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Desde cedo, Sartre lia muitos clássicos e se interessava pelas artes, especialmente o
cinema, o que mais tarde, o levaria a escrever peças de teatro e novelas.
Com apenas 10 anos, ganhou sua primeira máquina de escrever e ingressou no Liceu
Henri VI de Paris.
Logo, ganhou uma bolsa de estudos e foi estudar no Instituto Francês em Berlim.
Nesse momento, dedica-se aos estudos da fenomenologia e existencialismo dos
filósofos: Edmund Husserl (1859-1938), Martin Heidegger (1889-1976), Karl Jaspers
(1883-1969), Max Scheller (1874-1928) e Soren Kierkegaard (1813-1855).
Participou da segunda guerra mundial, como meteorologista. Ficou preso nos campos
de concentração de Trier e, por motivo de doença foi liberado.
Um fato curioso de sua vida é que Sartre se recusou a receber o Prêmio Nobel de
Literatura, em 1964:
O EXISTENCIALISMO DE SARTRE
Jean-Paul Sartre foi o expoente máximo do "existencialismo" – corrente filosófica que prega a
liberdade individual do ser humano. O existencialismo nasceu com o filósofo dinamarquês Soren
Kieekegaard (1831-1855) que combatia a filosofia especulativa.
Em 1943, Sartre publicou “O Ser e o Nada” (1943), seu trabalho filosófico mais conhecido, onde
formulou seus pressupostos filosóficos que determinou o pensamento e a posição essencial da
geração de intelectuais do pós-guerra. Sartre vinculou a filosofia existencial ao marxismo e à
psicanálise.
Para Sartre, “estamos condenados a ser livres” - essa é a sua sentença para a humanidade, uma
vez que a “existência precede a essência”, ou seja, não nascemos com uma função pré-definida.
Para ele, a consciência coloca o homem diante da possibilidade de escolher o que ele será, pois
essa é a condição da liberdade humana. Escolhendo a sua ação, o homem escolhe a si mesmo,
mas não escolhe a sua existência.
Para Sartre, a má-fé do homem seria mentir para si mesmo, tentando se convencer de que não é
livre. O problema surge quando seus projetos pessoais entram em conflito com o projeto de vida dos
outros. Eles, os outros tiram parte da sua autonomia, por isso, as escolhas devem ser pensadas,
uma vez que vão definir a existência de cada um. Ao mesmo tempo, é pelo olhar do outro que
reconhecemos a nos mesmos – daí a origem da célebre frase de Sartre: “O inferno são os
outros”.
Colégio
Ouro Grosso Programa em Rede - Filosofia 3º SÉRIE – Prof. Zeca
“Os homens. É preciso amar os homens. Os homens são admiráveis. Sinto vontade de
vomitar – e de repente aqui está ela: a Náusea. Então é isso a Náusea: essa evidência
ofuscante? Existo – o mundo existe -, e sei que o mundo existe. Isso é tudo. Mas tanto
faz para mim. É estranho que tudo me seja tão indiferente: isso me assusta. Gostaria
tanto de me abandonar, de deixar de ter consciência de minha existência, de dormir.
Mas não posso, sufoco: a existência penetra em mim por todos os lados, pelos olhos,
pelo nariz, pela boca… E subitamente, de repente, o véu se rasga: compreendi, vi. A
Náusea não me abandonou, e não creio que me abandone tão cedo; mas já não estou
submetido a ela, já não se trata de uma doença, nem de um acesso passageiro: a
Náusea sou eu.”
As Moscas (1943),
Explora a noção de livre arbítrio, um dos pilares do existencialismo que Jean-Paul Sartre modernizou um
antigo drama grego, o mito de Orestes em livro As moscas (1943). ... A obra retoma o mito e tem como tema
central a liberdade de escolha e a responsabilidade na ação humana
A engrenagem (1948),
A peça A Engrenagem é um dilema moral e político que conta uma história de lutas e controvérsias, na qual eclode
uma revolução que derruba um ditador de um país latino americano. Jean Aguerra, antigo revolucionário,
transformou-se em ditador, pois munido por pressões peculiares deixou-se esmagar pela engrenagem que ele
mesmo ajudou a criar.
A Imaginação (1936),
Uma reflexão sobre o modo de existir e de educar. consiste em elaborar uma leitura sobre o
conceito de consciência à luz da fenomenologia no sentido compreendê-la não como um mero
efeito cognitivo, mas sim como algo relacionado à intencionalidade já que ela se apresenta
como movimento pré-reflexivo anterior ao próprio pensar.
A Transcendência do Ego(1937),
Em A transcendência do Ego, primeiro ensaio filosófico de Sartre, recusa-se a presença do Ego na
consciência. Apropriando-se da fenomenologia de Husserl, Sartre critica as posições filosóficas e
psicológicas que transformaram o Ego num habitante da consciência. É importante da trajetória de
Sartre onde identificamos as primeiras preocupações do filósofo, assim como compreender o
alcance da fenomenologia em obras posteriores.
O Imaginário (1940),
apresenta e discuti o aspecto imaginante da consciência, segundo a obra O Imaginário (1940), de
Jean-Paul Sartre. O filósofo compreende que a imagem não é um objeto para a consciência
intencional, mas sim, uma maneira de a consciência visar os objetos mesmos; isto é, a consciência
visa pela intencionalidade o objeto real em um movimento distinto da percepção.
As palavras (1964)
Les Mots, é sua autobiografia, uma de suas últimas obras onde rememora e examina todo o
percurso da sua formação intelectual, refletindo sobre a importância e as possibilidades da escrita e
acerca da situação do escritor, relatando como surgiu a sua paixão por ler e escrever, vendo ambos
como o destino inescapável
Frases
“O homem deve ser inventado a cada dia.”
“Eu mudo para continuar o mesmo.”
“Quando os ricos fazem a guerra, são sempre os pobres que morrem.”
“Nasci para satisfazer a grande necessidade que eu tinha de mim mesmo.”
“Todo SOS homens têm medo. Quem não tem medo não é normal; isso nada tem a
ver com a coragem.”
“Viver é isso: Ficar se equilibrando o tempo todo, entre escolhas e conseqüências.”
“Não fazemos o que queremos e, no entanto, somos responsáveis pelo que somos:
eis a verdade.”
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Ouro Grosso Programa em Rede - Filosofia 3º SÉRIE – Prof. Zeca
“Um amor, uma carreira, uma revolução: outras tantas coisas que se começam sem
saber como acabarão.”