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Keilyanne Araújo e Patrícia Mesquita

Técnicas de currículo, formação e


avaliação da aprendizagem
DRE – Guaraí - (063) 3464 8004
MÓDULO 1 – VARIAÇÃO LINGUÍSTICA – FUNDAMENTOS

MÓDULO 1
Habilidade Específica

(EMIFLGG01) Investigar e analisar a organização, o funcionamento e/ou os efeitos de sentido de


enunciados e discursos materializados nas diversas línguas e linguagens (imagens estáticas e em
movimento; música; linguagens corporais e do movimento, entre outras), situando-os no contexto de um
ou mais campos de atuação social e considerando dados e informações disponíveis em diferentes mídias.

(EMIFLGG02) Levantar e testar hipóteses sobre a organização, o funcionamento e/ou os efeitos de


sentido de enunciados e discursos materializados nas diversas línguas e linguagens (imagens estáticas e
em movimento; música; linguagens corporais e do movimento, entre outras), situando-os no contexto de
um ou mais campos de atuação social e utilizando procedimentos e linguagens adequados à investigação
científica.

(EMIFLGG03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória,
de campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre português brasileiro, língua(s) e/
ou linguagem(ns) específicas, visando fundamentar reflexões e hipóteses sobre a organização, o
funcionamento e/ou os efeitos de sentido de enunciados e discursos materializados nas diversas línguas
e linguagens imagens estáticas e em movimento; música; linguagens corporais e do movimento, entre
outras), identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o
cuidado de citar as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o
uso de diferentes mídias.

Unidade Curricular

UC 1-Variações e variedades linguísticas.

UC 2-A riqueza da Língua: formas e usos

Objetos de Conhecimento

Variação geográfica ou diatópica

Variação histórica ou diacrônica Variação social ou diastrática

O emprego da Linguagem formal, Linguagem Informal

O emprego da gíria ou jargão

Variação situacional ou diafásica

A variação fonológica em dialetos do Português do Brasil.

A variação morfossintática em dialetos do Português do Brasil.

Língua e dialeto
Leituras de obras literárias clássicas ou contemporâneas com a temática “diversidade da língua”

Curadoria de informação

Apreciação e réplica

Sugestões Pedagógicas

VARIAÇÃO GEOGRÁFICA OU DIATÓPICA

https://image.slidesharecdn.com/variaolingustica-161206160619/95/variao-lingustica-1-
638.jpg?cb=1481045357.

Em um país tão múltiplo como o nosso


Brasil, seria impossível todos os
habitantes usarem a língua da mesma
forma, com o mesmo sotaque e o
mesmo vocabulário?

É importante refletirmos sobre essas


questões, e, assim, construirmos
muitos saberes.

(Disponível em https://static.preparaenem.com/conteudo_legenda/por-ser-um-pais-dimensoes-
continentais-brasil-possui-ampla-diversidade-linguistica-5c6c0ad7690a8.jpg .Acesso em 27/11/2021)
A variação linguística é um fenômeno natural que ocorre pela diversificação dos sistemas de uma língua
em relação às possibilidades de mudança de seus elementos (vocabulário, pronúncia, morfologia,
sintaxe). Ela existe porque as línguas possuem a característica de serem dinâmicas e sensíveis a fatores
como a região geográfica, o sexo, a idade, a classe social do falante e o grau de formalidade do contexto
da comunicação.
Assim, toda variação linguística é adequada para atender às necessidades comunicativas e cognitivas
do falante.
Um dos gêneros textuais em que é possível encontrarmos, de modo abrangente, a variação linguística
e seus efeitos de sentido é a tirinha, observe:

(Disponível em: https://s3.amazonaws.com/qcon-assets-


production/images/provas/50138/681e0e6479dd959559b6.png . Aecsso em 03/12/2021)

A tira de jornal ou tirinha, como é mais conhecida, é um gênero textual que surgiu nos Estados Unidos
devido à falta de espaço nos jornais para a publicação de passatempos. Tem espaço garantido nos jornais,
revistas, livros didáticos e nas redes sociais. O nome "tirinha" remete ao formato do texto, que parece
um "recorte" de jornal. No Brasil, um dos pioneiros na criação e publicação de tiras foi Maurício de Sousa,
que criou inúmeros personagens, a exemplo da “Turma da Mônica”. Esse gênero textual apresenta
geralmente uma temática humorística, contudo, não é raro encontramos tirinhas satíricas, de cunho
social ou político.

Pergunta norteadora:

Como os usos da língua se dão em diferentes


contextos e regiões?
Copiem essa pergunta para juntos
construirmos essa resposta.

Na aula de hoje, estudaremos sobre as diferentes variações ocorridas nos usos da língua, refletindo sobre
a identidade dos usuários e os efeitos de sentido na construção do textos. Trataremos ainda do
preconceito linguístico e nas formas de combatê-lo.
Para início de conversa, imagine-se numa roda de conversa de brasileiros sobre um mesmo tema, com
participantes de diferentes sexos, idades, regiões, escolaridade, profissões e graus socioeconômicos.
Como você supõe que seriam os usos que eles/elas fariam da língua? Seriam iguais? Seria possível a
uniformidade de usos entre todos os participantes?

Conversa à brasileira
Professor: Pessoal, o que vocês acham da empatia? Leciono Português e gostaria de tratar disso aqui, fora
da sala de aula.

Porteiro aposentado: não sei o que é... Já estudei, foi pouco meu estudo...

Nordestina, de 40 anos: é uma virtude arretada! O que você diz, filho?!

Adolescente (menino): Mamãe, a profa ontem falou sobre isso, mas eu não tava ligado, daí... Não sei... Que
mico, oxe!!!

Nesse mesmo instante, surge um senhor de meia idade que se propõe a responder, dizendo:

— Fai um tempinho que estou aqui só iscutando vocêis, moro na zona rurá e lá essa palavra é outra coisa. É
sê bem alegre!

O professor interrompe, em tom calmo:

— Não, senhor, creio que está confundindo empatia com “simpatia”. No caso, o senhor definiu simpatia. Por
sinal, de modo acertado. Ser simpático é isso mesmo, ser alegre! Parabéns!

Adolescente (menina): Eu acho que, como moro em São Paulo, mas também é Brasil, “empatia”, pelo que li
em vários livros e vi em diversos programas de tv, além de blogs dos professores da minha escola, trata-se
de “ficar um pouco no lugar do outro, sentir o que o outro sente”. Mano, as pessoas da minha capital são
empáticas e também simpáticas (risos)!

— Mas em Belo Horizonte também é isso em todo o estado e capital — Disse apressadamente a jornalista
mineira.
Eis que surge uma jovem estudante pernambucana e acrescenta:

— Oxente, meu povo todos têm um pouco de razão... A nordestina quando falô ser uma virtude; o
senhor quando confundiu, mas em parte acertou, porque quem usa da empatia, se torna alegre mesmo;
a menina de São Paulo deu o significado do dicionário, confirmado pela jornalista mineira. E o professor
acertou em puxar um papo tão importante para todos, numa simples conversa entre amigos. Pra falar
a verdade, todas essas falas misturadas (mixturadas) mostraram o quanto a língua varia, num mesmo
país. Pensar nisso é uma forma de aceitação do jeito diferente de todos falarem a língua portuguesa ou
brasileira, sem julgamentos. Tô certa, professor(a)?!

(autoria: Enilda Cabral Barreto Ramos)


Está certíssima, cara jovem pernambucana!
Façamos agora uma análise identitária dos participantes da conversa lida:

1. Professor de Português; 2. Porteiro aposentado; 3. Nordestina, de


40 anos;
4. Adolescente (menino); 5. Senhor de meia idade; 6. Adolescente
(menina);
7. Jornalista mineira; 8. Jovem estudante pernambucana.

Para ilustrar nossa aula, poderíamos representar o texto


“Conversa à brasileira” a partir da figura abaixo, veja:
Suponha que nessa roda se É importante interagir
encontram aqueles com pessoas de
participantes do texto lido, outras regiões, idades
além de outros recém- e profissões, assim,
chegados. passamos a conhecer
identidades diversas.
Imagine quantos sotaques
diferentes podem aparecer...
Imagine-se nesse meio e como seria bom
conversar com pessoas diferentes.

Quando falamos, nos identificamos e facilmente revelamos nossa região, sexo, idade, grau
de escolaridade, profissão, entre outros. Isso acontece porque o uso da língua identifica seu
falante.
Veja como acontece a variação linguística atrelada aos aspectos identitários dos falantes,
assim como os efeitos de sentido na construção dos textos abaixo:

Tema da conversa: calor

Aqui faz um calor arretado!


Estou com o calor da menopausa!
Os termômetros estão
superiores a 40 graus! Doutor, Sinto um forno
no meu corpo!
Haverá aumento das ondas de calor
na região norte!

Como podemos identificar cada falante tendo como base suas falas?

Para identificarmos os falantes, devemos levar em conta o que foi dito, a forma como foi dito e
o vocabulário utilizado e, assim, teremos as melhores pistas para conhecermos os possíveis
usuários da língua, além do efeito de sentido construído em cada uma de suas falas.

Consideremos, pois, cada um dos textos abaixo.

Possivelmente dita por uma pessoa do nordeste, pelo uso do vocábulo


“Aqui faz um calor arretado!” “arretado”, usado no sentido de “muito intenso”.

“Doutor, sinto um forno no meu corpo!” Possivelmente, trata-se de uma pessoa idosa, por estar em uma
consulta e comparar o calor a um “forno”, vocábulo de seu uso
“Estou com o calor da menopausa!” cotidiano. Usado no sentido de “igual a um forno”, “muito quente”.

Pelo uso do vocábulo “menopausa”, associado ao tema calor, a


expressão possivelmente se enquadra na fala de uma pessoa do sexo
feminino. Essa, por sua vez, sente ondas de calor ocorridas durante
essa fase da vida de muitas mulheres.

O uso do vocábulo “termômetro”, “superiores” e “40 graus”


remete a uma pessoa que frequenta ou que tenha frequentado a
“Os termômetros estão superiores a 40 graus!” escola. Tratam-se de vocábulos mais formais, presentes nos livros.
A ideia foi de falar do calor atribuído a dados físicos elevados.
“Haverá aumento das ondas de calor na região
norte!” A fala nos remete a alguém que faz a previsão do tempo
(Meteorologista), devido ao uso característico de vocábulos
típicos da profissão, bem como o uso do verbo no futuro (Haverá),
e a identificação específica de uma região brasileira (região norte).
Tipos de variações linguísticas

1. Variação geográfica ou diatópica


Está relacionada com o local em que é desenvolvida, tal como as variações entre o português do
Brasil e o de Portugal, chamadas de “regionalismo”. Nesse tipo de variação, é possível identificar
a região geográfica do falante. Vejamos o exemplo abaixo:

Na tirinha ao lado, observamos


Chico Bento reclamar à professora
por sua nota não ser igual à do seu
primo Zé Lelé. Ele faz uso da
linguagem típica da sua região
rural

Para melhor compreensão, segue outro exemplo de variação regional

O que você vê na imagem?

macaxeira – mandioca – aipim – maniva

A sua resposta certamente dependerá do seu lugar de origem, ou seja, no Nordeste chama-se
macaxeira; nos estados de Minas Gerais, São Paulo, no Norte do Paraná, nas regiões Norte e
Centro-Oeste é conhecida como mandioca; pessoas do Rio de Janeiro e do Espírito Santo falam
aipim. No Nordeste e Norte do país, a palavra mandioca é um tipo de raiz sem fim alimentício
(mandioca brava), e o seu caule é conhecido por maniva. A planta vai continuar sendo a mesma,
mas os usos linguísticos são diferenciados a depender da região, além disso, o sentido dependerá
do contexto de fala de cada usuário.

2. Variação histórica ou diacrônica


Ela ocorre com o desenvolvimento da história, tal como o português medieval e o atual. É
possível identificar esse tipo de variação no uso das palavras que pessoas com mais idade
utilizam, o que pode ser considerado um vocabulário em desuso por pessoas de menos idade.
Veja o exemplo da tirinha abaixo.

Na imagem apresentada acima, podemos observar que se trata de uma pequena conversa entre
a neta e seu avô. Ela o elogia usando o vocábulo “simpático”, logo em seguida também o chama
de “antiquado”. Ele quis saber a origem das ideias da neta e a tratou por “vossa mercê”, antigo
pronome, atualmente conhecido como “você”. No texto lido, percebe-se um certo “conflito” no
uso da linguagem, que foi modificada no tempo.

3. Variação social ou diastrática


É percebida segundo os grupos (ou classes) sociais envolvidos, tal como uma conversa entre
um médico e seu paciente. Um exemplo desse tipo de variação são os socioletos.

Na tirinha acima, o aspecto identitário dos participantes da conversa é mostrado pelas imagens
visuais (o médico – roupa e sapatos brancos, sentado de frente para o paciente. Este último, de
roupa lilás, com semblante assustado ao ouvir a leitura do laudo feita pelo médico), bem como
pelos usos da linguagem verbal da parte do médico (linguagem técnica) e de espanto por parte
do paciente. A leitura nos permite compreender a variação linguística por grupos de classes
sociais diferentes.
4. Variação situacional ou diafásica
Ocorre de acordo com o contexto e com as situações formais e informais. As gírias são
expressões populares utilizadas por determinado grupo social.

