Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
oratória
PROCESSO DE COMUNICAÇÃO
DEFINIÇÃO:
Comunicação é o processo, através do qual, uma mensagem é transmitida de uma fonte
emissora para um receptor individual ou coletivo, com o objetivo de obter uma resposta.
COMUNICAÇÃO:
É o processo pelo qual as relações interpessoais acontecem.
ELEMENTOS:
Para entendermos o processo de comunicação devemos estudar, separadamente, os seus
elementos:
EMISSOR CÓDIGO / MENSAGEM RECEPTOR
EMISSOR:
Toda pessoa tem arquivado no cérebro, um código formado por palavras, símbolos,
valores, crenças, emoções e outros elementos que possuem significados. Quando
precisamos enviar uma mensagem a outras pessoas, buscamos os códigos que vão
compor a mensagem transmitida a um determinado receptor. Uma fonte emissora pode
ser: uma pessoa falando, fazendo gestos, escrevendo, um grupo de pessoas como teatro,
cinema e televisão.
A Expectativa de quem codifica uma mensagem é que a mesma seja entendida pelo
receptor que a codifica.
RECEPTOR:
Cada pessoa tem seu arquivo de códigos, quando um receptor recebe o estímulo de uma
mensagem, ele tende a decodificar os símbolos da mensagem, a partir de seus próprios
códigos, e não pelo código do emissor. Portanto, o primeiro passo para se garantir uma
boa comunicação é o estabelecimento de um código comum entre emissor e receptor.
MENSAGEM:
Tudo aquilo que é transmitido de uma fonte emissora e uma fonte receptora é uma
mensagem. Embora não exista uma fórmula para se emitir uma mensagem, com absoluta
garantia de ser entendida, algumas características devem ser observadas para se chegar a
uma boa comunicação:
oratória
2. CLAREZA: Uma mensagem não pode conter termos semelhantes ou duvidosos. A
mensagem, para que sejam evitados distorções, deve ser clara.
ORATÓRIA
A APRESENTAÇÃO NA ORATÓRIA
Quando somos convidados a proferir uma palestra, ou até mesmo falar a um grupo
de pessoas a nossa primeira preocupação é com referência à forma que seremos
recebidos. Sabemos que nossa receptividade está diretamente ligada à forma pela qual
seremos apresentados e sem dúvidas este tema é o primeiro fator a nos angustiar.
Dick Milhan, autor do livro “Caris-Mágica" para falar em “público”, definiu da seguinte forma
a questão da apresentação:
oratória
anteriormente preparado, mas é preciso manter-se firme. Assim como seria inadmissível
deixá-lo proferir os cinco primeiro minutos de seu discurso, não ceda, deixando-o fazer
como bem entender esse aspecto crítico de toda sua mensagem.
Em sua maioria, as pessoas chamadas para apresentar os oradores são em geral,
vacilantes em relação a sua tarefa. Ou têm qualquer atuação no programa e ficam com o
encargo em razão do ofício que lhes é afetado, ou foi porque alguém mais não pôde fá-lo.
Sem dúvidas, há apresentadores bastante qualificados, que se desempenham bem e
fazem admiráveis apresentações. Contudo, é melhor acreditar que o apresentador gostaria
de algum auxílio. Só de falar com ele, você notará o grau de colaboração que necessita.
oratória
3. Mesmo que o principal objetivo da Apresentação seja estabelecer sua autoridade de
falar sobre um assunto, pode também atender a outras finalidades, quais sejam,
estabelecer um elo com o auditório através de pequenas frases que revogarão nosso
relacionamento com ele.
Pôr exemplo, quando estivermos nos dirigindo a corretores de imóveis, introduzir a
frase: “ eu, que também sou corretor, de vez que possuo estas credenciais na Flórida ...”
Quando estivermos falando para um grupo de Educação, podemos mencionar: “ele
recebeu seu grau de mestrado pela Universidade de Stetson, onde ministrou um programa
de extensão, no período de seis anos”.
