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10/03/2020 Ead.

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LITERATURA
INFANTIL
Me. Hellyery Agda Gonçalves da Silva

INICIAR

introdução
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Introdução

Olá, caro(a) aluno(a)! Seja bem-vindo(a) à primeira unidade do livro Literatura Infantil. Nesta
unidade, discutiremos temas importantes e introdutórios. Iniciaremos com um breve
panorama da Literatura Infantil. Voltaremos no tempo e descobriremos como se deu o início da
literatura voltada para as crianças e os seus desdobramentos ao longo dos séculos.

Na sequência de nossos estudos, faremos uma parada e conversaremos sobre o trabalho de La


Fontaine, um dos primeiros fabulistas. Faremos, então, uma viagem ao Oriente Médio para
abordaremos o clássico Mil e Uma Noites e as adaptações dessa obra aqui no Brasil, em
especial.

Por m, conversaremos sobre um gênero muito importante e diretamente relacionado à


criança: os Contos de Fadas, os quais são revisitados, adaptados e readaptados, contribuindo
para o ensino-aprendizagem, por terem um caráter pedagógico.

Convido você, caro(a) aluno(a), a mergulhar nesta aventura pela história comigo. Vamos nessa?
Desejo-lhe bons estudos!

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Panorama da Literatura
Infantil

Caro(a) aluno(a), iniciaremos nossa unidade comentando sobre a importância da Literatura


Infantil para o desenvolvimento da leitura nas crianças. Também, discutiremos os meios que o
docente pode utilizar para a promoção da leitura em sala de aula. Considerando que toda a
cção pode ser considerada literatura, o texto literário cria a cção. Este texto liga-se ao
mundo real, porém é capaz de criar seres, universos, situações imaginárias etc.

No que se refere à Literatura Infantil, trata-se de uma fonte inesgotável de conhecimento e


informação, visto que traz ao pequeno leitor momentos de alegria, imaginação e aprendizado.
Nas últimas décadas, a Literatura Infantil vem sendo objeto de estudo, cujo intuito é
apresentar re exões sobre a importância da leitura desde as etapas iniciais de escolarização,
bem como apresentar alternativas e orientações aos docentes de como realizar um trabalho
mais sistemático e interacionista, com obras literárias voltadas ao público infantil.

Para um trabalho efetivo de leitura com crianças, faz-se necessário propiciar a elas momentos
lúdicos e prazerosos no manuseio e na apreensão dos textos literários, tendo em vista o
estímulo à alfabetização e ao letramento, já nos anos escolares iniciais. Considerando esse
processo, a Literatura Infantil pode ser vista como um recurso fundamental para a formação do
indivíduo, tornando-o mais crítico e desenvolvendo nele valores morais.

Ler o mundo, ouvir histórias são fatores que in uenciam na formação do leitor, uma
vez que a formação do leitor se inicia nas suas primeiras leituras de mundo, na
prática de ouvir histórias narradas oralmente ou a partir de textos escritos, na

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elaboração de signi cados e na descoberta de que as marcas impressas produzem


linguagem (CORSINO, 2009, p. 57).

Assim, a literatura é uma grande auxiliadora no processo de alfabetização e letramento, pois


facilita o aprendizado e contribui para o desenvolvimento da criatividade, da imaginação e do
prazer pela leitura. Quando o docente insere a literatura como um meio de promoção da
aprendizagem, concomitantemente está inserindo a criança em um mundo de aprendizagem
lúdica e prazerosa.

Segundo o ponto de vista de Zilberman (1985, p. 22):

A literatura sintetiza, por meio dos recursos da cção, uma realidade, que tem
amplos pontos de contato com o que o leitor vive cotidianamente. Assim, por mais
exacerbada que seja a fantasia do escritor ou mais distanciadas e diferentes as
circunstâncias de espaço e tempo dentro das quais uma obra é concebida, o sintoma
de sua sobrevivência é o fato de que ela continua a se comunicar com o destinatário
atual, porque ainda fala de seu mundo, com suas di culdades e soluções, ajudando-
o, pois, a conhecê-lo melhor.

Considerando o exposto, é imprescindível que o docente consiga despertar o gosto pela leitura
na criança, uma vez que é dimensão essencial na vida de todo o indivíduo, pelo único fato de
que “[...] quando lemos estamos exercitando a mente, aguçando nossa inteligência” (TELES;
SOARES, s/d., p. 3), bem como desenvolvendo nossa concepção de mundo.

Figura 1.1 - Estratégia para a promoção da leitura em sala de aula


Fonte: Graham Oliver / 123RF.

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Por meio da literatura, a criança é estimulada a vivenciar situações que estão, muitas vezes,
fora de sua realidade. Nas palavras de Pinati et al. (2017, p. 51):

A criança precisa habituar com a variedade de textos e estilos desde o começo da


vida na escola, isso acontece porque nessa fase da escola, a criança se encontra em
processo de aprendizado e de desenvolvimento de suas capacidades, mesmo que
não tenha domínio da língua, ela necessita dessa relação com a literatura para no
futuro, serem leitores críticos.

Para isso que isso ocorra, é preciso que o docente estabeleça situações em que a criança seja
capaz de realizar suas próprias leituras, visando ao desenvolvimento da criticidade, por meio
de textos e leituras adequadas e diversas para a sua faixa etária. Ainda conforme Pinati et al.
(2017, p. 51):

A atuação do professor com o propósito de fomentar a alfabetização no ambiente


escolar, utilizando várias vertentes oferecidas pela Literatura Infantil, necessita ser
uma ação de maneira a propiciar divertimento e uma leitura signi cativa para as
crianças, sem dispor do ensino da tradicional gramática ou da ortogra a como
ênfase principal, mas sempre dando estímulo ao prazer de ouvir, ver e ler.

A partir do momento em que a criança tem acesso à leitura, toda a equipe pedagógica
(professores e coordenadores pedagógicos) deve atuar em conjunto e sintonia, a m de
assegurar que o trabalho com a Literatura Infantil aconteça de forma dinâmica e proveitosa,
tendo em vista as práticas docentes que estimulam os pequenos a desenvolverem as
habilidades orais, leitoras e escritoras.

reflita
re ita
“Os contos populares possuem conteúdo transpassado por sabedoria
ancestral e tradição popular, e sua temática é universal e atemporal, assim, o
ato de contar histórias confere intimidade e encontro do imaginário com o
real” (SOUZA, 2016, p. 28).

