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SOCIEDADE EDUCACIONAL FERNANDO ALVES

MARIA LUÍZA GALLUZZO LIMA


RAFAEL CAVALCANTE
CAROLINA ALVARENGA
HANRY FARIAS

NAS ONDAS DO RÁDIO


CARTOLA E TOM JOBIM

Rio de Janeiro
2023
MARIA LUÍZA GALLUZZO LIMA
RAFAEL CAVALCANTE
CAROLINA ALVARENGA
HANRY FARIAS

NAS ONDAS DO RÁDIO


CARTOLA E TOM JOBIM
PROFESSOR MATHEUS

Rio de Janeiro
2023
DEDICATÓRIA

O grupo dedica este trabalho ao gato da Maria Luíza, aos nossos pais e professores por nos
ajudarem tanto no desenvolvimento desse trabalho.
AGRADECIMENTOS

O grupo agradece a mãe da Maria Luíza, que nos ajudou com quase todo o trabalho,, aos
nossos animais, que deram apoio moral e aos nossos professores, Jessyca e Matheus, que
foram os principais para o desenvolvimento deste trabalho.
RESUMO

Este trabalho tem por objetivo estudar um pouco da vida e da obra dos músicos
brasileiros Cartola e Tom Jobim, sobre a divulgação de sua obra na era do rádio brasileiro e
suas relações com a época histórica que o Brasil vivia, em especial, na Era Vargas, e,
principalmente, sobre suas vidas fora das telas e mídia popular.
Estudaremos como o rádio influenciou em suas vidas para as músicas, se destacando
como uma ferramenta vital na popularização de suas músicas para o povo.
Palavras chave: rádio, compositor, samba
ABSTRACT

This work has the goal of studying a little bit of life and works of the brazillian
musicians Cartola and Tom Jobim, the disclosure of their work of brazillian radio era and their
relationships with the historical time that Brazil lived, especially in Vargas Era, especially
about their lives outside the screen and popular media.
On this work, we will study how radio influenced in their lives for songs, standing outas a
vital tool in the popularization of their music and to the people,
Keywords: radio, composers, samba
Introdução

Cartola e Tom Jobim foram dois compositores brasileiros conhecidos no mundo todo
como músicos genais.
Apesar de viveram na mesma época e no mesmo ambiente, a cidade do Rio de Janeiro,
o mundo de cada um era muito diferente um do outro.
Cartola foi um compositor extremamente popular, um homem negro, que viveu em
bairros muito pobres, da periferia do Rio de Janeiro e seu estilo de música predominante era o
samba, nascido de seu pobre violão, nos morros da zona norte da cidade, e até fundou o
G.R.E.S, mas, tem um legado lendário para muitos, e muitos o homenageam em escolas de
samba. Ele amava sua esposa, Dona Zica, e muitas musicas dele foram compostas por ambos,
Dona Zica, e Cartola.
Já Tom Jobim era um músico de outra classe social, um rapaz branco, que tinha
estudado instrumentos clássicos como piano, flauta e violão (popular e clássico). Quando
jovem, fez faculdade, mas largou, pois preferia a música. Tom Jobim tinha como estilo de
música predominante a bossa nova, criada nas esferas mais ricas da sociedade carioca, que
tinha sua raiz no samba brasileiro e misturado com o jazz negro norte-americano, um estilo de
música mais elitizado e mais fácil de ser consumido pelas elites do Brasil e, depois, de todo o
mundo, fazendo-os pesquisarem mais sobre o assunto e estudarem sobre a raiz do samba.
As características de cada um fazem deles artistas únicos e grandes em seu campo de
arte particular.
Neste trabalho, falaremos um pouco sobre cada um destes artistas e de sua relação com
a História do Brasil, em especial, com a Era Vargas.
1.Angenor de Oliveira – o Cartola

