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A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO COM A LITERATURA


INFANTOJUVENIL1
Alcilene Pinto Loureiro Gonçalves2

Declaro que o trabalho apresentado é de minha autoria, não contendo plágios ou citações não
referenciadas. Informo que, caso o trabalho seja reprovado duas vezes por conter plágio
pagarei uma taxa no valor de R$ 250,00 para terceira correção. Caso o trabalho seja reprovado
não poderei pedir dispensa, conforme Cláusula 2.6 do Contrato de Prestação de Serviços
(referente aos cursos de pós-graduação lato sensu, com exceção à Engenharia de Segurança
do Trabalho. Em cursos de Complementação Pedagógica e Segunda Licenciatura a
apresentação do Trabalho de Conclusão de Curso é obrigatória).
(Não remover a informação acima, ou o trabalho não será corrigido)

RESUMO
Este trabalho objetiva realizar uma apresentação do tema: “A Importância do Trabalho com Literatura
Infantojuvenil”. A partir de uma reflexão sobre a literatura Infantojuvenil resgatando sua origem com um breve
histórico sobre como surgi, bem como sua definição. Será abordando o lúdico como fonte de enriquecimento na
aprendizagem da literatura. Além do lúdico será também abordar a reciclagem como uma alternativa barata e
simples de contribuir na literatura incentivando assim os hábitos e atitudes para o ato de leitura. Portanto
contribui para o estudo e análise do que é a literatura Infanto-juvenil e como utilizar o lúdico e as oficinas para
incentivar ao ato de ler. Mediando a falta de recursos matérias oferecido atualmente na escola às oficinas de
reciclagem será bem útil para ser desenvolvida além te tornas as aulas bem atrativas e interessantes. Entretanto
a pesquisa terá base no referencial teórico, nas observações e conversas sistemáticas é apresentada uma
proposta de aprofundamento teórico para discussões, análises e reflexões sobre a ludicidade para a
aprendizagem da literatura.

Palavras-chave: Literatura Infantojuvenil. Lúdico. Aprendizagem. Leitura. Escrita..

ABSTRACT
This work aims to make a presentation of the theme: "The Importance of Working with Children's Literature".
From a reflection on Children's Literature rescuing its origin with a brief history of how it came about, as well as
its definition. It will be approaching the ludic as a source of enrichment in the learning of literature. In addition
to being playful, recycling will also be approached as a cheap and simple alternative to contribute to literature,
thus encouraging habits and attitudes towards the act of reading. Therefore, it contributes to the study and
analysis of what children's literature is and how to use playfulness and workshops to encourage the act of
reading. Mediating the lack of material resources currently offered at school to the recycling workshops will be
very useful to be developed in addition to making the classes very attractive and interesting. However, the
research will be based on the theoretical framework, in the observations and systematic conversations a proposal
for theoretical deepening is presented for discussions, analyzes and reflections on playfulness for learning
literature.

Keywords: Children's Literature. Ludic. Learning. Reading. Writing.

1
Artigo científico apresentado ao Grupo Educacional IBRA como requisito para a aprovação na disciplina de
TCC.
2
Discente do curso Letras Português.
2

1 INTRODUÇÃO

O presente estudo refere-se sobre a importância do trabalho com literatura


Infantojuvenil, para incentivar a literatura através de oficinas que promovam o hábito da
leitura.

Pode-se observar a variedade das técnicas que enriquece as experiências das crianças.
O problema reside no fato de determinadas técnicas que enriquece as impressões,
principalmente em nosso país em que, só agora começa o despertar pelo gosto das obras
literárias.

Em decorrência das inúmeras e constantes transformações sociais, definir literatura


Infantojuvenil ficou muito complicado, justamente por causa das várias faixas etárias que já
não são tão fixas, assim buscou-se uma definição na educação. A literatura infantojuvenil é
dirigida ao público com faixa etária de 0 a 14 anos, não sendo necessário apenas limitar-se a
um determinado tipo de leitura, são grandes os aspectos de obras recomendadas às crianças e
adolescentes, tais como fábulas, contos e narrativas contemporâneas. Nestas narrativas podem
ser incluídas, as regionais e folclóricas (lendas e histórias regionais), além disso, também toda
a riqueza deixada, principalmente a mitologia grega e latina.

A escolha do tema foi embasada no fato de que quando trabalhamos com “Literatura
Infantojuvenil”, logo associamos ao tema a leitura e escrita, podendo desenvolver o hábito de
leitura dos alunos.

O objetivo deste estudo é contribuir para o estudo e analisar o que é a literatura


Infantojuvenil e como utilizar o lúdico para incentivar o ato de leitura dos alunos. Diante
deste, buscou-se apresentar a teoria da definição da literatura bem como, quando surgiu e a
forma como pode ser trabalhada em sala de aula.

A literatura Infantojuvenil pode ser trabalhada aliada ao lúdico através das


brincadeiras e das criações que o homem transforma, desenvolve e se adaptando a atual
condição do ser humano. E certo que as brincadeiras são frutos do uso da criatividade e da
imaginação do ser humano que, com passar dos tempos vê o mundo como uma escola em que
acontecem as variadas maneira de aprendizagens.

Ensinar utilizando a literatura Infantojuvenil é como um meio de valorizar o conhecimento,


incrementar uma peça musical, uma peça teatral, dentre outros, conhecendo assim os vários
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gêneros musicais e construindo uma autonomia, capacidade criadora e a produção de novos


conhecimentos.

O uso da literatura na Educação dever ir além dessas visões, deve ser utilizado em sala
para facilitar o processo de ensino e aprendizagem dos alunos, e assim, aprimorar uma
formação prazerosa do conhecimento que o próprio indivíduo constrói.

