressões cujos nomes-núcleo podem ser declaração,
protesto, apelo, etc.). Exemplo: “Todos ficaram tristes, mas o homem disse que ele ia
encontrar o bilhete e eles iam morar numa mansão bem bonita. Ninguém acreditou
nessa promessa, mas um dia o homem chegou com um carro importado para
levá-los para morar na mansão, pois havia encontrado o bilhete”. Nesse exemplo,
o objeto do discurso nessa promessa foi construído e categorizado conforme a
percepção do autor do texto em relação ao ato enunciativo realizado.
Assim pode-se afirmar que são múltiplas as funções das expressões nominais
referenciais, para cuja compreensão é necessária a interação de diversos níveis de
conhecimentos, sejam esses de ordem linguística, interacional, histórica, social,
cognitiva, etc. Nesse sentido, pode-se concluir que as palavras não refletem os
entes do mundo, de tal forma que o referente não pode ser considerado um reflexo
de estruturas da realidade objetiva, mas o produto da maneira como percebemos
e interpretamos o mundo (SILVA, 2010).
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ao tema.
Questão 1
Até o final desta estação, a tendência é de elevação dos preços nos setores de
legumes e verduras. A qualidade dos produtos, principalmente das folhagens
e legumes mais sensíveis, pode apresentar problemas. A perda de qualidade,
invariavelmente, acarreta redução do volume ofertado e aumento dos preços.
Segundo Godas, em contrapartida, as frutas em plena safra devem permanecer
com excelentes preços.
Questão 2
Qual função das expressões referenciais pode ser encontrada entre “uma nova
sonda para explorar Marte” e “veículo”?
A Agência Espacial dos EUA, a NASA, prepara uma nova sonda para explorar Marte.
O veículo, que lançado no sábado (dia 26), vai estudar em profundidade a química
e a geologia do local. Para isso, terá que demonstrar uma habilidade “incomum” a
veículos espaciais: a capacidade de escalar um elevado de 5 mil metros de altura
no relevo do Planeta Vermelho.
a) Anáfora especificadora.
c) Categorização metaenunciativa.
e) Orientação argumentativa.
Questão 3
A cerveja (também conhecida como água benta) é uma bebida cuja composição
atômica é: 90% de Cervum e os outros 10% de Álcool. Além de ser uma das bebidas
mais antigas que deixa o homem na manguaça, em países ocidentais costuma ser
uma das mais consumidas. Ainda que certos países tenham outras bebidas como
seu símbolo do alcoolismo, a velha cerva sempre se supera. Além da facilidade em
encontrá-la, afinal qualquer boteco – por mais meia-boca e pé sujo que seja – tem
cerva, seu preço é um atrativo em regiões normalmente urbanas.
a) Anáfora especificadora.
c) Categorização metaenunciativa.
e) Orientação argumentativa.
Questão 4
Julie Andrews foi escolhida por Walt Disney, quando este estava assistindo uma
peça na Broadway, a famosa Camelot. Ela já era conhecida no teatro, por outra
peça, intitulada “My Fair Lady”, e não queria fazer o filme porque estava grávida.
Mas Disney deu um jeito de adiar as filmagens e a contratou. Assim, ela estreou
no cinema em grande estilo, com uma simpatia insuperável e até ganhan¬do o
Oscar. No ano seguinte (1965), ela ficou mundialmente famosa com o estrondoso
sucesso de A Noviça Rebelde (o filme felicidade do cinema!).
a) Anáfora especificadora.
c) Categorização metaenunciativa.
e) Orientação argumentativa.
Questão 5
No texto a seguir, qual função das expressões referenciais existe entre “um animal”
e “Essa cadelinha soviética”?
Cadela Laika
Essa cadelinha soviética entrou para a posteridade como o primeiro animal a fazer
um voo na órbita da Terra. Ela foi a única tripulante da nave Sputnik 2, mas não
resistiu à experiência e morreu durante a missão. Depois dela, vários cães fizeram
voos orbitais. Disponível em: <http://mundoestranho.abril.com.br/materia/que-
animais-ja-foram-mandados-para-o-espaco>. Acesso em: 18 nov. 2013.
a) Anáfora especificadora.
e) Orientação argumentativa.