O exemplo apresenta um mesmo personagem em duas situações distintas: no escritório falando com o
chefe e na praia falando com os amigos. Na primeira aparição, o homem faz uso da linguagem mais
monitorada, formal; na segunda, é possível perceber o uso da língua informal, marcada pela presença
de gírias “brother” e beleza”. A variação linguística ocorreu conforme o contexto situacional do
falante.

O EMPREGO DA LINGUAGEM FORMAL E INFORMAL

Linguagem formal
A linguagem formal também é chamada de linguagem culta. Essa linguagem é aplicada quando
não existe familiaridade entre os interlocutores da comunicação ou em momentos que
requerem mais respeitabilidade. Pelo seu uso, o falante é identificado como pessoa culta ou
letrada.

Características da linguagem formal:


Segue rigorosamente as regras da gramática;
A pronúncia das palavras é feita de modo rígido e com vocabulário dicionarizado.
Linguagem informal
A linguagem informal também é classificada como linguagem coloquial. Essa linguagem é
aplicada quando os interlocutores são amigos ou familiares, e estão em momentos de
descontração.
Características da linguagem informal:
Não se preocupa com o uso dicionarizado das normas gramaticais;
Utiliza vocabulário simples, expressões populares e coloquialismos;
Há presença de gírias, gestos e palavras inventadas;
Aplicação de palavras abreviadas ou contraídas, como “cê”, “pra”, “tá”, “tbm”, “dps”, “tlg”, entre
outros;
Está sujeita a mudanças regionais, culturais e sociais.

Usos das linguagens formal e informal

Em rodas de conversas, há possibilidades de ocorrer os usos formal e informal da língua. A


depender de quem fala, para quem se fala, em quais circunstâncias e com qual objetivo são
expressas as falas, sendo assim a variação linguística é praticamente incontrolável. Quando
estamos em situações formais, como em um congresso, ou proferindo um discurso de
formatura, diante de pessoas de alta escolaridade, o padrão formal é adequado, porém, quando
estamos em casa e na companhia de pessoas próximas, como familiares e amigos, a variedade
empregada é a informal. Soaria estranho e fora de contexto o filho, diante dos seus pais, dirigir-
se a eles fazendo uso da variedade padrão da língua.

Segundo o gramático Evanildo Bechara, todo falante deve ser poliglota na própria língua.
Mas o que isso quer dizer?

“Ser poliglota na própria língua” é saber dominar a língua de acordo com a situação vivenciada
e com os participantes comunicativos. É essencial o domínio da norma culta para uma
participação social de modo mais efetivo, porém é importante saber utilizá-la nas ocasiões
adequadas, e, se possível, saber alterná-la com a linguagem coloquial, quando necessário.
Ter esse conhecimento e essas habilidades possibilitará ao falante “transitar” de modo
significativo nas diversas situações comunicativas. Isso também o ajudará a não ser
preconceituoso quando alguém usar a língua de modo variado.
A esse respeito, cabe ressaltar que o preconceito linguístico precisa ser urgentemente banido
de nossas escolas, ruas, vizinhança, enfim, de toda a sociedade. Ele, como tantos outros
preconceitos, somente afasta as pessoas do nosso convívio social. Assim, ser mais um/uma nesse
combate tornou-se imperativo na atualidade.

Orientações:
• Comece a aula perguntando aos alunos: Em quais situações vocês falariam inteiramente “à
vontade” (português informal)? Em quais teriam mais cuidado, escolhendo as palavras e
refletindo mais sobre a impressão que irão causar (português formal)? Para ajudá-los a
refletir, leia as situações projetadas no slide ou escritas no quadro.
• Converse sobre os recursos linguísticos mobilizados em cada situação. É importante os
alunos perceberem que cada variedade é legítima, pois é eficiente nas situações em que é
usada.
• Explique que a linguagem com certo grau de formalidade é chamada variedade culta. Essa
variedade linguística é a que se aprende na escola. O uso da língua não padrão (informal) em
situações formais é considerado inadequado, pois a norma culta é a esperada nessas
ocasiões.
• Ao final da conversa, diga aos alunos que irá desafiá-los a escrever dois textos: um em
português informal e outro em português formal.
Desenvolvimento

Orientações
• Proponha aos alunos escreverem dois textos: um WhatsApp para colegas e uma carta ao
diretor da escola. Leia o texto projetado no slide para contextualizar a proposta.
• Antes de os alunos iniciarem a produção, converse com eles sobre a situação comunicativa:
• Quem é o enunciador?
• Quem é o destinatário?
• Quais são os objetivos do enunciador?
• Qual é o lugar físico ou virtual em que o texto será veiculado?
• Qual o registro a ser empregado? Mais formal ou informal?
• Esclareça as dúvidas que surgirem durante a produção.

Fechamento

Orientações:
• Convide alguns dos alunos a lerem em voz alta suas produções.
• Proponha que a turma, durante a leitura do colega, anote algumas evidências do uso do
português informal e do formal.
• Para ambas as situações, é necessário escolher a linguagem adequada. Isso pode incluir, no
caso do WhatsApp, fazer uso de emoji, por exemplo.
• Se achar necessário, recolha as produções e faça uma lista dos recursos linguísticos
utilizados pelos estudantes em cada situação de escrita. Você pode, em outra aula,
apresentar aos alunos os recursos que foram mobilizados por eles.

ENSINO REMOTO
Sugestão de adaptação para ensino remoto
Recursos indicados
- Necessários: canais de comunicação (como Whatsapp ou e-mail) para envio das sugestões das
atividades e orientações (que também podem ser escritas em um documento de texto e
disponibilizadas da maneira que for mais acessível às famílias).
- Opcionais: canais para aulas online - como o Google Meets ou o Zoom (veja como usá-lo aqui).
Tema
Envie, por Whatsapp ou outro canal de comunicação, um áudio ou vídeo dirigido aos alunos,
apresentando o tema da aula conforme o slide Tema do plano de aula.
Introdução
Envie aos alunos um curto áudio explicando a diferença da linguagem formal e informal. Depois,
apresente as situações descritas no slide Introdução, perguntando, para cada caso, se eles usam a
modalidade formal ou informal da língua. Oriente-os a enviarem, por mensagem de texto ou áudio, as
respostas para o Whatsapp da turma (que pode ser criado para facilitar o contato dos alunos com o
professor durante as aulas de Língua Portuguesa).
Desenvolvimento
Em um áudio, explique a atividade proposta de acordo com o Desenvolvimento (envie, se puder, as
orientações por escrito): eles deverão produzir dois textos (um formal e outro informal) sobre uma
situação hipotética. Para isso, deixe claro o contexto de produção: quem são os enunciatários, os
receptores, a situação e o objetivo das mensagens (use as orientações do próprio plano).
Fechamento
Para encerrar, peça para alguns alunos lerem os textos produzidos, relatando as diferenças na
linguagem e considerando que as duas variantes são legítimas, uma vez que estão articuladas a uma
situação comunicativa que legitima tais escolhas.

BAGNO, Marcos. O preconceito linguístico. São Paulo: Ed. Loyola, 2002


BAGNO, Marcos. Não é errado falar assim. Em defesa do português brasileiro. São Paulo: Parábola
Editorial, 2010.

O EMPREGO DA GÍRIA OU JARGÃO


As gírias têm
lugar na língua? Quem
as usa? O que querem
dizer?
Sim, as gírias são palavras ou frases não convencionais, segundo a norma culta, as quais são utilizadas
em algumas regiões e culturas, por determinados grupos e/ou classes sociais. Por exemplo, no grupo da
escola, do trabalho, entre outros.
Elas têm caráter temporário e são sempre excluídas da linguagem à medida que aparecem outras.

Seus usuários são os grupos criadores e adeptos das gírias, geralmente jovens. As gírias, muitas vezes,
são incompreendidas por muitos, pois, para compreender seu significado, deve haver interação entre
os usuários. Isso determina sua importância e função social na medida em que fomenta e consolida o
sentimento de identidade desses grupos. Quando a gíria é pertencente a alguma profissão, ela recebe o
nome de jargão.

O significado delas dependerá do consenso linguístico entre seus usuários. Uma vez criada, ela passa a
circular naquele meio social. Por exemplo, quando alguém diz: Teremos uma “pelada” hoje à tarde –
significa dizer que haverá uma partida de futebol.

Outro exemplo seria: Aquela garota acha que “tem o rei na barriga” – a pessoa se acha muito
importante.

Que tal finalizarmos nosso conteúdo tendo como norte nossa pergunta inicial?

Como os usos da língua se dão em diferentes contextos e regiões?

Atividades

D13 – Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor em um texto.

1. Observe a imagem abaixo e responda à questão.


A utilização do ponto de exclamação pelo personagem da direita tem por objetivo:

(A) enfatizar o estado emocional do personagem.

(B) caracterizar a forma diferente de falar do personagem.

(C) representar a forma exaltada de falar dos moradores do interior.

(D) demonstrar que o personagem está gritando.

2. Ainda considerando a imagem anterior, poderíamos dizer que a resposta dada ao motorista identifica
seu falante como sendo:

(A) Usuário da norma culta padrão e conhecedor das normas gramaticais.

(B) Morador da região de onde fala, pelo fato de conhecer a direção da estrada.

(C) Usuário da língua popular, morador da região, e que não compreendeu o sentido da pergunta do
motorista.

(D)Falante típico do português brasileiro, conhecedor do destino da estrada.

(E) Paciente do médico, por isso o chamou de “Dotô”, respondendo-lhe de modo satisfatório.

3. Leia o diálogo abaixo e responda à questão.

A conversa ao lado é um tipo de

(A) jargão

(B) formalidade

(C) gíria

(D) regionalismo

(E) linguagem inglesa

4. A respeito dos interlocutores envolvidos no diálogo, podemos identificá-los como:

(A) desconhecidos.

(B) ingleses.

(C) pai e filho.

(D) amigos de diferentes faixas etárias.

(E) jovens conhecidos.


5. Observe a imagem abaixo e identifique a variação linguística em evidência.

(A) Variação histórica.

(B) Variação regional.

(C) Variação situacional.

(D) Variação social.

Agora é sua vez de pesquisar: com o uso do celular, faça um levantamento no Google acerca das gírias
mais usadas no nosso estado e seus respectivos significados. A partir delas, crie uma conversa à
pernambucana, envolvendo vários tipos de interlocutores. Solte sua habilidade nas mídias e sua
criatividade na produção escrita. Mãos à obra!

Gabarito

1–A

2–C

3–C

4–E

5–B

6 – Resposta pessoal

Bibliografia consultada

BAGNO, Marcos. Português ou Brasileiro – um convite à pesquisa. Parábola Editorial, São Paulo, 2001

----------------------. Preconceito linguístico – o que é, como se faz. Edições Loyola, São Paulo, 2000

BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 38º ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2015

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.

PERNAMBUCO. Secretaria de Educação. CURRÍCULO DE PORTUGUÊS PARA O ENSINO MÉDIO – Com


base nos Parâmetros Curriculares do Estado de Pernambuco

(Disponível em:
http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/curriculo_portugues_em.pdf.
Acesso em 06/12/2021. (34 páginas).

REORGANIZAÇÃO CURRICULAR – ENSINO MÉDIO – Expectativas de Aprendizagens Prioritárias e


Complementares de Língua Portuguesa para os Estudantes do Ensino Médio.
(Disponível em http://www.educacao.pe.gov.br/portal/?pag=1&cat=18&art=5649.
Acesso em 0//12/2021. (37 páginas).
MÓDULO 2 – O Português Brasileiro
Habilidade Específica

(EMIFLGG01) Investigar e analisar a organização, o funcionamento e/ou os efeitos de sentido de


enunciados e discursos materializados nas diversas línguas e linguagens (imagens estáticas e em
movimento; música; linguagens corporais e do movimento, entre outras), situando-os no contexto de um
ou mais campos de atuação social e considerando dados e informações disponíveis em diferentes mídias.

(EMIFLGG02) Levantar e testar hipóteses sobre a organização, o funcionamento e/ou os efeitos de


sentido de enunciados e discursos materializados nas diversas línguas e linguagens (imagens estáticas e
em movimento; música; linguagens corporais e do movimento, entre outras), situando-os no contexto de
um ou mais campos de atuação social e utilizando procedimentos e linguagens adequados à investigação
científica.

(EMIFLGG03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória,
de campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre português brasileiro, língua(s) e/
ou linguagem(ns) específicas, visando fundamentar reflexões e hipóteses sobre a organização, o
funcionamento e/ou os efeitos de sentido de enunciados e discursos materializados nas diversas línguas
e linguagens imagens estáticas e em movimento; música; linguagens corporais e do movimento, entre
outras), identificando os diversos pontos de vista e posicionando-se mediante argumentação, com o
cuidado de citar as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o
uso de diferentes mídias.

