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Oratória

&
Homilética

“Arte de Falar em Público x Arte da Pregação”.

Facilitador: Pr. Alexandre Pitante.


MÓDULO I – INTRODUÇÃO DO CURSO

1- O que é a Oratória.
Vem do Latim dialogus, do Grego diálogos, “conversação”, relacionado a
dialogesthai, “falar, conversar”. Daí vem as palavras “oratória” e “orador”, bem como
o verbo “orar”. Portanto Oratória é a arte de falar bem em público, de forma
eloquente, sendo um forma especifica de comunicação. Um conjunto de regras que
constituem a arte do bem dizer, a arte da eloquência; retórica. Para muitos autores a
oratória pode ser considerada uma arte e também uma ciência. Isto porque tem um
vertente objetiva: características especificas, técnicas e regras que podem ser
aprendidas; e uma vertente subjetiva: personalidade ou carisma. “A oratória é uma
área que pode ser treinada e melhorada”. Como em qualquer forma de comunicação,
existem cinco elementos básicos a considerar, muitas vezes expressos como “quem
diz – o quê – a quem – por que meio – com que efeitos?”. O propósito de falar em
público pode variar, da simples transmissão de informações, à necessidade de
motivar as pessoas a agir ou, simplesmente, contar uma história.

2- A História da Oratória.
Nos primórdios da história bíblica, encontramos o Sumo Sacerdote Arão que recebe
uma declaração da parte de Deus dizendo: que ele falaria muito bem. Habilidade que
levaram a falar a Faraó na linguagem egípcia e também ao seu povo com o mesmo
afinco. “O primeiro treino para falar em público ocorreu no antigo Egito”. No entanto,
só no século V a.C. apareceram os primeiros oradores exímios como Péricles. Na
literatura, as primeiras manifestações de eloquência surgiram com os poemas de
Homero. Agora Atenas foi considerada o terreno fértil da oratória; implantando a
disciplina da retórica no currículo escolar dos estudantes atenienses. Na Grécia
clássica, alguns dos principais oradores foram Lísias, Isócrates e Demóstenes.
Sendo Demóstenes considerado um dos maiores oradores da Antiguidade, obtendo
êxito na arte falar após superar dificuldades impostas pelas suas próprias deficiências
naturais. Os romanos tiveram seu destaque com Cícero. Agora o mais fantástico dos
Oradores foi nosso Senhor Jesus Cristo; atraindo multidões de homens, mulheres e
até crianças; que lhe acompanhavam em seus discursos.

3- Nos dias de hoje.


Nos dias de hoje, o maior poder é a palavra, a qual está disponível a todos, “O poder
das palavras são como veículos para o sucesso”. O homem é um ser privilegiado.
Através da palavra escrita ou verbal, pode expressar seus sentimentos, mudar a sua
realidade e o mundo ao seu redor, o discursador moderno é um símbolo forte que
representa uma determinada estética de robustez submetendo-se a encantar o
público; caso contrário, perde pessoas que esperam um desempenho heroico, uma
liderança valente e decidida.
4- A Oratória e a Retórica.
Muitas vezes a oratória e a retórica são descritas como sinônimos. Os dois conceitos
têm algumas semelhanças, porque os dois implicam habilidade no âmbito da
comunicação. No entanto a retorica e mais abrangente e é independente da
existência de uma plateia, tendo o claro objetivo de persuadir o público. “Uma pessoa
com boa retórica pode se manifestar apenas na comunicação escrita, não estando
necessariamente perante um público”.

MAS AFINAL O QUE É RETÓRICA?


Retórica é uma palavra com origem no termo grego rhetorike, que significa a arte de
falar bem, de se comunicar de forma clara e conseguir transmitir ideias com
convicção. A retórica é uma área relacionada com a oratória e dialética, e remete
para um grupo de normas que fazem com que um orador comunique com eloquência.
Tem como objetivo expressar ideias de forma mais eficaz e bonita, sendo também
responsável pelo aumento da capacidade de persuasão. “A retórica corresponde à
formulação de um pensamento através da fala e por isso depende em grande parte
da capacidade mental do orador”. De acordo com a retórica, o discurso pode ser
dividido em cinco partes cruciais:
 INVENÇÃO: o conjunto de todos os princípios relacionados com o conteúdo;
 DISPOSIÇÃO: que corresponde à estruturação das formas de conteúdo;
 ELOCUÇÃO: expressão do conteúdo de acordo com o estilo apropriado;
 FIXAÇÃO: consiste na memorização do discurso em questão.
 AÇÃO: o ato de proferir o discurso.

Exercícios de Fixação da Aprendizagem.


1- Defina: O que é Oratória?
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2- Quais os nomes e origem dos destaques da oratória na Antiguidade?
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3- Qual a importância da Retórica?
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MÓDULO II – A IMPORTANCIA DA ORATÓRIA


1- A necessidade da Eloquência.
Eloquência é o substantivo que indica a qualidade de uma pessoa eloquente, é a
capacidade de proferir bons discursos. Também podendo ser um sinônimo de
oratória e retórica. A filosofia aborda a eloquência com a arte de falar bem, de
conseguir expressar um ponto de vista ou ideia de forma eximia e competente. A
eloquência também pode estar relacionada com a expressividade, sendo uma forma
de entusiasmar ou despertar emoções no seu público. “Alguns autores indicam que a
eloquência e um dom que nasce com algumas pessoas, que têm um carisma natural,
uma presença e forma de falar que cativa as outras pessoas”.

