Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Brasileiras
25 personalidades negras brasileiras que marcaram a história do país.
1. Aqualtune (c.1600-?) - princesa e
comandante militar
Derrotada, foi vendida como escrava e trazida para Alagoas. No engenho onde
estava como escrava ficou sabendo da existência do Quilombo dos Palmares e
fugiu para o local levando consigo vários companheiros.
Ali teria três filhos que se destacariam na luta contra a escravidão: Ganga
Zumba e Gana, líderes no Quilombo dos Palmares; e Sabina, a mãe de Zumbi.
Zumbi do Palmares
Zumbi dos Palmares foi o símbolo da resistência dos escravos que conseguiam
fugir das fazendas de Alagoas e arredores.
Desta forma, sabia das péssimas condições de vida que estavam submetidos
os africanos que eram trazidos à força para trabalharem nos engenhos
nordestinos.
Volta ao Quilombo e quem o liderava era Ganga Zumba. Nessa época, o lugar
já tinha uma população de 30 mil pessoas e representava uma ameaça ao
governo português. Por isso, decidem fazer uma oferta para que se entreguem
sem violência.
A proposta é rejeitada por Zumbi que teria armado uma emboscada para
Ganga Zumba ou o envenenado. Começa, assim uma guerra entre os
quilombolas, colonos e a Coroa portuguesa.
Liderando o Quilombo dos Palmares, seu exército foi derrotado, e Zumbi foi
capturado e morto. Sua cabeça foi exposta em praça pública, mas seu exemplo
de luta foi passado de geração em geração. A vida de Zumbi se tornou
exemplo para o movimento negro atual.
Dandara
Os dados sobre a vida de Dandara são escassos e não há certeza se ela
nasceu no Brasil ou na África. Sabe-se que ela foi a esposa de Zumbi e com
ele teve três filhos.
Derrotado o exército do Quilombo dos Palmares, para não ser pega pelos
soldados coloniais, Dandara preferiu suicidar-se, atirando-se num precipício.
Sendo pardo ou mulato nem sempre recebia o que lhe correspondia por suas
obras e muitas peças não podem ter a autoria confirmada por carecerem de
contrato.
Após ter tido seu exército derrotado, Tereza de Benguela foi morta e
decapitada com a cabeça exposta em praça pública. Desta maneira, o governo
pretendia o castigo servisse de exemplo para que ninguém voltasse a desafiá-
lo.
Maria Firmina
Nascida no Maranhão, Maria Firmina dos Reis pode ser considerada uma
pioneira em vários campos.
Um vez livre, Gama passou a atuar como rábula, um advogado sem diploma
que pleiteava causas específicas. No seu caso, Luís Gama conseguiu libertar
mais de 500 escravos alegando que todo negro chegado ao Brasil após 1831
deveria ser livre, tal como dizia a Lei Feijó.
Construiu docas nos portos de Salvador, Rio de Janeiro e Recife. Propôs meios
para melhorar o abastecimento de água da capital do Império e planejou linhas
ferroviárias junto com seus irmãos Antônio e José.
O ato do jangadeiro correu por todo país e foi saudado pelos abolicionistas
como um gesto heroico. A partir de então, sua alcunha seria "Dragão do Mar" e
entraria para história do estado e do país.
O Museu Afro Brasil, em São Paulo, realizou uma exposição para resgatar a
figura deste importante personagem.
Veja também: Principais Características da Cultura Afro-Brasileira
14. José do Patrocínio (1853-1905) -
farmacêutico e ativista político
José do Patrocínio
Nascido em Campo dos Goytacazes (RJ), José do Patrocínio foi para a capital
do Império para estudar Farmácia enquanto trabalhava na Santa Casa de
Misericórdia.
Assinada a Lei Áurea, em 1888, Patrocínio vai a Paris, de onde volta com o
primeiro automóvel da cidade do Rio de Janeiro. Igualmente, investe suas
economias na fabricação de dirigíveis. Falece de tuberculose aos 51 anos de
idade.
Publicou três livros em vida, mas foi sua obra póstuma "Evocações" que lhe
garantiu um lugar entre os grandes escritores brasileiros.
Apesar de seu governo ter durado somente um ano, durante seu mandato, Nilo
Peçanha criou o Ministério da Agricultura, Comércio e Indústria, o Serviço de
Proteção aos Índios (SPI, antecessor da Funai), e inaugurou a primeira escola
de ensino técnico no Brasil.
Mãe Meninha do Gantois foi escolhida aos 28 anos para ser a dirigente do
Gantois, terreiro que havia sido fundado por sua bisavó.
Mais tarde “Os Oito Batutas” excursionam pela Europa por seis meses e voltam
triunfantes.
Em 1947, voltaria a ser deputada estadual no seu estado e seria autora da lei
que transformava o dia 15 de outubro em "Dia dos Professores" em Santa
Catarina (Lei nº 145, de 12 de outubro de 1948).
Em busca de uma vida melhor, foi para São Paulo onde viveu na favela de
Canindé e sustentava os três filhos vendendo papel e ferro.
Abdias do Nascimento
Nascido em Franca (SP), Abdias do Nascimento foi um grande precursor na
vida artística e política do Brasil. Fundador do Teatro Experimental do Negro,
em 1944, o Museu da Arte Negra e do IPEAFRO, nos anos 80, que se dedicou
à pesquisa e à divulgação da história da África. Ainda ajudou a conceber o
Memorial Zumbi dos Palmares, em Alagoas.
Seu primeiro título foi o Troféu Brasil em 1947, e continuaria a brilhar sendo
tricampeão pan-americano, sul-americano e quebrando vários recordes
mundiais.
Consagrado nas Olimpíadas de Helsinque (1952) e de Melbourne (1956) foi o
primeiro atleta a ganhar uma medalha de ouro para o Brasil e ser bicampeão
olímpico.
Além disso, foi escultor e participou do filme "Orfeu Negro", agraciado com a
Palma de Ouro em Cannes em 1959. Formou-se em Educação Física, Direito e
Relações Públicas. Ainda foi designado adido cultural na Nigéria, onde atuaria
de 1964 a 1967.
No entanto, gravou também títulos com diretores do Cinema Novo como "Rio
Zona Norte", de Nelson Pereira dos Santos e "Macunaíma", de Joaquim Pedro
de Andrade.
Foi também o primeiro ator negro a atuar no Cassino da Urca e, mais tarde,
participaria de vários programas de televisão.
Ruth de Souza
Natural do Rio de Janeiro, Ruth perdeu o pai aos nove anos e a mãe trabalhou
como lavadeira para criar os três filhos. Cedo se interessa pelo teatro e
ingressa no Teatro Experimental do Negro, de Abdias de Nascimento. Também
gostava muito de ir ao cinema e escutar ópera junto com sua mãe.
Através do crítico Paschoal Carlos Magno, consegue uma bolsa para estudar
atuação nos Estados Unidos.
Ruth de Souza foi a primeira atriz negra a atuar no Theatro Municipal do Rio de
Janeiro.
Igualmente, foi a primeira a atriz negra a receber uma indicação de melhor atriz
com seu papel no filme "Sinhá Moça". Isto ocorreu no Festival de Internacional
de Veneza, em 1954.