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Gilberto Gil

Cantor e compositor brasileiro

Gilberto Passos Gil Moreira, conhecido


como Gilberto Gil GCIH (Salvador, 26 de
junho de 1942), é um cantor, compositor,
instrumentista, produtor musical e
político brasileiro, conhecido por sua
contribuição na música brasileira e por
ser vencedor de prêmios Grammys
Americano, Grammy Latino e galardeado
pelo governo francês com a Ordem
Nacional do Mérito (1997). Em 1999, foi
nomeado "Artista pela Paz", pela
UNESCO.[3]
Gilberto Gil
GCIH

Gil durante o 25º Prêmio da Música


Brasileira, em 2014.

Nome completo Gilberto Passos Gil


Moreira

Nascimento 26 de junho de
1942 (77 anos)
Salvador, BA, Brasil
Nacionalidade brasileiro
Italiano[1]
Cônjuge Belina Gil (c. 1965–
67)
Nana
Caymmi (c. 1967–68)
Sandra
Gadelha (c. 1969–80)
Flora Gil (c. 1981)

Filho(s) 8

Alma mater Universidade Federal


da Bahia[2]

Ocupação cantor · compositor ·


instrumentista ·
produtor · político

Período de atividade 1959–presente


Carreira musical

Gênero(s) MPB •tropicália •


reggae

Extensão vocal Tenor

Instrumento(s) Vocal •violão •


guitarra •sanfona •
vibrafone

Gravadora(s) JS Discos •
RCA Victor •
Phonogram •
PolyGram •Philips •
WEA •Som Livre •
Universal Music •
Sony Music •Gege
Assinatura

Página oficial

gilbertogil.com.br

Gil foi também embaixador da ONU para


agricultura e alimentação e ministro da
Cultura do Brasil (2003–2008). Em mais
de cinquenta álbuns lançados, ele
incorpora a gama eclética de suas
influências, incluindo rock, gêneros
tipicamente brasileiros, música africana,
funk, música disco e reggae.

Biografia
Gilberto Gil nasceu em 26 de junho de
1942, em Salvador, Bahia. É o
primogênito de José Gil Moreira (1913-
1991), médico formado pela
Universidade da Bahia, e de Claudina
Passos Gil Moreira (1914-2013),
professora primária. No início da década
de 1940, a família residia no Tororó, um
bairro modesto de Salvador. Devido a
dificuldades em trabalhar, o Dr. José
Moreira decidiu mudar-se com a esposa
para a cidade de Ituaçu[4].
Posteriormente, o casal saiu de Ituaçu,
no interior do estado da Bahia, voltando
a Salvador, para que a criança nascesse
na capital. Três semanas após o
nascimento, a família retornou a Ituaçu,
onde Gil passou toda a sua infância.[5].
Abertamente torcedor Tricolor.

Em agosto de 1943, nasce sua irmã,


Gildina Passos Gil Moreira[6]. Tanto
Gilberto quanto Gildina foram
alfabetizados pela tia-avó Lídia,
professora aposentada da tradicional
Escola Marquês de Abrantes e mãe de
criação do pai de Gilberto[4]. Enquanto a
avó preparava as refeições da família, Gil
e sua irmã faziam as tarefas[7]. Gil
lembra que o "professor [mais]
paradigmático da minha vida, sem
dúvida, foi a minha avó. Foi ela, lá em
casa, quem me apresentou ao mundo
dos livros, do conhecimento, das
histórias, o mundo de Monteiro
Lobato"[7].

Aos três anos de idade, o menino já


manifestava seu desejo de ser músico,
fascinado com os sons da banda local,
do sanfoneiro Cinézio e dos cantadores
e violeiros[5] - remanescentes dos
trovadores medievais, cantam versos de
improviso, fazendo desafios entre si,
contando estórias e história nos pontos
mais longínquos do interior. Era uma das
principais fontes de informação da
população nordestina do Brasil. Seus
versos eram feitos impressos em
cordeis[8]. Além disso, Gil também ouvia
grandes sucessos das rádios do Rio de
Janeiro e nos gramofones da cidade, os
álbuns de Orlando Silva, Bob Nelson e
Luiz Gonzaga[5][7]. Em 1952, aos nove
anos de idade, Gilberto e sua irmã
mudaram-se para a cidade de Salvador,
onde foram admitidos no Colégio Nossa
Senhora da Vitória e, no mesmo ano, em
uma escola de acordeom[9], na Academia
de Acordeom Regina[10]. A partir de
então, passou a receber influências da
música de Dorival Caymmi, bem como os
novos estilos musicais vindos do sul do
país, como jazz[5].

Em 1960 concluiu o ensino médio e


prestou vestibular para cursar
engenharia, porém, não foi aprovado.
Então, decidiu fazer cursinho, com o
objetivo de cursar administração de
empresas[10]. No ano seguinte, foi
aprovado e passa a estudar na
Universidade da Bahia[2]. Durante o
curso, Gilberto Gil promoveu e participou
em eventos de vanguarda, como o
Seminário de Música, dirigido pelo
professor e compositor Hans-Joachim
Koellreutter, que dá ao jovem o contato
com a música erudita
contemporânea[11] ; conheceu e passou a
namorar Belina de Aguiar, (nascida em
Salvador, em 26 de maio de 1938),
bancária que, mais tarde, tornou
professora universitária[12]. Em
dezembro de 1964 se formou em
administração de empresas, e em janeiro
do ano seguinte, mudou-se para São
Paulo, com o objetivo de prestar um
processo seletivo para a Gessy Lever.
Em 29 de maio do mesmo ano, Gilberto
Gil casou-se com Belina, que passou a
ser chamada Belina de Aguiar Gil
Moreira, mudou-se para São Paulo, e
começou a trabalhar como trainee na
Gessy Lever. Depois de um mês de
estada em um hotel, e igual período de
tempo em Campinas, mudou-se para
Cidade Vargas, bairro do subúrbio da
capital paulistana. Ele, então, passou a
dividir seu tempo com as
responsabilidades do escritório e da
música[12]. Em 1966, em Salvador,
nasceu a primeira filha de Gil e Belina,
Nara de Aguiar Gil Moreira. Um contrato
assinado com a Philips fez com que a
família mudasse para a cidade do Rio de
Janeiro[13] e, tempos depois, em 3 de
fevereiro de 1967 nasceu a segunda filha
do casal Marília de Aguiar Gil Moreira.
Depois de uma viagem ao Recife, Gil
voltou ao Rio de Janeiro influenciado
pela cultura popular da região. Em
março, separou-se de Belinda e, no mês
seguinte, passou a viver com a cantora
Nana Caymmi[14]. A essa altura, estava
sendo empresariado por Guilherme
Araújo[15].
Gilberto Gil com sua esposa Flora, durante o 26°
Prêmio da Música Brasileira, 2015, no Theatro
Municipal do Rio de Janeiro.

Em novembro de 1968, em meio à


efervescência do movimento
Tropicalista, fundado por Gil, ele passou
a namorar Sandra Barreira Gadelha, ex-
bancária em Salvador. Em dezembro ele
e Caetano Veloso foram presos, devido
Ato Institucional nº 5, que cerceou a
liberdade artística e dos cidadãos. Ali, Gil
adotou uma dieta macrobiótica, e
estudou o misticismo oriental[16]. Foi
solto em fevereiro, ficando até julho em
regime de confinamento, até saírem do
país. Nesse meio tempo, Gil conviveu
com Duate e o músico e filósofo Walter
Smetak. Em março, casa-se com
Sandra[15]. Devido à pressão política, Gil
e sua esposa foram obrigados a
abandonar o País, mudando-se para
Londres, onde, em 17 de maio de 1970,
nasceu o terceiro filho do cantor, Pedro
Gadelha Gil Moreira[15]. Gil morava na 16
Redesdale Street, em Chelsea[16], mudou-
se para Hampton Court. Em 14 de janeiro
de 1972, Gil recebeu autorização para
voltar ao país com sua família[17]. Em 8
de agosto de 1974, nasceu Preta Maria
Gadelha Gil Moreira, quarta filha do
cantor, no Rio de Janeiro[17]. Dois anos
depois, em 13 de janeiro de 1976, nasceu
em Salvador, Maria Gadelha Gil Moreira,
filha de Gil e Sandra[18]. Durante uma
turnê ao lado de Caetano Veloso, Gal
Costa e Maria Bethânia, Gil foi preso em
flagrante por consumo de maconha, em
Florianópolis, Santa Catarina. O cantor
alegou dependência física e psicológica
da droga, e o juiz Ernani Palma Ribeiro,
decidiu internar o artista no Instituto
Psiquiátrico São José, "Gilberto Gil
declarou que gostava da maconha e que
seu uso não lhe fazia mal e nem lhe
levava a fazer o mal" - palavras do juiz[19].
Em julho de 1978, Gil mudou com a sua
família para Los Angeles, nos Estados
Unidos, para dar início à produção de um
novo trabalho. Em Salvador, durante o
mês de janeiro de 1979, o cantor
conheceu a comerciária Flora Nair
Giordano, e no ano seguinte separou-se
de Sandra e em setembro passou a viver
com Flora[18]. Em 13 de janeiro de 1985,
nasceu Bem Giordano Gil Moreira,
primeiro filho do casal, no Rio de
Janeiro[20]. Dois anos depois, em 1987,
Gil tornou-se presidente da Fundação
Gregório de Mattos, e mudou-se para
Salvador. Sua família se transferiu para a
cidade posteriormente[21], ali, em 3 de
janeiro de 1988, nasce Isabela Giordano
Gil Moreira, segunda filha dos dois. Gil
casou-se no civil com Flora em 10 de
junho de 1988. Ela, agora Flora Giordano
Gil Moreira, tornou-se administradora das
empresas do artista[22].

Em 25 de janeiro de 1990, aos dezenove


anos de idade, Pedro Gil, filho mais velho
do cantor com Sandra, sofreu um
acidente de carro e ficou em estado de
coma. Pedro era baterista do grupo de
rock carioca Egotrip, considerado um
extraordinário instrumentista. Ao voltar
de São Paulo para o Rio de Janeiro,
acabou dormindo ao volante e perdeu o
controle do automóvel. O carro bateu em
uma árvore na Lagoa Rodrigo de Freitas,
na Curva do Calombo, e capotou
diversas vezes. Foi resgatado e levado
para o Hospital Beneficência Portuguesa,
com uma fratura no crânio e
traumatismo crânio-encefálico. Em 2 de
fevereiro, depois de oito dias internado
na Unidade de Tratamento Intensivo em
coma profundo, o jovem instrumentista
faleceu[23].

Um ano depois, em 15 de maio de 1991,


seu pai, José Gil Moreira, morreu em
Vitória da Conquista, aos 78 anos de
idade.[24] Pouco depois, em 27 de agosto
de 1991, nasce o terceiro filho de Gil e
Flora, José Gil Giordano Gil Moreira. Em
17 de setembro de 2008 nasce sua neta,
Flor, filha de Isabela (Bela Gil), em Nova
York. Em 23 de fevereiro de 2013, falece
sua mãe, Claudina Passos Gil, aos 99
anos de idade, por falência múltipla de
órgãos, no Hospital Português, em
Salvador[25].