Para se alcançar o objetivo foi realizado incialmente utiliza-se uma pesquisa


bibliográfica, em que consiste na etapa inicial de todo o trabalho científico ou acadêmico,
com a finalidade de reunir as informações e dados que servirão de base para a construção da
investigação proposta a partir de determinado tema. Nesse caso o tem escolhido foi “A
Importância do Trabalho com Literatura Infantojuvenil”, após escolher essa temática, inicia-
se a pesquisa bibliográfica limitando o tema com objetivo em se aprofundar no assunto. Para
elaboração do artigo foi selecionado o material a partir de artigos científicos, livros,
dicionários e textos disponíveis em sites confiáveis, após selecionar os materiais foi lido e
interpretado, e por fim elaborado o artigo.

2 BREVE HISTÓRICO SOBRE O SURGIMENTOP DA LITERATURA


INFANTOIJUVENIL

Literatura infantojuvenil é arte e assim sendo representa (expressa) o homem (ser


humano), o mundo e a vida, por meio da palavra e na própria palavra. Por meio da palavra
enquanto veicula os valores e as condições da vida social, e na palavra porque se constitui um
discurso artístico com peculiaridades especificas na linguagem literária. Da sua origem, no
Ocidente (Idade Média), até hoje, ela mantém um diálogo expressivo entre o interesse
utilitário e o estético. Já nasceu comprometida muito mais com a utilidade pedagógica do que
com a forma artística, no entanto, enquanto se concentra no utilitário, funciona como veículo
ideológico da manifestação artística e revela aspectos de dominação na infância. Sua validade
estética fragiliza o elemento ideológico, mas não o elimina. Privilegiar o ideológico
(pedagógico) em detrimento do estético é um engano, além de denotar um preconceito contra
o estético.

Observando a natureza da literatura veremos que esta forma literária se constitui de


um discurso misto em que têm relevância tanto à forma da estrutura poética, narrativa, teatral,
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quanto à linguagem, a temática e os componentes ideológicos por nela veiculados. Criada


para atender, inicialmente, interesses pedagógicos. É compreensível que estivesse
inteiramente comprometido com os interesses da classe dominante, a burguesia nascente, que
insistia numa educação para a infância que reforçasse e confirmasse os valores dessa classe.
Logo, nasce a literatura infanto-juvenil na função pedagógica, didática, social e política muito
evidente, em detrimento da função estética poética que apesar disso se impõe, pela
genialidade criadora de escritores como Perraut, Andersen, Grimm, Lobato, dentre outros.

A literatura que se chamar de literatura Infantojuvenil é tão literária quanto à literatura


tradicionalmente conhecida. Na fase de formação da literatura infantil (século XVII) não
havia distinção entre elas. Mais tarde, porém, surgiu o interesse de formar um leitor destinado
e apto para um determinado campo de trabalho que necessitava de operários alfabetizados oi
instruídos, então se pensou em produzir material de leitura para auxiliar no processo de ensino
aprendizagem, que enquanto favorecesse a aquisição da leitura, veiculasse os valores e
interesses do adulto e do sistema econômico, político e educacional (este decorrente dos
anteriores).

Assim, a criança, situada no início do processo, passou a ter uma importância especial
para o sistema. Investir em sua formação era a garantia do sucesso do sistema. Surge então,
uma literatura diferenciada da literatura geral pela destinação de seu público leitor e pelas
intenções pedagógicas e ideológicas do sistema.

Dessa forma, a criança foi privilegiada, mas não foi respeitada em seu gosto e em seus
interesses infantis. Continuou submetida aos interesses dos outros, e o pior aprendendo a
aceitar isso como a forma apropriada de ser. Até chegar ao século XX, quando alguns
escritores – frutos dessa formação, mas de certo modo beneficiados por ela – vingaram-se da
orientação dirigida para o cumprimento de interesses estranhos a suas necessidades de criança
e de jovem, rebelando-se de modo criativo e também político, porque adotaram uma tomada
de consciência dos direitos de ser criança e de viver como criança, enquanto durasse o trânsito
dessa experiência. E assim, essa nova literatura infantil e juvenil adquire, pelo talento artístico
do escritor (adulto), autonomia e encantamento, garantindo sua especificidade.

A palavra “literatura” deriva do Latin literatura, que por sua vez origina-se “litera” e
significa o ensino das primeiras letras, o ensino primário da escrita e das letras. Com o tempo
a palavra recebeu palavra ganhou outro significado “arte das belas letras” ou simplesmente
arte literária (AURÉLIO, 2010).
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A origem do gênero Infanto-juvenil começa a se delinear na passagem entre os séculos


XVII e XVIII quando a criança passa a ser considerada em suas especificidades e suas
diferenças em relação aos adultos. A princípio, e durante muitos anos, a literatura se apresenta
como conteúdo adulto, deixando de notar a riqueza criativa que habita as experiências da
infância.

No século VII já existia uma literatura que trabalhava com o pensamento mágico, mas
não era voltado para a categoria infância. Por isso não pode dizer que sempre tenha existido
uma literatura infantil ou juvenil. Para o surgimento dessa escrita específica no referido
século, foi preciso que alguém se ocupasse de recolher narrativas já existentes até então, mas
que precisassem de adaptações para o novo público. Mas tarde, a partir do século XVI,
surgiram nomes que irão se imortalizar como “compendiadores” dessas histórias.

A literatura Infantojuvenil contemporânea realiza-se segundo as premissas básicas que


nortearam seu aparecimento, porém já apresentando características novas diretamente ligadas
à existência de um mercado de bens culturais em que o livro passou a integrar a sociedade.
Por isso a produção para crianças e jovens ligou-se a instituições coma escola e família,
seguindo o propósito de instruir para melhor adaptar ao novo modelo de sociedade.