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Um exemplo disso é a contação de histórias, que traz um momento prazeroso e educativo, além
de trabalhar com os eixos: leitura, escrita e oralidade, imprescindíveis para o desenvolvimento
cognitivo infantil (MELO, 2015).

Para que a leitura seja signi cativa, formadora de opinião e proporcione um ensino-
aprendizagem de qualidade, faz-se necessário seguir algumas estratégias:

a) Atividades antes da leitura:


I) Levantamento do conhecimento prévio sobre o assunto;
II) Antecipação do tema ou ideia principal como: título, subtítulo, do exame de
imagens.
III) Expectativas em função do autor ou instituição responsável pela publicação.
b) Atividades durante a leitura:
I) Reti cação, con rmação ou rejeição das idéias antecipadas ou expectativas
criadas antes do ato de ler;
II) Utilização do dicionário para consulta, esclarecendo sobre possíveis dúvidas do
vocabulário;
III) Identi cação de palavras-chave;
IV) Suposições sobre as conclusões implícitas no texto, com base em outras leituras,
valores, experiências de vida, crenças;
V) Construção do sentido global do texto;
VI) Busca de informações complementares;
VII) Relação de novas informações ao conhecimento prévio;
VIII) Identi cação referencial a outros textos.
c) Atividades para depois da leitura:
I) Construção do sentido sobre o texto lido;
II) Troca de opiniões e impressões a respeito do texto;
III) Relacionar informações para concluir ideias;
IV) Avaliar as informações ou opiniões expressas no texto lido;
V) Avaliar criticamente o texto abordado (SOLÉ, 1998 apud ARANA; KLEBIS, 2015,
p. 11-12).

Acreditamos, caro(a), aluno(a), que o docente é a peça fundamental para instigar e auxiliar o
discente ao longo do processo de leitura. Além das estratégias apresentadas, deve-se prestar
atenção a alguns detalhes e tomar algumas medidas pedagógicas, como:

[...] convívio contínuo com histórias, livros e leitores; valorização do momento da


leitura; disponibilidade de um acervo variado; tempo para ler, sem interrupções;
espaço físico agradável e estimulante; ambiente de segurança psicológica e de
tolerância dos educadores em relação às singularidades e às di culdades de
aprendizagem de cada criança; oportunidades para que expressem, registrem e
compartilhem interpretações e emoções vividas nas experiências de leitura; acesso à
orientação quali cada sobre por que ler, o que ler, como ler e quando ler (MELO,
2015, on-line).

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Dessa forma, o docente deve preparar um momento para a realização da leitura, tendo em
vista o espaço, o tempo e o tipo de texto, em conformidade com a faixa etária das crianças
(recomenda-se a utilização de contos de fadas, fábulas, poesias etc.). Além disso, deve-se
pensar em estratégias que despertem a curiosidade e o imaginário do aluno. A leitura de
história pode provocar (e essa é a intenção) as mais diversas sensações (riso, choro) e também
a formulação de perguntas e respostas. A leitura deve ser entendida como uma prática social.

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atividade
atividade
Leia o excerto a seguir:

“A criança que possui contato com a literatura enquanto obra de arte, acaba por participar de uma
ação pedagógica ainda que não seja essa a função do texto; e nesta ação elas alargam sua capacidade
de convivência no plano social e coletivo, sua percepção de tempo e espaço, seu mecanismo de
comunicação, seu conhecimento de diversidade estética, e [...] desenvolvem-se nos campos emocional,
histórico e cultural”.

SOUZA, D. L. de. Literatura Infantil: origens e contribuições na Educação Infantil. 2016. 47 f. Trabalho
de Conclusão de Curso (Licenciatura em Pedagogia) - Universidade Estadual Paulista “Júlio de
Mesquita Filho” (UNESP), Rio Claro-SP, 2016, p. 30.

A partir do excerto apresentado e do conteúdo discutido a respeito das contribuições da Literatura


Infantil para as crianças, analise as a rmativas a seguir:

I. A leitura auxilia na assimilação de informações, bem como ajuda a criança a encontrar os signi cados
na vida.

II. A Literatura Infantil contribui para o desenvolvimento da imaginação, da criatividade e da


criticidade.

III. A Literatura Infantil contribui para o desenvolvimento moral, pois apresenta resoluções de
con itos internos da criança.

IV. A Literatura Infantil e a leitura capacitam a criança para que ela seja capaz de produzir opiniões,
justi cativas e julgamento sobre o que é certo ou errado, bom ou mau.

A partir das a rmativas apresentadas, assinale, a seguir, a alternativa correta:

a) Apenas a a rmativa IV está correta.


b) Apenas as a rmativas I e II estão corretas.
c) Apenas as a rmativas III e IV estão corretas.
d) Apenas as a rmativas I, II e III estão corretas.
e) Todas as a rmativas estão corretas.

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Base Histórica da Literatura


Infantil

O homem, desde os primórdios, utilizava a contação de histórias para transmitir, de geração


para geração, as histórias de suas origens e de seu povo. De acordo com Souza e Feba (2011, p.
153):

As primeiras civilizações utilizavam a linguagem oral para repassar aos seus


descendentes a sabedoria deixada por seus antepassados, para solucionar
problemas e manter viva as tradições e segredos de seus povos. Nesse sentido, ao
olharmos para a história da humanidade, constatamos que ela está fortemente
marcada pelo uso que os homens zeram das narrativas para que pudessem se
descobrir enquanto pessoas e para repassar às gerações futuras sua identidade e as
descobertas realizadas em consequência de suas necessidades, ou seja, o fazer-se
ser humano foi construído no decorrer da história narrada.

Com a aquisição da escrita, as histórias contadas oralmente foram passadas para o papel;
assim, a literatura imortalizou-se. No que se refere aos textos da Literatura Infantil, estes se
alimentavam de obras destinadas a um público adulto e, nas palavras de Souza e Feba (2011, p.
100), “[...] circulavam entre as pessoas do povo da Idade Média e eram utilizados como forma
de entretenimento dos adultos. [Com o tempo] foram compilados e, posteriormente,
adaptados para o público infantil”.

O que de ne e distingue a literatura infantil é, justamente, seu leitor implícito, ou


melhor, o que marca sua especi cidade é o público a que se destina, pois é a única

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manifestação literária que [...] tem um público bem determinado (SIMÕES, 2013, p.
219).

