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INTRO

→ Neste trabalho, escolhemos falar de 3 personalidades negras de diferentes


áreas e como cada uma contribuiu com a luta anti-racista na sua ocupação,
demonstrando assim as diferentes formas de combate ao racismo no Brasil.

JANUÁRIO GARCIA

Januário Garcia Filho, nascido em Belo Horizonte, capital do Estado de Minas Gerais, Januário
foi fotógrafo, jornalista e grande ativista anti-racista brasileiro. Falecido aos 77 anos de idade no
dia 30 de junho de 2021 no Estado do Rio de Janeiro devido à complicações em seu estado
clínico da doença SARS-COVID-19.
Januário desde jovem mostrou seu interesse na fotografia, aos 17 anos durante o curso
de paraquedista do exército ele comprou sua primeira máquina fotográfica e passou a tirar
fotografias dele e de seus companheiros de guarnição ao longo do curso. Após sair do exército,
Januário incentivado por sua esposa começou a trabalhar como freelancer para diversos jornais
ganhando reconhecimento por diversas matérias.
Desde 1970, o trabalho fotográfico e a coleção de Garcia representaram um testemunho
visual da luta dos afro-brasileiros pela igualdade de direitos em seus múltiplos aspectos,
enfatizando diversos pontos importantes como não bastar não ser racista também se deve ser
contra os que são.
Como ativista negro o Januário dirigiu o Instituto de Pesquisas Afro-Brasileiros (IPCN),
por 8 anos, também foi membro do Conselho Memorial Zumbi, Além de ter atuado no Conselho
de Administração do Centro Cultural José Bonifácio no Rio do Janeiro. Sendo este o único
centro cultural em todo o Brasil possuindo vínculo ao governo federal dedicado a preservar os
elementos culturais de matriz africana na cultura brasileira moderna.
Na discografia da Música Popular Brasileira, Januário é apontado como autor de
diversas capas de discos de importantes músicos brasileiros como: Caetano Veloso, Antônio
Carlos Jobim, Raimundo Fagner, Raul Seixas, Chico Buarque de Hollanda, Fafá de Belém, Luiz
Eça, Peri Ribeiro, Tim Maia, Belchior, Leci Brandão entre outros ícones da música popular
brasileira.
Garcia foi especialmente reconhecido como militante anti-racista por todos que o
conheciam, testemunhando e expondo por meio da fotografia a luta dos negros em busca de
direitos iguais. Januário continuou seu trabalho ativamente até dias antes de seu falecimento,
com seu óbito ele deixa quatro filhos: Aruan, Uirá, Tainá e Raoni.

MARIELLE FRANCO
Marielle Francisco da Silva foi socióloga e política que marcou a história recente da
política brasileira. Feminista e criada na favela, Marielle foi uma mulher negra LGBT de muita
representatividade, tendo apresentado enquanto vereadora do Rio de Janeiro 16 projetos de lei
voltados para negros, mulheres e LGBT’s, até ser brutalmente assassinada em 14 de Março de
2018.
A vida de Marielle foi de muita luta, tendo trabalhado como vendedora ambulante,
dançarina e empregada doméstica para pagar os próprios estudos. Depois, se formou em
Ciências Sociais na PUC-Rio e fez mestrado em Administração Pública na UFF.
Marielle começou a se dedicar à militância dos direitos humanos após a morte de uma
amiga, vítima de bala perdida. Ela criticava duramente a forma como as forças policiais abusam
do poder que tem (inclusive, sua dissertação de mestrado foi sobre as políticas de Segurança
Pública do Estado do Rio de Janeiro)
Durante sua vida na política e como militante, Marielle presidiu a Comissão da Mulher da
Câmara e coordenou a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia
Legislativa do Rio de Janeiro.
Após sua morte, Marielle se tornou um símbolo global da luta anti-racista. O jornal The
Washington Post destacou como Marielle colocou em evidência a conexão entre racismo,
violência policial e execuções extrajudiciais em favelas cariocas.
EMICIDA

Leandro Roque de Oliveira, mais conhecido pelo nome artístico Emicida, é um rapper, cantor,
compositor e MC brasileiro. Nascido em 17 de agosto de 1985 no bairro Jardim Frontalis em
São Paulo. Emicida traz em suas canções versos de protesto contra as mazelas da sociedade
brasileira, ele é uma voz ativa na luta contra o racismo sempre discutindo esse tema em
programas de televisão (quando convidado), em canais do youtube, twitter, instagram, entre
outras plataformas online de distribuição audiovisual.
Ele começou no rap fazendo batalhas de rima no bairro onde nasceu, sua primeira
aparição na mídia foi em 2009, com o single "Triunfo" acompanhado de um videoclipe
distribuídos no YouTube fazendo assim bastante sucesso entre os internautas. O videoclipe se
passa na periferia de São Paulo, a música fala sobre representatividade das pessoas e sobre a
representatividade da periferia, com críticas ao Estado além de exaltar os residentes
“esquecidos” dessas áreas mais carentes.
Em 2019 lançou o álbum AmarElo que ganhou o Grammy Latino de melhor álbum e fez um
show no teatro municipal com esse mesmo nome que virou documentário/filme na Netflix, nele
é resgatada a história da cultura e dos movimentos negros no Brasil nos últimos cem anos. O
show feito no Teatro Municipal foi simbólico e um marco temporal para a cultura preta, ele
aponta a ocupação do Teatro Municipal ter sido uma reparação histórica, que apesar de
construído por mãos negras, o local foi excludente para essas pessoas. Sua ocupação no
Municipal não é só individual, mas coletiva.
Alunos: João Cândido Lins Fernandes, João Vinicius da Silva Ramos de Sousa, Juliana
Guagliardi Aragão Barros
Turma: 1A

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