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PORTUGUÊS
Folha de exercícios - Professor

Esta obra é protegida sob a Lei de Direitos


Autorais (Lei 9610/98), sendo expressamente
vedada a sua comercialização sem a prévia
autorização do Instituto Sonho Grande.

PORTUGUÊS
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MATERIAL COMPLEMENTAR
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Professor

Nota ao Professor
Olá Professor(a)!
Este material foi desenvolvido com o intuito de auxiliá-lo(a) no processo de aprendizagem dos estudantes do Ensino
Médio. Esta é a terceira de uma série de Materiais Complementares (MC) que tem como base diferentes gêneros
textuais. A partir deles, os alunos poderão desenvolver suas habilidades em leitura e interpretação de texto,
planejamento e produção textual, além de alguns aspectos gramaticais da língua. O material deve ser utilizado
como melhor convier dentro do seu planejamento, mas recomendamos que ele seja indicado sobretudo para os
alunos e alunas que possuam maiores defasagens.

NOTA: Professor, este material foi elaborado considerando o estudo prévio dos MCs nº. 1 e nº. 2 com os
estudantes. Isso porque ele contempla conteúdos como tipo e gêneros textuais, classes gramaticais e interpretação
de texto, os quais foram abordados nos MCs anteriores. Além disso, para responder às questões deste MC nº. 3,
exige-se o domínio de habilidades menos complexas que foram trabalhadas anteriormente.

Bom trabalho J

Unidades do Material
01 • Gênero Textual: Biografia 2 aula(s)

02 • Modos e Tempos Verbais 3 aula(s)

03 • Coerência Textual 2 aula(s)

04 • Coesão Textual 3 aula(s)

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1. Gênero Textual: Biografia
Verificando
Leia com atenção o texto e, a seguir, responda ao que se pede:

TEXTO 1

Carolina Maria de Jesus

Carolina Maria de Jesus nasceu em 14 de março de 1914, em Sacramento, estado de Minas


Gerais, cidade onde viveu sua infância e adolescência.

Quanto a sua escolaridade, em Sacramento, estudou em um colégio espírita, que tinha um


trabalho voltado às crianças pobres da cidade. Carolina estudou pouco mais de dois anos. Toda
sua leitura e escrita teve como base este pouco tempo de educação formal. Deixou os estudos,
mas nunca deixou de ler e escrever.

Mudou-se para São Paulo em 1947 e foi morar na extinta favela do Canindé, na zona norte
da cidade. Após não ter se adaptado ao trabalho como empregada doméstica, passou a
trabalhar como catadora de materiais recicláveis. Durante este tempo, guardava revistas e
cadernos que achava no lixo.

Mesmo diante todas as mazelas, perdas e discriminações que sofreu ao longo da vida, a
catadora de papel que se tornou escritora, revelou através de sua escrita a importância do
testemunho, como meio de denúncia da desigualdade social e do preconceito racial.

A obra mais conhecida da escritora, “Quarto de Despejo – Diário de uma favelada”, foi
organizada pelo jornalista Audálio Dantas e lançada em 1960. Inicialmente, a primeira tiragem
foi de dez mil exemplares, os quais se esgotaram na primeira semana.

Após 55 anos desde o lançamento do livro, ele já foi traduzido para 13 idiomas e vendido em
mais de 40 países. A obra é uma crônica da vida na favela do Canindé, no início da
“modernização” da capital paulista e do surgimento constante das periferias. A realidade cruel e
perversa até então pouco conhecida foi descrita com primor por Carolina. Essa literatura
documentária, pela narrativa feminina, em contestação, tal como foi conhecida e nomeada pelo
jornalismo de literatura de denúncia dos anos 50 e 60, é considerada uma obra atual, pois a
temática aborda problemas existentes até hoje nas grandes cidades.

Carolina sempre foi muito combativa, por isso era mal vista pelos políticos quando começou
a participar de eventos em função do sucesso de seu livro. A autora, com seu comportamento,
não agradou a elite financeira e política da época e acabou caindo no ostracismo, vivendo de
forma muito humilde até os momentos finais de sua vida.

Ela foi mãe de três filhos: João José de Jesus, José Carlos de Jesus e Vera Eunice de Jesus
Lima. Em 13 de fevereiro de 1977, faleceu aos 62 anos.

Adaptado de: http://www.palmares.gov.br/archives/40983

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1. O texto 1 pode ser considerado como:
a) Informativo
b) Dissertativo
c) Narrativo
d) Descritivo
e) Expositivo

2. Qual das características abaixo não está presente no texto lido?


a) Fatos da vida de uma pessoa.
b) Ordem cronológica.
c) Narração em terceira pessoa.
d) Verbos no pretérito.
e) Lição de moral.

3. O texto 1 faz parte do gênero textual biografia. Qual a finalidade do texto lido?
a) Convencer o leitor a gostar de uma personalidade.
b) Contar a história da vida de uma pessoa.
c) Comover os leitores a partir de fatos trágicos.
d) Exigir que todos tenham comportamentos semelhantes ao do personagem.
e) Conscientizar a população sobre a importância dos catadores de papel.

Gabarito: 1.C; 2.E; 3.B

Entendendo

Biografia

A biografia é um texto narrativo, no qual


também há marcas de jornalismo e história, pois,
para produzí-la, é necessário pesquisar
amplamente sobre a vida de quem se quer Fica a Dica:
escrever. Isso porque é um gênero em que as
informações devem ser fiéis à realidade. As Durante a vida escolar, é comum
biografias, em sua maioria, são elaboradas por que os professores peçam a vocês,
escritores, jornalistas e historiadores. alunos, que realizem pesquisas
sobre diversas personalidades.
Pesquisar a vida do autor de uma
Nesse sentido, as biografias contam histórias obra, por exemplo, pode ajudá-lo a
reais, organizadas a partir da pesquisa e seleção entender a obra em si. Por isso, é
muito importante saber selecionar
dos fatos relevantes da vida de uma pessoa, os fatos mais relevantes, organizá-
ordenados na sequência em que aconteceram ou los em ordem cronológica
divididos por temas e narradas em terceira pessoa. e estruturar um texto coeso.
Pelo fato de contar fatos já ocorridos, o tempo dos
verbos usualmente utilizado é o pretérito perfeito
ou imperfeito. Além disso, o texto contém diversos
marcadores temporais, que auxiliam o leitor na
compreensão do texto.

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Praticando
Agora, considerando o texto lido e as características do gênero textual biografia, responda as questões abaixo:
1. Descreva, com suas palavras, quem foi Carolina Maria de Jesus:

2. Após ler o texto, identifique palavras e expressões que indiquem o tempo em que ocorreram os fatos narrados.

3. Agora, construa uma linha do tempo organizando os fatos da vida de Carolina conforme foram descritos.

3.Resposta pessoal. Nesta questão é importante que os alunos selecionem alguns fatos e os organize em ordem cronológica.
“após”, “aos 62 anos”.
2.Muitas palavras indicam o tempo dos fatos, dentre elas datas, como “14 de março de 1914” e também expressões como “durante este tempo”, “inicialmente”,
se para São Paulo onde trabalhou como catadora de papel durante a maior parte de sua vida.
1.Carolina Maria de Jesus foi uma autora, cujo a principal obra se chama “Quarto de Despejo – Diário de uma favelada”. Ela nasceu em Minas Gerais, mas mudou-
Gabarito:

Fica a Dica:
Os marcadores temporais são palavras
pertencentes a diversas classes gramaticais
que, ao lado das datas e dos tempos verbais,
dão pistas sobre quando aconteceram os
eventos relatados nos textos.
Exemplos: ontem, hoje, amanhã, nunca,
sempre, às vezes, à noite, à tarde, enquanto
isso, logo que, durante, após.

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Biografia e Autobiografia

A biografia é um gênero textual no qual a vida de alguém é contada por um terceiro.


Já a autobiografia é um texto em que a própria pessoa conta sua história. Dessa forma, a
biografia deve ser escrita em terceira pessoa e a autobiografia em primeira pessoa.

Para Relembrar:
Ao estudar as classes gramaticais, você aprendeu que existem pronomes que são usados
para substituir os substantivos, chamados de pronomes pessoais. Essas palavras
distinguem as três pessoas que participam de uma situação comunicativa, quais sejam: a
primeira pessoa, a que fala, a segunda pessoa, com quem se fala e a terceira pessoa,
sobre quem se fala. Assim:

1ª pessoa: eu
SINGULAR 2ª pessoa: tu
3ª pessoa: ele ou ela

1ª pessoa: nós
PLURAL 2ª pessoa: vós
3ª pessoa: eles ou elas

1. Localize no texto, palavras que indiquem que a história foi narrada por uma pessoa diferente da personagem:

2.Identifique qual das frases abaixo poderia estar em uma autobiografia:


a)Vinicius de Moraes dedicou-se à poesia e à música popular brasileira.
b)Ele publicou obras que contemplam as paisagens do sertão.
c)Clarice Lispector era uma das figuras míticas do Brasil.
d)Foi a primeira voz feminina de grande expressão na literatura brasileira.
e)Claro que eu era religioso.