A Apresentação deve ser flexível e viva. Tem de constituir-se em uma força viva que
prepara o caminho para o vigor da oratória, e como tal, seja respeitada. Não é superficial à
nossa apresentação, porém uma parte integrante da mesma. De todos os conselhos que
eu possa dar para auxiliar o orador, este é o principal da lista: “Mantenha o controle de sua
apresentação”.
A COMUNICAÇÃO VERBAL
Aprender a falar em público é a mesma coisa que aprender a jogar tênis ou futebol.
A prática é muito importante e quanto mais se pratica, mais se aprende.
Existem cinco regras fundamentais para se falar em público. Na verdade estas regras
não são novas, seu estabelecimento deve ser creditado a Aristóteles, famoso filósofo
grego, nascido no ano de 384 antes de Cristo.
O QUE É ORATÓRIA?
oratória
Algumas palavras como jogar, amor, nacionalismo e educação têm diversos
significados, tanto abstratos como concretos, que não podem ser definidos de forma
explícita e completa com simples frases. Oratória é uma dessas palavras. Significa algo
diferente em cada cultura, e mesmo dentro de uma mesma cultura, o significado varia com
o tempo.
Comecemos com a idéia de que oratória é uma classe especial de dissertação. O
orador fala com um fim especial, de uma maneira especial, um momento especial. A idéia
de que é especial é muito importante, visto que a oratória não é uma dissertação comum.
Na oratória, os temas são importantes, interessantes: as idéias se apresentam de forma
original, clara e organizada, lógica e elegante, para produzir um efeito de eloqüência
extraordinária. Geralmente não considerados como oratória a dissertação numa classe ou
num almoço. A oratória se eleva acima do nível comum no efeito e motivo que causa em
quem escuta. A oratória é um esforço criador mediante o qual se esclarecem, expressam,
enobrecem e dramatizam idéias importantes. Sua finalidade é impressionar, convencer ou
levar o público a agir.
Aristóteles definiu a oratória como “a faculdade de encontrar todos os meios de
persuasão sobre o assunto”. Quintiliano, o retórico hispano-latino, considerado muitas
vezes como o maior mestre de oratória de todos os tempos, considerava a oratória “a arte
de falar bem”, e Cícero, a descrevia como “a arte de persuasão”.
Estas definições clássicas da oratória não mudaram. A oratória continua sendo a forma
mais elevada de comunicação, uma arte mediante a qual se influi de modo positivo sobre a
natureza humana.
Pode-se pronunciar um discurso por diversas razões. Pode ser feito para informar o
público, para dar uma explicação, para levantar um protesto ou para motivar uma ação
sobre algo.
Pode ter sido planejado com cuidado meticuloso, desde o momento em que se colocou
por escrito as primeiras idéias até o final; pode ter sido pronunciado com uma técnica
perfeita, porém não se brotou no coração, se não foi feito com sinceridade, nada se
alcançará e por certo ninguém irá crer no que você disse.
oratória
haverá a certeza de que não ocorrerão falhas. A não ser nesses casos que acabamos de
mencionar, a fala deverá ser sempre de improviso, isto é, sem leituras.
oratória
d. Antes de chegar à tribuna, inspire novamente bastante ar, soltando-o levemente pela
boca. Uma vez na tribuna, assuma a CORRETA POSIÇÃO DO ORADOR.
O orador deve assumir uma postura que lhe seja cômoda. Você está assumindo a
situação e a tribuna é seu território. Assim, adote uma postura calma e tranqüila,
permaneça em um só lugar ou mova-se com naturalidade no estrado. Eis alguns conselhos
que você deve conseguir para posicionar-se corretamente:
a. Sinta os pés firmes no chão, não muito afastados um do outro e avance ligeiramente um
dos joelhos.
b. Mantenha o busto bem posto, ombros para trás, cabeça erguida para permitir ampla
ventilação dos pulmões para bem poder falar.
c. Relaxe todos os músculos, principalmente os do maxilar, o que dá uma sensação de
bem estar.
d. Deixe a boca levemente aberta como se fosse pronunciar a letra “A” enquanto olha
calmamente para toda assistência durante alguns segundos.
e. Evite toda a atividade que distrai o público, como por exemplo : caminhar de um lado
para outro, colocar os pés sobre uma cadeira, etc.
f.. Mostre-se relaxado, mas não como se precisasse de algo para apoiar-se.
g. Pode afastar-se um pouco da tribuna se o desejar, mas faça-o com um propósito
definido, como por exemplo: para aproximar-se do público ou para mostrar algo num visual
auxiliar.
