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NOÇÕES BÁSICAS PARA O CANTO E APERFEIÇOAMENTO VOCAL

“Com a minha voz clamo ao Senhor”


(Salmo 142) Música e Adaptação:
Compositor “Batista” Verner Geier, 1981.

INTRODUÇÃO
Este curso tem a finalidade de auxiliar as pessoas que utilizam a voz
profissionalmente ou não, ou seja, cantores, professores, telefonistas, locutores,
etc., mesmo para aqueles que no dia a dia falam sem prestar muita atenção na
produção de sua voz.
É preciso valorizar esse maravilhoso instrumento que Deus nos deu, no qual é
possível louvar ao seu Santo Nome, para isso é imprescindível conhecer melhor
como a voz humana é produzida e aprender a preserva-la durante a rotina de
suas atividades, tomando certos cuidados para não cometer abusos.
Segundo o dicionário Infopédia a definição da palavra “Voz” é a produção de
sons humanos emitidos pela laringe com o ar que sai dos pulmões. Para melhor
entender esse processo abordaremos “A fisiologia da voz”, respiração, fonação
e articulação, que será explicado pela fonoaudióloga Raquel Pingueiro de forma
compreensível para os leigos da anatomia humana, além de abordar os cuidados
com a saúde vocal e o órgão auditivo que é intrínseco a fonação.
Conhecendo melhor o nosso órgão fonador e a função de suas partes, podemos
compreender a emissão das vozes grave, média e aguda, que ressoam em
diferentes partes do corpo, chamadas de voz de peito, voz mista (voz da fala) e
voz de cabeça. A técnica vocal é muito indicada para os cantores profissionais
ou amadores, o estudo de sua prática é primordial para a execução saudável e
correta do canto.
Este estudo traz noções sobre a técnica vocal que abrange voz, corpo e mente,
desde a projeção da voz até a conscientização do corpo como instrumento,
trabalhando exercícios que ajudam a melhorar a respiração e a emissão de notas
agudas e graves como relaxamento, aquecimento vocal e vocalize.
CAPITULO 1: FISIOLOGIA DA VOZ

Para a produção vocal, é necessária a interação de diversas estruturas do


organismo. Vamos observá-las.

A fonação ocorre na laringe (situada no pescoço), onde ficam as pregas


vocais (comumente conhecidas como cordas vocais). Durante a respiração as
pregas vocais permanecem abertas, para pleno fluxo de ar, mas quando
desejamos produzir a fonação, elas se fecham, e, através da passagem do ar,
vindo dos pulmões, com as mesmas, elas vibram, produzindo então o som,
chamado de fonação.

Este som continua se propagando pelo corpo e se transforma com as


outras estruturas, boca, nariz, língua, lábios, entre outras, e ao final dessa
interação, temos a produção do que chamamos de voz. A voz então, é o
resultado da soma do som produzido pelas pregas vocais e articulado, ou posso
dizer, trabalhado, pelas estruturas superiores do organismo.

As pregas vocais nada mais são do que um músculo, Tireoaritenóideo


(TA), revestido por uma mucosa, esta mucosa se divide em epitélio e o que
chamamos de lâmina própria. O som produzido nelas varia de acordo com a
idade, sexo, situação emocional, entre outros.

Embora a prega vocal seja a real autora da fonação, ela sozinha não
consegue bons resultados, depende de outros músculos, mucosas, membranas,
ligamentos e cartilagens para que sua produção ocorra e esteja adequada.
Vamos observar algumas dessas estruturas.

A laringe é composta de diversas cartilagens, sendo as principais:


Tireóidea, Cricóidea e as aritenóideas. É sustentada no pescoço principalmente
pelo osso hióide.

A cartilagem tireóidea tem um formato de escudo. Bem no meio possui o


que chamamos de proeminência laríngea, é o ângulo da cartilagem e se modifica
conforme o sexo. A proeminência desse ângulo pode ser vista facilmente no sexo
masculino, quando o ângulo é menor, é o que comumente chamamos de Pomo
de Adão.
A cartilagem Cricóidea tem o formato de anel, com a região anterior do
arco mais estreita, e posteriormente se torna mais larga e elevada.