3.Os substantivos e os pronomes são palavras utilizadas para dar nomes ou substituí-los no texto, evitando a
repetição de termos. Encontre na biografia os substantivos e pronomes que foram utilizados para se referir a
Carolina Maria de Jesus.

4.Leia os enunciados abaixo e, a seguir, responda qual a diferença de sentido entre as duas frases.
-A autora escreveu oito livros.
-A autora escreveu oito livros incríveis.

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incríveis.
4. O primeiro trecho apenas descreve quantos livros foram escritos. Já no segundo trecho, há a expressão da opinião do autor, que afirma que os livros são
3. Os substantivos encontrados para substituir Carolina Maria de Jesus foram escritora, autora, catadora de papel, além do pronome ela.
2. E
exemplo, “a autora”.
1.Os verbos, que estão na terceira pessoa, como por exemplo: nasceu, estudou, mudou-se, revelou. O pronome pessoal “ela” e os substantivos, como por
Gabarito:

FATO X OPINIÃO
Reconhecer, no texto, os trechos indicam opinião do autor e os que relatam
um fato é essencial para a plena compreensão deste texto. Assim, o fato é o
que realmente aconteceu, já a opinião é uma interpretação dos fatos, na
qual se atribui um juízo de valor.
Na produção de uma biografia é importante lembrar que o texto deverá
relatar os fatos, evitando expressar opiniões sobre o biografado.

1. Escolha uma frase do texto e a reescreva utilizando palavras que expressem opinião.

2. Julgue os itens abaixo, atribuindo a letra F para fato e O para opinião:


( ) A vida de Carolina Maria de Jesus e de seus filhos foi muito dura.
( ) A obra mais conhecida da autora chama-se “Quarto de Despejo – Diário de uma favelada”.
( ) Os livros escritos por Carolina são comoventes.
( ) Carolina Maria de Jesus estudou por pouco mais de dois anos.
( ) Durante a maior parte de sua vida, Carolina foi catadora de papel. 2. O – F – O – F – F.
elite financeira (…)” – A brilhante autora, com seu comportamento, não agradou a arrogante elite financeira (…).
1.Qualquer frase pode ser utilizada desde que sejam inseridas palavras que expressem opinião. Exemplo: “A autora, com seu comportamento, não agradou a
Gabarito:

Para Ler
Melhor

A seguir, segue uma lista com sugestões de biografias que te ajudarão a desenvolver sua leitura e escrita, além
de aumentar seu conhecimento de mundo:

1. Título: Eu sou Malala


Autoras: Christina Lamb e Malala Yousafzai
Editora: Companhia das Letras

2. Título: Anne Frank – um biografia


Autora: Melissa Muller
Editora: Record

3. Título: Stephen Hawking – Aventuras de uma vida


Autora: Kitty Ferguson

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2. Modos e Tempos Verbais
Verificando

1. Assinale a alternativa em todos os verbos pertencem à mesma conjugação:


a) amar, correr, dormir.
b) abrir, dizer, dançar.
c) estudar, cantar, poder.
d) ter, vender, beber.
e) falar, ser, ir.

2. Leia as frases abaixo e marque aquela em que o fato narrado ocorreu no passado:
a) Os jovens são promissores e capazes de alcançar seus sonhos.
b) Os estudantes que se comprometeram, tiraram boas notas e ingressaram na universidade.
c) Todos os funcionários da escola contribuem na educação dos alunos.
d) O país precisa de pessoas envolvidas nas transformações sociais.
e) Nos muros da escola, os adolescentes deixam mensagens de otimismo.

3. Quais palavras lhe ajudaram a identificar o tempo das frases acima? Escreva-as abaixo:

“precisa”, “deixam”.
1.D; 2.B; 3.As palavras que ajudaram a identificar o tempo das frases foram os verbos, como “são”, “comprometeram”, “tiraram”, “ingressaram”, “contribuem”,
GABARITO:

Entendendo

Você já viu que os verbos são palavras que indicam ação, estado ou fenômeno meteorológico e que
podem sofrer variações de acordo com a pessoa, o modo, o tempo, o número e a voz, por isso dizemos que
a classe gramatical dos verbos é variável.
Além disso, também já vimos que existem verbos pertencentes à primeira (terminados em AR), segunda
(terminados em ER) e terceira (terminado em IR) conjugação. Quando terminam em AR, ER, IR ou OR,
dizemos que ele está no infinitivo.

Fique Atento!
Os verbos terminados em OR pertencem à 2ª conjugação, pois a forma original do verbo “pôr” é “poer”.
Assim, todos os demais verbos derivados do “pôr” (como compor, supor, repor) pertencem à 2ª conjugação.

Fica a Dica:
Os verbos apresentam pequenas unidades chamadas de
radical, tema e desinência. Vejam um exemplo:
EST – U – DAR
Radical: é a parte invariável.
Tema: é o radical seguido da vogal temática (a, e, i) que indica
a conjugação a que pertence o verbo. Desinência: indicam a
pessoa do discurso (1ª, 2ª ou 3ª), o número (singular ou plural),
o tempo e o modo do verbo.

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Praticando
1. Leia atentamente o poema de Carlos Drummond de Andrade e responda ao que se pede:

Ainda que mal


(Carlos Drummond de Andrade)
Ainda que mal pergunte,
ainda que mal respondas;
ainda que mal te entenda,
ainda que mal repitas;
ainda que mal insista,
ainda que mal desculpes;
ainda que mal me exprima,
ainda que mal me julgues;
ainda que mal me mostre,
ainda que mal me vejas;
ainda que mal te encare,
ainda que mal te furtes;
ainda que mal te siga,
ainda que mal te voltes;
ainda que mal te ame,
ainda que mal o saibas;
ainda que mal te agarre,
ainda que mal te mates;
ainda assim te pergunto
e me queimando em teu seio,
me salvo e me dano: amor.

2. Identifique os verbos presentes no texto. Qual é o infinitivo de cada um deles? Após indicar os verbos
no infinitivo, escolha cinco deles e indique qual é o radical.

encarar, furtar, seguir, voltar, amar, saber, agarrar, matar, perguntar, queimar, salvar, danar.
Gabarito: Todas as últimas palavras de cada verso são verbos. Perguntar, responder, entender, repetir, insistir, desculpar, exprimir, julgar, mostrar, ver,

Agora, vamos entender o que significa conjugar um verbo


e o que são verbos regulares e irregulares.

Fica a Dica:
O que é conjugação? Conjugação é a flexão
do verbo, isto é, o movimento do verbo para se
adequar às necessidades, seja de pessoa,
número, tempo, modo e voz. Ou seja, conjugar
um verbo nada mais é do que modificá-lo para
que ele se adeque a uma determinada frase.
Por isso dizemos que é a classe gramatical
em que ocorre o maior número de flexões.

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Observe a tabela a seguir e perceba que na conjugação dos verbos regulares a desinência se repete:

Veja o exemplo do verbo ESTUDAR (1ª conjugação):

INDICATIVO

Presente simples Pretérito perfeito Pretérito imperfeito


Eu estudo Eu estudei Eu estudava
Tu estudas Tu estudaste Tu estudavas
Ele estuda Ele estudou Ele estudava
Nós estudamos Nós estudamos Nós estudávamos
Vós estudais Vós estudastes Vós estudáveis
Eles estudam Eles estudaram Eles estudavam

Pretérito mais-que perfeito Futuro do presente Futuro do pretérito


Eu estudara Eu estudarei Eu estudaria
Tu estudaras Tu estudarás Tu estudarias
Ele estudara Ele estudará Ele estudaria
Nós estudáramos Nós estudaremos Nós estudaríamos
Vós estudáreis Vós estudareis Vós estudaríeis
Eles estudaram Eles estudarão Eles estudariam

SUBJUNTIVO

Pretérito imperfeito
Presente Futuro
Se eu estudasse
Que eu estude Quando eu estudar
Se tu estudasses
Que tu estudes Quando tu estudares
Se ele estudasse
Que ele estude Quando ele estudar
Se nós estudássemos
Que nós estudemos Quando nós estudarmos
Se vós estudásseis
Que vós estudeis Quando vós estudardes
Se eles estudassem
Que eles estudem Quando eles estudarem

IMPERATIVO

Imperativo positivo Imperativo negativo


estuda tu não estudes tu
estude você não estude você
estudemos nós não estudemos nós
estudai vós não estudeis vós
estudem vocês não estudem vocês

VERBOS REGULARES E IRREGULARES

Dessa forma, chamamos de verbos regulares todos aqueles que mantêm o mesmo radical independente da
conjugação. Não obstante, existem também os verbos irregulares em que o radical se modifica na conjugação
verbal.

