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Alunos: Giórgia Thainá Fiorentin

Artur José Martins


Gustavo Sauran
1º ano-TI
Professora: Jéssica Suelen Ferreira de Souza

jogos
de cultura

africana
e

indígena
Introdução
Qual é o conceito de jogos e brincadeiras?

O conceito de jogo consiste numa atividade física ou intelectual formada por um


conjunto de regras e define um indivíduo (ou um grupo) como vencedor e outro
como perdedor. Os jogos podem ser utilizados para fins educacionais para transmitir
o sentido de respeito às regras e a mensagem de que numa disputa entre
adversários haverá sempre um que perde e outro que ganha.
O conceito de brincadeira é a ação de brincar, divertir, entreter, distrair.
Geralmente são jogos livres que têm a finalidade de encenar e utilizar objetos
lúdicos. A principal diferença entre a brincadeira para outras atividades diárias é a
sua natureza divertida e criativa.
As brincadeiras possuem o objetivo de socializar e interagir com o meio. É por meio
delas que as crianças expõem sua criatividade, habilidade e imaginação.

Por meio de diferentes jogos, brincadeiras e outras atividades lúdicas, nas aulas de
educação física, há a possibilidade de fomentar no espaço escolar, a expressão e o
aperfeiçoamento dos movimentos e das habilidades motoras da criança,
contribuindo para o seu desenvolvimento integral.

Quais as diferenças entre jogos e brincadeiras?

Os jogos possuem regras, precisam de uma estrutura adequada, e geralmente,


possuem alguma finalidade, como a existência de uma competição, e de um
vencedor.
Já as brincadeiras podem ser realizadas sem brinquedos ou com brinquedos, de
modo geral, não existem regras, não existe um vencedor, nem uma competição. O
foco do brincar está na cooperação e, sobretudo, na diversão.

Durante o jogo, as crianças estimulam o seu pensamento lógico, conhecem limites e


regras que os estruturam, lidam com a frustração de perder, e com a satisfação de
vencer.
Enquanto brincam, as crianças experimentam sensações positivas, dentro da sua
participação voluntária, e podem explorar tudo, os movimentos livres dos seus
corpos, a linguagem (real ou fantasiada), exploram a criatividade.

2
indígenas
Arranca mandioca

Esta brincadeira ainda vive firme e forte em algumas comunidades indígenas, mas é
desconhecida entre crianças e adultos não indígenas. Nos estados do Espírito Santo
e de São Paulo, crianças guarani a conhecem pelo nome de “arranca mandioca”,
porque lembra a maneira como a mandioca é colhida, atividade bastante conhecida
pelas crianças indígenas.

Quando resolvem brincar, reúnem-se perto de uma árvore e fazem fila, todos
agachados, com as mãos nos ombros da criança da frente. Caminham dessa forma
até a árvore e sentam no chão. A primeira da fila se agarra na árvore e as de trás
seguram umas nas outras pelos braços e pernas. Uma criança (precisa ser alguém
forte) é encarregada de “arrancar” as mandiocas – que são as próprias crianças.
O primeiro da fila, aquele que está agarrado à árvore, é o “dono da roça de
mandiocas”, é ele quem dá permissão para que sejam retiradas uma a uma as
“crianças-mandiocas” da fila. E assim, começa o trabalho de soltar cada criança com
toda a força.

Entre os Guarani, vale usar de várias estratégias para conseguir soltar as crianças,
como, por exemplo, fazer cócegas, puxar pelas pernas, pedir ajuda para quem já
saiu da fila.

Entre os Xavante, fazer cócegas é impensável. No cerrado, região onde vivem,


meninos e meninas conhecem essa brincadeira com o nome de “tatu”. Isso porque é
muito difícil pegar o tatu quando ele se esconde na sua toca, não há quem o tire com
as mãos. Pode puxá-lo pelo rabo, mas ele prende suas unhas na terra e não sai de
lá por nada.
A força é uma característica muito valorizada entre os Xavante, ao lado da valentia e
da coragem. Mesmo que seja em brincadeiras, ela é importante entre as crianças.
Na brincadeira do tatu, por exemplo, as crianças só se soltam umas das outras
quando a pessoa que está “caçando” usa sua própria força.

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Peteca
O nome “peteca” – de origem Tupi e que significa “tapear”, “golpear com as mãos” –
é hoje o mais popular entre todos os nomes desse brinquedo tão conhecido no
Brasil. O jogo de peteca colabora muito com a diversão e pode ser brincado entre
duas ou mais crianças. Para facilitar, pode-se formar uma roda.O objetivo é tocar na
peteca e não deixar ela cair no chão. Se isso acontecer, a pessoa que deixou cair,
fica fora de jogo. Assim, ganha quem conseguir tocar e não deixar cair no chão
durante a partida.