2- O Poder da Persuasão
Persuasão é um substantivo feminino com origem no termo em latim persuadere, e
consiste no ato de persuadir ou convencer. O conceito de persuasão está
intimamente ligado com crença e convicção, porque persuadir alguém significa fazer
com que essa pessoa acredite ou aceite uma determinada ideia. Além disso, a
persuasão também pode convencer alguém a tomar certo tipo de atitude. A
persuasão é uma forma de comunicação estratégica que é feita através de
argumentos lógicos ou simbólicos. Assim, a capacidade de argumentação e a retórica
são essenciais para conseguir persuadir alguém.

3- A Teoria da Comunicação
A comunicação está presente em todas as situações sociais. A comunicação é a
dinâmica de relacionamento entre as pessoas e que pressupõe duas dimensões. O
diálogo que estabelecemos conosco próprios e que se chama dialogo intrapessoal
(de mim para comigo). O diálogo que estabelecemos com qualquer outra pessoa em
nível – familiar, acadêmico, profissional, amizade, afetivo, etc. – chama-se de diálogo
interpessoal.
Todo processo de comunicação pressupõe os seguintes elementos:
 Transmissor ou emissor: aquele que transmite verbal ou não verbalmente um
conteúdo de ideias, palavras, expressões e valores que ele deseja que a outra
pessoa entenda.
 Mensagem: corresponde ao conteúdo de ideias, palavras, expressões e
valores enviados pelo transmissor e que serão captados pela outra pessoa.
 Receptor: aquele que recebe a mensagem, interpreta-a e devolve uma nova
mensagem reformulada ao seu transmissor. Neste momento aquele que era o
receptor torna-se um novo transmissor.
 Meios: são a linguagem, os gestos, a postura e a voz.
Curiosidade: “A estrutura interior precede a linguagem transmitida, pois a
capacidade de pensar é aproximadamente 4 (quatro) vezes mais rápida que a fala”
(Polito).

4- Canais de Comunicação
Os canais de comunicação que utilizamos são três:
 Visual: é todo meio de comunicação expresso com a utilização de
componentes visuais, como: imagens desenhos, gráficos, ou seja, tudo que
pode ser visto. O termo comunicação visual é bastante abrangente e não
precisa ser limitado a uma única área de estudo.
 Auditivo: é a forma sonora e a mais predominante. O canal auditivo consegue
perceber com maior nitidez e facilidade dados vinculados ao som: volume,
tonalidade, vocabulário, ruídos, discursos, conversas, discussões. Uma pessoa
auditiva presta muita atenção naquilo que está sendo dito.
 Cinestésico: é a característica das pessoas muito extrovertidas, que se
movimentam muito, que gesticulam com facilidade e que utilizam o corpo
(linguagem não verbal) para se expressar.

Exercícios de Fixação da Aprendizagem.


1- Quanto a Eloquência, Considere.
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2- Qual a importância do poder da persuasão.
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3- Cite sobre as Teorias da comunicação.
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4- Quais são os canais de comunicação.
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MODULO III – PREPARAÇÃO PARA ORATÓRIA


1- A voz “Veículo de Comunicação”
Ela é produzida na laringe através da vibração das pregas-cordas vocais, que
realizam seu movimento de acordo com o fluxo de ar que vem dos pulmões e com
a ação dos músculos da laringe. Após essa amplificação, o som é articulado na
cavidade oral por meio dos lábios, bochechas, língua, palato e mandíbula. “A voz
tem um papel fundamental na vida das pessoas”. Ela é um marco tão
característico e importante para alguém assim como pode ser a sua fisionomia e
impressão digital. “A posição corporal ideal para o desenvolvimento da voz é
apoiada nos pés, ligeiramente separados, coluna reta, ombros relaxados, cabeça
erguida e mandíbula relaxada”.

2- Cuidado com a Voz


São necessários alguns cuidados simples para evitar problemas como a
rouquidão e até mesmo calos na cordas vocais. Hidratação, exercícios regulares e
o descanso são fundamentais para que a utilização da voz não se transforme em
um problema de saúde. Se exigida demais, assim como ocorre com os músculos
do corpo, a voz pode ficar cansada e apresentar sinais de desgaste. Quando o
indivíduo sente que precisa fazer forca para falar, por exemplo, é um sinal desse
cansaço. “É muito importante descansar após o uso prolongado da voz, ficando
em silencio por algum tempo”.

3- A Preservação da Voz
 Beber bastante agua, principalmente em ambiente com ar condicionado.
 Antes, durante e depois do uso profissional da voz fazer gargarejos suaves
com água morna e pouco de sal antes de deitar.
 Comer maça, ela limpa o trato vocal.
 Manter postura ereta enquanto estiver usando a voz.
 Não usar roupas apertadas, principalmente na região do pescoço e da cintura
(diafragma).
 Realizar exercícios de aquecimento vocal orientados e desaquecimento logo
após.

4- Aquecimento e Descanso da Voz


Corresponde à realização de exercícios respiratórios e vocais, cuja finalidade é
aquecer a musculatura das preás vocais antes de uma atividade mais intensa para
evitar sobrecarga.