Agora que você já sabe identificar os verbos em uma frase, qual a função esta classe gramatical
desempenha e o que são verbos regulares e irregulares, responda às questões abaixo:

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Praticando
1. Considerando o que você já aprendeu, cite quatro exemplos de verbos regulares e quatro de verbos irregulares:

2. Complete os espaços em branco empregando o verbo entre parênteses no presente do indicativo


a) Eu não tenho certeza se neste espaço. (caber)
b) Os jovens sempre _______________ em grupos. (vir)
c) Nunca o que dizem. A qualidade do som é muito ruim. (ouvir)
d) Pode deixar que eu _______________ os materiais necessários. (trazer)
2. a) caibo; b)vêm; c)ouço; d)trago
regulares: caminhar, descansar, viver, dividir. Exemplos de verbos irregulares: caber, trazer, ver, ir.
Gabarito: 1. Existem muitas possibilidades de respostas. O ideal é que o aluno cite exemplos além dos que já apareceram na unidade. Alguns exemplos de verbos

CONJUGAÇÃO NOS TEMPOS E MODOS VERBAIS

Nesta unidade, o foco é compreender o que são verbos regulares e irregulares, além de entender como os
verbos flexionam em tempo e modo. Observe a tabela para entender as diferenças entre os modos verbais:

Modo indicativo: indica certeza, forte


Ex.: Os jovens estudam todos os dias.
possibilidade de concretização.

Modo subjuntivo: indica incerteza, Ex.: Espero que os jovens estudem


hipótese de acontecimento. todos os dias.

Modo imperativo: indica ordem, pedido,


Ex.: Jovens, estudem todos os dias!
conselho.

O tempo verbal, por sua vez, indica se a ação já aconteceu, está acontecendo no momento da fala ou ainda irá
acontecer. Essencialmente, são três tempos: passado ou pretérito, presente e futuro.
Um verbo irregular apresenta alterações no radical ou nas desinências ao ser conjugado, veja o exemplo do
verbo TRAZER:

MODO INDICATIVO
Presente simples: Eu trago
Tu trazes
Ele traz
Nós trazemos
Vós trazeis
Eles trazem

Pretérito perfeito: Eu trouxe


Tu trouxeste
Ele trouxe
Nós trouxemos
Vós trouxestes
Eles trouxeram

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Pretérito imperfeito: Eu trazia
Tu trazias
Ele trazia
Nós trazíamos
Vós trazíeis
Eles traziam
Pretérito mais-que-perfeito: Eu trouxera
Tu trouxeras
Ele trouxera
Nós trouxéramos
Vós trouxéreis
Eles trouxeram
Futuro do presente: Eu trarei
Tu trarás
Ele trará
Nós traremos
Vós trareis
Eles trarão
Futuro do pretérito: Eu traria
Tu trarias
Ele traria
Nós traríamos
Vós traríeis
Eles trariam

MODO SUBJUNTIVO

Que eu traga
Que tu tragas
Que ele traga
Presente do subjuntivo:
Que nós tragamos
Que vós tragais
Que eles tragam

Se eu trouxesse
Se tu trouxesses
Pretérito imperfeito do Se ele trouxesse
subjuntivo: Se nós trouxéssemos
Se vós trouxésseis
Se eles trouxessem

Quando eu trouxer
Quando tu trouxeres
Quando ele trouxer
Futuro do subjuntivo:
Quando nós trouxerdes
Quando vós trouxerdes
Quando eles trouxerem

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MODO IMPERATIVO
PODE OCORRER NA FORMA AFIRMATIVA E NEGATIVA.

Imperativo afirmativo: --
traz tu
traga você
tragamos nós
trazei vós
tragam vocês

Imperativo negativo: --
não tragas tu
não traga você
não tragamos nós
não tragais você
não tragam vocês

Observe, agora, a conjugação do verbo SER, que é um verbo anômalo, ou


seja, não segue nenhum padrão ao ser conjugado:

MODO INDICATIVO
Presente simples: Eu sou
Tu és
Ele é
Nós somos
Vós sois
Eles são
Pretérito perfeito: Eu fui
Tu foste
Ele foi
Nós fomos
Vós fostes
Eles foram
Pretérito imperfeito: Eu era
Tu eras
Ele era
Nós éramos
Vós éreis
Eles eram
Pretérito mais-que-perfeito: Eu fora
Tu foras
Ele fora
Nós fôramos
Vós fôreis
Eles foram
Futuro do presente: Eu serei
Tu serás
Ele será
Nós seremos
Vós sereis
Eles serão
Futuro do pretérito: Eu seria
Tu serias
Ele seria
Nós seríamos
Vós seríeis
Eles seriam

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MODO SUBJUNTIVO
Presente do subjuntivo: Que eu seja
Que tu sejas
Que ele seja
Que nós sejamos
Que vós sejais
Que eles sejam
Pretérito imperfeito do Se eu fosse
subjuntivo: Se tu fosses
Se ele fosse
Se nós fôssemos
Se vós fôsseis
Se eles fossem

Futuro do subjuntivo: Quando eu for


Quando tu fores
Quando ele for
Quando nós formos
Quando vós fordes
Quando eles forem

MODO IMPERATIVO
PODE OCORRER NA FORMA AFIRMATIVA E NEGATIVA.

Imperativo afirmativo: --
sê tu
seja você
sejamos nós
sede vós
sejam vocês
Imperativo negativo: --
não sejas tu
não seja você
não sejamos nós
não sejais você
não sejam vocês

Assim, por existirem muitas formas diferentes de conjugar um verbo, sendo esta a classe gramatical em que
mais flexões são possíveis, é necessário pesquisar e praticar constantemente. Por isso, sempre que tiver dúvidas
sobre a forma correta, busque ajuda dos (as) professores (as) ou mesmo na Internet. Para entender melhor, resolva os
exercícios abaixo.

Praticando

1. Escreva, com suas palavras, o que é conjugação verbal.

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2. Adeque as seguintes frases utilizando o presente simples, o pretérito perfeito e futuro do presente do
indicativo, conforme o exemplo:
Exemplo:
- As notas são um reflexo do esforço de Simone.
- As notas foram um reflexo do esforço de Simone.
- As notas serão um reflexo do esforço de Simone.

a) Lavínia faz tudo pelos amigos.

b) Kleber vai ao cinema.

c) Você sempre diz a verdade?

3. Classifique as frases abaixo conforme o modo verbal empregado:


a) Talvez eu vá ao espetáculo de dança. ___________________________
b) Ontem, finalizei um excelente livro que estava lendo. ___________________________
c) Não espere o dia perfeito chegar! ___________________________
d) Seria ótimo se os estudantes participassem do campeonato. ___________________________
e) Seja o primeiro a se inscrever! ___________________________
f) Nós temos aula de violão na quinta-feira. ___________________________

4. Leia as frases a seguir e relacione com o sentido produzido. Assinale com a letra correspondente:
a) Eles amavam as aulas de leitura.
b) Nós amaríamos se fossemos convidados para contar nossa experiência.
c) Todos os adolescentes amam essa nova música.
d) Eu amara a professora de ciências, lamentei que ela saiu.
e) Eles amarão a Feira do Conhecimento.
f) Ela amou quando a família veio à escola.

( ) Ação que acontece no momento da fala.


( ) Ação que ocorreu e concluiu-se no passado.
( ) Ação que ocorreu passado, mas que não foi completamente concluída.
( ) Ação ocorrida antes de outra no passado.
( ) Ação que ocorrerá em momento posterior ao presente.
( ) Ação futura em relação a outra, já passada.

4. C – F – A – D – E – B

f) Modo indicativo
e) Modo imperativo
d) Modo subjuntivo
c) Modo imperativo
b) Modo indicativo
3. a) Modo subjuntivo

verdade?
) Você sempre disse a verdade? Você sempre dirá a
3.b) Kleber foi ao cinema. Kleber irá ao cinema.
amigos.
2.a) Lavínia fez tudo pelos amigos. Lavínia fará tudo pelos
1.Conjugação verbal é flexionar o verbo para que este se adeque à pessoa, ao número, ao tempo, ao modo e a voz, produzindo uma mensagem coesa.