Em 2009, o cantor obteve a cidadania


italiana, por ser casado com Flora
Giordano, neta de italianos.[1]

O cantor é pai de oito filhos. Do


casamento com Belina de Aguiar Gil
Moreira teve: Nara de Aguiar Gil Moreira
(1966) e Marília de Aguiar Gil Moreira (3
de fevereiro de 1967). Do casamento
com Sandra Barreira Gadelha Gil Moreira,
teve Pedro Gadelha Gil Moreira (17 de
maio de 1970 - 25 de janeiro de 1990),
Preta Maria Gadelha Gil Moreira (8 de
agosto de 1974) e Maria Gadelha Gil
Moreira (13 de janeiro de 1976). Com
Flora Nair Giordano Gil Moreira, teve Bem
Giordano Gil Moreira (13 de janeiro de
1985), Isabela Giordano Gil Moreira (3 de
janeiro de 1988) e José Gil Giordano Gil
Moreira (27 de agosto de 1991).

Em 24 de novembro de 2015, nasce Sol


de Maria, filha de Francisco Gil e Laura
Fernandez e neta de Preta Gil, sendo a
primeira bisneta de Gilberto Gil.[26] Em
junho de 2016, ao completar sete meses
de vida, Sol de Maria recebe uma canção
do bisavô, que recentemente havia
deixado o hospital onde estivera
internado[27] para tratamento de uma
insuficiência renal[28]

Desde fevereiro de 2016, quando foi


diagnosticado com um quadro de
hipertensão arterial, Gil já estivera
internado por várias vezes no Hospital
Sírio-Libanês, em São Paulo.
Posteriormente o artista foi
diagnosticado com uma síndrome
cardiorrenal - uma combinação de
insuficiência renal com insuficiência
cardíaca, sendo que o tratamento da
doença requer internações mensais, até
novembro de 2016.[29][30][31][32][33]
Carreira musical

1959–65: Início da carreira …

Aos dezoito anos de idade, Gilberto Gil


formou com amigos o conjunto "Os
Desafinados", conjunto instrumental
onde ele revezava no acordeom e
vibrafone[9]. O grupo se apresentava em
festas de aniversário, escolas e sedes de
clubes de Salvador[10]. Gil ficou no grupo
até 1961. No final dos anos 50, aos
dezessete anos, quando a bossa nova
estava em ascensão, ele escutou o
cantor e violonista baiano João Gilberto
e, a partir de então, Gilberto abandonou o
acordeom e passou a tocar violão.
Inicialmente, utilizou o instrumento de
sua irmã, até ter o seu[10] - dado por sua
mãe, posteriormente. Ele começou a
escrever poemas, em sua maioria
metrificados e influenciados pelos
românticos Castro Alves e Gonçalves
Dias, e o parnasiano Olavo Bilac, por
exemplo. Oficialmente, sua carreira
começou em 1962, compondo e tocando
jingles. Tempos depois, "Bem Devagar",
primeira canção composta por Gil, foi
lançada em um compacto gravado pelo
grupo feminino As Três Baianas[9], e ele
participou da gravação tocando
acordeom[12]. Nessa época, ele também
participava cantando em programas da
rede de televisão local,[11] e gravou uma
canção feita para a Petrobras, "Povo
Petroleiro", onde no lado B, Gil interpretou
a marcha carnavalesca "Coça, Coça,
Lacerdinha" - sua primeira gravação
cantando, lançada pela gravadora JS
Discos. No ano seguinte, Gil gravou e
lançou o EP Gilberto Gil: Sua Música, Sua
Interpretação, que continha quatro faixas
composta pelo próprio. Desse, fora
extraído o single "Decisão", samba
conhecido e rebatizado depois de "Amor
de Carnaval".[11] No final do mesmo ano,
Gil conheceu Caetano Veloso[34] - que
havia conhecido Gil pela TV e o tinha
como um ídolo - apresentado pelo
produtor musical Roberto Sant'Ana[35], e
logo depois conheceu as cantoras Maria
Bethânia e Gal Costa. Em junho de 1964,
os quatro, Tom Zé e outros, realizaram o
espetáculo "Nós, Por Exemplo...",
inaugurando o Teatro Vila Velha, de
Salvador, sob a direção geral de João
Augusto e musical assinada por Gil e
Santana, com repertório composto de
canções próprias e de bossas de
compositores como Dorival
Caymmi[12][36]. "Individual", primeira
apresentação solo de Gil, ocorreu no ano
seguinte, no Vila Velha, sob a direção de
Caetano[11]. Gil passou a ter vida dupla,
de manhã preparava-se para se tornar
diretor da empresa, e à noite,
frequentava lugares como Galeria
Metrópole, onde conheceu e encontrou-
se com diversos artistas, tocava e
cantava em vários bares, como o
Redondo e o Bossinha; no João
Sebastian Bar, por exemplo, conheceu
Chico Buarque[14]. Passou, então, a fazer
parcerias com os letristas Capinan e
Torquato Neto, além de participar com
Caetano, Gal, Bethânia e Tom Zé, da
"Arena canta Bahia", espetáculo dirigido
por Augusto Boal, e encenado no Teatro
Oficina[12]. Gravou sua primeira fita demo
e enviou para o escritório de uma editora
musical. A fita possuía cerca de 30
minutos de duração, apresentando
trechos de dezoito canções. Em outubro,
Gil cantou "Iemanjá", com Othon Bastos,
no V Festival da Balança, promovido pelo
Diretório Acadêmico da Faculdade de
Direito da Universidade Mackenzie,
gravado pela RCA[13], sendo convidado
pela gravadora, a lançar o primeiro single
de sua carreira por um grande selo,
"Procissão"[14]. Gilberto Gil ouvia músicas
da Jovem Guarda, pois isso ajudou muito
na sua carreira musical, mas não entrou
pro movimento devido a oposição do
Caetano Veloso ao Iê-Iê-Iê.

1966–68: Louvação, os festivais e


a Tropicália

Gilberto Gil e Nana Caymmi no III Festival da Música


Popular, 1967.
No início de 1966, Gil passou a se
destacar no programa O Fino da Bossa,
exibido pela Record e apresentado por
Elis Regina, a quem mostrou suas
composições "Eu Vim da Bahia" e
"Louvação"[13]. Seu sucesso rendeu um
contrato para lançar um álbum pela
Philips Records; Gil, então, abandonou o
emprego na Gessy Lever e decidiu viver
apenas de música, mudando-se para a
cidade do Rio de Janeiro com Belinda e
sua filha, Nara[14]. "Procissão", primeiro
single oficial do cantor, foi lançado em
1965[37]. No ano seguinte, 1966, a
gravadora disponibilizou "Ensaio Geral",
segunda canção de trabalho de Gil.
Então, ele viajou para Recife,
apresentando o espetáculo "Individual",
autodirigido[15]. Ali, ele conheceu tanto a
vanguarda local quanto a tradição, como
as bandas de pífanos de Caruaru,
trazendo consigo, ao voltar ao Rio de
Janeiro, essas influências[38]. Em maio
de 1967 Gilberto Gil lançou seu primeiro
álbum, Louvação[39]. O álbum contém
arranjos de Dorival Caymmi Filho (Dori
Caymmi), e composições de Caetano
Veloso, José Carlos Capinam, Torquato
Neto, Geraldo Vandré e João Augusto,
com temática regional da Bahia, como
"Água de Meninos", por exemplo, que
retrata um incêndio ocorrido em um cais
do porto, próximo de combustíveis e de
moinhos de trigo[40]. Alguns críticos
elogiaram o álbum, dizendo que esse
possui uma "incrível riqueza melódica",
influenciada por Tom Jobim[41]. Apesar
de não conter temáticas e estilos
tropicalistas, Louvação mostrava que o
movimento estava se organizando[38]. O
programa de Gil, Ensaio Geral, sai do ar
em maio.[15]
Gilberto Gil durante o histórico Festival de Música
Popular Brasileira de 1967, defendendo com Os

Mutantes a sua canção "Domingo no Parque", que


ficou em segundo lugar.

É ali, no Rio de Janeiro, que o cantor ia


participar de diversos festivais
promovidos pela Record e TV Rio e
concorreu, como compositor, em dois
deles: I Festival Internacional da Canção,
promovido pela TV Rio, com "Minha
Senhora", interpretada por Gal Costa; e II
Festival de Música Popular Brasileira, da
Record, com "Ensaio Geral" - classificado
em quinto lugar -, interpretado por Elis
Regina. Essa última canção, tornou-se
título de um programa de televisão
apresentado por Gil na TV Excelsior[13].
Em outubro de 1967, durante o III
Festival de Música Popular Brasileira,
realizado no Teatro Paramount[42], onde
Nana foi sua parceira em "Bom Dia", ele
apresentou uma das canções que o
marcou como compositor[14].
Historicamente, o Brasil passava por
uma fase de grande nacionalismo. Dessa
maneira, o país rejeitava características
de outras culturas como, por exemplo, as
guitarras elétricas, que era uma "marca
da cultura estadunidense e inglesa, além
de representar o comercialismo", como
lembra Caetano. Em contrapartida Gil,
influenciado pelos Beatles, resolveu
incluir o rock e a música brasileira em
"Domingo no Parque", interpretado ao
lado de Os Mutantes[43].

A canção ficou classificada em segundo


lugar, além de ser premiado devido ao
"moderno arranjo", feito por Rogério
Duprat. Ao lado de "Alegria, Alegria", de
Caetano Veloso, a primeira tornou-se um
divisor de águas na música brasileira[44],
pois, a partir de então até o fim de 1968,
foi instalado no cenário brasileiro um
movimento revolucionário, influenciado
por Oswald de Andrade e o movimento
antropofágico, batizado como Tropicália
- nome de uma exposição de arte criada
pelo carioca Hélio Oiticica, durante a
mostra Nova Objetividade Brasileira,
realizada no Museu de Arte Moderna do
Rio de Janeiro, que levou o nome[38].
Porém, foi Nelson Motta, com o artigo
chamado "A Cruzada Tropicalista",
publicado no jornal Última Hora, em 5 de
fevereiro de 1968, que batizou o
movimento[45].
O uso desses instrumentos e esse novo
estilo musical, sob a música popular,
além de tudo, representava um choque
com o governo daquela época. O Brasil
sofreu o golpe militar em 31 de março de
1964[46], as liberdades democráticas
conquistadas em décadas anteriores
foram suspensas. Os militares
instauraram no País um governo regido
por atos institucionais, uma espécie de
decreto que servia para implementar
medidas que poderiam estar acima da
ordem constitucional. Durante o governo
do marechal Costa e Silva, foi
promulgado o Al-5, em 13 de dezembro
de 1968, que dava ao Executivo poderes
quase absolutos sobre todas as
instituições. Dessa maneira, a música
popular deveria tornar-se o veículo de
dissensão política[42].

1968: Consolidação do
movimento, segundo álbum e …

repressão
Gilberto Gil, anos 1960.