Questão 6
Questão 7
Com base no texto anterior, qual a função linguística das entradas e dos verbetes em
um dicionário? No vocábulo transcrito, quantas definições podem ser observadas?
Questão 8
(GIANNETTI, 2007)
Questão 9
Questão 10
(FANTE, 2005)
FINALIZANDO
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de
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estudos!
REFERÊNCIAS
FANTE, Cleo. Fenômeno bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar
para a paz. 2. ed. Rev. e ampl. Campinas: Verus, 2005.
KOCH, I. V.; ELIAS, V. M. Ler e compreender: os sentidos do texto. 2. ed. São Paulo:
Contexto, 2013.
GLOSSÁRIO
Então para que você conheça um pouco mais sobre como tecer um texto
escrito, é importante relembrar a origem da palavra texto do latim “textum” que
significa “tecido”, “entrelaçamento”. Não se pode esquecer que escrever um texto
é o mesmo que tecer. A partir dessa ideia, falamos em textura de um texto: que é
a rede de relações que garantem sua coesão.
Repetição
Progressão
Não contradição
Num texto coerente, não devem surgir elementos que contradigam aquilo que
já foi considerado falso, ou vice-versa. Esse tipo de contradição só é tolerado se
for intencional. Não se deve confundir a não contradição com o contraste, pois
a aproximação de ideias e fatos contrastantes é um recurso muito frequente no
desenvolvimento da argumentação.
Relação
Todo o conjunto de estratégias utilizadas pelo redator para fazer o texto progredir
sem perder o fio discursivo é chamado de sequenciação textual. A sequenciação
pode ser feita com ou sem recorrências. As “recorrências” podem incidir sobre
termos, estruturas, conteúdos semânticos, recursos fonológicos, tempo e aspecto
verbal.
O poeta é um fingidor:
Eventualmente, a interação entre autor e leitor ocorre pela passagem por meio
de vários assuntos, de vários temas ou tópicos, que podem ser agrupados em
blocos cada vez mais abrangentes, fenômeno que se denomina “progressão/
continuidade tópica”. Essa complexidade permite denominar os enunciados de
nível mais baixo de “segmentos tópicos” que, agrupados, compõem “subtópicos”,
os quais podem ser reunidos em “quadros tópicos” que, por sua vez, ficarão
aglomerados em um supertópico.
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• Assista ao vídeo “G1 - Saiba mais sobre tempos verbais”. Disponível em:
<http://www.youtube.com/watch?v=yt8UEB-2iAU>. Acesso em: 18 nov. 2013.
Trata do uso literal e do uso não literal dos tempos verbais. O professor faz uma
explanação do assunto trazendo exemplos.
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Questão 1
Tudo, tudo, tudo vai dar pé! Tudo, tudo, tudo vai dar pé
Tudo, tudo, tudo vai dar pé! Tudo, tudo, tudo vai dar pé” (Gilberto Gil).
d) Enquanto espera, Lúcia se desespera. Bem diziam que a vida de mulher grávida
era plena de esperança. Ela só não tinha ideia de que fosse assim.
e) Repete se for homem!, exclamou Maricota. E ele não só repetiu, mas repetiu
com todos os detalhes. Repetiu com ênfase, com gosto, com vontade de mostrar
a ela tudo o que a moça recusava enxergar.
Questão 2
As crianças o adoravam, mas ele não gostava delas; seu pensamento esta¬va
distante. Tudo o que elas podiam fazer nunca o impacientava. Frio, justo, impassível
e, entretanto, amado, pois sua chegada tinha de certa maneira expulso o tédio da
casa, foi um bom preceptor.