Gabarito:

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Desafio!
Agora que você praticou o conteúdo resolvendo os exercícios acima, tente responder essas questões que
foram cobradas em vestibulares importantes do país:

1. (FUVEST) - Assinale a alternativa em que uma forma verbal foi empregada incorretamente:

a) O superior interveio na discussão, evitando a briga.


b) Se a testemunha depor favoravelmente, o réu será absolvido.
c) Quando eu reouver o dinheiro, pagarei a dívida.
d) Quando você vier a Campinas, ficará extasiado.
e) Ele trará o filho, se vier a São Paulo.

2. (PUC-SP) "Com o último trompejo do berrante, engarrafam no curral da estrada-de-ferro o rebanho"


(Guimarães Rosa). A forma verbal engarrafam se encontra no tempo:

a) presente do subjuntivo
b) imperfeito do indicativo
c) pretérito perfeito do indicativo
d) presente do indicativo
e) imperativo afirmativo

3. (PUC-RJ) Indique a série que corresponde às formas verbais apropriadas para os enunciados abaixo:
a) As diferenças existentes entre homens e mulheres ___________ ser um fato indiscutível. (1. parece 2.
parecem)
b) Alguns cientistas, desenvolvendo uma nova pesquisa sobre a estrutura do cérebro, os efeitos dos
hormônios e a psicologia infantil, ___________ que as diferenças entre homens e mulheres não se
devem apenas à educação. (3. propõe 4. propõem)
c) ________ diferenças cerebrais condicionadoras das aptidões tidas como tipicamente masculinas ou
femininas. (5. Haveria 6. Haveriam)
d) ________ ainda pesquisadores que consideram os machos mais agressivos, em virtude de sua constituição
hormonal. (7. Existe 8. Existem)
e) Como sempre, discute-se se é a força da Biologia, ou meramente a Educação, que ________ sobre o
comportamento humano. (9. predomina 10. predominam)
A alternativa que corresponde à série acima é:
a) 2,4,5,8,9
b) 1,4,6,8,9
c) 2,4,6,7,10
d) 2,3,5,8,10
e) 2,4,6,7,9

4. (UFF-RJ) Assinale a série em que estão devidamente classificadas as formas verbais em


destaque: “Ao chegar da fazenda, espero que já tenha terminado a festa.”
a) futuro do subjuntivo, pretérito perfeito do indicativo
b) infinitivo, presente do subjuntivo
c) futuro do subjuntivo, presente do subjuntivo
d) infinitivo, pretérito imperfeito do subjuntivo
e) infinitivo, pretérito perfeito do subjuntivo

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5. (UFSCAR) Indique a alternativa que completa corretamente as lacunas das frases:

I - Se nos ....... a fazer um esforço conjunto, teremos um país sério.


II - ....... o televisor ligado, para te informares dos últimos acontecimentos.
III - Não havia programa que ....... o povo, após o último noticiário.

a) propormos - Mantenha - entretesse


b) propusermos - Mantém - entretesse
c) propormos - Mantém - entretivesse
d) propormos - Mantém - entretesse
e) propusermos - Mantém – entretivesse

6. (MACK) Assinale a alternativa que completa corretamente a seguinte frase:


"Quando .......... mais aperfeiçoado, o computador certamente .......... um eficiente meio de controle de
toda a vida social."
a) estivesse - será
b) estiver - seria
c) esteja - era
d) estivesse - era
e) estiver - será

1.B; 2.D; 3.A; 4.B; 5.E; 6.E


Gabarito:

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3. Coerência Textual
Verificando
1. Qual das frases abaixo contêm uma incoerência textual:

a) Não estudou nada, portanto não passou na prova.


b) O gato pegou 3 ratos: dois à noite e um na madrugada.
c) Comprou um sorvete grátis por 2 reais.
d) Jogaram futebol até tarde.

2. A alternativa que melhor caracteriza o conceito de coerência textual é:


a) Chamamos de coerência textual as ideias de um texto que possuem relação entre si. Ou seja, o texto
possui sentido completo.
b) É apenas a forma como escrevemos um texto, não precisando ter sentido completo.
c) O princípio da tautologia é aquele que podemos colocar ideias opostas no texto.
d) Na coerência textual não precisamos nos preocupar com as pontuações ou conectivos.

3. Qual das frases abaixo é a única que está coerente.


a) Minha mãe subiu para cima gritando.
b) Estava frio e chovendo, eu fui à praia pegar sol. Menino, entra para dentro!
c) Vamos ao cinema hoje?
1. C; 2. A; 3. D
Gabarito:

Entendendo

COERÊNCIA TEXTUAL
O que é isso?
Observe o exemplo abaixo:

(Fonte: Google – Imagens)

1. A frase no anúncio acima faz sentido para você?


2. Como um restaurante pode estar aberto todos os dias, apesar de ninguém
trabalhar na terça-feira? Os funcionários descansam trabalhando?
3. O correto seria a placa informar que o restaurante abre todos os dias,
menos na terça-feira.

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Quando queremos explicar uma ideia, seja na forma escrita ou falada, é necessário elaborar uma sequência
de palavras ou informações que façam sentido. No português essa ordem é chamada de: coerência.

Neste material complementar, vamos abordar a coerência textual, que como vimos acima é a ordem das ideias,
mas agora, de modo especial, no texto.

ALGUNS EXEMPLOS:
Bom dia,
Imagine que ao acordar de
manhã, você encontre um Hoje o céu esta azul, o sol está forte
bilhete do seu irmão colado anunciando uma forte chuva.
na porta da geladeira com
Leve o guarda-chuva!
a seguinte mensagem:

Após a leitura, provavelmente você pensa: Fui à praia me bronzear


porque estava nevando.
Como vai chover, se o céu está azul com um sol Quando isso ocorre, o
forte? O céu que anuncia forte chuva não pode ser calor aumenta me
azul e ensolarado. Deveria ser cinza, com nuvens fazendo sentir frio.
escuras.

Durante o caminho para escola, você escuta duas


amigas conversando:

Provavelmente você pensa que o a frase dita pela menina está completamente confusa. Como ir à praia se
estava nevando?

Portanto, os exemplos acima nos mostram textos que não possuem coerência.

CARACTERIZANDO A COERÊNCIA TEXTUAL:


Todas as vezes que vamos escrever um texto para alguém, seja através do Facebook, WhatsApp ou um
simples bilhete, devemos lembrar que não basta escrevermos várias palavras juntas. Para termos um texto, as
palavras precisam fazer sentido, transmitir uma mensagem.

A conexão entre as ideias de um texto é o que chamamos de COERÊNCIA TEXTUAL.

Para entendermos melhor a coerência textual devemos levar em consideração os seus três princípios básicos:
1– Princípio da não contradição: em um texto as ideias não podem estar diferentes umas das outras, ou
seja, não pode existir contradição. Veja a seguir:

Michael Jackson já morreu e continua a escrever músicas maravilhosas!

Essa frase é incoerente, pois quem está morto não escreve.


2– Princípio da não tautologia: tautologia é o que chamamos de vício de linguagem em Português, ou
seja, é quando repetimos a mesma ideia usando palavras diferentes. Veja a seguir:

Bruna Marquezine atua muito bem. Ela é uma boa atriz.

Essa frase é incoerente, pois atriz é quem atua.

Outros exemplos:
Subir para cima
Entrar para dentro

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Descer para baixo
Sair para fora

3 – Princípio da relevância: ocorre quando partes do texto falam de assuntos diferentes, que não tem relação
entre si.
Veja a seguir:
Gosto muito desta atriz, pois o futebol é a minha paixão!

Essa frase é incoerente, pois não existe relação entre a atriz e o futebol.

Agora é a sua vez!


Após ter lido o conteúdo acima, refletido e tirado as dúvidas com o(a) professor(a), responda:

a)Escreva, com suas palavras, o que é coerência textual:

b)Cite um exemplo que contenha o princípio da não contradição:

c)Na frase: “Escuto muitas músicas do MC Kevinho, pois amo jogar vôlei”. Qual é o princípio de coerência que
está sendo empregado de forma errada?

c)O princípio da relevância.


b)Maria estava lavando a roupa quando cheguei, mas já tinha lavado a roupa.
a)É a forma como as ideias do texto se relacionam.

Gabarito:

Praticando
1.Leia o texto a seguir:

A força inesperada
Sempre às segundas-feiras uma menina bem magrinha vendia balas na porta do metrô Maracanã, no Rio de
Janeiro. Ela não conseguia ficar de pé por muito tempo e por várias vezes ficava ofertando os pacotes de bala,
sentada no primeiro degrau da escada. Em uma segunda-feira chuvosa, uma senhora que aparentava ter 75
anos escorregou na entrada do metrô em uma poça de água da chuva. A menina rapidamente se levantou
e colocou a senhora no colo, levando-a para área médica do metrô, pois a senhora estava com um ferimento
grande na cabeça.
a) Quais são as características da menina?

b) O que acontece na segunda-feira chuvosa?

c) Em sua opinião esse texto é coerente ou incoerente? Justifique a sua resposta.