A partir de 1968, o movimento começou


a ser consolidado. Caetano e Gil, ao lado
de Os Mutantes, passaram a participar
frequentemente de programas de
televisão, especialmente por Chacrinha,
apresentador que tornou-se ícone do
movimento[47]. Gilberto Gil participou do
espetáculo Momento 68, patrocinado
pela Rhodia, levando o artista para
Portugal e Espanha. Nesta época, ele
começou a trabalhar com seu novo
álbum solo e mais um projeto ao lado de
outros tropicalistas, como Caetano, Gal
Costa, Tom Zé, Nara Leão, Os Mutantes e
Rogério Duprat. Em março, a gravadora
lançou o primeiro single do novo álbum
de Gilberto Gil, "Pega a Yoga,
Cabeludo"[37]. Já em maio, sob o título de
Gilberto Gil, também conhecido como
"Frevo Rasgado", a Philips Records
lançou o segundo álbum solo de Gil.
Produzido por Manoel Barenbein e com
arranjos de Duprat, tornou-se um dos
álbuns fundamentais do movimento
Tropicália[48]. Em outubro de 2007, o
álbum entrou na lista dos 100 maiores
discos da música brasileira, feita pela
revista Rolling Stone Brasil, ocupando a
78ª colocação. Outros artistas, como
Caetano, também lançaram álbuns
tropicalistas, recebendo críticas de
jornais como O Estado de S. Paulo,
escrita por Augusto de Campos[49].
Coordenado por Caetano Veloso, os
tropicalistas lançaram um álbum-
manifesto coletivo intitulado Tropicalia
ou Panis et Circencis, com canções de
Gil, Torquato Neto, Capinam, Tom Zé e
Veloso. "Miserere Nobis", "Lindoneia",
"Parque Industrial" e "Geleia Geral", são
canções que retratam o país, ao mesmo
tempo, retrógrado e moderno[47]. Em
setembro Gil e Caetano concorreram ao
Festival Internacional da Canção,
promovido pela TV Globo do Rio. A
canção, e segundo single do álbum de
Gil, não se classificou e, em meio às
vaias, Caetano declamou um discurso
violento e improvisado[49]. "Divino,
Maravilhoso", composta por Gil e Veloso,
interpretado por Gal Costa, participou do
IV Festival de Música Popular Brasileira,
alcançando o terceiro lugar e,
posteriormente, dando nome a um
programa de televisão dos tropicalistas,
exibido pela TV Tupi, de São Paulo, com
direção de Fernando Faro[49]. Como a
Tropicália representava uma intervenção
na cultura do país, como uma crítica a
política nacional, o governo resolveu
reprimir o movimento, prendendo
Caetano Veloso e Gilberto Gil, em São
Paulo no dia 13 de dezembro de 1968.
Os artistas e líderes do movimento
foram levados para o quartel do Exército
de Marechal Deodoro, no Rio de
Janeiro[38][49]. Apenas em fevereiro de
1969, os artistas foram soltos, ficando
sob regime de confinamento até julho.
Até lá, Gil ao lado de Caetano, partiu a
gravar material, em abril e maio, para
novos álbuns, arranjados por Rogério
Duprat, o projeto seria concluído
posteriormente em São Paulo e no Rio
de Janeiro[15]. Ao sairem do regime de
confinamento, se apresentaram em um
espetáculo de despedida, no Teatro
Castro Alves. Posteriormente, partiram,
Gil e Caetano, com suas respectivas
esposas para o exílio, passaram por
Lisboa e Paris, mas, fixaram-se em
Chelsea, Londres[15][50][51]. Gil disse que
Guilherme, então empresário da dupla,
"foi à Europa antes de nós, para verificar
onde iríamos ficar. Lisboa e Madrid
estavam fora de questão, pois, Portugal
e Espanha estavam sob uma ditadura
pesada. Paris tinha um ambiente musical
entediante. Londres, era o melhor lugar
para ser músico"[16].

1969–1971: Exílio, terceiro álbum


e retorno ao Brasil

Em agosto, mesmo com Gil fora do País,


a gravadora lançou "Aquele Abraço",
primeiro single do terceiro álbum de Gil e
um dos maiores sucessos do ano no
Brasil. Gil disse que a canção
representava um "bye bye" ao País. Ele a
compôs, após tratar da questão de sua
saída do País com o Exército. Ele
lembrou que os soldados do quartel o
saudavam dizendo: "Aquele abraço, Gil!".
Essa foi uma das canções de Gil mais
vendidas, chegando ao topo da parada
brasileira[52]. Ainda em agosto, a Philips
lançou Gilberto Gil, também conhecido
como "Cérebro Eletrônico". Algumas
resenhas sobre o álbum diz que as
canções foram produzidas com um olhar
para o ruído, dando à faixa "Volks-
Volkswagen Blue" o título de "hino
tropicalista". O críticos da allmusic,
conclui que o álbum "é muito
desarticulado, não tão consistente como
o último álbum, mas, definitivamente
uma obra-prima para o pop brasileiro no
futuro"[53]. Já em Londres, Caetano e Gil
dividiram o palco do Royal Festival Hall,
em março de 1970. Essa foi a primeira
de uma série de apresentações em
teatros feita por Gil neste ano e no
seguinte, na Inglaterra e em outros
países da Europa, como França, Suíça,
Alemanha, Áustria, Dinamarca e
Suécia[15]. O sucesso de "Aquele Abraço",
rendeu ao cantor e compositor um
"Golfinho de Ouro", pelo Museu da
Imagem e do Som, do Rio de Janeiro.
Porém, o próprio artista acabou
recusando o prêmio, publicando um
artigo n´O Pasquim.
No final do mês, Gil, Caetano e outros
músicos brasileiros participaram do
Festival da Ilha de Wight, que reuniu
cerca de 600.000 pessoas. O jornal The
Guardian, um dos principais da Inglaterra,
escreveu que "dois brasileiros
anônimos", eram a atração principal do
segundo dia do evento, que durou cinco,
e teve a participação de grandes artistas
como The Who, The Doors, Joni Mitchell
e Leonard Cohen, bem como a última
apresentação de Jimi Hendrix. Os dois
subiram ao palco cantando em
português, acompanhado de tambores
africanos e flauta transversal, mas,
minutos depois, passaram a utilizar
guitarras e a tocar canções que
misturavam rock psicodélico, funk e
samba[16]. Nesta época, Gil foi convidado
para produzir a trilha sonora do filme
Copacabana Mon Amour, de Rogério
Sganzerla[15]. Ao lado de músicos como
David Gilmour, do Pink Floyd, e Jim
Capaldi, do grupo Traffic, entre outros, Gil
foi convidado a participar de uma jam
session, realizado no clube Revolution.
Sua participação, se repetiu no ano
seguinte também[15]. Ao se envolver na
organização do Festival de Glastonbury,
em 1971, teve maior contato com
reggae, estilo que estava em
efervescência em Londres na época. Bob
Marley, Jimmy Cliff e Burning Spear,
tornaram-se inspirações para o
compositor brasileiro. Além desses dois
estilos, Gil também assistiu a
apresentações de jazz, com artistas
como Miles Davis e Sun Ra. Em meio a
tudo isso, Gil assinou um contrato com o
selo Famous Music, da Paramount
Pictures, e o artista lançou um álbum
somente com canções em inglês.
Intitulado Gilberto Gil, é também
conhecido como "Nêga", o álbum
impulsionou a carreira internacional de
Gil, levando-o para Nova Iorque, onde
realizou uma série de apresentações no
Village Vanguard e em teatros
universitários. A Philips inglesa
contactou Gil com o objetivo de lançar
um novo álbum. O cantor chegou a
gravar algumas canções, porém, acabou
abandonando o projeto, devido a
possibilidade de retorno ao Brasil[17].
Caetano já havia retornado ao país, e Gil
foi em janeiro de 1972, com a família e, a
partir de então, percorreu as principais
capitais do País com o espetáculo
"Gilberto Gil: Em Concerto", que durou
dois anos e continha repertório de
álbuns futuros[17].

1972–76: Expresso 2222,


Refazenda e Doces Bárbaros

Em publicação da revista Bondinho,


foram lançadas quatro canções de Gil,
entre elas "Expresso 2222", que dá o
nome do álbum seguinte do cantor. As
gravações desse novo projeto
começaram em abril, e o primeiro single
foi lançado em junho, "Cada Macaco no
Seu Galho (Chô Chuá)", e contou com a
participação de Caetano Veloso.
"Chiclete com Banana" é o b-side do
compacto. O lançamento de Expresso
2222 ocorreu em julho. Esse foi o
primeiro trabalho de Gil ao voltar ao
Brasil. Não é à toa que Gil canta "Back in
Bahia", canção que retrata a ferida de
uma saudade, enquanto "Pipoca
Moderna", traz a presença da Banda de
Pífanos de Caruaru e, na faixa-tema, Gil
mostra sua habilidade violonística[54]. A
turnê do álbum iniciou-se em seguida e,
durante esse tempo, o álbum Barra 69:
Caetano e Gil ao Vivo na Bahia, gravação
do espetáculo pelos dois em 1969, antes
da partida para o exílio, foi lançado. Em
dezembro, passou uma temporada ao
lado de Gal Costa, apresentando-se no
Teatro João Caetano, no Rio de
Janeiro[17]. No ano seguinte, Gil e Gal
foram para França, para realizar um
espetáculo no Midem, em Cannes, e no
teatro Olympia, em Paris - que seria
transmitido pela televisão francesa em
novembro do mesmo ano[17][54]. Ao voltar
ao Brasil, deu início à gravação de um
novo álbum, Cidade do Salvador, que
seria lançado apenas em 1999; a
produção do projeto acabou sendo
arquivada. Porém, em março, Gil lançou
o single "Meio de Campo", que teve
destaque devido ao b-side, "Eu Só Quero
Um Xodó", canção original de
Dominguinhos e Anastácia, e que tornou-
se uma das principais músicas de
Gilberto Gil[17]. Em abril ele iniciou uma
série de apresentações no Teatro
Opinião, no Rio de Janeiro. E, no mês
seguinte, durante o evento "Phono 73",
promovido pela gravadora Philips
Records, no Palácio das Convenções do
Anhembi, em São Paulo, Gil e Chico
Buarque foram impedidos pela censura
do regime ditatorial de interpretar a
canção "Cálice", feita pelos dois
especialmente para essa ocasião[55].
Quando os dois começaram a cantar a
canção, tiveram os microfones
desligados[55]. A música já havia sido
apresentada à censura, e foi
recomendado pela mesma que não
fosse interpretada[56].

Gilberto Gil, em 1972.


No início de 1974, ao lado de Caetano
Veloso, Gil apresentou-se no Teatro Vila
Velha, em Salvador. Esse espetáculo, foi
gravado e, posteriormente, em abril do
mesmo ano, lançado como álbum,
intitulado Temporada de Verão.
"Maracatu Atômico", canção composta
por Jorge Mautner e Nélson Jacobina, foi
o primeiro single do projeto, a ser
lançado em fevereiro. Foi nessa época,
que Gil passou a administrar a sua
própria carreira, deixando de trabalhar
com o empresário Guilherme Araújo[17], e
vai a São Paulo, realizando uma série de
apresentações no Teatro da
Universidade Católica, que, assim como
as apresentações no Vila Velha, foi
gravada e lançada, em dezembro, com o
título de Gilberto Gil: Ao Vivo[17]. No ano
seguinte foi lançado Gil & Jorge: Ogum,
Xangô, álbum lançado por Gil e Jorge
Ben. Nesse, os dois cantam e tocam
canções próprias. Porém, em seguida, Gil
deu início à produção de um novo álbum,
Refazenda. Esse foi lançado em 1975, e
contou com uma turnê por 45 municípios
brasileiros, com o objetivo de promover o
projeto[17]. Esse é um dois principais
álbuns de Gil, ao lado de Refavela (1977)
- gravado após uma viagem ao
continente africano - e Realce (1979)[57].

