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A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA NA SALA DE AULA

Autor (1) Anna Claúdia Chagas de Araújo; Co-autor (1) Jardênia Lucila Lisboa de Freitas;
Co-autor (2) Joseane Maria Araújo de Medeiros; Co-autor (3) Rita de Cássia Angelo da Silva
Centro Universitário Facex – UNIFACEX pedagogia@unifacex.edu.br

Resumo:

Temos o objetivo de refletir sobre o papel da literatura na formação do aluno, através de um


estudo desenvolvido por bolsistas do curso de Pedagogia/UNIFACEX em parceria com o Programa
Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência – PIBID/CAPES. Por sua vez, a investigação se
constituiu por meio da pesquisa ação. Iniciamos a pesquisa realizando uma entrevista com a equipe
gestora da escola pública, situada em Natal/RN, que prontamente aderiu a tornar-se nossa
colaboradora no processo de investigação. Com o diagnóstico da necessidade da escola em duas
turmas de 5º ano, estruturamos nosso projeto de intervenção e investigação tendo como foco a
alfabetização e o letramento. Decidimos desenvolver o estudo tendo como referência o uso da leitura
de literatura, pois acreditamos no potencial desse tipo de leitura para superação das fragilidades
encontradas. No processo fizemos uso de alguns livros de literatura infanto-juvenil, selecionados com
objetivo e planejamento. Observamos algumas transformações positivas que a literatura proporcionou
nas duas turmas, dentre elas: melhoria da prática de leitura e escrita, o aprimoramento da escuta de
histórias literárias e ampliação da capacidade de pensar criticamente. Nessa direção, podemos afirmar
que as contribuições da literatura são imprescindíveis no desenvolvimento cognitivo, emocional,
social e cultural. Para referendar essas questões contamos com Amarilha, Yunes, Zilbermam, Silva,
Lakatos, Freire e Demo como aportes teóricos que justificam a pesquisa desenvolvida. Portanto,
abordamos a importância da literatura no ambiente de sala de aula, considerando o papel de um
professor mediador nesse processo experiencial entre aluno e leitura.
Palavras-chaves: Literatura. Aprendizagem. Formação

Introdução:

O presente artigo trata de uma pesquisa ação desenvolvida uma escola municipal da
cidade de Natal do estado do Rio Grande do Norte. Participaram do projeto duas turmas do
5ºano do ensino fundamental anos iniciais, totalizando 53 alunos. O projeto foi desenvolvido
pelos bolsistas do PIBID (programa institucional de iniciação de bolsa à docência) do curso
de Pedagogia do Centro universitário Facex - UNIFACEX.
O projeto contou com o objetivo de evidenciar a importância da literatura na formação
do aluno. O estudo foi motivado pelo diagnóstico apresentado pelas professoras titulares e
pela observação realizada no início do nosso processo de investigação. Nas duas turmas havia
alunos com desinteresse pela leitura e fragilidades na escrita.

