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Homilética
1- O que é a Oratória.
Vem do Latim dialogus, do Grego diálogos, “conversação”, relacionado a
dialogesthai, “falar, conversar”. Daí vem as palavras “oratória” e “orador”, bem como
o verbo “orar”. Portanto Oratória é a arte de falar bem em público, de forma
eloquente, sendo um forma especifica de comunicação. Um conjunto de regras que
constituem a arte do bem dizer, a arte da eloquência; retórica. Para muitos autores a
oratória pode ser considerada uma arte e também uma ciência. Isto porque tem um
vertente objetiva: características especificas, técnicas e regras que podem ser
aprendidas; e uma vertente subjetiva: personalidade ou carisma. “A oratória é uma
área que pode ser treinada e melhorada”. Como em qualquer forma de comunicação,
existem cinco elementos básicos a considerar, muitas vezes expressos como “quem
diz – o quê – a quem – por que meio – com que efeitos?”. O propósito de falar em
público pode variar, da simples transmissão de informações, à necessidade de
motivar as pessoas a agir ou, simplesmente, contar uma história.
2- A História da Oratória.
Nos primórdios da história bíblica, encontramos o Sumo Sacerdote Arão que recebe
uma declaração da parte de Deus dizendo: que ele falaria muito bem. Habilidade que
levaram a falar a Faraó na linguagem egípcia e também ao seu povo com o mesmo
afinco. “O primeiro treino para falar em público ocorreu no antigo Egito”. No entanto,
só no século V a.C. apareceram os primeiros oradores exímios como Péricles. Na
literatura, as primeiras manifestações de eloquência surgiram com os poemas de
Homero. Agora Atenas foi considerada o terreno fértil da oratória; implantando a
disciplina da retórica no currículo escolar dos estudantes atenienses. Na Grécia
clássica, alguns dos principais oradores foram Lísias, Isócrates e Demóstenes.
Sendo Demóstenes considerado um dos maiores oradores da Antiguidade, obtendo
êxito na arte falar após superar dificuldades impostas pelas suas próprias deficiências
naturais. Os romanos tiveram seu destaque com Cícero. Agora o mais fantástico dos
Oradores foi nosso Senhor Jesus Cristo; atraindo multidões de homens, mulheres e
até crianças; que lhe acompanhavam em seus discursos.
2- O Poder da Persuasão
Persuasão é um substantivo feminino com origem no termo em latim persuadere, e
consiste no ato de persuadir ou convencer. O conceito de persuasão está
intimamente ligado com crença e convicção, porque persuadir alguém significa fazer
com que essa pessoa acredite ou aceite uma determinada ideia. Além disso, a
persuasão também pode convencer alguém a tomar certo tipo de atitude. A
persuasão é uma forma de comunicação estratégica que é feita através de
argumentos lógicos ou simbólicos. Assim, a capacidade de argumentação e a retórica
são essenciais para conseguir persuadir alguém.
3- A Teoria da Comunicação
A comunicação está presente em todas as situações sociais. A comunicação é a
dinâmica de relacionamento entre as pessoas e que pressupõe duas dimensões. O
diálogo que estabelecemos conosco próprios e que se chama dialogo intrapessoal
(de mim para comigo). O diálogo que estabelecemos com qualquer outra pessoa em
nível – familiar, acadêmico, profissional, amizade, afetivo, etc. – chama-se de diálogo
interpessoal.
Todo processo de comunicação pressupõe os seguintes elementos:
Transmissor ou emissor: aquele que transmite verbal ou não verbalmente um
conteúdo de ideias, palavras, expressões e valores que ele deseja que a outra
pessoa entenda.
Mensagem: corresponde ao conteúdo de ideias, palavras, expressões e
valores enviados pelo transmissor e que serão captados pela outra pessoa.
Receptor: aquele que recebe a mensagem, interpreta-a e devolve uma nova
mensagem reformulada ao seu transmissor. Neste momento aquele que era o
receptor torna-se um novo transmissor.
