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INTRODUÇÃO
Este curso tem a finalidade de auxiliar as pessoas que utilizam a voz
profissionalmente ou não, ou seja, cantores, professores, telefonistas, locutores,
etc., mesmo para aqueles que no dia a dia falam sem prestar muita atenção na
produção de sua voz.
É preciso valorizar esse maravilhoso instrumento que Deus nos deu, no qual é
possível louvar ao seu Santo Nome, para isso é imprescindível conhecer melhor
como a voz humana é produzida e aprender a preserva-la durante a rotina de
suas atividades, tomando certos cuidados para não cometer abusos.
Segundo o dicionário Infopédia a definição da palavra “Voz” é a produção de
sons humanos emitidos pela laringe com o ar que sai dos pulmões. Para melhor
entender esse processo abordaremos “A fisiologia da voz”, respiração, fonação
e articulação, que será explicado pela fonoaudióloga Raquel Pingueiro de forma
compreensível para os leigos da anatomia humana, além de abordar os cuidados
com a saúde vocal e o órgão auditivo que é intrínseco a fonação.
Conhecendo melhor o nosso órgão fonador e a função de suas partes, podemos
compreender a emissão das vozes grave, média e aguda, que ressoam em
diferentes partes do corpo, chamadas de voz de peito, voz mista (voz da fala) e
voz de cabeça. A técnica vocal é muito indicada para os cantores profissionais
ou amadores, o estudo de sua prática é primordial para a execução saudável e
correta do canto.
Este estudo traz noções sobre a técnica vocal que abrange voz, corpo e mente,
desde a projeção da voz até a conscientização do corpo como instrumento,
trabalhando exercícios que ajudam a melhorar a respiração e a emissão de notas
agudas e graves como relaxamento, aquecimento vocal e vocalize.
CAPITULO 1: FISIOLOGIA DA VOZ
Embora a prega vocal seja a real autora da fonação, ela sozinha não
consegue bons resultados, depende de outros músculos, mucosas, membranas,
ligamentos e cartilagens para que sua produção ocorra e esteja adequada.
Vamos observar algumas dessas estruturas.
Esta camada de lâmina própria pode ser dividida em três camadas, cada
uma com características específicas: a superficial mais flexível, como se fosse
uma gelatina; intermediária fibras elásticas; profunda, fibras de colágeno, sendo
mais firme.
Dicas:
O uso de sprays para dor de garganta ou própolis deve ser utilizado com
muito cuidado. Não é viável sua utilização antes do uso da voz, suas
características chegam a anestesiar todo o trato vocal, podendo então provocar
um abuso da prega vocal sem que a pessoa sinta, podendo machucá-la. Além
disso, alguns sprays possuem substâncias que geram um ressecamento de todo
o trato vocal.
“Higiene Vocal Para o Canto Coral” - Mara Behlau & Inês Rehder.
Editora REVINTER,1997
CANTANDO NA IGREJA
Sabemos que a maioria das pessoas na igreja, canta sem curso de técnica
vocal, isso porque desde criança já temos a cultura de louvar ao Senhor
intuitivamente. Você já ouviu dizer: essa pessoa canta tão bem, pena que não
se entende o que ela diz. Assim como este, temos outros probleminhas, como
por exemplo, cantar desafinado, cantar gritando, com a boca muito aberta ou
quase fechada, etc., porém nada nos impede de buscar orientações e ajuda de
um profissional que nos ajude a melhorar. O professor de canto estuda as
variações da voz humana, utilizando técnicas vocais para treinar o aluno a emitir
os sons com espontaneidade, serenidade e maleabilidade, aprimorando toda
sua sonoridade vocal. O fonoaudiólogo estuda a voz humana em relação ao
organismo, ajudando no tratamento dos problemas vocais, como também ajudar
a evita-los.
É primordial que o cantor ou músico, estude música na teoria e na prática, mas
começo indicando alguns pontos relevantes para que o iniciante tenha uma boa
performance vocal, como a articulação, dinâmica musical e interpretação.
Procure imaginar que o som está vibrando dentre de seu corpo, preenchendo os
espaços, e finalmente saindo pelo topo da cabeça. Nunca pense que o som está
saindo da “garganta” e indo direto para a boca pois, assim, você não estará
usando uma boa parte das áreas de ressonância.
Tenha em mente que o som deve “viajar” pelo seu corpo, principalmente na
máscara, antes de ser projetado para fora, dando assim maior volume e
intensidade a sua voz.
De pé ou deitado: inspirar; pausa; expirar soltando o ar apenas pelo nariz
(fazendo hum, “mastigando” o som). Escolha uma nota que seja
confortável (nem grave nem aguda) e tente manter a emissão de ar
constante. Usando as 2 mãos, com as pontas dos dedos toque o nariz e
as maçãs do rosto de leve e sinta a vibração.
Faça o exercício anterior, mas na expiração comece com pouco volume
e aumente procurando elevar a ressonância (vibração) e ainda dentro da
mesma expiração diminua o volume, terminando, assim, no mesmo
volume que começou (crescendo e decrescendo).
Inspirar; pausa; expirar em mi – mi – mi – mi – mi, procurando manter a
vibração nasal, varie o exercício anterior com as outras vogais, ma, me ...
Voz in Dicionário infopédia da Língua Portuguesa [em linha]. Porto: Porto Editora,
2003-2019. [consult. 2019-08-2]. Disponível na Internet:
https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/voz
BEHLAU, Mara & REHDER, Maria Inês. Higiene vocal para o canto coral. Rio
de Janeiro: Revinter, 1997.