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O aprendizado da leitura é algo fundamental para a preparação do indivíduo no
exercício da cidadania. É por meio dela enriquecemos nossa cultura bem como nosso
vocabulário, desenvolvemos a maleabilidade do pensamento e de nossa linguagem.
No acesso e prática efetiva da leitura descobrimos novas experiências, um mundo repleto de
novos conhecimentos, de imaginações e de ideias. Nesse contexto, a leitura deve ser vivida
pelo professor e pelos alunos no cotidiano do ambiente escolar, proporcionando aos seus
alunos um aporte literário para que eles aprendam o gosto pela leitura.
Conforme Amarilha (2013, p.83) o gosto de ler se relaciona aos aspectos afetivos e
morais que o texto proporciona ao leitor. Esses elementos se constituem no prazer estético
que se complementa com a função comunicativa. Este pode partir das experiências com o
texto literário, desse modo, compete ao professor ser o mediador nessa trajetória de
aprendizado da leitura; bem como, dar suporte para que seus alunos tenham entusiasmo ao ler
um livro e detenham deste saber durante a sua formação.
Ler de forma significativa é importante para quem estar imerso numa sociedade
letrada porque propicia o reconhecimento de direitos e deveres pelos cidadãos, logo, contribui
para o exercício da cidadania e para a produção de múltiplos conhecimentos. Partindo dessa
necessidade do homem aprender a ler e acima de tudo, gostar de ler, pode-se dizer que a
escola se torna parte responsável nesse processo, pois lhe compete a formação integral de seus
alunos para que desenvolva sua automia e criticidade frente às exigências de uma sociedade
tão complexa.
De acordo com Freire (1989), a leitura deve promover no leitor, além da compreensão
da palavra, um avanço acerca da inteligência do mundo, uma tomada de consciência da
posição do indivíduo dentro da sociedade, para entender as relações políticas e seu papel
nessas relações. Nesta perspectiva, somos sujeitos sociais e históricos que podemos
transformar a experiência do nosso educando por meio dos benefícios promovidos pela
leitura. Considerando o exposto, a prática pedagógica na escola deve constituir-se em um
meio suficientemente educativo e duradouro, no qual a leitura literária infantil seja essencial,
permeando todas as ações desenvolvidas, primeiramente em ambiente escolar e refletidos a
posteriori, em espaços externos e na vida cotidiana dos nossos alunos.
Corroboramos com as palavras de Freire, complementamos fazendo relação com o
pertencimento social e cultural através do pensamento da pesquisadora Amarilha (2013, p.37),
a saber: [...] a literatura muda à rotina da escola, melhora seu ambiente, muda à relação com a
palavra-veículo de interação – e a sonoridade – que

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valoriza a oralidade a partir do texto; muda a relação com o livro porque promove a inserção
social do leitor com sua cultura, seus valores e daqueles do seu meio.
Amarilha (2013) e Zilberman (2008) chamam a atenção que nas rotinas vivenciadas no
ambiente escolar, podemos testemunhar a contribuição que a leitura proporciona para a
efetiva transformação do espaço educativo e do indivíduo, principalmente no que se refere à
participação do aluno através da literatura e, da sua inserção social e cultural nesse processo
experiencial em sala de aula. É importante dizer que (ZILBERMAN, 2008) também traz sua
contribuição no que diz respeito às possibilidades e desenvolvimento da aprendizagem
advindos da prática da leitura ao afirmar:

A experiência da leitura decorre das propriedades da literatura enquanto forma de


expressão que, utilizando-se da linguagem verbal, incorpora a particularidade dessa
de construir um mundo coerente e compreensível, logo, racional; esse universo,
contudo se alimenta da fantasia do autor, que alimenta da fantasia do autor, que
elabora suas imagens interiores para se comunicar com o leitor (ZILBERMAN,
2008).

Metodologia:

Nossa experiência com a literatura no ambiente de sala de aula teve como


embasamento os fundamentos norteadores da pesquisa-ação. O diagnóstico foi o componente
de maior relevância durante a referida pesquisa já que reconhecemos as fragilidades de
aprendizagem das turmas e posteriormente estabelecemos e aplicamos medidas para a
superação das vulnerabilidades diagnosticadas. Nesse sentido, tivemos como aporte teórico-
metodológico científico as considerações de Lakatos (2003).
O projeto de investigação se constitui na pesquisa ação. Segundo Lakatos (2003) que a
pesquisa-ação tem por pressuposto os sujeitos (pesquisador e pesquisado) envolvidos com
objetivos e metas comuns, interessados em um problema que emerge num dado contexto.
Decidimos por esta metodologia compreendendo que ela mais se adequa ao objetivo
do projeto em evidenciar a importância da literatura na formação do aluno. Fomos
inicialmente conhecer a realidade dos alunos da escola que se tornou parceira no nosso
projeto do PIBID. O diagnóstico sinalizou para a necessidade de investir no letramento e
alfabetização das turmas dos 5ºs anos, pois havia alunos com fragilidades nessa habilidade.
Participaram do projeto 53 alunos/sujeitos de uma escola pública na faixa etária dos
dez aos treze anos com o apoio das duas professoras regentes. Envolvemos três bolsistas do

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PIBID/Pedagogia – UNIFACEX no processo de investigação e aplicação da pesquisa-ação.