Cartilagens Aritenóideas, são duas pequenas cartilagens que se


movimentam. São de extrema importância na fonação e respiração.

Tais cartilagens e estruturas são ligadas por ligamentos, membranas e


músculos, e, através do pleno funcionamento de todas estas estruturas é que
temos uma boa produção vocal.

Os músculos internos envolvidos diretamente fonação são cinco:


Tireoaritenóideo (TA), Cricoaritenóideo Posterior (CAP), Cricoaritenóideo Lateral
(CAL), Aritenóideo (A) e Cricotireóideo (CT). Vamos ver a função de cada um.
Observo que o nome de cada um, se refere diretamente às cartilagens nas quais
o músculo está fixado.

Músculo Tireoaritenóideo: como já dito anteriormente, é o próprio músculo


da prega vocal. Tem a função de encurtar, abaixar e espessar a prega vocal.

Músculo Cricoaritenóideo Posterior: único músculo responsável por abrir


as pregas vocais, possibilitando a respiração. Conhecido como músculo da vida.
Sua ação rápida tem muita importância durante a produção vocal, inclusive no
canto.

Músculo Cricoaritenóideo Lateral: Um dos principais responsáveis para


fechar a prega vocal na parte anterior. Para o fechamento completo da prega
vocal é necessário que este músculo e o Aritenoideo (próximo a ser descrito),
estejam atuando juntos.

Músculo Aritenóideo: Responsável pelo fechamento da prega vocal na


parte posterior. Fica situado entre as duas cartilagens aritenóideas, e quando
ativado, aproxima as duas cartilagens, promovendo então o fechamento da
prega vocal.

Músculo Cricotireóideo: ajuda no fechamento da prega vocal na região


paramediana, abaixa, estira, alonga e afina a prega vocal. É altamente
responsável pela tensão longitudinal da prega vocal, ou seja, responsável por
controle da frequência do som. Dessa forma, se utilizado corretamente, é um
grande aliado dos cantores.

Agora que já sabemos sobre as estruturas envolvidas para a produção


vocal e seus músculos, vamos dar uma olhada mais de perto na anatomia da
prega vocal.

Já verificamos que a estrutura base da prega vocal é o músculo


Tireoaritenóideo, fixada em um extremo na parte interna da cartilagem tireoide e
outro extremo nas cartilagens aritenóideas. É recoberta pelo que chamamos de
mucosa, sendo parte epitelial e outra de lâmina própria.

Esta camada de lâmina própria pode ser dividida em três camadas, cada
uma com características específicas: a superficial mais flexível, como se fosse
uma gelatina; intermediária fibras elásticas; profunda, fibras de colágeno, sendo
mais firme.

Esta camada superior, com característica flexível, quanto mais umedecida


melhor será sua vibração, melhor deslize do ar e diminuição do atrito do mesmo
com as paredes da laringe. Sua hidratação ocorre por meio de glândulas
posicionadas no que chamamos de prega vestibular, cobrindo as pregas vocais
do que chamamos de muco. Esta camada de muco é o que hidrata e tem papel
muito importante para a vibração da prega vocal.

Essa hidratação ocorre de maneira involuntária, assim como a hidratação


de boca e outras partes do organismo, mas há um aumento nessa secreção
conforme a estimulação das pregas vocais, ou seja, quanto mais falamos ou
cantamos, maior será a liberação de secreção. Porém alguns medicamentos e
estados emocionais, como por exemplo o stress, também influenciam na
quantidade de muco, normalmente diminuindo sua quantidade.

A viscosidade desse muco também é de suma importância, quanto menor


sua viscosidade melhor. A diminuição dessa viscosidade ocorre principalmente
através da ingestão de líquidos, o ideal sendo água. Esta ingestão deve causar
modificação na quantidade de água no sangue, consequentemente produzindo
mudança na hidratação dos tecidos. Lembrando que a recomendação de
hidratação diária é de 2,5 litros por dia.