Quanto a ele, só sentia ódio e horror pela alta sociedade em que era admitido, é
verdade que no fim da mesa, o que talvez explique seu ódio e horror. Houve certos
jantares de gala em que mal pôde conter sua raiva por tudo o que o cercava. Num
dia de São Luís, o Sr. Valenod pontificava em casa do Sr. de Rênal e Julien esteve
a pique de se trair. Salvou-se saindo para o jardim, com o pretexto de ir ver as
crianças. “Quantos louvores à pro¬bidade!”, exclamou em pensamento. “Parece
que é a única virtude. Entre¬tanto, que consideração, que respeito servil por um
homem que evidente-mente duplicou e triplicou sua fortuna desde que passou
a administrar os bens dos pobres! Apostaria que lucra mesmo com os fundos
destinados às crianças abandonadas, esses infelizes cuja miséria é ainda mais
sagrada que a dos outros! Ah, monstros! Monstros! Mesmo eu sou uma espécie
de criança abandonada, odiada pelo pai, pelos irmãos, por toda a família.”
Questão 3
b) São tantas lágrimas e tantos ais e tanto desfalecer que nem sei como parar.
Questão 4:
uma coroa de folhas de hera ou de parreira e rodeado por ninfas, silenos, sátiros
e mênades. Dionizo tem grande fortuna na estatuária e na pintura renascentistas,
barrocas e de outras épocas. Michelangelo, Bellini, Ticiano, Carracci, Caravaggio,
Guido Reni e Poussin são apenas alguns dos artistas que dedicaram obras a esse
deus.
Questão 5
Situe-se, situe-se. Hoje a técnica de na¬vegação por satélite permite que tanto
barcos em alto-mar como táxis na rua saibam sempre exatamente onde estão,
e não podemos ficar atrás deles. Como não estamos ligados a satélites, temos
de suprir as nossas próprias coordena¬das e renová-las diariamente. Vamos lá.
(VERÍSSIMO, 2008. p. 27).
Pode-se afirmar que o período “Como não estamos [...] diariamente” encadeia-se
com o anterior por conexão, feita por relação lógico-semântica de:
a) Causalidade.
b) Comparação.
c) Conjunção de argumentos.
d) Justificação ou explicação.
e) Conclusão.
Questão 6
Só quem conhece a Ana Maria é que pode dizer quão faladeira ela é. Faladeira não
no sentido de fofoqueira, mas no sentido exato da palavra: ela fala, fala, fala, fala
pela boca, pelos cotovelos, pelos olhos, pelos quatro cantos do mundo, em casa,
na rua, na escola...
Como nem tudo é perfeito, seus pais, ao contrário, são pessoas quietas, mais
caladas, daquelas que só falam quando precisam. Azar dela que adora perguntar,
responder, explicar, pedir, mandar, chamar, cantar, exclamar... Azar deles, que a
todo instante ouvem Ana Maria perguntando, explicando, pedindo, chamando,
falando, respondendo, xingando...
[...].
Bem... foi assim, por causa dessa sua xeretice sem fim, que ela criou a maior
confusão em sua casa. De tanto ouvir no rádio e na televisão notícias sobre greve,
“greve aqui, greve ali, greve acolá, greve de professores, greve de lixeiros...” ela
perguntou ao pai:
O pai até sabia o que era, mas achava que não era assunto para filha pequena.
– Isso não é coisa pra você saber, menina! (GARCIA, 2009. p. 28-29).
[...].
Questão 7
Questão 8
Na canção “Vox populi”, a cantora Ana Carolina reclama do tanto que o povo fala:
Questão 9
Nos dois primeiros versos, qual é a forma de sequenciação utilizada? Por quê? Na
canção, há algum encadeamento? Por quê?
Questão 10
No verso “Andam dizendo que eu meto a mão”, o que é tema e que é rema?
FINALIZANDO
O conjunto das atividades realizadas pelo locutor para fazer o texto progredir,
mantendo o fio discursivo, é denominado sequenciação textual, a qual pode ser
feita com recorrências, que são repetições de termos, de estruturas (paralelismo
sintático) ou de conteúdos semânticos (paráfrase), de recursos fonológicos,
de tempo e aspecto verbal. A sequenciação feita sem recorrências ocorre por
procedimentos de manutenção temática e por progressão temática (tema/tópico
e rema/comentário). O encadeamento também propicia o desenvolvimento do
texto, seja por justaposição, seja por conexão. Eventualmente, são utilizadas a
progressão e a continuidade tópica, quando a interação entre emissor e receptor
da mensagem ocorre em torno de vários assuntos.