1.1.Infância
Cartola, nascido em 1908, foi um compositor brasileiro que nasceu no Rio de Janeiro,
no bairro do Catete, mas aos 11 anos de idade, mudou-se para o morro da Mangueira por
problemas financeiros, onde viveu toda a sua vida, até morrer, em 1980.
Sua família sempre frequentava festas populares, como o carnaval de rua, onde Cartola
viveu e cresceu, conhecendo de perto o samba de raiz nascido nas comunidades populares,
onde se tocava muito instrumentos de corda, como violão e cavaquinho.
Aos 8 anos, foi morar em Laranjeiras, zona sul do Rio de Janeiro. Nessa época, já saia
em desfiles como os Dia Do Rei e no rancho do Arrepiado, tipo de grupo carnavalesco
posterior ao bloco anterior a escola de samba.
Quando sua mãe faleceu, Cartola tinha apenas 15 anos e, com isso, largou os estudos,
tendo apenas o primário e precisou buscar meios para se sustentar, a mando de seu pai.
Acabou conseguindo emprego como pedreiro, em uma obra. Lá, para proteção individual, os
funcionários tinham de usar uma proteção na cabeça, como espécie de chapéu parecido com o
de Charles Chaplin, ou seja, uma cartola. Foi assim que nasceu o apelido que o acompanhou
pela vida toda e se tornou seu nome artístico, hoje, mundialmente reconhecido e aplaudido.
1.2.Vida adulta
No morro da Mangueira, Cartola e outros músicos, como Carlos Cachaça, criaram
blocos de carnaval que, de tanta adesão, acabaram crescendo e se tornando a escola de samba
conhecida como Estação Primeira de Mangueira. Os músicos tocavam, basicamente,
instrumentos populares de corda, como violão e cavaquinho, e de percussão, como pandeiro e
tamborim.
Aos 28 anos, fundou o G.R.E.S, Estação Primeira de Mangueira, segunda escola de
samba do Rio de Janeiro. “Chega de Demanda” Foi o primeiro samba da escola, composto por
Cartola, lançado no disco “História das Escolas de Samba: Mangueira.”
Tinha varias ideias de músicas por causa de sua última esposa, a sambista Dona Zica,
se casaram em 1954. Se conheciam desde jovens, vizinhos no Morro da Mangueira, não
namorava Zica pois a mesma já era comprometida por outro homem, e na época, as mulheres
eram mal vistas se o noivado fosse desfeito.
Fez grandes músicas, como As Rosas Não Falam, composta quando ele já tinha 67
anos, surgiu de uma conversa com Dona Zica, sua esposa. Ele perguntou a ele sobre uma
roseira, e respondido que ele não sabia, pois as rosas não falam. Também compôs O Mundo É
Um Moinho, gravada em 1976, composta para a afilhada da primeira mulher dele, que cartola
criou como se fosse sua filha. Na música, Cartola faz uma metáfora em que o mundo é um
moinho, ou seja, um lugar que é preciso se ter atenção para não se deixar triturar pelas feridas
antigas.
Aos poucos, Cartola foi conhecendo músicos da MPB da época, como o próprio Noel
Rosa, Francisco Reis, dentre outros e se apresentar nas rádios brasileiras que, na época,
ganhavam muita força, já que a Era Vargas, período de 1930 a 1945, quando o político
Getúlio Vargas, através de um golpe de estado, tornou-se o presidente do Brasil, o rádio foi o
meio de comunicação que mais crescia e servia como meio de divulgar as ideias políticas do
Brasil daquele momento.
1.3. Principais feitos
Era uma época de ditadura e de opressão, onde negros e pobres eram frequentemente
perseguidos pela própria polícia do governo, em especial, se estivessem reunidos em
contextos culturais, como as rodas de samba. Cartola, sabiamente, conta a lenda, para
impressionar a polícia e evitar a prisão de seus amigos músicos, todos humildes, em sua
maioria negros e pobres, decidiu que todos vestiriam terno e gravata, causando “boa
impressão” quando, na escola de samba, fossem entrar na Avenida. Dessa forma que se criou
a Comissão de Frente das escolas de samba, com músicos populares, mas vestidos de forma
elitizada, para serem respeitados em sua profissão.
Na década de 1940, Cartola foi procurado pelo compositor erudito brasileiro Heitor
Villa Lobos, no morro da Mangueira, para gravar com ele. Cartola também comandou
programas de rádio, como A Voz do Morro, onde apresentava suas canções.
Após um grande período afastado da música por conta de uma doença grave que teve,
Cartola voltou ao cenário musical brasileiro na década de 50, quando, com sua esposa, Dona
Zica, fundaram um restaurante chamado Zicartola, no centro da cidade do Rio de Janeiro. Lá
era local de muita música, o samba de Cartola e muitos outros compositores da época (como
Nelson Cavaquinho, Paulinho da Viola etc), e de comidas preparadas por Dona Zica.
Fez muitas músicas que bombaram e bombam ainda mais, cada ano mais popular
1.4. Reconhecimento e importância para a sociedade
Criou a segunda escola de samba do Rio de Janeiro, sugeriu seu nome e as cores verde e rosa,
que consagram a tradicional escola de samba carioca. Compôs o primeiro samba da escola, e a
Mangueira foi eleita como campeã do primeiro desfile oficial de Carnaval, na década de 1930.
Usou as músicas no rádio para conscientizar as pessoas na Era Vargas
Compôs varias grandiosas músicas, que são escutadas todos os dias, com significados
profundos, felizes, melancólicos, cantando e contando a realidade das pessoas negras, e muito
mais significados.
É e deve ser respeitado pelo oque carrega.