A frequência comum de fala, chamada de frequência fundamental, se


deve muito a seu tamanho. Quanto menor, mais aguda, quanto maior, mais
grave. Dessa maneira, podemos observar bebês e crianças possuem uma voz
mais aguda, vindo a se diferenciar a partir do seu crescimento.

Na fala, ou canto, podemos modificar a frequência, para isso dispomos de


algumas estratégias, como vibração mais rápida, redução da massa (que
ocorrem de maneira involuntária) e estiramento da prega vocal.
Também podemos modificar a intensidade da voz. A intensidade vocal
está diretamente ligada à resistência que a prega vocal oferece à passagem do
ar; é necessário que ela vibre e ao mesmo tempo não permita que o ar saia
facilmente por ela, dessa maneira, ocorre uma pressão de ar abaixo da prega
vocal, que chamamos de subglótica, e o controle desta pressão permite maior
intensidade vocal.

Observamos dessa maneira outro fator importante para a produção vocal,


a passagem do ar. Uma correta respiração consequentemente proporciona
maior quantidade de ar, e isso associado a uma correta administração do
mesmo, proporciona melhor desempenho vocal; o contrário também é
verdadeiro, uma respiração inadequada e/ou uma má administração do ar
adquirido gera maior esforço vocal, o que pode levar a consequências mais
graves.

Para concluir, observamos que a correta interação de todas as funções


anteriormente ditas, como uma prega vocal saudável, correta atuação e
resistência adequada dos outros músculos relacionados, respiração adequada e
controle da inspiração/expiração e trato vocal limpo, tudo isso culmina em uma
voz limpa e saudável, e se uma dessas estruturas não estiver tendo uma atuação
correta, pode gerar uma sobrecarga em outra estrutura, podendo gerar
complicações mais severas.

Dicas:

A melhor dica de todas: mantenha sua prega vocal hidratada, e como


vimos, para que isso aconteça é necessário manter seu organismo bem
hidratado.

O ideal é que esta água ingerida esteja em temperatura ambiente, pois o


líquido, embora não passe pela prega vocal, passa pela estrutura logo ao lado,
e sua temperatura afeta também a prega vocal.

Sempre faça um aquecimento vocal. Quando


observamos atletas se preparando para seu “grande
momento”, antes disso vemos como dispõem de um bom
tempo de preparo e aquecimento dos músculos. Isso facilita
toda a produção que virá posteriormente, e não exigirá tanto dos músculos. E
claro, exercícios vocais constantes aumentam a resistência e habilidades
musculares.

Antes de apresentações de canto ou momentos que exigem sua fala, não


é recomendado se alimentar de coisas doces. O açúcar possui substâncias que
aumentam a viscosidade da saliva, podendo afetar sua articulação.

O uso de sprays para dor de garganta ou própolis deve ser utilizado com
muito cuidado. Não é viável sua utilização antes do uso da voz, suas
características chegam a anestesiar todo o trato vocal, podendo então provocar
um abuso da prega vocal sem que a pessoa sinta, podendo machucá-la. Além
disso, alguns sprays possuem substâncias que geram um ressecamento de todo
o trato vocal.

Chá de gengibre, romã e outros, fazem bem para a prega


vocal?

Depende. Observamos anteriormente que nenhum alimento


passa diretamente pela prega vocal, somente o ar passa por ela. Dessa maneira,
o alimento não tem ação específica na prega vocal, mas suas substâncias
podem atuar no trato vocal.

Como por exemplo, a Maçã. A maçã possui substâncias conhecidas como


adstringentes, que funcionam como um “detergente” no trato vocal e dessa
maneira, limpa por onde passa. Assim observamos que sua ação não afeta a
prega vocal em si, mas por onde ela passou, limpou, produzindo uma voz mais
limpa.

