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Milton nascimento

Milton é um cantor, compositor e multi-instrumentista brasileiro, reconhecido


mundialmente como um dos mais talentosos músicos da Música Popular Brasileira.
Teve seu sucesso na música Travessia tendo sua composição e por Fernando Brant.
Milton nasceu em uma favela do bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro. Filho de
uma empregada doméstica Maria do Carmo do Nascimento, que foi abandonada
grávida por seu primeiro namorado, ela registrou o filho como mãe solteira. Mesmo
muito pobre, tentou criar Milton com ajuda de sua mãe, viúva, também empregada
doméstica mas, ainda muito jovem, entrou em depressão e morreu
de tuberculose antes de Milton completar dois anos, ficando entregue aos cuidados da
avó materna.
Uma das duas filhas do casal para o qual sua avó trabalhava, a professora de música
Lília Silva Campos, era recém-casada e não estava conseguindo engravidar.
Imediatamente, Lília apegou-se a Milton e propôs adotá-lo. A avó concordou, desde
que o trouxessem para ela vê-lo algumas vezes e não tirassem o nome da sua mãe do
registro. O casal concordou e Milton foi então adotado por Lília e seu marido Josino
Campos, dono de uma estação de rádio. A família mudou-se para Três Pontas,
em Minas Gerais. Por alguns anos ele foi filho único. Mesmo fazendo tratamento, Lília
não engravidava. O casal, então, passou a visitar orfanatos e adotou um menino e,
poucos anos depois, uma menina. O casal só teve uma filha biológica, alguns anos
depois. Milton sempre soube ser adotado, assim como seus irmãos.
Foi apelidado de "Bituca" ainda criança, por fazer um bico quando estava contrariado,
numa referência aos índios botocudos. Milton começou a gostar de música por
influência da mãe, que havia estudado com Villa Lobos. Aos quatro anos, ganhou
uma sanfona de dois baixos, e desde cedo explorou sua voz. Aos 13 anos, fazia parte
de um grupo musical de baile de Três Pontas.
Segundo Milton, quando pequena sofria preconceito por sua cor, “acredito que minha
consciência política tenha aflorado durante minha primeira infância em Três Pontas,
Minas Gerais. Eu era proibido de entrar no clube da cidade por ser negro. Isso era tão
comum que quando tinha um show, ficava do lado de fora do clube ouvindo o som.
Wagner Tiso, um dos meus melhores amigos, entrava e depois ia na praça nos contar
sobre o que vira. Na época, eu tinha 14 anos, e Wagner, 12”. Tiveram outros casos
também como este “Teve também uma vez que meu pai adotivo, Seu Zino, precisou
pegar um revólver para me defender de outro caso de racismo. Sempre enfrentei
muita coisa nesse sentido, então esse sentimento apareceu muito cedo pra mim”
Em 1966 Milton escreveu, em parceria com César Roldão Vieira, as canções para a
peça infantil "Viagem ao Faz de Conta" de Walter Quaglia. Em 1967, Milton
Nascimento entrou no estúdio acompanhado pelo 'Tamba Trio', no Rio de Janeiro, em
1967, para gravar seu primeiro disco. O encontro de 'Milton & Tamba' com os arranjos
de Luizinho Eça fazem de 'Travessia' um álbum definitivo e eternamente moderno. Na
pensão onde foi morar na capital mineira, no Edifício Levy, Milton conheceu os irmãos
Borges, Marilton, Lô e Márcio. Dos encontros na esquina das ruas Divinópolis com
Paraisópolis, no tradicional bairro belo-horizontino de Santa Tereza, surgiram os
acordes e letras de canções como "Cravo e Canela", "Alunar", "Para Lennon e
McCartney", "Trem Azul", "Nada Será Como Antes", "Estrelas", "São Vicente" e "Cais".
Em 2010 Milton Nascimento foi o homenageado do Festival Internacional de
Corais (FIC) de Belo Horizonte. No encerramento do festival Milton esteve presente e
recebeu uma homenagem de mais de mil vozes que cantaram uma composição de