Resultados e Discussão:

No desencadear da pesquisa-ação tivemos como propósito atribuir significado ao


aprendizado da leitura a partir dos fundamentos e contribuições educativos proporcionados
pela literatura nesse processo de investigação. Sendo assim, planejamos os momentos de
leitura e deleite da literatura. Algumas histórias que lemos: Menina Bonita do Laço de Fita
autoria Ana Maria Machado; Chapeuzinho Amarelo de Chico Buarque; O mergulho do Rei de
Caio Ducca; Que Saudades de você da autora Pat Palmer; A Semana tem Sete Sons de
Salizete; Minha irmã estrela de Alain Mabanckou; O menino sol na rua da chuva de André
Neves; A caligrafia de Dona Sofia de André Neves; e, o clássico Dona Baratinha da autora
Ana Maria Machado.
Antes de articularmos a experiência com a literatura o cenário que presenciamos no
ambiente de sala de aula foi um tanto quanto barulhento, sem nexos entre falas e silêncios.
Parecia-nos mais um momento de recreação, em que a algazarra era intensa. Além do mais,
em uma das salas uma professora se encontrava em licença, no que resultou na elevação das
fragilidades de aprendizado da turma, já que a cada dia se apresentava um substituto diferente,
ou seja, estava em mãos de pessoas sem propriedade da realidade da turma. Então, foi
partindo dessas primeiras constatações tão imersas nas salas de aula que os bolsistas do
programa institucional de bolsa de iniciação à docência procuraram mudar essa realidade tão
adversa e hostil ao cotidiano escolar.
Ao longo da pesquisa, foi analisado um processo de conquista dos alunos em termos
de acreditar e ter confiança no trabalho desenvolvido. Observamos também que os alunos se
tornaram processualmente convencidos de que a leitura os levaria a um mundo infinito de
possibilidades de conhecimentos e experiências.
Em correspondência ao explanado acima, destacamos uma situação real de sala de aula
ocorrida na investigação. Foi percebido em primeira instancia que as turmas de quinto ano do
ensino fundamental, nas quais fizemos a pesquisa-ação, eram bastante barulhentas, havia
pouquíssimo interesse dos alunos em fazer as atividades que planejávamos. Eles
apresentavam alta resistência à prática da leitura. Mas, no decorrer de algumas aulas a
literatura se tornou uma grande aliada para a concretude de nossos objetivos, pois os alunos

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passaram a tomar outra postura quando íamos ler uma história de ficção, um texto literário.
A sala que até então era barulhenta e desinteressada às atividades propostas, passa a
ser uma sala silenciosa, participativa e avida por novos conhecimentos em leitura, chegando a
nos receber com palmas a cada dia que entravamos em sala. Todos queriam participar daquele
momento de leitura. O sentimento bastante satisfatório tornou-se presente ao percebermos a
mudança extraordinária dos alunos com a literatura e consequentemente o exercício da leitura.
Obtivemos assim, a concretização do objetivo que estruturado no projeto de pesquisa.
É válido citar que, em virtude da experiência com o texto literário, houve uma
mudança significativa no comportamento de uma aluna, que chamaremos de Zara. Essa aluna
por sua vez, tinha destaque na sala por ser uma das mais tímidas, vivia isolada nos cantos da
sala, presa no seu mundo. Nada lhe interessava e nem era digno de sua atenção, apesar dos
constantes investimentos dos adultos e colegas. Não participava de nenhuma das atividades
propostas pela professora e nem mesmo a presença dos bolsistas do PIBID chamavam a
atenção da jovem.
No entanto, ao iniciar o trabalho com as histórias de literatura, percebemos de
imediato o interesse da Zara, que já passou a nos olhar enquanto leiamos a história. Este
comportamento antes não acontecia. Ela chegou a mudou de lugar, começou a sentar do meio
da sala para frente numa atitude de aproximação. Até que um dia, em um momento de leitura
pediu para participar lendo a história que estava sendo lida.
Quando discutimos sobre as contribuições que a literatura possibilita para a formação
do aluno, vimos algumas transformações comportamentais no ambiente da investigação,
envolvendo muito mais que uma dada emoção momentânea, mas o desenvolvimento da
capacidade de descobrir novos conhecimentos, de reconhecermos habilidades, participar e ser
protagonista dessa relação com o texto literário; como foi o percebido em Zara.
Além do mais, o trabalho com a literatura no ambiente de sala de aula possibilitou aos
alunos a socialização, uma vez que dividia com seus pares, a cultura, a solidariedade e as
aprendizagens. Dessa forma, se tornaram integrante da presente na dinâmica e nas atividades
imbrincadas no trabalho educativo que fomos propondo com base na leitura das histórias.
Nesse percurso contatual a literatura possibilitou que aos alunos adquirissem experiências
nunca vividas antes, estabelecessem a relação entre a ficção e a realidade, evoluindo na sua
capacidade de pensar, de raciocinar, de construir com cumplicidade e prazer promovidos
pelos textos narrativos.