A postura é uma parte importante em todo o discurso. A forma de assumir esta é algo
que você pode decidir, levando em conta o assunto que vai apresentar.
A falta de experiência e de segurança faz com que o orador procure refúgio através da
movimentação desordenada das pernas. Falta a palavra ou aumenta o nervosismo e está
o principiante a recuar, a afastar lateralmente as pernas, ou apoiar o corpo, ora sobre a
perna esquerda, ora sobre a direita, procurando dessa forma algum tipo de amparo. No
início, apenas como treinamento, sugerimos ficar de frente para o auditório. Plantando
sobre as suas pernas, dando bom equilíbrio ao corpo. Se verificar que o movimento a ser
realizado tem como causa a insegurança ou o nervosismo, o esforço tem de ser
redobrado, no sentido de manter a postura. Este pode parecer um desafio muito grande,
pois a movimentação é quase instintiva, mas os resultados do treinamento compensarão o
sacrifício. Os movimentos das pernas deverão surgir lentamente com objetivos
determinados, completando as mensagens e o ritmo da apresentação. De maneira geral,
as pernas deverão ficar lentamente afastadas, sem demonstrar, entretanto, a rigidez de
uma estátua. Com relação às mulheres, quando estiverem usando vestidos ou saias,
poderão colocar uma das pernas um pouco à frente da outra, é uma postura elegante,
embora deixá-las levemente afastadas também não seja errado.
As pausas permitem que o orador respire, possa mudar o tom de voz, pense no que vai
dizer e permite que o público pense no que foi dito.
Apostila Professor Celso Cecchin – telefone 049 99016238 – Chapeco SC
Reprodução proibida sem autorização do autor.
8
oratória
Eis aqui algumas regras sobre pausa:
a. Faça uma pausa quando começa a falar.
b. Faça uma pausa quando for necessário pela pontuação.
c. Quando fizer uma pausa, faça-a claramente. Evite os ruídos indefinidos durante a
pausa.
d. Nunca faça uma pausa depois de uma preposição ou artigo.
e. Varie a duração das pausas.
ENTONAÇÃO E ÊNFASE
Sabemos que uma voz tediosa e pouco interessante cansa o público. Por sorte, isto
pode ser evitado com a prática. O ato de levantar e baixar o tom de voz fazem com que o
discurso seja agradável para o público. Ao preparar um discurso, trate de desenvolver
estas qualidades em sua voz. A ênfase na voz, quando usada de forma apropriada,
transmite ao ouvinte a idéia exata do que se deseja comunicar. Muitos discursos são
interpretados erroneamente porque o orador não põe ênfase em nada e deixa a
interpretação das palavras a critério do ouvinte.
Reinaldo Polito em seu livro “Como Falar Corretamente e sem Inibições” soube muito
bem explicar a função dos gestos na oratória.
Mesmo sabendo que a gesticulação pode ser aprendida e treinada, evitamos ensiná-
la ostensivamente em nossos cursos. Correríamos o risco de encontrar na técnica o
artificialismo do comportamento. Em comunicações nada deverá superar a naturalidade.
Recomendamos sempre não falar com as mãos nos bolsos, com os braços atrás das
costas, com os braços cruzados, apoiados constantemente sobre a tribuna, a mesa ou a
cadeira, não se apresentar com a postura do corpo indicando excesso de humildade,
curvada para frente, muito menos indicando arrogância ou prepotência, com a cabeça
levantada olhando por cima do auditório. Mesmo assim, o cuidado com essas
recomendações precisa estar presente, porque certos gestos considerados incorretos na
maioria das situações poderão ser os mais expressivos em alguns casos. Por exemplo,
recomenda-se cruzar os braços para indicar uma atitude desafiadora ou de espera,
embora seja um gesto desaconselhado para uma postura normal.