Exercícios de aquecimento
Com a sensação do bocejo, abra a boca internamente. Deixe o céu da boca bem alto
e a língua lá embaixo, mas os lábios precisam permanecer fechados. Com a boca
nesse formato, murmure canções que você conheça.
Alongamento e Relaxamento
 Com a musculatura relaxada e respirando pausadamente, gire a cabeça para a
esquerda e para a direita, de forma bem devagar.
 Faca movimentos circulares e lentos com os ombros para trás e para frente.
Por último, espreguice-se levantando os braços bem altos.
 Espreguiçar e bocejar.
 Pescoço movimentos de sim, não. No movimento de sim inicie com Trrrrr. Após
A, numa altura e volume confortáveis. Vá soltando também o É, Ê, I, Ó, Ô e U.
 Faça os exercícios cervicais também com Brrrrrrr.
 Esfregar as mãos e massagear o rosto e couro cabeludo em movimentos
circulares.
Voz Cansada
Enquanto faz vibrações com os lábios (som de brrrrr) e, depois, com a língua com de
(trrrr), movimente a cabeça em círculos, primeiro para a direita e, em seguida, para a
esquerda. “Não se esqueça: se você está rouco (disfonia) ou doente, o silêncio pode
ser o seu maior aliado” indicam os especialistas.

Exercícios de Fixação da Aprendizagem.


1- Como a voz é gerada e qual a sua importância como veículo de
comunicação?
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2- Declare sobre os cuidados com a voz?
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3- Cite quanto à preservação da voz?
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4- Defina a necessidade da aquecimento e Descanso da Voz?
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MÓDULO IV – APERFEIÇOANDO A VOZ


1- Quanto a Dicção.
A dicção é a qualidade suprema da voz. Pois sem o aparelho fonador não é possível
a fala. “Para obter uma boa dicção, é preciso dominar o folego”. Em proveito de
melhorar a dicção, recomenda-se leitura em voz alta com obstáculos na boca, como
os lápis ou dedo de forma que possa dificultar a pronúncia dos vocábulos durante o
treinamento. Algumas alterações fonéticas causam erros de dicção como a hipértese,
que é a transposição de som de uma silaba para outra da mesma palavra (p. Ex.
trigue em vez de tigre); e a silaba (p. ex. pooque em vez de porquê). “Os vícios de
linguagem provocam erros na pronúncia das palavras”. O rotacismo, por exemplo
causa a troca do L pelo R (ex: crássico em vez de clássico), e o lambdacismo, que é
a troca do R pelo L (ex: talde em vez de tarde). A boa dicção depende de uma
respiração adequada e, sobretudo de um aquecimento dos músculos faciais e na
língua.
Exercícios de Dicção com a Caneta na Boca.
 PA TA KA PRA TRA KRA PLA TLA KLA
 PE TE KE PRE TRE KRE PLE TLE KLE
 PI TI KI PRI TRI KRI PLI TLI KLI
 PO TO KO PRO TRO KRO PLO TLO KLO
 PU TU KU PRU TRU KRU PLU TLU KLU

 BA DA GA BRA DRA GRA BLA DLA GLA


 BE DE GUE BRE DRE GRE BLE DLE GLE
 BI DI GUI BRI DRI GRI BLI DLI GLI
 BO DO GO BRO DRO GRO BLO DLO GLO
 BU DU GU BRU DRU GRU BLU DLU GLU
Em seguida, retire a caneta e pronuncie todas as silabas abrindo a boca ao máximo
que puder.

2- Impostação e entonação de Voz


Impostar a voz é usar todos os recursos técnicos disponíveis como respiração,
apoio, articulação e ressonância, tirando a voz de lugares que podem prejudicar o
Som, por exemplo: garganta (voz gutucal), nariz (Voz anasalada) e faringe (voz
entubada, abafada). O ideal é uma voz equilibrada usando todos os pontos de
ressonância procurando sempre colocar a voz, pressão de som para cima,
preenchendo toda a cabeça. A impostação se dá através de exercícios específicos
com a Boca Chiúsa (boca fechada) e vocalizes usando diversas combinações de
vogais, escalas e tonalidades exercitando a voz em toda a sua extensão,
aplicando a técnica respiratória, abertura de boca e projeção de som.

3- Melhorando a articulação Bucal


É a “ginástica bucal” que modifica os sons da pregas vocais, transformando-os em
vogais e consoantes. A articulação ideal é aquela que ressalta cada silaba,
considerando as consoantes, respeitando a sonoridade das vogais e
consequentemente, dando clareza.
Exercícios:
Mandíbula:
Abrir a boca lentamente dizendo: ma, ma, ma, ma e fechá-la lentamente dizendo:
iara – iate – iaga. Abrir e fechar a boca com firmeza e rapidez dizendo muitas
vezes: ba – ba – ba – ba – ba – ba – ba. Dizer lentamente: não há luar – não há
luar – não há luar...
Palato Mole:
Bocejar. Dizer lentamente: gong, gong, gong, gong. Emitir e alternar a vogal oral
com nasal: a ã – e em – o om – i im – u um – móm – mó o.
Língua.
Como desenvolver uma respiração correta: Levantado, equilibre o corpo sobre as
pernas meio abertas. Coloque as mãos na cintura abaixo das costelas. Inspire
somente pelo nariz e expire lentamente pela boca, mantendo os lábios
ligeiramente fechados. Pressionando o abdômen, com a mão abaixo do umbigo,
introduza, o ar nos pulmões. Solte-o em pequenos jatos, golpeando o musculo do
abdômen. “Você também pode fazer esse exercício deitado”.