Dessa maneira, oriento a procurar as substâncias e características dos


chás e outros alimentos em questão, sabendo que sua atuação não se dá
diretamente na prega vocal, mas pode modificar para bem ou mal as estruturas
que atuam em conjunto com ela.
AS REGRAS DE OURO DA BOA VOZ

“Higiene Vocal Para o Canto Coral” - Mara Behlau & Inês Rehder.
Editora REVINTER,1997

1 - Nunca cante quando não estiver em boas condições de saúde; cantar


é um ato de esforço e de enorme gasto energético. Manter a saúde auxilia a
produção da voz, quer seja cantada ou falada. São raros os indivíduos doentes
que mantém boa emissão vocal.

2 - Use roupas confortáveis, não apertadas, principalmente na garganta,


no peito, na cintura ou no abdômen.

3 - Mantenha-se sempre hidratado, bebendo, pelo menos, dois litros de


água por dia; suas pregas vocais estarão em ótima condição de vibração quando
sua urina estiver transparente.

4 - Aqueça e desaqueça a voz antes e depois da apresentação,


respectivamente. Aqueça a voz através de exercícios de flexibilidade muscular,
antes de usá-la para o canto; vocalize com variação de tons, começando pelos
médios e depois indo a direção aos extremos da tessitura vocal. Após o término
das apresentações ou ensaio, desaqueça a voz através de exercícios para
retornar à sua voz falada natural; use bocejos, fala mais grave e mais baixo, para
não ficar usando o esquema vocal cantado além do tempo do canto. Um cantor
que fala do mesmo jeito que canta submete seu aparelho vocal a um desgaste
muito maior.

5 - Ensaie o suficiente para ficar seguro quanto ao texto, melodia e


controle de voz; assim fazendo, você vai reduzir a interferência de aspectos
emocionais negativos, como o medo e ansiedade ante o público. Não ensaie por
mais de uma hora sem descanso.

6 - Monitore sua voz durante os ensaios e apresentações: aprenda a ouvir


sua qualidade vocal e a reconhecer suas sensações de esforço vocal e tensões
desnecessárias, a fim de evitá-las.

7 - Lembre-se de que um certo nervosismo mobiliza positivamente a


energia para uma apresentação mais rica e envolvente; a adrenalina é positiva
e confere emoção ao canto. Além disso, o público espera o sucesso do cantor,
confie nesta química!

8 - Evite as festas ruidosas, lugares enfumaçados e barulhentos, tanto


antes como depois das apresentações. Antes das apresentações, os abusos em
questão podem limitar seu resultado vocal; após as apresentações seu aparelho
fonador foi intensivamente solicitado e está mais sensível para responder a tais
agressões.

9 - Mantenha uma dieta balanceada, pois o canto é uma função especial


e requer grande porte energético. Evite o excesso de gordura e alimentos
condimentados, o que torna lento o processo digestivo, limita a excursão
respiratória e reduz a energia disponível para o canto. Além disso, se voltar muito
tarde para casa e ainda não tiver se alimentado, ingira apenas alimentos leves e
de fácil digestão, para evitar o refluxo gastresofágico.

10 - Nunca se automedique; não tome remédios sugeridos por leigos, nem


chás e infusões de efeito desconhecido (geralmente irritantes, ressecantes e
estimulantes de refluxo gastresofágico). Também não repita receitas médicas
utilizadas numa certa ocasião, mesmo que tenham dado resultado positivo.
Procure ajuda especializada quando necessário.

CAPITULO 3: NOÇÕES TÉCNICA VOCAL

CANTANDO NA IGREJA

Sabemos que a maioria das pessoas na igreja, canta sem curso de técnica
vocal, isso porque desde criança já temos a cultura de louvar ao Senhor
intuitivamente. Você já ouviu dizer: essa pessoa canta tão bem, pena que não
se entende o que ela diz. Assim como este, temos outros probleminhas, como
por exemplo, cantar desafinado, cantar gritando, com a boca muito aberta ou
quase fechada, etc., porém nada nos impede de buscar orientações e ajuda de
um profissional que nos ajude a melhorar. O professor de canto estuda as
variações da voz humana, utilizando técnicas vocais para treinar o aluno a emitir
os sons com espontaneidade, serenidade e maleabilidade, aprimorando toda
sua sonoridade vocal. O fonoaudiólogo estuda a voz humana em relação ao
organismo, ajudando no tratamento dos problemas vocais, como também ajudar
a evita-los.
É primordial que o cantor ou músico, estude música na teoria e na prática, mas
começo indicando alguns pontos relevantes para que o iniciante tenha uma boa
performance vocal, como a articulação, dinâmica musical e interpretação.