A gesticulação obedece a um processo natural, pensamos na mensagem, ao mesmo
tempo em que informamos ao corpo o movimento a ser executado, o corpo reage e só
depois pronunciamos as palavras. Por isso o gesto vem antes da palavra ou junto com ela
e não depois. Se queremos falar que levamos algo, pensamos na mensagem que é levar,
informamos o corpo sobre qual o movimento a ser executado, o corpo cumpre
naturalmente o seu papel estendendo o braço para frente, e depois pronunciamos eu levei.
Se ocorresse o contrário, ou seja, o movimento do braço depois de pronunciar a frase
haveria uma anormalidade facilmente percebida pelo ouvinte.
oratória
Uma dúvida que surge é sobre o qual a posição inicial ou de descanso para os braços e
as mãos. Ficando os braços ao longo do corpo, com as mãos semi-abertas ao lado das
pernas, ou serão colocadas à frente do corpo, acima da linha da cintura, com as mãos
separadas ou mesmo juntas uma sobre a outra. Não devemos instituir uma regra fixa e
rígida para a posição inicial ou descanso dos braços e das mãos. Tanto uma quanto a
outra poderão ser consideradas corretas. Cada um deverá comportar-se da forma que
julgar mais conveniente, como sentir-se melhor e mais natural.
A POSIÇÃO DA CABEÇA
oratória
DISCURSO DE DESPEDIDA:
1. Se acha que terá de pronunciar um discurso de despedida, prepare-se.
2. Manifeste que lamenta ter de deixar estas pessoas, esta organização, esta
localidade.
3. Procure não se mostrar demasiado emocionado.
4. Mencione experiências agradáveis que você tenha vivido com os que o rodeiam.
5. Diga que espera tornar a ver os presentes e peça-lhes que se comuniquem com
você.
6. Louve as pessoas com quem esteve associado.
7. Despeça-se.
O DISCURSO DE MOTIVAÇÃO:
1. Elogiar é uma das melhores formas de motivar. Deve-se elogiar, em público, não
em particular. O uso do nome da pessoa também é importante.
Apostila Professor Celso Cecchin – telefone 049 99016238 – Chapeco SC
Reprodução proibida sem autorização do autor.
11
oratória
2. Deve-se elogiar o sucesso e não o indivíduo, e o sucesso deve ser avaliado em
comparação com normas e não com os esforços de outras pessoas. Isto evitará a inveja, a
suspeita de favoritismo e o protecionismo.
3. Deve-se pedir assistência e assessoramento adicionais.
4. Se for necessário criticar para que não volte a acontecer algo, deve-se falá-lo em
particular. O que deve criticar são os métodos ou os resultados, nunca a intenção.
DISCURSO DE ACEITAÇÃO:
1. Trate de estar preparado para a possibilidade de que tenha de aceitar um brinde,
um cargo ou uma honraria (isto é ser prudente, não presunçoso).
2. Mostre-se humilde. Se conseguiu algum êxito, provavelmente tenha recebido a
ajuda de muitas pessoas.
3. Agradeça o brinde, cargo ou honraria durante o discurso.
4. Agradeça à pessoa que o entrega, pela maneira e pelo espírito com que o
entrega.
5. Agradeça a organização, ao grupo ou à pessoa que tenha feito o possível para
que você recebesse o brinde, a honraria ou o cargo.
6. Elogie a quem o tenha ajudado.
7. Indique o significado especial que tem aquilo que tiverem entregue a você ou a
instituição ou grupo que representa.
8. Expresse novamente seus agradecimentos.
DISCURSO DE BOAS-VINDAS:
1. Defina à pessoa, grupo ou organização que oferece as boas-vindas. Assegure-se
de que sabe bem o nome.