Alguns exemplos de petecas feitas pelos povos indígenas.


O senhor Toptiro é cacique da aldeia Xavante Abelhinha, costuma dizer que uma
única brincadeira por dia é suficiente para animar as crianças. Só a busca das
palhas na roça já garante muitas aventuras no caminho. Com o material nas mãos, é
preciso estar bem atento para fazer uma peteca. É preciso ter tempo para olhar,
tentar, errar, refazer e aprender.
O senhor Toptiro exibe um sorriso maroto quando se vê rodeado por meninos e
meninas que acompanham suas mãos, ainda fortes, trançando o tobdaé – a “peteca”
dos Xavante. Além dos olhos e das mãos, o senhor Toptiro utiliza também um dos
dedos do pé. Amarra nele o fio de buriti, que esticado ajuda no acabamento em
espiral do fundo do brinquedo. Esse detalhe o diferencia de outros modelos, como
veremos a seguir. Depois de pronto, o brinquedo xavante está leve e ágil para ser
usado em um jogo que exige as mesmas habilidades dos participantes: leveza e
agilidade.

Mangá é o nome dado pelos Guarani a esse brinquedo - o verdadeiro avô das
petecas encontradas principalmente no interior paulista. A palha do milho está dentro
e fora do brinquedo. Recheia o interior, apóia o fundo circular ao mesmo tempo em
que amarra as penas com um laço forte e resistente.

Existe também o yó, um outro tipo de peteca que não é feito com a palha do milho,
mas com o sabugo partido ao meio. Duas penas de galinhas do mesmo tamanho
são cuidadosamente colocadas no centro do sabugo, dando ao brinquedo um
movimento giratório que imita as hélices de um helicóptero no ar. O desafio é ver
quem consegue jogar mais longe o seu yó.

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Figuras de barbante

Essa brincadeira também é conhecida como cama de gato as crianças e adultos de


criam nas próprias mãos figuras com fios que representam formas do cotidiano,
como: vassoura, estrela, rede, casa, pé de galinha, peixe, diamante, balão, morcego,
entre outras. Para executar a brincadeira são necessários um pedaço de barbante e
2 pessoas (participantes). Corta-se um pedaço de barbante (aproximadamente
1,80m) e amarram as duas pontas. Para as crianças é ideal que o barbante seja
menor. Colocam-se as duas mãos dentro do círculo e estica-se o barbante deixando
os cotovelos dobrados e os braços paralelos, formando um retângulo. Sem largar o
barbante, devem ser enfiados os polegares e indicadores por baixo e tirá-la das mãos
do colega sem desmanchar os laços. Depois é a vez do primeiro jogador.

Na aldeia Canauanim, em Roraima, onde vivem cerca de 600 índios Wapixana, e um


pouco mais de 100 famílias, vive Dona Júlia, a mãe do tuxaua, o chefe da aldeia.
Além das muitas histórias que conhece, dona Júlia ensina os mais novos da aldeia a
fiar o algodão com uma ferramenta feita de casco de jabuti. Quando juntam vários
novelos bem branquinhos, ela gosta de tecer rede de dormir e de brincar de fazer
figuras mágicas nos dedos com os pequenos pedaços que sobram. Dá um nó na
ponta e começa a mostrar suas habilidades com os fios, sob o olhar atento dos netos
e parentes.
Assim, de mão em mão, e ao que parece dos avós para netos, figuras feitas com fios
barbantes passeiam por diferentes culturas, espalham-se entre os povos e criam
imagens.

Os Kalapalo, que vivem no Parque Indígena do Xingu, no Mato Grosso, também


conhecem esta brincadeira que é chamada de Ketinho Mitselü. Utilizam um fio
comprido feito da palha de buriti trançado e amarrado nas pontas. Entrelaçam
rapidamente o fio com os dedos e formam diversas figuras. Aparecem animais,
figuras da mitologia e referências bem-humoradas às suas atividades.
Os adultos, homens e mulheres, fazem trançados complexos e as crianças figuras
mais simples. As crianças realizam estes trançados e depois os passam para as
mãos de outras, que vão transformando os desenhos até voltar novamente à forma
original.

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Toloi Kunhugu ou Gavião e Passarinhos

Vivência de brincadeiras de crianças Kalapalo, que vivem no sul do Parque


Indígena do Xingu, no Mato Grosso.