Nos últimos anos, apesar do forte apelo mercadológico, a literatura Infantojuvenil tem
se libertado do pedagogismo e do moralismo que inicialmente era tão comum e que
aprisionavam as obras. A paródia, embora seja um dos recursos mais utilizados nesta
literatura, muita vezes resulta em textos engraçados, negando os primórdios textos ao qual
remetiam forma quase simplista. A paródia contemporânea realizada com intertextualidade
torna os personagens extremamente ricos e abertos para outras interpretações.

A literatura nasce com o homem, pois significa a arte de ouvir e dizer. Literatura
Infantojuvenil é todo acervo literário eleito pela criança, ou seja, tudo que depois de aceito por
ela, se fixou e se imortalizou.

De acordo com Carvalho (1989), “(...) literatura infantil é, portanto aquela que se
pretende endereçar a criança”, logo, literatura Infantojuvenil é aquela voltada para crianças e
jovens. A literatura integra a criança ao mundo, sendo assim é imprescindível que a leitura
interesse todos os aspectos: intelectual, emocional, social, psicológicos entre outros. Esse é o
fato pelo qual não se pode apenas dar um livro para o aluno, pois ele deve ser fonte de prazer.

No entanto a literatura Infantojuvenil é arte e logo em que se expressa ao ser humano,


o mundo e a vida, por meio da palavra e na própria palavra. Ao se proporcionar um clima
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agradável para a leitura as crianças usarão também sua criatividade e imaginação. Ainda
usarão uma linguagem inovadora e poética, o que as leva a uma reflexão crítica e
transformadora, identificando-se assim com cada leitura. Após conhecermos à criança, faz-se
necessário a estimulação da leitura para que esta venha a desenvolver sua liberdade e superar
suas limitações ultrapassando barreiras que o próprio consciente não consegue alcançar.

A literatura faz com que o ser descubra importante elo da longa corrente da vida e
encontre seu verdadeiro lugar no mundo em que está em constante transformação e
perpassando os tempos. Ela mostra-nos ainda que a vida seja um contínuo aprendizado e um
grande laboratório onde se processa todo conhecimento. “Literatura é um ato criador que, por
meio da palavra, cria um universo autônomo, realiza o fantástico, onde os seres, coisas, fatos,
tempo e espaço as semelham-se no mundo concreto”. (COELHO, 1994, p. 37).

Desta maneira é possível percebermos que o sentido do mundo só se concretiza


quando através de fatores tornamos a vida mais real, utilizando métodos e recursos para sua
concretização.

O uso da literatura nos abre horizontes diferentes, fazendo mão dela compreendemos
uma contínua sucessão, cortando então as amarras do passado e libertando o presente para
novos valores.

Portanto pode-se dizer que a literatura é uma arte que surge da vivência e da
experiência do homem, como resultado da sua evolução que mesmo sendo lenta é contínua e
transformadora de uma humanidade. Ela fundamenta-se em uma determinada maneira de
conhecimento da vida, da arte, ou mesmo da palavra. Diante da exposição feita acerca da
importância da literatura e da reciclagem será realizado um trabalho de pesquisa teórica com o
intuito de reconstruir teorias, conceitos e ideias acerca do tema escolhido. O trabalho dar-se-á
por uma série de atividades, que chamaremos de requisitos. A observação será uma constante
no desenvolvimento dele, serão feitas pesquisas e também debates para fundamentá-lo, a fim
de obtermos bons resultados.

Pretende-se utilizar a leitura para enriquecer e fortalecer nossas experiências


profissionais. Produzir conhecimento, além de fazer-se necessário no crescimento do aluno é
um ato de cidadania que os professores têm a obrigação de despertar nos alunos
demonstrando desta forma a educação como sendo estímulo à transformação. Assim, os
docentes serão considerados agentes transmissores de herança cultural fazendo com que os
discentes adquiram valores e comportamentos sociais.
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Já que na pesquisa se tratando do tema ligado a oficinas de reciclagem, de forma


pedagógica obteremos reações do sujeito, que usará a imaginação, a criatividade e a
construção do novo, tão necessárias para se tornar seres criativos. Quando criamos,
experimentamos, pensamos de várias maneiras e testamos, utilizando tempo e autoconfiança,
que se desenvolverão a partir dos estímulos e do uso de espaços diferentes. Ao utilizar a
imaginação do aluno muitas vezes brinca de faz de conta.

Para Dohme (2003) “(...) o imaginário proporciona não apenas a oportunidade de


começar a partir de onde está atualmente, como também de usar suas experiências reais e
imaginárias para linguagem e a aprendizagem ”. Dessa maneira pode-se então dizer que o
fazer de conta está relacionado a um aumento da capacidade de pensamento, a uma melhor
verbalidade, e na habilidade de narrar e contar história.

Portanto a reciclagem como recurso utilizado na aprendizagem da literatura


Infantojuvenil contribui para que o aluno na criação e construção de uma visão enriquecida da
leitura, uma vez que usa o imaginário juntamente com o código escrito. Trata-se de uma
situação na qual a criança põe em jogo várias habilidades, ou seja, uma oportunidade para sua
aprendizagem. Essa circunstância requer da criança uma atividade de reflexão, favorecendo a
evolução na resolução das questões apresentadas no código escrito.

Para aprender a ler e a gostar da literatura, portanto, é necessário que a criança faça
uma interação com a diversidade textual escrita e receba incentivos e ajuda de leitores
experientes. A leitura como prática social, é sempre um meio, nunca um fim. É uma resposta
a um objetivo, uma necessidade pessoal. Não se lê só para aprender, não se lê de forma única.
A leitura é uma forma de comunicação. E como diz Francis Vanoye “Toda comunicação tem
por objetivo a transmissão de uma mensagem”. Assim sendo, realiza-se a leitura para decifrar
uma mensagem.