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2. Assinale a ordem que completa corretamente o quadrinho abaixo, para que tenhamos um texto coerente.

I – Para ela abrir, você tem que girar a tampa. II – Olá, me dá um refrigerante por favor?
III. – “Abri...Abri...Abri...Abri!”
IV. – Droga, esta tampa não quer abrir!

a) IV, III, I, II
b) III, II, IV, I
c) II, IV, I, III
d) II, I, III, IV

3. Classifique os exemplos abaixo, de acordo com os princípios de coerência que eles estão desobedecendo:

a) O Palmeiras não jogou bem contra o Corinthians. A vitória palmeirense foi espetacular merece elogios de
todos os torcedores.

b) A menina entrou para dentro.

c) Paulo Coelho é um grande escritor, eu amo futebol.

4. Reescreva os trechos abaixo, tornando-os coerentes:


a) O hambúrguer comeu o menino.

b) Cheguei atrasado, mas em cima do horário.

c) As janelas da casa foram pintadas de azul, mas os pedreiros estão almoçando.

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5. Qual seria a incoerência no texto abaixo?

“Notamos que um dos principais problemas do nosso país é não termos dinheiro para a saúde
pública. O governo fez o que prometeu: realizou várias melhorias nos hospitais públicos, fazendo
com que vários pacientes que esperavam por atendimento pudessem ser
atendidos com qualidade.”

(Jornal do Agora – 09/04/2018)

Se o Governo não tem dinheiro para investir em saúde, não haveria como realizar as melhorias citadas. 5.
c) As janelas da casa foram pintadas de azul, antes dos pedreiros almoçarem.
b) Cheguei em cima do horário, mas não atrasado.
a) O menino comeu o hambúrguer. 4.
c) Princípio da relevância.
b) Princípio da não tautologia.
3. a) Princípio da não contradição.
2. C
c) Incoerente. Como descrito no texto a menina é muito magra, não consegue ficar de pé. Como ela conseguiria carregar a senhora no colo?
b) Ela leva no colo a senhora de idade que escorregou na poça d’água.
1. a) A menina é bem magra e vende balas no metrô.
Gabarito:

PARA ESCREVER MELHOR:

A coerência também está relacionada aos conhecimentos prévios do leitor, por exemplo, o
texto pode estar adequado quanto à linguagem, quanto ao gênero, as ideias podem estar
harmônicas, mas se o produtor do texto traz alguma informação contrária à lógica conhecida
pelo leitor, haverá incoerência. Imagine alguém escrevendo um texto sobre suas férias de
verão no Nordeste e dizendo que lá nevou muito, por isso não pôde aproveitar as praias ou
que, ao mergulhar nas piscinas naturais, viu um peixe que morreu afogado. Ora, todos sabem
que não há neve no Nordeste e que os peixes foram criados para viver na água, logo, não
morrem afogados. É importante, então, prestar atenção às afirmações para ver se são lógicas,
para que o texto não se torne incoerente.

Fonte: https://alunosonline.uol.com.br/portugues/coerencia--textual.html

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Desafio!

Agora que você praticou o conteúdo resolvendo os exercícios acima, tente responder essas questões que
foram cobradas em vestibulares importantes do país:

1. (UDESC 2008) - Identifique a ordem em que os períodos devem aparecer, para que constituam um
texto coeso e coerente. (Texto de Marcelo Marthe: Tatuagem com bobagem. Veja, 05 mar. 2008, p. 86.)

I.- Elas não são mais feitas em locais precários, e sim em grandes estúdios onde há cuidado com a higiene.
II.- As técnicas se refinaram: há mais cores disponíveis, os pigmentos são de melhor qualidade e
ferramentas como o laser tornaram bem mais simples apagar uma tatuagem que já não se quer mais.
III. - Vão longe, enfim, os tempos em que o conceito de tatuagem se resumia à velha âncora de marinheiro.
IV.- Nos últimos dez ou quinze anos, fazer uma tatuagem deixou de ser símbolo de rebeldia de um estilo de
vida marginal.

Assinale a alternativa que contém a sequência correta, em que os períodos devem aparecer.
a) II, I, III, IV
b) IV, II, III, I
c) IV, I, II, III
d) III, I, IV, II

2. (UFPR 2010) - Entrou em vigor a lei que converte em presunção de paternidade a recusa dos
homens em fazer teste de DNA. Assinale a alternativa cujo texto pode ser concluído coerentemente
com essa afirmação.

a) Sara Mendes deu início a um processo na justiça, para que Tiago Costa assuma a paternidade de seu
filho Cássio. Tiago não fez o exame de DNA, mas assume como muito provável ser ele o pai do menino.
Cássio alega que o exame não é conclusivo, pois entrou em vigor a lei que converte em presunção de
paternidade a recusa dos homens em fazer teste de DNA.
b) Adriano é um rapaz muito presunçoso e não admite que lhe cobrem nada. A namorada lhe pediu um
exame de DNA, para esclarecer a paternidade de Amanda, sua filha. Adriano disse que não faria o
exame. A namorada disse que toda essa presunção serviria para o juiz atestar a paternidade, pois entrou
em vigor a lei que converte em presunção de paternidade a recusa dos homens em fazer teste de DNA.
c) Carlos de Almeida responde processo na justiça por não querer reconhecer como seu o filho de Diana
Santos, sua ex-namorada. Carlos se recusou a fazer o exame de DNA, o que permite ao juiz lavrar a
sentença que o indica como pai da criança, porque entrou em vigor a lei que converte em presunção de
paternidade a recusa dos homens em fazer teste de DNA.
d) Alessandro presume que Caio seja seu filho. Sugeriu a Telma um exame de DNA. Telma disse não ser
necessário, pois entrou em vigor a lei que converte em presunção de paternidade a recusa dos homens
em fazer teste de DNA.

3. (Enem 2012 - Segundo Dia) - Lugar de mulher também é na oficina. Pelo menos nas oficinas dos
cursos da área automotiva fornecidos pela Prefeitura, a presença feminina tem aumentado ano a ano.
De cinco mulheres matriculadas em 2005, a quantidade saltou para 79 alunas inscritas neste ano nos
cursos de mecânica automotiva, eletricidade veicular, injeção eletrônica, repintura e funilaria. A
presença feminina nos cursos automotivos da Prefeitura – que são gratuitos – cresceu 1.480% nos
últimos sete anos e tem aumentado ano a ano.
Disponível em: www.correiodeuberlandia.com.br. Acesso em: 27 fev. 2012 (adaptado).
Na produção de um texto, são feitas escolhas referentes a sua estrutura, que possibilitam inferir o
objetivo do autor.

Nesse sentido, no trecho apresentado, o enunciado “Lugar de mulher também é na oficina” corrobora o
objetivo textual de:

a) demonstrar que a situação das mulheres mudou na sociedade contemporânea.


b) defender a participação da mulher na sociedade atual.
c) comparar esse enunciado com outro: “lugar de mulher é na cozinha”.
d) criticar a presença de mulheres nas oficinas dos cursos da área automotiva.

1.C; 2. C; 3. A
Gabarito:

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4. Coesão Textual
Verificando
Antes de começarmos a trabalhar o conceito de coesão textual é importante relembrarmos alguns
conteúdos para melhor compreensão.

1 . Leia o trecho abaixo:


Como prevenir a dengue?

A melhor forma de se evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a
criação do mosquito transmissor da doença. Para isso, é importante não acumular água em latas,
embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de
flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros.
Disponível em: < http://www.dengue.org.br>.

O texto acima tem o objetivo de:


a) entreter
b) divulgar
c) emocionar
d) orientar

2 . Assinale a parte do texto cujo termo em destaque funciona como conjunção aditiva:

a) Quando estão com dor, os animais não choram nem gritam.


b) Por exemplo: Sarampo, Tuberculose, Dengue...
c) Fomos ao shopping e ao cinema.
d) Ganhei um tênis novo, mas não coube.

3. Leia a tirinha abaixo:

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No trecho "Caso a vassoura não preste, ela poderá ter outras utilidades", a palavra sublinhada refere-se à:
a) altura do voo.
b) bengala da bruxa.
c) bruxa machucada.
d) vassoura mágica.
1. D; 2. A e C; 3. D
Gabarito:

Para Relembrar:
Observe a oração abaixo:
Luís enfrentou o trânsito e perdeu o início da aula.

Nesse exemplo nós temos duas orações, a saber:


Luís enfrentou
o trânsito
Para ligarmos essas duas orações precisamos utilizar uma conjunção.

Perdeu o início
da aula

No caso acima, a conjunção escolhida foi o “e”, pois ele indica ideia de adição, além de também
apresentar a ideia de consequência, já que: Luís enfrentou o trânsito, por isso perdeu o início da aula.

