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Mapa do

Rio Grande
do Sul
Taco
Como brincar: Deve-se formar duas duplas, cada uma
composta por um rebatedor, que segura um taco de
Elástico
madeira, e um arremessador. Eles ficam em uma base
Como brincar: O principal acessório é uma tira de
(um círculo desenhado no chão) e no centro dela elástico grande (de cerca de 3 metros de
encontra-se uma garrafa plástica com um pouco de comprimento), com um nó unindo as duas pontas, e
areia dentro. Quem arremessa deve tentar derrubar a três participantes. Dois ficam em pé, um de frente
garrafa do time adversário jogando uma bolinha de para o outro e distantes cerca de 2 metros. O
borracha (ou de tênis) com a mão. Cabe ao rebatedor elástico deve ficar ao redor das pernas deles, que
do outro time defendê-la. Se a garrafa for derrubada, precisam ficar abertas para segurá-lo esticado. Uma
o time que atirou a bola ganha um ponto. Se o terceira pessoa deve pular dentro do retângulo
rebatedor conseguir defendê-la ou se a bolinha não formado pela tira e fazer desenhos e amarrações
com as pernas. A primeira sequência é bem simples:
acertar a garrafa, quem jogou deve correr para pegá-
a criança se posiciona ao lado do elástico e deve
la e voltar à sua base. Enquanto isso, os adversários
pular com os dois pés juntos para dentro dele.
correm, fazendo um "oito" nas duas bases e, quando se
Depois, pula novamente abrindo as pernas de modo
encontram, batem as mãos. Cada volta completa, sem que um pé caia para cada lado de fora do elástico.
que o arremessador tenha voltado para seu lugar de No terceiro movimento, ela deve fazer um giro de
origem, vale um ponto. O time que completar cinco 180º, deixando as tiras se enrolarem em seus
pontos ou mais primeiro vence a partida. Feito isso, as tornozelos. Por fim, deve pular para o lado externo do
funções são invertidas: rebatedores vão para o elástico enquanto gira o corpo para soltar-se da
arremesso e arremessadores vão para as rebatidas. amarração.
O elástico começa rente ao chão, mas à medida que
Variações: Em alguns lugares o nome da brincadeira a pessoa consegue fazer os movimentos
corretamente, ele vai subindo. Então, quem conseguir
muda. Em Belém do Pará, por exemplo, o taco é
pular mais alto ganha o jogo.
conhecido como casinha, castelo ou tacobol. As regras
e os acessórios também variam bastante. Há quem
Variações: Os nomes mudam dependendo do
substitua a garrafa de plástico por latas de movimento que se pede para fazer e da região do
refrigerante ou por três gravetos, que formam uma país: cebolinha, estrelinha, várias fases, laranjinha,
cabaninha. Em alguns lugares, pode-se derrubar a castelinho, bigode, vassourinha, cruzada de Belém
base com chutes, além da bolada. etc.
5 Marias Carrinho de Lomba
Como brincar: Em Novo Hamburgo, lomba quer
Essa brincadeira mexe com a dizer ladeira. O carrinho tem esse nome, portanto,
agilidade das crianças! Ou seja, é por ser feito para brincar nas lombas das ruas.
ótima para estimular a Então é só procurar um declive, sentar em cima do
carrinho com os pés apoiados no eixo frontal e
coordenação motora dos descer a ladeira. Se você tiver mais de um
pequenos. Para brincar, é preciso brinquedo, pode apostar corridas com os amigos.
Para brecar, tem de virar o carrinho de lado ou
ter cinco pedrinhas, saquinhos,
parar com o pé (sempre calçado, para não se
bloquinhos, pecinhas, enfim, algo machucar).
pequeno e que caiba na mão. A
Variações: Em outros locais é chamado de carrinho
criança joga as pedrinhas no
de rolimã, por ser feito de rodinhas desse material.
chão, ela pega uma e joga para Algumas pessoas fazem um breque com um
cima. Antes que ela caia, o terceiro pedaço de cabo de vassoura afixado de
forma móvel na lateral. Também há quem acople
pequeno pega outra pecinha do um pequeno banco para apoiar as costas quando
chão e apara a pedrinha que estiver no carrinho.
estava no ar. E assim continua, até
não ter nenhuma pecinha no chão.
E mais: ela pode usar a
imaginação e criar formas novas
de jogar e aparar as pedrinhas.