Em 24 de junho de 1976, Caetano


Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil e Maria
Bethânia, realizaram um espetáculo
conhecido como "Doces Bárbaros", nome
dado por Bethânia, no Palácio das
Convenções do Anhembi. Essa
apresentação virou uma turnê que foi até
dia 7 de julho, quando Gil e Chiquinho
Azevedo - então baterista -, foram presos
por porte de maconha, em Florianópolis,
Santa Catarina[18][57]. O juiz decidiu
internar ambos no Instituto Psiquiátrico
São José, próximo a Florianópolis, de
onde saíram no dia 20 para dar início a
um tratamento ambulatorial periódico,
no Sanatório Botafogo, no Rio de
Janeiro[19]. Logo após isso, o quarteto
voltou a se apresentar, agora, no
Canecão, onde permaneceram em cartaz
por dois meses, batendo recorde de
bilheteria na época. Essa turnê virou um
documentário, Os Doces Bárbaros, de
Jom Tob Azulay, e um álbum, Doces
Bárbaros: Ao Vivo, lançado pela
PolyGram. Hoje, o álbum é considerado
uma "obra prima", porém, na época de
seu lançamento (1976), foi duramente
criticado[57]. Inicialmente, o projeto seria
gravado em estúdio, mas, por sugestão
de Gal e Bethânia, foi decidido que um
registro ao vivo seria melhor, sendo que
quatro canções gravadas, foram,
anteriormente, gravadas em estúdio e
lançadas como singles - "Esotérico",
“Chuckberry Fields Forever”, “São João
Xangô Menino” e “O Seu Amor”[57][58]. Em
setembro Gil retomou a turnê de
Refazenda, que passou por 58 cidades
do País.[18]

1977–1980: Refavela, Refestança


e Realce

Em janeiro e fevereiro de 1977, Gil foi a
Lagos, na Nigéria, para participar, ao lado
de Caetano, do II Festival Mundial de
Arte e Cultura Negra. A partir de então,
passou a trabalhar a temática afro em
suas canções[59]. O cantor ficou cerca de
um mês no País, tempo que serviria de
base para o próximo álbum. Ao voltar ao
Brasil, deu-se início a produção desse, e
"Sítio do Picapau Amarelo", primeira
canção de trabalho do álbum foi lançada
em março, mês em que Gil começou a
gravar o novo material[18]. Após isso, o
cantor realizou uma apresentação
polêmica para estudantes de um colégio
de São Paulo; os estudantes cobraram
do artista uma posição política de
esquerda, condizente com a deles, e
acabaram vaiando Gil. Em maio, Refavela
foi lançado e a primeira fase da turnê do
álbum começou no segundo semestre.
Em outubro, Gil juntou-se a Rita Lee e
deu início a uma série de apresentações
conhecidas como "Refestança". Essa foi
gravada e lançada pela Som Livre com o
mesmo nome. No ano seguinte, o
contrato com a Philips terminou, mas,
antes disso, o cantor gravou seis faixas
para um álbum de Samba de breque,
completado por gravações antigas de
Germano Mathias. Esse projeto foi
lançado em maio com o título de
Antologia do Samba-Choro[18]. Em 1978,
Gil foi convidado a participar do Festival
Internacional de Jazz de Montreux, na
Suíça, celebrado em 14 de julho. Foi o
primeiro brasileiro a se apresentar no
festival, e esteve ao lado de A Cor do
Som e Silvinho[60]. Essa apresentação foi
gravada e lançada pela Warner Music e
suas afiliadas em agosto do mesmo ano.
Antes disso, o cantor iniciou uma
pequena turnê durante o verão europeu,
e posteriormente, mudou-se para os
Estados Unidos com a família, morando
em Los Angeles e trabalhando no
material para um novo álbum, exclusivo
para o mercado estrangeiro, sob a
produção de Sérgio Mendes[18]. Foi no
ano seguinte, precisamente em março e
maio, que ele começou uma turnê por
várias cidades estadunidenses,
principalmente em teatros universitários,
para promover seu novo álbum,
Nightingale. Gil tornou-se o primeiro
negro a integrar o Conselho de Cultura
do Estado da Bahia - do qual Maria
Bethânia também participou -, isso
aconteceu em julho. "Não Chore Mais
(No Woman, No Cry)" foi lançado em
maio, e virou um grande hit da carreira do
cantor, vendendo cerca de 750 mil
cópias[18]. Essa canção anunciou o novo
projeto que começa a ser gravado nos
Estados Unidos e que foi lançado em
agosto. Realce, teve turnê com cinquenta
e uma apresentações, em trinta cidades
brasileiras e, ao lado do jamaicano
Jimmy Cliff, apresentaram-se em
ginásios e estádios de cinco capitais
brasileiras, chegando a gravar um
especial transmitido pela Rede Globo[18].
Ainda em 1980, Gil foi eleito vereador em
sua cidade natal, Salvador. Além disso, o
artista passou a assumir outros cargos
administrativos na área cultural,
passando a realizar constantes viagens à
África Ocidental[59].

1981–85: Luar, Um Banda Um,


Extra e os 20 anos de carreira

Em novembro e dezembro de 1980,


começaram as gravações de Luar (A
Gente Precisa Ver o Luar), primeiro álbum
de muitos produzidos por Liminha, sendo
que o primeiro single do projeto foi "Se
Eu Quiser Falar com Deus"[18] e o projeto
foi disponibilizado em março de 1981,
com uma turnê que começou em 31 de
março, durou seis meses, foi à Europa,
Estados Unidos e Argentina. No início do
ano, Gil ganhou da Câmara Municipal de
São Paulo, a Medalha Anchieta Diploma
de Gratidão da Cidade de São Paulo, e
em abril a Rede Globo apresentou um
especial sobre o cantor, intitulado
Gilberto Passos Gil Moreira. Em setembro
de 1981, é lançado o single "Sonho
Molhado"[20]. Brasil, álbum de João
Gilberto, Caetano Veloso e Gil foi lançado
em junho pela Warner, e contém a
participação de Maria Bethânia em uma
das faixas. Durante os dois primeiros
meses de 1982, o cantor começou a
produção de um novo álbum voltado
para o mercado exterior, seria o seu
segundo. Porém, o projeto foi arquivado
pelo próprio Gil[20]. Ele, então, começou
uma série de apresentações, intitulada
"voz e violão" em abril e maio, dando
início, após isso, a gravação de um novo
álbum, Um Banda Um, e durante sua
produção, ele realizou uma turnê pela
Europa, finalizada em Israel[20]. Em
agosto foi lançado Um Banda Um,
acompanhado de "Andar com Fé",
primeira canção de trabalho desse novo
projeto. A turnê brasileira do mesmo,
começou ainda em agosto, e em
dezembro Gil teve sua casa, um sítio na
Estrada dos Bandeirantes, em
Jacarepaguá, no Rio de Janeiro,
assaltada[20]. E nesta época, após tudo
isso, a editora Currupio, lançou um livro
que contém coletâneas de entrevistas
com Gil, textos sobre ele e outros
arquivos, organizada, escrita e publicada
pelo baiano Antonio Risério. A turnê de
Um Banda Um, seguiu em maio e julho de
1982 pelos Estados Unidos, Europa, e
depois no México e Colômbia, antes do
retorno ao Brasil, onde o cantor já
projetava um novo conteúdo para o
próximo álbum, a ser lançado em
setembro com o título de Extra. Esse
novo trabalho contaria com uma turnê
que duraria um mês no Palace, em São
Paulo, e após passar por diversas
cidades do país, chegando no Rio de
Janeiro, onde ficou em cartaz no
Canecão de dezembro a janeiro, antes de
partir para outras apresentações em
Salvador e Buenos Aires[20].

Em 1984, Cacá Diegues dirigiu uma


produção cinematográfica franco-
brasileira intitulada Quilombo, baseado
nos livros Ganga Zumba, de João Felício
dos Santos, e Palmares, de Décio de
Freitas. Gilberto Gil foi convidado a
produzir na trilha sonora do filme, e no
mesmo ano o álbum com as canções do
filme foi lançada em outubro, na Europa,
pela Warner[20][37]. Neste meio tempo, Gil
apresentou-se pela Europa e Estados
Unidos, em junho e julho, e, após
apresentações em Israel, voltou ao Brasil
para produzir mais um álbum, Raça
Humana. Com exceção da canção
"Vamos Fugir", que foi gravada na
Jamaica e contou com a participação do
grupo The Wailers e a versão em inglês
da faixa foi lançada como single na
Europa, o álbum foi produzido no estúdio
Nas Nuvens, inaugurado por Gil e
Liminha, localizado no Jardim Botânico,
no Rio de Janeiro. Em setembro as
gravações do álbum já estavam
concluídas, e o material começou a ser
produzido. Gil apresentou-se em Nova
Iorque, mas, se retornou ao Rio de
Janeiro para o lançamento do álbum e
estreia da turnê, no Canecão, em 25 de
outubro de 1984[20]. No ano seguinte, 9 a
12 de janeiro de 1985, aconteceu a
primeira edição do festival de música
Rock in Rio, na qual Gil participou. Em
abril, deu-se início a gravação de um
novo material para o futuro álbum,
finalizado apenas em agosto. Em junho e
julho, o cantor realizou uma excursão
pela Europa e Estados Unidos, e três
meses depois, lançou o álbum Dia Dorim
Noite Neon. Em novembro, o artista
comemorou os 20 anos de sua carreira
com um grande evento em São Paulo,
organizado pelo letrista baiano Waly
Salomão. Intitulado "Gil: 20 anos-luz", a
semana de espetáculos contou com
apresentações, debates, filmes, leituras e
apresentações de grandes nomes da
música brasileira da época. Após isso,
Gil começou a turnê de promoção de seu
recém-lançado álbum[20].
1986–1990: Engajamento político …

e ao vivo em Tóquio

Nélson Pereira dos Santos, produziu em


1987 um filme intitulado Jubiabá,
baseado na obra homônima de Jorge
Amado, e convidou Gil para fazer a trilha
sonora, em 1986. Por volta do mês de
abril, Gil apresentou-se em um
espetáculo de voz e violão no Golden
Room, do Copacabana Palace, através
do projeto "Luz do Solo". Seu parceiro de
composição Jorge Mautner participou
do espetáculo. Mas, foi em 6 de maio,
que Gil recebeu das mãos de Tom Jobim
o Golfinho de Ouro - que Gil já havia
recusado uma vez -, premiação do
Governo do Estado do Rio de Janeiro, na
época de Leonel Brizola, em cerimônia
seguida de uma apresentação, no
Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Em
junho e julho, Gil foi à Europa para a
turnê de Dia Dorim Noite Neon. Lá, foi
convidado a participar do movimento
francês SOS Racisme, na praça da
Bastilha, apresentando-se na mesma
noite com artistas franceses e africanos.
A partir dai, ele foi para a sua primeira
apresentação no oriente, no Japão; a
turnê ainda incluiu passagens pelos
Estados Unidos, Canadá e Caribe[22]. Em
1987, o artista tornou-se presidente da
Fundação Gregório de Matos, instituição
voltada para revitalização da cultura
afrobrasileira[21]. Durante sua gestão,
intensificou a relação Bahia-África, tanto
que abriu-se em Salvador uma Casa de
Benin, e na África, uma Casa da Bahia.
Gil esteve por trás de um projeto de
recuperação do centro histórico de
Salvador arquitetado pela italiana Lina
Bo Bardi e sua equipe. Simultâneo a sua
carreia política, Gil foi responsável pela
trilha sonora do filme Um Trem para as
Estrelas, de Carlos Diegues, lançado pela
Som Livre. Gilberto Gil: Em Concerto, foi
lançado em março. Trata-se da gravação
da apresentação do artista no
Capacabana Palace, em 1986. Para
divulgar esse novo trabalho, o artista se
juntou a Jorge Mautner e estreou em São
Paulo "O Poeta e o Esfomeado",
espetáculo que passaria por vinte
cidades do Brasil. Sua apresentação em
Tóquio, foi lançada no Japão em maio, e
o álbum Soy Loco por Ti, América,
começou a ser gravado, especialmente
para o mercado internacional. Nos
meses seguintes, Gil realizou uma turnê
pelos Estados Unidos e Europa e, em
agosto, o álbum Soy Loco por Ti, América
foi lançado[22].