Uma literatura pensada para crianças teve origem no século XVII com François Fénelon (1651-
1751), que objetivava educar moralmente as crianças. Antes desse século, porém, não havia
uma visão especial da infância, ou seja, adultos e crianças conviviam de modo igualitário,
compartilhando os mesmos ambientes, o mesmo tipo de vestimenta, trabalho etc. As crianças
não eram compreendidas como crianças; logo, não havia uma literatura voltada para este
público. De acordo com Zilberman (1985, p. 13):

[...] a concepção de uma faixa etária diferenciada, com interesses próprios e


necessitando de uma formação especí ca, só acontece em meio à Idade Moderna.
Esta mudança se deveu a outro acontecimento da época: a emergência de uma nova
noção de família, centrada não mais em amplas relações de parentesco, mas num
núcleo unicelular, preocupado em manter sua privacidade (impedindo a intervenção
dos parentes em seus negócios internos) e estimular o afeto entre seus membros.

Na Idade Média, a escola era uma instituição precária e instável, muito ligada à Igreja. Além das
escolas eclesiásticas medievais, voltadas à formação dos clérigos, existiam ainda os estudos
livres, ministrados por professores que não eram livres para determinar o próprio currículo.
Esses estudos podiam ser frequentados por qualquer pessoa que precisasse ler e escrever; não
havia um trabalho pedagógico voltado à faixa etária e as turmas poderiam chegar a 200 alunos.
Poucas crianças frequentavam a escola e não havia uma permanência.

Tendo em vista a concepção de criança, estas participavam efetivamente da vida comunitária e


social. Assim, não havia assuntos dos quais as crianças não poderiam saber e discutir sobre, e
tais assuntos giravam em torno de temáticas como: luta pela sobrevivência, sexualidade,
morte, transgressão das regras sociais etc. Em outras palavras, não havia um “ ltro”, pois tudo
era comentado, independentemente da faixa etária do indivíduo. Nas palavras de Cortez
(2011, p. 2):

A concepção de infância que conhecemos hoje vem evoluindo e se desenvolvendo


desde o século XV; foi no m desse século que começaram a acontecer as mudanças.
Até então, o que denominamos de primeira infância (três ou quatro anos), a criança
era acompanhada pelos pais e tinha seus momentos de criança, isoladamente ou
brincando e jogando com outras crianças. Logo depois, passam a jogar e brincar com
os adultos e com jogos de adultos; até mesmo das festividades esses pequenos
participavam até acabar. As famílias não desenvolviam afetividade pelas crianças e
não havia a preocupação em cuidar delas com sentimentos fraternos.

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Qualquer criança com mais de sete anos já era vista como um adulto, mesmo pequena,
possuindo o direito de manifestar sua identidade própria em sociedade.

Foi durante o Classicismo Francês, especi camente na monarquia de Luís XIV, que houve certa
preocupação com uma literatura voltada para crianças. A partir daí, criaram-se histórias
direcionadas ao público infantil, as quais foram editadas no período de 1668 a 1697. Como
exemplo temos: “As Aventuras de Telêmaco”, de Fénelon; e as “Fábulas de La Fontaine” e os
“Contos da Mamãe Gansa”, de Charles Perrault.

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Em relação ao seu marco inicial, ao menos para o
Ocidente, pode-se a rmar que a Literatura Infantil
surgiu no século XVII com François Fénelon (1651-
1715), um padre, teólogo, poeta e escritor francês.
Dentre seus escritos, os considerados infantis surgiram
a pedido da Duquesa de Beauviller, justamente com a
função de educar moralmente as crianças (de modo
particular, as meninas). As narrativas propostas tinham
estrutura maniqueísta, a m de demarcarem
claramente o bem a ser aprendido e o mal a ser
desprezado. A maioria dos contos de fadas, das fábulas
e de muitos textos contemporâneos inclui-se nessa
tradição (CARVALHO, 2015).

Para saber mais, acesse:

ACESSAR

A partir do século XVII, a criança passou a ser considerada um indivíduo diferente do adulto;
portanto, com necessidades e características próprias. Desse modo, houve uma mudança na
concepção de indivíduo e um distanciamento da vida adulta. Com isso, nesse século, a criança
começou a receber uma educação diferenciada, com a função de prepará-la para a vida.

Em 1697, Charles Perrault (1628-1703), escritor e poeta francês considerado o “Pai da


Literatura Infantil”, estabeleceu as bases para um novo gênero literário: o Conto de Fadas.
Perrault criou grandes clássicos da literatura, como “Chapeuzinho Vermelho”, “O Gato de
Botas”, “Cinderela”, “A Bela Adormecida” etc.

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Figura 1.2 - Chapeuzinho Vermelho


Fonte: neftali77 / 123RF.

A respeito da história de vida de Perrault, sabe-se que era um nobre da alta sociedade francesa
e que integrou a corte do rei Luís XVI, exercendo atividades ligadas ao Direito. Voltou-se para
as Letras quando já tinha mais de 60 anos de idade e estava aposentado.

Charles Perrault, coletor de contos populares, realiza seu trabalho após a Fronde,
movimento popular contra o governo absolutista no reinado de Luís XIV, cuja
repressão deixou marcas de terror na França. Os contos chegam à família Perrault
através de contadores que, na época, se integravam à vida doméstica como servos.
Considere-se que se trata de um momento histórico de grande tensão entre as
classes. O burguês Perrault despreza o povo e as superstições populares e, como
homem culto, as ironiza. Seus contos, em alguns momentos, caracterizam-se por um
certo sarcasmo em relação ao popular. Ao mesmo tempo, são marcados pela
preocupação de fazer uma arte moralizante através de uma literatura pedagógica
(CADEMARTORI, 1987, p. 35-36).

Perrault teve o cuidado de editar as narrativas folclóricas contadas pelos camponeses,


adaptando-as para o público infantil. Desse modo, retirou as cenas de violência e sexo. Em
outras palavras, Perrault deu acabamento literário às histórias que, até então, transitavam de
forma oral entre as classes sociais.

ib i
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Houve, na história do Ocidente, grandes autores de
fábulas. Na Grécia Antiga, o mais famoso deles foi
Esopo, que viveu entre os séculos VII e VI a. C. Diz a
tradição que Esopo era um grande contador de
histórias, mas que não deixou nenhuma fábula escrita.
Seus apólogos foram registrados de forma literária mais
tarde, por outros autores, e o mais importante deles foi
o romano Fedro (15 a.C. – 50 d.C.), que se declarava
admirador e imitador de Esopo. Algumas fábulas de
Fedro que se tornaram extremamente conhecidas são:
“O lobo e o cordeiro”, “A raposa e o corvo”, “A rã e os
bois” e “A raposa e as uvas”. No século XVII, na França,
viveu o mais importante fabulista da Era Moderna: Jean
de La Fontaine (1621-1695). Esse autor, além de
compor suas próprias fábulas, também reescreveu em
versos franceses muitas das fábulas antigas de Esopo e
de Fedro. É dele a fábula mais conhecida de todo o
Ocidente: “A cigarra e a formiga” (CARVALHO;
MENDONÇA, 2006).