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Fisgada pelos encantos da narrativa vimos o quanto a literatura foi inclusiva no caso
de Zara. Ela convoca o leitor e o ouvinte a se envolver e participar da história, independente
de sua condição no grupo, pois antes do trabalho ela não se sentia parte da sala, estava
distante da turma. O vínculo estabelecido pelas teias da escrita do enredo trouxe Zara ao
pertencimento do convívio social dos seus pares.
Diante desse episódio vivido em sala, atestamos o que Amarilha (2013) afirma:
[...] o leitor, em contato com a narrativa ficcional, experimenta, cognitivamente
emocionalmente, inúmeras possibilidades do destino humano, portanto, multiplica
seu conhecimento sobre o mundo e comportamento das criaturas, experimenta a
imersão em linguagem logicamente organizada, criativamente potencializada. (p.38).

Promover a evolução artística, emotiva, afetiva e lúdica ao aluno e fornecer meios para
ampliar seu mundo imaginário, através da escuta de contos, torna-se uma necessidade
essencial no ambiente escolar. A obtenção de saberes educativos com textos literários
compete ao professor/educador que integro no compromisso do seu trabalho, pois oportuniza
o aluno a desenvolver-se em vários aspectos essenciais de sua vida. Assim sendo, é dever do
professor enriquecer suas atividades de literatura e que seu planejamento, execução e
avaliação componham-se das reais necessidades dos alunos.
Acerca dessas afirmativas, Amarilha (1997) ainda afirma:

A totalidade dos professores reconhece que ao anuncio de uma historia dos


professores reconhece que anuncio de uma historia “as crianças se aquietam,
concentram-se e ficam extremamente interessadas”. Percebe-se, portanto, que a
historia, lida ou contada, desempenha uma função catalisadora de interesse e prazer.
Ora, se as crianças se mobilizam é porque mundo organizado em narrativas
corresponde a seus interesses e anseios e, por conseguinte, é significativo para elas.
(p.18).

Ainda sobre essa questão, Yunes pronuncia:


Trabalhar com linguagem, leitura, e escrita pode favorecer uma ação que convida à
reflexão, a pensar sobre o sentido da vida individual e coletiva. Essa questão remete
à responsabilidade social que temos no sentido de provocar [...], a auto reflexão
crítica, engendrando situações onde se torne possível ajudar a frieza a adquirir
consciência de si própria, de sua consciência coisificada, de sua indiferença pelo
outro. (p.66).

E por essa razão nos questionamos o motivo da escola nem sempre colocar a literatura
como uma prática importante e de destaque na sua rotina de ensino.