Exercícios de Fixação da Aprendizagem.


1- Mencione quanto a Dicção?
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2- Qual a importância da Impostação e Entonação da Voz?
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3- Uma boa respiração contribui de que forma para a Oratória?


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MÓDULO V – PREPARAÇÃO DO DISCURO


1- Quanto ao discurso.
Deve ser bem elaborado, memorizado e se possível utilize “frases ou informações
que provoquem impacto”. Aproveitando as circunstâncias. Utilizando de assuntos
atuais e presente na imaginação de todos.
Tempo de Exposição.
15% PARA A INTRODUÇÃO.
75% PARA O DESENVOLVIMENTO.
10% PARA A CONCLUSÃO.
OBS.: É claro que essas porcentagens estão sujeitas a mudanças de acordo com o
tipo de evento e necessidades do público-alvo.
CONSIDERAÇÕES GERAIS:
Quanto ao lugar
Informações relacionadas ao elemento físico, prédio, a cidade, dentre outros.
A pessoa
Aproveitar a observação de um ouvinte, fazer referência e comentários à pessoa
conhecida.
O tempo
Conhecimento obtido em relação a datas, períodos, aniversário da cidade, dentre
outros.
Aludir à Ocasião
É a mais apropriada para iniciar um discurso. Apresenta o motivo da reunião.
Utilize de citações de:
- trechos de livros conhecidos e fáceis de serem adquiridos;
- um pensamento, preceito ou provérbio;
- uma passagem histórica real ou imaginada;
- uma afirmação de autoridade no assunto, dentre outros.

2- Atualização e vocabulário.
Cuide da gramatica. A oratória é um aprendizado continuo, em que o palestrante
perpetuamente deverá atualizar-se. O vocabulário é formulado pela leitura de um
bom livro, com lápis e dicionário ao lado, redigindo frases com as palavras
anteriormente desconhecidas, procurando usá-las em outras oportunidades. O
vocabulário ideal é aquele simples, claro, sem divagações, que se adapta a
qualquer plateia.

3- Elaboração e Leitura de Textos.


Estrutura do discurso.
O discurso deve estruturar-se em três partes: introdução, corpo e conclusão:
A) Introdução:
Revela o que vai ser dito. Um bom começo é vital para qualquer apresentação.
Ela Prepara o ânimo do ouvinte para receber bem o restante do discurso. O
orador deve aguçar o interesse e a curiosidade.
Elementos da introdução: Apresentação pessoal, Comentar os pontos principais e
os objetivos e Explicar as regras e a metodologia a seguir.
B) Corpo:
É o desenvolvimento do discurso, durante o qual é muito importante que a plateia
perceba exatamente o que você quer passar.
- mantenha uma linguagem clara, frases curtas e com ritmo suave quando
possível, com transição logica entre pontos.
- ordene os seus argumentos e se apoie em dados ou exemplos que ajudem o
auditório a compreender a mensagem da exposição.
- se puder, fale sem usar anotações e se mova com confiança.
C) Conclusão:
O final tem de constituir o compêndio do que foi dito incluindo, na maioria dos
casos, os seguintes elementos.
- breve resumo do conteúdo principal do discurso.
- apelo à ação.
- Agradecimento sincero.
- frase de efeito.
Quanto à Leitura do Discurso.
Existem três formas estruturais básicas de se apresentar um discurso: a fala de
improviso, o discurso com alguns pequenos tópicos anotados e o discurso em
forma de leitura. Discursos feitos de forma espontânea, mesmo que tenham sido
preparados e estudados de antemão, costumam ser muito mais vivos e
agradáveis de assistir. A leitura, pelo contrário, muitas vezes é um fator de
desmotivação do público. Uma boa dica para não se perder, enquanto olha para
os ouvintes, é marcar a linha de leitura com o dedo polegar.

4- A utilização dos Recursos Visuais.


Basta dizer que, se transmitimos uma mensagem apenas verbalmente, depois de
três dias os ouvintes se lembrarão somente de 10% do que falamos; se,
entretanto, transmitimos a mensagem verbalmente, mas com o auxílio de recursos
visuais, a plateia se lembrará de 65% do que foi comunicado. No entanto,
devemos atentar para as seguintes considerações:
 Destacar as informações importantes.
 Facilitar o acompanhamento do raciocínio por parte dos ouvintes.
 Aumentar a capacidade de memorização da plateia.

Precauções.
 Utilize letras com tamanho que todos na plateia possam ler.
 Coloque apenas a essência da mensagem traduzida em poucas palavras e
expressões.
 Transforme todos os números que puder em gráficos.
 Use cores, sem exagero.

5- O Uso do Microfone.
Aprender a usar o potencial do microfone para se transformar num colaborador à
voz e a comunicação e essencial. A posição ideal dele é de aproximadamente 10
cm abaixo da boca, podendo-se aproximar ou afastar-se, dependendo da
sensibilidade dele. Lembre-se que sua boca deve ficar próxima do microfone.
Portanto, se alguém o chamar na lateral ou você se direcionar a uma pessoa, não
gire apenas a cabeça, incline um pouco o carpo a fim que o microfone esteja
diante de sua boca. “Olhe sempre sobre o microfone”.

Exercícios de Fixação da Aprendizagem.