Mas, o que é conjunção?


São as palavras que ligam os termos entre duas ou mais orações.

ALGUNS EXEMPLOS:

1 - Comprei e entreguei flores para minha namorada.

A vogal “e” está funcionando como a palavra que liga as duas orações. O sentido principal é a de informar a
soma de duas ações: comprar e entregar.

2 - Gustavo gosta de estudar, mas não quer fazer prova.

A palavra, “mas” está funcionando para ligar as duas orações. O sentido principal é a de informar algo contrário,
inverso, ou seja, revelar o que realmente Gustavo gosta e citar o que ela não gosta.

OS TIPOS DE CONJUNÇÕES:

No estudo da nossa língua, temos dois tipos principais de conjunções, a saber:


1 - Conjunções Coordenadas são as que ligam as orações coordenadas. Estas orações não dependem
sintaticamente das outras. Elas ligam, também, termos que têm a mesma função gramatical.

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São divididas em cinco tipos:
Classificação Explicação Conjunções Exemplos

e, nem, mas também, como também


Aditivas Indicam soma, adição Milene estuda e trabalha.
etc.

Indicam oposição ou contraste Não estudou para prova, mas tirou


Adversativas mas, porém, todavia, contudo etc.
de pensamentos boa nota.

Indicam alternância de pensamento


Alternativas ou...ou, ora...ora,quer...quer etc. Ou você joga bola, ou solta pipa.
ou exclusão

Estudou muito, portanto passou


Conclusivas Indicam conclusão de um pensamento logo, portanto, por isso, assim etc.
no vestibular.

Explicativas Indicam razão, motivo e explicação que, porque, pois etc. Não foi à festa, porque esqueceu o dia.

2 - As conjunções subordinativas são aquelas que ligam duas orações sintaticamente dependentes. Ou seja,
uma oração não existe sem a outra. Nesse tipo de oração é importante analisarmos o contexto, para
entendermos qual é a relação que a conjunção está expressando.

Circunstâncias Explicação Conjunção Subordinativa Exemplos

Introduzem orações subordinadas que Como, Já que, Porque, Pois, Que, Visto
Causais Não fui à praia porque choveu.
exprimem causa. que.

Assim como, Como se, Do que,


Introduzem orações subordinadas que Quanto, Que como, Que nem, Tanto Eu entendo mais de matemática,
Compartivas
exprimem ideia de comparação. como, Tanto quanto, Tão...como, Tal do que meu irmão.
como, Tal qual.

Introduzem orações subordinadas que Ainda que, Apesar de que, Conquanto,


Vou ao shopping, embora
Concessivas exprimem fato contrário ao que se encontra Embora, Mesmo que, Por mais que,
esteja sem dinheiro.
na oração principal. Posto que, Se bem que.

Introduzem orações subordinadas que


A menos que, A não ser que, Caso,
exprimem condição, hipótese ou suposição Se receber meu salário, irei ao
Condicionais Contanto que, Desde que, Salvo se, Se,
para que anunciado na principal, seja cinema.
Sem que.
realizado.

Introduzem orações subordinadas que, em Cada um colhe conforme


Conformidades Como, Conforme, Consoante, Segundo.
relação à principal, exprimem ideia de semeia.
concordância, conformidade.

Introduzem orações subordinadas que


Consecutivas expressam consequências, efeitos do que é De forma que, De jeito que, De modo Sua fome era tanta que
anunciado na oração principal. que, De sorte que, Que, Sem que. comeu com casca e tudo.

Introduzem orações subordinadas que Estamos aqui para que ele


Finais A fim de que, Para que, Porque, Que.
indicam uma finalidade. fique tranquilo.

Integrantes Servem para introduzir orações subordinadas Que, Se Quero que você volte agora!
cuja função seja substantiva.

À medida que, À proporção que, Ao


passo que, Quanto mais... (mais),
Introduzem orações subordinadas que Quanto mais trabalho, menos
Proporcionais Quanto menos... (menos), Quanto
revelam simultaneidade. recebo.
menos... (mais), Quanto menos...
(menos).
Agora que, Antes que, Assim que,
Introduzem orações subordinadas que Depois que, Desde que, Enquanto, Quando as férias chegarem,
Temporais
expressam ideia de tempo. Logo que, Mal Quando, Sempre viajaremos.
que,Todas as vezes que.

Praticando
1. Qual é o efeito de sentido das conjunções sublinhadas?
a) Meu pai conversava e eu ficava ouvindo.
b) Errou, mas não quis se desculpar.
c) Não corra, pois temos muito tempo.
a) Você presenciou a cena, portanto pode explicar tudo.
b) Se dedicou, por isso tirou nota máxima.

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2 . Assinale a alternativa em que existe uma conjunção:

a) Era um avião de papel.


b) Vi a bicicleta da Marta.
c) Estava lendo o jornal.
d) Viu e comprou aquele sapato.

3. Complete as lacunas do texto abaixo com as conjunções adequadas:

Recentemente, outra vítima, um jovem com apenas 19 anos, tombou diante de um brutal assassinato cometido por um
“menor” que iria completar 18 anos três dias depois do crime. Compartilho a dor desses pais que irão enterrar um filho,
um medo que carrego comigo, como pai, diante desse clima de violência social, ___________ (contudo – portanto –
porque) acredito que os mais jovens devem suceder os mais velhos na existência. Admito que, diante de uma notícia
desse naipe, leio o estritamente necessário, _________ (já que – ainda que – como) faz aflorar meus instintos mais
primitivos...

______________(por isso – entretanto – assim como), instigado por um erudito leitor que gentilmente
me solicitou uma opinião sobre o assunto, lanço aqui algumas reflexões. E que cada um faça seu exame de consciência
depois. Para a turma “bem pensante”, digo que um menor desajustado socialmente não é um potencial revolucionário
em fase embrionária ou um fruto da árvore podre de nossas culpas pela omissão social das famílias desses “menores”: é
uma pessoa que nasceu e cresceu num ambiente predisponente, mas não determinante, ao crime.

André Fernandes.
Extraído de: (http://correio.rac.com.br/_conteudo/2013/04/colunistas/andre_fernandes/51758-maioridade- penal-
reduzir-resolve.html)

Porque/ Já que/ Entretanto 3.


D 2.
e) conclusão
d) conclusão
c) explicação
b) oposição
a) adição 1.

Gabarito:

COESÃO TEXTUAL
O que é isso?
EXEMPLO 1:
Observe a canção abaixo:

Não tem mais jeito


Acabou, boa sorte
Não tenho o que dizer
São só palavras
E o que eu sinto
Não mudará”

(Música: Good Luck – Vanessa da Mata)

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Você consegue reparar algo de errado com essa composição?
É interessante notar que conseguimos compreender a mensagem da canção. Ou seja, entendemos que
provavelmente o relacionamento das pessoas envolvidas chegou ao fim, mas o eu lírico ainda está apaixonado
(a). Mas, se pensarmos na estrutura do texto podemos observar que o mesmo está sem coesão.

Afinal, o que é coesão?


Coesão textual é a estrutura necessária para que um texto seja compreendido pelos leitores. As frases precisam
estar conectadas, assim como os parágrafos. Os elementos como as preposições, conjunções, pronomes,
advérbios e locuções adverbiais fazem com que o texto tenha uma melhor articulação das ideias.

Voltemos ao nosso exemplo:

Para que a canção da Vanessa da Mata seja coesa, ela deveria ter os chamados conectivos.
Veja abaixo como ficaria:

Se é só isso então não tem mais jeito por isso acabou


desejo – lhe boa sorte e não se preocupe

Não tem nada o que dizer, isso são só palavras, mas saiba que
o que eu sinto por você não mudará”

EXEMPLO 2:
Leia as duas frases no quadro abaixo:

Ontem procurei Márcia. Não encontrei Márcia.

Qual é a relação de sentido entre as frases?


Como possíveis respostas teríamos: causa, tempo, modo, lugar, adição, oposição, explicação...
Quando fui procurar Márcia, a minha intenção era encontrá-la. Mas aconteceu o oposto, ou seja, eu não encontrei
a Márcia.

Como resposta à relação de sentido entre as frases, eu deveria responder: oposição.


Na nossa revisão, na primeira parte dessa aula vimos as CONJUNÇÕES. São elas as principais responsáveis por
ligar as orações.

Como ficaria o exemplo anterior se usássemos a conjunção?


Ontem procurei Márcia, mas não encontrei Márcia.

Qual é o problema com essas orações? Existe algo que ainda pode ser melhorado?
Sim! Precisamos evitar as repetições de palavras nas orações.

Continuando em nosso exemplo:


O substantivo próprio “Márcia” está aparecendo duas vezes no período.