Coelho Sai da Toca Vivo Morto
Como brincar: Em trios, duas crianças Como brincar: A criança escolhida para
formam a toca e uma será o coelho. Para comandar a brincadeira fica de frente
fazer a toca, a dupla junta as mãos no ar, para as demais, todas em pé. É ela que
formando uma casinha. Quem interpreta vai dizer se os outros participantes
o coelho fica agachado entre elas, devem ficar em posição de vivo (em pé)
embaixo dos braços. Essa estrutura se ou de morto (agachado). Ao gritar
repete com os demais participantes da "morto", todas as outras crianças
brincadeira. Uma das crianças fica em pé devem abaixar imediatamente, e ao
entre as tocas e deve gritar: "Coelho sai
falar "vivo", elas devem se levantar.
da toca!". Ao fazer isso, os coelhos
Quem errar sai. Aquele que conduz pode
entocados precisam trocar de casinha. Já
dizer a mesma palavra duas ou mais
a criança que estava no meio deve tentar
vezes seguidas e depois mudar
roubar a toca de alguém. Se conseguir,
repentinamente, para enganar o resto
aquela que ficou sem toca é a que passa a
da turma. A última criança vence e
gritar no centro do espaço. Ela também
assume o lugar do chefe.
pode falar "Toca troca de lugar!". Nesse
caso, são as tocas que devem trocar de
coelho. Variações: Também é chamado de
Variações: Em alguns lugares a toca é morto-vivo, duro ou mole e senta-
formada por um círculo desenhado com levanta.
giz no chão ou por um aro ou bambolê. A
dinâmica da brincadeira é a mesma, mas
não há a possibilidade de a toca trocar de
lugar.
Esconde-esconde
Como brincar: Uma pessoa será o pegador,
que terá de encontrar os demais
participantes escondidos. Para definir
quantos segundos ele vai contar para que os
outros se escondam, uma criança escolhe um
dedo da própria mão e encosta nas costas
dele, que terá de adivinhar qual é esse dedo.
Cada vez que o pegador errar o palpite,
acrescenta 10 segundos à contagem (que
pode ter no máximo 100 segundos, o
equivalente aos 10 dedos das mãos). O
pegador fica com os olhos cobertos e com o
rosto voltado para um muro ou uma árvore
contando enquanto os demais participantes
da brincadeira se escondem.
Quando chegar ao fim da contagem, ele deve
encontrar um a um. Ao vê-los, precisa correr
e encostar a mão no ponto de partida e falar
"um, dois, três" e o nome da criança
encontrada, que passa a ser pegadora. Se a
criança escondida bater primeiro, pode
continuar se escondendo na próxima rodada.
Estuda, tchê: Brinquedos / Brincadeiras
Boneca: é seguramente o mais antigo objeto de brinquedo Bruxinha: Bruxa, ou bruxa de pano é o nome da boneca
que a humanidade conheceu. Provavelmente na pré-história de trapos, boneca de pano, possivelmente em todo o
eram feitas de materiais perecíveis como barro ou madeira, território nacional. As bonecas de pano resistem ao
sendo que mais tarde, com o aperfeiçoamento dos longo dos séculos, atravessando fronteiras de povos
instrumentos de trabalho surgiram os de pedra e osso. Por distintos, conseguindo sobreviver em algumas
volta de 1820 eram fabricadas com cabeças de porcelana residências pelos poucos artesãos que ainda restam
vitrificada em Dresden e em biscuit opaco na França. No neste espaço brasileiro. Pertencem ao teatro infantil
século XIX novas modificações foram introduzidas: olhos espontâneo das crianças do presente e pertencem às
móveis, dispositivos para choro e vozes, livros com bonecas
crianças do futuro. Na confecção das bruxas a artesã usa
e roupas de papel para serem recortadas. No Brasil colonial
pano, retalhos, linha, algodão, lã em pasta para
surgiram mais ou menos em 1806, com a transferência da
enchimento e em fio para cabelos, que pode ser também
família real, mas ficaram restritas à corte. Somente no
de pelego ou corda.
século XX alcançaram os lares da classe média, mas quase
sempre importadas. Depois de 1945 começaram a ser
fabricadas em série e a partir de 1950 são copiados os
modelos americanos, bonecas altas, loiras e de olhos azuis. Papagaio – Pandorga – Pipa: Sua origem oriental é muito
remota. Segundo historiadores idôneos, o general chinês
Han-Sin no ano 196 a.C a utilizava para enviar notícias a
uma aldeia sitiada. Em 1752 foi instrumento de
Bolinhas de vidro – Gude – Inhaque: Surgem geralmente
experiências científicas nas mãos de Benjamin Franklin.
depois das chuvas, quando os campinhos estão molhados e
Posteriormente teve os mais diversos usos, tais como
a meninada tem que brincar perto de casa. Diversas
transmissor de sinais e “biruta”, para ver a direção do
modalidades de jogo são praticadas, entre elas o Boco ou
vento. Hélio Moro Mariante, folclorista e pesquisador,
Imba, o Triângulo, a Circunferência, etc, que podem ser “as
informa que o ocidente só conheceu a pandorga a partir do
vera” ou “as brinca”. “As vera” quando o jogador perde
século XIV. Os primeiros mercadores portugueses, ingleses
também suas bolitas, e “as brinca”, quando perde só o jogo,
e holandeses é que teriam trazido para a Europa. É
neste caso feito apenas por distração. Como na maioria das
explicada por Câmara Cascudo como “brinquedo feito com
brincadeiras infantis, o jogo de bolita possui uma
cruzeta de cana ou madeira leve, coberta de papel de cor.
