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Introdução

Este artigo pretende brevemente esclarecer um pouco da vida e trajeto de dois


grandes filósofos contemporâneos franceses que por sua tiveram um papel fundamental
na criação de ideias sobre o ser humano desde as suas interações intelectuais com a
sociedade, liberdade e as demais.

Então é de deixar claro que deste modo o artigo só vem mais nos enquadrar e
contextualizar em dois pareceres sobre pessoa no período contemporâneo.
Capítulo I-Conceitos de Pessoa Contemporâneo

1.1-Breve História de Sartre

Jean-Paul Charles Aymard Sartre (Paris, 21 de Junho de 1905 à 15 de


Abril de 1980) foi um filósofo, escritor e crítico francês, conhecido como representante
do “existencialismo”

. Acreditava que os intelectuais têm de desempenhar um papel ativo na


sociedade. Era um artista militante, e apoiou causas políticas de esquerda com a sua
vida e a sua obra.

Rejeitou as diversidades e as funções problemáticas e, por estes motivos, se


recusou a receber o Nobel de Literatura de 1964. Sua filosofia dizia que no caso
humano (e só no caso humano) a existência precede a essência, pois o homem
primeiro existe, depois se define, enquanto todas as outras coisas são o que são, sem se
definir, e por isso sem ter uma "essência" que suceda à existência.

Ele também é conhecido por seu relacionamento aberto que durou cerca de 51
anos (até sua morte) com a filósofa e escritora francesa Simone de Beauvoir.

Jean-Paul Sartre era filho de Jean-Baptiste Marie Eymard Sartre, oficial da


marinha francesa e de Anne-Marie Sartre. Ficou órfão de pai com dois anos de idade.

Em 1907 Sartre mudou-se com a sua mãe para casa de seus avós maternos em
Meudon. Em 1916, com o casamento de sua mãe, considerado por Sartre como traição,
foi obrigado a mudar para La Rochelle quando ingressou no Liceu La Rochelle.

1.2-Formação

Em 1920 Sartre voltou para Paris. Em 1924 ingressou na Escola Normal


Superior de paris, onde conheceu a sua futura companheira a escritora Simone
Beauvoir. Em 1929 concluiu a graduação.

Em 1931, Sartre foi nomeado professor de filosofia em Havre. Nessa época,


escreveu o romance, “A Lenda da Verdade”, que não foi aceite pelos editores.
Em 1933, Sartre interrompeu a sua carreira após receber uma bolsa de estudo
que lhe permitiu estudar na Alemanha no Instituto Francês de Berlim, quando entrou em
contacto com a filosofia de Husserl e de Heidegger.

Em 1938, Sartre publicou o romance “A Náusea”, escrito em forma de diário no


qual descreve e repulsa sentida pelo protagonistas ao tomar consciência do próprio
corpo.

Em 1940, Sartre foi convocado pelo Exército francês para servir na Segunda
Guerra Mundial. Feito prisioneiro dos alemães, foi solto em Abril de 1941 quando
retornou para a França.

1.3-O Existencialismo de Sartre

Sartre foi o expoente máximo do existencialismo- corrente filosófica que


pregava a liberdade individual do ser humano. O existencialismo nasceu com o filósofo
dinamarquês Sorem Kierkegaard (1831-1855) que combatia a filosofia especulativa.

Em 1943, Sartre publicou “O Ser e o Nada” (1943), seu trabalho filosófico mais
conhecido, quando formulou seus pressupostos filosóficos que determinaram o
pensamento e a posição essencial da geração de intelectuais do pós-guerra. Sartre
vinculou a filosofia existencial ao marxismo e à psicanálise. Seu principal interesse
filosófico é o indivíduo e a psicologia.

1.4-Conceito de Pessoa para Sartre

Para Sartre somente há a condição humana. O ser humano sempre terá que
construir sua existência. Ele não é algo. Por isso, sempre estará na condição de algo que
o qualifica momentaneamente enquanto um ser que existe para aquilo. Também o
homem é homem pela sua condição de ser livre.

“O homem é fruto de sua liberdade porque quotidianamente escolhe as acções que irá
praticar”.
2.1-Breve História de Marcel

Gabriel-Honoré Marcel (1889-1973), filosofo e dramaturgo francês de renome


internacional, nasceu em 7 de Dezembro de 1889 e faleceu em 8 de outubro de 1973,
Paris. Foi o autor de muitas obras filosóficas e um conferencista requisitado por muitos
auditórios em todo o mundo.

Marcel foi o único do diplomata francês Henry Marcel. Perdeu sua mãe com
quatro anos. Foi educado pela avó Materna e por uma tia de quem recebeu educação
rigorosa e que veio a ser a segunda esposa de seu pai. Marcel foi sempre o centro do
carinho e das atenções da família, mas sofria com as exigências de perfeccionismo
académico, sempre maiores apesar de seu excepcional rendimento escolar.

É um pensador que, desde o início de século, influenciou toda uma geração de


intelectuais como Paul Ricoeur, Merleau-Ponty, Jean-paul Sartre, Lévina, entre outros.
Contudo, Marcel rejeitava, o quanto possível o termo existencialismo, tal como Jaspers
e Heidegger.

2.2-Principais trabalhos: Homo Viator, O Mistério do Ser, Être et avoir

As experiências existenciais de Marcel, como a morte de sua mãe ou a perda de


sua esposa Jacqueline em 1947, são inseparáveis de um trabalho filosófico baseado na
meditação da experiência humana em tais formas pessoais do que seu diário Metafisico
mantido dia após dia.

Em 1929, sua conversão ao catolicismo romano marcou uma virada decisiva em seu
trabalho e fez dele mestre francês do existencialismo cristão, um termo ao qual ele disse
que preferia o de um certo socratismo cristão.

Apos a guerra, ele ganhou notoriedade internacional e encerrou a sua carreira


com honras; doutor honoris causa de várias universidades, Grande Premio de Literatura
da Academia Francesa em 1949, membro da Academia des Sciences Morales et
Politiques em 1952, ele recebeu o Grande Prêmio Nacional de Letras em 1958 e o
Prêmio Erasmus em 1969.
2.3-Conceito de Pessoa para Marcel

Marcel reconhece a ausência de subjetividade com algo fundamental em cada


pessoa, e entende que a existência corresponde ao próprio corpo. Cada pessoa é seu
corpo, que segue para a concretização do eu, tornando-se uma existência singular.
Segundo ele, o homem busca um sentido para a vida, que é sempre único e pessoal.
Considerações Finais

Entretanto conclui-se que Sartre inclui a liberdade como facto inicial para
construção de sua personalidade é por meio dessa faculdade que lhe permite a melhor
escolha para deste modo se inteirar com o meio.

Já agora Marcel diz que a pessoa só existe se ela tiver um corpo que
posteriormente irá seguir para a construção do seu ser tornando-se assim singular.

Mas mesmo assim nos remete em um relativismo com o conceito de Sartre pois,
a pessoa só constrói seu ser por ser livre de escolher ser aquilo que ele quer ser. Então, a
só pessoa pensar em ser por ter raciocínio.

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