1- Cite referente ao Discurso.
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2- Declare sobre à elaboração e leitura de textos.
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3- Cite a importância da utilização dos Recursos Visuais.
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4- Faça menção sobre o uso correto do microfone.
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MÓDULO VI – A IMPORTÂNCIA DA POSTURA.


1- Postura e Gestos.
Postura é conhecer o que seu corpo expressa. Devemos entender que o corpo
muitas vezes fala mais do que a voz. Os pés e as pernas são o equilíbrio
necessário do(a) Orador(a). As pernas devem ficar paradas a maior parte do
tempo. Sem que o auditório perceba, alterne o peso nas pernas. “A aproximação
em relação aos ouvintes deverá ocorrer todos os sentidos”. Dependendo da
argumentação, movimente-se pela plateia moderadamente. A ação de gesticular
deve acompanhar as palavras ou corresponder a uma ideia predominante do texto
e não a cada palavra anunciada. Assim sendo, para uma frase, deve existir um
gesto que vem antes ou junto da oração, nunca depois. Não apenas as mãos e o
antebraço, mas sim todo o corpo deve participar da fala. “Ao falar, todos
gesticulam”. A gesticulação deverá ocorrer de forma: Natural, Ajustando-se às
ideias e as palavras que são expressas pelo orador; espontânea, nunca
planejada; e moderada.
Alguns erros observados:
 Mãos para trás das costas ou nos bolsos.
 Braços cruzados, pois demonstra a ideia de desafio ou espera, dentre outros.
 Cotovelos grudados no corpo.

Regra Geral
O tamanho e a intensidade do gesto devem atender as características do recinto.
Quanto maior o auditório ou mais inculto seja ele, maiores e mais largos os gestos;
posto que vice-versa também é verdadeiro.

2- Gestos em harmonia com a fala


Em situações formais, como, por exemplo, formaturas e solenidades, uma postura
será mais indicada; em outras situações, como reuniões na empresa,
apresentação de projetos ou trabalhos escolares, um comportamento mais
informal será o correto. Portanto, analise seus gestos junto com a postura;
exemplo:
Quanto ao tronco
Deve ser evitados 2 (dois) extremos: postura relaxada ou ensoberbecida; de forma
que o(a) orador(a) desenvolva uma atitude simpática e participativa ao se
comunicar.
A Cabeça
A posição da cabeça manterá o equilíbrio com o restando do corpo e servirá para
indicar as ideias negativas ou positivas, contribuído, assim à eficiência da
comunicação.
O Semblante
Este é a parte mais expressiva do todo o corpo. Vigora como uma tela onde as
imagens internas são apresentadas em todas as dimensões, demonstrando e
indicando sinceridade nas palavras do discursador. O semblante deve estar à
vista e não escondendo necessárias expressões faciais.
A Boca
Determina a simpatia do semblante, e comunica tanto calado quando se fala. A
importância do sorriso: O sorriso sincero poderá quebrar barreiras. Ele desarma
adversários, conquista o inimigo, muda opiniões e abre corações. É um elemento
especial na comunicação.
Os Braços e Mãos
Deve ser expressiva, atendendo a elucidação da mensagem com naturalidade,
integrando-se suavemente no conjunto da Expressão Verbal. Vale acrescentar: na
tribuna não se encosta os braços e cotovelos, mas sim o dedo polegar para dentro
e outros para fora da mesma, na lateral.

Exercícios de Fixação da Aprendizagem.


1- Defina: Postura e Gesticulação.
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2- Quanto ao gesto em harmonia com a fala. Considere.
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MÓDULO VII – ANÁLISE DE PUBLICO E AMBIENTE


1- Perfil do público Alvo.
É o auditório que determina o rumo a ser conquistado pelo expositor, o qual
analisará o terreno, levando em conta o que a plateia deseja ou precisa ouvir e a
forma como ela gostaria de vê-lo. Cada público possui suas próprias
características. Logo, cabe ao discursador conhece-las, quando possível, antes do
preparativo da sua exposição.
Considerações / Exemplo:
Sexo – As mulheres aceitam elogios quando sinceros e os homens se
incomodarão. Os homens já não apreciam colocações emocionais; são
influenciados pela voz e gestos.
A Idade – O vocabulário, a postura e o assunto a ser tratado devem ir ao encontro
da faixa etária, dentro de seu prisma de interesse.
Infantil – Possui pouca paciência e grande distração. Quanto mais rápida a
exposição, maiores chances de captação da mensagem. Utilize pequenos contos,
fábulas, dentre outros, facilitando assim a compreensão da criança.
Juvenil – Assimila informações com mais facilidade. Não querem ser tratados
como criança, exigem respeito e valorização dos seus ideais. Portanto demonstre
identidade e vibração nos temas a serem abordados.
Adulto – Contem experiência e seu vocabulário de certa forma encontra-se
estruturado. Entretanto, cuidado ao tratar o auditório pelas aparências de idade,
porque há adultos que não possuem formação e vivencia.
Idoso – Interessa mito por suas conquistas. É mais difícil que se empolguem por
projetos futuros. Possui um espírito desconfiado e é crítico.
Nível Sociocultural:
Público Simples / Ignorante ou despreparado – Encontram dificuldade de
entendimento. “A colocação emocional é mais relevante que a razão”. Bastante
influenciados pela tonalidade da voz e gestos. Logo, orador(a) deve facilitar a
compreensão utilizando termos comuns, que expressem conceitos concretos com
raciocínios curtos.
Público Culto – É uma plateia mais preparada e exigente, receptiva às
colocações racionais. Porém, se o expositor não estiver preparado, os ouvintes
descobrirão. Assim sendo, desinteressam pelo assunto.

