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Marielle Franco

Angela Davis
Marielle (1979 – 2018)
Se formou pela PUC-Rio, e fez mestrado em Administração Pública
pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Sua dissertação teve
como tema: “UPP: a redução da favela a três letras”.
Iniciou sua militância em direitos humanos após ingressar no pré-
vestibular comunitário e perder uma amiga, vítima de bala perdida, num
tiroteio entre policiais e traficantes no Complexo da Maré.
Trabalhou em organizações da sociedade civil como a Brasil
Foundation e o Centro de Ações Solidárias da Maré (Ceasm).
Coordenou a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da
Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e construía diversos
coletivos e movimentos feministas, negros e de favelas.

Davis – 79 anos

Cresceu na cidade de Birmingham, onde vigoravam leis de


segregação racial que diminuíam direitos da população negra. A ativista
assumiu papel importante na luta revolucionária negra e hoje é autora
de livros como Mulheres, Raça e Classe; Uma Autobiografia; A
Democracia da Abolição; e O Sentido da Liberdade.
Carolina de
Jesus

Carolina de Jesus ( 1914 – 1977)

Foi uma escritora, compositora e poetisa brasileira, e ficou conhecida


por seu livro “Quarto de Desejo: Diário de uma favelada”. Ela foi uma das
primeiras escritoras negras do Brasil e é lembrada também como uma
forte figura do feminismo negro.
Conceição
Evaristo

Conceição Evaristo - 76 anos


A escritora e professora Conceição Evaristo é um dos maiores
nomes da literatura brasileira contemporânea e é uma das grandes
ativistas do movimento negro. As suas publicações vão desde poemas,
ensaios e até mesmo ficção. Formada em Letras, Conceição fez
Mestrado e Doutorado e deu aulas em escolas e na Universidade. Em
2018 ganhou o Prêmio de Literatura do Governo de Minas Gerais.
Dandara

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Dandara ( 1654 – 1694)
Uma das líderes femininas na luta contra a escravidão durante o
século XVII. Ela vivia no Quilombo dos Palmares, em Alagoas, no
Nordeste do Brasil, com seu marido, Zumbi, e seus três filhos. Ajudava o
símbolo de resistência dos negros em suas táticas de guerra contra
aqueles que queriam invadir os quilombos, que eram os refúgios de
negros que conseguiam escapar de seus senhores opressores, racistas
e escravistas. Foi presa em 1694 e se matou para não voltar à condição
de escrava.
D. Ivone Lara

Dona Ivone Lara (1921 – 2018)

Revolucionou o universo machista do samba ao se tornar a


primeira mulher na ala de compositores do Império Serrano. Também
criou inúmeros clássicos do samba de raiz inspirados no cotidiano
popular e conquistou respeito e reverência da MPB ao longo dos 96
anos de vida.
Tia Ciata

Hilária Batista de Almeida – ( 1854 – 1924)

Tia Ciata, foi muito importante para a difusão e afirmação da


cultura afrodescendente no início do século XX. Estabelecida na Praça
Onze, zona portuária do Rio de Janeiro, essa região ganhou o nome de
Pequena África porque reunia os ex-escravos e os negros vindos da
Bahia que moravam nos morros próximos ao centro da cidade.
Lá, eles faziam festas aos orixás, já que tia Ciata era uma mãe de
santo muito respeitada, cantavam e tocavam samba, difundindo a
música. Os célebres Pixinguinha, Donga, Heitor dos Prazeres e João da
Baiana eram alguns dos frequentadores da região.
Tereza de
Bengala
Machado de
Antonieta de
Assis
Barros
Tereza – (1700 – 1770)
Por falta de registros, não se sabe exatamente quando e onde
Tereza veio ao mundo. Pode ter sido tanto na África, quanto no Brasil.
Tereza foi uma excelente chefe, ela criou um parlamento para
decidir em grupo as ações da comunidade. Vale lembrar que os
quilombolas viviam do cultivo do algodão, milho, feijão, mandioca e
banana, e também da venda dos excedentes produzidos.
Além desses cuidados, Tereza também comandava a estrutura
política, econômica e administrativa do quilombo. Ela manteve um
sistema de defesa com armas trocadas com os brancos ou roubadas das
vilas próximas, e muito inteligentemente, Tereza transformou os ferros,
que eram usados contra a comunidade negra, em instrumentos de
trabalho.

Antonieta de Barros (1901 – 1952)


Primeira mulher negra a ser eleita no Deputada Brasil. Antonieta,
acreditava que a educação era o caminho para o futuro e instituiu o
marco que os educadores passassem a ser vistos como importantes
agentes de mudanças na sociedade.
Com a Lei nº 145 de 12 de outubro de 1948, Antonieta criou o Dia
do Professor e o feriado escolar em Santa Catarina, estado pelo qual
foi eleita. Quase duas décadas depois, em outubro de 1963, o
presidente à época João Goulart tornou a lei nacional.
Aleijadinho
Machado de Assis (1839 – 1908)
Joaquim Maria Machado de Assis foi outro brasileiro que superou
o racismo e se tornou um dos maiores nomes da literatura nacional,
sendo, inclusive, fundador da Academia Brasileira de Letras. Machado
de Assis mal frequentou escolas e, superando as dificuldades,
conseguiu ascender socialmente. Vivendo no contexto de difusão do
ceticismo e das teorias sociais de que os negros seriam atrasados e
inferiores aos brancos, ele conseguiu comprovar que a capacidade não
está na cor, mas no intelecto. Além disso, através de sua atuação na
administração pública, lutou contra a escravidão, buscando alargar a
Lei do Ventre Livre, de 1871, para que ela, de fato, conseguisse
beneficiar os escravos.