1.5. Legado
Entrou para a hístoria como um dos maiores nomes da MPB, conscientizou e conscientiza até
hoje sobre a realidade de muitas pessoas pretas e pobres.
Teve que enfrentar muitas dificuldades até sua morte, virou um símbolo imortal para o
mundo, espalhou o samba pelo mundo, que era uma coisa muito persiguida.
1.6 Fim de vida
Apesar de toda a entrada de Cartola nas rádios e nos ambientes musicais populares do
Rio, somente em 1974 conseguiu gravar seu primeiro disco. Ele já vinha, infelizmente,
adoecendo e em 1980 ele faleceu, por causa de um câncer. Ele sabia que sua doença era grave,
mas a manteve em segredo por todo o tempo, para todas, dizia que o mesmo tinha uma úlcera.
Uma semana antes de falecer, manifestou um desejo a sua família: “Quando for enterrado,
quero que Waldemiro toque o bumbo Apesar de tantas músicas populares, Cartola viveu e
morreu pobre.

2.1 Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim ou, simplesmente, Tom Jobim
2.1 Infância
Tom Jobim nasceu em 1927, um certo tempo depois de Cartola. Nasceu num bairro de
classe média alta do Rio de Janeiro, a Tijuca, mas muito cedo se mudou para a zona sul,
Ipanema. Nasceu em casa em um parto realizado pela mesma pessoa que trouxe o compositor
sambista Noel Rosa ao mundo.
Sua família era de pessoas mais ricas, tinha o pai diplomata e, por isso, teve acesso a
estudo formal de qualidade, além de ter estudado música erudita e aprendido diversos
instrumentos musicais, incluindo o piano e o violão. Perdeu o pai muito cedo, mas teve o
incentivo do padrasto, um matemático. Desde sempre, ama a boemia e o jeito carioca.
Aos 14 anos, teve suas primeiras aulas de piano com um compositor alemão, que lecionava no
Colégio Brasileiro de Almeida, cuja proprietária era Nilza, sua mãe.
Se chamava Antônio, mas a maioria chamava ele de Tom ou Tom Tom, apelido dado por sua
irmã mais nova que não sabia pronunciar seu nome corretamente.
2.2 Fase adulta
Chegou a entrar na faculdade de Arquitetura, mas a vida boemia e as rodas de música
o interessavam mais.
Tom Jobim se inspirou em músicas estrangeiras, eruditas ou não, e com isso fez
composições ricas, misturando muitas vezes o samba ao jazz, tendo ajudado a fundar o
movimento musical brasileiro conhecido como Bossa Nova, cujos fãs e adeptos eram, em
geral, as pessoas de camadas sociais mais ricas e com mais recursos financeiros. Era uma
espécie de “embranquecimento” do samba, gerando, por isso, maior interesse e mesmo
respeito das elites pela música popular brasileira, antes mais ligada somente ao samba de raiz.
Já fora da universidade, Tom Jobim se dedicava à música em bares e boates de luxo da
zona sul do Rio na década de 1940. Seu maior parceiro musical, dentre muitos outros de fama,
foi o poeta Vinícius de Moraes, que compôs muitas das letras de músicas que Tom Jobim
compôs. Os dois compuseram juntos, em 1962, a música mais famosa da dupla, Garota de
Ipanema, que rodou o mundo e ganhou fãs em todos os continentes.
2.3 Principais feitos
Fez várias parcerias ao longo de sua vida, com Vinicius de Moraes, Billy Blanco, João
Gilberto, Frank Sinatra, Gal Costa, Astrud Gilberto, Chico Buarque, Elis Regina, Louis
Armstrong, Ella Fitzgerald e muitos outros.