Unidade Curricular

UC 3- A língua Portuguesa do Brasil

Objetos de Conhecimento

Períodos da evolução da língua portuguesa em Portugal e no Brasil.

Origens de palavras Novo Acordo Ortográfico Redução de ditongos.

As realizações de /s/,/r/e/l/pós vocálicos.

Ditongação em sílabas finais.

Perda de -r final em itens lexicais.

Variação na regência verbal.

A colocação pronominal/tendência à supressão dos clíticos.

Variação na concordância de número em sintagmas verbais e nominais.

A variação nas construções relativas.

A morfossintaxe do pronome objeto e o pronome sujeito.

A Alternância entre seu/dele no sistema dos possessivos.

Apreciação e réplica

Variedades estilísticas
Curadoria de informação

Apreciação e réplica

Dialetos e o Preconceito linguístico

Análise dos filmes: Central do Brasil (1988), Língua: Vidas em Português, Português, a Língua do Brasil
(2007)

Exposição de painel sobre diferentes dialetos no Brasil.

Documentário: entrevista sobre os dialetos da comunidade local e outros.

Sugestões Pedagógicas
Professor, observe as sugestões de sequência de situações/atividades educativas

MÓDULO 3 – Variação na Língua Inglesa


Habilidade Específica

(EMIFLGG04) Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências e reflexão
crítica sobre obras ou eventos de diferentes práticas artísticas, culturais e/ou corporais, ampliando o
repertório/domínio pessoal sobre o funcionamento e os recursos da(s) língua(s) ou da(s) linguagem(ns).

(EMIFLGG05) Selecionar e mobilizar intencionalmente, em um ou mais campos de atuação social,


recursos criativos de diferentes línguas e linguagens (imagens estáticas e em movimento; música;
linguagens corporais e do movimento, entre outras), para participar de projetos e/ou processos criativos.

(EMIFLGG06) Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para problemas reais,
utilizando as diversas línguas e linguagens (imagens estáticas e em movimento; línguas; linguagens
corporais e do movimento, entre outras), em um ou mais campos de atuação social, combatendo a
estereotipia, o lugar comum e o clichê.

Unidade Curricular

UC 4 - Variações: históricas, regionais, situacionais. Inglês nativo e língua Franca.

UC 5 - Literatura e Música em Língua Inglesa

Objetos de Conhecimento

Inglês arcaico e o Inglês moderno: de Geoffrey Chaucer ao inglês da atualidade.

Inglês da Inglaterra e o Inglês Norte Americano (Dialeto Regional/Territorial).

Inglês formal e Informal: a língua usada em e-mails, redes sociais, conversa de roda de amigos, entrevista
de emprego e outras formas de comunicação.

Cultura e língua.
Inglês falado como segunda língua: variações na escrita, pronúncia e entonação.

A língua inglesa sem pátria.

A língua da informática, da internet e do Comércio internacional. A língua dos jogos, do cinema e das
músicas pops mais tocadas. Som das palavras. Ritmo. Entonação

Situações que causam desvio de pronúncia.

Formas de desenvolver pronúncia das palavras.

Compreensão de obras literárias de Língua Inglesa: Geoffrey Chaucer, Thomas Malory, William
Shakespeare, Charles Dickens, Oscar Wilde, Edgar Allan Poe, Nathaniel Hawthorne, F. Scott Fitzgerald .

Interpretação e compreensão das letras das músicas em inglês.

Curadoria de informação

Apreciação e réplica

Produção de esquetes utilizando a linguagem conforme o gênero textual/digital.

Vídeos em inglês expondo diálogos formais e informais e outros.

Performance musical com músicas em língua inglesa e outros.

Sugestões Pedagógicas

Aula 1

Objetivos específicos
Ativar conhecimentos prévios sobre variação linguística.
Promover prática relacionada a variações de registro.
Compreender a variação linguística na sua relação com as diferenças sociais e situacionais.

Atividade 1: O conceito de variação linguística

Recursos didáticos
Quadro e giz ou marcador para quadro branco.

Encaminhamento
Tempo estimado: 20 minutos.
Organização: toda a turma em um único grupo.

Com o objetivo de ativar os conhecimentos prévios dos/as estudantes, perguntar: “O que vocês
entendem por variação linguística?”. Registrar as contribuições da classe (frases, palavras-chave
etc.) no quadro.
Escrever nele a seguinte proposta. Se preferir, preparar previamente um cartaz com este
conteúdo:

Verdadeiro ou falso?
[ ] 1. As variações da língua aparecem tanto na fala quanto na escrita.
[ ] 2. As variações da língua têm diversas causas, entre elas a globalização.
[ ] 3. As variedades linguísticas de maior prestígio social, como a língua inglesa dos Estados
Unidos ou da Inglaterra, são as únicas que têm importância.
[ ] 4. A língua não costuma variar de acordo com a classe social.
[ ] 5. Devemos nos posicionar contra preconceitos relacionados às diferentes formas de usar a
língua.
[ ] 6. A língua varia de acordo com a região ou país onde é falada, mas não de acordo com a
situação em que está sendo usada.
[ ] 7. Para melhor usar a língua em diferentes situações, é muito importante entender as suas
variações.
[ ] 8. Cada pessoa pensa e se expressa de uma forma, por isso as variações da língua devem ser
compreendidas como um fenômeno natural.
Afirmativas falsas: 3, 4 e 6.

Usar as afirmativas anteriores como ponto de partida para uma conversa com os/as estudantes
sobre a natureza e as implicações das variações linguísticas e pedir exemplos de um conteúdo
transmitido de mais de uma maneira, ou seja, com o uso de variantes.

Atividade 2: Registro e variação social

2.a) Níveis de formalidade

Recursos didáticos
Quadro e giz ou marcador para quadro branco.

Encaminhamento
Tempo estimado: 15 minutos.
Organização: toda a turma em um único grupo no primeiro momento e, posteriormente, em
duplas.

Escrever as seguintes perguntas com as palavras desordenadas no quadro:


water you mind passing would me the bottle of?
I your do you if pen borrow mind?
tell me could you time the, please?

Pedir à turma que ordene as palavras.


Would you mind passing me the bottle of water?
Do you mind if I borrow your pen?
Could you tell me the time, please?
Perguntar aos/às estudantes se eles/elas percebem alguma característica comum às três
perguntas. Incentivá-los/las a deduzir o grau de formalidade nos exemplos, com questões
como:
Em que situação essa pergunta poderia ser empregada?
Quem poderia estar fazendo essa pergunta? Com quem ele/ela pode estar falando?
Você acha que o/a interlocutor/a e o/a possível receptor/a têm uma relação de intimidade? Por
quê?
Se as pessoas que estão dialogando tivessem uma relação de proximidade, como poderiam
fazer essas perguntas de maneira mais informal?
Pedir que formem duplas e transformem as perguntas para que se tornem mais informais:
Sugestões: Pass me the bottle of water, please.
Can I borrow your pen?
What’s the time, please?

Escrever no quadro as seguintes palavras-chave: grau de formalidade, contexto social, classe


social, educação, profissão, idade e sexo. Explicar aos/às estudantes que a língua pode variar
em relação a essas e outras características dos participantes do discurso.
Incentivar os/as estudantes a dar exemplos de algum desses casos em língua portuguesa e
inglesa. Registrar as contribuições no quadro.

2.b) Formal ou informal

Recursos didáticos
20 tiras de papel ou quadro e giz ou marcador para quadro branco.

Encaminhamento
Tempo estimado: 15 minutos.
Organização: toda a turma em um único grupo ou em grupos.

Esta atividade visa praticar o reconhecimento do grau de formalidade da língua inglesa e seus
contextos de uso.
Preparar previamente 20 tiras de papel ou cartões com as seguintes frases:
Would you mind opening the car door?
Open the car door, please.
Do you happen to have the time, please?
What's the time, please?
I look forward to seeing you again soon.
Hope to see you again soon!
Good morning.
Hiya!
I am unable to help at the moment.
I can’t help you right now.
Please accept my apologies for my delay.
I’m sorry, I’m late.
I would like to remind you that you should not be late.
Don’t be late!
I have not seen you for a long time.
Long time no see!
I am deeply grateful.
Thanks a lot!
Please let me know of your requirements.
What do you need?

Se optar por elaborar as tiras de papel com as frases, produzi-las em quantidade suficiente para
que cada estudante receba uma. Garantir que todas as frases tenham as duas versões: a formal
e a informal.
Distribuir um papel para cada estudante e pedir que circulem pela sala de aula e encontrem o/a
colega que tem a mesma frase em outro registro (formal ou informal), formando com ele/ela
um par. Quando todos já estiverem organizados em pares, convidar alguns/algumas estudantes
para apresentar suas frases para a classe e incentivar o grupo a deduzir o possível contexto de
cada uma delas. Durante essa atividade, enfatizar que a linguagem é modificada de acordo com
o contexto, o perfil dos participantes do discurso, a idade, entre outros fatores.
Dar alguns exemplos de contextos:
I look forward to seeing you again soon.: pessoas provavelmente não muito próximas se
despedindo ao final de uma ocasião formal.
Hope to see you again soon!: despedida entre amigos ou familiares, por exemplo, após um
evento informal, tal como uma festa, um almoço etc.
Como fechamento da aula, fazer uma breve comparação com situações em que os/as
estudantes se expressam cotidianamente em língua portuguesa e pedir exemplos de contextos
nos quais devem mudar para um registro mais formal ou mais informal, como ao falar com o/a
diretor/a da escola, com um/a vizinho/a não muito próximo/a etc.
Se preferir, escrever as frases no quadro em duas colunas (formal e informal), em sequências
diferentes, e realizar a proposta como uma atividade de relacionar colunas. Organizar a turma
em pares ou em pequenos grupos e pedir que copiem o exercício e associem as frases às
versões com o mesmo sentido. Após a atividade, explorar com a sala o sentido das frases, seus
possíveis contextos de uso e interlocutores etc.

Aula 2

Objetivo específico
Reconhecer variações de vocabulário e pronúncia devidas a questões geográficas e culturais.

Atividade 1: Variação geográfica: vocabulário

Recursos didáticos
Quadro e giz ou marcador para quadro branco e dicionários bilíngue.

Encaminhamento
Tempo estimado: 25 minutos.
Organização: a turma dividida em três grupos.
Explicar aos/às estudantes que a língua inglesa também varia dependendo do país ou região onde é
usada.
Reforçar novamente a ideia de que todas as variações são aceitáveis e que não deve haver
preconceito.

Para melhor compreensão do tema da atividade, pedir aos/às estudantes exemplos de variações
regionais da língua portuguesa no Brasil ou entre Brasil e Portugal, como por: aipim (sudeste) ×
macaxeira (nordeste); sinal de trânsito (Rio de Janeiro) × farol (São Paulo); celular (Brasil) × telemóvel
(Portugal) etc.

Em seguida, pedir aos/às estudantes que armem uma tabela em seus cadernos com quatro colunas:
“Portuguese”, “American English”, “British English” e “Australian English”. Abaixo da primeira, devem
escrever as seguintes palavras, cada uma em uma linha: “1. doce”, “2. olá", “3. biscoito", “4.
borracha", “5. estacionamento", “6. calçada”.
Organizar os/as estudantes em 3 grupos: A, B e C. Escrever no quadro as três listas a seguir:
Group A: American English
hello
parking lot
eraser
candy
sidewalk
cookie
Group B: British English
biscuit
car park
pavement
rubber
sweet

Group C: Australian English


lolly
g’day
car park
rubber
bikkie
footpath

Explicar aos/às estudantes que devem trabalhar apenas com as palavras de seu grupo. Pedir a
eles/elas que registrem as 6 palavras de suas listas na respectiva coluna da tabela (American English,
British English ou Australian English), ao lado da palavra correspondente em língua portuguesa.
Exemplo:
Portuguese American English
1. doce candy
Para essa tarefa, os/as estudantes irão consultar o maior número possível de dicionários bilíngues,
impressos ou on-
-line.
Quando os grupos tiverem concluído suas tabelas, escrever no quadro a pergunta: “How do you say
‘flat’ in American English?”
Repetir essa pergunta-chave, substituindo a palavra-alvo e a variedade da língua inglesa (sublinhados
na frase), sem utilizar as palavras que já estão nas listas. Por exemplo: “How do you say ketchup in
Australian English?”; “How do you say shop in American English?” etc.
Em seguida, pedir aos/às estudantes que circulem pela sala e façam a pergunta-chave necessária
aos/às colegas para completarem as duas listas em branco em seus quadros.

Ao final da atividade, caso os/as estudantes mostrem interesse em saber mais algumas variedades,
escrever outros exemplos no quadro:
Portuguese: ambulância
American English: ambulance
British English: ambulance
Australian English: ambo

Portuguese: motorista de caminhão


American English: truck driver
British English: lorry driver
Australian English: truckie
Portuguese: posto de gasolina
American English: gas station
British English: petrol station
Australian English: service station

Atividade 2: Variação geográfica: pronúncia

Recursos didáticos
Computador com acesso à internet.