A literatura faz com que o ser descubra-se importante elo da longa corrente da vida e
encontre seu verdadeiro lugar no mundo que está sempre em acelerada transformação e
perpassando os tempos. Ela mostra-nos ainda que a vida é um contínuo aprendizado e um
grande laboratório onde se processa todo conhecimento. “Literatura é um ato criador que, por
meio da palavra, cria um universo autônomo, realiza o fantástico, onde os seres, coisas, fatos,
tempo e espaço as semelham-se no mundo concreto”. (COELHO, 1994, p. 37).

Desta maneira é possível percebermos que o sentido do mundo só se concretiza


quando através de fatores tornamos a vida mais real, utilizando métodos e recursos para sua
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concretização. O uso da literatura nos abre horizontes diferentes, fazendo mão dela
compreendemos uma contínua sucessão, cortando então as amarras do passado e libertando o
presente para novos valores.

3. A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA INFANTOIJUVENIL

Desde que o homem estuda as artes por ele mesmo produzido, a função da literatura
tem sido bastante discutida. Para a conscientização dos leitores e melhor desenvolvimento do
tema é pertinente a reafirmação da importância da literatura como instrumento de educação e
formação do homem. Antônio Cândido diz que a literatura não corrompe nem edifica, mas
humaniza em sentido profundo porque faz viver. E afirma:

A literatura pode formar; mas não segundo a pedagogia oficial. [...], ela age com o
impacto indiscriminado da própria vida e educa com ela. Dado que a literatura
ensina na medida em que atua com toda a sua gama, é artificial querer que ela
funcione como os manuais de virtude e boa conduta. E a sociedade não pode senão
escolher o que em cada momento lhe parece adaptado aos seus fins, pois mesmo as
obras consideradas indispensáveis para a formação do moço trazem frequentemente
aquilo que as convenções desejariam banir [...] (CANDIDO, p. 75. 2011)

Visto a importância da literatura como formadora do homem, ainda pela visão de


Antônio Candido, ela tem também a função social, que diz respeito à transfiguração do real, é
nela que estão retratados os sentimentos humanos e as diversas formas de relação do homem
com aquilo o que sente. Na literatura está às verdades de uma mesma condição humana, o que
possibilita ao homem, ao ver seus costumes retratados, uma reavaliação da postura que
assume. Ler é criar consciência do que somos, é examinar o mundo em que vivemos para
transformá-lo no mundo em que gostaríamos de viver.

Sobre a importância da literatura na formação da sociedade, na narrativa o autor


discorre sobre a importância do exercício literário, apresentando alguns argumentos contra a
ideia da literatura como mero passatempo, evidenciando a leitura como uma atividade
insubstituível para a formação de cidadãos na sociedade moderna e democrática e também
como força motriz de progresso.

Ler é libertação, pois nada nos protege melhor da tirania, da estupidez do sectarismo
religioso ou político e da ignorância, do que o conhecimento. Nos livros está registrada toda a
consciência da humanidade e é através deles que tornamo-nos humanos mais conscientes.
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Sabe-se que as crianças podem receber incentivos e estímulos em sua formação para
que se tornem leitores críticos e capazes de intervir em sua realidade como adultos que
exercem a cidadania por meio de seu conhecimento de mundo. A escola e os professores são
os agentes capazes de, além de despertar na criança o gosto pela leitura de maneira
generalizada, ou seja, despertar pelos diversos gêneros textuais que devem ser apresentados
aos alunos no decorrer de sua trajetória educacional, apresentar desde os primeiros anos
escolares a leitura literária.

De acordo com Rangel (2007), a leitura realizada pelo aluno na escola tem
características marcantes como o fato de ser muito direcionada. Normalmente é feita centrada
na obrigatoriedade de cumprir atividades avaliativas, as quais são orientadas com
determinadas limitações pelos professores que acabam tendo por base o erro na hora de
avaliar o desempenho de seus alunos.

Desde a educação infantil é possível que as crianças se apaixonem pela literatura, pois
os clássicos normalmente são os livros pelos quais elas iniciam sua caminhada no mundo da
leitura. Porém, no decorrer do ensino fundamental, a orientação sobre a leitura por parte da
escola pode acabar distanciando esse leitor de uma prática que mais tarde ele será quase
“obrigado” a retomar.

Exemplificando essa situação, imagine aquele aluno que não teve uma formação
leitora na infância por parte dos pais e que, durante sua vida escolar, só lia porque os
professores exigiam que fosse respondida uma ficha de leitura ou feita uma “interpretação”,
que normalmente já tinha respostas predeterminadas como certas. Dificilmente ele vai se
sentir atraído por títulos literários que apresentam de certa maneira uma linguagem um pouco
mais elaborada e que, para um leitor que ainda não está totalmente formado, dificulta e muito
o ato de ler e compreender o que lê. Sendo assim, é necessário que os professores mostrem
aos seus alunos, seja na educação infantil ou até no ensino médio, que nossa literatura é
riquíssima e que pode ser prazeroso conhecer obras escritas por Monteiro Lobato, Carlos
Drummond de Andrade, Elias José, Maria Clara Machado, dentre tantos outros. Somente
conhecendo e despertando o seu interesse por essas obras os alunos sentirão menos
dificuldades quando estiverem na fase de estudar para conseguirem uma vaga na faculdade,
pois esse momento exige a leitura e entendimento de obras literárias com as quais geralmente
não tiveram a menor intimidade até aquele momento.
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4. O PAPEL DO PROFESSOR COMO FORMADOR DE ALUNOS LEITORES