2. Descreva à pessoa ou organização a quem se deseja as boas-vindas. Verifique
se sabe bem o nome.
3. Estabeleça relação entre aquele que chega e os reunidos.
4. Expresse as boas-vindas oficiais.
5. Faça com que o recém vindo se sinta à vontade. Sirva de elemento de ligação
entre os amigos antigos e os novos. Mostre-se cordial e generoso.
oratória
DISCURSO DE PERSUASÃO: O discurso de persuasão é um dos mais difíceis. O objetivo
deste tipo de discurso é de convencer o público para que compre um produto ou uma
idéia.
1. Não desagrade os ouvintes com seus comentários iniciais. Se lhe parece que há
um ambiente hostil, faça comentários com os quais eles estarão de acordo.
2. Procure não parecer dogmático. Qualquer assunto pode ser visto sob diversos
ângulos. Prove seus pontos de vista com exemplos que sejam familiares ao público. Use
anedotas para ilustrar seus pontos de vista.
3. Trate de influir no lado emotivo das pessoas. Diga algo que motive o público a
raciocinar.
4. Adote uma medida amistosa.
5. Use palavras de conciliação. Sua forma de apresentar as idéias deve despertar
emoções, sua causa deve ser legítima. A persuasão deve ser parte do discurso quando o
escreve. A não ser que o discurso trate de assunto capaz de conseguir o apoio do
público, a forma de apresentá-lo não terá grande efeito. Lembre que deseja atingir a
mente dos ouvintes e não apenas seus ouvidos. Seu discurso não deve apenas descrever
o que você deseja que se faça, mas também deve despertar o desejo de fazê-lo. Pode
conseguí-lo expressando o objetivo de forma positiva, original e entusiasta.
Eis aqui algumas sugestões adicionais que podem ser úteis:
1. Mostre que existe um problema ou que se precisa corrigir uma situação.
2. Explique os elementos essenciais do problema ou os diversos aspectos da
situação.
3. Informe a respeito de insucessos anteriores.
4. Mostre porque se poderá solucionar o problema na forma em que você propõe.
DISCURSO DE RECONHECIMENTO:
1. Descreva a honra, o cargo e o favor que vai fazer e a razão pela qual se vai fá-lo.
Assinale as qualidades específicas e os serviços oferecidos pela pessoa ou pessoas as
quais serão honradas. Assegure-se de pronunciar bem os nomes.
2. Estabeleça a relação entre a honra, o cargo e o favor e aquele que o recebe.
3. Expresse a satisfação do doador.
4. Não se exceda nos elogios, mas ofereça todo o crédito que cada pessoa
merece. Em muitos casos, uma pessoa pode receber uma honraria em nome de um
grupo.
5. Seja breve.
6. Faça a entrega da prenda, do cargo ou da honraria.
DISCURSO DO TRIUNFADOR:
1. Deve antecipar o triunfo.
2. Não aparente surpresa. Você devia ter tido a intenção de triunfar. Todavia,
demonstre alegria e satisfação.
3. Elogie, ao máximo, os perdedores, destacando o quanto estiveram próximos da
vitória, quanto e como se esforçaram, etc. O dirigente da equipe deve indicar que o triunfo
foi conseguido graças ao esforço de todo o grupo.
4. Tribute reconhecimentos à esposa, ao esposo ou aos pais.
Apostila Professor Celso Cecchin – telefone 049 99016238 – Chapeco SC
Reprodução proibida sem autorização do autor.
13
oratória
5. Agradeça ao patrocinador pôr tornar o evento possível.
6. Se várias pessoas ou organizações tiverem prestado ajuda, é muito melhor
expressar agradecimento a “todos que tiverem ajudado” que mencioná-lo individualmente.
Uma omissão poderia ser desastrosa.
7. Não é preciso falar mais, a não ser para manifestar mais uma vez a alegria de ter
triunfado.