Em 2 de março de 1988, Gil lançou-se


oficialmente como pré-candidato a
prefeitura da cidade de Salvador.
Desligando-se em 14 de julho do cargo
de presidente da Fundação Gregório de
Mattos, devido a campanha política.
Antes disso, ele foi à Europa e aos
Estados Unidos para uma pequena turnê.
Em agosto, decidiu disputar a Câmara
dos Vereadores pelo Partido do
Movimento Democrático Brasileiro
(PMDB), nas eleições de 15 de
novembro. Em agosto, a editora Paz e
Terra lançou O Poético e o Político, de Gil
e Antonio Risério, e o álbum Gilberto Gil:
Ao Vivo em Tóquio, e o artista foi ao
Japão para uma turnê e foi eleito
vereado com o maior número de votos.
Voltou ao Rio para uma nova temporada
de espetáculos ali[22]. Um novo álbum
começou a ser planejado, e em janeiro e
fevereiro de 1989, começaram as
gravações. Com licença da Câmara, ele
iniciou a turnê nacional, em 22 de maio,
para divulgar o novo álbum, O Eterno
Deus Mu Dança, lançado em junho. Gil foi
aos Estados Unidos e à Europa, para
promover seu novo trabalho[22]. Em
fevereiro de 1990, morreu seu filho mais
velho, Pedro, em um acidente de carro, e
Gil decidiu viajar para a Europa. E nesse
ano, em 5 de junho, recebeu do então
Ministro da Cultura da França, Jack Lang,
o título de cavaleiro da Ordem das Artes
e Letras (Ordre des Arts et des Lettres, em
francês)[37], e acabou estendendo a
temporada europeia e estadunidense ao
Japão. Em novembro a Warner Music,
através do selo WEA, começou a relançar
no formato de CD todos os álbuns de Gil,
anteriormente lançado como disco de
vinil pela gravadora. Ainda em novembro
o artista foi homenageado pelo X Prêmio
Shell de Música Brasileira, pelo conjunto
de sua obra[22].

1991–95: Parabolicamará,
homenagens e Unplugged

Em janeiro e fevereiro de 1991 Gil fez


uma excursão pela Europa. Porém,
meses depois, em 10 de março, ele fez
uma pausa e, ao lado de Tom Jobim,
Caetano Veloso, Sting e Elton John,
apresentou-se no Carnegie Hall, em Nova
Iorque. Em seguida, ainda nos Estados
Unidos, começou a gravar o material
para o álbum do saxofonista
estadunidense Ernie Watts, intitulado
Afoxé, lançado pela CTI Records. Em
junho e julho, retomou a turnê pela
Europa e, em novembro, começou a
gravar o material para o novo álbum,
Parabolicamará, lançado em janeiro de
1992[24]. O lançamento do projeto e início
da turnê, foram marcados por um grande
espetáculo na praia de Copacabana, no
Rio de Janeiro. Em março, partiu para a
Europa para vinte apresentações
acústicas, apenas com voz e violão.
Essas apresentações não tinham
ligações com a turnê de Parabolicamará -
que embarcava para a Europa apenas
após as comemorações de 50 anos de
idade do cantor. A editora e o selo
Lumiar, lançaram em outubro, o primeiro
volume do livro Songbook Gilberto Gil,
que contém acordes cigrados e letras de
130 canções do compositor. O segundo
volume, contém três álbuns, nos quais
38 faixas são interpretadas por diversos
nomes da música brasileira[24]. Da
Europa, Gil partiu para Nova Iorque, onde
ficou um mês inteiro (novembro)
apresentando-se no Bowery Ballroom,
apenas voz e violão. Ao voltar ao Brasil,
em 19 de dezembro, realizou um grande
espetáculo no vale do Anhangabaú, em
São Paulo[24].

Com o término de seu mandato como


vereador, Gil abandonou a política e, em
1993, gravou ao lado de Caetano Veloso
um álbum que comemora os 26 anos do
tropicalismo e os trinta anos de amizade.
Em julho, foi homenageado na noite
brasileira do XXVII Festival Internacional
de Jazz de Montreux, com um
espetáculo chamado "Gilberto Gil and
Friends", do qual participaram Caetano,
Gal Costa, Chico Buarque, Dominguinhos
e o Trio Esperança. Durante julho e
agosto, realizou turnê pela Europa e
Estados Unidos, e voltou ao Brasil, após
isso, para lançar, através da PolyGram,
Tropicália 2, com Caetano. Os dois
fizeram uma apresentação do álbum na
Praça da Apoteose, no Rio de Janeiro,
em 25 de setembro, e depois, em 2 de
outubro ao Pólo de Arte e Cultura do
Anhembi, em São Paulo[24]. Em setembro
a PolyGram, começou a relançar todos
os álbuns remasterizados de Gil, antes
lançados pela Philips como disco de
vinil, dentro de uma série "Colecionador".
E no mês seguinte, Gil voltou com a turnê
de Parabolicamará, indo em novembro
para a Alemanha, com Marisa Monte,
para diversas apresentações no país.[24]

No início de 1994, precisamente em 18


de janeiro, Gil gravou o programa
Acústico, da MTV. Essa apresentação foi
gravada e, posteriormente, lançada
mundialmente pela Warner Music, como
álbum e home video intitulada Gilberto
Gil: Unplugged. Enquanto o lançamento
do acústico não acontecia, Gil levou a
apresentação de promoção do álbum
Tropicália 2, para o Parque de Exposições
de Salvador, em 28 de janeiro. E durante
o carnaval daquele ano, o artista, ao lado
de Caetano, Gal e Bethânia, os Doces
Bárbaros, foram homenageados pela
Escola de Samba Estação Primeira de
Mangueira, com o samba-enredo "Atrás
do Verde e Rosa, Só não Vai quem Já
Morreu". O quarteto realizou uma
apresentação na quadra da escola, e
participou do desfile no Sambódromo da
Marquês de Sapucaí, no Rio de
Janeiro[24]. Em abril, a gravadora
disponibiliza o álbum acústico. O
lançamento ocorreu na Sala Cecília
Meireles, com uma apresentação que
percorreria o País, retornado ao Rio em
setembro. Durante o VII Prêmio Sharp de
Música, realizado em 4 de maio de 1994,
no Theatro Municipal do Rio de Janeiro,
Gil recebeu de Dorival Caymmi uma
homenagem por sua importância para a
música nacional. Com os Doce Bárbaros,
Gil viajou para Londres. Lá, o quarteto
apresentou-se no Royal Albert Hall,
espetáculo que contou com a
participação da bateria da Mangueira.
Ali, Gil e Caetano mostraram o
espetáculo "Tropicália Duo", transposição
das apresentações de Tropicália 2, na
Europa e nos Estados Unidos. Ainda em
1994, precisamente em novembro, Gil
gravou em Oslo, na Noruega, uma
participação no álbum do baixista
Rodolfo Stroeter, que também contou
com a participação da cantora Marlui
Miranda e do percussionista indiano
Trilok Gurtu. No final do ano, Gil levou
"Tropicália Duo", para o Rio, São Paulo e
Belo Horizonte. Com o objetivo de
promover o Unplugged, Gil fez excursão
pelos Estados Unidos e Europa em junho
e julho de 1995, começando a gravar
novo conteúdo para o próximo álbum,
nos dois meses seguintes[24]. Em
outubro, o Free Jazz Festival, trouxe ao
Brasil grandes nomes da música, como
Nina Simone, Ray Charles, entre outros. E
Gil participou do festival, apresentando-
se com Stevie Wonder, no Rio de Janeiro
e em São Paulo[61]. No final do ano, Gil
foi um dos nomes no espetáculo de ano-
novo na praia de Copacabana, ao lado de
Gal Costa, Chico Buarque, Milton
Nascimento e Paulinho da Viola,
interpretando o repertório de Tom Jobim,
com a participação da bateria da
Mangueira[24].

1996–2000: Festivais, Quanta,


Grammy e Filhos de Gandhy

Em janeiro de 1996, Gil apresentou-se na


última edição do festival Hollywood
Rock, realizado no Rio de Janeiro e em
São Paulo pela empresa de tabacos
Souza Cruz, onde recebeu convidados
como Fernanda Abreu, Lulu Santos e
Lobão.[62] Meses depois, a agência
Denison Bates, lançou em um álbum a
canção "Comunidária", escrita e
interpretada pelo cantor, para o projeto
Comunidade Solidária. Esse álbum foi
distribuído para os clientes-alvo da
campanha. No final de março, Gil
participou, ao lado do percussionista
Naná Vasconcelos, da terceira edição do
festival internacional PercPan, realizado
em Salvador - esse mesmo festival teria
sua próxima edição organizada por Gil e
Naná, com a presença de onze artistas
de seis países[62]. Assim como em anos
anteriores, em junho e julho, Gil foi à
Europa e aos Estados Unidos, para
diversas apresentações e, em novembro,
o livro Gilberto Gil: Todas as Letras,
organizado por Carlos Rennó, foi lançado
através da editora Companhia das
Letras. O livro traz comentários do
artista sobre a composição de oitenta
canções suas. Em 14 de dezembro Gil
apresentou-se na sede da Embratel, no
Rio de Janeiro. Esse espetáculo foi
transmitido em tempo real pela internet,
onde Gil lançou o primeiro single do novo
álbum, "Pela Internet", disponível a partir
de janeiro de 1997[62]. Em abril, o álbum
duplo Quanta foi lançado. Sua turnê
começou em São Paulo, e seguiu para o
Rio, onde ficou por uma temporada
inteira no Canecão. Em 25 de maio, o
artista foi a São Paulo, onde apresentou-
se para 35 mil pessoas na praça da Paz,
no Parque do Ibirapuera. Em seguida,
voltou a dar sequencia na turnê de
Quanta, indo ao interior do estado de São
Paulo e percorrendo o resto do ano,
outras partes do Brasil, para depois a
turnê ir para países da Europa[62]. A
turnê, acabou se transformando em
álbum ao vivo, sendo que a gravação
ocorreu em 13 e 14 de agosto, gravada
no Teatro João Caetano, no Rio. O álbum
foi lançado em fevereiro de 1998, com o
título Quanta Gente Veio Ver, também
conhecido como Quanta: Live[62]. Em
junho e julho de 1998, Gil lançou a turnê
"Twentysummers", que comemora os
vinte anos seguidos de apresentações
do artista pela Europa no verão. Pelo
selo Pau Brasil, o artista lançou mais um
álbum, Sol de Oslo - projeto coletivo
divido com o baixista e produtor Rodolfo
Stroeter, a cantora Marlui Miranda, o
percussionista indiano Trilok Gurtu, o
tecladista norueguês Bugge Wesseltoft e
o acordeonista Toninho Ferragutti. Com
uma apresentação de Gilberto Gil, o
documentário produzido pelo canal GNT
e pela Conspiração Filmes, intitulado
Pierre Verger: Mensageiro entre Dois
Mundos, sobre o fotógrafo e etnólogo
francês radicado na Bahia[62].