Considerando a importância da língua escrita em uma sociedade que valoriza a


capacidade de representar simbolicamente a realidade e de comunicar-se através de um
sistema de signos, entende-se que o papel do professor como formador de alunos leitores de
códigos pela articulação dos saberes pedagógicos com a construção de conhecimento é de
grande relevância. Assim, o ensino da língua escrita pode discorrer sobre a relação sobre o
papel do professor na relação entre o texto e leitor na construção do conhecimento. O ensino
de literatura, esta entendida como fenômeno da comunicação que possibilita a relação ente a
linguagem escrita nos materiais didáticos (dentre eles, as obras literárias) da escola e as ações
do contexto sociocultural do aluno. Nessa relação, “texto e leitor interagem a partir de uma
construção do mundo e de algumas convenções compartilhadas” ( COLOMBER, p. 96, 2003).

Para Iser (1976) todo texto apresenta um efeito potencial, onde o “leitor implícito” é
visto como construção teórica diferente do leitor real, ou seja, através de uma imagem da
realidade chamada por Iser (apud COLOMER, 2003) de “repertório”, onde estratégias
precisam ser realizadas para que haja desenvolvimento do ato de leitura “utilizadas tanto na
realização do texto, por parte do autor, como nos atos de compreensão do leitor” (ISER, apud
COLOMER, 2003).

Logo se destaca a relação entre texto e leitor, procurando-se estabelecer uma relação
possível entre a leitura e a coerência interpretativa, significativa entre os seus signos,
articulando “expectativas do leitor com a informação armazenada em sua memória”
(COLOMER, p. 95, 2003). Portanto, como busca comunicativa possível do autor da obra
com seu leitor, e como ação pedagógica articulada dos professores, no fomento a ação leitora
significativa.

As inquietações que levaram a reflexão sobre as atuais formas de concepção e


utilização dos espaços escolares, tendo em vista um ensino que possa valorizar a formação do
aluno em suas competências leitora, escritora e relacional, é que a otimização dos espaços
escolares pode colaborar com o desenvolvimento das duas funções básicas da linguagem: a
comunicação e a formação do pensamento generalizante. Estes espaços escolares poderiam
ser melhor aproveitados para constituírem-se, em um contexto pós moderno, em “territórios
de transição” marcados por contextos de uma nova cartografia traduzidos na transitoriedade,
no deslocamento, fluxo e aceleração de ações humanas (BARBOSA e AMARAL, p. 20,
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2008), o que, aparentemente, não tem sido observado durante o ensino das disciplinas que
utilizam-se apenas do currículo oficialmente proposto como forma de desenvolvimento
humano (LIMA, 2008).

Portanto, faz-se necessária uma utilização racional dos espaços escolares e dos tempos
pedagógicos a eles associados, ações que decorrem de uma boa formação de professores e de
uma boa prática pedagógica, no contexto escolar. Talvez os docentes, de todas as disciplinas,
ainda não tenham reconhecido o valor de seu papel sobre a importância ética e social da
leitura e da interpretação de textos no desenvolvimento e aplicação da ampla cidadania.

Para que o professor trabalhe com o estimulo à leitura, em um contexto escolar, pode
usar de recursos pedagógico-didáticos que promovam diferentes maneiras de uso, que
incluem a criatividade e a adaptação, nas formas de apresentação dos conteúdos curriculares
em seus diversos contextos. Talvez as maneiras como os conteúdos sejam oferecidos em sala
de aula não apresentem-se, aparentemente, tão atraentes quanto às demandas locais. Dentre as
metodologias elencadas no ensino de língua portuguesa que relacionam-se diretamente ao
estímulo da competência leitora, destacam-se duas possibilidades opostas na forma de ensino:
os conteúdos de literatura oferecidos de forma tradicional, pelo método da educação bancária
(FREIRE, 1996), onde ocorre um afastamento do aluno à ação leitora pela deposição de
conteúdos sem sua devida reflexão.

Neste sentido, no ensino tradicional, problemas de diversas ordens surgem como, por
exemplo, a relação ente as formas como o aluno é ensinado e os métodos pelos quais ele é
avaliado. Portanto, as avaliações mais frequentes sobre leitura na escola se centram nas provas
de velocidade leitora e nos questionários fechados de perguntas de compreensão sobre um
texto. As provas de velocidade são provavelmente o instrumento (equivocado) que se percebe
com mais clareza como estritamente avaliador por parte dos professores.

Segundo Colomer e Camps (2002) algumas avaliações baseadas na velocidade de


leitura em voz alta ofereceram a vantagem de obter com facilidade dados claros e objetivos,
que respondiam, além disso, ao aspecto leitor que a escola sempre entendeu como índice
importante de progresso na leitura a partir da aprendizagem do código, como citam:

(...) a definição do saber ler de um aluno nos cursos da educação básica muitas vezes
reduz-se a saber quantas palavras por minuto consegue ler; por outro lado, os
objetivos das programações oficiais assinalaram durante alguns anos o número
mínimo que devia conseguir para poder vencer a etapa. Apesar dessas vantagens, a
consciência dos professores de que um aluno pode oralizar rapidamente sem
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entender o que diz o texto fez com que utilizassem também exercícios para controlar
o grau de compreensão da leitura (COLOMER e CAMPS, 2002, p. 173).

Neste sentido, os mesmos autores referem que nesse tipo de avaliação no campo
educativo é limitado, já que reside apenas no fato de dar consciência aos alunos do que se
espera deles, ou nos problemas decorrentes a realização de provas de leitura em voz alta, nas
quais a consciência de uma audiência pode estimular ou inibir enormemente o caráter leitor de
cada um.