DISCURSO DO PERDEDOR:
1. Em geral o perdedor deve reconhecer a vitória do ganhador.
2. Deve enfatizar que fez o melhor possível e que a satisfação de saber que fez o
que pôde, já é um prêmio em si.
3. Deve agradecer aos assistentes pela atenção e terminar desejando toda
felicidade ao triunfador.
DISCURSO DE BOAS-NOVAS:
1. O orador deve mostrar-se cheio de entusiasmo e informar que sente sumamente
feliz pôr dar notícias que agradarão a maioria, senão a todos.
2. A seguir deve explicar rapidamente as boas novas.
EXERCÍCIOS
oratória
Tempo: 02 minutos.
TERCEIRA VEZ: Suba à tribuna e um dos seu colegas lhe dará um tema para que você
fale durante 01 minuto.
O fato de que você seja um orador não quer dizer que capte automaticamente a atenção e
o interesse do público. Como a maioria das pessoas, as que escutam, desejam que você
as trate bem, esperam que respeite a hora que lhes oferecem ao pedir-lhe que você fosse
o orador. Elas têm este direito. Eis aqui algumas normas para que você não decepcione
seu público.
AO PÚBLICO AGRADA:
A. Palavras conhecidas mas não vulgares. Empregue palavras que não sejam estranhas
a você e ao público.
B. Frases simples. Use orações curtas, com pausas freqüentes. Isto permite que o público
capte as idéias uma a uma. A simplicidade deve ser seu guia.
C. Conhecimento da matéria. Não tente falar sobre algo com o que não esteja plenamente
familiarizado.
D. Oradores não se excedem no tempo que lhe foi designado. Mostre respeito ao público
terminando seu discurso dentro do tempo estipulado.
E. Sinceridade. Não finja. O público percebe quando o estão enganando.
F. Entusiasmo. Deixe seu entusiasmo reluzir. Nunca se criticou um orador pôr ser
entusiasta.
AO PÚBLICO DESAGRADA:
A. Demora antes que se comece a tratar o assunto.
B. Discursos muito longos.
C. Muito material com muitos detalhes irritantes.
D. Uma voz desagradável: dura, monótona, muito baixa, vacilante, confusa.
Não esqueça que o tempo é importante para o público. Empregue menos palavras e
apresente mais idéias. É essencial que module bem a voz para que o público aceite com
agrado o discurso. Fixe-se todo o tempo nas reações dos ouvintes. Se mostrarem
enjoados, diga-lhes que terminará logo seu discurso e comece a fazê-lo.
EXERCÍCIOS
oratória
SEGUNDA VEZ: Fale-nos de um problema que atinge sua cidade e tente convencer seus
colegas a se preocuparem também com ele.
Tempo: 03 minutos.
TERCEIRA VEZ: Suba à tribuna e um dos seus colegas lhe dará um tema para que você
fale durante 02 minutos.
GESTOS
EVITE:
EXERCICIO :
oratória
oratória
27. Dagoberto doutor descreve dezenas de doutrinas e dogmas, adotando o
doutoramento dele editado.
28. Gaivotas graciosas ganhavam agasalhos na grácil grama do gramado.
29. Guerrilheiros guerreavam na guerra dos guetos.
30. Agradável agraciação agradou ao agraciado agradecido.
31. A grade da gruta grande de Creta cravada de crisântemos aglomerados.
32. Carlos caça crocodilos, caracóis, cangurus que contornam o caudaloso canal, a
catarata e a comporta.
33. Xuxa! A Sasha fez xixi no chão da sala.
34. Três pratos de trigo para três tigres tristes.
35. O original nunca se desoriginou e nem nunca se desoriginalizará.
36. Qual é o doce que é mais doce que o doce de batata doce? Respondi que o
doce que é mais doce que o doce de batata doce é o doce que é feito com o doce
do doce de batata doce.
37. Sabendo o que sei e sabendo o que sabes e o que não sabes e o que não
sabemos, ambos saberemos se somos sábios, sabidos ou simplesmente saberemos
se somos sabedores.
