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A ARTE DE CONTAR HISTÓRIAS

A leitura tem fundamental importância na vida de qualquer indivíduo. Para tornar-se um


leitor proficiente e crítico, é relevante que se tenha como hábito o ato de ler. Nesta perspectiva,
o processo de formação de leitores requer do mediador/professor estabelecer, de maneira
adequada, a interação entre texto e leitor. Assim, este trabalho concentrou-se em reflexões sobre
a leitura da literatura infantil,com base na literatura especializada sobre o tema. Partiu-se do
conceito de literatura, fazendo uma incursão específica sobre a literatura infantil. E refletir sobre
sua importância na formação leitora, trazendo considerações sobre tal processo.
Ela tem fundamental importância na vida de qualquer indivíduo. Para tornar-se um leitor
proficiente e crítico, é relevante que se tenha como hábito o ato de ler. Nesta perspectiva, o
processo de formação de leitores requer do mediador/professor estabelecer, de maneira
adequada, a interação entre texto e leitor. Assim, este trabalho concentrou-se em reflexões sobre
a leitura da literatura infantil,com base na literatura especializada sobre o tema. Partiu-se do
conceito de literatura, fazendo uma incursão específica sobre a literatura infantil. E refletir sobre
sua importância na formação leitora, trazendo considerações sobre tal processo.
Não é raro ver-se a qualidade de um texto ser atribuída a partir de critérios morais;
bom texto será aquele portador de uma boa mensagem, de um ensinamento, de um
para muitos, sendo imperceptível condicionamento do leitor à moral vigente
(KOMOSINSKI, 2001, p. 55).

A literatura infanto-juvenil foi incorporada na escola, e assim denota um entendimento


propagador de que as crianças passaram a ler. Até poderia ser verdade, se esta leitura não fosse
carregada da noção de dever e tarefa, mas sim se fosse visto como prazer de deleite, descoberta,
liberdade e de encadeamento. No que diz respeito a tais relações com a leitura na escola, a
autora discorre sobre o papel do professor diante do aluno, e ressalta que essa liberdade de
escolha da obra lida depende do professor, pois ele deve estar mais preparado tendo que ler
muito mais livros para acompanhar os alunos.

Ligia Cademartori (2009) ressalta que a literatura endereçada à criança apresenta um aspecto
controvertido e rico para discussão. Segundo ela, existem temas infantis e não infantis. Ou seja,
a questão pertinente reside no tratamento dado ao tema e não neste propriamente.

A autora realiza apontamentos acerca dos temas apresentados para crianças, e que durante
determinado período o objetivo era limitado e colocado a serviço da formação de um futuro
adulto. Isso se restringia à ideia daquele modelo de criança que obedecia, que era dócil, que
vivia em um universo ficcional e que demonstrava respeito. A autora discorre acerca de uma
literatura contemporânea e coloca como foco a idealização da infância, que explica boa parte
dos temas, personagens e tramas presentes em significativa parte da produção literária
contemporânea. A literatura expressa a idealização de certa etapa de vida, ou a transmissão de
ideias para a formação de determinado tipo de sujeito. Percebe-se que tal posicionamento
continua atual.
Coelho (1966) explica a importância que a moderna didática está atribuindo aos textos literários
a função de instrumento de educação, e, segundo ela, a explicação está na natureza da poesia
ou da literatura. Atividade esta que advêm do princípio humano e se constitui a partir da
intuição, do imaginário, de sonhos que nos levam a viagens percorridas para mundos ficcionais.
Esta atividade pertence mais à intuição do que à razão, segundo a pesquisadora mencionada.

Além disso, a relação do conhecimento pela razão e o conhecimento pela intuição, está na
divisão clara de seus objetivos, o primeiro focaliza no uso da lógica e do raciocínio, e o segundo
é subjetivo, contudo utiliza as forças enigmáticas como a intuição e a imaginação. A função
poética, segundo Coelho, refere-se ao que provêm do conhecimento intuitivo e que permite
descobrir as coisas e a sua inocência ou seu valor próprio, antes de serem determinadas e
codificadas pelos homens. É desse modo que expressam fantasia, imaginação e sonhos por meio
da poética e da literatura.