2- Ambiente, Acomodação e Tamanho do Auditório.


Os cuidados com o locar e as circunstâncias são bastante importantes. Portanto
considere:
 Tamanho do auditório.
 O local onde será realizada a apresentação.
 Os recursos disponíveis (Som, Data Show e etc.)
 O apoio da apresentação.
 O que ocorreu antes de sua apresentação.
Se possível, conheça o local antes da apresentação. Cuide com a temperatura (Ar
Condicionado) do ambiente e a Acomodação da plateia de forma que se sintam
confortáveis. Em ambientes abertos, os cuidados deverão ser redobrados.

Exercícios de Fixação da Aprendizagem.


1- Quanto à identificação do público alvo. Cite aspectos que devem ser
levados em conta.
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2- Quanto ao Nível Sócio Cultural do Público. Considere.
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3- Defina a importância do conhecimento e identificação do local antes do
Evento.
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MÓDULO VIII – CONQUISTANDO O PÚBLICO


1- Vencendo a Barreira “Público”
O medo de falar em público é o inimigo número 1 (um) do orador(a). Quando o
medo aparecer, encare-o normalmente, pois todos possuem medo. “Controle o
nervosismo, relaxando o corpo”. Ao falar, mantenha seu olhar no centro da plateia
– a cerca de dois terços da distância entre a última fileira. Tenha uma atitude
correta. Vigie seus movimentos. “Leve sempre um roteiro com os principais
passos da apresentação, para lhe dar mais segurança”. Planeje e treine frente ao
espelho, segundo as técnicas apresentadas. Afaste os estímulos negativos. Não
adquira vícios: aí, né, tá, e, há, áááá, éééé, dentre outros. Chame a voz pela
respiração. Não tenha pressa para iniciar. “Apenas a prática irá proporcionar-lhe o
reflexo à confiança”. A melhor maneira de combater o medo é agindo.

2- Formas de Tratamento
Autoridades Universitárias:
Reitores / Vice-Reitores: V. Mag. ª (Vossa Magnificência) ou V. Exª (Vossa
Excelência).
Assessores / Pró-reitores/Diretores/Coordenadores: V. S. (Vossa Senhoria)
Autoridades Judiciárias:
Auditores/Curadores/Defensores Públicos/Desembargadores/Membros de
Tribunais/Procuradores/Promotores: V. Ex.ª (Vossa Excelência)
Juízes de Direito: M. Juiz (Meritíssimo Juiz) ou v. Ex.ª (Vossa Excelência)
Autoridades Militares:
Oficiais Generais (até Coronéis): V. Ex.ª (Vossa Excelência).
Outras Patentes: V. S. ª (Vossa Senhoria)
Autoridades Eclesiásticas:
Arcebispos/Bispos: V. Exª Revmo. (Vossa Excelência Reverendíssima)
Cardeais: V. Em.ª (Vossa Eminência)
Cônegos/Frades/Freiras e Monsenhores/Sacerdotes em Geral e Pastores: Rev.º
(Reverendíssimo).
Papa: V. S. (Vossa Santidade)
Autoridades Civis:
Chefe da Casa Civil e da Casa Militar/Cônsules/Deputados/Embaixadores
Governadores/Ministros de Estado/Prefeito/Secretários de
Estado/Senadores/Vice-Presidente da República/Presidente da República: V. Ex.ª
(Vossa Excelência)
Demais autoridades não contempladas com tratamento especifico.
V. S.ª (Vossa Senhoria) ou Sr. (Senhor + Cargo).

3- Conquiste-os, como?
“É no início da apresentação que a adrenalina está no sangue”.
 Cumprimente os ouvintes.
 Sorria e faça um elogio sincero ao auditório.
 Reconheça as qualidades da plateia.
 Ponha-se no lugar do público.
 Informe o tema e as partes do assunto.
 Demonstre conhecimento e relevância da matéria.
 Fala um retrospecto ou levante um problema relacionado com que você
falará.
 Apresente a composição com argumentos verdadeiros e concatenados.
Concluindo
Recapitule um uma ou duas frases o que acabou de expor. Encerre com informações
consistentes que permitam levar a uma reflexão ou ação. “Prometa brevidade e use
de criatividade”.
4- O que o orador(a) não deve fazer?

 Pedir desculpas por problemas físicos ou de saúde, pois demonstra


fraqueza.
 Contar piadas na introdução porque corre o risco de perder a credibilidade,
porém um fato bem-humorado não é uma piada.
 Manifestar falta de conhecimento ou preparo da matéria.
 Iniciar com palavras desprovidas de objetividade como: bem, bom, aí então,
dentre outras.
 Firmar posição sobre assunto polêmico. O motivo é que você poderá perder
uma boa parcela do público.
 Fazer perguntas ao auditório, pois como diz o ditado: “quem pergunta o que
quer pode ouvir o que não quer”.
 Usar chavões ou frases vulgares porque já perderam a força na
comunicação.

Exercícios de Fixação da Aprendizagem.