38. O tempo perguntou ao tempo qual é o tempo que o tempo tem. O tempo
respondeu ao tempo que não tem tempo para dizer ao tempo que o tempo do
tempo é o tempo que o tempo tem.
39. Em baixo da pia tem um pinto que pia, quanto mais a pia pinga mais o pinto
pia!
40. A sábia não sabia que o sábio sabia que o sabiá sabia que o sábio não sabia
que o sabiá não sabia que a sábia
41. Perlustrando patética petição produzida pela postulante, prevemos
possibilidade para pervencê-la porquanto perecem pressupostos primários
permissíveis para propugnar pelo presente pleito pois prejulgamos pugna pretárita
perfeitíssima.
42. Não confunda ornitorrinco com otorrinolaringologista, ornitorrinco com
ornitologista, ornitologista com otorrinolaringolog ista, porque ornitorrinco, é
ornitorrinco, ornitologista, é ornitologista, e otorrinolaringologista é
otorrinolaringologista.
43. Disseram que na minha rua tem paralelepípedo feito de paralelogramos.
oratória
Eu tagarelaria
Tu tagarelarias
Ele tagarelaria
Nós tagarelariamos
Vós tagarelarieis
Eles tagarelariam
Jabuticabeira
Do livro Trava-língua; Ciça; RJ; Nova Fronteira, 1986.
- Jabuticabeira pequenina,
Quando te
despequeninajabuticabeirarizarás tu?
-Eu me
despequeninajabuticabeirarizarei
ao
se
despequeninajabuticabeirarizarem
todas as pequeninas jabuticabeiras
ainda
não
despequeninajabuticabeirarizarão.
oratória
Você tem um tema excelente para apresentar. O assunto vai bem ao encontro do
interesse dos ouvintes. É garantia de sucesso!
Não necessariamente. Saiba que ter um bom assunto é fundamental para você se
sair bem numa apresentação, mas planejar de maneira adequada o conteúdo da fala pode
ser mais importante.
Na verdade tudo é relevante quando você pretende ser bem sucedido diante da
platéia. Além da mensagem, vários outros aspectos precisam ser considerados: voz na
medida certa, com bom volume, velocidade adequada, ritmo expressivo, pronuncia bem
articulada, vocabulário próprio para o entendimento do público, postura elegante e
gesticulação harmoniosa.
Entretanto, de nada adiantará caprichar em todos estes aspectos se você não fizer
um bom planejamento da apresentação.
Estou chamando a atenção para esse cuidado porque de maneira geral, as
pessoas não sabem como planejar as apresentações de forma lógica, persuasiva e
eficiente. Julgam que basta ter um bom conteúdo para obter sucesso em suas exposições.
Se a mensagem não estiver sustentada em um conteúdo consistente, você não
teria como se apresentar em público. Mas, de nada adiantará ter a posse desse
conhecimento se não houver concatenação organizada de raciocínio.
Por isso, vou passar a vocês um roteiro bastante simples e que dá ótimos
resultados no planejamento de qualquer tipo de apresentação. Seja para entabular uma
conversa informal, ministrar uma palestra, fazer a exposição de um produto ou projeto, ou
proferir uma complexa conferência.
oratória
Além da utilidade para a comunicação oral, estas orientações são úteis também
para escrever todos os tipos de mensagens, desde simples relatório na vida corporativa,
até projetos acadêmicos ou profissional.
Se prestar atenção e ficar concentrado nas palavras de um orador, normalmente já
é bastante complicado, o que dizer então quando uma pessoa se apresenta sem organizar
de maneira correta a seqüência da fala.
Chega a ser desestimulante para os ouvintes. Alguns oradores transformam suas
apresentações num verdadeiro caleidoscópio. Depois de muito tempo fazendo
considerações periféricas a respeito do tema, quando você espera que finalmente vão
entrar no assunto dão marcha ré, coçam a cabeça, reviram os olhos, com aquela
expressão de quem está viajando no tempo e começam a contar histórias da infância ou
da cidade natal.