Para saber mais, acesse:

ACESSAR

Vejamos, a seguir, ainda na mesma temática de adaptação de obra para o público infantil, as
contribuições de La Fontaine, contemporâneo de Charles Perrault.

O Estudo das Fábulas de La Fontaine


Jean de La Fontaine nasceu em Château-Thierry, na França, em 8 de julho de 1621 e faleceu
em 13 de abril de 1695, em Paris, deixando para as gerações futuras um legado repleto de
lições sobre a condição humana.

A primeira obra importante de La Fontaine foi publicada em vários volumes, a partir de 1665, e
foi chamada de “Contos”, cujo propósito era a diversão do leitor. O primeiro volume foi
nomeado “Novelas em versos extraídos de Bocaccio e Ariosto”, e o último saiu em 1667.

Em um outro momento de sua produção, La Fontaine inspirou-se nas literaturas clássicas


(gregas) e na Oriental, começando a escrever fábulas (relato ctício, com m didático e
moralizante, cujas personagens são animais). Na Antiguidade, o fabulista mais famoso foi o

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grego Esopo, grande inspiração de La Fontaine. La Fontaine visitou também as histórias


medievais, as parábolas bíblicas e as coletâneas orientais, as quais possuíam a mesma
característica: pertencer à memória popular.

Com toda essa referência, La Fontaine desenvolveu as suas histórias. No ano de 1684, tornou-
se membro da Academia Francesa, por ter atuado no classicismo francês, fato que o tornou
uma das mais belas expressões literárias do período.

reflita
re ita
“Sirvo-me de animais para instruir os homens. [...] Procuro tornar o vício,
ridículo. Por não poder atacá-lo com braço de Hércules. [...] Algumas vezes
oponho, através de uma dupla imagem, o vício à virtude, a tolice ao bom
senso. [...] Uma moral nua provoca o tédio: O conto faz passar o preceito
com ele. Nessa espécie de ngimento, é preciso instruir e agradar. Pois,
contar por contar me parece de pouca monta” (LA FONTAINE, 1668 apud
COELHO, 2000, p. 166).

Contabilizando a produção literária de La Fontaine, chegamos aos números de:

[...] 64 contos, um romance em prosa entremeado de versos, um idílio heroico, dois


libretos de ópera, duas tragédias (uma lírica e outra incompleta), duas comédias, um
balé cômico, fragmentos de um sonho, um poema cientí co, três epístolas críticas
em verso, um poema cristão, duas paráfrases de textos sagrados, um relato de
viagem, seis elegias, sátiras, odes, baladas, madrigais, sonetos, canções, epitálamos e
epigramas, um pastiche, traduções de versos latinos, de cartas, muitos versos de
circunstância e outras obras perdidas (CARDOSO, 2015, p. 53).

Apesar da quantidade, a coletânea de fábulas é ainda maior, sendo composta por 240, as quais
foram distribuídas em doze livros, em 1694. A primeira edição, lançada em dois volumes no
ano de 1668, continha um total de 124 fábulas, divididas em seis livros.

La Fontaine tem suas fábulas tidas como modelo até os dias de hoje. Nelas, o referido autor
aborda princípios básicos que movem os homens, como o comportamento humano e o sentido
da vida. As temáticas são apresentadas por meio da exempli cação, podendo conter humor e

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comicidade, uma vez que as fábulas trazem por personagens, conforme exposto, os animais.
Com isso, o fabulista apresenta valores de seres racionais transmitidos por seres irracionais, a
m de transmitir um ensinamento por meio da moral da história.

Por meio da fábula, o ser humano pode satisfazer sua necessidade natural de usar a
comparação e a imagem para explicar melhor seu pensamento, suas ideias. O
importante das fábulas de La Fontaine não é somente o que se conta, pois os temas
já faziam parte do imaginário coletivo desde Esopo (620 a.C. – 564 a.C.), mas sim
como se conta. A unicidade da obra de La Fontaine está no modus dicendi e não nos
temas (CARDOSO, 2015, p. 57).

Diante do exposto, podemos a rmar, caro(a) aluno(a), que La Fontaine foi um grande
entendedor e criador de fábulas e que, por meio dessa produção ,consagrou-se, entrando para
o rol de escritores que produziram literaturas universais. Por isso, o poder moralizante de suas
fábulas continua forte ainda nos dias atuais.

O Uso das Fábulas no Processo de Ensino-


aprendizagem
Considerando que as fábulas possuem um m moralizante, autores como Esopo, Perrault e
La Fontaine utilizaram as fábulas como um meio para criticar e denunciar as injustiças e as
maldades. Desse modo, trazer esse gênero para a sala de aula é uma forma de mostrar às
crianças a vida como ela é, além de esse ser um tipo de texto propício para o desenvolvimento
das habilidades de leitura.

A fábula também é uma excelente atividade de re exão sobre o comportamento


humano, exigindo do professor uma participação crítica, levando os educandos a
realizarem uma leitura re exiva de forma que percebam a ação dos personagens,
relacionando-as aos acontecimentos do dia a dia e do seu próprio contexto social.
Pela sua versatilidade, a criança enxerga com maior facilidade as diversas situações,
orientações e aprendizado (LIMA; MARTINS; RODRIGUES, 2016, p. 41).

De acordo com o exposto, a leitura de fábulas em sala de aula desencadeia no aluno o interesse
em conhecer novas histórias, bem como contribui para a formação do hábito de leitura e,
consequentemente, escrita. Considerando o caráter pedagógico, a fábula é organizada em
duas partes: primeiro, apresenta-se a história, que ocorre em um mundo ctício, e as
personagens, na maioria das vezes, são animais; segundo, trata-se da moral da história, que
aparece, normalmente, no nal, acentuando o signi cado do que foi narrado.

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A moral costuma estar separada da história. Vejamos o exemplo a seguir

Figura 1.3 - Estrutura da Fábula


Fonte: Adaptada de Chagall (2004).

A Fábula, segundo La Fontaine:

[...] possui duas partes distintas: o corpo e a alma, sendo a narrativa a parte sensível,
o corpo dinâmico e gurativo da narração; enquanto a alma é a moralidade,
implícita no corpo, embora sem ser destacada materialmente, ela opera com
conceitos que revelam as verdades mais sutis (UBIALI, 2014. p. 8).