Por outro lado, o ensino da competência leitora que se articula com a com a teoria do
“Teatro do Oprimido”, do “Teatro Popular”, do “Teatro Debate”, do “Teatro Invisível”
(BOAL, p. 9. 1982), pode oferecer outra perspectiva de ensino baseada em uma interpretação
dos textos literários, alterando-se a expressão da linguagem escrita (contidas nos livros de
literatura) para linguagens corporais, pelo uso de exercícios e jogos de expressão, ou seja,
estimular o aluno a ler livros da biblioteca escolar com o uso das linguagens gestuais, faciais,
sonoras e corporais, de uma maneira cativante e criativa, onde o teatro de improviso
possibilita o fomento ao interesse pela leitura de diversos tipos de obras (literárias ou não).

A reflexão realizada pelos autores deste trabalho aponta para a seguinte questão:
Como são permeadas as ações que contemplam a promoção da competência leitora, no
contexto dos espaços escolares de ensino público? Por outro lado, os dados produzidos pelas
avaliações externas destas mesmas escolas sugerem que pode estar havendo um problema na
formação dos professores, consequentemente alterando as formas de abordagem dos
conteúdos e das metodologias de ensino. Neste sentido, as ações de incentivo à leitura podem
não estar sendo amplamente abordadas, implicando numa redução de interesse do leitor para
com as obras que utilizam-se da linguagem escrita. Neste contexto, podemos refletir sobre a
importância da formação continuada no ensino de literatura, assim como, sobre os efeitos
pedagógicos decorrentes desta articulação.

Assim sendo, a presença de um aluno não leitor, numa escola que não forma leitores,
passa a ser um tema complexo e de grande relevância ética e social. Se uma das funções da
escola é a formação plena do cidadão, a questão da formação de leitores deveria ter um
tratamento especial, em todas as escolas, devendo ser entendida, em todas as instâncias como
fundamental e prioritária. É importante que os docentes possam trabalhar em equipe quando o
tema educacional refira-se à formação de alunos leitores.

É um trabalho que deve ser realizado de forma criativa (e não tradicional) que ofereça
possibilidades de entendimento e de cultivo à leitura de modo claro e lúdico, mostrando ao
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aluno que a leitura possibilita a análise e interpretação crítica, oferecendo oportunidades reais
para a compreensão do mundo. Assim, segundo Pernambuco (2000, p. 83), a escola deve
cumprir seu papel social, pois esta não é “a escola que forme o gramático ou o escritor, mas é
a que crie condições para que todos os alunos se tornem capazes de usar a língua para a
produção de suas mensagens, com consciência de seu eu e de seus limites diante do próprio
discurso e do outro”. Pode-se entender, portanto, que a escola tem responsabilidade de formar
alunos que sejam capazes de usar a língua portuguesa com competência e com o uso da
língua, oferecendo oportunidades para que todos possam expressar seus sentimentos e suas
ideias. Em outras palavras, que todos possam, por meio da língua, realizar seus processos
libertários e possam falar de seu contexto sociocultural, ou seja, da vida e do espaço que
pertencem, que possam mostrar seus potenciais de interpretação e criação. Talvez não serão
gramáticos ou grandes nomes da literatura, mas, certamente, buscarão uma sociedade mais
justa e saberão se expressar em seus textos. Não podemos, por outro lado, conceber os
espaços escolares (salas de aula) como únicos locais onde possa ocorrer a aprendizagem da
literatura.

Por outro lado, os dados referentes às avaliações externas sugerem-se as formas como
os conteúdos curriculares são tratados pedagogicamente e didaticamente podem diferir de
acordo com a formação dos professores, diferindo concepções de aprendizagens dos alunos,
apesar de sua diretriz política de universalização dos conteúdos. Entendemos, portanto que o
trabalho deve ser mediado pelo professor em todas as instâncias do ensino básico (em todos
os ciclos de aprendizagens). A literatura, no ensino fundamental, possui uma perspectiva em
que “a criança estará se formando como leitor [...] construindo seu próprio saber sobre o texto
e a leitura” (KLEIMAN, 2001, p. 9). Por outro lado, o uso do teatro de improviso com trechos
de obras literárias na sala tem despertado o interesse do aluno a ler o livro que está sendo
trabalhado por meio da encenação. Não se descobriu ainda uma fórmula ideal de ensino, mas
este deveria despertar no aluno o interesse pela leitura. Colomer (2003, pp.10-11) sugere,
neste contexto, a importância da formação de alunos leitores, tendo em vista diversas
perspectivas (psicológicas psicanalíticas e cognitivas, literárias como fenômeno comunicativo
e como crítico, social contemporâneo e ideológico, didático infantil e juvenil), relacionando
os gêneros literários ao grau de autonomia das narrativas.

Importante a abordagem estabelecida por Certeau (2012, p. 48) que pode ser
estabelecida entre autor e obra, de forma dinâmica, revela que uma “fina película do escritor
se torna um remover de camadas, um jogo de espaços. Um mundo diferente (o do leitor) se
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introduz no lugar do autor”. Se o autor de uma obra olha o mundo e o meio em que vive e
consegue interpretá-lo, este código, aparentemente decifrado e traduzido pode oferecer-se
como recurso à transformação de texto impresso em obra literária lida, essa compreensão
deve acolher o aluno para a ação leitora. Neste sentido, a literatura “... é, pois um sistema vivo
de obras, agindo uma sobre as outras e sobre os leitores, e só vive na medida em que estes a
vivem, decifrando-a, aceitando-a, deformando-a” (CANDIDO, p. 84).