Essa brincadeira acontece na beira de uma lagoa ou de um rio. Quem propõe


a brincadeira assume o papel de um gavião e será o “dono" da brincadeira. O
"gavião" desenha na areia uma grande árvore, cheia de galhos, e as outras
crianças fingem ser passarinhos. Cada "passarinho" escolhe um galho, monta
o seu ninho e senta-se lá.
O gavião sai à caça dos passarinhos, que saem dos seus ninhos e se reúnem
num local bem próximo à “árvore”, batendo os pés no chão e provocando o
gavião com uma graciosa cantoria.
O gavião avança lentamente na direção dos passarinhos. Já bem perto do
grupo, dá um pulo e tenta pegar os passarinhos que começam a correr em
todas as direções, fazendo muitas manobras para distrair o gavião. Para
descansar, protejam-se nos seus ninhos. O gavião, quando consegue apanhar
um dos passarinhos, prende-o no seu refúgio, que fica próximo ao pé da
árvore. O último passarinho que conseguir escapar e não ser "caçado" pelo
gavião, se transforma no novo “gavião” e "dono" da brincadeira, que recomeça.

O jogo desenvolve diversas habilidades, tais como a concentração, a


velocidade de movimento, a agilidade e a percepção de tempo.

africanas
Mancala

É considerado um dos jogos mais antigos do mundo, não se sabe o certo mas
tem uns 2000 anos. E começou como um jogo simbólico que representava as
plantações, as colheitas e a necessidade de sementes de trigo.
É um jogo africano que pode ser encontrado em diferentes países do
continente. Também conhecido como Oware, Kalah, Sungka, Omweso e Bao.
Seu nome, bem como suas regras, podem variar de um local para outro, mas
a dinâmica é sempre a mesma, inspirado nas tarefas agrícolas de semeadura
e colheita o jogo da Mancala se revela como um jogo estratégico e inteligente.
Para confeccionar seu tabuleiro com materiais simples basta utilizar uma caixa
de ovos e recortar duas fileiras com 6 cavas cada.
As regras básicas são as seguintes: cada jogador iniciará a partida com 24
feijões distribuídos igualmente pelas suas 6 cavas. Para decidir quem iniciará
a partida os jogadores deverão tirar par ou ímpar, o jogador que iniciar deverá
tirar os 4 feijões (ou outro material) de sua cava e distribuir (semear) nas suas
cavas. No entanto, é preciso que pelo menos um de seus feijões seja
semeado em uma cava do adversário.
O jogo termina quando um jogador não tiver feijões suficientes para semear
até a cava do adversário. Nesse momento, contam-se os feijões que cada um
colheu e aquele que tiver colhido o maior número de feijões ganhou o jogo.
Vemos que o jogo é interessantíssimo para trabalhar várias habilidades.
Dentre elas, podemos destacar o desenvolvimento:
Da coordenação motora fina, da concentração.
Do uso de estratégias.
Do raciocínio lógico, da memória.
Este é um jogo que fomenta a competição, mas de forma saudável.

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Escravos de Jó

Essa brincadeira pode ser realizada em parques, praças, salão de festas,


dentro de casa e condomínios. Tem objetivo de estimular a atenção,
concentração, coordenação motora, linguagem, ritmo, memória e a
cooperação entre os participantes. O ideal é brincar com mais de quatro
crianças. Os participantes devem ter paciência com as crianças menores até
que aprendam a dinâmica da brincadeira, cada criança tem o seu próprio
ritmo.

Uma das cantigas brasileiras mais conhecidas, a brincadeira pode ser


inúmeras variações entre as regiões do Brasil. Para começar, é necessário ter
ao menos dois participantes para brincar.
Uma das formas mais conhecidas de brincar de escravos de Jó é a
sincronização dos movimentos. Cada jogador recebe um pedrinha e o objetivo
é executar todos os movimentos sem errar nenhum.
Juntos, em formato de círculo, todos começam a cantar a música. Nas
primeiras fases, as pedrinhas são transferidas para o colega que está do lado
direito, ou seja, em sentido anti-horário.
Quando chegar no verso “Tira, põe, deixa ficar”, todos obedecem o que diz a
letra da música. No verso seguinte a passagem de pedrinhas é retomada, até
que no trecho “Fazem zig-zig-zá” as pedras são movimentadas, mas sem
entregá-las a ninguém.
Os jogadores que errarem algum movimento serão eliminados da competição,
até que reste apenas o vencedor. Confira, a letra mais tradicional da cantiga:
“Escravos de jó
Jogavam cachangá
Tira, põe, deixa ficar
Guerreiros com guerreiros
Fazem zig-zig-zá
Guerreiros com guerreiros
Fazem zig-zig-zá”

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Barra Manteiga

Essa brincadeira estimula a atenção, agilidade, velocidade, trabalho em


equipe e coordenação motora. Idade recomendada para jogar a partir de 5
anos. Pode brincar em qualquer lugar amplo, como quadra, pátio, rua.

Barra manteiga foi uma brincadeira muito popular na região Sudeste do Brasil,
que colabora para a valorização do trabalho em equipe, da agilidade e da
coordenação motora.