Mais adiante quando a hora é boa para concluir, pegam de novo a ponta do novelo
e voltam a falar tudo o que já haviam desenvolvido no assunto central, repetindo com
pormenores os mesmos argumentos, como se as informações fossem inéditas e
constituíssem uma grande novidade para o público.
E, uma grande surpresa!
Esta talvez seja uma das dicas mais importantes para planejar bem uma
apresentação - nada de iniciar o planejamento da fala pela introdução. A maioria comete o
erro de iniciar o plano da exposição elaborando em primeiro lugar o que pretende transmitir
no começo.
É fácil deduzir que você só poderá saber como deverá ser o início depois de estar
consciente do assunto que irá abordar e dos objetivos que pretende atingir.
Talvez pareça estranho para alguns, mas a introdução deverá ser planejada em
último lugar, depois mesmo da conclusão, quando já souber qual o trajeto que a
mensagem seguirá e quais as barreiras e desafios que precisará superar durante a
exposição.
oratória
A introdução só poderá ser preparada de forma adequada quando você já souber
quem serão os ouvintes, que informações possuem sobre a matéria e se irão ou não
levantar resistências com relação a você ou ao tema em exposição.
Por isso, ao planejar as etapas da apresentação leve em conta inicialmente o tema
que irá abordar e deixe a introdução e a conclusão para o final.
Para que uma apresentação seja bem planejada, sua primeira atitude deve ser a de
identificar qual o assunto que pretende desenvolver.Acredite muitas pessoas falam em
público sem ter noção clara sobre o assunto que irão expor.
Por exemplo estarão certas de que falarão sobre rentabilidade das operações
quando na verdade esse era apenas um dos aspectos de um assunto mais abrangente-
planejamento estratégico.
Depois que você identificar qual é o assunto, elabore a linha de argumentação que
pretende utilizar - estatísticas, pesquisas, estudos técnicos e científicos, teses, exemplos,
comparações, testemunhos.
Dica especial: inicie a organização dos argumentos escolhendo para o início um
que seja bom, e na seqüência vá pela ordem crescente, desde o mais frágil até chegar a
aquele que considere irrefutável.
Para descobrir que tipo de resistência poderá encontrar, imagine como você
reagiria se estivesse no lugar dos ouvintes. Na posição deles como se sentiria diante da
proposta que você irá apresentar. Tente deduzir que objeções eles poderiam levantar
contra os argumentos e prepara-se para refutá-las de maneira conveniente.
IDENTIFIQUE OS OBJETIVOS
Quero alertá-lo para o fato de que você ainda está no assunto central, no primeiro
passo do planejamento. Após identificar o assunto descubra que objetivo o motivou a se
apresentar. Sugerir soluções para um problema? Ou comunicar uma novidade?
Descobriu? Agora você já está pronto para planejar o segundo passo de sua
apresentação.
Lembre-se você precisa pensar com a cabeça dos ouvintes. Por isso, procure
deduzir que informações eles ainda não possuem e o que poderia ser feito para ajudá-los
a compreender melhor a mensagem. O fato de você saber qual é o conteúdo da sua
exposição não significa que os ouvintes também já saibam. De maneira geral não só não
sabem como precisam ser bem orientados para que possam compreender o assunto que
irão ouvir.
oratória
Para facilitar a compreensão dos ouvintes revele a eles qual o assunto que irá
expor e esclareça qual o problema que precisa ser solucionado. Se você deseja discorrer
sobre um assunto novo, sobre o qual eles não estejam devidamente inteirados, faça um
retrospecto, um histórico mostrando como os fatos evoluíram no transcorrer do tempo até
chegar ao momento presente.
Note que essas informações só serão possíveis depois de você ter cumprido o
primeiro passo do planejamento, isto é, ter identificado qual é o assunto e quais são os
objetivos da apresentação.
BIBLIOGRAFIA
oratória
POLITO, Reinaldo. Como falar corretamente e sem inibições. Ed. Saraiva, 1988.
______ Gestos e postura para falar melhor.Ed. Saraiva, 1987.
______ Vencer. Edição 92, 2007.