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de
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REFERÊNCIAS
FÁVERO, Leonor Lopes. Coesão e coerência textuais.9. ed. São Paulo: Ática, 2004.
GARCIA, Edson Gabriel. Treze contos. 23. ed. São Paulo: Atual, 2009.
VERÍSSIMO, Luis Fernando. O mundo é bárbaro e o que nós temos a ver com isso.
Rio de Janeiro: Objetiva, 2008.
GLOSSÁRIO
Linguagem oral: os falantes não escrevem exatamente como falam, pois a fala
apresenta como características uma maior liberdade no discurso, já que não
necessita ser planejada; pode ser redundante; enfática; usando timbre, entonação
e pausas de acordo com a retórica – essas características são representadas na
língua escrita por meio de pontuações. É importante salientar que a língua oral e a
língua escrita se completam.
Coerência Textual: Um
Princípio de Interpretabilidade
considerada coerente aos olhos do leitor. Assim pode-se afirmar que a coerência
textual é o instrumento que o autor vai usar para conseguir encaixar as “peças” do
texto e dar um sentido completo a ele.
Enfim, um texto, tanto oral quanto escrito, deve ser formado por:
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<http://moodle.stoa.usp.br/file.php/587/textos/a_construcao_do_texto.pdf>.
Acesso em: 18 nov. 2013.
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Questão 1
1. O motorista dizia: “isso aqui é tudo de Renan, isso aqui de Lira, isso aqui de fulano,
sicrano”. Eu olhava e só via vazios com algumas almas penadas nas estradas. “E isso
aqui é do MST.”
2. Você já viajou pelo interior de Alagoas? Há alguns meses eu fui de carro até uma
cidade a apenas uma hora e meia de Maceió. Parecia um deserto vermelho de
barro, pontilhado de miseráveis vilarejos de uma só rua.
3. Andamos meia hora sem ver casas, nem plantações, além de algumas usinas
desativadas. Era o silêncio da miséria, a paz do nada, onde vagam os vassalos do
feudalismo nordestino. Aqueles municípios paralíticos já são catástrofes secas, só
que silenciosas, paradas no tempo.
a) 2, 1, 3, 5, 4
b) 5, 4, 3, 2, 1.
c) 2, 1, 4, 3, 5.
d) 3, 2, 5, 4, 1.
e) 2, 1, 5, 4, 3.
Questão 2
a) I e II.
b) II e III.
c) Somente a I.
d) Somente a II.
e) Somente a III.
Questão 3
b) Portanto – de que.
d) Porquanto – ao que.
e) Quando – de que.
Questão 4
Assinale a opção que não constitui uma articulação coesa e coerente para as duas
partes do texto.
Questão 5
Flamengo 1 a 0.
O texto que narra uma parte do jogo final do Campeonato Carioca de futebol,
realizado em 2009, contém vários conectivos, sendo que:
b) Enquanto tem um significado alternativo uma vez que conecta duas opções
possíveis para serem aplicadas no jogo.
d) Mesmo traz ideia de concessão, já que “com mais posse de bola”, ter dificuldade
não é algo naturalmente esperado.
A regreção da redassão
– Pode ser, mas gostaria que o senhor ensinasse o menino. O senhor escreve
muito bem.
– Obrigado – agradeci –, mas não acredite muito nisso. Não coloco vírgulas e
nunca sei onde botar os acentos. A senhora precisa ver o trabalho que dou ao
revisor.
Não dá, minha senhora – tornei a me desculpar –, eu não tenho o menor jeito
com crianças.