Quanto mais pessoas, melhor, em uma quadra, traçam-se no chão duas linhas
paralelas com uma distância de 8 a 15 metros.
O jogo começa com os participantes de cada time enfileirados lado a lado nas
respectivas linhas. Os adversários ficam de frente uns para os outros. Um
jogador do time que começar sai da linha e se dirige até a do time rival. Os
adversários estendem a mão com a palma para cima e ele bate em cada uma
seguindo o ritmo da música: "Barra Manteiga, na fuça da nega, minha mãe
mandou bater nesta daqui 1, 2, 3! ”.
A última batida é mais forte e o jogador deverá correr de volta para seu time. O
dono da mão, por sua vez, corre atrás e tenta pegar o adversário antes que
este atravesse a linha, antes de dar a batida final, o jogador pode demorar o
tempo que julgar necessário para tentar pegar o outro de surpresa e ter tempo
de fugir, se conseguir, o rival que o perseguiu passa a fazer parte de seu time,
se for pego, ele é quem vai para o outro time.
Ganha a equipe que chegar ao fim do tempo estabelecido com o maior
número de jogadores, se não houver limite de tempo, o jogo segue até que o
último jogador de seu time seja pego.

9
Terra-mar

A cultura africana chegou ao Brasil com os povos escravizados trazidos da


África durante o longo período em que durou o tráfico negreiro transatlântico. A
diversidade cultural da África refletiu-se na diversidade dos escravos,
pertencentes a diversas etnias que falavam idiomas diferentes e trouxeram Os
jogos e as brincadeiras encontram-se presos ao homem a partir do princípio da
construção da sua cultura. Os africanos contribuíram para a cultura brasileira
em uma enormidade de aspectos:- dança, música, religião, jogos, brincadeiras,
culinária e idioma.

Esse jogo é para crianças de ambos os sexos, entre os 6 e os 12 anos. Não há


número limite de participantes.
Para este jogo não é necessário nenhum material, realiza-se ao ar livre e basta
um traço desenhado no chão. Os jogadores dispõem-se em fila ao longo deste
traço, sem o pisar.

No início do jogo, define-se que um dos lados do traço é o "Mar" e o outro é a


"Terra". É escolhido um jogador para dar a voz de comando, que será "MAR"
ou "TERRA".
A esta ordem, os jogadores darão um salto para o lado correspondente.
A voz de comando não obedece a qualquer sequência, o que quer dizer que a
ordem "Mar", pode ser dada repetidamente. Por outro lado, os jogadores
podem ser enganados pelo “comandante” do jogo, quando este executar um
movimento para o lado contrário ao da ordem que deu.
Sempre que um jogador se enganar, saltando para o lado errado, ou ficando no
mesmo lado, em vez de saltar, sai do jogo.
O jogo termina, quando ficar apenas em jogo um participante, que será o
vencedor.

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Conclusão

Concluímos que o desenvolvimento do aspecto lúdico, o desenvolvimento


pessoal, social e principalmente cultural, facilitam a aprendizagem, pois
pudemos aprender coisas diferentes de duas culturas que são muito
abundantes no nosso pais, e que são poucas pessoas que sabem que essas
brincadeiras originaram-se nesses locais.

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Fontes
Introdução
https://revistas.unipacto.com.br/storage/publicacoes/2016/a_importancia_dos_jogos_e_brinc
adeiras_no_desenvolvimento_de_criancas_de_6_e_7_anos_40.pdf
https://www.todamateria.com.br/jogos-e-brincadeiras/
https://www.significados.com.br/jogo/
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/educacao-fisica/brincadeiras
https://brasilescola.uol.com.br/psicologia/significado-brincadeira.htm

Indígenas
https://www.todamateria.com.br/brincadeiras-indigenas/
https://mirim.org/pt-br/como-vivem/brincadeiras
https://escolaeducacao.com.br/10-brincadeiras-indigenas/
https://www.taubate.sp.gov.br/wp-content/uploads/2020/05/3-%C2%A6-ano-
EDUCA%C3%A7%C3%A2O-F%C3%ACSICA-ativ.-03-Brincadeiras-Ind%C2%A1genas.pdf
Vídeos
https://youtu.be/EnbleWys2eU
https://youtu.be/m5j_y3tn4KY
https://youtu.be/MvlCtXgWOU8

Africanas
https://escolaeducacao.com.br/brincadeiras-africanas/
https://br.guiainfantil.com/materias/cultura-e-lazer/cancoes-infantis/escravos-de-jo-
brincadeiras-para-criancas/
https://www.educlub.com.br/mancala-o-que-e-como-se-joga-e-objetivos/
https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/mulher/mae-com-prosa/jogo-barra-
manteiga,affb541b743c12c559f261d1153dece8s844uppa.html
vídeos
https://youtu.be/DT5rOzHFH7E
https://youtu.be/KHcjrCvy3ak
https://youtu.be/yAkdtTzsbVQ
https://youtu.be/5aVoVijJNI4

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