 Dicção ou Articulação das palavras: quando falamos,


queremos transmitir uma mensagem para alguém e as
palavras devem ser bem articuladas, de forma pausada,
agradável e inteligível, a abertura da boca deve ser
suficiente para que os sons sejam projetados para fora. Do mesmo modo,
quando cantamos devemos seguir essa regrinha de ouro, para que o
receptor compreenda e não se enfade de nos ouvir.
 Dinâmica musical: deve-se respeitar as diferentes variações de
intensidade de uma música, que pode aumentar ou diminuir o volume da
frase musical, conforme a partitura e criação do seu compositor, e lembre-
se, cantar forte não é gritar!
 Interpretação musical: a interpretação do cantor consiste em expressar
o mais íntimo do seu sentimento, dando ênfase e acreditando na
veracidade da mensagem que transmite, com propriedade e confiança.
 Tom da música e registro vocal: o tom da música é a nota que a música
está sendo executada em um dos degraus da (escada) escala musical.
É muito importante cantar dentro do nosso registro vocal que é a nossa extensão
vocal, ou seja, a nota mais grave (o degrau mais baixo da escada) até a mais
aguda (o degrau mais alto) que nossa voz alcança. Por isso muitas vezes cantar
com play back de outro cantor, não dá muito certo, a voz não sai ou fica
estrangulada, porque não foi produzido para nossa tessitura.
Existem 3 classificações básicas para as vozes feminina e masculina: soprano,
mezzo soprano, contralto, tenor, barítono e baixo.
VOZ CORPO E MENTE

Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso


espírito, os quais pertencem a Deus. - 1 Cor.6:20
O tema desta palestra fala da excelência para louvar e adorar a Deus, por
isso abordamos alguns passos que ajudarão a aperfeiçoar a produção da voz e
do canto.
Para um bom desempenho o vocalista precisa estar gozando de boa saúde e
estar bem relaxado, seguindo as etapas: relaxamento, respiração, aquecimento
e vocalize. Depois de criar hábitos saudáveis, praticar frequentemente exercícios
propostos de maneira correta, usar a voz nunca deve causar algum tipo de dor,
caso isso ocorra é porque alguma coisa está errada, deve-se procurar ajuda
profissional do professor de canto ou mesmo o médico especialista.
- Respiração o combustível da voz: como já vimos acima o ar que sai dos
nossos pulmões passa pelas pregas vocais fazendo-as vibrar, resultando no som
que é articulado principalmente na boca, através de movimentos da língua, dos
lábios, da mandíbula, dos dentes e palato.