Em 25 de fevereiro de 1999, o álbum ao


vivo Quanta Gente Veio Ver, foi eleito o
álbum do ano na categoria "música do
mundo" do Grammy. Gil receberia a
estatueta do Grammy, em uma
apresentação realizada no Rio e em São
Paulo, em maio do mesmo ano. No mês
seguinte, a Universal Music lançou o box
Ensaio Geral, composto por treze álbuns
produzidos por Marcelo Fróes. Esse
material abrange os lançamento do
artista pela Philips Records e PolyGram,
entre 1966 e 1977, contendo também
canções inéditas. No final do mês,
aconteceu a quinta edição do PercPan,
dirigido por Gil e Naná Vasconcelos[62].
Em junho e julho, Gil realizou mais uma
turnê pela Europa e Estados Unidos, mas,
voltou ao Brasil em 25 de julho, para uma
apresentação ao lado de Ivete Sangalo
para 90 mil pessoas, na praça da Paz, no
Parque do Ibirapuera. Em setembro, a
editora UnB lançou o livro de Bené
Fonteles, intitulado GiLuminoso, trazendo
um álbum gravado pelo artista
especialmente para esse projeto[62].
Ainda em novembro, ao lado de Caetano,
Gal Costa, Chico Buarque, Elza Soares e
Virgínia Rodrigues, o artista realizou uma
apresentação conhecida como "Since
Samba Has Been Samba", no Royal
Albert Hall, em Londres[62]. Em 27 de
fevereiro de 2000, a Conspiração Filmes
lança o documentário Filhos de Gandhy,
gravado parcialmente na Índia, e
apresentado pela primeira vez no canal
GNT. O documento foi dirigido por Lula
Buarque de Hollanda, sob condução de
Gil. Em março, o artista participou do
carnaval de Salvador com o seu próprio
trio elétrico, chamado "Chame-gente", e
começou a gravar um novo trabalho,
com Milton Nascimento. A sexta edição
do PercPan - assim como as anteriores,
dirigidas por Gil e Naná Vasconcelos -,
dividiu-se entre Salvador e São Paulo, e
em maio segue a Paris. Nesse tempo, Gil
foi escolhido para desenvolver a trilha
sonora do filme Eu, Tu, Eles[62]. O álbum,
intitulado Gilberto Gil e as Canções de Eu,
Tu, Eles, contém clássicos de Luiz
Gonzaga, e contou com uma turnê
nacional homônima. Em outubro, o
conteúdo gravado com Milton
Nascimento terminou de ser produzido e
a Warner Music lançou o álbum Gil &
Milton. Os dois deram início a turnê de
promoção do projeto em novembro, e
essa se estendeu até dezembro.[62] Os
dois se apresentaram no 3º Rock in Rio,
e Gil sobre um deslocamento da retina
do olho direito e foi operado[63].

2001–05: Eletracústico, "Nobel da


música" e premiações

Durante o carnaval de 2001, Gil esteve
presente em seu trio elétrico, o Expresso
2222, e em seu camarote. No mês
seguinte, o artista voltou a se apresentar,
promovendo o álbum lançado por ele e
Nascimento. Em abril, o artista começou
a gravar material para um álbum especial
para as festas dos santos populares. São
João Vivo, foi lançado em maio, pela
Warner Music, e rendeu ao artista um
disco de ouro, no Brasil. Embalado por
esse novo trabalho, em junho o cantor
realizou o espetáculo "Arraial de Gilberto
Gil", no aterro do Flamengo, no Rio de
Janeiro, que marcou o início das
filmagens do documentário Viva São
João!, de Andrucha Waddington, lançado
no ano seguinte em 14 de junho - nos
cinemas. Antes disso, Gil fez uma
apresentação com o pianista japonês
Ryuichi Sakamoto e o Quarteto Jobim-
Morelenbaum, no Teatro Alfa, em São
Paulo[63]. Após isso, iniciou uma turnê
pela Europa, e foi à Jamaica, em
novembro, para gravar um novo álbum,
Kaya N'Gan Daya. A oitava edição do
festival PercPan, ocorreu em Recife,
Pernambuco, agora, além de Gil, com a
direção do percussionista Marcos
Suzano. A gravação do disco digital
versátil Kaya N'Gan Daya, ocorreu no
DirecTV Music Hall, em São Paulo[63]. O
álbum foi finalizado no estúdio Palco,
instalado nas dependências da produtora
de Gil, Gege, na Gávea, zona sul da
cidade do Rio de Janeiro. Esse novo
álbum foi lançado em maio, e contou
com uma turnê homônima que teve
estreia no Canecão[63].

Toda a discografia de Gilberto Gil


lançada pela Warner Music, entre 1975 e
2002, foi lançada em um box em
novembro. Sob a produção de Marcelo
Fróes, o material possuía vasto material
inédito, como demos, sobras de álbuns, e
também a trilha sonora do filme
Quilombo, por exemplo[63]. Em 7 e 8 de
dezembro, os Doces Bárbaros, se
reuniram para duas apresentações: uma
na praça da Paz, no Parque do Ibirapuera,
em São Paulo; e outro, no dia seguinte,
na praia de Copacabana, no Rio de
Janeiro. Ainda em dezembro, do cantor
aceitou o convite do então presidente da
república, Luiz Inácio Lula da Silva, e
tornou-se Ministro da Cultura. Após o
natal, o artista gravou um "ao vivo" do
Kaya N'Gan Daya, no Teatro João
Caetano[63]. Esse, seria lançado em abril
de 2003, com apresentações para
divulgar o mesmo. Com licença de um
mês do MinC, o artista foi à Europa, para
diversas apresentações com Maria
Bethânia. Em setembro, recebeu o
prêmio de personalidade do ano no
Grammy Latino, em Miami, Estados
Unidos[63]. No ano seguinte, Gil foi
atração do segundo Rock in Rio realizado
em Lisboa, Portugal. Uma excursão com
dez apresentações pela Europa, ocorreu
em julho, e de 13 a 15 de agosto o artista
foi a São Paulo para apresentar o
espetáculo "Eletracústico". Em seguida,
ele viajou para Genève, Suíça, para
participar do "Piece Concert", na
Organização das Nações Unidas, em
memória das vítimas do atentado à sede
da organização, em Bagdá[63][64].

No mês seguinte, ele foi ao Rio de


Janeiro para registro do espetáculo
"Eletracústico". O produtor do álbum,
Tom Capone, faleceu em 2 de setembro,
em um acidente de moto nos Estados
Unidos, e Liminha foi chamado para
produção o projeto, que foi dirigido por
Bernardo Palmeiro. Foi Capone que
convencera Gil a registrar o espetáculo, e
o artista dedicou o projeto a ele[65]. As
gravações do álbum ocorreram de 10 a
12 de setembro, no Canecão. E o
Eletracústico foi lançado em 26 de
novembro de 2004, pela Warner Music.
Gil venceu o prêmio Polar de Música do
ano, concedido pela Academia Real
Sueca de Música. O prêmio é
considerado o "Nobel da Música
Popular", e foi dado ao artista devido ao
"compromisso criativo de levar ao
mundo o coração e a alma da música
brasileira", assim como por seu "imenso
talento, sua curiosidade e sua firme
convicção cultural"[66]. No ano seguinte,
o artista ganhou o Prêmio Multishow de
Música Brasileira, na categoria "Música",
por "Vamos Fugir", foi a Paris para
apresentar o espetáculo "Viva Brasil", na
Praça da Bastilha, reunindo quase 100
mil pessoas. Eletracústico, foi indicado
para o VI Grammy Latino, como "melhor
álbum de música popular brasileira",
mas, perde para Cantando Histórias, de
Ivan Lins. Após receber do governo
francês a "Légion D'Honneur Grand
Officier", recebeu a notícia que
Eletracústico, foi indicado para o Grammy
na categoria melhor álbum
contemporâneo de world music. Em 1 de
dezembro, o artista lançou, com uma
apresentação no Auditório Ibirapuera, em
São Paulo, o DVD Show da Paz: Gil na
ONU, gravado em 2003 na sede da
entidade, e teve participação do então
secretário-geral Kofi Annan[63].

2006–10: As "bandas" e Fé na
Festa

Gilberto Gil durante a Teia 2007 na Casa do Conde


em Belo Horizonte.
Em 8 de fevereiro de 2006, Gil ganhou o
segundo Grammy de sua carreira, com
Eletracústico[67]. Com dois anos sem
compor, Gil escreveu "Balé de Berlim",
feita para a seleção brasileira. Essa foi
lançada um single promocional, "Ballet
de Berlim", uma homenagem a Copa do
Mundo FIFA. Em 25 de maio, o artista se
apresentou em Berlim, na Alemanha,
dando início a "Copa da Cultura", e
seguiu em turnê pela Europa,
apresentando-se em Bruxelas, Roma,
Milão, Istambul, Paris, Montreux,
Córsega, Barcelona, Madri e Girona, entre
outras. No Brasil, Gil recebeu o título de
honra ao mérito dos Afoxés Bisnetos de
Gandhy, em Maceió, Alagoas, lançando
no início do mês seguinte o álbum Gil
Luminoso, pela Biscoito Fino[68]. A turnê
internacional de promoção do álbum,
recebeu o título de "Banda Larga", e teve
início em julho de 2007. E em 8 de
agosto, o cantor participou do Festival de
Jazz de Marciac, na França. O projeto foi
indicado para 50º Grammy na categoria
de melhor álbum contemporâneo de
world music. Gil, tornou-se o primeiro
artista brasileiro a ter um canal exclusivo
no site de vídeos YouTube, e em 15 de
maio de 2008, lança Banda Larga Cordel,
na internet. O álbum conta com uma
turnê homônima que passou pelos
Estados Unidos e pela Europa durante
junho e julho, e pela América Latina em
outubro e novembro. Devido a difícil
tarefa de conciliar a agenda ministerial
com projeto pessoais e artísticos, o
cantor pediu demissão da função de
ministro da cultura, em 30 de julho de
2008[69]. Anteriormente, porém, o artista
já havia pedido demissão, em novembro
de 2007, mas, o então presidente
convenceu Gil a ficar no cargo[70]. Banda
Larga Cordel foi indicado para o Grammy
Latino, na categoria de "melhor álbum de
cantor-compositor". Em abril de 2009, o
artista recebeu o título de Cidadania do
Estado do Piauí. Foi para a Europa, para
uma turnê de verão chamada "Here and
Now". Durante a excursão, recebeu
diploma da cidade de Milão, por ser
"embaixador da cultura e da consciência
critica do Brasil moderno, alma politica
de seu próprio pais alem de simbolo
universal de empenho social e de apoio a
luta contra a miséria e a fome no
mundo", segundo a então prefeita, Letizia
Moratti. Ao voltar ao Brasil, gravou um
novo projeto ao vivo. Intitulado
BandaDois, o espetáculo foi gravado no
Teatro Bradesco do Shopping Bourbon,
em São Paulo, nos dias 28 e 29 de
setembro, sob direção do cineasta
brasileiro Andrucha Waddington. O
espetáculo consiste em uma
apresentação com "voz, violão e alguns
convidados" apenas[71]. Em novembro,
Gil excursionou pela Europa com o
projeto "The String Concert", ao lado de
seu filho Bem e Jaques Morelembaum.
Em dezembro de 2009, chegou às lojas
BandaDois[71], e o cantor continuou com
a turnê "The String Concert", agora pelos
Estados Unidos.
Em 11 de junho de 2010, Gil lançou seu
quinquagésimo sétimo álbum, pela
Universal Music[72][73]. Intitulado Fé na
Festa, o trabalho foi dedicado totalmente
às festas dos santos populares - e
também lançado no início das
festividades -, com canções de maxixe,
baião, xote e forró, consideradas por
diversos críticos como um "retorno às
origens do baiano"[72] - uma vez que esse
recebera, enquanto criança, grande
influência de Luiz Gonzaga[73]. Entre as
canções do projeto estão "Aprendi com o
Rei", homenagem a Gonzaga, "Dança da
Moda", "Marmundo", entre outras[73]. A
turnê de Fé na Festa, foi introduzida no
circuito das festas juninas no Nordeste
do País, e em diversas regiões do País,
promovendo o álbum. Essa sequencia de
espetáculos rodou a Europa também,
conhecida como "For All", com calorosa
recepção[74][75]. Meses depois, Retirante
chegou às lojas do país. Trata-se de um
álbum duplo com 32 canções do início
da carreira de Gilberto Gil - de 1962 a
1966. Boa parte desse álbum contém
faixas feitas apenas com voz e violão,
entre as composições estão "Roda", "Me
Diga", "Moço", "Ensaio Geral", entre
outros. A pesquisa e resgate foi feito
pelo pesquisador Marcelo Fróes,
acompanhado por Gil[76]. Sobre a direção
de Andrucha Waddington, a turnê do
álbum Fé na Festa, tornou-se um
documentário, com uma apresentação
gravada no Retiro dos Artistas, em
Jacarepaguá, Rio de Janeiro[77]. Fé na
Festa: Ao Vivo, foi lançado em 9 de
dezembro de 2010, e além da
apresentação[78][79].