Para Menegassi (2010), a leitura não pode ser vista apenas como uma prática de consumo, mas
sim como um ato que implica compreensão e conhecimentos prévios, de modo que o leitor vai
constituindo-se bem antes do ato da leitura, com o conhecimento de mundo, adquirido com
experiências vividas.

Outra obra a ser analisada é “Literatura. A formação do leitor”, das autoras Maria da Gloria
Bordini e Vera Teixeira de Aguiar. Elas discorrem acerca de métodos utilizados para levar ao
leitor a leitura e o papel da escola no ensino da literatura, e que permeiam a leitura e seleção de
textos literários, com propostas de metodologias de abordagens textuais.

Neste trabalho, tivemos como objetivo refletir sobre a leitura da literatura infantil, visando
discorrer sobre algumas reflexões na visão de alguns autores elencados ao nosso trabalho, que
visam à leitura da literatura como formação leitora das crianças, processo este que iniciam desde
os primeiros anos iniciais, no qual a criança tem o contato com a leitura e a escrita. Nesse
sentido, a escola e os professores devem criar o gosto pela leitura nos alunos, fornecendo a eles
uma formação sólida e eficaz, tornando-os leitores proficientes. Não deixar que a leitura seja
um processo obrigatório, deixar a leitura fluir em seu contexto, dar formas de como trabalhar
com os alunos e que essa não caia na rotina, e que sempre ocorra de forma prazerosa. Dessa
forma, entende-se que o trabalho com a leitura deve ser algo constante, pois a leitura não é
somente decodificar os textos, é um trabalho mais amplo que ultrapassa a mera leitura de
palavras. Também, para que o trabalho com a leitura possa ser eficaz, são necessárias condições
para que o professor possa desempenhar suas funções.
A contação de história é uma das mais antigas expressões do ser humano, pois através
dela é possível expressar sentimentos, experiências do cotidiano, além de trabalhar a
criatividade e a imaginação. Para Rodrigues (2005), a contação de história é uma ponte entre
o fictício e o real, pois ao preparar uma história para ser contada a experiência dos personagens
e do narrador invadem nosso mundo imaginário e as emoções transcendem a ficção passando a
fazer parte do real.
O tema abordado neste artigo se justifica, porque na educação a arte de contar
história é de suma importância para o desenvolvimento, principalmente, infantil. Ao contar
uma história estamos estimulando não somente a imaginação, mas também o interesse pela
leitura. O momento da história proporciona curiosidade, desejo de descoberta por parte do
ouvinte, além de despertar a percepção, a sensibilidade e a criatividade. Desta forma é
importante que o professor na sua formação inicial tenha contato com essa arte, estudando
como se conta histórias e experimentando a contação.
Desta forma, o presente trabalho tem como objetivo proporcionar uma reflexão
teórico-prática da experiência de contar histórias no projeto de iniciação artística, intitulado
“Com as mãos na arte: experiências estéticas e artísticas na universidade”, desenvolvido em
uma IES pública, no ano 2018.
Em relação à metodologia é uma pesquisa de caráter qualitativo, apoiada na
etnometodologia, ao buscarmos pesquisar a nossa própria prática. A produção dos dados
ocorreu a partir da observação participante nas atividades de contação de histórias realizadas
no Projeto.
Ao observar atividades de contação de história realizadas, podemos ver que essa arte
tem despertado a criatividade, a curiosidade das crianças que passam pelo projeto e com a
realização das oficinas foi possível permitir aos licenciandos a experiência de contar histórias,
para que eles possam usar na sua prática docente.
Percebemos ainda, que a contação de história é necessária para a formação e o
desenvolvimento tanto das crianças como dos bolsistas-futuros docentes, e que as ações do
projeto supracitado tem contribuído de forma significativa com as escolas públicas
proporcionando momentos divertidos, socializadores e instrutivos para as crianças através da
arte de contar histórias e como exercício para os futuros docentes.
A metodologia utilizada neste trabalho baseia-se em uma abordagem qualitativa,
pois “trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e
atitudes” (MINAYO, 2001.p.24), apoiada na etnometodologia, que se interessa pela
compreensão das atividades diárias, ou seja, buscarmos pesquisar a nossa própria prática. A
produção dos dados se deu a partir da observação participante nas atividades de contação de
histórias realizadas no Projeto.
A pesquisa ocorreu em duas etapas, à observação das atividades de contação de história
realizadas pelos bolsistas no projeto de iniciação artística e extensão e o relato da experiência
vivenciada ao ministrar duas oficinas de contação de história para alunos dessa universidade na
busca de entender a arte de contar historia como uma ferramenta para o ensino e aprendizagem
na educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental. Concomitante foram realizadas
pesquisas bibliográficas com o intuito de trazer a este trabalho uma base teórica que se
relacionasse com a experiência vivida.
A contação de história está presente desde o principio da humanidade, onde as