Da mesma, forma, com base no que nos pede o Currículo do Estado de São Paulo uma
orientação válida que diz:

O professor precisa garantir em seu planejamento que o texto literário entre como
objeto de análise e interpretação, mas também como prática social, resgatando a
dimensão fruitiva da literatura. O aluno deve desenvolver-se como leitor autônomo,
com preferências, gostos e história de leitor. Assim, seja qual for à tipologia ou
gênero em estudo, o texto literário pode e deve ser trabalhado permanentemente,
uma vez que é elemento fundamental na construção da competência leitora e na
formação do hábito leitor do estudante. (SÃO PAULO, 2010, pp. 35-36).

3 CONCLUSÃO

Desenvolver o interesse e o hábito pela leitura é um processo constante, que começa


muito cedo, em casa, aperfeiçoa-se na escola e continua pela vida inteira. Existem diversos
fatores que influenciam o interesse pela leitura. A criança que houve histórias desde cedo, que
tem contato direto com livros e que seja estimulada, terá um desenvolvimento favorável ao
seu vocabulário, bem como a prontidão para a leitura.

A criança que lê com maior desenvoltura se interessa pela leitura e aprende mais
facilmente, neste sentido, a criança interessada em aprender se transforma num leitor capaz.
Sendo assim, pode-se dizer que a capacidade de ler está intimamente ligada a motivação.
Infelizmente são poucos os pais que se dedicam efetivamente em estimular esta capacidade
nos seus filhos. Outro fator que contribui positivamente em relação à leitura é a influência do
professor. Nesta perspectiva, cabe ao professor desempenhar um importante papel: o de
ensinar a criança a ler e a gostar de ler.

Professores que oferecem pequenas doses diárias de leitura agradável, sem forçar, mas
com naturalidade, desenvolverão na criança um hábito que poderá acompanhá-la pela vida
afora. Para desenvolver um programa de leitura equilibrado, que integre os conteúdos
relacionados ao currículo escolar e ofereça uma certa variedade de livros de literatura como
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contos, fábulas e poesias, é preciso que o professor observe a idade cronológica da criança e
principalmente o estágio de desenvolvimento de leitura em que ela se encontra.

Assim, as condições necessárias ao desenvolvimento de hábitos positivos de leitura,


incluem oportunidades para ler de todas as formas possíveis. Frequentar livrarias, feiras de
livros e bibliotecas são excelentes sugestões para tornar permanente o hábito de leitura.

Há muitos que pensem que o livro é coisa do passado, que na era da Internet, ele não
tem muito sentido. Mas, quem conhece a importância da literatura na vida de uma pessoa,
quem sabe o poder que tem uma história bem contada, quem sabe os benefícios que uma
simples história pode proporcionar, com certeza haverá de dizer que não há tecnologia no
mundo que substitua o prazer de tocar as páginas de um livro e encontrar nelas um mundo
repleto de encantamento.

Se o professor acreditar que além de informar, instruir ou ensinar, o livro pode dar
prazer, encontrará meios de mostrar isso à criança. E ela vai se interessar por ele, vai querer
buscar no livro esta alegria e prazer. Tudo está em ter a chance de conhecer a grande magia
que o livro proporciona. Enfim, a literatura infantil é um amplo campo de estudos que exige
do professor conhecimento para saber adequar os livros às crianças, gerando um momento
propício de prazer e estimulação para a leitura.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, M.L.O. e VILHENA, A. Lixo Municipal: Manual de gerenciamento Integrado.


São Paulo: IPT/ CEMPRE, 2001.

AURÉLIO. O mini dicionário da língua portuguesa. 4º edição revista e ampliada do mini


dicionário Aurélio. 9ª impressão. Rio de Janeiro. 2010.

BARBOSA, A. M., AMARAL, L. Interterritorialidade: mídias, contextos e educação. São


Paulo: Editora SENAC São Paulo – Edições SESC SP, 2008.

BOAL, A. 200 Jogos para o ator e o não-ator com vontade de dizer algo através do teatro. 4
ed. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1982.

CANDIDO, A. Literatura e Sociedade. 12. ed. São Paulo: Ouro sobre Azul, 2011.

CARVALHO, Bárbara V.de. A Literatura Infantil - Visão Histórica e Crítica. São Paulo:
Ed. Global, 1989.

COELHO, Nelly Novaes. Literatura infantil: história, teoria e análise. 4. ed. São Paulo:
Queiron, 1994.

COLOMER, T.; CAMPS, A. Ensinar a ler, ensinar a compreender. Tradução de Fátima


Murad. Porto Alegre: Artmed, 2002.

COLOMER, T. A formação do leitor literário: narrativa infantil e juvenil atual/ Tradução


Laura Sandroni. – São Paulo: Global, 2003.

DOHME, Vânia. Atividades lúdicas na educação: o caminho de tijolos amarelos do


aprendizado. Rio de Janeiro: Vozes, 2003.

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à pratica educativa. São Paulo: Paz
e Terra, 1996.

FERREIRA, B de H. Novo dicionário da Língua Portuguesa. RJ: Nova Fronteira, 1986.

ISER, W. Der Akt des Lesens. Theorie asthetischer, Munich. Fink. Apud COLOMER, T. A
formação do leitor literário: narrativa infantil e juvenil atual. São Paulo: Global, 2003.

JAVNA, John. Manual da Reciclagem – Coisas simples que você pode fazer, RJ: José
Olímpio. 2000.

LIMA, E. S. Currículo e desenvolvimento humano. In BEAUCHAMP, J. et. al. (Orgs.)


Indagações sobre o currículo. Brasília. Secretaria da Educação Básica, 2008.
17

ZANETI, I.C.B.B. Além do lixo – Reciclar: um processo de transformação. Brasília: Terra


Uma,1997.
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APÊNDICES

COMO REFERENCIAR OBRAS:

Seguem exemplificações das formas de referência mais utilizadas em trabalhos acadêmicos.