O “corpo” refere-se ao tipo textual narrar, já a “alma” refere-se à moralidade. Assim, o texto
moralizante tem por função regular o comportamento e as ações em sociedade. Tendo isso em
vista, as fábulas podem suscitar, em sala de aula, boas discussões. Então, o professor pode
apresentar aos alunos alguns temas importantes, como: bondade, ganância, solidariedade,
injustiça social, vaidade, amizade etc. Desse modo, para a exploração das fábulas no contexto
escolar, o docente deve seguir os seguintes passos:

1. Qual é o repertório de leitura necessário para a compreensão da fábula?


2. Resgatar os aspectos culturais trabalhados pela fábula.
3. Desenvolver uma escuta ativa, orientada e colaborativa para que o aluno perceba
as nuances da fábula.
4. Analisar o aspecto temático trabalhado pela fábula e trazê-lo para a realidade do
aluno.

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5. Elaborar um roteiro com as palavras mais relevantes retiradas da fábula para a


discussão logo após o encerramento da leitura.
6. Isolar um fato da fábula para analisá-lo a partir da experiência vivida ou não, pelo
aluno.
7. Considerar os elementos não verbais apresentados pela fábula.
8. Veri car as interferências das vozes e de outras imagens para a compreensão nal
da fábula (ALMEIDA, 2010, p. 114).

Ao analisar a fábula junto aos alunos, o docente consegue veri car o processo interacional
autor - texto - leitor, bem como o modo como o contexto e os conhecimentos individuais
in uenciam no momento da interpretação do texto, os quais afetam, e muito, na compreensão
dos sentidos.

Por m, vale salientar, já antecipando o que veremos adiante, que a fábula “[...] é uma fórmula
especí ca de comunicar pensamentos críticos. [...] dirige-se à inteligência, provoca discussões,
desa a a crítica e fomenta capacidade dos alunos de analisar e julgar” (LIMA; ROSA, 2012, p.
160).

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atividade
atividade
Leia o excerto a seguir:

“A história da literatura infantil tem relativamente poucos capítulos. Começa a delinear-se no início do
século XVIII, quando a criança passa a ser considerada um ser diferente do adulto, com necessidades e
características próprias, pelo que deveria distanciar-se da vida dos mais velhos e receber uma
educação especial, que a preparasse para a vida adulta”.

CUNHA, M. A. A. Literatura Infantil: teoria e prática. São Paulo: Ática, 1987, p. 19.

A respeito da história da Literatura Infantil, analise as a rmativas a seguir:

I. Após o século XVIII, há uma fase de descoberta da infância, na qual a criança passa a receber uma
atenção especial, que foca em sua existência.

II. Com a nova percepção da criança, ocorre uma separação do mundo adulto e a escola passa a se
responsabilizar por uma educação voltada ao público infantil.

III. Os contos, a partir do século XVIII, passaram a ser selecionados, além de conterem valores morais e
regras a serem seguidas.

IV. Com a nova visão de criança, surgia uma preocupação com seu o desenvolvimento moral e
intelectual, mesmo a literatura sendo igual para adultos e crianças.

A partir das a rmativas apresentadas, assinale, a seguir, a alternativa correta:

a) Apenas a a rmativa IV está correta.


b) Apenas as a rmativas I e II estão corretas.
c) Apenas as a rmativas III e IV estão corretas.
d) Apenas as a rmativas I, II e III estão corretas.
e) Todas as a rmativas estão corretas.

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As Adaptações do Clássico “As


Mil e uma Noites” Para o
Mundo Infanto-Juvenil

Tendo em vista que a Literatura Infantil, desde seu surgimento, é considerada um instrumento
pedagógico e signi cativo na formação de leitores, partiremos agora, caro(a) aluno(a), para as
adaptações literárias, as quais são um recurso muito interessante para despertar o gosto pela
leitura. Antes de iniciarmos essa temática, é necessário ter em mente que:

[...] a adaptação literária para crianças e jovens é um processo instável, tendo em


vista que o uso de procedimentos narrativos tais como o corte, a segmentação, a
redução de elementos, a mudança ou manutenção da perspectiva narrativa, a
simpli cação das ações, a representação do tempo e do espaço mais próxima ou
mais distante do original, depende do cruzamento da leitura da obra e do leitor-alvo
que o adaptador realiza, tendo como parâmetro o caráter emancipatório da obra
fonte (CARVALHO, 2006, p. 381).

As adaptações literárias re etem, decisivamente, na formação de leitores; desse modo, são


práticas que merecem estudo e procedimentos bem delineados. O uso dos textos literários
adaptados em sala de aula justi ca-se, pois é um tipo de texto que facilita o acesso ao texto
literário, bem como contribui para o processo de ensino-aprendizagem. De que forma as
adaptações podem ser trabalhadas no contexto escolar? Vejamos:

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Fonte: Adaptado de Weller (2013).

As adaptações podem facilitar o acesso dos alunos aos clássicos, funcionando como porta de
entrada. Assim sendo, com o uso dos textos adaptados, pode-se incluir ao ensino de língua
portuguesa o objetivo de ampliar o repertório e a bagagem do aluno, para formar leitores.
Também, podem ser ampliados os objetivos relacionados à re exão sobre recursos linguísticos.

É de adaptações de textos clássicos e de contos de fadas que provém e se fortalece a


literatura para jovens leitores. Compilados pelo francês Charles Perrault, no século
XVII, adaptando-os de narrativas populares e revestindo-as de valores da burguesia,
e pelos famosos alemães Jacob e Wilhelm, conhecidos irmãos Grimm, no século XIX,
os contos de fadas não foram escritos especialmente para as crianças bem como
não faziam parte da educação burguesa. Esses contos, anônimos e, portanto,
recolhidos do seio do povo – do folclore popular –, eram ligados às camadas
inferiores e estabeleciam conexões entre a situação social e a condição servil. Assim,
por meio desses materiais preexistentes, como os clássicos e os contos de fadas, essa
literatura começou a constituir o seu acervo (CORSO, 2012, on-line).

Tendo em vista o exposto, centralizaremos nossos estudos no que se refere às adaptações da


obra “As mil e uma noites”. A respeito dessa obra, sabe-se que não há um único autor, mas
vários narradores anônimos, e que suas histórias foram reunidas ao longo de séculos,
formando uma coletânea, que é considerada pelos especialistas um clássico da literatura
fantástica. Estima-se que parte desses contos teria surgido na Índia, em torno do século 3, em
decorrência da aparição de semideuses, gênios e animais diversos, os quais remontam o
panteão hinduísta.