Meios: são a linguagem, os gestos, a postura e a voz.
Curiosidade: “A estrutura interior precede a linguagem transmitida, pois a
capacidade de pensar é aproximadamente 4 (quatro) vezes mais rápida que a fala”
(Polito).
4- Canais de Comunicação
Os canais de comunicação que utilizamos são três:
Visual: é todo meio de comunicação expresso com a utilização de
componentes visuais, como: imagens desenhos, gráficos, ou seja, tudo que
pode ser visto. O termo comunicação visual é bastante abrangente e não
precisa ser limitado a uma única área de estudo.
Auditivo: é a forma sonora e a mais predominante. O canal auditivo consegue
perceber com maior nitidez e facilidade dados vinculados ao som: volume,
tonalidade, vocabulário, ruídos, discursos, conversas, discussões. Uma pessoa
auditiva presta muita atenção naquilo que está sendo dito.
Cinestésico: é a característica das pessoas muito extrovertidas, que se
movimentam muito, que gesticulam com facilidade e que utilizam o corpo
(linguagem não verbal) para se expressar.
3- A Preservação da Voz
Beber bastante agua, principalmente em ambiente com ar condicionado.
Antes, durante e depois do uso profissional da voz fazer gargarejos suaves
com água morna e pouco de sal antes de deitar.
Comer maça, ela limpa o trato vocal.
Manter postura ereta enquanto estiver usando a voz.
Não usar roupas apertadas, principalmente na região do pescoço e da cintura
(diafragma).
Realizar exercícios de aquecimento vocal orientados e desaquecimento logo
após.
Exercícios de aquecimento
Com a sensação do bocejo, abra a boca internamente. Deixe o céu da boca bem alto
e a língua lá embaixo, mas os lábios precisam permanecer fechados. Com a boca
nesse formato, murmure canções que você conheça.
Alongamento e Relaxamento
Com a musculatura relaxada e respirando pausadamente, gire a cabeça para a
esquerda e para a direita, de forma bem devagar.
Faca movimentos circulares e lentos com os ombros para trás e para frente.
Por último, espreguice-se levantando os braços bem altos.
Espreguiçar e bocejar.
Pescoço movimentos de sim, não. No movimento de sim inicie com Trrrrr. Após
A, numa altura e volume confortáveis. Vá soltando também o É, Ê, I, Ó, Ô e U.
Faça os exercícios cervicais também com Brrrrrrr.
Esfregar as mãos e massagear o rosto e couro cabeludo em movimentos
circulares.
Voz Cansada
Enquanto faz vibrações com os lábios (som de brrrrr) e, depois, com a língua com de
(trrrr), movimente a cabeça em círculos, primeiro para a direita e, em seguida, para a
esquerda. “Não se esqueça: se você está rouco (disfonia) ou doente, o silêncio pode
ser o seu maior aliado” indicam os especialistas.
2- Atualização e vocabulário.
Cuide da gramatica. A oratória é um aprendizado continuo, em que o palestrante
perpetuamente deverá atualizar-se. O vocabulário é formulado pela leitura de um
bom livro, com lápis e dicionário ao lado, redigindo frases com as palavras
anteriormente desconhecidas, procurando usá-las em outras oportunidades. O
vocabulário ideal é aquele simples, claro, sem divagações, que se adapta a
qualquer plateia.
Precauções.
Utilize letras com tamanho que todos na plateia possam ler.
Coloque apenas a essência da mensagem traduzida em poucas palavras e
expressões.
Transforme todos os números que puder em gráficos.
Use cores, sem exagero.
5- O Uso do Microfone.
Aprender a usar o potencial do microfone para se transformar num colaborador à
voz e a comunicação e essencial. A posição ideal dele é de aproximadamente 10
cm abaixo da boca, podendo-se aproximar ou afastar-se, dependendo da
sensibilidade dele. Lembre-se que sua boca deve ficar próxima do microfone.