Fernando Brant e Leonardo Cunha "A Voz Coral" feita especialmente para o
homenageado.
Gilberto gil
Gilberto Passos Gil Moreira nascido em Salvador, 26 de junho de 1942, também é
um cantor, compositor, multi-instrumentista, produtor
musical, político e escritor brasileiro como milton, conhecido por sua contribuição na
música brasileira e por ser vencedor de muitos prêmios como o Grammy
Awards, Grammy Latino e galardoado pelo governo francês com a Ordem Nacional do
Mérito. Em 1999, foi nomeado como Artista pela Paz, pela UNESCO.
Médico formado pela Universidade da Bahia, e de Claudina Passos Gil
Moreira, professora primária. No início da década de 1940, a família residia no Tororó,
um bairro modesto de Salvador. Devido a dificuldades em trabalhar, o Dr. José
Moreira decidiu mudar-se com a esposa para a cidade de Ituaçu. Posteriormente, o
casal saiu de Ituaçu, no interior do estado da Bahia, voltando a Salvador, para que a
criança nascesse na capital. Três semanas após o nascimento, a família retornou a
Ituaçu, onde Gil passou toda a sua infância.
Aos três anos de idade, o menino já manifestava seu desejo de ser músico, fascinado
com os sons da banda local, do sanfoneiro Cinézio e dos cantadores e violeiros-
remanescentes dos trovadores medievais, cantam versos de improviso, fazendo
desafios entre si, contando estórias e história nos pontos mais longínquos do interior.
Era uma das principais fontes de informação da população nordestina do Brasil. Seus
versos eram feitos impressos em cordeis. Além disso, Gil também ouvia grandes
sucessos das rádios do Rio de Janeiro e nos gramofones da cidade, os álbuns
de Orlando Silva, Bob Nelson e Luiz Gonzaga.
Em 1960 concluiu o ensino médio e prestou vestibular para cursar engenharia, porém,
não foi aprovado. Então, decidiu fazer cursinho, com o objetivo de cursar
administração de empresas. No ano seguinte, foi aprovado e passa a estudar
na Universidade da Bahia. Durante o curso, Gilberto Gil promoveu e participou em
eventos de vanguarda, como o Seminário de Música, dirigido pelo professor e
compositor Hans-Joachim Koellreutter, que dá ao jovem o contato com a música
erudita contemporânea; conheceu e passou a namorar Belina de Aguiar, bancária que,
mais tarde, tornou professora universitária. Em dezembro de 1964 se formou em
administração de empresas, e em janeiro do ano seguinte, mudou-se para São Paulo,
com o objetivo de prestar um processo seletivo para a Gessy Lever.
Assim como Milton, Gilberto gil também sofreu racismo. Mas ele mantém otimismo,
mesmo que no dia da entrevista o noticiário destacasse a expulsão do vereador
paulistano Camilo Cristófaro do PSB por uma fala racista.
"Antes, notícias como essa nem existiam. Os brancos exerciam sua hegemonia
silenciosamente, tranquilamente, sem perturbação nenhuma. Até bem pouco tempo
atrás escravizavam, massacravam, matavam, faziam o que queriam sem que ninguém
dissesse nada. Agora não, agora as vozes estão divididas, estão compartilhadas." Ele
relata que teve um despertar relativamente tardio para a identidade negra, para o
sentimento de negritude. "A distinção de raça para mim só veio já a partir da
adolescência. Até ali eu vivia numa família de classe média, pequeno burguesa, mãe
professora, pai médico, figuras importantes nas microssociedades em que o racismo
era nada, não existia." Foi na adolescência em Salvador e como jovem adulto em São
Paulo — onde trabalhou na companhia Gessy Lever após se graduar em
administração — que Gil vivenciou episódios abertamente racistas.
"Sofri discriminação por parte de alguns colegas e de alguns professores.
Manifestações negativas em relação a minha presença nas salas de aula e coisas
desse tipo."

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