A coesão textual tem dois objetivos claros, sendo eles: estabelecer ligações
entre as frases e evitar a repetição de palavras.

Para retirarmos essa palavra teremos que substituí-la por um pronome oblíquo. Veja como fica:

Ontem procurei Márcia, mas não a encontrei.

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CARACTERIZANDO A COESÃO TEXTUAL:
Todas as vezes que escrevemos um texto para alguém, seja através de uma carta, bilhete, redes sociais
entre outros gêneros, devemos lembrar que não basta apenas colocarmos palavras no papel. O receptor da
mensagem deve ser capaz de entender plenamente o que queremos dizer.
A conexão entre as palavras e parágrafos de um texto é o que chamamos de COESÃO
TEXTUAL.
Existem três elementos que garantem a coesão em um texto:

1. Coesão por referência: algumas palavras desempenham a função de fazer referência, ou seja, citar,
são elas:
- pronomes oblíquos: me, te, se, vos, o, a, lhe...
- pronomes pessoais: eu, tu, ele, me, te, os...
- pronomes possessivos: meu, teu, seu, nosso...
- pronomes demonstrativos: este, esse, aquele...
- pronomes indefinidos: algum, nenhum, todo...
- pronomes relativos: que, o qual, onde...
- advérbios de lugar: aqui, aí, lá, abaixo, acima, adentro, adiante, afora, além...

Alguns exemplos:
Bruno comprou um carro novo. Ele ainda não o dirigiu.
Observe: para não repetirmos as palavras Bruno e carro, podemos substituí-los pelos pronomes: pessoais
e oblíquos. A Joana mudou de curso. Os pais apoiaram-na nessa sua decisão e estão ao lado dela
incondicionalmente.
Observe: para não repetirmos a palavra Joana mais de uma vez, podemos substituí-la por um pronome
possessivo (dela) e pelo pronome oblíquo (na).

2.Coesão por substituição: substituição de um nome (pessoa, objeto, lugar etc.), verbos, períodos ou
trechos do texto por uma palavra ou expressão que tenha sentido próximo, evitando a repetição no
corpo do texto.

Alguns exemplos:
Cristiano Ronaldo pode ser substituído por “CR7”.
Adriano (jogador) pode ser substituído por “imperador”. São Paulo pode ser substituída por “a capital da garoa”.
Cristiano Ronaldo é o principal jogador da década. O CR7 é principal artilheiro do Real Madrid.
Adriano foi o principal nome do hexacampeonato do Flamengo. O imperador marcou 19 gols na temporada.
Em São Paulo chove todo dia. Na capital da garoa é difícil um dia de sol.
Observe: utilizamos esses períodos para não repetirmos as palavras anteriores, como:
Cristiano Ronaldo, Adriano e São Paulo.

3.Coesão por palavras de transição: reconhecemos as palavras de transição como sendo àquelas que
estabelecem a ligação entre os parágrafos, frases e orações. Ou seja, são as palavras que respondem
pela coesão no texto. Veja os exemplos abaixo:
a) Palavras de transição para introdução ou começo de oração – inicialmente, primeiramente, antes de tudo,
desde já...

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b) Palavras de transição para continuação de uma oração – além disso, do mesmo modo, ainda por cima,
bem como...
c) Palavras de transição para conclusão de um pensamento – enfim, dessa forma, em suma, nesse sentido,
portanto...
d) Palavras de transição para indicar passagem de tempo – logo após, ocasionalmente, posteriormente,
atualmente...
e) Palavras de transição para indicar semelhança ou conformidade – igualmente, segundo, conforme, assim
também, de acordo com...
f) Palavras de transição para indicar causa ou consequência – assim, por isso, em virtude de...
g) Palavras de transição para indicar exemplificação ou esclarecimento – então, ou seja, por exemplo, isto é,
quer dizer, em outras palavras...

Alguns exemplos:
1 – Está chovendo muito, por isso comprei um guarda-chuva.

Indica causa ou consequência

2 – Os alunos e alunas tiraram excelentes notas em Português. Além disso, organizaram um grupo de estudos.

Indica continuação

3 – Primeiramente, eu gostaria de pedir desculpas pela minha atitude. Não vou repetir mais esse ato.

Indica introdução ou começo

4 – Praticar atividades físicas faz muito bem para nossa saúde. Dessa forma, nós devemos participar das aulas
de Educação Física.
Indica conclusão

Agora é a sua vez!

Após ter lido o conteúdo acima, refletido e tirado as dúvidas com o(a) professor(a), responda:

1. Escreva, com suas palavras, o que é coesão textual:

2. Manuela e Helena são amigas há cinco anos. Manuela e Helena estudam juntas. Nesse exemplo, como
podemos reescrever a segunda oração retirando os elementos repetidos?

3. Gostaria de ir ao cinema. Estou sem dinheiro. Nesse exemplo, como podemos ligar as duas orações?

3. Utilizando os elementos de coesão que indicam oposição (mas, porém, todavia...). Gostaria de ir aocinema, mas estou sem dinheiro.
2. Manuela e Helena são amigas há cinco anos. Elas estudam juntas.
1. É quando o texto consegue ser fácil de ler, pois as orações e parágrafos estão ligados de forma correta e sem repetições.

Gabarito:

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Praticando
1. Estas questões apresentam problemas de coesão por não apresentarem os conectivos, isto é, as
palavras que estabelecem a conexão entre as orações. Preencha as lacunas com os conectivos
que considerar adequados:

a) Em Brasília quase não está chovendo, ______________ o ideal é que se economize água.
b) As pessoas caminham pelas ruas, amedrontadas, ________________ não cobram mais policiamento.
c) O jogo entre Brasil e Rússia poderá ser adiado, _________________ o estádio não está pronto.
d) Devemos sempre pregar a paz. ________________ nos ensinou Jesus.

2. Reescreva as orações, para que se evite a falta de coesão e coerência:

a) celular / em casa / O / mas / não / conseguiu / atender. / estava

b) trocou / Gabriel / Ele / moto. / a / precisava / trabalhar. / voltar / de

c) passou / de / Estudou / portanto / ano.

d) pedido / da / o / professora / Conforme / eu / dever / casa. / de / fiz / o

3. Indique as relações semânticas estabelecidas pelos conectivos em destaque:

I. Como a chuva estava muito forte, não foi possível continuar o show.
II. Eu não consegui apresentar o trabalho porque estava muito nervosa!
III. Estava doente, mas foi trabalhar.
IV. Os brasileiros são tão trabalhadores quanto os norte-americanos.

a) causa, causa, oposição, comparação.


b) comparação, condição, oposição, tempo.
c) causa, causa, oposição, condição.
d) finalidade, comparação, condição, causa.

3 .A

d) Conforme o pedido da professora, eu fiz o dever de casa.


c) Estudou, portanto passou de ano.
b) Gabriel trocou de moto. Ele precisava voltar a trabalhar.
2. a) O celular estava em casa, mas não conseguiu atender.

d) Conforme, segundo, igualmente...


c) porque, pois...
b) mas, porém, todavia...
a) mas, porém, todavia...
1.
Gabarito:

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A DIFERENÇA ENTRE COERÊNCIA E COESÃO:
A coesão textual está sempre ligada a estrutura do texto, ou seja, é a parte que liga os elementos do
texto (orações, parágrafos...). A coerência está diretamente ligada a exposição das ideias que os
candidatos já trazem consigo para ser desenvolvida no texto.

Desafio!
Agora que você praticou o conteúdo resolvendo os exercícios acima, tente responder essas questões que foram
cobradas em vestibulares importantes do país:

1 - (Fac. Israelita de Ciências da S. Albert Einstein SP/2017):

TEXTO:

Violência à saúde
Mauro Gomes Aranha de
Lima Jornal do Cremesp,
agosto de 2016

O aumento da violência contra médicos e enfermeiros finalmente passou a ser encarado como questão de Estado.
Graças às denúncias do Cremesp [Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo] e do Coren-SP
[Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo], a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP)
mantém agora um grupo de trabalho que se debruça na busca de soluções para o problema.

Em recente reunião, o secretário adjunto da SSP-SP, Sérgio Sobrane, comprometeu-se a tomar providências. A
Secretaria de Saúde (SES-SP) também participou dos debates que culminaram com proposta do Cremesp e do
Coren de um protocolo para orientar profissionais da Saúde a lidar com situações em que o usuário/familiar se
mostre agressivo ou ameaçador.

Simultaneamente, a SSP-SP preparará um piloto de intervenção baseado em registros de ameaças ou de


truculência na Capital. Se bem-sucedido, será multiplicado ao restante do Estado.