linguagem própria, chamam de “bochão” a bola maior que
Dirigem-se com três cordéis de armação. Na parte inferior
as outras, “aça”, as esferinhas de metal; “nicada” é a
pende uma cauda comprida, de pano. Existem em diversos
bolinha lascada, e “Nica” a favorita para o jogo; “rabar” é
formatos, cada um com denominação específica: churrasco,
errar, e “casar” é colocar bolinhas em jogo.
barrilete, arco, estrela, caixão, bidê, bandeja e outros.
Pião: Câmara Cascudo descreve como: “Pião, Perna de pau: Também chamada de “andas” é
brinquedo de madeira piriforme, com ponta de constituída por dois sarrafos com até três metros de
ferro, por onde gira pelo impulso do cordão comprimento. Em cada sarrafo, a uma certa altura do
enrolado na outra extremidade puxado com chão, há um apoio para os pés. A criança sobe nesse
violência e destreza...”.É lançado com o cordão na apoio e mantém as traves presas sob os braços,
Europa, , Asia Oriental e Indonésia. Na América tem podendo assim mover as pernas à vontade.
origem europeia, bem como a piorra, que é jogada
em “fieira”, apenas com o impulso dos dedos
polegar e indicador. É brincadeira que aparece em Bola: As bolas são popularíssimas e existiam em
alguns meses do ano para logo após desaparecer. todas as civilizações antigas. Feitas de couro, de
madeira, de vegetais ou de borracha, são atiradas a
mão nua e aparadas quando de retorno, perdendo
quem as deixa cair. Jogam-na também contra o solo,
Peteca: Segundo Alceu Maynard de Araújo, “é um repelindo-a, quando ressalta. É universal e conhecida
jogo de origem indígena. Uma bola fita de palha de mesmo entre os agrupamentos mais primitivos não
milho, tendo em um lado penas de galinha enfiadas só como objeto de lazer, mas com significação
para ao cair, a parte pesada ficar para baixo e as religiosa, já que alguns destes povos acreditavam
penas para cima. A época desse jogo obedece em que ao chutar uma bola, chutavam para longe os
parte as estações, é o jogo estacional da época do maus espíritos. O jogo era também executado como
inverno, que por outro lado coincide com a colheita forma de oferenda aos deuses em ocasiões de
do milho e festas juninas”. aflição, como no caso de doenças no grupo familiar.
Na campanha ainda é usada uma “bola” feita de
bexiga de porco inflada e entre crianças de famílias
de pouco poder aquisitivo a bola de meia supre a
falta do objeto adquirido em casas especializadas. É a
forma de lazer mais comum entre os meninos de
todas as idades e condições sócio-econômicas.
Cama de gato: Brincadeira infantil com um
barbante a que se atam as duas pontas e que
Jogo das pedrinhas ou Cinco marias: Joga-se
forma uma espécie de rede em que outra com cinco ou mais pedrinhas. Atira-se uma
criança deve tirar passando para suas próprias pedrinha para o ar e enquanto esta sobe e
mãos, formando rede diferente da anterior. É desce, apanham-se as outras, que estão
brincadeira universal sendo conhecida desde repousando e se juntam todas na mão
os tempos mais remotos em todos os atirando-se sucessivamente duas, três, quatro
continentes. Os povos mais primitivos usavam ao ar, apanhando-se as que restam. Perde
uma tira de fibra vegetal ou de couro e com
quem não conseguir reunir as pedrinhas. As
habilidade criavam figuras representativas de
combinações são variadas. Em Portugal este
seu dia-a-dia. Esta brincadeira é conhecida e
apreciada pelos descendentes dos índios jogo chama-se Bato. É o secular jogo de
Navajos do Arizona (Estados Unidos), onde é ossinhos, osseletes, astragalismo,
conhecido como “Cat's Cradle”. popularíssimo na Grécia e em Roma... Os
legionários romanos levaram o jogo dos
ossinhos por todos os recantos do império.
Aqui o conhecemos como cinco marias, e
Bilboquê: Brinquedo torneado de madeira,
aparece em pedrinhas ou em saquinhos de
de origem francesa. Existem várias formas:
tecido com enchimento de areia ou grãos de
de sino, de bola e de barrica. Dão amarrados
por um cordão a um bastonete pontudo na qualquer cereal. O desenvolvimento do jogo é
parte superior. O jogo consiste em muito semelhante ao descrito acima, mas aqui
impulsionar o bilboquê para cima, através joga-se somente com cinco pedrinhas, não
do bastonete, virando-o com a base para mais.
baixo e ao cair, encaixá-lo na parte pontuda
da mesma.
PIIB

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