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Jean-François

Lyotard
Jean-François Lyotard
Filosofia do século XX

Jean-François Lyotard, foto de Bracha L.


Ettinger, 1995
Nome completo Jean François Lyotard
Escola/Tradição: Pós-modernismo
Data de 10 de agosto de
nascimento: 1924 (95 anos)
Local: Versalhes, Île-de-
France
Morte 21 de abril de
1998 (73 anos)
Local: Paris (Leucemia)
Influências: Montaigne · Kant ·
Marx · Freud
Wittgenstein ·
Parsons · Heidegger
Durkheim · J.L. Austin ·
Nietzsche ·
Influenciados: Rorty · Barthes · Badiou

Jean-François Lyotard (Versalhes, 10 de


agosto de 1924 — Paris, 21 de abril de
1998) foi um dos mais importantes
filósofos da França na discussão sobre a
pós-modernidade.[1]

Vida
Lyotard nasceu em Versalhes em 10 de
agosto de 1924. Quando jovem, pensou
em se tornar monge, pintor e historiador.
Depois de estudar na Sorbona,
completou uma agregação (licenciatura
em filosofia) em 1950 e se juntou ao
corpo docente de uma escola secundária
em Constantina, na Argélia. Em 1954,
tornou-se membro do Socialisme ou
Barbarie ("Socialismo ou Barbárie"), um
grupo socialista anti-stalinista,
contribuindo com ensaios para o seu
periódico homônimo que criticava
veementemente o envolvimento colonial
francês na Argélia. Em 1966, começou a
lecionar filosofia na Universidade de
Paris X (Nanterre); em 1970 mudou-se à
Universidade de Paris VIII (Vincennes-
Saint-Denis), onde foi nomeado
professor emérito em 1987. Nos anos 80
e 90, lecionou muito fora da França. Foi
professor de francês desde 1993 na
Universidade da Califórnia, em Irvine, e
professor de francês e filosofia na
Universidade Emory em Atlanta, Geórgia,
em 1995.[1]

Em seu primeiro grande trabalho


filosófico, Discurso/Figura (1971),
distinguiu entre a significação dos
signos linguísticos e o significado das
artes plásticas, como a pintura e
escultura. Argumentou que, como o
pensamento racional ou o julgamento é
discursivo e as obras de arte são
inerentemente simbólicas, certos
aspectos do significado artístico - como
a riqueza simbólica e pictórica da pintura
- estarão sempre além do alcance da
razão. Em Economia Libidinal (1974),
obra muito influenciada pela revolta
estudantil parisiense de maio de 1968,
afirmava que o desejo sempre escapa à
atividade generalizadora e sintetizadora
inerente ao pensamento racional; em vez
disso, a razão e o desejo estão num
relacionamento de tensão constante.[1]

Em seu trabalho mais conhecido e mais


influente, A condição pós-moderna
(1979), caracterizou a era pós-moderna
como uma que perdeu a fé em todas as
grandes "metanarrativas" totalizantes -
as ideias abstratas com as quais
pensadores desde o Iluminismo se
tentou construir explicações
abrangentes da experiência histórica.
Desiludida com as alegações grandiosas
de metanarrativas como "razão",
"verdade" e "progresso", a era pós-
moderna se voltou às pequenas
narrativas, como a história da vida
cotidiana e dos grupos marginalizados.
Em seu trabalho filosófico mais
importante, O Diferente: Frases em
Disputa (1983), comparou discursos a
"jogos de linguagem", uma noção
desenvolvida numa obra posterior de
Ludwig Wittgenstein (1889–1951); como
os jogos de linguagem, os discursos são
sistemas discretos de atividade
governada por regras que envolvem a
linguagem. Como não há um conjunto
comum de suposições em relação às
quais suas reivindicações ou pontos de
vista conflitantes possam ser julgados
(não há razão universal ou verdade), os
discursos são na maior parte
incomensuráveis. O imperativo básico da
política pós-moderna, portanto, é criar
comunidades nas quais a integridade
dos diferentes jogos de linguagem é
respeitada - comunidades baseadas em
heterogeneidade, conflito e “dissenso”.[1]

Referências
1. Wolin 1998.

Bibliografia
Wolin, Richard (1998). «Jean-François
Lyotard» . Britânica Online

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