famílias relatavam os fatos vivenciados para os mais jovens e isso ia se propagando por
gerações por meio da oralidade, assim foram surgindo os primeiros contos e lendas, que
ouvimos até a hoje, desde a forma mais simples até a forma mais complexa a contação de
histórias trabalha o desenvolvimento do individuo. Busatto (2013, p. 25) nos diz que “a
contação de histórias ou narração oral de histórias permite ao sujeito que conta e ao sujeito
que ouve um contato com outras dimensões do seu ser e da realidade que o cerca”.
Mesmo já existindo há tanto tempo a contação de história era inicialmente contada
para todos, já que por um longo período não havia a separação entre mundo adulto e infantil,
apenas a partir do século XVIII é que a literatura infantil se propaga quando cessa a ideia de
que a criança é um adulto em miniatura e a mesma passa a ser o centro das discursões em
relação a criar um ambiente propicio para suas necessidades. (SILVA, 2017).
Diante dessa perspectiva se faz necessário trabalhar a literatura infantil, de modo
quea narrativa chame a atenção das crianças, que agrade aos olhos e aguce a imaginação dos
pequenos, permitindo uma história prazerosa de se ouvir, que não lhe passe uma lição, assim
aarte de contar historias busca trazer esse prazer através das mais diversas formas.
A contação de história desperta na criança inúmeros sentimentos, o desejo da leitura,
da imaginação, a curiosidade, a percepção, a sensibilidade, o desejo de descoberta,
trabalhando o desenvolvimento cognitivo do individuo, podendo ser também uma importante
ferramenta pedagógica capaz de auxiliar na formação da criança, pois “a contação de
histórias, além de pertencer ao campo da educação e à área das ciências humanas, é uma
atividade comunicativa. Por meio dela, os homens repassam costumes, tradições e valores
capazes de estimular a formação do cidadão.” (MATHEUS et. al 2013, p.25)
A arte de contar história na educação pode ser trabalhada nas mais diversas
disciplinas, desde a educação infantil até o ensino fundamental podendo ser relacionada às
histórias e vivências do cotidiano, permitindo a formação da criança de forma ampla e lúdica
sem destruir a magia da contação, pois a criança irá aprender ao mesmo instante em que viaja
no mundo da imaginação.
Ler histórias para crianças, sempre, sempre... É poder sorrir, rir,
gargalhar com as situações vividas pelos personagens, com a ideia do
conto ou com jeito de escrever do autor e, então, poder ser um pouco
cúmplice desse momento de humor, de brincadeira, de divertimento.
(ABRAMOVICH, 1997, p.17).
Na escola a contação de história, são momentos especiais, portanto cabe ao docente
prepará-la de forma minuciosa, oferecendo uma experiência única e prazerosa, permitindo a
ambos a descoberta, despertando no discente a criticidade dos acontecimentos na história,
através do cenário, da caracterização dos personagens, entonação de voz, como cita
Abramovich (1997, p. 21)
E para que isso ocorra, é bom que quem esteja contando crie todo um clima
de envolvimento, de encanto... Que saiba dar as pausas, criar os intervalos,
respeitar o tempo para o imaginário de cada criança construir seu cenário,
visualizar seus monstros, criar os seus dragões, adentrar pela casa, vestir a
princesa, pensar na cara do padre, sentir o galope do cavalo, imaginar o
tamanho do bandido e outras coisas mais...
Podemos afirmar, então que a contação de história deve ser exposta as crianças em
uma linguagem que as mesmas entendam que seja bem clara e de forma dinâmica para uma
compreensão satisfatória.
O projeto Com as Mãos na Arte: Experiência Esteticas e Artisticas na Universidade
iniciou no ano de 2018 em uma IES pública. Esse projeto faz parte das ações extensionistas
dauniversidade e tem como objetivo reconhecer, estimular e ampliar o potencial artístico de
estudantes, por meio das várias linguagens artísticas, para desenvolver a imaginação criadora,
a percepção, a sensibilidade, favorecendo uma formação estético-artística na universidade.
Diversas atividades artisticas são desenvolvidas no projeto dentre elas, a contação de história.
Essa ação foi destinada as crianças e aos licenciandos. A primeira, acontece uma vez por mês
no evento chamado brinc(ri)ar, onde trazemos crianças das escolas públicas do municipio de
Iguatu para brincriar na brinquedoteca; e a segunda acontece por meio de oficinas destinadas
aos licenciandos sobre o tema, com o intuito de qualificar a formação inicial.
Em relação a contação de histórias para as crianças que participam do projeto,
observamos que os contadores sempre preparam o ambiente, incentivando que eles imaginem
o que está sendo falado, algo que chama atenção nos momentos de contação é a forma como
quem conta interage com os ouvintes durante a história, como por exemplo, na história do
“Cascudo, o jabuti jururu” de Nildo Lage os bolsistas adaptaram colocando musicas infantis
para que as crianças participassem do momento junto com os personagens da história. Esse
exemplo mostra que não existe uma forma padrão de contar história. Essa ação vai depender
do contador, da maneira que ele se sentir melhor, como afirma Busatto (2012, p. 69)