Encaminhamento
Tempo estimado: 25 minutos.
Organização: em grupos de 5 estudantes.

Retomar com os/as estudantes que a variação geográfica pode determinar diferenças de
pronúncia de palavras, como ocorre entre as regiões do Brasil e entre Brasil e Portugal, por
exemplo.
Anteriormente à aula, pedir a cada grupo que faça uma pesquisa em casa e selecione dois ou
três vídeos em língua inglesa que mostrem pessoas de diferentes lugares e classes sociais
fazendo discursos. Elas não necessariamente precisam ser nativas do idioma.
Os/As estudantes deverão levar para a aula as informações coletadas sobre diferenças que
perceberam nos vídeos assistidos, baseando-se em perguntas como:
Quem eram os/as falantes e qual a nacionalidade, idade e classe social deles/delas?
Você percebeu alguma diferença entre eles/elas quanto ao modo de falar? Quais?
Você teve mais dificuldade em entender o que determinada pessoa falava? Quem é essa
pessoa? De onde ela é? Comente o que você sabe sobre ela e sobre o seu país/região de
origem.
O que você concluiu sobre essas variações no modo de falar? Elas estão relacionadas a quais
fatores?
Circular pela sala para acompanhar o trabalho de discussão dos grupos sobre o que detectaram
nos vídeos. Em seguida, propor que dois grupos comentem seus vídeos entre si e troquem
impressões.
Caso seja possível, mostrar alguns vídeos em aula ou em um laboratório de informática,
retomando a questão da variação linguística.
Se não for possível pedir a pesquisa de vídeos aos/às estudantes, providenciar três vídeos para
exibi-los à turma. Outra alternativa é comentar com eles/elas sobre diferentes pronúncias com
base na atividade proposta na aula anterior, que compara o léxico de três países.
Aula 3

Objetivos específicos
Reconhecer o alcance da língua inglesa como língua global.
Promover a língua inglesa como língua franca e utilizada amplamente por não nativos.

Atividade 1: O que é globish?

Recursos didáticos
Quadro e giz ou marcador para quadro branco.

Encaminhamento
Tempo estimado: 20 minutos.
Organização: toda a turma em um único grupo.

Etapa 1: Definição
Escrever no quadro a palavra Globish e perguntar aos/às estudantes o que eles/elas sabem ou
podem deduzir sobre o termo. Dar pistas do sentido do termo, dizendo que ele se refere à
linguagem.
Explicar que eles/elas vão ordenar as partes de um texto com a definição de Globish para
checar suas deduções.
Escrever a definição de Globish no quadro, dividida em fragmentos, de forma desordenada,
como a seguir:
Its spelling and
as a worldwide lingua franca.
used by non-native speakers
and it consists of
Globish is a simplified
words and phrases only.
version of English
the most common
pronunciation are simplified

Esclarecer possíveis dúvidas de vocabulário e pedir a alguns/algumas estudantes que vão até o
quadro para numerar os fragmentos na ordem correta e formar a definição: Globish is a
simplified version of English used by non-native speakers as a worldwide lingua franca. Its
spelling and pronunciation are simplified and it consists of the most common words and
phrases only.

Pedir que copiem a definição no caderno, a releiam e expliquem com suas próprias palavras
como compreendem Globish.
Possível resposta: Globish é uma versão simplificada da língua inglesa, usada por falantes não
nativos como uma língua franca mundial. Sua ortografia e pronúncia são simplificadas e ela é
formada apenas pelas palavras e expressões mais comuns.
Em seguida, explicar que essa palavra é formada pela junção de duas e incentivar os/as
estudantes a deduzir quais são elas a partir da definição do termo. “global” e “English”
Comentar com a turma que o Globish foi idealizado por um executivo francês chamado Jean-
Paul Nerrière como uma forma de facilitar a comunicação no mundo dos negócios, visando
economizar tempo e dinheiro.

Etapa 2: Uso de linguagem simples


Explicar que, baseadas no Globish, muitas pessoas usam versões simplificadas da língua inglesa
pelo mundo.
Conduzir uma breve conversação sobre a forma como os/as próprios/as estudantes falam a
língua inglesa e pedir que reflitam sobre as possíveis diferenças entre a língua inglesa
deles/delas e a dos/as falantes nativos/as, procurando reiterar a importância do combate ao
preconceito linguístico.
Em seguida, escrever no quadro alguns exemplos de falas mais complexas, possivelmente
produzidas por falantes nativos, como:
1. Could you tell me where the toilet is, please?
2. How can I get to the underground station?
3. Could you pass the salad, please?
4. Would you mind not shouting, please?
5. Could you lend me a pen?
Organizar os/as estudantes em grupos e pedir que sugiram versões mais simplificadas para
essas frases, mantendo o mesmo sentido.

1. Where’s the toilet? / Toilet, please!


2. Where’s the underground station?
3. The salad, please!
4. Don’t shout!
5. I need a pen. / A pen, please.

Incentivar os/as estudantes a refletir sobre a utilização da linguagem simplificada em língua


inglesa e perguntar em que situações ela seria aplicável. Explicar que na atividade seguinte
eles/elas irão praticá-la encenando um diálogo.

Atividade 2: Quando não nativos se encontram

Recursos didáticos
Quadro e giz ou marcador para quadro branco.

Encaminhamento
Tempo estimado: 30 minutos.
Organização: estudantes em duplas.

Explicar aos/às estudantes que eles/elas deverão criar um diálogo em pares com o seguinte
contexto: Eles/Elas são turistas, falantes não nativos/as de língua inglesa, em um país onde essa
é a língua oficial. Em uma lanchonete, conhecem outro/a adolescente, que também não é
nativo/a da língua inglesa. Eles/Elas iniciam uma conversa nesse idioma para se conhecer.
Orientá-los/as de modo que um/a estudante seja o/a brasileiro/a e outro/a, de algum país não
falante de língua inglesa.
Escrever alguns assuntos no quadro para auxiliá-los/as na criação do diálogo, como estes:
name, age, nationality, hometown, family, home, best friends, likes, dislikes, school, leisure
activities, favorite subjects etc. Se houver tempo, pedir aos/às próprios/as estudantes que
sugiram outros tópicos a serem discutidos.
Monitorar as duplas e ajudar com possíveis dificuldades de vocabulário, mas procurar deixá-
los/as livres para encontrarem, da forma mais autônoma possível, a melhor maneira de se
comunicar.

Ao final da atividade, perguntar quais foram as dificuldades encontradas. Indagar se eles/elas


acham que a linguagem que usaram apresenta características de Globish.
Caso a turma esteja motivada e haja tempo suficiente, convidá-los/as a encenar o diálogo para
toda a classe.

Acompanhamento das aprendizagens

Atividade: A relação entre as variações linguísticas


Recursos didáticos
Quadro e giz ou marcador para quadro branco.

Encaminhamento
Tempo estimado: 10 minutos.
Organização: estudantes em trios.

Para que os/as estudantes se conscientizem sobre a recorrência e a dinamicidade das variações
linguísticas, descrever para eles/elas, no quadro ou oralmente, a seguinte situação: Aline is a
13-year old Brazilian adolescent from a public school in Recife, who is taking part in an
exchange program in London.
Em seguida, anotar no quadro os seguintes tópicos:
formal and informal
social variation
Globish
pronunciation and vocabulary
geographical variation

Organizar os/as estudantes em trios e pedir que relacionem esses aspectos à situação descrita.
Por exemplo: caso o domínio que Aline tem da língua inglesa não seja muito bom, ela poderá
usar Globish para se comunicar. / Por ser uma adolescente, Aline pode ter alguma dificuldade
em se expressar em situações que exijam formalidade. Para contornar essas situações, ela
poderá... / O contato com estudantes de outros países e de outras culturas pode ser um desafio
no que se refere a vocabulário, por exemplo, mas, por outro lado, pode ser enriquecedor.

Projeto: Mídia: formal ou informal?


O objetivo desse projeto é oportunizar práticas de pesquisa e conscientizar sobre a presença da
variação de registro (formal ou informal) em língua inglesa nos diferentes gêneros textuais
recorrentes na mídia.
Os/As estudantes deverão buscar na internet ou em outras fontes exemplos de uso de
linguagem formal e informal em diferentes gêneros textuais – notícias, blogs, artigos,
propagandas etc. – e fazer anotações sobre o que encontraram. Se for possível, a pesquisa
pode ser realizada na sala de informática da escola.
Eles/Elas deverão levar o material pesquisado (textos, fotos, vídeos etc.) para a sala de aula da
forma que for possível. Em sala, os/as estudantes deverão compartilhar o material coletado
com os/as colegas, em grupos de 4 ou 5 componentes. Se houver tempo, poderão apresentar o
resultado de suas pesquisas para toda a classe.

Autoavaliação

A autoavaliação a seguir pode auxiliar no processo de avaliação do desenvolvimento das


habilidades relacionadas nesta sequência didática. Pedir aos/às estudantes que respondam
“sim”, “em progresso” ou “não” às questões, por escrito ou oralmente.
Compreendo melhor a presença e o papel da variação linguística no mundo em que vivo?
Após a reflexão sobre variação linguística e a prática com alguns exemplos relacionados a
vocabulário e à língua inglesa global, acredito que me sentiria mais seguro/a ao ter de interagir
com um/a falante nativo/a?

Aferição do desenvolvimento dos/as estudantes

As questões a seguir podem auxiliar no processo de avaliação do desenvolvimento das


habilidades relacionadas nesta sequência didática. Pedir aos/às estudantes que as respondam
por escrito ou oralmente:
1. O que significa “língua franca”? Respostas pessoais. Respostas possíveis: Língua franca é
aquela utilizada por um grupo representativo de falantes para a comunicação internacional.
2. Quais são os três tipos de variação linguística? Dê exemplos. Respostas pessoais. Respostas
possíveis: A variação linguística pode ser de três tipos: de registro e contexto social (formal ou
informal), de vocabulário (uso de “ambulance” ou “ambo”) e de pronúncia (American English
ou British English).
3. Como ocorre o preconceito relacionado às variações linguísticas? Respostas pessoais.
Respostas possíveis: O preconceito ocorre quando se discrimina uma variedade linguística por
sua origem (região), pelo registro empregado (formal ou informal) ou pelas características
dos/as falantes (idade, sexo, etnia etc.).
INTERPRETAÇÃO E COMPREENSÃO DAS LETRAS DAS MÚSICAS EM INGLÊS;

PERFORMANCE MUSICAL COM MÚSICAS EM LÍNGUA INGLESA E OUTROS.

Analisar o alcance da língua inglesa por meio de músicas de diferentes


Objetivos de origens.
aprendizagem Reconhecer a variação linguística com processo natural.
Alcance da língua inglesa no mundo globalizado
Conteúdos Apreciação de músicas em língua inglesa de diferentes partes do mundo

Desenvolvimento
Tempo estimado: 3 aulas de 50 minutos cada uma

Aula 1

Materiais e recursos
Trechos de músicas em inglês de diferentes partes do mundo (links sugeridos a seguir).
Fichas sobre os intérpretes das músicas apresentadas, conforme sugestão na atividade.
Projetor e computador com acesso à internet.

Procedimentos
Atividade 1

Alunos: turma como um todo


Tempo estimado: 10 min
Você pode iniciar a aula com alguma música em inglês que prefira – que possa ser reconhecida
pela turma – e perguntar se os alunos a conhecem e se gostam dela. Em seguida, a discussão
pode ser ampliada para os gostos musicais deles. Assim, perguntar que tipo de músicas
costumam ouvir, em que idioma, quais os cantores e bandas preferidos deles etc. Perguntas
como as seguintes podem orientar um bom debate:

1. What’s your favorite singer/band/song?


2. What type of music do you like?
3. How often do you listen to music?
4. How often do you listen to songs in English?

Atividade 2

Alunos: turma como um todo


Tempo estimado: 20 min
Em seguida, reproduzir apenas o áudio de trechos das músicas sugeridas a seguir, sem que os
alunos possam ver o videoclipe e sem apresentar esses artistas. Pedir que eles prestem atenção,
pois depois você vai fazer algumas perguntas. Não é necessário reproduzir a música inteira, você
pode escolher o trecho que julgar mais interessante ou o refrão.
1. Thank You – Stan Walker (New Zealand).
Disponível em: <http://pnld.me/fx4rn4>. Acesso em: 27 jul. 2018.
2. Hawai'i '78 – Israel Kamakawiwoʻole (USA, Hawaii).
Disponível em: <http://pnld.me/eor7x3>. Acesso em: 27 jul. 2018.
3. Wind – Yoshio Akeboshi (Japan).
Disponível em: <http://pnld.me/ph7w4q>. Acesso em: 27 jul. 2018.
4. Black President – Brenda Frassie (South Africa).
Disponível em: <http://pnld.me/hev9sn>. Acesso em: 27 jul. 2018.
5. When We're Old – Ieva Zasimauskaitė (Lithuania).
Disponível em: <http://pnld.me/p6y4yf>. Acesso em: 27 jul. 2018.
Após a reprodução dos áudios, perguntar aos alunos se já ouviram essas músicas antes, de que
estilos eles acham que elas são e de qual mais gostaram. Não há necessidade de aprofundar essa
discussão. Em seguida, perguntar a eles o que essas músicas têm em comum (a língua inglesa) e
de onde eles acham que são esses artistas. Você pode, se preferir, direcionar mais perguntas,
questionando, por exemplo, se esses artistas são todos do mesmo país; em caso de resposta
positiva, de qual país eles seriam. Estas questões podem auxiliar nessa discussão:
1. Which song do you like most? And which one do you like least? Resposta pessoal.
2. What do they have in common? They are in English.
3. In your opinion, where these singers are from? Respostas entre parênteses ao lado do título
de cada música.