Antônio Francisco Lisboa (1738 – 1814)

Ícone do barroco brasileiro, foi um importante escultor, entalhador e


arquiteto do Brasil colonial. Durante o ciclo do ouro em Minas Gerais,
produziu suas obras especialmente em igrejas com o patrocínio de
uma elite urbana. Suas obras se inseriam no contexto da época: a
Igreja Católica passava pelo momento de contrarreforma e foi nesse
período que os jesuítas foram enviados ao Brasil para catequizar a
população. Sendo assim, a produção das obras sacras contribuíram
para reforçar a religiosidade. Através da arte, ele conseguiu projeção
numa sociedade escravista, apesar de sua cor.
Grande Otelo

Elza Soares
Grande Otelo (1915 – 1993)

O ator Grande Otelo foi um dos maiores das artes cênicas brasileira no
século XX. Os seus trabalhos, especialmente com Oscarito, fizeram muito sucesso
no cinema. Sebastião Bernardes de Souza Prata nasceu em Minas Gerais e
começou a representar nas festas populares.

Ele protagonizou um marco importante: os negros não podiam entrar pela


porta da frente nos cassinos, esse evento só foi superado depois que Grande
Otelo foi contratado para atuar em um deles.
Elza Soares ( 1930 – 2022)

Conhecida pela voz rouca, Elza Soares é uma das maiores


cantoras do Brasil apesar da dura história de vida que teve. Ela fez o
primeiro teste para a Rádio Tupi em 1953, no show de calouros do
famoso Ary Barroso, e ficou em primeiro lugar.
A cantora atuou na Orquestra Garam Bailes, na Rádio Vera Cruz,
participou do Festival Nacional da Bossa Nova e foi representante do
Brasil na copa do mundo do Chile. A BBC elegeu em 2000 Elza Soares
como a melhor cantora do universo.
Zumbi dos
Palmares

Gilberto Gil
Zumbi dos Palmares (1655 – 1695)
Gilberto Gil - 81 anos
É por causa dele que no dia 20 de novembro é comemorado no
BrasilCantor,
o dia da Consciência
músico, Negra. Zumbi
instrumentista é o ícone
e ministro da resistência
da cultura, negra
Gilberto Gil foi
à escravidão
importante de no Brasil.
muitas Último
formas paralíder do Quilombo
o Brasil. Em 1963dos Palmares,
conheceu na
outros
região da
jovens CapitaniaCaetano
talentosos: de Pernambuco,
Veloso, Mariaele era responsável
Bethânia, Tom Zé pore uma
Gal
comunidade
Costa. formada
Juntos, por escravoscriaram
revolucionários, negros oque haviam escapado
Movimento das
Tropicalista.
fazendas,Gilprisões
Gilberto e senzalas
participou coloniais. Festivais
dos históricos Zumbi, depois de dar e
da Canção muita dor
foi um
de cabeça aos
contestador portugueses,
dentro foi morto Com
da sua geração. em 20a de novembro
ditadura, em de 1696foie
1969,
teve sua cabeça
obrigado exposta
a se exilar e sóno estado ao
retornou de Brasil
Pernambuco
em 1972.paraNa
acabar comGilo
política,
mito da sua
trabalhou imortalidade.
como vereador na Câmara Municipal de Salvador (1989-1992)
e em 2003 foi nomeado para Ministro da Cultura (2003-2008). Em 2021
foi o eleito para ocupar a cadeira 20 da Academia Brasileira de Letras
Conceição
Evaristo

Conceição Evaristo - 76 anos

A escritora e professora Conceição Evaristo é um dos maiores


nomes da literatura brasileira contemporânea e é uma das grandes
ativistas do movimento negro. As suas publicações vão desde poemas,
ensaios e até mesmo ficção. Formada em Letras, Conceição fez
Mestrado e Doutorado e deu aulas em escolas e na Universidade. Em
2018 ganhou o Prêmio de Literatura do Governo de Minas Gerais.
Sueli Carneiro

Luís Gama
Sueli Carneiro – 73 anos

Uma das mulheres negras mais importantes da atualidade no


Brasil, Sueli Carneiro nasceu em São Paulo, é doutora em filosofia pela
Universidade de São Paulo e criadora do Geledés Instituto da Mulher
Negra, um dos principais órgãos independentes de consciência racial no
Brasil.
Autora de dois livros e artigos sobre raça, gênero e direitos
humanos publicados no Brasil e no mundo, foi uma das pessoas
responsáveis pela defesa constitucional da implantação de cotas raciais
nas universidades brasileiras. Atualmente é referência do Movimento
Negro nacional e nome incontornável no assunto nos campos políticos
e acadêmicos.
Luís Gama (1830 – 1882)

Nascido na capital da Bahia, Salvador, Luiz Gonzaga Pinto da


Gama é considerado o Patrono da Abolição da Escravidão do Brasil,
pelos serviços prestados aos negros escravizados na época em que
viveu.
Nasceu livre, filho de pai branco, de família portuguesa, e mãe
negra, mas foi escravizado aos 10 anos de idade e assim permaneceu
até o final da adolescência, quando advogou pela sua própria liberdade,
conseguindo-a.
É considerado um dos raros intelectuais negros do Brasil do século
XIX, quando a escravidão ainda era legal e o país vivia sob uma
monarquia. Mesmo sem formação, exercia advocacia, principalmente
para libertação de pessoas negras escravizadas ou acusadas de algum
crime. Também foi jornalista, e escritor, publicando "Primeiras Trovas
Burlescas" (1859 e 1861), mesmo tendo aprendido a ler apenas no final
da adolescência.

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