Portanto, se alguém o chamar na lateral ou você se direcionar a uma pessoa, não
gire apenas a cabeça, incline um pouco o carpo a fim que o microfone esteja
diante de sua boca. “Olhe sempre sobre o microfone”.
Regra Geral
O tamanho e a intensidade do gesto devem atender as características do recinto.
Quanto maior o auditório ou mais inculto seja ele, maiores e mais largos os gestos;
posto que vice-versa também é verdadeiro.
2- Formas de Tratamento
Autoridades Universitárias:
Reitores / Vice-Reitores: V. Mag. ª (Vossa Magnificência) ou V. Exª (Vossa
Excelência).
Assessores / Pró-reitores/Diretores/Coordenadores: V. S. (Vossa Senhoria)
Autoridades Judiciárias:
Auditores/Curadores/Defensores Públicos/Desembargadores/Membros de
Tribunais/Procuradores/Promotores: V. Ex.ª (Vossa Excelência)
Juízes de Direito: M. Juiz (Meritíssimo Juiz) ou v. Ex.ª (Vossa Excelência)
Autoridades Militares:
Oficiais Generais (até Coronéis): V. Ex.ª (Vossa Excelência).
Outras Patentes: V. S. ª (Vossa Senhoria)
Autoridades Eclesiásticas:
Arcebispos/Bispos: V. Exª Revmo. (Vossa Excelência Reverendíssima)
Cardeais: V. Em.ª (Vossa Eminência)
Cônegos/Frades/Freiras e Monsenhores/Sacerdotes em Geral e Pastores: Rev.º
(Reverendíssimo).
Papa: V. S. (Vossa Santidade)
Autoridades Civis:
Chefe da Casa Civil e da Casa Militar/Cônsules/Deputados/Embaixadores
Governadores/Ministros de Estado/Prefeito/Secretários de
Estado/Senadores/Vice-Presidente da República/Presidente da República: V. Ex.ª
(Vossa Excelência)
Demais autoridades não contempladas com tratamento especifico.
V. S.ª (Vossa Senhoria) ou Sr. (Senhor + Cargo).
3- Conquiste-os, como?
“É no início da apresentação que a adrenalina está no sangue”.
Cumprimente os ouvintes.
Sorria e faça um elogio sincero ao auditório.
Reconheça as qualidades da plateia.
Ponha-se no lugar do público.
Informe o tema e as partes do assunto.
Demonstre conhecimento e relevância da matéria.
Fala um retrospecto ou levante um problema relacionado com que você
falará.
Apresente a composição com argumentos verdadeiros e concatenados.
Concluindo
Recapitule um uma ou duas frases o que acabou de expor. Encerre com informações
consistentes que permitam levar a uma reflexão ou ação. “Prometa brevidade e use
de criatividade”.
4- O que o orador(a) não deve fazer?
2- Classificações do Sermão
O sermão é classificado por duas formas, a saber: pelo assunto ou pelo método,
podendo ser discursivo ou expositivo.
Pelo assunto.
Doutrinário – aquele que expõe uma doutrina (ensinamento).
Histórico – que narra uma história.
Ocasional – destinado a ocasiões especiais.
Apologético – com a finalidade de fazer apologia (defender).
Ético – quando exalta a conduta e a vida moral e ética.
Narrativo – quando narra um fato, um milagre.
Controvérsia – aquele que tem por finalidade atacar erros e
heresias.
Pelo método.
Topical ou Temático.
São aqueles onde a divisão faz-se pelo tema. Todas as divisões devem
derivar do tema. A melhor forma é fazer perguntas ao tema escolhido,
tais como: Por que? Como? Quando? O Quê? Onde?
Textual.
São aqueles onde a sua divisão encontra-se no próprio texto. É um
método muito bom, pois oferece aos ouvintes a oportunidade de
acompanhar, passo a passo a exposição do sermão.
Expositivo.
Quando os texto são longos. Este pode expor uma história ou uma
doutrina. Exemplo: Parábola, Milagre, Peregrinação, Pecado, etc.