Comentei o fato com um professor, meu amigo, que me respondeu: “Você não
deve se assustar, o estudante brasileiro não sabe escrever”. No dia seguinte, ouvi
de outro educador: “O estudante brasileiro não sabe escrever”. Depois li no jornal
as declarações de um diretor da faculdade: “O estudante brasileiro escreve muito
mal”. Impressionado, saí a procura de outros educadores. Todos me disseram:
acredite, o estudante brasileiro não sabe escrever. Passei a observar e notei que
já não se escreve mais como antigamente. Ninguém mais faz diário, ninguém
escreve em portas de banheiros, em muros, em paredes.
– Quer dizer – disse a um amigo enquanto íamos pela rua – que o estudante
brasileiro não sabe escrever? Isto é ótimo para mim. Pelo menos diminui a
concorrência e me garante emprego por mais dez anos.
– Engano seu – disse ele. - A continuar assim, dentro de cinco anos você terá que
mudar de profissão.
– Por quê? – espantei-me. – Quanto menos gente sabendo escrever, mais chance
eu tenho de sobreviver.
– Sei lá – dei com os ombros –, vai ver que é porque não pega direito no lápis.
– Não senhor. Não sabe escrever porque está perdendo o hábito da leitura. E
quando o perder completamente, você vai escrever para quem?
Taí um dado novo que eu não havia considerado. Imediatamente pensei quais as
utilidades que teria um jornal no futuro: embrulhar carne? Então vou trabalhar num
açougue. Serviria para fazer barquinhos, para fazer fogueira nas arquibancadas do
Maracanã, para forrar sapato furado ou para quebrar um galho em banheiro de
estrada? Imaginei-me com uns textos na mão, correndo pelas ruas para oferecer
às pessoas, assim como quem oferece hoje bilhete de loteria:
– Não, obrigado. Não estou interessado. Nos últimos cinco anos a única coisa que
leio é a bula de remédio.
– O senhor só tem escrito? Então não quero. Por que o senhor não grava o texto?
Fica mais fácil ouvi-lo no meu gravador.
– O quê? Tudo isso? O senhor está pensando que sou vagabundo? Que tenho
tempo para ler tudo isso? Não dá para resumir tudo em cinco linhas?
Não há dúvidas: o estudante brasileiro não sabe escrever. Não sabe escrever
porque não lê. E não lendo, também desaprende a falar [...].
[...] tudo isso me faz pensar que estamos muito mais perto do que se imaginava.
Tudo isso me faz pensar que estamos muito mais perto do que se imaginava da
Idade da Pedra. A prosseguir nessa gravação, ou a regredir nessa progressão, não
demora muito, estaremos todos de tacape na mão reinventando os hieróglifos.
Neste dia, então, a palavra escrever ganhará uma nova grafia: ex-crever.”
(NOVAES, 1976).
Questão 6
Questão 7
Questão 8
Leia o texto 1:
João vai à padaria. A padaria é feita de tijolos. Os tijolos são caríssimos. Também
os mísseis são caríssimos. Os mísseis são lançados no espaço. Segundo a teoria da
Relatividade o espaço é curvo. A geometria rimaniana dá conta desse fenômeno.
(MARCUSCHI, 1982, p. 31).
Leia o texto 2:
[...]
Lá dentro havia uma fumaça espessa que não deixava que víssemos ninguém.Meu
colega foi à cozinha, deixando-me sozinho. Fiquei encostado na parede da sala,
observando as pessoas que lá estavam. Na festa, havia pessoas de todos os tipos:
ruivas, brancas, pretas, amarelas, altas, baixas etc. [...]. (PLATÃO; FIORIN, 1996, p.
397).
Questão 9
porque – mas – eles – pois – portanto – mas – além disso – que – porque – quando
Questão 10
Somente a coesão não é suficiente para que haja sentido no texto. Esse é o papel
da coerência, e coerência se relaciona intimamente a contexto.
b) 2 – Lamentavelmente.
c) 3 – ou seja.
d) 4 – Simultaneamente.
e) 5 – Se bem que.
FINALIZANDO
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de
acessar seu desafio profissional e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons
estudos!
REFERÊNCIAS
PLATÃO S. F.; FIORIN L. J. Lições de texto: leitura e redação. São Paulo, Ática,
1996.
GLOSSÁRIO