Algumas pessoas preferem contar histórias sentadas, outras em pé. A forma


ideal é aquela em que você se sentir mais confortável. Se você optar por contar
em pé, esteja atento para que a sua movimentação não seja excessiva, pois
isto poderá retirar a força do texto e dispersar a plateia.
A partir da observação participante podemos analizar que as praticas mais utilizadas
de contação pelos bolsistas é o uso dos fantoches, a narração oral em circulo, através das
capas de livro de forma a despertar a criatividade e a curiosidade da criança, as histórias
geralmente são contadas por dois ou três integrantes do grupo que dão vida aos personagens.
Em relação às crianças é possivel observar que elas se encantam durante a contação,
principalmente, se a história for narrada por meio dos fantoches ou brinquedos, pois existe a
curiosidade de conhecer o objeto mediador, também podemos perceber a concentração e
ouvirsussuros entre eles dizendo “o que será que vai acontecer?”, na busca de descobrir e
muitas vezes até criar outro final para história. Isso acontece porque “ouvir histórias atiça
algo que foi esquecido pela urgencia da modernidade” (BUSATTO, 2013, p.79), atiça a
imaginação, a criatividade, o contato com diferentes realidades.
Outro fator observado é o momento após a contação, quando acontece a roda de
conversa sobre a história. As crianças ficam empolgadas para falar sobre o que ouviram, e
perguntam sobre os acontecimentos da narrativa. Busatto (2013, p. 78) corrobora com essa
reflexão ensinando que “na circularidade da roda está o elo entre o mundo de fora e o mundo
dentro, o que liga o objetivo ao subjetivo”. Daí a importancia da contação tambémacontecer
na roda.
Em 2018 realizamos duas oficinas de contação de história para os graduandos das
licenciaturas da IES, a primeira aconteceu na Semana Universitária e a segunda na Semana
daPedagogia, ambas abordando a tematica de forma que pudesse ser trabalhada dentro e fora
de sala de aula, trabalhando técnicas, formas e produção de materias para o exercício dessa
arte, porque acreditamos que o professor/a da educação infantil e séries iniciais do ensino
fundamental necessitam se apropriar dessa arte, não apenas como uma técnica, mas como
uma ação carregada de afeto, sendo capaz de contar histórias com o coração, pois “se
quisermos que a narrativa atinja toda a sua potencialidade devemos, sim, narrar com o
coração, o que implica em estar internamente disponível para isso, doando o que temos de
mais genuíno, e entregando-se a esta tarefa com prazer e boa vontade” (BUSATTO, 2012, p.
47).
A oficina realizada na Semana Universitaria foi denominada “Com as mãos na
contação de história”. Foi iniciada com a produção de uma história com o grupo por meio das
capas de livros, que foram colocadas no chão e cada participante escolheu uma capa. A
história foi iniciada por uma das mediadoras usando a capa do livro escolhido e assim os
participantes deram sequência à história. Outra atividade foi conhecer o saber prévio do grupo
sobre contação de história a partir da pergunta: alguém ja contou histórias? E ouvimos os
relatos de quem ja tinha vivênciado essa experiência. Em seguinda apresentamos um pouco
deteoria através da exposição de slides onde descrevemos o que era a contação de história,
apresentando as diversas formas nas quais podemos conta-lás: imagens, fantoches, dedoches,
palitoches, varais, tapete, avental, teatro, teatro de sombras dentre outras. No momento da
atividade prática dividimos a turma em quatro equipes e cada equipe escolheu um tipo de
contação para criar uma história e apresentar para os demais.
A segunda oficina aconteceu no mês de novembro de 2018 na Semana de Pedagogia