Atividade 3

Alunos: grupos de 4 a 6 alunos


Tempo estimado: 15 min
Em seguida, explicar aos alunos que agora eles vão ler algumas informações sobre esses artistas.
Dividir a turma em grupos de 4 a 6 integrantes e distribuir os trechos impressos entre eles. Se
preferir, também pode projetar no quadro essas informações para realizar a atividade em
conjunto com a turma toda.
Ieva Zasimauskaitė-Kiltinavičienė (née Zasimauskaitė) is
a Lithuanian singer who represented Lithuania in the Eurovision Song
Contest 2018.
ZASIMAUSKAITĖ-KILTINAVIČIENĖ, I. Wikipedia. Disponível em:
<https://en.wikipedia.org/wiki/Ieva_Zasimauskait%C4%97>. Acesso em: 27 jul. 2018.
Stan Walker is an Australian-New Zealand recording artist, actor, and
television personality. In 2009, Walker was the winner of the seventh and
last season of Australian Idol.
WALKER, S. Wikipedia. Disponível em: <https://en.wikipedia.org/wiki/Stan_Walker>. Acesso
em: 27 jul. 2018.
Israel Kaʻanoʻi Kamakawiwoʻole also called Braddah Iz (Brother Iz), was a
Native Hawaiian singer-songwriter, musician, and Hawaiian sovereignty
activist.
KAMAKAWIWO'OLE, I. K. Wikipedia. Disponível em:
<https://en.wikipedia.org/wiki/Israel_Kamakawiwo%CA%BBole>. Acesso em: 27 jul. 2018.
Brenda Nokuzola Fassie (3 November 1964-9 May 2004) was a South
African anti-apartheid Afropop singer.
FASSIE, B. Wikipedia. Disponível em:
<https://en.wikipedia.org/wiki/Brenda_Fassie>. Acesso em: 27 jul. 2018.
Yoshio Akeboshi (明星嘉男 Akeboshi Yoshio), more commonly known
as Akeboshi, is a Japanese folk singer.
AKEBOSHI. Wikipedia. Disponível em: <https://en.wikipedia.org/wiki/Akeboshi>. Acesso em: 27
jul. 2018.
Estabelecer um tempo para que possam ler as informações. Então, fazer algumas perguntas de
compreensão, como as seguintes:
1. Where is Stan Walker from? New Zealand
2. Who is from Hawaii? Israel Kamakawiwoʻole
3. Who’s a folk singer? Yoshio Akeboshi
4. Who’s an Afropop singer? Brenda Fassie
5. Who’s from Lithuania? Ieva Zasimauskaitė
Se julgar pertinente você pode compartilhar com a turma as seguintes informações.
Australian Idol é uma competição de cantores apresentada na TV e possui versões para
diversos países.
Eurovision também é uma competição de cantores que acontece todos os anos na Europa,
sendo transmitida para diversos países.
Apartheid foi um sistema de segregação racial que existiu na África do Sul de 1948 até
1990.

Atividade 4

Alunos: turma como um todo


Tempo estimado: 5 min
Para encerrar a aula, questionar se os alunos imaginavam que os intérpretes fossem de lugares
e origens tão variados. Perguntar a eles se sabem a língua oficial ou a língua mais falada nesses
países e anotar no quadro, ainda sem corrigir, pois esse assunto será retomado na aula seguinte.
Se julgar necessário, você pode orientá-los a fazer uma breve pesquisa sobre as línguas oficiais
e outras mais utilizadas nesses países para a próxima aula.

Avaliação
Durante o debate e a atividade em grupo, observar os alunos. As seguintes perguntas podem
ajudar nesta etapa de avaliação:
1. Os alunos participaram do debate com a turma?
2. Todos os membros dos grupos estavam engajados na atividade?
3. Que tipo de dificuldade tiveram durante a atividade em grupo?

Aula 2

Materiais e recursos
Projetor e computador com acesso à internet.
Trechos de músicas em inglês de diferentes partes do mundo (mesmos da Aula 1).
Mapa-múndi em tamanho grande impresso ou para ser projetado na lousa.
Títulos das canções impressos (opcional – um jogo por grupo).

Procedimentos
Atividade 1
Alunos: grupos de 4 a 6 alunos, turma como um todo
Tempo estimado: 20 min
Iniciar a aula perguntando aos alunos se eles se lembram das músicas que ouviram na aula
anterior e das informações sobre os artistas que leram. Questionar, então, de qual mais
gostaram ou se houve alguma que não os agradou e pedir que justifiquem. Deixar que façam
alguns comentários por alguns minutos.
Dividir a turma em grupos e escrever os títulos das músicas, de forma aleatória, no quadro, ou
distribuir entre os grupos um jogo com todos os títulos impressos. Explicar que agora eles vão
ouvir novamente as músicas com mais atenção e deverão tentar inferir qual título é de cada
música.
Reproduzir um trecho de cada canção por vez para que os alunos possam inferir. É interessante
reproduzir trechos que se relacionem mais facilmente com os títulos, a fim de que a atividade
não se prolongue muito.
Explicar aos alunos que agora eles vão associar os artistas às músicas. Distribua as informações
sobre os artistas da Aula 1 ou projete-as novamente. Reproduzir novamente um trecho de cada
música para ajudá-los na inferência. Por fim, para fazer a conferência, reproduzir os videoclipes
de todas as músicas para que a turma conheça os artistas. Não é necessário reproduzi-los por
completo, apenas alguns trechos.

Atividade 2
Alunos: grupos de 4 a 6 alunos
Tempo estimado: 20 min
No mapa-múndi, orientar os alunos a localizar cada país, iniciando pelo Brasil. Para melhor
visualização, você pode colar um pequeno adesivo ou colocar um pin em cada país. Em seguida,
perguntar aos alunos sobre as línguas que são faladas em cada um deles, retomando a discussão
iniciada na aula anterior. A lista a seguir pode ajudar nessa parte da aula:

Austrália – inglês (língua oficial).


Nova Zelândia – inglês e maori (línguas oficiais).
África do Sul – tem 11 línguas oficiais, entre elas o inglês.
Japão – japonês (língua oficial).
Havaí (EUA) – fala-se inglês e havaiano.
Lituânia – lituano (língua oficial).

Propor as seguintes perguntas a eles, que poderão responder inicialmente nos grupos, e depois
o debate pode ser ampliado para a turma:
1. Por que esses artistas cujo país de origem não têm o inglês como primeira língua ou língua
oficial escolheram cantar ou compor músicas em inglês? Uma possível resposta seria o fato
de terem maior visibilidade e atingirem um público maior.
2. Quais são as vantagens de cantarem em inglês? Um número maior de pessoas pode
compreender o que estão cantando e, assim, tornarem-se mais populares.
3. E as desvantagens? A cultura e a língua de cada local parecem ficar mais enfraquecidas.
4. As músicas que costumam ouvir em inglês são de artistas de que países? Resposta pessoal. Se
a predominância for de um país em específico, é interessante questioná-los por que acham
que isso acontece, se gostariam de conhecer músicas de outros lugares etc. Caso eles não
saibam, você pode propor que pesquisem e, na aula seguinte, questioná-los no caso de haver
predominância de um país ou de outro.

Atividade 3
Alunos: grupos de 4 a 6 alunos
Tempo estimado: 10 min
Pedir que cada grupo traga para a próxima aula uma breve pesquisa de músicas em inglês de
diferentes partes do mundo. Você pode decidir os países com a turma de modo que cada grupo
fique responsável por pesquisar as músicas de um lugar, sem que haja repetição.
Se possível, direcioná-los para que tragam exemplos de músicas de países em que o inglês é
segunda língua ou mesmo língua estrangeira, como é o caso de muitas das músicas apresentadas
nesta sequência.
Além disso, dizer a eles que poderão trazer imagens dos artistas e dos discos, pois eles farão um
arquivo dessas músicas. É preciso, então, que eles selecionem links dessas músicas para serem
apresentadas.
Você poderá acessar algum aplicativo ou site de streaming de música para tocar as músicas dos
alunos, se disponível, ainda que seja um trecho delas. Essa é uma oportunidade de conversar
com eles sobre pirataria na internet, alertando-os para o fato de que baixar músicas pode ser
considerado ilegal.

Para trabalhar dúvidas


Se os alunos sentirem dificuldades, você pode apresentar as informações sobre os artistas na
ordem em que apresentar os vídeos e realizar uma atividade de compreensão mais estruturada
e guiada com perguntas impressas ou escritas no quadro. Entretanto, o objetivo maior aqui é
conscientizar sobre o alcance da língua inglesa no mundo por meio da apreciação de diversas
músicas.

Avaliação
1. Os alunos perceberam que a língua inglesa é utilizada por pessoas de diferentes países
também no âmbito cultural?
2. Eles refletiram e debateram sobre o propósito de utilizar o inglês em letras de músicas e sobre
as vantagens e desvantagens disso?

Aula 3

Materiais e recursos
Folhas A4.
Pasta catálogo.
Pesquisa dos alunos.
Imagens dos artistas e dos álbuns (opcional).
Projetor e computador com acesso à internet.

Procedimentos
Atividade 1
Alunos: grupos de 4 a 6 alunos
Tempo estimado: 15 min
Iniciar a aula pedindo à turma que se organize nos mesmos grupos da Aula 2 e perguntando aos
alunos a respeito da pesquisa que fizeram.
Explicar a eles que deverão agora organizar o arquivo que fizeram, escrevendo em uma folha
avulsa o nome do país e algum dado sobre o papel da língua inglesa nesse país (segunda língua
ou língua estrangeira), os títulos das músicas e os respectivos artistas, colando fotos deles, se
disponível.
Incentivar a participação de todos na criação desse arquivo e explicar que a seleção de todos os
grupos será compilada em uma pasta para que toda a turma tenha acesso.

Atividade 2

Alunos: grupos de 4 a 6 alunos


Tempo estimado: 15 min
Após a criação do arquivo nos grupos, propor que criem uma página de rosto para a pasta com
o título Songs of the World – in English ou outro semelhante que desejar. A folha pode ser
compartilhada com todos e cada grupo ou aluno pode fazer um pequeno desenho para ilustrá-
la e deixar sua marca. Arquivar todos as folhas na pasta que ficará disponível para a turma.
Se for possível, realizar esta aula na sala de informática, para que a turma crie seu arquivo e
disponibilize em alguma ferramenta de compartilhamento on-line. Você também pode criar um
diretório Songs of the World – in English, deixando que cada grupo crie um arquivo colaborativo
com o nome do país. As informações a serem inseridas são as mesmas do arquivo em papel, com
o benefício que poderão incluir ainda o link para o videoclipe da música.

Atividade 3 + Avaliação Final

Alunos: grupos de 4 a 6 alunos


Tempo estimado: 20 min
Para finalizar, cada grupo deve apresentar um trecho de uma música para a turma. Explicar a
eles que, nos grupos, deverão eleger uma música que será apresentada para a turma, dizendo o
nome do artista, da música, o país e algum informação sobre o país a respeito da função do inglês
nessa sociedade (por exemplo se é segunda língua ou língua estrangeira). Informá-los que, por
uma questão de tempo, apenas poderão reproduzir um trecho de cada música.
Encerrar a aula perguntando a eles como foi fazerem a pesquisa, que dificuldades encontraram
e o que foi mais fácil.

Avaliação
1. Todos os alunos trouxeram a pesquisa de casa?
2. Eles ficaram motivados?
3. Todos os membros do grupo participaram da criação de seus registros musicais para a criação
do arquivo?
4. As músicas eram condizentes com o solicitado para a pesquisa?

Ampliação
Como ampliação, os alunos podem criar suas playlists em alguns sites de streaming de música,
como os sugeridos nesta sequência, ou de vídeo. O link a seguir apresenta um tutorial de como
criar uma playlist em um site de compartilhamento de vídeo: <http://pnld.me/vozs9f> (acesso
em: 1º out. 2018). As playlists podem ser compartilhadas entre eles para que a turma tenha um
maior acesso a essas músicas.