1- Declare de forma objetiva como Vencer a Barreira do Público.
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2- Cite sobre a utilidade da Forma de Tratamento.
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3- Cite algo sobre erros que devem ser evitados pelo(a) orador(a).
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MÓDULO XIX – PREPARANDO O SERMÃO


1- A necessidade da Homilética.
HOMILÉTICA é considerada a arte de pregar, ou seja, utilizar os princípios da
retórica com a finalidade especifica de falar sobre o conteúdo da bíblia sagrada
cristã. Etimologicamente, homilética se originou a partir do grego Homiletikos, que
por sua vez derivou de homilos, que significa “multidão” ou “assembleia do povo”.
Este termo acabou originar a palavra homilia, que quer dizer “discurso com a
finalidade de agradar”. No século XVII, o cristianismo se aproveitou das
características básicas da retórica criada pelos gregos e levou para a igreja,
dando o nome de homilética. Os estudos da homilética são acompanhados pelos
teólogos, que aprendem a preparar e apresentar os sermões e pregações bíblicas
de maneira mais eficaz e interessante para cativar o público. Quando aplicada
corretamente, a homilética ajuda a trazer a orientação ao orador, que proporciona
uma melhor compreensão do texto ao ouvinte. Neste aspecto, a homilética está
intrinsecamente relacionada com o conceito da hermenêutica.
Mas afinal o que é HERMENÊUTICA?
É uma palavra também de origem grega e significa a arte ou técnica de interpretar
e explicar um texto ou discurso. O seu sentido original estava relacionado com a
bíblia, sendo que neste caso consistia na compreensão das Escrituras, para
compreender o sentido das palavras de Deus. Hermenêutica também está
presente na filosofia e na área jurídica, cada uma com seu significado. Segundo a
filosofia, a Hermenêutica aborda duas vertentes: a epistemológica, com a
interpretação de textos e a ontológica, que remete para a interpretação de uma
realidade. A Hermenêutica Bíblica é a arte que estuda as Escrituras, o que cada
palavra, frase e capítulos significam. Existem muitos textos na Bíblia difíceis de
compreender, por isso a hermenêutica faz-se essencial para as pessoas que não
têm muito conhecimento das palavras e dos símbolos. A hermenêutica é
considerada por muitos como um sinônimo da exegese, pois também consiste na
arte ou técnica de interpretar e explicar um texto. Na realidade, a principal
diferença entre a exegese e a hermenêutica são as regras e técnicas especificas
que cada sistema de interpretação possui.
Quanto a importância da Exegese?
A Exegese é uma análise, interpretação ou explicação detalhada e cuidadora de
uma obra, um texto, uma palavra ou expressão. Etimologicamente, este termo se
originou a partir do grego exégésis, que significa “interpretação”, “tradução” ou
“levar para fora (expor) os fatos”. Normalmente, a exegese é utilizada para a
interpretação e explicação crítica de obras artísticas, jurídicas e literárias,
principalmente os textos de cunho religioso. Os exegetas, nome dado para as
pessoas que fazem exegeses, devem ser proficientes em uma grande variedade
de disciplinas que estimulam a análise crítica, como investigação da origem do
texto, entre outras características gramaticais e sintáticas da obra original. Na
Bíblia a exegese é o estudo da interpretação gramatical e sistemática das
Escrituras Sagradas. Para que uma pessoa possa estar apta a fazer uma exegese
bíblica, esta deve ser especialista nos idiomas originais bíblicos, como o grego e o
hebraico. O oposto da exegese bíblica é a eisegexe, quando a interpretação é
feita exclusivamente baseada em teorias subjetivas, sem uma pesquisa ou análise
profunda e real do texto. No sentido jurídico se baseia na chamada Escola de
Exegese, uma corrente de pensamento jus positivista, ou seja, que tenta explicar
o fenômeno jurídico a partir de normas e leis estabelecidas pelas autoridades de
determinada sociedade.

2- Classificações do Sermão
O sermão é classificado por duas formas, a saber: pelo assunto ou pelo método,
podendo ser discursivo ou expositivo.
 Pelo assunto.
 Doutrinário – aquele que expõe uma doutrina (ensinamento).
 Histórico – que narra uma história.
 Ocasional – destinado a ocasiões especiais.
 Apologético – com a finalidade de fazer apologia (defender).
 Ético – quando exalta a conduta e a vida moral e ética.
 Narrativo – quando narra um fato, um milagre.
 Controvérsia – aquele que tem por finalidade atacar erros e
heresias.

 Pelo método.
 Topical ou Temático.
São aqueles onde a divisão faz-se pelo tema. Todas as divisões devem
derivar do tema. A melhor forma é fazer perguntas ao tema escolhido,
tais como: Por que? Como? Quando? O Quê? Onde?
 Textual.
São aqueles onde a sua divisão encontra-se no próprio texto. É um
método muito bom, pois oferece aos ouvintes a oportunidade de
acompanhar, passo a passo a exposição do sermão.
 Expositivo.
Quando os texto são longos. Este pode expor uma história ou uma
doutrina. Exemplo: Parábola, Milagre, Peregrinação, Pecado, etc.

Obs.: Em certo sentido todo sermão é expositivo, mas aqui indica a extensão do
texto.
Quanto ao uso de ilustrações
A ilustração ajuda na exposição tornando claro e evidente as verdades da palavra de
Deus. A ilustração atrai a atenção, quebrando assim a monotonia, e faz com que a
mensagem seja gravada nos corações com mais facilidade. As ilustrações também
ajudam na ornamentação do sermão tornando-o mais atraente, porém o pregador
deve ter o cuidado de não ficar o tempo todo contando “histórias”. Existem dois tipos
de ilustrações:
I. Comparação da verdade que deseja ilustrar com outra coisa ou situação bem
conhecida, que seja semelhante, ex. “Eu sou o Pão da Vida”.