também intitulada “Com as mãos na contação de história”, porém com atividades diferentes.
Iniciamos com uma roda de conversa sobre as histórias que marcaram a infância de cada um;
em seguida a apresentação de um slide com as técnicas, as imagens dos tipos de contação de
história e as opções de músicas para abertura e encerramento das histórias. Na prática
trabalhamos a construção de dedoches e logo após a criação de uma história por todo o grupo
utilizando os dedoches de cada um como personagem, o encerramento foi um momrnto de
avaliação e sugestões por parte dos participantes.
As oficinas foram momentos únicos de aprendizado não só para os participantes,
mas também para nós que ministramos, foi possivel perceber através dessas experiencias
quea contação de história é importante não só para as crianças, mas também para os adultos,
pois durante as oficinas é perceptivel, os sentimentos presentes no rosto de cada um, a
criatividade que vai fluindo a cada momento, e que nós adultos também podemos dá asas a
imaginação.
Aos ministramos essas oficinas percebemos que a arte da contação é uma fprática
pedagogica de suma importância a qual precisa ser trabalhada com mais frequência nas
escolas e universidades, e que os licenciandos sejam preparados para utilizar da arte em
sala de aula não só através da contação de história, mas tambem das outras linguagens
artisticas essenciais para a formação e o desenvolvimento do individuo.
Como considerações finais podemos dizer que a contação de história é uma arte
existente há muitos anos, vinda desde o principio da humanidade que se propagou por todo
mundo, sendo importante para o desenvolvimento humano, principalmente na infância. Vale
ressaltar que tal arte é uma ferramenta pedagogica essencial e interdisciplinnar que pode ser
utilizada tanto na educação infantil quanto no ensino fundamental.
A partir das observações podemos concluir que as contaçôes de história realizadas
noprojeto têm afetado as crianças, pois podemos ver como eles recontam as histórias
queouviram de forma criativa e nos momentos de brincadeira livres eles optam por criar
novas histórias com os colegas. Em relação as oficinas ministradas para os licenciados
podemos ver que eles se sentiram muito a vontade e aprenderam com as tecnicas utilizando
das mesmas para a construção das história em equipe. Vale citar que ao ouvir as histórias
podemos observar nesses adultos uma emoção de criança e a mistura dos sentimentos que
transparecem ao ouvir uma história.
Diante do observado podemos perceber que a contação de história e de suma
importancia para a formação do individuo, pois como vimos ela desperta na criança
sentimentos e curiosidades que ajudam na aprendizagem e na formação de leitores além de
permitir a elas a criação de um mundo imaginario, através da percepção do que ouviu usando
a sua criatividade.
Sugere-se ao professor que crie em sua sala de aula o livre acesso aos livros através
de um cantinho de leitura no qual fiquem disponíveis aos alunos livros, revistas, jornais,
facilitando o manuseio. Orienta-se que o professor se informe mais sobre os aspectos que
estão envolvidos na apropriação no processo da leitura e seus aspectos fundamentais na visão
linguística, psicológica, social e fisiológica. Ressalta-se que quando se tem domínio de certo
papel a desempenhar o resultado é totalmente diferenciado e qualificado.

Referências
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Scipione,1997.
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Disponível
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aces
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