Obs.: Em certo sentido todo sermão é expositivo, mas aqui indica a extensão do
texto.
Quanto ao uso de ilustrações
A ilustração ajuda na exposição tornando claro e evidente as verdades da palavra de
Deus. A ilustração atrai a atenção, quebrando assim a monotonia, e faz com que a
mensagem seja gravada nos corações com mais facilidade. As ilustrações também
ajudam na ornamentação do sermão tornando-o mais atraente, porém o pregador
deve ter o cuidado de não ficar o tempo todo contando “histórias”. Existem dois tipos
de ilustrações:
I. Comparação da verdade que deseja ilustrar com outra coisa ou situação bem
conhecida, que seja semelhante, ex. “Eu sou o Pão da Vida”.
II. Caso concreto da ideia geral que se quer ilustrar, ex. “Paciência de Jó”.
3- Divisões do Sermão.
O sermão deve possuir divisões, que permitem um bom aproveitamento do
assunto que vai ser apresentado:
I. Introdução.
Tem por finalidade chamar a atenção dos ouvintes para o assunto que vai ser
apresentado e também para o pregador. Tem que ser apropriado e deve estar
relacionado com o tema, mas cuidado para não antecipar o sermão. Neste
momento o pregador vai se familiarizar com o auditório, cuidado especial deve
ser tomado quanto ao entusiasmo, pois o povo pode ainda estar frio. É
importante ser breve, pois é a primeira impressão produzida nos ouvintes.
Pode conter: o anúncio do tema, texto a ser lido.
II. Texto.
É o texto lido pelo orador, podendo ser um capítulo, uma história, um versículo
ou até mesmo uma palavra. Quando o texto é bem escolhido o pregador
desperta nos ouvintes o desejo de conhecer mais a Palavra de Deus. Escolha
textos que tragam estimulo. Evite textos muito longos, pince alguns versículos
do contexto a ser pregado que reflitam o cerne do sermão.
III. O Corpo.
É a parte mais linda porque aqui se revela a mensagem como Deus quer dar. É
o mesmo que desenvolvimento do Sermão. O corpo é a sequência das
divisões do sermão e pode ter de 2 a 5 divisões e ainda pode conter
subdivisões. O pregador deve saber colocar um ordem as divisões ou seja os
pontos que vão ser incluídos na mensagem; geralmente, contém ordenar os
pontos a fim de que aumentem em força até terminar com o mais forte. A
aplicação pode ser feita ao final de cada divisão ou de acordo com a
oportunidade. Deve ser dirigida a todos, com muito entusiasmo apelando à
consciência e aos sentimentos dos ouvintes.
IV. Conclusão.
A conclusão é o fechamento do sermão e deve ser bem feita, um sermão com
encerramento abrupto é desconfortável. A conclusão deve ser breve e objetiva.
É um resumo do sermão. Uma recapitulação e reafirmação dos argumentos
apresentados. Durante a conclusão pode efetuar um convite de acordo com a
mensagem transmitida.
5- Entregando o Sermão
Apresentaremos 3 (três) passos importantes que o pregador deve dar para
amenizar o nervosismo durante a pregação.
I. Respirar forte e relaxar.
II. Estudar bem a mensagem.
III. Orar e crer no Senhor, pois Ele é o Senhor da Palavra.
Existem pregadores que cansam os ouvintes, pelo tempo, pelo despreparo ou até
pela imprudência. Há também aqueles que se movimentam como fantoches ou
ficam estáticos demais. Se puder não ultrapasse 45/60 minutos, procure evitar
ultrapassar limites, observe o auditório, não julgue que todos estão gostando pois
o “Amém, Amém” talvez seja para parar. Procure olhar nos olhos das pessoas e
nunca fique olhando somente para uma única pessoa, nem mesmo para o relógio,
parede, janelas, pês, teto ou ficar com os olhos fechados. Assim sendo com bom
êxito, desejarão ouvi-lo novamente. E lembre-se que o sucesso é uma questão de
atitude.
ANOTAÇÕES GERAIS.
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