Espalhou a bossa nova para o Brasil e o mundo, fez shows em Nova Yorke, e
permaneceu na cidade por um curto período de tempo fazendo apresentações com diversos
outros músicos.
Ganhou diversos prêmios, como o Oscar, etc.
2.4 Reconhecimento e importância para a sociedade.
Como ele era mais respeitado, por ser mais rico, branco, e muitos outros, conseguiu
espalhar a bossa nova pelo mundo e acabar com o preconceito de algumas pessoas.
Sempre foi reconhecido por suas músicas, e até tem uma estatua dele na praia de
Ipanema, Rio de Janeiro.
Ganhou diversos troféus e fez diversas parcerias importantes na historia da música.
2.5 Legado
Gravou diversos discos que influenciaram a história da música, e foi muito lembrado por
várias delas.
Percorreu vários países dando shows, e vários prêmios importantíssimos e fez varias parcerias
importantes para a história da música.
2.6 Fim de vida
A vida de Tom Jobim foi de fama e luxo, e o mesmo escolheu viver nos Estados
Unidos depois da idade madura, onde faleceu em 1994.
Tom Jobim, como Cartola, também se consagrou no radio brasileiro, porém, sua
atuação artística agradava muito mais à elite brasileira e ao governo Vargas do que as músicas
de Cartola, que muitas das vezes traziam críticas sociais em suas letras, além, é claro, de
reflexões sobre a vida. A Bossa Nova, muitas vezes, já foi criticada por seu caráter elitista e
talvez pouco crítico, num momento em que o Brasil passava por tantas injustiças sociais e
regimes de ditadura.

Conclusão

Este trabalho conclui que tanto Cartola quanto Tom Jobim foram artistas brasileiros de
grande renome, tendo contribuído para a arte musical brasileira de forma grandiosa, cada um
de sua maneira.
Analisamos a influência que ambos tiveram no rádio, e poderíamos ter certeza que
Cartola e Tom Jobim foram compositores que tinham a facilidade de se adaptarem a novas
mídias, popularidade, audiência...
O rádio fez um desempenho fundamental no espalhamento de suas músicas e no
reconhecimento de serem identificados como compositores.
Cartola, por sua origem humilde e próxima a tudo que se refere à população
marginalizada, teve sua produção musical dirigida a esse público e, muitas vezes, inspirada
por ele, agradando menos às elites brasileira e ao governo do que a produção musical de Tom
Jobim, muito rica, elaborada, mas mais alienante, em especial as músicas do período da Bossa
Nova.
Tanto Cartola quanto Tom Jobim se consagraram nas ondas das rádios brasileiras, que,
na década de 30, eram o grande meio de comunicação de massa da população brasileira, que,
muitas vezes, servia de instrumento de propaganda do governo da época, na Era Vargas.
Os artistas são a prova, que já foi viva um dia, da diversidade e da fortuna que é a
Música Popular Brasileira (MPB).
Referências

CASTRO, Ruy. Chega de Saudade. Sao Paulo. Companhia das Letras, 1990.

CHEDIAK, Almir. Songbook – Tom Jobim, volume 1. Rio de Janeiro. Lumiar, 1996.

DALAROSSA, Danilo. Cartola, Instrumental. Rio de Janeiro. Choro Music, 1994.

RAMALHO, Monica. Cartola. Rio de Janeiro. Moderna, 1994.

www.ebiografia.com – Biografia de Cartola

www.ebiografia.com – Biografia de Tom Jobim

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