Da Índia, as histórias chegaram à Pérsia por meio da transmissão oral de viajantes e


mercadores, e uma obra chamada de Hezar Afsaneh, que signi ca “Os Mil Contos”, teria
formado a primeira compilação dessas histórias. Essa versão já continha personagens

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importantes, como o sultão Shariar e sua esposa Sherazade, da versão nal de “As Mil e Uma
Noites”.

Os pesquisadores acreditam que, por volta do século 8, já havia uma tradução de Hezar
Afsaneh, realizada pelos povos árabes, bem como uma espécie de adequação da linguagem,
incluindo os valores islâmicos, o erotismo e palavras de calão. O título “As Mil e Uma Noites”
também foi substituído no mesmo período, uma vez que há uma superstição do povo árabe a
respeito dos números redondos, os quais trazem azar. Nos séculos seguintes, houve a
incidência de diferentes manuscritos, cada um com uma versão da história.

No Ocidente, a história “As Mil e Uma Noites” só caria conhecida após 1702, por intermédio
do trabalho de Antoine Galland, que traduziu um manuscrito do ramo sírio do século 13. Em
seu trabalho de tradução, Galland eliminou o erotismo e as ofensas a outros povos. Além disso,
pesquisadores apontam que o tradutor acrescentou novos contos árabes à obra, como “Ali
Babá e os Quarenta Ladrões”, “Aladim” e “As Viagens de Simbá”. É a partir da versão francesa
que a maioria das adaptações dessa obra nasceu, surgindo, assim, um processo de adaptação a
partir de uma fonte secundária.

“As mil e uma noite” conta a história de um sultão, chamado de Shariar, que surpreendeu sua esposa
traindo-o com outro homem e mandou matá-los. A partir daí, resolveu se casar todos os dias com uma
nova mulher, que seria degolada no dia seguinte à noite de núpcias. Assim, nenhuma outra mulher o
trairia de novo. Até que se casou com Sherazade e, na primeira noite, ela contou uma história, a
interrompendo sob a promessa de seguir na noite seguinte, deixando o sultão curioso. Todas as noites,
ela começava a contar uma história e a interrompia na melhor parte. Desse modo, o sultão era
obrigado a esperar a noite seguinte para ouvir a continuação. Passando as mil e uma noites, o sultão
resolveu continuar casado com Sherazade e suas histórias foram escritas. Sherazade pediu para ser
entregue ao Rei, pois sabia que havia descoberto uma forma de escapar da morte (RIBEIRO, 2018).

A respeito das adaptações de “As mil e uma noite”, a de maior sucesso é a dos britânicos Sir
Richard Burton e Andrew Lang, na qual foi retirado o conteúdo erótico, deixando o contexto
menos sexual em alguns contos. Entretanto, a tradução, diretamente do árabe, feita por
Mamede Jarouche, da Editora Globo, recolocou o conteúdo erótico que antes havia sido
censurado, apresentando as histórias como eram contadas na época. Desse modo, esse não é
um livro recomendado para as crianças.

Para o público infantil, temos a adaptação realizada pela Publifolhinha, que apresenta as
histórias contadas pela protagonista Sherazade ao marido, a m de se manter viva. Dentre as
histórias contadas, aparecem, por exemplo, “Aladim e a Lâmpada Maravilhosa, “Ali Babá e os
Quarenta Ladrões” e “O Cavalo encantado”, compostas por ilustrações.

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Temos também uma versão de “As mil e uma noites” organizada por Ruth Rocha, pela Editora
Salamandra, constituída por uma reunião de contos populares do Oriente Médio e do Sul da
Ásia. Nesse material, há três das histórias lendárias, como “Aladim e a Lâmpada Mágica”, “O
Pescador e o Gênio” e “Ali Babá e os Quarenta Ladrões”.

Outra adaptação voltada ao público infantil é a obra “Scherazade Das Crianças - Histórias de
As Mil e Uma Noites - Série Infantil”, de Jordi Sierra I Fabra. Nessa obra, há uma compilação de
contos que abordam hábitos, valores, crenças, visão de mundo e cultura da civilização árabe,
apresentando ao leitor o povo do Oriente. É uma obra que compõe a série “Mundo Árabe”, da
coleção Clássicos do Mundo.

Assim, uma adaptação consiste em, basicamente, realizar uma releitura de um texto primário e
reescrevê-lo sob uma nova ótica, por meio de uma seleção de léxico em consonância com o
objetivo proposto: alcançar determinado público especí co e promover sua formação.

Vale mencionar também que os livros voltados ao público infantojuvenil apresentam imagens
junto ao texto escrito, principalmente nas obras que são destinadas à primeira e à segunda
infância, pois essa união (texto + imagem) tem o intuito de chamar a atenção das crianças.

Caro(a) aluno(a), as adaptações literárias são imprescindíveis para o desenvolvimento do gosto


pela leitura, bem como da arte. Além disso: contribuem no processo de formação de leitores;
aproximam as obras clássicas dos leitores; promovem a circulação dos textos e, assim, mantêm
as referências culturais; atuam como um estímulo para a leitura do original, que pode ser a
tradução; e, por m, tornam a leitura diferente e mais prazerosa (CORSO, 2012).

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atividade
atividade
Considere a citação a seguir:

“Adaptações de clássicos de literatura para o público escolar consistem em: [...] textos novos,
construídos sobre enredos antigos; são apropriações”.

FEIJÓ, M. O prazer da leitura: como a adaptação de clássicos ajuda a formar leitores. São Paulo: Ática,
2010, p. 42.

A respeito da adaptação, analise as a rmativas a seguir:

I. É um meio de facilitar o acesso dos alunos aos clássicos.

II. Trata-se de um texto derivado, que é resultado de um texto primário.

III. São paráfrases, “recontos”, uma vez que contam uma história de forma resumida, com as palavras
do parafraseador.

IV. É uma releitura de um texto primeiro, reescrito sob uma nova ótica, por meio de uma seleção de
léxico.

A partir das a rmativas apresentadas, assinale, a seguir, a alternativa correta:

a) Apenas a a rmativa IV está correta.


b) Apenas as a rmativas I, II e IV estão corretas.
c) Apenas as a rmativas I e II estão corretas.
d) Apenas as a rmativas I, II e III estão corretas.
e) Todas as a rmativas estão corretas.