Avaliação Final
Pedir aos alunos que respondam às seguintes perguntas. As respostas deles, juntamente com
outras avaliações realizadas no decorrer da sequência, poderão lhe fornecer subsídios para
reorientar seu planejamento, se for necessário, ou auxiliar algum aluno que possa apresentar
alguma dificuldade.
1. Enumere duas coisas que você aprendeu nestas aulas.
2. De que parte da atividade você mais gostou e de qual menos gostou?
3. Escreva uma frase descrevendo sua percepção a respeito do alcance da língua inglesa no
mundo no que diz respeito a música.
4. Descreva a participação de cada membro do grupo.
5. Cite um aspecto que poderia melhorar em um trabalho em grupo da próxima vez.
VÍDEOS EM INGLÊS EXPONDO DIÁLOGOS FORMAIS E INFORMAIS E
OUTROS

Imagine estas situações: você está em uma entrevista de emprego, mas sua conversa está
repleta de gírias, “sacou”? Ou você recebe seus amigos em casa todo cerimonioso dizendo o
quanto está “grato por recebê-los”. Um pouco estranho, não acha?

Estas diferenças de linguagem são classificadas como linguagem formal e informal e, apesar de
conseguirmos diferenciar facilmente cada uma delas no português, em inglês estes dois estilos
de comunicação podem causar muitas dúvidas. Para que você saiba quando e como usar as
linguagens em cada situação, confira estas dicas da Wizard.

Linguagem formal

Normalmente usada no meio profissional, literário e acadêmico, a linguagem formal também é


utilizada para conversar com colegas de trabalho, pessoas que não temos muita intimidade ou
que estamos conhecendo no momento.

Também usamos a linguagem formal na escrita ou para conversar com pessoas mais velhas,
como demonstração de respeito e educação. Por isso, a linguagem formal traz frases mais
longas e não admite contrações de palavras, gírias ou expressões consideradas descontraídas
ou coloquiais.

Exemplo:
– Good morning, Mr. Morgan.

– Good morning, Mrs. Johnson. How are you doing today?

– I’m doing fine, thank you. If you don’t mind, I would like to introduce someone to you.

– Oh, it will be a pleasure.

– This is Mr. Brown, our new manager. This is Mr. Morgan, our CEO.

– Nice to meet you Mr. Brown. Welcome to our company.


– Thank you very much, sir.

– Bom dia, senhor Morgan.

– Bom dia, senhora Johnson. Como a senhora está hoje?

– Eu estou bem, muito obrigada. Se o senhor não se importar, eu gostaria de apresentar


alguém.

– Oh, será um prazer.

– Este é o senhor Brown, nosso novo gerente. Este é o senhor Morgan, nosso CEO.

– Prazer em conhecê-lo, senhor Brown. Bem-vindo à nossa companhia.

– Muito obrigado, senhor.

Linguagem informal

A linguagem informal é aquela usada todos os dias em conversas com os amigos, família ou
pessoas próximas, na Internet ou situações que não precisam de formalidade. Ela não exige
tanta atenção às regras gramaticais e conta com frases mais simples e sentenças curtas.

– Hey, man! What’s up?

– Hi buddy, I’m pretty cool. Where were you last night? Didn’t see you at Joe’s party.

– I was visiting my grandma, man. Was it good?

– It was awesome! We missed you there.

– I’m going next time. Wanna hang out this weekend?

– Sure, man! I call you later so we can set everything up.

– It’s a deal. See ya!


– Bye, take care.

– Hey, cara? E aí?

– Oi, camarada, estou de boa. Onde você estava ontem? Não te vi na festa do Joe.

– Eu estava visitando minha vó, cara. A festa foi boa?

– Foi incrível! Nós sentimos sua falta lá.

– Na próxima eu vou. Tá a fim de sair esse final de semana?

– Claro, cara! Eu te ligo mais tarde pra gente combinar.

– Fechado. Até mais!

– Tchau, se cuida.

Conclusão

Para aprimorar seu vocabulário e melhorar seu inglês, desenvolva o hábito de identificar
quando usar a linguagem formal e informal.

Organize a sala em grupos pra que eles produzam vídeos com diálogos formais e informais.

MÓDULO 4 – Variações nas Artes feitas com


palavras em Português Brasileiro

Habilidade Específica

(EMIFLGG07) Identificar e explicar questões socioculturais e ambientais passíveis de mediação e


intervenção por meio de práticas de linguagem.

(EMIFLGG08) Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das práticas de


linguagem para propor ações individuais e/ ou coletivas de mediação e intervenção sobre formas de
interação e de atuação social, artísticocultural ou ambiental, visando colaborar para o convívio
democrático e republicano com a diversidade humana e para o cuidado com o meio ambiente.
(EMIFLGG09) Propor e testar estratégias de mediação e intervenção sociocultural e ambiental,
selecionando adequadamente elementos das diferentes linguagens.

Unidade Curricular

UC 6 - Variação linguística na música popular brasileira

UC 7 - Variação linguística na Literatura Tocantinense.

Objetos de Conhecimento

Períodos da evolução da língua portuguesa em Portugal e no Brasil.

Origens de palavras Novo Acordo Ortográfico Redução de ditongos.

As realizações de /s/,/r/e/l/pós vocálicos.

Ditongação em sílabas finais.

Perda de -r final em itens lexicais.

Variação na regência verbal.

A colocação pronominal/tendência à supressão dos clíticos.

Variação na concordância de número em sintagmas verbais e nominais.

A variação nas construções relativas.

A morfossintaxe do pronome objeto e o pronome sujeito.

A Alternância entre seu/dele no sistema dos possessivos.

Apreciação e réplica

Variedades estilísticas

Curadoria de informação

Apreciação e réplica

Dialetos e o Preconceito linguístico

Análise dos filmes: Central do Brasil (1988), Língua: Vidas em Português, Português, a Língua do Brasil
(2007)

Exposição de painel sobre diferentes dialetos no Brasil.

Documentário: entrevista sobre os dialetos da comunidade local e outros.

Sugestões Pedagógicas

FALARES REGIONAIS NA LITERATURA TOCANTINENSE


https://gazetadocerrado.com.br/oh-ciahzinha-o-jeito-tocantinense-de-falar-que-virou-moda/

“Ôh siázinha”: O jeito Tocantinense de falar que virou moda

Lucas Eurilio/Repórter Gazeta do Cerrado


A linguagem é um dos maiores meios de comunicação existentes no planeta. Com o advento da
tecnologia, as pessoas parecem estar mais conectadas ainda através da internet. Todavia
vivemos em um mundo plural onde o linguajar representa a cultura e o regionalismo de um povo
através de palavras locais utilizadas por moradores de determinadas regiões.
O Tocantins por exemplo, é o mais novo estado do país e agrega um regionalismo cultural que
vem sendo expandido não apenas em festas tradicionais, na gastronomia, mas também na forma
de se falar.
Quem nunca ouviu no meio de uma frase: Poxa “siahzinha”, deixa fulano fazer isso, vamos
embora. Ou até mesmo um “Isturdia” eu fui ali na casa de mainha e tava só a “bagaceira” lá.

Palavras viraram parte do vocabulário tocantinense – Reprodução Google Imagens

Para o pesquisador de Cultura, Meio Ambiente e professor da Universidade Federal do Tocantins


(UFT), Wolfgang Teske, o regionalismo é uma das maiores polaridades culturais do nosso país
por conta de toda a diversidade encontrada aqui.
“Em primeiro lugar, a questão do regionalismo no nosso país, se constitui a meu ver, uma riqueza
cultural. Nós temos uma língua culta que é o português, então é uma língua oficial e essa
linguagem vai ser ensinada nas escolas, na literatura, em documentos oficiais. Entretanto, a
mesma palavra, as mesmas expressões, podem ser ditas de forma diferenciada em cada região
do país”, disse à Gazeta.
O especialista disse ainda que muitas vezes, palavras são deixadas por nossos descendentes
como ensinamento e que é de fácil compreensão para o povo que vive em determinada
localidade.
“São jeitos de falar que muitas vezes vem de nossos antepassados. O mais importante é o
sentido, o significado. E a cultura regional, dessa língua regional, a meu ver, ela reforça a
importância da diversidade em nosso país. E isso é muito bonito, porque todo mundo fala do
mesmo jeito, fala diferente, pronuncia diferente, que tem um sotaque diferente, nem por isso
deixa de ser brasileiro”.

Confira abaixo algumas palavras utilizadas no dia a dia do Tocantinense.


Isturdia – o mesmo que “esses dias”, indica temporalidade imprecisa. “Isturdia fui na casa da
minha filha buscar um café”.
Siá ou Siazinha – é o mesmo que “ôh muher”, é usado em várias frases, por exemplo, “Hey
siazinha, você viu que vai chover, vamos tirar as roupas do varal pra mim”.
Outra bastante utilizada no Tocantins é palavra “abuso ou abusada“. Ela pode indicar uma
pessoa ou coisa chata. Exemplo: Meu Deus que pessoa abusada.
Infarento – Também tem o mesmo significado da palavra abuso.
Arrocha o Buriti ou arrocha – expressão usada em vários contextos geralmente para enfatizar
uma ação. “Posso colocar pimenta na comida?”
“Arrocha o buriti ciah”.
Boroca – Expressão geralmente utilizada para designar uma mala, bolsa ou bagagem. “Vou ali
buscar minha boroca porque vou precisar dela pra viajar”.
Na Baixa da Égua – Idenfitica um lugar distante, por exemplo: “Onde você mora?”
“Na baixa da égua”.
Queijinho – Siginifica rotatória ou rótula. “Depois do primeiro queijinho, vire a esquerda”.
Acumaé – É o mesmo que você perguntar “como é que é?”
Bagaceira – Quer dizer festa, bagunça, farra.
Bruta – Forte, grande, gente ignorante, sem costume.
Merimã ou Merimão – Mesmo siginificado que “minha irmã” ou “meu irmão”. Exmplo,
“Merimã do céu, o que tá fazendo da sua vida”?
Réi ou Véi – Geralmente são palavras usadas para chamar a atenção de alguém. “Oh menino
réi (véi), mais gosta de dar trabalho”.
Menino do buchão – no regionalismo tocantinense, a expressão quer dizer criança custosa ou
traquinas, que dá trabalho.

ATIVIDADE PROPOSTA

Separe os estudantes em grupos. Eles devem preparar uma pequena peça teatral fazendo uso de
expressões tocantinenses e apresentar para a turma ou para a escola, conforme a agenda pedagógica
da escola.
Leitura de contos tocantinenses

O Quati
Conto publicado no livro "O Quati e outros contos".

Era entre nove e dez horas de um dia ensolarado de outubro. Vindo de Natividade para Porto Nacional, o
ônibus da Paraíso, velho, sujo e barulhento, sacolejava pela estrada buraquenta, cuspindo fumaça e
levantando uma poeirama dos diabos. Isso em 1982, num ponto qualquer entre Santa Rosa e
Silvanópolis.
Como sempre, a geringonça vinha apinhada de passageiros, mercadorias e bagagens – sacos, sacolas,
malas, bruacas e toda sorte de pacotes, cheios de toda sorte de bugigangas, que não cabiam no bagageiro
e, por isso, disputavam o lugar com os passageiros.

Naquele sufoco, os cheiros que se misturavam ao calor tornavam o ar tão pesado que dava para
cortá-lo em fatias. O chulé de mãos dadas com o bodum do sovaco, o cheirinho do xixi dos bebês misturado
com o perfume dos pequis (era outubro, lembra-se?), além de outros cheiros difíceis de identificar,
transformavam o interior do ônibus num inferno para narinas desacostumadas.

Por isso, foi um enorme alívio quando o motorista deu um grito:

- Olha o quati! E, freando bruscamente o ônibus, desceu correndo para o cerrado.

Foi o que bastou para o coletivo se esvaziar num piscar de olhos, e homens, mulheres e crianças
saírem correndo cerrado adentro, onde o animalzinho, assustado, ziguezagueava atarantado por entre as
moitas do agreste em busca de uma árvore salvadora. Encontrou-a e subiu rápido. Mas a árvore era
pequena e frágil, foi sacudida com violência pela horda de vândalos, e o quati, aterrorizado, despencou lá
de cima, olhou apavorado seus carrascos em círculo, viu uma brecha e meteu-se nela.

Não sei por que cargas-d’água meus maus instintos de antigo caçador (ou matador) despertaram
num momento e, quando o animalzinho passou ao meu lado, desferi-lhe um bruto pontapé no
quarto traseiro que o fez cair e rolar, não sem antes virar-se para mim com a dentuça arreganhada. Rápido,
antes que ele se levantasse, peguei-o pela ponta do rabo e ergui-o de cabeça para baixo. Eu saí caminhando
triunfante no meio de todos aqueles caçadores improvisados, que dominaram o bichinho e o imobilizaram
com a maior facilidade.

Ainda hoje lembro o olhar do quati. Não era ódio. Acho que os quatis não odeiam. Era medo,
pânico, era a certeza de que seus dias tinham chegado ao fim. Quem disse que os bichos não têm
consciência?

O motorista sorria feliz e lambia os beiços, antegozando o lauto banquete.