2011–17: A conspiração, 70 anos


e outros projetos

Meses depois do lançamento do
documentário Fé na Festa, o cineastas
Andrucha Waddington e Lula Buarque de
Hollanda, sócios da Conspiração Filmes,
lançaram um box, contendo sete DVDs
lançados/sobre Gilberto Gil e sua
carreira. A Conspiração de Gilberto Gil,
contém documentário dirigidos por
Hollanda (Pierre Verger: Mensageiro entre
Dois Mundos - narrado por Gil -, Filhos de
Gandhi e Kaya N’gan Daya), ao passo que
Waddington assina os músicas (Banda
Dois e iva São João!, além do filme Eu, Tu,
Eles - cuja trilha sonora é assinada por
Gil - e o documentário Tempo Rei,
codirigido por Hollanda)[80][81]. Gravado
no Teatro Tom Jobim, no Jardim
Botânico do Rio de Janeiro, em outubro
de 2011, Gil +10: O Retrato da Música
Brasileira, trata-se de um espetáculo
acústico, onde Gil recebeu dez
convidados para interpretar canções de
seu repertório. O projeto foi promovido
pela MPB FM, e fora lançamento pela
Go2Music. Foram convidados Ana
Carolina, Erasmo Carlos, Lenine, Maria
Gadú, Mart'nália, Os Paralamas do
Sucesso, Dona Ivone Lara, Milton
Nascimento, Zeca Pagodinho e Preta
Gil[82].
Gil se apresentando em São Paulo, novembro de
2018.

Em 10 de setembro de 2011, foi


anunciado que o artista seria
protagonista de um documentário
dirigido pelo suíço Pierre Yves e pelo
francês Emmanuel Gétaz e produzido
pelo brasileiro Daniel Rodriguez[83], sobre
o cantor e suas viagens para três países
do Hemisfério Sul: Brasil, África do Sul e
Austrália; retratando as conexões
políticas-geográficas que os une. O
documentário, ainda deve conter cenas
do carnaval de Salvador em terreiros de
candomblé, e encontros de Gilberto Gil
com pensadores e artistas sul-africanos,
poetas e líderes e cantores australianos.
Connecting South: The New World, ainda
não tem data de lançamento, mas, a
previsão é que seja lançada ainda em
2012[84]. Inspirada na canção "Domingo
no Parque" (1967), a Companhia de
Teatro O Cidadão de Papel, fez uma
montagem dirigida por Marcos Oliveira,
em Salvador. Segundo o autor Leandro
Rocha, "a peça 'Domingo no Parque' é
também uma homenagem a Gilberto Gil,
que consegue abordar diferentes temas
em sua obra musical, muitos deles de
maneira cênica”[85].

Para comemorar os 70 anos de idade, o


artista iniciou em 18 de maio de 2012,
uma mini-turnê conhecida como
"Concerto de Cordas & Máquinas de
Ritmo". Apresentou-se em algumas
cidades do País, ao lado de orquestras,
como a Orquestra Sinfônica da Bahia -
que acompanhou o artista em sua
estreia no Teatro Castro Alves, em
Salvador[86][87][88]. Depois da
apresentação no Theatro Municipal do
Rio de Janeiro, em 28 de maio, onde
gravou o DVD comemorativo ao lado da
Orquestra Petrobras Sinfônica, a série de
apresentações foi para a Europa. O
projeto, originalmente, surgiu em 2006,
na época do lançamento do álbum Gil
Luminoso, porém, apenas em 2012 saiu
do papel, que agora, conta com a
regência do maestros Jaques
Morelenbaum e Carlos Prazeres[87][89].

Um dia antes do aniversário de Gilberto


Gil, o site de vídeos YouTube, transmitiu
uma hora do espetáculo "Concerto de
Cordas & Máquinas de Ritmo", gravado
no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
No canal oficial do cantor, era possível
encontrar depoimentos exclusivos de
diversos artistas falando sobre Gil, além
de falas do próprio artista[90].

Em 5 de agosto de 2016 participou da


cerimônia de abertura dos Jogos
Olímpicos Rio 2016, cantando Isso Aqui,
o Que É ao lado de Caetano Veloso e
Anitta.[91]

2018–presente: OK OK OK, GIL e …


outros projetos

Em janeiro de 2018, fez um show com


ritmistas da escola de samba Vai-Vai,
cujo enrendo para o Carnaval foi
inspirado nele.[92]

Em agosto de 2018, Gilberto Gil lança o


álbum OK OK OK pela gravadora Biscoito
Fino. O trabalho produz forte caráter
reflexivo sobre as questões existenciais,
e flerta constantemente com a
inevitabilidade da morte e o espetáculo
da vida. A canção homônima, "OK OK
OK" , expressa uma mensagem que
reflete diretamente o momento atual da
vida do antes tão politicamente ativo
artista, enquanto também exterioriza
sutilmente os acontecimentos da
atualidade com as interpretações de Gil.
Os temas de vitalidade e mortalidade
são referências diretas a
acontecimentos da vida do próprio Gil,
como em 2016, quando passou meses
internado no Hospital Sírio-Libanês por
causa de insuficiências renal e cardíaca,
o que levaria à composição de músicas
referentes às suas experiências durante
esse período e homenagens aos
médicos que dele cuidaram, como
"Quatro Pedacinhos" e "Kalil". Em
contrapartida, as canções "Sol de Maria",
"Uma coisa bonitinha" e "Sereno", feitas
em homenagem aos seus netos recém-
nascidos, demonstram alegrias que a
idade avançada traz consigo. Em 2019,
uma edição Deluxe do álbum foi lançada,
contando com versões acústicas das
principais músicas do álbum, como OK
OK OK e Uma coisa bonitinha.

Em agosto de 2019, participou do


programa Criança Esperança da Rede
Globo, onde cantou uma versão de sua
canção Palco com a cantora Anitta.
Neste mesmo mês, a trilha sonora do
Espetáculo do Grupo Corpo, "GIL", foi
lançado. Em novembro do mesmo ano,
fez um show com a banda
BaianaSystem[93]. Gil também entrou
num processo criativo para escrever
canções inéditas para o álbum Giro
(2019) da cantora Roberta Sá[94], disco
este produzido por Bem Gil.

Carreira política
Gilberto Gil

Gilberto Gil em 11 de setembro de 2007.


12.º Ministro da Cultura do Brasil
Período 1 de janeiro de 2003
até 30 de julho de 2008
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Antecessor Francisco Weffort
Sucessor Juca Ferreira
Vereador de Salvador
Período 1 de janeiro de 1989
até 1 de janeiro de 1993
Dados pessoais
Nascimento 26 de junho de
1942 (77 anos)
Salvador, BA
Partido PMDB (1988–1990)
PV (1990–presente)
Profissão Músico
Assinatura

Em 1988, mesmo gravando, fazendo


shows e se envolvendo em causas
sociais, elegeu-se vereador em Salvador,
sua cidade natal, pelo Partido do
Movimento Democrático Brasileiro
(PMDB) com exatos 11.111 votos. Em 21
de março de 1990, filia-se ao Partido
Verde (PV), como membro da Comissão
Nacional Executiva.

Em janeiro de 2003, quando o presidente


Luiz Inácio Lula da Silva tomou posse,
nomeou-o para o cargo de ministro da
Cultura, nomeação que originou severas
críticas de personalidades como Paulo
Autran[95] e Marco Nanini[96] em
entrevistas à Folha de S.Paulo.

Entretanto, permaneceu no cargo de


ministro por cinco anos e meio. Deixou o
Ministério em 30 de julho de 2008 para
voltar a dedicar-se com maior
exclusividade à sua vida artística.[97] Em
28 de agosto, participou da solenidade
de posse oficial de seu sucessor no
Ministério, Juca Ferreira.[98]

“ Ele teve uma recaída e quer voltar


a ser um grande artista. Gil não é
imprescindível apenas para a
política. ”
Cargos …

De 1989 a 1992 foi vereador na


Câmara Municipal de Salvador (teve
exatos 11.111 votos).
De 1 de janeiro de 2003 a 30 de julho
de 2008 foi ministro da Cultura.

Liberdade digital …

Gilberto Gil é um dos principais


defensores do Software Livre e da
Liberdade Digital. Em 29 de janeiro de
2005, durante um debate sobre Software
Livre no Fórum Social Mundial 2005, foi
muito aplaudido após defender o
Software Livre e a Liberdade Digital.
Algumas de suas palavras neste debate:
“ A batalha do software livre, da ”
Internet livre e das conexões livres
vão muito além delas, de seus
interesses. É a mais importante, e
também a mais interessante, e a
mais atual das batalhas políticas.
Claro que há uma revolução
francesa, ou várias revoluções
francesas, a fazer no planeta, seja
dentro dos países, seja no comércio
internacional. Ainda nos
defrontamos não apenas com
discursos do século XIX, mas
também com realidades do Século
19. Mas não podemos secundarizar
o presente. E o futuro.
“ Não se trata de um movimento ”
"anti", mas de um movimento "pro",
ou seja, a favor da valorização e da
disseminação de uma nova
cidadania global, da capacidade de
autodeterminação das pessoas, de
novas formas de interação e
articulação, da liberdade real de
produção e difusão da
subjetividade, da busca do saber, da
informação, do exercício da
sensibilidade e da coletividade. E
como estou valorizando o lado "pro"
do Fórum, quero propor a vocês a
constituição imediata, a partir deste
encontro, de uma convocação
global pela liberdade digital da
humanidade, complementar à
convocação global pela erradicação
da pobreza lançada por diversas
ONGs neste Fórum e abraçada pelo
presidente Lula. Sejamos corajosos
e substantivos em relação a isso.