II. Caso concreto da ideia geral que se quer ilustrar, ex. “Paciência de Jó”.

3- Divisões do Sermão.
O sermão deve possuir divisões, que permitem um bom aproveitamento do
assunto que vai ser apresentado:
I. Introdução.
Tem por finalidade chamar a atenção dos ouvintes para o assunto que vai ser
apresentado e também para o pregador. Tem que ser apropriado e deve estar
relacionado com o tema, mas cuidado para não antecipar o sermão. Neste
momento o pregador vai se familiarizar com o auditório, cuidado especial deve
ser tomado quanto ao entusiasmo, pois o povo pode ainda estar frio. É
importante ser breve, pois é a primeira impressão produzida nos ouvintes.
Pode conter: o anúncio do tema, texto a ser lido.
II. Texto.
É o texto lido pelo orador, podendo ser um capítulo, uma história, um versículo
ou até mesmo uma palavra. Quando o texto é bem escolhido o pregador
desperta nos ouvintes o desejo de conhecer mais a Palavra de Deus. Escolha
textos que tragam estimulo. Evite textos muito longos, pince alguns versículos
do contexto a ser pregado que reflitam o cerne do sermão.
III. O Corpo.
É a parte mais linda porque aqui se revela a mensagem como Deus quer dar. É
o mesmo que desenvolvimento do Sermão. O corpo é a sequência das
divisões do sermão e pode ter de 2 a 5 divisões e ainda pode conter
subdivisões. O pregador deve saber colocar um ordem as divisões ou seja os
pontos que vão ser incluídos na mensagem; geralmente, contém ordenar os
pontos a fim de que aumentem em força até terminar com o mais forte. A
aplicação pode ser feita ao final de cada divisão ou de acordo com a
oportunidade. Deve ser dirigida a todos, com muito entusiasmo apelando à
consciência e aos sentimentos dos ouvintes.
IV. Conclusão.
A conclusão é o fechamento do sermão e deve ser bem feita, um sermão com
encerramento abrupto é desconfortável. A conclusão deve ser breve e objetiva.
É um resumo do sermão. Uma recapitulação e reafirmação dos argumentos
apresentados. Durante a conclusão pode efetuar um convite de acordo com a
mensagem transmitida.

4- Métodos de Preparar e Pregar


Existem três métodos pelos quais os pregadores podem preparar e pregar:
I. Escrever e ler o Sermão.
Traz habilidade ao pregador em escrever, ter um estilo sempre correto perfeito
e atraente, visto que emprega as palavras com bastante cuidado e segurança.
Conserva melhor a unidade do sermão, evitando assim que o pregador vá para
o púlpito nervoso e preocupado com que vai falar. Pode citar textos bíblicos
com bastante precisão e, gasta menos tempo em dizer o que tem a transmitir.
Obs.: O pregador deve ter cuidado pois este método traz algumas
desvantagens, tais como: muito tempo para escrever, fica preso a leitura e
pode perder o contado com os ouvintes, não é simpático ao povo e sem todo
pregador sabe ler de maneira que impressione.
II. Escrever, decorar e recitar o Sermão
Possui muitas vantagens como exposto no método anterior, tem mais
vantagem porque exercita a desenvolver a memória, e deixa o pregador livre
para gesticular, parece mais natural. Obs: O cuidado que deve ser tomado é
não esquecer uma palavra ou frase, pondo assim em perigo todo o sermão e
cair em descrédito.
III. Preparar um esboço e Pregar.
O pregador gasta menos tempo em preparar o sermão, habitua-se a
desenvolver o pensamento e fica-se livre para gesticular. O pregador fica livre
para usar sua argumentação, criatividade e ilustrações que se lembrar no
momento, também pode expandir seu temperamento emocional. Este é o
método mais utilizado na oratória. Obs.: Cuidados devem ser tomados pois o
pregador perde o habito de escrever, pode se empolgar com a mensagem e
esquecer o tema e, o estilo não é tão apurado e elegante como o escrito.

5- Entregando o Sermão
Apresentaremos 3 (três) passos importantes que o pregador deve dar para
amenizar o nervosismo durante a pregação.
I. Respirar forte e relaxar.
II. Estudar bem a mensagem.
III. Orar e crer no Senhor, pois Ele é o Senhor da Palavra.
Existem pregadores que cansam os ouvintes, pelo tempo, pelo despreparo ou até
pela imprudência. Há também aqueles que se movimentam como fantoches ou
ficam estáticos demais. Se puder não ultrapasse 45/60 minutos, procure evitar
ultrapassar limites, observe o auditório, não julgue que todos estão gostando pois
o “Amém, Amém” talvez seja para parar. Procure olhar nos olhos das pessoas e
nunca fique olhando somente para uma única pessoa, nem mesmo para o relógio,
parede, janelas, pês, teto ou ficar com os olhos fechados. Assim sendo com bom
êxito, desejarão ouvi-lo novamente. E lembre-se que o sucesso é uma questão de
atitude.

ANOTAÇÕES GERAIS.
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