Terminada a “gloriosa” batalha, o ônibus roncou e seguiu caminho. Foi aí que eu percebi uma dorzinha
no meio da canela direita. Passei a mão e notei que a calça estava toda encharcada, pegajosa e rasgada. Vi
sangue na mão molhada. Puxei a perna da calça para cima, olhei a canela e lá estava um corte fundo, do
tamanho de minha boca e que começava a doer.

Então pensei no quati e caí em mim. Senti um remorso do tamanho do mundo. Argumentei com o
motorista, supliquei que parasse o ônibus e soltássemos o bichinho. Tudo em vão. O resto da viagem foi
um tormento – muito mais pelo tardio arrependimento do que pela dor da ferida, que ficava cada vez mais
forte.

Chegando ao destino – Porto Nacional – fui ao Hospital São Vicente de Paula para o curativo. Levei
cinco pontos e me levaram um bom dinheiro.

Ainda hoje, quando recordo o episódio, sinto um remorso danado e tenho raiva de mim mesmo.
Eu era seguramente a pessoa mais culta naquele ônibus. Sabia das coisas. Devia ter-me valido de minha
autoridade e impedido o crime. Não! fui o principal criminoso. Não fosse por mim, homem, rei da
criação, animal racional, o animalzinho irracional , o quatizinho, estaria vivo e feliz, solto pelo cerrado,
inofensivo, emprestando à linda natureza de começo das chuvas a graça de seu jeito maroto e
descontraído, pondo vida e movimento na verde placidez da paisagem.

Cinco pontos e uma cicatriz!


Bem feito!

"Nóis Mudemo"
Fidêncio Bogo

As aulas tinham começado numa segunda-feira. Escola de periferia, classes


heterogêneas, retardatários. Entre eles, uma criança crescida, quase um rapaz.
− Por que você faltou esses dias todos?
− É que nóis mudemo onti, fessora. Nóis veio da
fazenda. Risadinhas da turma.
− Não se diz “nóis mudemo” menino! A gente deve dizer: nós mudamos, tá?
− Tá fessora!
No recreio as chacotas dos colegas: Oi, nóis mudemo! Até amanhã,
nóis mudemo! No dia seguinte, a mesma coisa: risadinhas, cochichos,
gozações.
[...]
Na quarta-feira, dei pela falta do menino. Ele não apareceu no resto da semana, nem na
segunda-feira seguinte. Aí me dei conta de que eu nem sabia o nome dele. Procurei no diário
de classe e soube que se chamava Lúcio – Lúcio Rodrigues Barbosa. Achei o endereço.
Longe, um dos últimos casebres do bairro. Fui lá, uma tarde. O rapaz tinha partido no dia
anterior para casa de um tio, no sul do Pará.
[...]
O episódio ocorrera há dezessete anos e tinha caído em total esquecimento, ao menos de
minha parte. Uma tarde, um povoado à beira da Belém-Brasília, eu ia pegar o ônibus,
quando alguém me chamou. Olhei e vi, acenando para mim, um rapaz pobremente
vestido, magro, com aparência doentia.
− O que é, moço?
− A senhora não se lembra de
mim, fessora? [...]
− Não me lembro não, moço. Você me conhece? De onde? Foi meu aluno? Como
se chama? Para tantas perguntas, uma resposta lacônica:
− Eu sou “Nóis mudemo”,
lembra? Comecei a tremer.
− Sim, moço. Agora lembro. Como era mesmo o seu nome?
− Lúcio – Lúcio Rodrigues Barbosa.
− O que aconteceu?
− Ah! Fessora! É mais fácil dizê o que não aconteceu. Comi o pão que o diabo amasso.
E êta diabo bom de padaria! Fui garimpeiro. Fui boia-fria, um “gato” me arrecadou e levou num
caminhão pruma fazenda no meio da mata. Lá trabaiei como escravo, passei fome, fui baleado
quando consegui fugi. Peguei tudo quanto é doença. Até na cadeia já fui pará. Nóis ignorante
as veis fais coisa sem querê fazê. A escola fais uma farta danada. Eu não devia tê saído daquele
jeito, fessora, mais não aguentei as gozação da turma. Eu vi logo que nunca ia consegui falá
direito. Ainda hoje não sei.
− Meu Deus!
Aquela revelação me virou pelo avesso. Foi demais para mim. Descontrolada, comecei a
soluçar convulsivamente. Como eu podia ter sido tão burra e má? E abracei o rapaz, o que
restava do rapaz que me olhava atarantado.

Questão 01 De acordo com a queixa de Lúcio, o grande responsável pelo seu destino
foi:

a) a professora que o ridicularizou diante da turma e foi omissa frente ao assédio.


b) a sugestão que lhe fizeram de se mudar para a casa de um tio no sul do Pará.
c) a correção feita pela professora: “A gente deve dizer: nós mudamos, tá?”.
d) o próprio Lúcio, por não ter enfrentado a situação e abandonado a escola.
e) o fato de ele ter se mudado para a cidade e não renegar suas origens.

Questão 02 Tendo em vista a omissão de algumas frases, é CORRETO inferir que o trecho
“Entrei no ônibus apinhado. Cem olhos eram cem flechas vingadoras apontadas
para mim.”, pode fazer referência:

a) ao fato de os olhares dos passageiros refletirem censura ao atraso da viagem por causa
da conversa da professora com seu ex-aluno.
b) à constatação da narradora de que os usuários de transporte público daquele povoado
gostavam de ter professores como companhia.
c) à reação dos passageiros que ofereciam olhares de censura como consolo à professora
transtornada com a história do menino Lúcio.
d) à recriminação que os outros passageiros, tendo adivinhado a história, negavam à
professora pela sua atitude de dezessete anos passados.
ao incômodo dos ocupantes do ônibus em receber no veículo uma pessoa que conversara com
um moço sofrido como eles antes de embarcar.

Questão 03 A partir do que sugerem os Parâmetros Curriculares Nacionais para o


Ensino Médio, é
CORRETO afirmar que a aula de Língua Portuguesa apresentada no texto:

a) revela uma reflexão sobre o uso da língua na vida e na sociedade, o aprimoramento do


aluno como pessoa humana e o desenvolvimento de sua autonomia intelectual.
b) tem como objetivo um conhecimento linguístico amplo, sendo a comunicação a base
das ações que permite o desenvolvimento das capacidades cognitivas dos alunos.
c) toma a língua como um sistema normativo para falar e escrever bem, algo separado
do contexto social vivido, divorciada de sua própria natureza.
d) trata a língua como objeto de conhecimento em diálogo, uma vez que o aluno
domina, em diferentes graus, seu uso social.
e) toma o saber linguístico do aluno como ponto de partida para o que será desenvolvido,
tendo como referência o valor da linguagem nas diferentes esferas sociais.
Questão 04 Considerando a organização estilística e composicional do texto, é CORRETO
afirmar que “Nóis mudemo” configura-se, enquanto gênero textual, como:

a) dissertação, já que traz uma reflexão crítica sobre um tema do cotidiano. Articula
personagens e acontecimentos. É uma leitura que nos envolve, uma vez que utiliza a
primeira pessoa e aproxima o autor de quem lê como se estivessem em uma conversa
informal.
b) crônica, pois sua forma textual é injuntiva e tem por assunto um fato ligado à vida
cotidiana. Com linguagem coloquial, traz um toque de crítica indireta. É de leitura
agradável, pois o leitor interage com os acontecimentos e, por muitas vezes, identifica-
se com as ações tomadas pelas personagens.
c) testemunho, pois trata-se de um texto de linguagem simples, o que o torna ainda mais
próximo de todo tipo de leitor e de, praticamente, todas as faixas etárias. Estão presentes
a sátira, a ironia e o uso da linguagem coloquial para exposição dos sentimentos e a
reflexão sobre o que se passa.
d) conto, pois trata-se de um texto narrativo breve, em prosa, com uma linguagem simples
e clara, que aborda situações do cotidiano, o que o torna ainda mais próximo do leitor.
A história apresentada tem início, meio e fim e envolve um grupo específico de
personagens, incluído aí também o narrador.
e) narração, modalidade em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu em um
determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Refere-se a objetos do
mundo real. Há uma relação de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal
predominante é o passado.

Questão 05 O texto de Fidêncio Bogo demonstra a validade dos estudos da


Sociolinguística Educacional. Tal afirmativa é VERDADEIRA porque:
a) ao dar espaço para a fala do aluno, o autor mostra o quanto os dialetos rurais
precisam ser corrigidos por estarem distantes da norma culta usada pelos professores.
b) esse campo de estudos defende que os alunos de classes populares tenham sua fala
respeitada e que, através do ensino, sejam levados a dominar a norma culta.
c) o autor dá voz a uma professora, mostrando, com isso, a impossibilidade de êxito
do processo educativo em uma escola aberta à heterogeneidade das classes populares.
d) esse campo de estudos lida com as decepções de professores e de alunos carentes
nas aulas de língua, buscando, em teorias sociológicas, a solução do problema.
e) o episódio ocorre no sul do Pará, mostrando que o abandono escolar, entre outras
questões, tem um fundo social e que, por isso, não é comum no Sudeste brasileiro.

Questão 06 Indique, entre as atividades apresentadas a seguir, aquela que representa uma
contribuição dos estudos linguísticos para a renovação do trabalho escolar com
a Língua Portuguesa.

a) Propor aos alunos a resolução de listas de exercícios para fixação de conteúdo


gramatical estudado em classe.
b) Pesquisar, junto com os alunos, as características (fonéticas, morfológicas etc.)
da fala da comunidade escolar.
c) Propor aos alunos atividades de escrita com tema livre e/ou com temas que facilitem a
fixação de tempos verbais.
d) Ordenar a leitura de textos literários canônicos em busca de modelos de correção
gramatical, bem como de erudição.
e) Auxiliar os alunos na leitura e produção de textos, a fim de que memorizem usos
obrigatórios no mundo do trabalho.

Questão 07 Os documentos oficiais assinalam a necessidade de os professores de Língua


Portuguesa abandonarem práticas de avaliação tradicionais. Nesse sentido, uma
proposta de avaliação mais concorde com os novos paradigmas educacionais
brasileiros seria:

a) proceder a uma leitura atenta das produções textuais dos alunos, indicando as
incorreções ortográficas e gramaticais que possam impedir sua classificação em
processos de seleção para emprego.
b) medir o desempenho dos alunos em atividades variadas de uso da linguagem, premiando
aqueles com melhor domínio de habilidades linguísticas valorizadas socialmente,
conforme orientações de especialistas.
c) aferir, em uma perspectiva classificatória, o conhecimento linguístico dos alunos através
da realização de trabalhos coletivos relevantes, estruturados a partir de situações-
problema comuns do dia a dia.
d) fazer apreciação contínua do desenvolvimento das habilidades dos alunos, observando
seu desempenho em diferentes tarefas orais e escritas, tomando por parâmetro a
adequação à situação enunciativa.
e) implementar práticas de avaliação mútua, a fim de que os alunos, assinalando
incorreções uns dos outros, sejam corresponsáveis pela medição de habilidades e por
situar a si mesmos em escala classificatória.

Questão 08 Em relação à abordagem dos gêneros textuais em sala de aula, Marcuschi (2008)
retoma as ideias apresentadas por Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004) e sugere
que os gêneros devem ser agrupados por séries, de acordo com suas
características discursivas. Tendo isso em mente, observe as caracterizações a
seguir:

I- Representação pelo discurso de experiências vividas, situadas no tempo.


II - Sustentação, refutação e negociação de tomadas de posição.
III - Apresentação textual de diferentes formas dos saberes.
IV - Regulação mútua de comportamentos.

Os gêneros referidos em I, II, III e IV são, respectivamente:

a) relato de viagem, texto de opinião, relatório científico, instruções de uso.


b) fábula, testemunho, carta do leitor, regras de jogo.
c) conto, notícia, conferência, receita.
d) entrevista, instruções de montagem, seminário, crônica.
e) texto instrucional, lenda, reportagem, debate.

AS INFLUÊNCIAS QUILOMBOLAS NA CULTURA TOCANTINENSE / BRASILEIRA

Introdução
Esta sequência didática tem o propósito de incentivar o reconhecimento da importância
dos territórios quilombolas no Brasil. Por meio das atividades propostas, os alunos serão
levados a compreender que os territórios são essenciais para a manutenção dos costumes e
tradições de povos de comunidades quilombolas.
Providencie, com antecedência, um mapa das Terras quilombolas no Brasil / Tocantins. O
mapa pode ser obtido em livros didáticos, atlas e na internet.

Inicie a aula com a reprodução, em caixas de som ou rádio, da música “Quilombo, o


Eldorado Negro”, interpretada por Gilberto Gil e escrita por ele e Waly Salomão. Essa música
faz parte da trilha sonora do filme “Quilombo”, de 1984, com direção de Cacá Diegues. Projete
a letra da música para que todos possam acompanhar a canção.
Proponha aos alunos que expressem oralmente o que acharam da música. Incentive-os
com questionamentos curtos, como:
• Do que trata essa música?
• O que o cantor diz sobre os quilombos?
• Que sentimento ela nos transmite (tristeza, alegria, espanto e etc.)?
Anote as respostas dos alunos na lousa. Além de um registro sobre as impressões gerais
da turma sobre a música, essa anotação servirá de guia de discussão criado a partir das ideias
dos próprios alunos.
Explique aos alunos que os quilombos são comunidades formadas por escravizados
fugitivos ou ex-escravizados. Como forma de reparação histórica e respeito à diversidade
étnico-cultural, a legislação brasileira reconhece o direito dos descendentes de pessoas
escravizadas à ocupação das terras onde se formaram as comunidades quilombolas.