- Prática da respiração intercostal diafragmática


A respiração certa para o canto é aquela que usamos o diafragma, músculo que
auxilia na inspiração e expiração do ar nos pulmões, os ombros não podem se
elevar, observa-se a barriga crescer quando enche de ar e murchar quando solta
o ar. Fortalecendo esse músculo teremos mais apoio na sustentação do som e
controle na entrada e saída do ar que se respira.
- Relaxamento é eficiente para tirar todas as tensões musculares que
atrapalham a postura corporal, podemos dizer também que é um alongamento
ou um pré-aquecimento para o canto. Exemplos:
 Fique ereto, com as pernas afastadas e na direção dos ombros
 Distribua o peso igualmente.
 Espreguiçar como se fosse um gato
 Rodar os ombros para frente e para trás
 Olhar para o ombro direito por alguns segundos e depois para o esquerdo
 Dar um sonoro bocejo fazendo “oh!”
 Amplie a musculatura abdominal e abra suas costelas enchendo de ar
 Retire o ar antes da inspiração deixando o ar sair pela boca fazendo um
som de “FF”
 Expire o ar emitindo o som da letra “S”. Mas, desta vez, não solte o ar
lenta e continuamente: faça 3 pausas até expelir todo o ar, sentindo o
diafragma dar pequenas travadas.
- Aquecimento vocal: como o próprio nome diz vamos aquecer as pregas vocais
com vibrações, glissando e notas da escala.
 Vibração da língua (trrri) ou lábio (Brrrri) glissando do registro médio para
o grave e vice-versa. (Não exceder a 2 minutos). (O Exercício além de
aquecer a voz, serve para remover secreções e distender as pregas
vocais).
 Exercício a: Utilizando a sílaba “LU”, faça um som contínuo da nota mais
grave até a mais aguda que conseguirem emitir (glissando), que é um som
musical contínuo, sustentado, ESCORREGANDO de uma nota grave até
uma nota mais aguda.
- Vocalize: é a execução de exercícios com intuito de melhorar a afinação do
canto, trabalhando a projeção e ressonância da voz. Abaixo temos exemplos
bem fáceis.
 Boca chiusa é um exercício que além de aquecer, ajuda a dar brilho na
voz, com a boca levemente aberta e os lábios fechados executar com
intervalos da escala ou penta acordes.
 Gui, gui, gui, gui gui- cantar com sons graves e médios como se estivesse
bocejando com 3 notas da escala ascendente e descendente.
 (nei nei nei nei nei nei) cantar com sons médios e agudos produzido na
frente do rosto até o palato.
Ressonância:
A caixa craniana é o amplificador da nossa voz e define o timbre individual de
cada pessoa, por isso evite imitar a voz de outro cantor, trabalhe a impostação
e projeção da sua voz, pois será tão bonita quanto a qualquer outra.

Procure imaginar que o som está vibrando dentre de seu corpo, preenchendo os
espaços, e finalmente saindo pelo topo da cabeça. Nunca pense que o som está
saindo da “garganta” e indo direto para a boca pois, assim, você não estará
usando uma boa parte das áreas de ressonância.
Tenha em mente que o som deve “viajar” pelo seu corpo, principalmente na
máscara, antes de ser projetado para fora, dando assim maior volume e
intensidade a sua voz.
 De pé ou deitado: inspirar; pausa; expirar soltando o ar apenas pelo nariz
(fazendo hum, “mastigando” o som). Escolha uma nota que seja
confortável (nem grave nem aguda) e tente manter a emissão de ar
constante. Usando as 2 mãos, com as pontas dos dedos toque o nariz e
as maçãs do rosto de leve e sinta a vibração.
 Faça o exercício anterior, mas na expiração comece com pouco volume
e aumente procurando elevar a ressonância (vibração) e ainda dentro da
mesma expiração diminua o volume, terminando, assim, no mesmo
volume que começou (crescendo e decrescendo).
 Inspirar; pausa; expirar em mi – mi – mi – mi – mi, procurando manter a
vibração nasal, varie o exercício anterior com as outras vogais, ma, me ...

O conhecimento é infinito sempre devemos


buscar a excelência para louvar ao nome
Santo do Altíssimo Deus!
Elaine S Cicilini.
REFERÊNCIAS:
Figuras retiradas da internet https://www.todamateria.com.br/sistema-
respiratorio/; http://tecnicantar.blogspot.com/2013/07/tecnica-vocal.html
Behlau M – Voz: O livro do especialista

Pazetto L F - Revisão da Literatura – hidratação laríngea

Voz in Dicionário infopédia da Língua Portuguesa [em linha]. Porto: Porto Editora,
2003-2019. [consult. 2019-08-2]. Disponível na Internet:
https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/voz

Articulação ou dicção - A voz da liderança. [consult. 2019-08-24]. Disponível na


Internet: www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/lideranca/articulacao-ou-
diccao-a-voz-da-lideranca/33647

BEHLAU, Mara & REHDER, Maria Inês. Higiene vocal para o canto coral. Rio
de Janeiro: Revinter, 1997.

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