Todo esse movimento visa uma


mudança de comportamento social
muito maior que repensa a forma como
é tratado o direito autoral hoje.

Lembrando que Gilberto Gil participou


recentemente de um disco livre
promovido mundialmente pela Creative
Commons com a música Oslodum.

Em 11 de março de 2007, o jornal


estadunidense The New York Times
dedicou uma matéria aos esforços de
Gilberto Gil em relação a "flexibilizar
direitos autorais". A matéria, intitulada
Gilberto Gil Hears the Future, Some Rights
Reserved (Gil ouve o futuro, com alguns
direitos reservados) elogia o trabalho do
ministro da cultura quanto à aliança
formada com a Creative Commons em
2003, uma de suas primeiras ações
como ministro. "Minha visão pessoal é
que a cultura digital traz consigo uma
nova ideia de propriedade intelectual, e
que esta nova cultura de
compartilhamento pode e deve informar
políticas governamentais.", disse
Gil.[99][100]

Estilo musical e influências


Gil é tenor, mas canta no registro de
barítono ou falsete, com letras e/ou
sílabas dispersas. Suas letras são sobre
assuntos que vão da filosofia à religião,
contos populares e jogo de palavras.[101]
O estilo musical de Gil incorpora uma
ampla gama de influências. A primeira
música a que ele foi exposto incluiu The
Beatles e artistas de rua em várias áreas
metropolitanas da Bahia. Durante seus
primeiros anos como músico, Gil se
apresentou principalmente em uma
mistura de estilos tradicionais brasileiros
com ritmos de duas etapas, como baião
e samba.[102] Ele afirma que "Minha
primeira fase foi de formas tradicionais.
Nada experimental. Caetano [Veloso] e
eu seguimos a tradição de Luiz Gonzaga
e Jackson do Pandeiro, combinando
samba com música nordestina".[102] O
crítico de música americano Robert
Christgau disse que, juntamente com
Jorge Ben, Gil estava "sempre pronto
para ir mais longe do que os outros
gênios do samba/bossa".[103]

Como um dos pioneiros da tropicália,


influências de gêneros como rock e punk
têm sido difundidas em suas gravações,
assim como nas de outras estrelas do
período, incluindo Caetano Veloso e Tom
Zé. O interesse de Gil pela música
baseada no blues do pioneiro do rock
psicodélico Jimi Hendrix, em particular,
foi descrito por Veloso como tendo
"consequências extremamente
importantes para a música
brasileira".[104] Veloso também observou
a influência do guitarrista e cantor
brasileiro Jorge Ben no estilo musical de
Gil, juntamente com o da música
tradicional.[104] Após o auge da tropicália
na década de 1960, Gil tornou-se cada
vez mais interessado na cultura negra,
particularmente no gênero musical
jamaicano reggae. Ele descreveu o
gênero como "uma forma de
democratizar, internacionalizar, falar uma
nova língua, uma forma heideggeriana de
transmitir mensagens fundamentais".[105]

Visitando Lagos, na Nigéria, em 1976


para o Festival de Cultura Africana
(FESTAC), Gil conheceu os músicos Fela
Kuti e Stevie Wonder.[106] Ele se inspirou
na música africana e depois integrou
alguns dos estilos que ouvira na África,
como juju e highlife, em suas próprias
gravações.[107] Um dos mais famosos
destes registros de influência africana foi
de 1977 álbum Refavela, que incluiu "No
Norte da Saudade", uma canção
fortemente influenciado pelo reggae.[108]
Quando Gil voltou ao Brasil após o asilo,
ele se concentrou na cultura afro-
brasileira, tornando-se membro do grupo
Afoxé de Carnaval Filhos de Gandhy.

Por outro lado, seu repertório musical


dos anos 80 apresentou um
desenvolvimento crescente de
tendências de dança, como disco e soul,
bem como a incorporação anterior de
rock e punk.[105] No entanto, Gil diz que
seu álbum de 1994, Acústico MTV, não
era uma direção tão nova, como ele já
havia se apresentado desconectado de
Caetano Veloso. Ele descreve o método
de tocar como mais fácil do que outros
tipos de apresentação, pois a energia do
toque acústico é simples e influenciada
por suas raízes.[109] Gil foi criticado por
um envolvimento conflitante na música
brasileira autêntica e na arena musical
mundial. Ele teve que seguir uma linha
tênue, permanecendo simultaneamente
fiel aos estilos tradicionais da Bahia e se
envolvendo com os mercados
comerciais. Os ouvintes na Bahia têm
aceitado muito mais sua mistura de
estilos musicais, enquanto os do sudeste
do Brasil se sentem em desacordo com
isso.[105]

Discografia

Álbuns de estúdio …

1967 - Louvação
1968 - Tropicalia ou Panis et Circencis -
(com Caetano Veloso, Gal Costa, Os
Mutantes, Torquato Neto, Tom Zé,
Nara Leão e Rogério Duprat)
1968 - Gilberto Gil
1969 - Gilberto Gil
1970 - Copacabana Mon Amour (trilha
sonora)
1971 - Gilberto Gil
1972 - Expresso 2222
1974 - Cidade do Salvador
1975 - Refazenda
1975 - Gil & Jorge: Ogum, Xangô - (com
Jorge Ben)
1977 - Refavela
1979 - Nightingale
1979 - Realce
1981 - Brasil - (com Maria Bethânia,
Caetano Veloso e João Gilberto)
1981 - Luar (A Gente Precisa Ver o Luar)
1982 - Um Banda Um
1983 - Extra
1984 - Quilombo (trilha sonora)
1984 - Raça Humana
1985 - Dia Dorim Noite Neon
1987 - Um Trem para as Estrelas (trilha
sonora)
1989 - O Eterno Deus Mu Dança
1991 - Parabolicamará
1997 - Quanta
1998 - Quanta Gente Veio Ver
1998 - O Sol de Oslo
2000 - As Canções de Eu, Tu, Eles
(trilha sonora)
2000 - Gil & Milton - (com Milton
Nascimento)
2002 - Kaya N'Gan Daya
2002 - Z: 300 Anos de Zumbi (trilha
sonora)
2006 - Gil Luminoso
2008 - Banda Larga Cordel
2010 - Fé na Festa
2014 - Gilbertos Samba
2018 - OK OK OK

Álbuns ao vivo …

1972 - Barra 69: Caetano e Gil ao Vivo


na Bahia - (com Caetano Veloso)
1974 - Temporada de Verão: Ao Vivo na
Bahia - (com Caetano Veloso e Gal
Costa)
1974 - Gilberto Gil: Ao Vivo
1976 - O Viramundo
1978 - Ao Vivo em Montreux
1977 - Refestança - (com Rita Lee &
Tutti Frutti)
1987 - Em Concerto
1988 - Ao Vivo em Tóquio
1994 - Acústico MTV
1995 - Esotérico: Live in USA 1994
1995 - Oriente: Live in Tokyo
1996 - Em Concerto
1998 - Ao Vivo em Tóquio (Live in
Tokyo) [Braziloid]
2001 - São João Vivo
2002 - Quanta Live
2004 - Eletrácustico
2005 - Ao Vivo
2009 - BandaDois
2010 - Fé na Festa: Ao Vivo
2011 - Gil + 10: Gilberto Gil Convida ao
Vivo
2012 - Concerto de Cordas e Máquinas
de Ritmo
2012 - Ivete, Gil e Caetano - (com Ivete
Sangalo e Caetano Veloso)
2014 - Live in London '71 - (com Gal
Costa)
2014 - Gilbertos Samba Ao Vivo
2015 - Dois Amigos, Um Século de
Música - (com Caetano Veloso)
2018 - Trinca de Ases - (com Gal Costa
e Nando Reis)

Coletâneas …

1998 - Ensaio Geral (caixa com


gravações de 1967 a 1977)
2005 - The Very Best of Gilberto Gil -
The Soul of Brazil
2006 - Rhythms of Bahia

Prêmios e indicações
Ano Trabalho Prêmio Resultado

1981 N/A Medalha Anchieta—Câmara Municipal de São Paulo Venceu

Golfinho de Ouro—Governo do Estado do Rio de


1986 N/A Venceu
Janeiro

Ordre des Arts et des Lettres—Ministério da Cultura de


1990 N/A Venceu
França

1990 N/A Comendador da Ordem de Rio Branco Venceu

1997 N/A Ordem Nacional do Mérito Venceu

Grammy Award—Best Contemporary World Music


1998 Eletracústico Venceu
Album

1999 N/A Ordem do Mérito Cultural—Ministério da Cultura Venceu

1999 N/A Artista pela Paz da UNESCO—ONU Venceu

2001 Eu Tu Eles Cinema Brazil Grand Prize—Best Music Indicado

As Canções De Eu,
2001 Grammy Latino—Brazilian Roots/Regional Album Venceu
Tu, Eles

Embaixador da Boa Vontade da UNESCO—Food and


2001 N/A Venceu
Agriculture Organization

2002 Viva São João! Passista Trophy—Long Documentary - Best Score Venceu

Grammy Latino—Melhor cantor brasileiro/Álbum


2002 São João Vivo Venceu
regional

2005 Quanta Live Grammy Award—Best World Music Album Venceu

2005 N/A Polar Music Prize Venceu

2005 N/A Légion d'honneur Venceu

23 de Julho de 2003 - agraciado com a


Grã-Cruz da Ordem do Infante D.
Henrique de Portugal[110]
3 de setembro de 2003 - recebe o
Grammy Latino prêmio de
Personalidade do Ano - Miami
Maio de 2005 - recebe o Polar Music
Prize do Rei Carlos XVI Gustavo da
Suécia[111]
15 de dezembro de 2006 - é premiado
com o título Doutor Honoris causa
pela Universidade de Aveiro[112].
11 de novembro de 2010 - vence mais
dois prêmios no Grammy Latino por
'Melhor Álbum de Música Popular
Brasileira' com 'BandaDois' e 'Melhor
Álbum de Músicas de Raízes
Brasileiras', por 'Fé na festa'.[113]
Em 2015, seu DVD ao vivo Gilberto
Sambas ao Vivo ganhou o 26º Prêmio
da Música Brasileira na categoria
Melhor DVD Especial.[114]
Em 2016, seu CD Dois Amigos, um
Século de Música feito em parceria
com Caetano Veloso ganhou o 27º
Prêmio da Música Brasileira na
categoria Melhor Álbum de MPB.[115]

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segue exame .
internado em Insuficiência
SP para tratar renal atinge
insuficiência cerca de 10%
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caracteriza tem alta e vai
pela perda da participar da
capacidade abertura da
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CARLOS, Josely Teixeira.  Fosse um
Chico, um Gil, um Caetano: uma análise
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