2ª atividade:

Peça aos alunos que se organizem em quartetos para a realização de uma atividade de
dis- cussão e reflexão sobre os quilombos, com base na pergunta a seguir:
“Por que o direito à terra é importante para as comunidades quilombolas?”
Cada grupo deverá conversar entre si para definir uma resposta para a pergunta. Após
um tempo determinado, proponha que cada grupo apresente a sua resposta à turma, na frente da
sala.
3ª atividade:

Explique aos alunos que a próxima aula será reservada para a confecção de cartazes sobre a
importância dos territórios quilombolas. Os cartazes serão produzidos pelas mesmas equipes desta aula.
Sorteie o tema das Terras Indígenas e dos territórios das comunidades quilombo- las entre as equipes. Peça
aos alunos que pesquisem textos e imagens em casa, na biblioteca da escola ou no laboratório de informática,
para que possam elaborar os cartazes na aula seguinte.

Aula 3

1ª atividade

Reserve a aula para a produção dos cartazes em cartolina. Distribua os materiais a cada gru- po,
deixando um tempo para que decidam o que vão representar no cartaz, de acordo com o material que
pesquisaram e que trouxeram para a sala de aula.

Auxilie os alunos no que for necessário para a elaboração dos trabalhos.

2ª atividade

Com os cartazes prontos, peça a cada grupo que apresente seu trabalho aos demais colegas,
explicando o que escolheram representar.
Ao final da aula, recolha os cartazes para afixá-los em área comum da escola, para que todas as turmas
possam apreciar os trabalhos dos colegas.

MÓDULO 5 – Marketing e Gestão de Eventos

Habilidades Específicas

(EMIFLGG10) Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados às várias linguagens


podem ser utilizados na concretização de projetos pessoais ou produtivos, considerando as diversas
tecnologias disponíveis e os impactos socioambientais. (EMIFLGG11) Selecionar e mobilizar
intencionalmente conhecimentos e recursos das práticas de linguagem para desenvolver um projeto pessoal
ou um empreendimento produtivo.

(EMIFLGG12) Desenvolver projetos pessoais ou produtivos, utilizando as práticas de linguagens socialmente


relevantes, em diferentes campos de atuação, para formular propostas concretas, articuladas com o projeto
de vida.

Unidade Curricular

UC 8 - Gestão de Eventos;.
UC 9 - Estudante Empreendedor.

Objetos de Conhecimento

UC 8 - Gestão de Eventos
O professor irá criar junto com os estudantes um projeto de gestão de evento esportivo:
Gestão de um Evento: Estudo técnico das modalidades esportivas competitivas: campeonatos de futebol, de
danças, de corridas e outras.
Conteúdo: - História da Educação Física e sua evolução ao longo dos anos; História do Futebol e ramificações
para campeonatos, História da Dança e suas vertentes (competitivas e demonstrativas). –

Emprego das gírias e jargões esportivos, -


Emprego da linguagem apropriada para o público alvo na divulgação escrita ou falada, cerimoniais, etc. –
Estabelecer o público alvo (pesquisa de campo);
Como planejar e criar um cronograma esportivo;
Desenvolvimento de estratégia (de acordo com a modalidade esportiva escolhida);
Como formar uma equipe organizadora de evento ;
Quais atribuições e funções de um líder;
Designar atribuições de cada função;
Identificação e engajamento de possíveis parceiros e patrocinadores;
Preparação/Como fazer a escolha do local apropriado e data para o evento (preservação do ambiente,
ambientes propícios para um Evento, impacto ambiental e social);
Desenvolvimento (objetivo do evento) ;
Mercado de trabalho referente a educação física, empresários que desenvolvam gestões como as levantadas
pelos estudantes; (palestras, mesas redondas, tempestade de ideias);
Escolhas profissionais por parte dos estudantes que vislumbrem serem empresários do ramo esportivo ;
Propostas levantadas pela turma;
Como definir a atuação de funcionários (empresa - colaboradora);
As atribuições; - Criar estratégias empreendedoras;
UC 9 - Estudante Empreendedor.
Criação de um projeto empreendedor: -
Conceitos e aprofundamentos de Marketing e Marketing Digital: o que é, como fazer e estratégias;
Estratégias de comunicação (focar na linguagem apropriada);
Estudante empreendedor;
Definições iniciais de um negócio: Pesquisa de campo
Conheça a sua comunidade;
Como fazer um plano de negócio;
Qual tipo de produto a turma escolheu? (Por quê);
Viabilidade do produto, da marca ou empresa; O cenário empresarial;
Estratégias de capital;
Investimento (Recursos) –
Preço
Valores;
Fluxo de caixa;
Moeda (criação de uma moeda para poder girar no “comércio” e os estudantes aprenderem sobre finanças);
Marketing digital (desenvolvimento, divulgação, redes sociais, criação de marca, escolha do nicho);
Pesquisar e utilizar o conceito de “Copywriting”.
Como as redes sociais podem alavancar um evento.
Produto final: Será definido pelo estudante ou grupo o projeto empreendedor escolhido (esportivos e/ou
outros). Como por exemplo: Escolinha de Futebol, Escolinha de Dança, Lojas Esportivas ou não e etc.
Professor deve ficar atento na linguagem adequada para cada situação e deixar evidente a importância de se
posicionar bem para o sucesso de qualquer projeto empreendedor.
Esboço de projeto

1. Título do Projeto
Procure colocar no título a síntese do objetivo principal do seu Projeto

2. Objetivos
Objetivo Geral
Descrição completa do objeto a ser executado.
Deve ser claro, coerente e sucinto para dizer o que o projeto quer;
Deve refletir a razão de ser do projeto.
Indica o objetivo maior que orienta a intervenção, é superior ao objetivo específico do projeto.

Objetivo Específico
Descrição completa do objeto a ser executado.
Deve ser claro, coerente e sucinto para dizer o que o projeto quer;
Deve refletir a razão de ser do projeto.
Indica o objetivo maior que orienta a intervenção, é superior ao objetivo específico do projeto.

3. Metas
Descrever as metas desejadas com a aplicação do Projeto.
Quantitativas: indique as metas físicas tangíveis, relacionadas aos objetivos, geral e específicos, de
modo a permitir a verificação da eficiência e da eficácia das ações.
Qualitativas: indique metas relacionadas a aspectos intangíveis dos objetivos, geralmente relacionados
aos impactos gerados no público alvo.
4. Justificativa
Fomentar de forma pertinente a relevância do projeto como resposta a um problema ou necessidade
identificada de forma objetiva. Deve haver ênfase em aspectos qualitativos e quantitativos, evitando
dissertações genéricas sobre o tema.
Informe os motivos que o levaram a propor o projeto
O projeto deve estar baseado em uma justificativa absolutamente coerente, que fundamente a sua razão
de ser;
Não deverá haver dúvida da razão do por que do projeto, o fim a que se destina, devendo convencer da
necessidade e relevância dos objetivos propostos;
Uma análise objetiva do contexto geral e específico poderá ser útil nesta fundamentação.
Nessa ação deve-se informar os indicadores que comprovem a capacidade técnico-operativa do
proponente.
5. Beneficiário da proposta
Indivíduo ou instituição que se beneficiará da proposta apresentada. Poderá ser o mesmo do autor da
proposta.

Público alvo
Delimitar o público envolvido e descrever os benefícios diretos e indiretos.
Essa descrição deve ser realista e coerente com a proposta e estratégia do projeto.

6. Local
Descrição detalhada do(s) lugar(es) onde serão executadas as atividades.

7. Estratégia de ação
Descrição quantitativa e qualitativa das metas a serem atingidas.
Descrever o passo a passo do desenvolvimento do projeto;
Descrever os meios /ações que serão utilizadas para assegurar o êxito do projeto;
Não queimar etapas – as ações devem ser necessárias e suficientes para assegurar os objetivos
pretendidos, mostrando coerência no texto;
Verificar se todas as atividades essenciais requeridas para alcançar os resultados foram listadas.

8. Metodologia
É o conjunto de técnicas e processos utilizados para ultrapassar a subjetividade da ação. Deve apresentar
compatibilidade com os objetivos, metas e conceitos, bem como com a forma de aplicação e
desenvolvimento das atividades do projeto apresentado. Explicar, sucintamente, como o projeto será
desenvolvido: ações, atividades previstas (esportivas e complementares) e os meios de realização.
Detalhar como as diferentes etapas serão implementadas e qual a inter-relação entre as mesmas.

9. Cronograma de atividades
Descrever com a maior precisão possível, as datas e as atividades a serem realizadas. Um cronograma
pode ser elaborado a partir de prazos limites ou de prazos por atividades.

10. Orçamento
Descrever, detalhadamente, o orçamento com os respectivos cronogramas de aplicação: especificando
onde e como as verbas serão aplicadas.
A elaboração de um bom orçamento requer planejamento, pesquisa, tempo e paciência. É preciso
determinar e cotar todos os itens que constaram no projeto (recursos humanos, materiais, serviços de
terceiros e etc.), ou seja, é a relação de tudo que será necessário para a realização de um projeto.
MÓDULO 6 – Brasil, História, Língua Portuguesa e
Identidades Tradicionais

Habilidades Específicas

(EMIFCHSA01) Investigar e analisar situações/problema envolvendo temas e processos de natureza histórica,


social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
considerando dados e informações disponíveis em diferentes mídias.

(EMIFCHSA02) Levantar e testar hipóteses sobre temas e processos de natureza histórica, social, econômica,
filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global, contextualizando os
conhecimentos em sua realidade local e utilizando procedimentos e linguagens adequados à investigação
científica.
(EMIFCHSA03) Selecionar e sistematizar, com base em estudos e/ou pesquisas (bibliográfica, exploratória,
de campo, experimental etc.) em fontes confiáveis, informações sobre temas e processos de natureza histórica,
social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
identificando os diversos pontos de vista e posicionando -se mediante argumentação, com o cuidado de citar
as fontes dos recursos utilizados na pesquisa e buscando apresentar conclusões com o uso de diferentes mídias.

(EMIFCHSA04) Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências e reflexão
crítica sobre temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural, em
âmbito local, regional, nacional e/ou global
(EMIFCHSA05) Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos criativos para resolver problemas reais
relacionados a temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural,
em âmbito local, regional, nacional e/ou global..

(EMIFCHSA06) Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para problemas reais
relacionados a temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/ou cultural,
em âmbito local, regional, nacional e/ou global.

Unidade Curricular
UC 10 – O Brasil e a Língua Portuguesa.
UC 11 – Expansão Inglesa.
UC 12 – Diáspora Africana e a influência na forma de falar do afrobrasileiro.
Objetos de Conhecimento

UC 10 – O Brasil e a Língua Portuguesa .

História da língua portuguesa

A língua no Brasil é diferente da língua de Portugal?

A formação da América portuguesa no espaço do Atlântico sul e a economia açucareira.

O século do ouro: tráfico, resistência e alforrias.

A escravidão e a independência do Brasil.

A economia cafeeira e a nova escravidão do século XIX.

Os novos padrões de resistência escrava e a revolução abolicionista.

Revoltas marcantes do movimento negro: ● Conjuração Baiana ● Revolta da Chibata.

UC 11 – Expansão Inglesa.

A Inglaterra e a expansão marítima tardia.

Motivação para a colonização: conflitos religiosos e pobreza.

Cercamentos de Terras

Tipos de colonização da américa inglesa: *Colônias de Exploração. *Colônias de Povoamento. -As treze
colônias inglesas.

Relação entre as colônias inglesas.

Influência inglesa sobre as Américas espanhola e portuguesa.

UC 12 – Diáspora Africana e a influência na forma de comunicar do afrobrasileiro.


Reinos Africanos e a influência da cultura e Vocabulário Afro na sociedade Brasileira .
Escritores, artistas, cientistas e intelectuais negros que marcaram a História Brasileira: Machado de Assis,
Maria Firmina dos Reis, Carolina Maria de Jesus, Luís Gama, Lima Barreto, Milton Santos, Gilberto Gil,
Souza e Cruz, e entre outros. O discurso da igualdade da República.
Narrativas racistas do vocabulário Brasileiro.
Igualdade, Equidade e questões raciais no mercado de trabalho.
Afrodescendentes e quilombolas do Tocantins.
Povo negro e sua representatividade na sociedade atual.

Sugestões Pedagógicas

Professor, esse módulo 6 que irá discorrer sobre Nrasil, História, Língua Portuguesa e Identidades
Tradicionais será ministrado por um profissional de História.

Os objetos de Conhecimento são voltados pro componente de História.

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