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Os Contos de Fada e suas


Características

Caro(a) aluno(a), chegando ao m desta unidade, iremos nos debruçar sobre o estudo de mais
um gênero da narrativa: o conto de fadas. Vejamos, a seguir, sua de nição:

Os contos de fadas são narrativas onde aparecem seres encantados e elementos


mágicos pertencentes a um mundo imaginário, maravilhoso. Estes contos têm quase
sempre uma estrutura simples e xa. Tem uma característica bem marcante como
na sua fórmula inicial: “Era uma vez... ’’ e nal: “... foram felizes para sempre’’. Há
neles uma ordem na sequência narrativa, ou seja, uma situação inicial, uma ordem
perturbadora, quando a situação de equilíbrio inicial se desestabiliza, gerando uma
série de con itos que só se interrompem com o aparecimento de uma força maior
que restabelece a ordem. Geralmente há personagens do bem e do mal, e a vitória,
apesar do sofrimento, sempre é do personagem do bem (PORTELA, 2013, p. 7-8).

Os contos de fadas surgiram por intermédio da tradição oral há muitos séculos, porém sua
valorização só se concretizou mais tarde, quando os contos se voltaram para o público infantil.
Nas palavras de Pinheiro (2012), essas narrativas eram chamadas de primordiais, pois surgiram
anonimamente e tinham por intuito a transmissão e o entretenimento.

Os contos de fadas são, basicamente, narrativas antigas – uma espécie de mito que era
difundido pelos povos – que apresentavam os con itos entre a natureza e o homem. Assim, em
um determinado momento, as narrativas começaram a trazer como tema os problemas
cotidianos, como: poder, fome, família, trabalho, dentre outros. As obras literárias ligam-se,

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sempre, ao seu contexto de produção. Nos contos de fadas não era diferente, pois eles
conservavam uma visão de mundo do período, além de suas ideologias.

É no século XVII que o interesse dos intelectuais pelo conto popular nasceu, principalmente
após a publicação da obra “Contos da Mamãe Ganso”, de Charles Perrault, cujo trabalho foi
reproduzir em papel os contos que transitavam entre os componentes franceses.

saiba mais
Saiba mais
A Mamãe Ganso era uma personagem dos velhos contos
populares, muito familiar entre os franceses. Sua função era
contar histórias para os seus “ lhotes fascinados”. Com o
passar do tempo, o nome da Mamãe Ganso passou a designar
não a personagem dos contos populares, mas uma velha
contadora de histórias (PINHEIRO, 2012, p. 41).

Para leitura na íntegra, acesse:

ACESSAR

No século XIX, com os Irmãos Grimm, os contos populares foram concebidos como objeto de
estudo capaz de apresentar aspectos linguísticos, psicológicos, históricos, sociais etc. - em
outras palavras, apresentar o modo de pensar e agir dos homens do passado (PINHEIRO,
2012). Os contos de fada podem ser encontrados em todas as culturas, porém com outra
roupagem. Nas próximas unidades, iremos nos dedicar ao estudo das obras de Perrault e dos
Irmãos Grimm.

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reflita
re ita
“É preciso que o conto seja velho na memória do povo, anônimo em sua
autoria, divulgado em seu conhecimento e persistente nos repertórios
orais” (CASCUDO, 2001, p. 11).

Os contos de fada podem apresentar algumas características, como:

[...] colocar um dilema existencial de forma breve e categórica. Isto permite à criança
aprender o problema em sua forma mais essencial, onde uma trama mais complexa
confundiria o assunto para ela. O conto de fadas simpli ca todas as situações. Suas
guras são esboçadas claramente; e detalhes, a menos que muito importantes, são
eliminados. Todos os personagens são mais típicos do que únicos (BETTELHEIM,
2002. p. 7).

Além disso, os contos de fada contêm também uma simbologia xa e estruturada. Suas
personagens são simples, apresentam qualidades e defeitos e são representadas por pais, avós,
camponeses e até animais, como lobos, porquinhos etc.; porém, tais personagens possuem
problemas reais, desenvolvendo, assim, a identi cação da criança. Quanto ao tempo e ao
espaço, são como que indeterminados, pois é comum os contos iniciarem com “Num certo
reino”, “Em um reino muito distante” e “Era uma vez”. Há um narrador que detém todo o
conhecimento da história e que é “dono da vida” das personagens.

Estruturalmente, a narrativa inicia-se com uma situação de equilíbrio que, logo na sequência, é
alterada pelo con ito, por parte de um herói. Adiante, com o auxílio de seres mágicos e
poderosos, consegue vencer o con ito, saindo vitorioso(a) e com um nal feliz: - “E viveram
felizes para sempre…”.

Os contos de fadas podem ser divididos em quatro etapas. Vejamos o quadro a seguir:

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1ª etapa 2ª etapa 3ª etapa 4ª etapa

Travessia

Ocorre alguma
situação
constrangedora/
embaraçosa/
desagradável que
faz com que a Conquista
personagem
O herói/ heroína
principal
Encontro entram em um
(herói/heroína)
combate de
saia em busca de Celebração
No ambiente inóspito, a sobrevivência,
uma solução para
personagem depara-se vida ou morte,
esse problema. Para comemorar
com algum ser maligno e, com o ser
Assim, em seu o triunfo do bem,
para que a jornada tenha maligno, que
percurso, depara- costuma
sucesso, é preciso que morre no nal.
se com uma acontecer um
esse “obstáculo” seja Com a morte do
paisagem casamento ou uma
ultrapassado. Enfrentar mal, a
desconhecida, reunião de família.
o mal signi ca um ato de personagem
contendo O bem sempre
autorreconhecimento. principal
acontecimentos vence e todos
O ser maligno pode ser consegue
mágicos e vivem felizes para
representado por garantir a
criaturas sempre.
bruxas, madrastas más, erradicação das
estranhas. Esse
magos etc. partes más do
lugar
próprio eu e a
desconhecido
superioridade
costuma ser
das partes boas.
caracterizado
como orestas e
bosques, lugar
onde residem
animais perigosos,
bruxas más e
magias.

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Quadro 1.1 - Saga do(a) herói/heroína


Fonte: Elaborado pela autora.

saiba mais
Saiba mais
A palavra “conto” origina-se do latim, sendo que seu
signi cado remete a duas dimensões: por um lado, à
oralidade; e, por outro, à ccionalidade, isto é, trata-se
de um relato que não tem compromisso com a
realidade, utilizando-se do maravilhoso com a função de
entreter e possibilitar a verbalização das di culdades
humanas (HILLESHEIM E GUARESCHI, 2006).