Livro com um autor:

SOBRENOME (CAIXA ALTA), nome do autor. Título (negrito): subtítulo (se houver – sem
realce de negrito). Cidade: editora, ano de publicação.

Exemplo:

FAZENDA, Ivani Catarina Arantes. Interdisciplinaridade: um projeto em parceria. São


Paulo: Loyola, 2007.

Livro com dois ou três autores (separados por ponto e vírgula):

SOBRENOME (CAIXA ALTA), nome do autor; SOBRENOME (CAIXA ALTA), nome do


autor. Título (negrito): subtítulo (se houver – sem realce de negrito). Cidade: editora, ano de
publicação.

Exemplo:

AMARAL, Emília; SEVERINO, Antônio; PATROCÍNIO, Mauro Ferreira do. Novo manual
de redação: gramática, literatura, interpretação de texto. São Paulo: Círculo do Livro,
1995.

Livros com quatro ou mais autores (acompanhado do termo et al.):

SOBRENOME (CAIXA ALTA), nome do autor. et al. Título (negrito): subtítulo (se houver –
sem realce de negrito). Cidade: editora, ano de publicação.

Exemplo:

URANI, André. et al. Constituição de uma matriz de contabilidade social para o Brasil.
Brasília: IPEA, 1994.
19

Capítulo de coletânea (livro organizado que contém contribuições de vários autores):

SOBRENOME (CAIXA ALTA), nome do autor do capítulo. Título do capítulo. In:


SOBRENOME DO ORGANIZADOR DO LIVRO (CAIXA ALTA), nome do organizador do
livro (org.). Título da obra em negrito. Local: Editora, ano, página inicial – página final do
capítulo.

Exemplo:

CELLARD, A. A análise documental. In: POUPART, Jean. et al. (Orgs). A Pesquisa


Qualitativa: Enfoques epistemológicos e metodológicos, 3° ed. Rio de Janeiro: Petrópolis,
Editora Vozes, 2012, pp. 295-316.

Para artigos publicados em periódicos (revistas acadêmicas), o nome dos autores segue a
mesma estrutura das referências anteriores, entretanto o nome da revista é que fica em negrito,
e não da obra. Exemplos:

MASETTO, Marcos Tarciso. Inovação curricular no ensino superior. Revista e-


curriculum, São Paulo, v. 7, n. 2, p. 1 -20, ago 2011.

LIMA, Telma Cristiane Sasso de; MIOTO, Regina Célia Tamaso. Procedimentos
metodológicos na construção do conhecimento científico: a pesquisa bibliográfica. Revista
Katálysis, Florianópolis, v. 10 n. esp. p. 37-45, 2007. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/rk/v10nspe/a0410spe>. Acesso em: 14 de maio de 2021.

Documentos oficiais e/ou jurídicos (Leis, decretos, portarias, diretrizes governamentais,


relatórios de instituições públicas e/ou privadas, entre outros). Obs.: a referência se inicia pelo
órgão responsável pelo documento (Brasil, ONU, Paraná, entre outros). Segue abaixo três
exemplos, sendo o primeiro de lei, o segundo de decreto de lei e o último de documento
oficial de uma Organização não governamental (ONG.).

PAÍS, ESTADO ou MUNICÍPIO. Lei número (em destaque de negrito), data (dia, mês e ano).
Ementa (é o resumo que fica na própria lei logo abaixo do título). Cidade: (local da
publicação), ano. Disponível em: (Link do documento) (Acessado em data).
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Exemplo:

BRASIL. Ato Institucional nº 17, de 14 de outubro de 1969. Autoriza o Presidente da


República a transferir para reserva, por período determinado, os militares que hajam atentado
ou venham a atentar contra a coesão das Forças Armadas. Brasília: Casa Civil, 1969.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br//CCIVIL_03/AIT/ait-17-69.htm>. Acesso em:
14 de maio de 2021

PAÍS, ESTADO ou MUNICÍPIO. Decreto de Lei, número, data (dia, mês e ano). Ementa (é o
resumo que fica na própria lei logo abaixo do título). Dados da publicação que publicou (com
destaque no nome de veículo de publicação negrito).

Exemplo:

BRASIL. Decreto-lei n° 2423, de 7 de abril de 1998. Estabelece critérios para pagamento de


gratificações e vantagens pecuniárias as titulares de cargos e empregos da Administração
Federal direta e autárquica e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa
do Brasil, Brasília, D.F., 8 abr. 1998. Seção 1, pt. 1, p. 6009.

AUTOR (entidade coletiva responsável pelo documento). Nome do documento (com destaque
em negrito), data (dia, mês e ano). Ementa (quando houver). Dados da Publicação. Disponível
em: (Link do documento) (data de acesso).

ONU – Organização das Nações Unidas. Declaração Universal dos Direitos Humanos, 10 de
dezembro de 1948. Adotada e proclamada pela resolução 217 A (III) da Assembleia Geral das
Nações Unidas. Disponível em:
<http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001394/139423por.pdf>. Acesso em 14 de maio de
2021.

Trabalhos acadêmicos (dissertações e teses):

SOBRENOME, Nome. Título do trabalho (com destaque em negrito). Ano. Número de


folhas. Natureza do Trabalho (Nível – Mestrado, Doutorado ou Livre Docência – e área do
curso) - Unidade de Ensino, Instituição, Local, Ano de defesa.
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Exemplo:

NIEL, Marcelo. Anestesiologistas e uso de drogas: um estudo qualitativo. 2006. 149 f.


Dissertação (Mestrado em Ciências) – Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de
São Paulo, São Paulo, 2006.

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