São medidas oportunas e as levaremos em frente. Contudo, tal empenho não será o bastante. A violência emerge
de raízes profundas: governos negligenciam a saúde dos cidadãos, motivo pelo qual a rede pública padece de
graves problemas no acesso ou continuidade da atenção; hospitais sucateados e sob o contingenciamento de
leitos e serviços; postos de saúde e Estratégia Saúde da Família com equipes incompletas para a efetivação de
metas integrativas biopsicossociais.

O brasileiro é contribuinte assíduo e pontual, arca com uma das mais altas tributações do mundo, e, em demandas
por saúde, o que recebe é o caos e a indiferença.

Resignam-se, muitos. Todavia, há os que não suportam a indignidade. Sentem-se humilhados. Reagem, exaltam-
se. Eis que chegamos ao extremo. Em pesquisa encomendada pelo Cremesp, em 2015, com amostra de 617
médicos, 64% tomaram conhecimento ou foram vítimas de violência. Ouvimos também os pacientes: 41% dos
entrevistados atribuíram a razão das agressões a problemas como demora para serem atendidos, estresse, muitos
pacientes para poucos médicos, consultas rápidas e superficiais.

Ser médico é condição e escolha. Escolhemos a compreensão científica do mecanismo humano, revertida em
benefício do ser que sofre. Vocação, chamado, desafio, e o apelo da dor em outrem, a nos exigirem fôlego,
serenidade e dedicação. Estamos todos, médicos e pacientes, em situação. Há que se cultivar entre nós uma
cultura de paz. E um compromisso mútuo de tarefas mínimas.

Aos pacientes, cabe-lhes o cultivo de uma percepção mais refletida de que, em meio à precariedade posta por
governos cínicos, o Estado não é o médico. Este é apenas o servidor visível, por detrás do qual está aquele que se
omite.

Aos médicos, a compreensão de que os pacientes, além de suas enfermidades, sofrem injustiças e
agravos sociais.

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A tolerância não é exatamente um dom, uma graça, ou natural pendor. É esforço deliberado, marco estrutural do
processo civilizador.

Tarefas e esforços compartilhados: a solução da violência está mais dentro do que fora de nós.
In: Jornal do Cremesp. Órgão Oficial do Conselho
Regional de Medicina do Estado de São Paulo. No 339,
agosto 2016. [Adaptado]

No oitavo parágrafo, o pronome “lhes”:

a) retoma informação já apresentada, dando-lhe um valor enfático.


b) refere-se a profissionais da saúde, pois esse é o tema do texto.
c) antecipa a informação nova que está no parágrafo subsequente.
d) introduz informação nova relacionada ao tema do texto.
2 – (ENEM – 2012) - A marcha galopante das tecnologias teve por primeiro resultado multiplicar em
enormes proporções tanto a massa das notícias que circulam quanto as ocasiões de sermos solicitados
por elas. Os profissionais têm tendência a considerar esta inflação como automaticamente favorável ao
público, pois dela tiram proveito e tornam-se obcecados pela imagem liberal do grande mercado em que
cada um, dotado de luzes por definição iguais, pode fazer sua escolha em toda liberdade. Isso jamais foi
realizado e tende a nunca ser. Na verdade, os leitores, ouvintes, telespectadores, mesmo se se
abandonam a sua bulimia1, não são realmente nutridos por esta indigesta sopa de informações e sua
busca finaliza em frustração. Cada vez mais frequentemente, até eles ressentem esse bombardeio de
riquezas falsas como agressivo e se refugiam na resistência a toda ou qualquer informação.

O verdadeiro problema das sociedades pós-industriais não é a penúria2, mas a abundância. As


sociedades modernas têm a sua disposição muito mais do que necessitam em objetos, informações e
contatos. Ou, mais exatamente, disso resulta uma desarmonia entre uma oferta, não excessiva, mas
incoerente, e uma demanda que, confusamente, exige uma escolha muito mais rápida a absorver. Por
isso os órgãos de informação devem escolher, uma vez que o homem contemporâneo apressado,
estressado, desorientado busca uma linha diretriz, uma classificação mais clara, um condensado do que
é realmente importante.

1: fome excessiva, desejo


descontrolado. 2: miséria, pobreza
VOYENNE, B. Informação hoje. Lisboa: Armand Colin, 1975
(adaptado).

Com o uso das novas tecnologias, os domínios midiáticos obtiveram um avanço maior e uma presença mais
atuante junto ao público, marcada ora pela quase simultaneidade das informações, ora pelo uso abundante de
imagens. A relação entre as necessidades da sociedade moderna e a oferta de informação, segundo o texto, é
desarmônica, porque:

a) o jornalista seleciona as informações mais importantes antes de publicá-las.


b) o ser humano precisa de muito mais conhecimento do que a tecnologia pode dar.
c) o problema da sociedade moderna é a abundância de informações e de liberdade de escolha.
d) a oferta é incoerente com o tempo que as pessoas têm para digerir a quantidade de informação disponível.
e) a utilização dos meios de informação acontece de maneira desorganizada e sem controle efetivo.

3 – (ENEM – 2012)
As palavras e as expressões são
mediadoras dos sentidos
produzidos nos textos. Na fala de
Hagar, a expressão “é como se”
ajuda a conduzir o conteúdo
enunciado para o campo da:

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a) conformidade, pois as condições meteorológicas evidenciam um acontecimento ruim.
b) reflexibilidade, pois o personagem se refere aos tubarões usando um pronome reflexivo.
c) condicionalidade, pois a atenção dos personagens é a condição necessária para a sua sobrevivência.
d) possibilidade, pois a proximidade dos tubarões leva à suposição do perigo iminente para os homens.
e) impessoalidade, pois o personagem usa a terceira pessoa para expressar o distanciamento dos fatos.

4 - (ENEM – 2014) - Há qualquer coisa de especial nisso de botar a cara na janela em crônica de jornal ‒
eu não fazia isso há muitos anos, enquanto me escondia em poesia e ficção. Crônica algumas vezes
também é feita, intencionalmente, para provocar. Além do mais, em certos dias mesmo o escritor mais
escolado não está lá grande coisa. Tem os que mostram sua cara escrevendo para reclamar: moderna
demais, antiquada demais.

Alguns discorrem sobre o assunto, e é gostoso compartilhar ideias. Há os textos que parecem passar
despercebidos, outros rendem um montão de recados: “Você escreveu exatamente o que eu sinto”,
“Isso é exatamente o que falo com meus pacientes”, “É isso que digo para meus pais”, “Comentei
com minha namorada”. Os estímulos são valiosos para quem nesses tempos andava meio assim: é
como me botarem no colo ‒também eu preciso. Na verdade, nunca fui tão posta no colo por leitores
como na janela do jornal. De modo que está sendo ótima, essa brincadeira séria, com alguns textos
que iam acabar neste livro, outros espalhados por aí. Porque eu levo a sério ser sério… mesmo
quando parece que estou brincando: essa é uma das maravilhas de escrever. Como escrevi há muitos
anos e continua sendo a minha verdade: palavras são meu jeito mais secreto de calar.

LUFT, L. Pensar é transgredir. Rio de janeiro: Record, 2004.

Os textos fazem uso constante de recurso que permitem a articulação entre suas partes. Quanto à construção
do fragmento, o elemento

a) “nisso” introduz o fragmento “botar a cara na janela em crônica de jornal”.


b) “assim” é uma paráfrase de “é como me botarem no colo”.
c) “isso” remete a “escondia em poesia e ficção”.
d) “alguns” antecipa a informação “É isso que digo para meus pais”.
e) “essa” recupera a informação anterior “janela do jornal”.

5 - (ENEM – 2010) - Os filhos de Anna eram bons, uma coisa verdadeira e sumarenta. Cresciam,
tomavam banho, exigiam para si, malcriados, instantes cada vez mais completos. A cozinha era enfim
espaçosa, o fogão enguiçado dava estouros. O calor era forte no apartamento que estavam aos
poucos pagando. Mas o vento batendo nas cortinas que ela mesma cortara lembrava-lhe que se
quisesse podia parar e enxugar a testa, olhando o calmo horizonte. Como um lavrador. Ela plantara as
sementes que tinha na mão, não outras, mas essas apenas.

LISPECTOR, C. Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

A autora emprega por duas vezes o conectivo mas no fragmento apresentado. Observando aspectos da
organização, estruturação e funcionalidade dos elementos que articulam o texto, o conectivo mas

a) expressa o mesmo conteúdo nas duas situações em que aparece no texto.


b) quebra a fluidez do texto e prejudica a compreensão, se usado no início da frase.
c) ocupa posição fixa, sendo inadequado seu uso na abertura da frase.
d) contém uma ideia de sequência temporal que direciona a conclusão do leitor.
e) assume funções discursivas distintas nos dois contextos de uso.

1.A; 2.D; 3.D; 4.A; 5.E


Gabarito:

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