Para leitura na íntegra, acesse:

ACESSAR

A respeito das sagas dos heróis nos contos de fadas, vale pontuar que costumam ser mais
universais e podem estar além ou aquém das divisões entre masculino e feminino, uma vez que,
por mais que os contos respeitem essas questões na de nição de seus personagens, a feminina
costuma ser mais valorizada, em decorrência da in uência celta; desse modo, surgem mais
heroínas (como Aurora, Mulan, Branca de Neve etc.). De qualquer modo, é interessante
percebermos que há diferenças nas narrativas das histórias clássicas de heróis e dos contos de
heroínas (por exemplo Cinderela ou Chapeuzinho Vermelho), pois tanto o herói quanto a
heroína passam pelos mesmos percalços; no entanto, terminam a jornada de modo diferente.

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atividade
atividade
Leia o excerto a seguir:

“Talvez um dos temas mais recorrentes nas histórias seja o mito da jornada do herói. Ele aparece
desde lmes até os contos de fadas. Como toda narrativa de herói, o conto de fadas vai apresentar o
seu protagonista. Esse protagonista pode ser homem ou mulher, herói ou heroína”.

ASSIS, P. de. Os contos de fadas e o caminho do herói. Pablo de Assis, 14 out. 2011. Disponível em:
<http://pablo.deassis.net.br/2011/10/os-contos-de-fadas-e-o-caminho-do-heroi/>. Acesso em: 02
abr. 2019.

A respeito da saga do herói, é correto a rmar que:

a) No encontro, o protagonista encontra o seu desa o, seu inimigo ou antagonista, que o


ameaça de alguma forma.
b) É na celebração que o protagonista inicia suajornada; normalmente, há o bordão: Era uma
vez.
c) Nos mitos clássicos,predominam protagonistas femininas.
d) Na travessia, o protagonista chega à sua terranatal por meio de magia.
e) É na conquista que há embate de vida ou morte entre o protagonista e o antagonista, no
qual o herói morre.

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indicações
Material
Complementar

LIVRO

Um estudo sobre asfábulas e os contos de


fadas
Maria Viana

Editora: Eureka

ISBN: 978-85-693-7755-9

Comentário: É uma obra que estuda as origens, os usos e as


transformações das fábulas e dos contos de fadas ao longo dos
séculos. Objetiva orientar e sensibilizar os docentes no sentido de
atribuir à leitura o valor devido, colocando-a como escopo do
processo educacional e de letramento. A obra apresenta algumas
fábulas de La Fontaine, Charles Perrault, Irmãos Grimm e Hans
Christian Andersen.

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FILME

Cinderela
Ano: 2015

Comentário: Este lme é uma recriação da animação de 1950, da


Disney. A crítica a rma que o lme funciona como uma
“homenagem à animação original”, visto que o estilo e o humor
fantásticos tomam conta desta história em live action. Como em
todos os contos de fada, o lme apresenta uma moral, repetida pela
protagonista ao longo do lme: Tenha coragem e seja gentil. Além
disso, esta Cinderela conserva a visão romântica do mundo,
característica dos lmes antigos do gênero.

Para conhecer melhor o lme, assista ao trailer disponível em:


<https://www.youtube.com/watch?v=KsnlU2y-Lz0>. Acesso em: 05
abr. 2019.

TRAILER

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conclusão
Conclusão

Caro(a) aluno(a), chegamos ao m da primeira unidade. Espero que tenha aprendido bastante.
Não sei você, mas eu acredito que é essencial conhecermos as histórias do mundo e as coisas,
para vermos se houve evolução e de que modo ela ocorreu.

Em um primeiro momento, abordamos questões e conceitos sobre literatura e literatura


infantil. Conversamos também sobre a história e apresentamos algumas referências no
gênero, como La Fontaine, Perrault, Irmãos Grimm etc. Adianto que nos aprofundaremos nos
estudos desses autores e suas respectivas contribuições nas próximas unidades.

Nesta primeira parte, discutimos os conceitos de fábula e de contos de fadas, que são os
gêneros mais indicados e trabalhados em sala de aula, pois em ambos conseguimos depreender
uma moral, que pode promover grandes discussões e ensinamentos aos discentes.

Até as próximas unidades!

referências
Referências
Bibliográ cas

ALMEIDA, G. P. Práticas de leituras. Curitiba: Pró-Infantil, 2010.

ARANA, A. R. A.; KLEBIS, A. B. S. O. A importância do incentivo à leitura para o processo de


formação do aluno. In: EDUCERE - XII CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 2005,
Curitiba. Anais... Curitiba: PUCPR, 26 a 29 out. 2015. p. 26669-26686. Acesso em: 16 mar.
2019.

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ASSIS, P. de. Os contos de fadas e o caminho do herói. Pablo de Assis, 14 out. 2011. Disponível
em: <http://pablo.deassis.net.br/2011/10/os-contos-de-fadas-e-o-caminho-do-heroi/>.
Acesso em: 02 abr. 2019.

BETTELHEIM, B. A Psicanálise dos contos de fadas. Trad. Arlene Caetano. Rio de Janeiro: Paz e
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CADEMARTORI, L. O que é Literatura Infantil. São Paulo: Brasiliense, 1987.

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traduções. 2015. 166 f. Tese (Doutorado em Literatura) - Programa de Pós-graduação em
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CARVALHO, A. Literatura infantil, revisitando suas origens. Paulus, 04 mai. 2015. Disponível
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CARVALHO, D. B. A. de. A adaptação literária para crianças e jovens: Robinson Crusoé no


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CARVALHO, M. A. F. de.; MENDONÇA, R. H. (Orgs.). Práticas de Leitura e Escrita. Brasília-DF,


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CASCUDO, L. da C. Contos populares no Brasil. Rio de Janeiro: Ediouro, 2001.

CHAGALL, M. Fábulas de La Fontaine. São Paulo: Estação Liberdade, 2004.

CORSINO, P. Prática Educativa da Língua Portuguesa na Educação Infantil. Curitiba: IESDE,


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CORTEZ, C. Z. As representações da infância na Idade Média. X JORNADA DE ESTUDOS


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FEIJÓ, M. O prazer da leitura: como a adaptação de clássicos ajuda a formar leitores. São
Paulo: Ática, 2010.

HILLESHEIM, B.; GUARESCHI, N. M. de F. Contos de Fadas e Infância. Educação e Realidade,


v. 31, n. 1, p. 107-126, jan./jun, 2006. Disponível em:
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