Conclusões

A pesquisa proporcionou confirmar a importância da literatura na formação dos


alunos, para o desenvolvimento afetivo, cognitivo,
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psíquico e social. Refletimos o motivo que afasta essa prática em sala de aula, tendo em vista
suas significativas contribuições. Podemos inferir que esse comportamento pode estar atrelado
à desvalorização social permeada pelo estigma de que leitura pelo prazer não tem o mesmo
valor da que produz e registra a ciência. Infelizmente é pelo desconhecimento que não se
percebe o teor de conhecimentos que uma história literária de valor pode oportunizar de
riqueza de mundo, de sociedade e de humanidade.
Diante do exposto, vimos que devemos inserir nas atividades do projeto, que estamos
desenvolvendo na escola pública através do PIBID e UNIFACEX, a Literatura como forte
aliada da compreensão e aquisição do mundo da escrita e da leitura. Portanto, é de suma
importância um olhar diferenciado sobre o ensino por parte dos professores, de forma que
viabilize o desenvolvimento integral do aluno através da imersão da literatura na prática
pedagógica, pois isso aprimora o desempenho escolar no processo de leitura e escrita e para a
formação plena do aluno para a vida em sociedade.
Não podemos buscar construir uma escola de qualidade quando a leitura de história
não se tornar uma prioridade. O imaginário a força criadora de toda ação e transformação do
mundo. O ser humano não pode se tornar criativo sem a oportunidade de sonhar nas asas da
imaginação, que é a essência de toda narrativa. Não se pode pensar incluir se tiramos o direito
do aluno se sentir parte da história e da sociedade. Nos primórdios, desde a antiguidade,
narrar história faz parte da comunidade primitiva. Esta prática esteve muito presente até que a
sociedade ganhando outros focos deixou de lado a importância. Trazer para a escola o lugar
de destaque a leitura e a contação de narrativas mantem-se viva na historia da humanidade
uma prática que humaniza e aproxima.
Sabemos, portanto, que a escola ocupa um papel importante no que se refere à
formação de leitores, porém, para isso, se faz necessário a elaboração de estratégias
adequadas para o alcance desse objetivo. Para essa busca é preciso que o professor e toda
equipe gestora sejam facilitadores desse processo, todos caminhem rumo a uma só direção:
formar alunos leitores, que sintam prazer em ler, de descobrir novos horizontes, de
emocionar-se com as viagens imaginárias proporcionadas pelo aprendizado e exercício da
leitura de literatura.
Tomando como destaque a pesquisa-ação podemos reforçar a necessidade de um
professor mediador nesse processo de inserção pelo gosto a literatura no espaço escolar, pois
na maioria das vezes, é o docente que tem a crucial responsabilidade de apresentar o livro ao
aluno e de proporcionar o prazer de ler literatura, principalmente quando se trata de aluno da
escola pública. E, sem dúvida, o professor mediador
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dessa relação aluno-literatura deve ter entusiasmo, acreditar que a mediação é possível e
necessária; além de tudo seja um exemplo de leitor para seus alunos.
Para Amarilha, (2013)

[...] cabe a participação do mediador como aquele que irá apoiar e incentivar o aluno
a ser a protagonista de sua própria formação, ser um par mais experiente e solidário
ao acompanha-lo a se adentrar no mundo literário. A participação do mediador pode
se dar desencadeando nos jovens o interesse pelo ficcional e, nesse sentido, ser leitor
de ficção e condição sine qua non para motivar jovens a lerem literatura.

É válido ressaltar ainda que a tarefa de um professor/ pesquisador/ mediador não é


uma tarefa de mãos e dedos, o docente deve reconhecer as fragilidades de sua turma no que se
refere à aprendizagem e tecer as medidas, as metas mais relevantes possíveis para o real
desenvolvimento dos alunos. Por isto, se faz necessário à busca incessante por inovações em
sua ação pedagógica, compete a ele ser um mediador no processo de ensino aprendizagem,
dar oportunidade de o aluno trilhar novos caminhos, ter liberdade de expressão, de contribuir
junto ao professor com a dinâmica de sala de aula, do aprender e o ensinar.
Portanto, constatamos que a literatura estabelece alta significação para o trabalho no
ambiente de sala de aula, se configura em um viés com múltiplas possibilidades na prática
pedagógica que comtempla além do desenvolvimento cognitivo, ampliação da cultura social
do aluno. Notamos o quanto, de fato, a leitura de literatura desde a infância é algo primordial
para a potencialização de habilidades que necessitaremos na vida adulta. A capacidade de
atentar para contação de uma história, as produções e postura que obtemos nessa ampla
vinculação com o texto literário, como: aprender a ouvir, aprender a falar, a imitar
determinados personagens, a interpretar a capa de um livro apenas com os elementos
fornecidos nela, a ler as palavras, a escrever, a interpretar e produzir textos; enfim, um
conjunto de aprendizagens que possibilitam conhecimentos para vida em sociedade.

Referências Bibliográficas:

AMARILHA, Marly. Estão mortas as fadas? Petrópolis: Vozes, 1997.


___________. Alice que não foi ao país das maravilhas – educar para ler ficção na escola.
São Paulo: Livraria da Física, 2013.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São
Paulo. Editora Cortez, 1989.

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LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de Metodologia
Científica. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2003.
YUNES, Eliana. A experiência da leitura. Edição Loyola, São Paulo, 2003.
ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil na escola. 11ª Ed. São Paulo: Global, 2003.

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